O potencial de uma região de vinhos às portas de
Lisboa.
Como trabalhar o enoturismo.
Fatores chave para atrair turistas.
António Pina
26 Novembro 2014
Hotel Campo Real – Torres Vedras
Temáticas
 1ª parte
 Introdução, enquadramento geral;
 2ª parte
 O que procura o enoturista hoje;
 3ª parte
 As Tendências do Turismo/Enoturismo
 Conclusão:
 Como trabalhar o enoturismo.
Mercado
 Alterações contínuas e por vezes repentinas devido ao
surgimento de novos destinos turísticos;
 Alterações nos comportamentos dos consumidores o
que obriga a que cada destino procure novas formas
de manutenção da competitividade.
Dados
 Em Espanha segundo o portal Turismo Del Vino, em
2013, 1,5 milhões de turistas visitaram as adegas e pelo
menos 15 milhões de espanhóis afirmam que já
visitaram pelo menos 1 adega
Investigação no Turismo
 A investigação recente no turismo é muito rica na temática de
novos produtos e tecnologias
 Está neste campo de pesquisa a chave de sucesso dos destinos
turísticos porque, a inovação constitui a base fundamental
para o desenvolvimento de estratégias de marketing de
sucesso (Sandvik, Arnett, & Sandvik, 2011)
Constructos para os fatores chave
para atrair Enoturistas
 Constructos
 Inovação;
 Autenticidade;
 Experiências;
 Partilha.
 Níveis
Luxo;
Low-cost.
“O mundo no turismo está ao alcance de
um “click” dando origem à concorrência
global”
A decisão de escolha torna-se complexa
O que procura o turista/enoturista hoje:
experiências, inovação, autencidade,
comunicação e partilha
Os consumidores desejam experiencias e os negócios
turísticos devem responder a esta procura
O que é uma experiência?
 Uma experiência ocorre quando uma empresa
intencionalmente usa os serviços como se estivesse a
encenar uma peça, e utiliza bens como adereços, para
envolver os clientes individuais de forma a criar um
evento memorável.
 Condição de base: que o cliente deseje esse produto
ou serviço
Uma Experiência para um visitante
 A experiência no enoturismo não pode restringir-se
somente a uma simples visita.
 A paisagem, o ambiente, a cultura, a animação, a
encenação, devem permitir no seu todo uma
experiência memorável.
 A oferta turística deve ser baseada em detalhes
únicos e características magníficas e excecionais.
(Cooper, Fletcher, Fyall, Gilbert, & Wanhill, 2007)
Na construção de programas temos que determinar o nível que
teremos que atingir para criar uma experiência inesquecível
Quando se atinge o nível emocional temos um outro fator importante
que intervém é o de “partilha”. Nas redes sociais são partilhadas,
normalmente, experiências que atingiram o nível emocional o que
permite uma difusão do tipo “viral”
Características que cada programa de enoturístico deve
alcançar para promover a recomendação a terceiros e a
fidelização dos clientes (razão pela qual não se devem copiar
destinos de enoturismo)
A comunicação e partilha de informação constitui o desafio mais
recente dos Destinos Turísticos e Enoturísticos.
Hoje o turista não só recomenda como coloca informação nos
Mídias Sociais.
A questão da partilha de informação tem no entanto vantagens e
desvantagens: tudo o que ocorrer num destino no sentido negativo
ou positivo é rapidamente disseminado na internet.
A tendência atual, em termos de marketing digital, é criar um vídeo
sobre um destino turístico que seja “viral”. No entanto, é mais
credível um vídeo colocado por um cliente do que os vídeos
elaborados por profissionais
WOM (Word-of-Mouth) e EWOM (Electronic
Word-of-Mouth)
 EWOM que corresponde à forma eletrónica do de
boca-em-boca, ou seja, os utilizadores da internet
possuem a capacidade de facilmente participarem em
conversas online onde partilham as suas experiências.
 Os blogs, os sites de opinião e os sites de redes sociais
estão a permitir aos visitantes interagir virtualmente e
partilhar informações, opiniões e conhecimentos sobre
todos os tipos de bens, serviços, e marcas.
 Esta dinâmica do EWOM tem assumido uma expressão
mais significativa no turismo, porque, de acordo com
Zhu e Lai (2009 o produto turístico não poder ser
experimentado antes da sua aquisição.
