O problema da LATITUDE
A ideia da esfericidade da Terra não foi muito difícil de aceitar. A projecção das sombras da Terra na
Lua durante os eclipses parciais e a forma da Lua e do Sol, eram os sinais com que a Natureza
argumentava
contra
aqueles
mundos
planos
cheios
de
precipícios
para
os
infernos.
Os gregos já aceitavam a esféricidade da Terra e o geógrafo Eratóstenes, que dirigia então a célebre
biblioteca de Alexandria, foi o primeiro a calcular o perímetro do nosso planeta e com um erro bem
inferior a Cristóvão Colombo 2.000 anos antes deste. A partir da sombra de um obelisco em Alexandria
calculou que, ao meio-dia do dia do solstício de Verão, o Sol distava do zénite 1/50 da circunferência.
Sabia também que em Siena no Alto-Egipto (hoje em dia Assuão), e naquele dia, o sol não projectava
qualquer
sombra
nos
fundos
dos
poços
ao
meio-dia.
Como
as
duas
cidades
estavam
aproximadamente no mesmo meridiano, concluiu assim que o comprimento deste seria 50 vezes a
distância entre elas, distância esta já conhecida. Com os meios técnicos de então a precisão foi
espantosa. Um erro apenas de 24 em 40.000 Km!
Esquema de Eratóstenes para cálculo do meridiano
Foi talvez a primeira noção de latitude, ainda que não angular. Hiparco, um matemático grego e um
grande astrónomo, a quem se atribui a criação da Trigonometria, passou a medir a latitude de 0 a 90
graus a partir do Equador e especificou lugares na terra usando coordenadas do tipo latitude /
longitude.
Atribui-se também a Hiparco a criação do astrolábio, com o qual se mediam alturas, instrumento que
os portugueses simplificaram e adaptaram para o uso náutico. Ao longo dos tempos outros
instrumentos náuticos para tomar alturas foram aparecendo, como o quadrante, a balestilha e
finalmente o sextante, cuja precisão de leitura foi sendo melhorada até ao segundo de arco.
Tomando altura de um astro
Não se pode propriamente falar do problema de latitude à semelhança do da longitude, já que o
método de determiná-la era conhecido desde a antiguidade e não oferecia grandes problemas.
Quando não se avistava terra, as navegações oceânicas obrigavam ao conhecimento da posição, e
como não havia pontos de referência, foram os astros a servirem esse propósito. O primeiro terá sido a
estrela Polar, pela qual os portugueses no séc.XV tomavam a altura quando saíam e comparavam dias
depois transformando a diferença da medida do arco em léguas navegadas. No início um grau
equivalia a 16 léguas e 2/3 acertando-se no final do séc.XV para 17,5 léguas por grau.
Este método obrigava a que a tomada da altura fosse feita num determinado momento. O nocturlábio
ou roda polar foi o instrumento usado para se saber as horas e também fazer as necessárias correcções
na leitura, já que no séc.XV a estrela Polar não estava directamente sobre o pólo e fazia um raio de
3,5º com este. Devido ao fenómeno de precessão dos equinócios, este astro encontrava-se num
movimento de aproximação do pólo e um século depois o raio era já bem inferior a 3º. As tabelas
tinham
de
ser
sucessivamente
corrigidas
ao
longo
dos
tempos.
Este tipo de navegação era conhecido por Regimento do Norte e foi um grande avanço na
navegação astronómica.
À medida que a navegação se aproximava do equador a estrela polar ia desaparecendo sendo a
alternativa encontrar outra estrela com propriedades semelhantes. No hemisfério Austral uma estrela,
Crucis ou Pé do Cruzeiro, foi usada para o cálculo da latitude, mas a distância daquela relativamente
ao pólo não terá permitido cálculos muito rigorosos. Chegou-se também a fazer um regimento
daquela estrela, mas o cálculo a partir daquela não era muito do agrado da maioria dos pilotos
portugueses.
O uso da meridiana, tomada da altura do Sol quando este passa no meridiano do observador, foi o
método mais apreciado e fácil qualquer que fosse o hemisfério. As regras eram simples e já havia
tabelas com a declinação para todos os dias do ano. Este método era conhecido pelo Regimento do
Sol.
As cartas náuticas, até então pouco ou nada precisas, passam a partir de agora a ter um maior rigor
graças a uma latitude observada.
latitude
A latitude é o arco do meridiano que passa no lugar desde o equador até ao paralelo do lugar. Contase de 0º a 90º a partir do Equador e é Norte ou Sul conforme o hemisfério terrestre onde se encontra o
lugar.
