EGITO ANTIGO
Geografia
O Antigo Egito foi uma
civilização da Antiguidade
que se desenvolveu no
canto
nordeste
do
continente africano, mais
especificamente
num
território
compreendido
entre a primeira catarata e
o delta do rio Nilo,
limitando a leste com
deserto da Arábia, a oeste
com o deserto da Líbia, a
sul com a Núbia e a norte
com o Mar Mediterrâneo.
“O Egito é uma dádiva do Nilo”
Esta civilização desenvolveu-se graças à
existência do rio Nilo, sem o qual o Egito não
seria diferente dos desertos que o cercam.
O Nilo corre de sul para norte, desaguando no Mar
Mediterrâneo, com uma extensão aproximada de
6695 Km. Todos os anos as inundações do rio
depositavam nas margens uma terra negra que
fertilizava o solo e que permitiu a prática da
agricultura. Além disso, o Nilo era a principal via
de transporte, quer de pessoas, quer de materiais.
Rio Nilo
Começa a história do Egito
A história do Antigo Egito
inicia-se em cerca de 3100
a.C., com a unificação dos
reinos do Alto e do Baixo
Egito, feita pelo rei
Menés, ele foi o 1º faraó.
E termina em 30 a.C.
quando o Egito, já então
sob
dominação
estrangeira,
se
transformou
numa
província do Império
Romano, após a derrota da
rainha Cleópatra.
Os Faraós
Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes
absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política,
religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de
poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido
através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó.
Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos
no poder.
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses
vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram
filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como
intermediários entre os deuses e a população egípcia.
O poder do faraó
Os impostos arrecadados no
Egito concentravam-se nas
mãos do faraó, sendo que era
ele quem decidia a forma que os
tributos seriam utilizados.
Grande parte deste valor
arrecadado ficava com a própria
família do faraó, sendo usado
para a construção de palácios,
monumentos, compra de jóias,
etc. Outra parte era utilizada
para pagar funcionários
(escribas, militares, sacerdotes,
administradores, etc) e fazer a
manutenção do reino.
Pirâmides
Ainda em vida o faraó
começava a construir sua
pirâmide,
pois
está
deveria ser o túmulo para
o seu corpo. Como os
egípcios acreditavam na
vida após a morte, a
pirâmide servia para
guardar, em segurança, o
corpo mumificado do
faraó e seus tesouros. No
sarcófago era colocado
também o livro dos
mortos, contando todas as
coisas boas que o faraó
fez em vida.
Pirâmides
As pirâmides foram construídas numa época em que os
faraós exerciam máximo poder político, social e
econômico no Egito Antigo. Quanto maior a pirâmide,
maior seu poder e glória. Eram feitas por milhares de
escravos e construídas com blocos de pedras que
chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem
finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos.
Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e
executar a construção da pirâmide
A Pirâmide de de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Quéops. é o monumento mais pesado que já foi construído
pelo homem. Possui aproximadamente 2,3 milhões de
blocos de rocha, cada um pesando em média 2,5 toneladas.
Com mais de 146 metros de altura.
SOCIEDADE
A sociedade do Egito Antigo era hierárquica, ou seja, cada
segmento possuía funções e poderes determinados, sendo
que os grupos com menos poderes tinham que obedecer
quem estava acima.
Principais grupos sociais:
Faraó e família real Era o governante do Egito. Possuía
poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser
reconhecido como um deus. O faraó e sua família eram muito
ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos
entre o povo. A família real vivia de forma luxuosa em
grandes palácios.
Sacerdotes
Na escala de poder
estavam abaixo somente do
faraó.
Eram responsáveis pelos
rituais, festas e atividades
religiosas no Antigo Egito.
Conheciam muito bem as
características e funções dos
deuses
egípcios.
Comandavam os templos e
os rituais após a morte do
faraó. Alguns sacerdotes
foram mumificados e seus
corpos
colocados
em
pirâmides, após a morte.
Chefes militares e vizir
Os chefes militares eram
os
responsáveis
pela
segurança do território
egípcio. Em momentos de
guerra ganhavam destaque
na sociedade. Tinham que
preparar e organizar o
exército
de
forma
eficiente, pois uma derrota
ou fracasso podia lhes
custar a própria vida.
Vizir era uma espécie de
primeiro
ministro do
faraó.
ESCRIBAS
Eram os responsáveis pela
escrita egípcia. Registravam
os
acontecimentos
e,
principalmente, a vida do
faraó.
Escreviam no papiro (papel
feito de fibras da planta
papiro), nas paredes das
pirâmides ou em placas de
barro ou pedra.
Os
escribas
também
controlavam e registravam
os impostos cobrados pelo
faraó
POVO
Mais da metade da sociedade egípcia era formada
por comerciantes, artesãos, camponeses e pastores.
Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a
manutenção da vida.
Os camponeses dedicavam se a agricultura.
Tinham que entregar parte da colheita aos donos
das terras outra parte ficava para faraó como
pagamento de impostos.
As camadas populares podiam ser convocadas
pelo faraó para trabalharem, sem receber salários,
em obras públicas ( represas, palácios, templos).
ESCRAVOS
Geralmente
eram
os
inimigos capturados em
guerras de conquista.
Trabalhavam muito e não
recebiam
salário.
Ganhavam apenas roupas
velhas e alimentos para a
sobrevivência.
Eram
constantemente
castigados como forma de
punição. Desprezados pela
sociedade, não possuíam
direitos. Exemplo de
povos
escravizados:
núbios e hebreus.
Pirâmide social
RELIGIÃO
Os egípcios eram politeístas (acreditavam em
vários deuses). Os deuses possuíam poderes
específicos e atuavam na vida das pessoas. Havia
também deuses que possuíam o corpo formado por
parte humana e parte de animal sagrado.
Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos
deuses. Era uma forma de conseguirem agradar
aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas.
Existiam diversos templos, que eram construídos
em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía
um deus protetor
Os deuses
Possuíam algumas características (poderes) acima
da capacidade humana. Poderiam, por exemplo,
estar presente em vários locais ao mesmo tempo,
assumir várias formas (até mesmo de animais) e
interferir diretamente nos fenômenos da natureza.
As cidades do Egito Antigo possuíam um deus
protetor, que recebia oferendas e pedidos da
população
local.
Nome do deus(a) O que representava
Sol (principal deus da religião
Rá
egípcia)
sabedoria, conhecimento,
Toth
representante da Lua
Anúbis
os mortos e o submundo
fertilidade, protetora das mulheres
Bastet
grávidas
Hathor
amor, alegria, dança, vinho, festas
Hórus
céu
OSÍRIS e RÁ
Vida após a morte
Na religião egípcia havia a crença na vida
após a morte. De acordo com esta crença, o
morto era julgado no Tribunal de Osíris. O
coração era pesado e, de acordo com o que
havia feito em vida, receberia um
julgamento. Para os bons havia uma espécie
de paraíso, para os negativos, Ammut
devoraria o coração.
Julgamento da alma após a morte
Pesando coração
Diante de Osíris
A ESCRITA
Permitiu a divulgação de ideias, comunicação e
controle de impostos.
Existiam duas formas principais de escrita: a
escrita demótica (mais simplificada e usada para
assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais
complexa e formada por desenhos e símbolos).
As paredes internas das pirâmides eram repletas
de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas
e mensagens para espantar possíveis saqueadores.
Uma espécie de papel chamado papiro, que era
produzido a partir de uma planta de mesmo nome,
também era utilizado para registrar os textos.
Hieroglifos
Escrita hieroglífica e demótica
Papiro
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Por que e para quem foram erguidas tantas pirâmides.