INFORMAÇÕES SOBRE NEEM
Sua casca é receitada para febre , reumatismo, dores, lombares, etc. O óleo é usado no
tratamento de tétano, urticária, eczema, escrófula, erisipelas, e nos estágios iniciais da lepra.
O suco de folhas do neem é usado para expelir lombrigas, curar icterícia, e doenças da pele.
Os pequenos galhos da árvore do neem são usados em muitas comunidades como as escovas
de dentes descartáveis que ajudam na preservação dos dentes. Vento soprando nas folhas da
árvore de neem é de grande beneficio para pessoas nas redondezas. A árvore é muito
estimada pelos Indianos. Folhas de neem mantida entre roupas de lã ou de seda dobradas as
protegem de insetos. Antes da era dos inseticidas sintéticos, o miolo do neem era usado para
proteger as plantações contra ataque de insetos.
Descrição
A árvores do neem são frondosas e podem alcançar 30 m de altura e 2,5 m de circunferência.
As distribuiçôes de seus galhos formam coroas de até 10 m de diâmetro Os galhos quase
sempre permanecem cheios de folhas, exceto durante uma forte seca, quando as folhas
podem cair. Seu tronco, geralmente reto e curto, tem uma casca grossa, forte e enrrugada. As
raízes penetram profundamente no solo, e quando lesadas, produzem rebentos. Esses
rebentos tendem a ser prolíficos em localidades secas. As pequenas flores brancas e
bissexuais nascem em cachos e seu aroma parecido com o do mel atraem as abelhas. Seu
fruto é macio e tem a forma elíptica e mede em torno de 2 cm de comprimento. Quando
maduro fica amarelado e contém uma polpa doce envolvendo a semente. A semente é
composta de uma concha e um miolo. As vezes 2 ou 3 miolos cada um pesando a metade do
peso da semente. É o miolo o mais usado como pesticida. A árvore do neem normalmente
começa a produzir frutos após 3 a 5 anos. Torna-se completamente produtiva em 10 anos e,
daí em diante pode produzir até 50 quilos de frutas pôr ano. Esta árvore pode viver até 200
anos.
Distribuição
O neem é nativo em todo o subcontinente Indiano. É na India que a árvore é mais
amplamente explorada. Ela é cultivada desde a ponta do Kerala até o Himalaia, em regiões
tropicais e subtropicais, em regiões áridas até nas tropicais úmidas e desde o nível do mar até
700 m de altitude. O neem foi introduzido na África no inicio do século. Agora está sendo
cultivado em pelo menos 30 países , principalmente naqueles ao longo da costa sul do
deserto do Saara, onde se tornou um importante fornecedor de combustível e madeira. Foi
introduzida em Fidji, Caribe, e em muitos países da América central e da América do sul.
Propagação
A árvore é de fácil propagação, tanto sexual, quanto vegetativamente, pode ser plantada
usando-se sementes, mudas, rebentos, ou cultura de tecidos. No entanto é normalmente
cultivada a partir de sementes plantadas diretamente ou transplantadas como mudas de um
viveiro.
Problemas com o neem
Fogo mata as mudas de neem instantaneamente. Fortes ventos são problemas em potencial.
Árvores grandes frequentemente caem durante furacões, ciclones, ou tufões. A regenerações
das mudas do neem sob galpões são sensíveis à súbita exposição de intensa luz solar. Em
algumas localidades, ratos e porcos espinhos matam as árvores jovens roendo sua casca ao
redor da base.
Propriedades Fungicidas
O neem provou ser eficaz contra certos fungos que infectam o corpo humano tais fungos são
um problemas crescente e difíceis de serem controlados por fungicidas sintéticos. São
exemplos de alguns fungos combatidos pelo neemTrichophyto: Pé-de-atleta que infecta tanto a pele quanto a unhas.
Epidermophyton : Micose que infecta o cabelo, a pele e as unhas do pé.
Trichosporon : Um fungo do canal intestinal.
Microsporum : Uma micose que infecta o cabelo a pele e as unhas.
Geotrichum : Um fungo espumante que causa infecção nos brônquios, pulmões, e
membranas da mucosa.
Cândida : Um fungo que é parte da mucosa normal da flora, mas que pode ficar fora de
controle e provocar lesões na boca, vagina e pulmões.
Propriedades Anti- Bacterianas
Óleo de Neem tem eliminado várias espécies de bactérias patogênicas, incluindo
STAPHYLOCOCCUS AUREUS, que é uma fonte comum de intoxicação alimentar, e causadora
de desarranjos. SALMONELLA TYPHOSA, esta bactéria muito temida que vive na comida e na
água causa o tifo, envenenamento alimentar e uma variedade de infecções que incluem
envenenamento sangüíneo e inflamação intestinal.
Propriedades Anti-Viróticas
A atividade anti-virótica do neem tem alta eficácia, particularmente contra doenças
caracterizadas por erupções. Varíola , catapora , e verrugas , têm sido tradicionalmente
tratados com pasta de neem, esfregando-se a mesma na área afetada. O neem é um
preventivo muito eficiente contra vírus , mas não é a cura.