Nos cálculos a latitude toma valor positivo a Norte e negativo a Sul. Para obtermos a latitude de um
lugar temos de tomar a altura do astro (normalmente o Sol ao meio-dia solar, também chamada de
meridiana) e em conjunto com as tabelas náuticas, onde obtemos a declinação do astro naquele dia,
fazemos os cálculos necessários.
Um meridiano é um círculo máximo que passa por ambos os pólos. Os paralelos, que devem o seu
nome ao facto de serem círculos paralelos ao Equador, marcam as latitudes.
O problema da LONGITUDE
O primeiro a propor o uso de duas coordenadas para definir um lugar no globo foi Hiparco na
Antiguidade: a latitude, um lugar num meridiano (círculo máximo que passa pelos pólos), e a longitude,
um lugar num paralelo (círculo paralelo ao Equador). O cálculo da latitude era relativamente fácil e
conhecido e era obtido com um astrolábio. Por sua vez a longitude oferecia mais problemas e nunca
foi correctamente calculada até ao séc.XVIII, mesmo que teóricamente se soubesse como fazê-lo. A
ciência é que ainda não tinha produzido instrumentos suficientemente precisos e a matemática ainda
não
tinha
podido
fornecer
tabelas
rigorosas.
Em termos de orientação em terra não havia grandes problemas já que os pontos de referência se
mantinham fixos. No mar, onde não existem quaisquer referências a não ser os astros, e estes ainda por
cima móveis, é que se punham dificuldades na orientação.
Quando no séc.XV os portugueses se lançaram pelo Atlântico, deu-se início a uma nova era nas
viagens marítimas que obrigaram a alterar o tipo de navegação até então efectuado. Passou-se de
uma navegação típicamente costeira para uma navegação puramente oceânica. No Mediterrâneo,
apesar de algumas viagens serem feitas sem a costa à vista, a navegação era feita num espaço
relativamente fechado e com muitas ilhas com base em cartas de rumos, onde os astros serviam
apenas
como
companhia
aos
pilotos,
ou
para
estes
se
guiarem
nos
rumos.
A verdadeira navegação astronómica começa sim com a exploração dos oceanos e a leitura nos
astros das posições dos navios. Não foram só os portugueses os percursores deste tipo de navegação,
que continua nos nossos dias, já que pela mesma altura os chineses exploravam com métodos similares
o mar do Japão e a costa chinesa até Mombaça, na costa oriental africana pela mão de Zheng He.
Para uma obtenção de uma latitude mais rigorosa e menos complicada no mar, houve que
aperfeiçoar e adaptar alguns métodos e instrumentos, já mais ou menos conhecidos. A procura da
longitude, no entanto, foi uma aventura que durou cerca de trezentos anos com inúmeras tentativas
de solução, revelando uma imaginação muito fértil e variada nas soluções apresentadas.
Na época o único método usado para a obtenção da longitude era a estima, o que por vezes
originava erros por demais grosseiros. Graças à sua experiencia alguns pilotos obtinham resultados
satisfatórios mas sempre sujeitos a dúvidas. A estima era resultante do rumo que o navio levava, da
velocidade, o que era feita literalmente "a olho" e do tempo percorrido com o uso de ampulhetas.
Contava
portanto,
e
muito,
a
experiência
dos
pilotos.
Como se vê nunca se poderiam obter resultados credíveis e o primeiro caso concreto passou-se logo
em 1494 quando os dois reis ibéricos assinaram o Tratado de Tordesilhas que dividia o globo em duas
zonas de influência. Uma castelhana e outra portuguesa, delimitadas por um meridiano que passava a
370 léguas a oeste de Cabo Verde. Esse meridiano "movia-se" consoante os interesses e resultou mais
tarde
em
alguns
problemas
quanto
à
posse
das
Molucas
e
parte
do
Brasil.
A cartografia por sua vez, se tinha melhorado, era apenas quanto à latitude, pois a longitude era
grosseiramente obtida.
Este problema tornou-se assunto de estado para vários países envolvidos na exploração dos mares e
vários monarcas europeus ofereceram recompensas pela descoberta de um método simples e eficaz
para
obter
a
longitude
no
mar.
