TRATAMENTO DE LESÕES ÓSSEAS CÍSTICAS UNILOCULARES NOS
MAXILARES PELA TÉCNICA DA DESCOMPRESSÃO
Nascimento, L. C.; Corso, P. F. C. L., Delson, J. C.
PIBIC/CNPq – 2012/2013
Departamento de Estomatologia- Setor de Ciências da Saúde
Introdução
Resultados
As lesões císticas uniloculares encontradas nos ossos
maxilares é frequente e podem ser encontradas em um
exame radiográfico de rotina odontológica ou quando o
paciente procura ajuda do cirurgião dentista devido a uma
tumefação
(edema)
no
rosto
que
não
regride
espontaneamente. O tratamento dessas lesões varia de
acordo com a possível etiologia da lesão, a presença de
sintomatologia dolorosa, o tamanho e a proximidade com as
estruturas nobres.
A média da faixa etária foi de 29 anos, variando de 6 a 68
anos. O gênero predominante foi o masculino com 53%. A
maxila teve envolvimento em cerca de 60% dos casos. As
porcentagens dos tratamentos foram
- enucleação: 35,5%
- enucleação + exodontia: 29,4%
-descompressão e posterior enucleação : 14,7%
- enucleação + apicectomia: 8,8%
- Enucleação + osteotomia periférica: 2,9%
-enucleação + de solução de carnoy: 2,9%
- encaminhamento para outro hospital: 2,9%
- biópsia incisional (aguardando resultado): 2,9%
A descompressão como parte do tratamento totalizou
14,7% e foi indicado para lesões grandes e que
apresentavam proximidade com estruturas nobres da
face, principalmente o nervo mandibular.
Nenhuma descompressão foi usada como forma única
forma de tratamento.
A maioria das exodontias feitas juntamente com as
enucleações foi de terceiros molares, 83% dos casos, o
restante estava associado a dentes decíduos.
Não foi usado nenhum tipo de enxerto nos procedimentos.
Objetivos
-O objetivo do estudo será realizar uma avaliação do tempo
e sucesso diretamente relacionado ao tipo de abordagem
terapêutica sobre lesões radiolúcidas uniloculares nos ossos
maxilares.
- Avaliar prontuários de paciente tratados no serviço e
acompanhar novos casos e verificando o material utilizado na
descompressão das lesões ósseas uniloculares dos
maxilares.
- Correlacionar os aspectos radiográficos da lesão
(uniloculares) e a efetividade da técnica da descompressão.
- Quais os outros tipos de tratamentos e sua respectiva
efetividade e tempo até cura da lesão.
Materiais e Métodos
Este estudo se caracteriza como descritivo, retrospectivo e
analítico. Os prontuários de pacientes atendidos na clínica
de Estomatologia e Cirurgia II da UFPR entre os meses de
fevereiro de 2010 até abril de 2013 foram consultados. Em
uma planilha específica constaram os seguintes itens: nome,
gênero, faixa etária, histórico de doenças, descrição clínica
da lesão, localização, dimensão das lesões, dentes retidos
ou deslocados, diagnóstico, tratamentos preconizados,
materiais utilizados, ocorrência de recidivas. A área
radiolúcida, na radiografia, de cada lesão foi mensurada em
comprimento e largura com um paquímetro. A mensuração
começava do halo radiopaco da parte mais externa da lesão
até a outra ponta da lesão. As medidas foram feitas em
eixos cartesianos, ou seja eixo x, correspondia a largura e
eixo y, a altura. Foram selecionados 48 prontuários que se
encaixavam nos critérios de inclusão.
Conclusões
Os autores concluíram que apesar da pequena amostra
estudada os tratamentos preconizados na disciplina de
Cirurgia II têm apontado para índices satisfatórios de
sucesso. Além disso, a técnica da descompressão é
extremamente útil quando cistos de grandes dimensões são
encontrados nos ossos maxilares. Apesar de ainda não
serem usados como tratamento finais são fundamentais
para aumentar a margem de cura e diminuir a morbidade do
procedimento cirúrgico final.
Referências Bibliográficas
BODNER, L.; BAR-ZIV, J. Characteristics of bone formation
following marsupialization of jaw cysts. Dento maxillo facial
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KUBOTA, Y. et al. Effects of the patient’s age and the size of the
primary lesion on the speed of shrinkage after marsupialisation of
keratocystic odontogenic tumours, dentigerous cysts, and radicular
cysts. The British journal of oral & maxillofacial surgery, v. 51,
n. 4, p. 358–62, jun. 2013.
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