Propriedade Inseticida Dermatológica
Neem é um remédio comum e popular contra piolho e vermes. No Haiti , por exemplo, as
folhas do neem são esmagadas e esfregadas nos ferimentos infectados por vermes, e na Índia
e Bangladesh, moradores de vilas aplicam o neem no cabelo para matar piolho, fatos
observados com grande sucesso.
Neem no Tratamento Dentário
Tanto na India como na África milhões de pessoas usam pequenos galhos de neem como
escovas de dentes todos os dias. Dentistas aprovam esta prática primitiva por acharem que
realmente previne doenças periodônticas. Não está claro se o beneficio é devido á massagem
regulares da gengiva, se por prevenir a formação de placas, se pelas propriedades antisépticas do neem, ou se pelas três hipóteses juntas. Companhias alemãs usam o neem como
um ingrediente ativo em pastas dental. O neem se mostra muito eficaz na preservação e cura
de inflamações nas gengivas e nas doenças periódicas.
Neem como Preventivo da Doença de Chagas
O parasita Trypanosoma crusi causa esta grave doença. Ele vive e se reproduz dentro das
células nervosas e das células musculares, particularmente nas do coração, sugando toda a
energia de sua vitimas. Extratos do neem atuam sobre o mosquito que transmite a Doença de
Chagas. Os extratos não matam os insetos, ao invés, eles os imunizam contra parasitas que
vivem dentro do inseto por um ciclo de sua vidas. Uma pesquisa foi realizada e mostrou que
alimentando-se os mosquitos transmissores com neem, não só os libertam do parasitas, como
também o azadirachta impedem o jovem inseto de mudar de pele e os adultos de se
reproduzirem.
Neem como Preventivo da Malária
Profissionais indianos da medicina Ayurvedica tem preparado doses orais do neem e
administrado em paciente portadores de malária a séculos. A atividade anti-malárica do neem
está relatada nos livros de Ayurveda. Chá das folhas do neem é usado para tratar-la. Certos
extratos das folhas e das sementes do neem, provaram sua eficiência contra os parasitas da
malária. O neem reage tão bem quanto o quinino nas culturas de células afetadas pela
malária.
Neem como Analgésico e Anti-Térmico
Neem é também muito eficaz como analgésico, antitérmico e antinflamatório, e um produto
de baixo custo. O neem é usado para estes propósitos onde quer que seja cultivado.
Outras Propriedades Medicinais
Extratos de águas das folhas e do óleo do neem provaram reduzir significativamente o açucar
no sangue e impedir que a adrenalina produza hiperglicemia em animais de laboratório. O
neem demostrou uma propriedade significativa de infertilidade em ratos machos sem
interferir com os espermas atogenesis. Extratos alcoólicos das folhas provaram curar doenças
cutâneas como o eczemas, impigem, etc. Nimbidim , um componente amargo extraído do
óleo do neem provou possuir uma atividade analgésica e antipirética eficaz no tratamento de
sarna e úlcera gastroduodenal crônica Ninbatikta. Um elemento completamente amargo do
azadirachta indica também provou curar úlcera crônicas com eficácia o uso do óleo do neem
intravaginal provou ser eficaz na prevenção da gravidez.
Neem no Controle de Insetos
Os indianos tem tradicionalmente esmagado as folhas do neem e esfregado as mesmas nos
ferimentos expostos do gado para eliminar os vermes. Mosca de chifre. O azadirachta
atravessa o canal digestivo do ruminante e lá permanece tempo suficiente para que as
moscas de chifre não se desenvolvam no estrume. O Óleo e o extrato da semente do NIM
impedem que a blow fly fêmea, Lucilia Sericata, de botar seus ovos em carneiros. No Sri
Lanka, o óleo do neem é esfregado no gado como um repelente de insetos como a mosca-dechifre. O azadirachta também é capaz de exterminar os ovos da mosca stomoxys calcitrans.
Neem no Controle de Bactérias
A bactéria do staphylococcus aureus causa mastite, inflamação das glândulas mamarias em
vacas. A aparente eficácia do neem em controlar certos tipos dessa bactérias pode, portanto,
ser de grande importância econômica para fabricas de laticínios nas nações que cultivam o
neem. A bactéria salmonella além de afetar a saúde humana, causa aborto em animais, gado,
e carneiros, como também vários tipos de infeções em aves domésticas e gado, podendo,
também, ser controlado pelo neem.
Produtos Industriais do Neem
Óleo do Neem - O óleo do neem é composto basicamente de triglicerideos de oleico, steárico,
linoleico, e palmitico. O óleo de neem é usado principalmente em lamparinas, sabões, e
outros produtos não comestíveis. É usado por fabricantes de sabão por ser barato.
Cosméticos - o neem é tido na India como um produto de beleza. As folhas do neem
pulverizadas são um componente fundamental de pelo menos um creme facial muito usado.
O óleo do neem purificado é também usado em esmaltes e outros produtos.