Em 1598 Filipe III de Espanha ofereceu 10.000 ducados como prémio. Entre os que concorreram contase Galileu que propunha em 1610 a medição do tempo a partir das observações das luas de Júpiter. A
correspondência de alguns anos com a corte espanhola não convenceram o rei. Os holandeses
também instituem um prémio em 1636 e levam Galileu mais a sério, só que entretanto este é impedido
de
ser
contactado
pela
Inquisição
e
ao
fim
de
alguns
anos
acaba
por
morrer.
A solução passava de facto pela conservação do tempo do meridiano referêncial durante a viagem,
mas todos reconheciam que com os tipos de relógios então existentes não era possível a precisão
necessária. Em 1514 Johann Werner apresenta o método das distâncias lunares e apesar de
teóricamente correcto a técnica de então era ainda insuficiente. Pela mesma altura João de Lisboa
imagina um processo de determinar a longitude pela variação da declinação magnética, partindo do
princípio de que existia uma proporcionalidade linear entre elas. D.João de Castro provou em 1538 a
impossibilidade
desta
teoria.
Variados e elaborados métodos para a determinação da longitude foram sendo apresentados ao
longo dos anos. Apoiavam-se na observação de eclipses solares, lunares, dos satélites de Jupiter, da
ocultação de astros pela Lua, de relógios e até explosão de bombas! Esta última solução, de
M.Whiston e Ditton, propunha a instalação de morteiros ao longo da costa e ilhas que disparariam a
horas certas e regulares. Assim os navegadores saberiam as horas em terra que comparadas com as
do navio daria a diferença de longitudes entre dois lugares!!
Em França era criada em 1666 a Academie Royale des Sciences com o objectivo de reunir os melhores
cientistas da época e, claro, empenhada na resolução práctica do problema da longitude. Um prémio
instituido por Luis XIV de 100.000 florins era o aliciante para essa descoberta. Os franceses acreditavam
num relógio para medir a diferença de tempo entre o meridiano do lugar e um referêncial, e para isso
criaram em 1667 o Meridiano de Paris, que passava no Observatório de Faubourg em St.Jacques.
Porém o uso do pêndulo nos relógios de bordo não dava a precisão para um cálculo no mar.
Anteriormente a ampulheta também foi o obstáculo no cálculo, pois a sua precisão não dava
qualquer confiança. Só para ter uma noção de erro lembramos que um erro de 4 segundos origina
uma diferença de 1 milha náutica!
Em 1707, em resultado de uma catástrofe em que uma esquadra inglesa e o seu conceituado
almirante se perderam nas rochas das ilhas Scilly, o parlamento inglês criou em 1714 a Board of
Longitude com o fim específico de resolver o problema. Perder uma esquadra no apogeu da
navegação inglesa por acidente e não por acção inimiga foi humilhante.
Por sua vez um prémio de 20.000 libras era a recompensa oferecida.
Não faltaram candidatos, entre os quais se incluiam Newton que propunha o método lunar, e em 1735
John Harrison apresenta o primeiro protótipo de um cronómetro marítimo acabando mais tarde por
ganhar o prémio.
Apesar de tudo e devido à falta de confiança no instrumento e ao seu preço, somente quando o sinal
horário começou a ser emitido por rádio é que o uso do cronómetro se generalizou. Até lá usou-se o
método lunar para a obtenção do tempo e cada país usava o seu meridiano de referência para a
obtenção do lugar. Portugal o meridiano de Lisboa, que passava pelo Real Observatório da Marinha,
Espanha o de Cádiz, França o de Paris e os ingleses o de Greenwich desde 1767, data em que Nevil
Maskelyne começou a editar tabelas náuticas. Isto obrigava a que cada país fizesse tabelas diferentes
em função do meridiano escolhido.
Observatório
Observatório
Astronómico
Astronómico
de Lisboa
de Paris
Observatório
de Greenwich
Em 1884, na Conferência Internacional do Meridiano em Washington, vinte e seis países concordaram
em usar o meridiano que passa por Greenwich como referêncial. Apenas os franceses não o
reconheceram e continuaram a usar o de Paris até 1911, ano em que decidiram, ainda que com
algumas reservas, usar finalmente o de Greenwich.
longitude
Os círculos que marcam a longitude são os meridianos, círculos máximos e perpendiculares ao Equador
que
passam
pelos
pólos.
Paralelos são círculos paralelos ao Equador, que marcam as latitudes. A longitude é o arco do paralelo
qua passa no lugar desde o meridiano de referência até ao meridiano do lugar. Conta-se de 0º a 180º
a partir do meridiano de Greenwich e é Oeste ou Este conforme o lugar se encontre respectivamente à
esquerda
ou
à
direita
deste
meridiano.