Gamification
 O conceito de gamification é definido como o uso de
elementos de design do jogo e pensar o jogo num
contexto não-gaming (Deterding et al. 2011)
 Aumenta a notoriedade da marca e incentiva o
envolvimento do consumidor.
 Devido ao seu impacto na lealdade do consumidor, é
visto como uma mudança revolucionária no mundo dos
negócios (Ng 2011)
 É a grande tendência para os próximos anos no turismo,
que vai envolver os consumidores de todos os escalões
etários (WTM 2011).
Conclusão
1) O potencial de uma região de vinhos às portas
de Lisboa.
2) Fatores chave para atrair turista
3) Como trabalhar o enoturismo.
O potencial de uma região de vinhos às portas de
Lisboa.
 A proximidade do mercado turístico de Lisboa (10 milhões de
dormidas) a uma distância inferior a 1 hora o que perspetiva
uma boa procura potencial
 A procura pelos residentes em Lisboa constitui outro mercado
potencial a explorar.
 O nosso maior potencial enquanto país é termos uma
diversidade de paisagem e cultura à distância de poucos
quilómetros.
 Palavras como surpresa, participação, brincadeira, gozo e
paz de espírito constituem, doravante, verdadeiras pedras
de toque a potenciar.
Fatores chave para atrair turista
 A visita a cada adega deve ser perfeitamente diferenciada :
-
Inovação
-
Experiência única
-
(Não se pretende uma visita mas Aquela Visita)
 Cada adega deve ter uma oferta perfeitamente diferenciada com
programas únicos.
 Caso não se consiga uma diferenciação entre adegas então não
devem integrar o mesmo programa de visitas
 Devem procurar uma combinação com outro tipo de atrações (Ex:
Vinho/Monumentos)
 Fator Chave de sucesso – Contraste de Vida (ter tempo)
 A Região está muito perto de uma cidade e deve oferecer uma visita
em que o ambiente não é percebido apenas pela visão, mas através do
uso dos cinco sentidos. Os turistas/visitantes devem ser capazes de
mudar de ritmo, olhar ao invés de ver, para explorar a área em vez de
passar por ela (Matos, 2004)
 Deve-se possibilitar domar o tempo o que significa introduzir uma
modificação na relação do tempo diário, especificamente uma
perceção diferente da natureza e viver em harmonia com um lugar,
seus habitantes e sua cultura. (Yurtseven, H., & Kaya, O., 2011)
 Oferecer e catalisar em contraste com a cidade um ritmo mais lento e
mais harmonioso da vida em direção aos aspetos regenerativos de âmbito
cultural, ecológicos, sociais e económicos de um sistema sustentável,
assente na tradição.
 É o advento de uma nova mentalidade, baseada no facto, provado, de
que o turista recordará vida afora 10% do que ouviu na sua viagem, 30%
do que leu sobre os sítios que visitou, 50% do que viu e 90% do que lhe foi
dado fazer!
Como trabalhar o enoturismo.
 Ter responsáveis que saibam o que é o turismo e conheçam bem
esta indústria
 Criar uma estratégia de diferenciação;
 Ter um bom site, estar nas redes sociais (Facebook, Twitter)
 Evitar a massificação (visita de grandes grupos em que o guia de
enoturismo papagueia as características dos vinhos);
 Fazer acordos para a criação de programas de oferta compósita (
Gastronomia, Vinhos, Património Histórico e Cultural
 Usar a história e tradição da Quinta ou da Região (o técnico de
enoturismo para além de conhecer o vinho, tem que ser um
entertainer e um bom contador de histórias);
 Criar um conjunto de jogos (gamification) recorrendo às redes
sociais;
 Ser genuíno e autêntico e não copiar outros destinos; ( a loja da
nossa adega é igual a uma que existe em Napa Valley!!!!)
 Criar um conjunto de pequenos eventos que irão permitir a partilha
de informação:
Ex:
-
Vinho e estrelas ou constelações e vinhos – pequeno grupo com
observação das estrelas com telescópios no meio de uma vinha
com prova de vinhos e petiscos;
-
Serenata ao Luar com fogueira e prova de vinhos e petiscos;
-
Teatro na Adega;
-
Manhãs na Quinta (para famílias com atividades)
Download

O potencial de uma região de vinhos às portas de Lisboa