Lubrificantes - O óleo do neem é lubrificante e resiste a degradação melhor que a maioria dos
óleos vegetais, nas zonas rurais da Índia, o óleo é usado com freqüência para lubrificar rodas
de carroças.
Fertilizante - O neem demostrou um potencial considerável como fertilizante
1 - A pasta no neem - é amplamente usada na Índia para fertilizar plantações com objetivos
comerciais, especialmente a cana-de-açúcar e hortaliças, pois contém nitrogênio, fósforo,
cálcio, magnésio e potássio. Quando misturada na terra como adubo, protege as raízes das
plantas de nematóides e formigas brancas.
2 - As folhas do neem - em algumas áreas do estado de Karnataka na India as pessoas
cultivam a árvore especialmente por sua folhas verdes e galhos, os quais são jogados dentro
dos arrozais encharcados, antes das mudas serem transplantadas.
Madeira - As propriedades da madeira do neem se parecem com as do mogno. É
relativamente pesado e quando é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora seja fácil
de serrar, trabalhar, polir e colar, deve antes ser secado com cuidado por que geralmente se
parte e empena. É uma madeira boa para construções e amplamentos usados na fabricação
de carroças, ferramentas manuseáveis e implementos agrícolas. É também comum o seu uso
nas fabricações de móveis. É raramente atacado por formigas brancas e é resistente ao
cupim.
Combustível - O neem produz diversos combustível úteis. Seu óleo é queimado em lamparina,
sua madeira usada como lenha. A casca da semente que não possui óleo e é desperdiçada na
fabricação de pesticidas é amplamente empregada como combustível. O carvão produzido da
madeira do neem é de excelente qualidade.
Outros Produtos
Existem outros produtos o quais são derivados do neem - Resina e um material que contém
muitas proteínas. É possível usa-lo como aditivo alimentar e é amplamente usado como cola
do neem. A casca do neem contém 14% de tanino. Ela produz fibras grossas e fortes, que
entrelaçadas transformam-se em cordas nas vilas da India. Mel - apicultores plantam árvores
do neem para adquirirem o mel de sua flores. Há relatos de pessoas que comem o neem.
Dizem que Mahatma Gandhi, que possuía um grande respeito pelos efeitos nutritivos das
plantas, sempre preparava um molho picante com as folhas do neem e comia com deleite,
apesar de seu incrível gosto amargo. A polpa das frutas do neem é uma base promissora para
a geração do gás metano e também pode servir como uma rica base de carboidratos para
outras fermentações industriais.
Efeitos do Neem em Insetos
Rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas
Bloqueados a mudança de pele de larvas e ninfas
Rompendo o acasalamento e a comunicação sexual.
Repelindo larvas e insetos adultos.
Impedindo a fêmea de botar ovos.
Esterilizando os adultos.
Envenenando larvas adultas.
Impedindo a alimentação.
Bloqueado a Habilidade de Swakkiw.
Inibindo a formação de Chitin.
Insetos Afetados por Produtos do Neem
Mosca do Chifre - Mosca Branca - Mosca Caseira - Piolhos - Grilos - Formigas de Fogo Gorgulho do Arroz - Barata, etc...
Uso do Neem
Casca - é amarga adstringente, acre, refrescante, lombrigueiro, inseticida, tônico para o
fígado, expectorante e retentor da urina, É útil em condições anormais de lepra, doenças da
pele, eczema, leucoderma, febre de malária, ferimentos, úlceras, azia, tumores, glândulas,
aminorreias, reumatismo, sífilis, e fadiga.
Folhas - são amargas adstringentes, acres. Depurativas, anti-sépticas, oftálmicas,
lombrigueiras, abrem o apetite, inseticidas, refrescantes, e calmantes. São úteis em azias,
lepra, leucoderma, doenças de pele, prurido, lombrigas, dispepsias, úlceras, tuberculoses,
bolhas, eczema, e febres de malária. Tônicas, são úteis em cólicas e debilidades gerais.
Sementes - são amargas, acres, termogênicas, purgantes, lombrigueiras, retentores de urina,
emolientes, calmantes, depurativas. São úteis em condições anormais de tumores, lepra, da
pele, lombrigas, hemorróidas, tuberculoses, ferimentos, constipação e diabetes.
Óleo - é amargo. Lombrigueiro , relaxante, e depurativo. É útil em doenças crônicas da pele,
impigem, sarna, lombrigas, febre de malária, sífilis e lepra.
Neem e os Biopesticidas
O setor agrícola domina o cenário econômico na Índia. A produção de grãos comestíveis gira
em torno de 170 milhões de toneladas e estima-se que no ano 2000 a India necessitaria em
torno de 210 milhões de tonelada de grãos comestíveis, tendo em vista o fato de que
anualmente 6 milhões de toneladas são perdidos devido a pragas nas lavouras, ervas
daninhas, roedores, pássaros e más condições do tempo e de estocagem. O uso de pesticidas,
tornou-se essencial. O uso de pyretroides sinteticos nos últimos anos causou a propagação da
mosca branca, no algodão em Gujarat, Andhra pradesh e em localidades do Tamil Nadu.