Nos cálculos a longitude toma valor positivo a Este e negativo a Oeste.
Para obtermos a longitude de um lugar temos usar um cronómetro com a hora do meridiano de
referência. Tomando o instante em que o Sol passa no meridiano de lugar (meio-dia solar), calcula-se a
diferença para a mesma passagem que ocorreu em Greenwich. Converte-se a diferença temporal em
arco e obtém-se a longitude:
Ex:
Segundo as tabelas náuticas deu-se, num determinado dia, a passagem da meridiana em
Greenwich às 12:03:42 (é necessário consultar a equação do tempo no almanaque). Tomou-se
a hora da meridiana no lugar às 12:51:05
A seguinte fórmula dá-nos a longitude a partir da diferença das horas:
l = TU - h
onde TU é o Tempo Universal (hora de Greenwich), h a hora da passagem meridiana no local e
l a longitude em tempo.
Assim a diferença é de -00:47:23. Para converter em graus basta lembrar que a 360º
correspondem 24 horas (15 graus equivalem a uma hora, 15 minutos de arco a 1 minuto tempo
e
cada
segundo
tempo
a
15
segundos
de
Assim temos que a nossa longitude é W 011º45'6'', Oeste porque a diferença é negativa.
arco).
UNIDADES DE MEDIDA
Unidades de medida que se usam ou usaram na marinha e não só. Umas estão fortemente
implantadas como o nó e a milha marítima. De outras ainda nos lembramos do uso delas até há bem
pouco tempo.
Será interessante notar que por vezes, não poucas, as equivalências entre unidades com o mesmo
nome não eram iguais, tanto ao longo dos tempos, como até na mesma época e região. Adivinhe-se
então a dificuldade de alguns investigadores na interpretação correcta de algumas medidas antigas.
Para alguma das unidades mais usadas em navegação pode usar um programa de conversão.
Unidade
Almude
Designação
Antiga medida de capacidade (cereais e líquidos) que levava 12 canadas ou 48
quartilhos equivalente a cerca de 16,8 litros.
No sistema métrico decimal corresponde a 25 litros.
Alqueire
Antiga medida muito utilizada com cereais. Tem a particularidade de poder ser usada
como medida de capacidade, peso e superfície. Dependendo da região pode
equivaler de 10 a 14 litros de cereais, (mais comummente a 13 litros) ou entre 11 e 15
Kg.
Quando usada com líquidos equivale a cerca de meio almude ou 6 canadas.
Também é uma medida agrária que se originou na quantidade de terreno que se pode
cobrir com um alqueire de semeadura, apróximadamente 100 braças (de 2,20) ou
15.625 palmos quadrados (cerce de 4,48 ha).
Amarra
Unidade de comprimento equivalente a um décimo de milha. Também pode ter um
comprimento de 120 braças usando-se ainda hoje no mar para se indicar distâncias.
Em meados do século XIX equivalia a 100 braças.
Arrátel
Antiga medida de peso que tinha 16 onças. Era 1/32 da arroba e 1/128 do quintal.
Correspondia a 459 gramas.
Na Índia em certas mercadorias o arrátel era de 14 onças.
Arroba
Uma arroba correspondia a 32 arráteis e era 1/4 do quintal. Correspondia a 14.688 kg.
Na Índia em certas mercadorias era empregada a arroba de 28 arráteis.
Bar ou
unidade de peso que foi usada no Oriente. Variava muito de região para região
Bahar
consoante a mercadoria. No Oriente na pesagem de especiarias pelo Estado valia 4
quintais de 4 arrobas.
Na compra de sândalo em Timor equivalia a 6 picos e com outras mercadorias podia
valer 3 picos.
Bota
Antiga medida de capacidade usada no Mediterrâneo com valores variáveis entre 450
e 750 l. Havia por vezes a equivalência de 1 tonel com 2 botas.
Braça
Antiga medida de comprimento. Era sobretudo usada no comprimento das amarras e
das linhas de prumo. A braça marítima entre nós tinha 8 palmos, cerca de 1,76 m. A que
hoje ainda se usa tem duas jardas, ou seja cerca de 1,83 m.
Cabo
Um décimo da milha, cerca de 185 m.
Canada
Antiga medida de capacidade que era 1/12 do almude. (1,4 l).
Candil
Antiga medida de peso indo-portuguesa equivalente a 3 quintais e 3 arrobas de 32
arráteis. Como cada quintal tinha 4 arrobas, o candil perfazia 15 arrobas ou 480 arráteis,
cerca de 200 kg. Por vezes equivalia ao Bahar.
Cantare
Unidade antiga de peso equivalente a cerca de 47,65 kg.
Cate
Unidade antiga de peso na Ásia de valor incerto que se julga estar entre 0,3 e 3 kg.
Existe quem pense em cerca de 373 ou 625 gr. É equivalente a 20 taeis.
Celamim
Antiga medida de capacidade, usada com cereais, correspondente a 1/16 do
alqueire.
Chang
Antiga medida chinesa correspondente a cerca de 10.167 pés ou 3.100 metros.
Chi
Antiga medida linear chinesa correspondente a 33,33 cm .
Conderim
Unidade antiga de peso na Ásia de valor entre 0,05 gr e 0,5 gr.
Corda
Medida de comprimento usada nas armações de atum. Corresponde a 21 ou 22
braças.
Côvado
Medida de comprimento usada na construção naval que equivalia a cerca de 0,68 m.
O Côvado das Ribeiras da Índia, medida ali usada, correspondia a 1/3 do rumo ou a
dois palmos de goa. O côvado real era o nome que também davam à goa. A
expressão proveio de se dizer que fora aquela a medida usada na Arca de Noé.
Cun
Antiga medida chinesa correspondente a equivalente a 3,33 cm
Dedo
Antiga medida de comprimento que correspondia a 2/3 da polegada (16,5 mm).
Considerava-se a largura do dedo com a mão espalmada.
Fen
Antiga medida chinesa equivalente a 0,1 cm.
Gen
Antiga medida chinesa usada em navegação equivalente a 30 Km.
Galão
Medida de capacidade. O galão imperial ou galão inglês corresponde a 4,55 litros
enquanto que o galão americano a 3,78 litros.
Goa
O nome desta antiga medida usada na construção naval nada tem a haver com Goa
da Índia Portuguesa. É um aportuguesamento da palavra francêsa goue, uma medida
usada em França na construção das galés. Equivalia a três palmos de goa, cerca de
0,75 cm.
Isba
Unidade angular equivalente a 1º37' usada pelos pilotos árabes no Índico na avaliaçao
das latitudes. Media-se pondo o dedo na horizontal com o braço esticado. Isba em
árabe significa dedo.
Também correspondia a uma polegada.
Jarda
Usada entre nós equivalia a três pés, cerca de 91 cm.
Jarra
Medida de capacidade equivalente a cerca de 45 litros.
Jau
Na Índia era uma medida de itenerário equivalente a cerca de 3 ou 4,5 léguas.
Jiao
Antiga medida angular chinesa que era 1/4 de Zhi.
Légua
Medida de comprimento que entre nós correspondia apróximadamente a 3,2 milhas ou
marítima
5,9 Km.
Li
Medida chinesa correspondente a 0,5 Km .
Libra
Medida de peso inglesa equivalente a cerca de 454 gramas.
Linha
Medida de comprimento que correspondia a 1/12 polegada.
Mão
Antiga medida de peso que era usada na Índia. No início do séc.XVII equivalia a 24
arráteis.
Como medida de capacidade, também na Índia, correspondia a cerca de 12
canadas, podendo no entanto variar de local para local.
Mão
Antiga medida de comprimento que correspondia a cerca de 0,45 do palmo comum,
travessa
cerca de 10 cm.
Maz
Unidade antiga de peso na Ásia equivalente a 20 conderins. Teria o peso equivalente a
1,166 gr.
Milha
Valor médio do comprimento de um minuto de arco de um meridiano. Equivale a 1852
marítima
metros.
Miliare
Unidade de peso usado em Veneza. O miliare grosso (séc.XIII) tinha cerca de 477 kg e
miliare subtil (séc.XIV) 301 kg.
Moio
medida de capacidade correspondente a 60 alqueires.
Nó
Medida de velocidade equivalente a uma milha marítima por hora.
10 nós correspondem a 18,5 Km/h.
Onça
Antiga medida de peso equivalente 1/16, ou em certos casos, 1/14 do arrátel. Era
aproximadamente 28,7 gramas.
Onça
Medida inglesa equivalente a 0.0296 litros.
líquida
Palmo
Muito usado em Portugal. O palmo comum ou palmo craveiro media 22 cm. Era
também conhecido por palmo ordinário, palmo redondo, palmo de vara ou ainda por
palmo singelo.