Constantes resíduos de pesticidas altamente tóxicos DDT HCH e o Chorinated Hydrocarbon
foram encontrado em hortaliças frutas, leites, óleos, manteiga, e carne, tanto quanto em leite
materno. A natureza dispõe de alternativas aos pesticidas químicos que deveriam ser usados
para o controle de pestes. Os biopesticidas produzidos do neem são de grande eficácia e
comercialmente viáveis. Baratos, possuem efeitos a longo prazo, não poluem e não são
nocivos à saúde humana.
Bactérias: Biopesticida de mais sucesso até o momento é op Bacillus Thuringiensis *(B.T)
existem 25 tipos de B.T. sendo usados contra pragas. Eles produzem várias toxinas inseticidas
tais como exoand Endotoxins, que são responsáveis pela morte de insetos tão logo penetrem
em seus corpos. Aproximadamente 525 insetos de vários tipos foram encontrados infectados
pelo B.T. muitos produtos comerciais do B.T. foram fabricados por aproximadamente 12
empresas em 5 países e são denominados Thuricide, Bakthne, Bacttodpein, etc. essas
formulas são excelentes no controle de peste da couve, tais como diamond heliothis do
algodão e do milho, brocas européias do milho. Larva do Chifre do tabaco e largarta, do
Castanheiro da Índia, foram relatada nos últimos anos.
Fungos: Este é o mais amplo grupo de biopesticidas que incluem mais de 500 espécies de
parasitas e fungos predatório eficazes contra inúmeros insetos fungos e nematoides.
Nim: Um Biopesticida
Controle do crescimento do arroz
Controle de fungos nocivos ao arroz
Controle da mancha do arroz
Controle da bacteria que faz secar as folhas
Controle do caruncho que afeta o coqueiro
Controle das doeças de hortaliças
Controle do caruncho do gengibre
Controle patogênico de bacterias em plantas
Controle de doenças viróticas em plantações de hortaliças
Controle do vírus mosaico da pimenta usando produto vegetais
Controle dos insetos que atacam a kail chinês
Controle de fungos que atacam o amendoim
Controle da descamação da batata
Controle patogênico do solo para cultivo do gengibre
Controle do vírus mosaico do pepino.
O nim acrescentado aos inseticidas sintetícos é usado no controle do bullwowrm do algodão.
neem é eficaz contra insetos que atacam o algodão, a vagem, o arroz, etc... o óleo do neem
preserva as folhas do algodão.
Apesar de cientistas se empenharem em descobrir plantas com características medicinais nos
cantos mais remotos do mundo, o neem cresce nos jardins de casas e universidades da Ásia e
da África sem chamar a atenção. A familiaridade com a planta fez com que cientistas não
estudassem as propriendades do neem. Mas hoje em dia pesquisadores de todo o mundo
estão empenhados em entender como funcionam os princípios ativos do neem para
compreender como uma planta pode ter tantas utilizações. Atualmente a utilização do neem
na agricultura é o que mais chama a atenção.
Neem como inseticida:
A maior parte das pesquisas sobre o neem é dedicada ao uso da planta na agricultura. Depois
de estudar cerca de 250 espécies de plantas com características que podem contribuir para o
controle de insetos e pragas, o consenso geral foi de que o neem é a plante de maior
eficiência e de menos impacto ambiental. Inseticidas feitos à base de neem já estão sendo
oferecido ao público. Ao que tudo indica o neem será uma alternativa natural aos inseticidas
sintéticos.
Em 1990, mais de 15 milhões de toneladas de insticidas sintéticos foram aplicados a jardins e
gramados nos Estados Unidos. Normalmente estes inseticidas são toxidas que atacam o
sistema nervoso dos insetos de forma rápida e letal. Apesar de serem realmente efetivos,
esses inseticidas matam insetos de forma indiscriminada, incluindo insetos benéficos como
abelhas e borboletas, e também são uma ameaça real para outros animais que cruzem a área
onde a substância está sendo aplicada (como minhocas, passarinhos, esquilos, cachorros,
gatos e até mesmo pesssoas). A maior parte dos fabricantes de inseticidas recomendam que
não se ande descalço sobre a superfície que recebeu a substância por três dias.
Pessoas que vivem a até 300 metros de onde o inseticida foi aplicada podem ser afetadas pela
evaporação do produto. Inseticidas podem causar desde dores de cabeça até perda de
sensibilidade nos membros.
As propriedades naturais do neem não causam qualquer reação tóxica. O neem serve como
inseticida porque a maioria dos insetos e pragas não se alimenta de plantas cobertas com
neem, mesmo que a opção seja morrer de fome. O neem ainda como repelente e reduz a
capacidade dos insetos em se reproduzir.
O neem não é tóxico para pessoas ou animais de grande porte e, por isso, não precisam evitar
áreas tratadas com neem. O neem também é um produto natural e portanto biodegradável.
Só insetos que alimentam de plantas são afetados pelo neem, o que impede qualquer dano
para insetos como abelhas e outros insetos benéficos.
Neen como fungicida agrícola:
O neem protege plantas e animais de uma variedade de fungos (Murthy and Sirsi,, 1958b);
(Bhowmick, 1982); (Schmutterer & Ascher, 1986). Nesse caso, testes provaram que os
melhores resultados foram obtidos quando o neem foi utilizado como um agente preventivo.
Neen no tratamento de vírus de plantas:
Infecções em plantas causadas por outras plantas são difíceis de curar ou prevenir. Entretanto
testes realizados por pesquisadores na Índia e nos Estados Unidos comprovaram que extratos
de neem são muito eficazes na prevenção de infecções virais ou na redução do dano causado,
uma vez que a infecção seja diagnosticada (Saxena, et al, 1985); (Simons, 1981).
Neem no armazenamento de alimentos:
Fazendeiros mais ricos pode, se dar ao luxo de utilizar pesticidas químicos para impedir que
pragas destruam alimentos (como grãos e cereais) armazenados por longos períodos. O neem
é uma opção natural mais acessível. Alimentos tratados com óleo de neem ficam protegidos
de qualquer tipo de infestação por até 20 meses sem qualquer alteração. (Dunkel et al, 1995)
Neem na correção do solo:
Depois que o óleo foi extraído das sementes do neem, o bagaço pode ser utilizado na
correção do solo - uma prática secular na Índia. Estudos mostram que misturar no solo o
bagaço da semente que teve o óleo retirado mostram oferece resultados melhores do que a
utilização de estrume ou outros adubos. O bagaço do neen ajuda a fixar o nitrogênio no solo,
estimula a proliferação de minhocas e oferece proteção contra insetos (Khan, 1974);
(Vizayalakshmi, et al, 1985).
• Diabetes - Doses orais de extratos da folha do neem reduzem a quantidade de insulina
necessária entre 30% e 50% em certos tipos de diabetes.
• Doenças coronárias - O neem retarda a coagulação do sangue, normaliza batimentos
cardíacos arrítmicos e ajuda a controlar a pressão arterial.
• Herpes - Testes realizados recentemente na Alemana mostraram que extratos de neem são
tóxicos para o vírus da herpes.
• Dermatologia - Neem é muito efetivo no combate a problemas de pele como acne, eczema,
coceiras, caspa e verrugas.
• Úlceras - Extratos de neem protegem o estômago do desconforto causado pelas úlceras e
acelera a cicatrização de feridas gástricas e intestinais.
• Controle de natalidade masculino - O neem vem sendo testado na Índia e nos Estados
Unidos para se conhecer seus efeitos sobre a fertilidade. Testes mostram que macacos
tiveram sua fertilidade reduzida apesar da produção de esperma e hormônios permanecer
inalterada.
• Controle de natalidade feminino - Aplicado internamente na vagina, o óleo de neem teve
100% de sucesso em impedir a gravidez.
IAPAR :
O Neem - Azadirachta indica - um Inseticida Natural
Sueli Souza Martinez - Pesquisadora
Lançamento de livro:O NIM - Azadirachta indica Natureza, Usos Múltiplos, Produção
Atualizado em 31 de outubro de 2002
(Foto: Neem proveniente das Filipinas, plantada no IAPAR em 1987)
Introdução
O neem pertence à família Meliaceae, que apresenta diversas espécies de árvores conhecidas
pela madeira de grande utilidade, como o mogno, o cedro, a santa-bárbara, ou cinamomo, o
cedrilho, a canjerana, a triquília, etc. É originário do Sudeste da Ásia e é cultivado em diversos
países da Ásia, em todos os países da África, na Austrália, América do Sul e Central. É usado há
séculos na Ásia, principalmente na Índia, como planta medicinal. Tem diversos usos, em
especial anti-séptico, curativo ou vermífugo; é utilizado no preparo de sabões medicinais,
cremes e pastas dentais. A árvore é usada para sombra e possui madeira de qualidade para a
produção de móveis, construção, batentes e portas, caixas e caixotes, lenha, carvão,etc.
Seu uso como inseticida se tornou bem conhecido nos últimos 30 anos, quando seu principal
composto, a azadiractina, foi isolado. A molécula da azadiractina é muito complexa e ainda
não pôde ser sintetizada; assim, todos os produtos que contêm azadiractina são produzidos
por extração da planta. Os inseticidas naturais de neem são biodegradáveis, portanto não
deixam resíduos tóxicos nem contaminam o ambiente. Possuem ação repelente, antialimentar, reguladora de crescimento e inseticida, além de acaricida, fungicida e nematicida.
Por sua natureza, os extratos de neem são mundialmente aprovados para uso em cultivos
orgânicos.
A planta possui mais de 50 compostos terpenóides, a maioria com ação sobre os insetos.
Todas as partes da planta possuem esses compostos tóxicos, porém é no fruto que se
encontra a maior concentração. Esses compostos são solúveis em água e podem ser
preparados de maneira simples e barata, por pequenos e médios produtores.