O palmo de covado tinha 34/33 do palmo comum, ou seja cerca de 22,6 cm.
Palmo geométrico correspondia à largura de quatro dedos atravessados sendo cada
dedo igual a 4 grãos de cevada.
O palmo de goa era igual ao palmo craveiro mais o comprimento do polegar até à
primeira articulação e tinha 24,5 cm. Correspondia a um terço de uma goa.
O palmo da Junta do Comércio era empregado no cálculo da tonelagem das
embarcações e equivalia a 2/3 do pé inglês ou 0,927 do palmo craveiro.
Passo
Medida de comprimento múltipla do pé. O passo singelo podia ter 2, 2,5 e 3 pés
consoante o uso. O passo dobrado era o dobro do singelo.
O passo geométrico tinha 5 pés e era usado pelos geógrafos.
Pé
Medida linear inglesa usada nos meios marítimos ainda hoje em uso. Tem 12 polegadas
e equivale aproximadamente a 30,5 cm.
Pico ou
Antigo peso da China, e adoptado em Timor, que correspondia a 100 cates. Teria o
Picul
valor aproximado de 61,5 kg. Um pico da China equivalia a 100 arráteis de 20 onças
cada.
Pipa
Medida de capacidade de carga equivalente a meio tonel.
Polegada
Medida de comprimento que corresponde a 2,54 cm.
Quarta
Uma das 32 partes em que a rosa-dos-ventos está dividida. Corresponde a 11º15'.
Quartelada Pedaço de amarra com 15 braças de comprimento. Uma amarra normal é formada
por 8 quarteladas (120 braças).
Quartilho
Antiga medida de capacidade que levava 1/4 de canada cerca de 0,35 l. No séc.XVI
três quartilhos era a ração diária de vinho.
Quintal
Antiga medida de peso que correspondia aproximadamente a 60 kg. O quintal de peso
grande ou ordinário tinha 4 arrobas de 32 arráteis e 16 onças por arrátel. O quintal de
peso pequeno tinha 4 arrobas de 28 arráteis de 14 onças por arrátel. Oito quintais de
peso pequeno correspondiam a sete de peso grande.
A pimenta era recebida na Casa da Índia e aí vendida em quintais de peso pequeno e
era esta a unidade considerada para efeitos de direitos.
Rumo
Medida linear usada na antiga construção naval equivalente a seis palmos de goa,
cerca de 1,5 m.
Salma
Unidade de capacidade que equivalia a cerca de 282,20 l. Um tonel português equilaia
a cerca de 6 salmas.
Tael
Unidade antiga de peso na Ásia equivalente a 16 mazes.
Toesa
Medida antiga equivalente a 6 pés.
Tonel
Medida de capacidade de carga usada na antiga construção naval. Tinha um rumo
de comprimento e 4 palmos de goa de largura (1,5 m x 1 m).
Tonelada
Antiga medida de peso que valia 13,5 quintais, cerca de 793 kg.
A tonelada de arqueação corresponde a um volume de 100 pés cúbicos ingleses, cerca
de 2,832 m3.
A tonelada de frete equivalia a 40 pés cúbicos ingleses, cerca de 1,44 m3 e tem origem
no espaço ocupado por 4 barris de vinho de Bordéus.
A tonelada de deslocamento é peso de 1000 kg.
Tuo
Antiga medida chinesa de profundidade, aproximadamente 2 metros.
Vara
Antiga medida linear equivalente 1,1 m.
Zhi
Medida equivalente a uma polegada chinesa, que por sua vez, é igual ao
comprimento da falanginha do dedo médio da mão. Era usada como medida angular
com um valor próximo de 1,9 graus.
DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS
Para se saber a distância e o rumo inicial entre dois pontos do globo, indique as suas coordenadas
geográficas em graus e minutos. A distância obtida é a mais curta entre dois pontos sobre uma
superfície esférica como é o caso da nossa Terra.
Atenção: para latitudes Sul ou longitudes Oeste os valores a indicar dos graus deverão ser negativos!
Local A
Latitude:
Local B
Latitude:
Distância entre os locais A e B:
38
43
Longitude:
-9
13
Longitude:
milhas
Km
Rumo inicial de A para B:
O rumo inicial é sobre a ortodrómica (linha curva) que é a distância mais curta entre dois pontos no
globo, e não sobre a loxodrómica, linha de rumo constante que corta os meridianos com o mesmo
ângulo numa carta de Mercator.
Download

Latitude, Longitude, Unidades de Medida e Distância entre