Outras espécies de meliáceas têm propriedades semelhantes. Entretanto, seus extratos são
mais tóxicos aos vertebrados e são menos eficazes contra os insetos. Os extratos de neem são
praticamente inócuos aos vertebrados e ao homem.
A Árvore
Originária de clima tropical, a planta se desenvolve bem em temperaturas acima de 20oC, em
solos bem drenados, não ácidos e altitudes abaixo de 700 m. Nessas condições, pode iniciar a
produção de frutos em cerca de dois anos, podendo atingir 10 kg de semente seca/planta,
sendo que cada quilograma de sementes secas contém aproximadamente 3000 sementes.
No Brasil, as primeiras introduções realizadas para pesquisa do neem como inseticida foram
realizadas pelo IAPAR, em Londrina PR, em 1986 com sementes originárias das Filipinas. Em
continuidade ao projeto, em 1989 e 1990, material oriundo da Índia, Nicarágua e República
Dominicana foi plantado em Londrina, Paranavaí PR (região mais quente e arenosa),
Jaboticabal SP e Brasília DF, para avaliação de desenvolvimento.
Nos anos noventa, principalmente nos últimos cinco anos, as propriedades da planta se
tornaram mais conhecidas no País, dando-se início ao plantio de áreas comerciais em São
Paulo, Goiás, Mato Grosso, Pará e outros. Esses estados apresentam clima favorável seu
cultivo, esperando-se portanto produções próximas ao obtido nos países de origem. Em
condições menos adequadas, como as do Norte do Paraná, com clima subtropical, as plantas
se desenvolvem mais lentamente, iniciando a produção de frutos após cerca de seis anos,
atingindo a produção máxima de 3 a 4 kg de semente seca/planta após 10 anos do plantio
(dados obtidos no IAPAR).
O IAPAR está trabalhando para conseguir plantas mais adaptadas às condições subtropicais.
Em 1998, foi realizada a enxertia de neem sobre o cinamomo, Melia azedarach, que tem
excelente desenvolvimento e alta produção de frutos no Sul do Brasil. O pegamento do
enxerto foi muito bom e há hoje 150 plantas enxertadas em duas estações experimentais do
IAPAR para avaliação, com florescimento já no primeiro ano.
Plantio e Condução
As sementes devem ser plantadas o mais rápido possível, dado que o poder germinativo, de
cerca de 80%, se reduz em cerca de dois meses a praticamente zero. Sementes mantidas em
geladeira podem manter o poder germinativo por mais tempo.
As mudas podem ser feitas em sacos plásticos, mantendo-se boa irrigação durante seu
desenvolvimento. As sementes germinam após duas semanas. Ao atingir 50 cm, após cerca de
três meses, a planta pode ser transplantada para o campo.
O espaçamento recomendado para o plantio do neem é variável, já que o desenvolvimento
da planta depende das condições de solo e clima, sendo necessário que toda a copa receba a
luz do sol. Assim o espaçamento deve permitir boa insolação. No Brasil recomenda-se de 5 a 8
m entre árvores, com o maior espaçamento nas regiões mais quentes. Deve-se conduzir o
tronco sem ramos até 1,5 m de altura e os ramos devem ser podados regularmente. O
ponteiro apical pode ser cortado quando a planta alcançar 4 a 6 m, de modo que a árvore não
atinja um tamanho muito grande e apresente uma copa bem desenvolvida. Desse modo a
produção de frutos é maior e a colheita é facilitada.
Modo de Ação
A ação dos extratos de neem sobre insetos é bastante variável de espécie para espécie. Há
registro de ação sobre mais de 300 espécies. A maior parte das investigações foi feita em
laboratório, sendo necessários mais estudos para poder se determinar com maior segurança
quais as pragas pode controlar, as doses, freqüência de aplicação, etc.
De modo geral a azadiractina afeta o desenvolvimento dos insetos de diferentes modos. Pela
sua semelhança com o hormônio da ecdise (processo que possibilita ao inseto trocar o
esqueleto externo e, assim poder crescer), perturba essa transformação e, e m altas
concentrações pode impedí-la, causando a morte do inseto. Por essa razão, as formas jovens
de insetos são mais fáceis de controlar. Não causa a morte do inseto imediatamente, dado o
seu efeito fisiológico, porém, além de afetar a ecdise, reduz o consumo de alimento, retarda o
desenvolvimento, repele os adultos e reduz a postura nas áreas tratadas. Também tem maior
ação por ingestão, de modo que os insetos mastigadores são mais facilmente afetados.
As espécies mais facilmente controladas são as lagartas, pulgões, cigarrinhas, besouros
mastigadores. Resultados de pesquisa do IAPAR mostraram efeitos letais e deformidades em
larvas e pupas de lagarta-do-cartucho do milho, curuquerê do algodoeiro, ácaros e bichomineiro, cochonilhas e redução de postura em bicho-mineiro, broca-do-café e mosca branca.
Em testes com a joaninha, inimigo natural de pulgões, extratos de neem não causaram morte
dos adultos e sua ação sobre as larvas foi mediana para uma espécie e inócua para outra, não
reduzindo sua voracidade, o que comprova seu potencial para uso em associação com
inimigos naturais contra as pragas.
O uso de folhas misturadas ao alimento do gado ou a aplicação de extratos das folhas ou
sementes no dorso dos animais tem sido indicado para controle de carrapato e mosca do
chifre. No Brasil se usam 5l de solução a 2% do óleo emulsionável ou 2,5-5% do extrato da
folha, por animal. O óleo também pode ser encontrado na forma pour-on, indicando-se 10
ml/100kg peso vivo de animal.
Nos países onde o óleo é extraído também se prepara a pomada, feita com os resíduos da
extração do óleo, que pode ser utilizada no controle de sarna em animais e outras infecções
da pele.
Preparo de Extratos
Os extratos podem ser preparados com a simples trituração das sementes ou frutos frescos,
em água, deixando-se a mistura descansar por 12 horas e filtrando-se o líquido e
pulverizando-se sobre as áreas infestadas. O mesmo procedimento pode ser usado para
folhas, frescas ou secas, embora a azadiractina aí ocorra em menor concentração.
O óleo inseticida é extraído pela prensagem das sementes, obtendo-se no máximo 47% de
óleo, que contém cerca de 10% da azadiractina existente no fruto. A torta restante é, pois,
muito rica em azadiractina, tem efeito nematicida e serve como adubo orgânico. Pode,
também, ser secada e utilizada posteriormente para preparo de extratos inseticidas, em
mistura com água e filtração.
Para se armazenar sementes para preparar o extrato posteriormente, os frutos devem ser
colhidos, secos ao sol por dois a três dias, e mais uns dois dias à sombra por dois dias e
despolpados manualmente em água ou utilizando-se despolpadeira com café. Deixa secar
bem e armazena, de preferência a baixa temperatura. As sementes que serão plantadas
podem ser preparadas da mesma forma.
Doses
Ainda não há informações detalhadas sobre doses específicas para cada inseto. Entretanto,
de modo geral, as seguintes doses têm apresentado eficácia no controle principalmente de
pragas de hortaliças:
• Óleo emulsionável: 5 ml/litro água
• Sementes secas: 30 a 40 g /litro água
• Folhas secas: 40 g a 50 g / litro água
O NEEM E A AIDS
A Aids uma doença letal, que tem vitimado milhões de pessoas em todo o mundo. Só no
Brasil mais de 500.000 pessoas foram contaminadas desde seu surgimento em 80 e com
tratamento que tem consumido cifras bilionárias. Ao encontrar um Site com matéria que
associava seu tratamento às propriedades do Neem, achei por bem divulga-lo. Quem sabe,
algum médico que não conhece as possibilidades desta árvore se interesse, e passa a
desenvolver experiências ou testes, visando alcançar a cura ou a melhora de pacientes
portadores deste vírus. É uma fonte a mais. Portanto, eis o material.
O Neem possui propriedades imuno estimulantes não só para o sistema linfótico, como para o
sistema de imunização das células. Quando células humanas infectadas pelo HIV foram
cultivadas com extratos do Neem, a produção de proteínas virais caíram dramaticamente. O
Dr. Upadhyay e o Dr. Berre'Sinousi (um dos cientistas que identificaram o vírus da AIDS)
acreditaram que extratos do Neem bloqueiam a produção de proteínas virais, desse modo,
param a reprodução do vírus.
Estudo dos efeitos do extrato da casca e de folhas do Neem mostraram que eles
reduziram significativamente a proteínaa viral P-24 e induziram, in vitro, a produção do
interferon IL-1. O Instituto Nacional de Saúde, em estudos prelinamres, registrou resultados
animadores de testes in vitro onde extratos da casca do Neem mataram o vírus da AIDS.
Outro efeito possível que o Neem pode ter no combate ao vírus da AIDS está na sua
aparente habilidade de intensificar a reação imunológica de células mediadoras à infecção.
Usando extratos da casca do Neem encharcados em água, o Dr. Van Der Nat(Holanda)
determinou que o extrato produz uma forte reação imunológica estimulante. O extrato da
casca do Neem estimulou a função linfolítica, a qual aumentou a produção de MIF, um
lymphokine que une macrophages e monocytes aos agentes infecciosos. Considerando como
a primeira linha de defesa contra a infecção do HIV, a capacidade do Neem de aumentar a
reação imunológica das células mediadoras pode oferecer proteção quanto ao perigo de se
contrair o vírus pela vagina, isto, se o Neem for usado como um lubrificante antes da relação
sexual.
Se apenas parcialmente eficaz na prevenção da AIDS, até que cientistas descubram a
cura, o Neem poderia salvar inúmeras vidas.
Nos casos em que o HIV não tenha evoluído para um estado em que a AIDS seja
incontrolável, em alguns pacientes verificou-se a intensificação da reação imunológica das
células mediadoras que o Neem pode ajudar a produzir. No entanto, uma vez contraída, a
AIDS pode ser tratada com a ingestão de extratos de folhas do Neem, de toda a folha, ou pela
ingestão do chá do Neem.
Muitas das complicações associadas à AIDS podem também ser tratadas com folhas,
casca e cremes do Neem. Lesões de pele ou sensações de queimaduras tem sido tratadas com
sucesso com folhas do Neem, misturadas na água do banho e com loções contendo o óleo do
Neem.
O NEEM E O SISTEMA IMUNOLÓGICO
O Neem, e em especial a sua casca, é conhecido por seus componentes polysaccharide
immunomodulatory. Estes componentes parecem aumentar a produção de anticorpos.
Outros componentes no Neem intensificam o sistema imunológico através da reação
imunológica das células mediadoras, que são a primeira forma de defesa do organismo.
Somente quando este sistema de defesa parece incapaz de deter um processo infeccioso, é
que o sistema imunológico como um todo entra em ação.
O óleo do Neem age como um estimulante imunológico não específico que ativa a
reação imunológica das células mediadoras. Isto, aliás, cria uma significativa reação a
quaisquer desafios futuros pelos organismos infecciosos. Quando o Neem foi injetado na
pele, houve um aumento significativo nos glóbulos brancos (leucócitos) e o perioneal
macrophages (fagócitos) mostraram intensa atividade patológica e manifestação dos
antígenos MHC class II. A produção do interferon gama também foi induzida pela injeção. As
células do Baço apresentam uma reação mais alta do lymphocyte a infecçÕes, mas não
aumentaram a reação aos anticorpos ..
Extratos de folhas do Neem na água solúvel, quando administradas oralmente,
produziram um aumento na quantidade de limphomatics, em que se contam células
vermelhas e brancas tanto quanto os linfócitos. Em estudos sobre os efeitos do Neem no
controle da natalidade, o fator principal neste efeito parece ser o aumento na reação
imunológica, em que o Neem foi tido como a causa de o corpo rejeitar o feto como um corpo
estranho.
AUmentando a reação imunológica celular, a maioria dos patógenos podem ser eliminados
antes de causarem a sensação de mal estar associada a doença. Este mecanismo também
poderia ajudar em doenças que envolvem o sistema imunológico, como a AIDS. Ingerindo
pequenas quantidades do pó da folha ou da casca do Neem dia sim dia não, ou bebendo um
chá suave do Neem aumentará a produção de anticorpos e a reação imunológica de células
mediadoras, ajudando a previnir infecções.
O NIM INDIANO
O Bioprotetor Natural
Junho de 2000
Engº Agrº José Luiz M. Garcia
M. Sc. Horticultura – Michigan State University
Consultor em Agricultura Alternativa
Membro da O.T.A ( Organic Trade Associaton )
Membro da I.F.O.A.M
Produtor Orgânico certificado pelo I.B.D.
Associado a A.A.O.
NIM INDIANO
O Bioprotetor Natural
Essa publicação destina-se a fornecer informações sobre a utilização do Óleo de Nim
(Azadirachta indica) na Agricultura e Pecuária no controle de insetos, pragas e parasitas.
Informações mais detalhadas poderão ser obtidas nas referências listadas ao final do
trabalho.
Por que Bioprotetor Natural e não Inseticida Natural ?
O sufixo cida significa aniquilador, matador, assassino. O Óleo de Neem não é um produto
com o tradicional efeito inseticida aniquilador característico das substancias petro-químicas
largamente utilizadas na agricultura vez que não mata os insetos instantaneamente. Essa
aparente desvantagem é, na verdade, uma grande vantagem conforme será devidamente
explicado posteriormente. O Óleo de Neem não possui efeito nocauteador ( efeito “knockdown”) sobre os insetos e larvas. Também não funciona a longo prazo como os inseticidas
biológicos tipo Bacillus turingensis (Dipel) dando margem a que os insetos continuem
devastando a lavoura antes de morrerem. O seu efeito é imediato, porem, de outra forma, ou
seja, ele atua imediatamente repelindo e/ou fazendo com que os insetos e larvas parem de se
alimentar via efeito anti-alimentar (efeito “ anti-feeding”). Atua também via outros
mecanismos a médio e longo prazo conforme será amplamente explicado adiante. Isso torna
o Óleo de Neem um excelente aliado do agricultor no controle efetivo de insetos e pragas e o
coloca em posição de destaque como uma nova categoria de produtos ecologicamente
corretos para a utilização na agricultura do próximo milênio. O planeta Terra não tem mais
condições de absorver as milhares e milhares de toneladas de produtos petro-químicos
venenosissimos usados atualmente na agricultura convencional que todos nós sabemos irão
gerar uma série de problemas de saúde. O Óleo de Nem demonstrou ser totalmente isento de
efeitos nocivos a todos os animais de sangue quente, peixes e a 6 espécies diferentes de
minhocas e demais organismos de solo. Ou seja, o óleo de Neem é um novo conceito em
termos de controle de insetos e pragas que tem auxiliado milhares e milhares de agricultores
conscientes em diversos países.
Os inseticidas sintéticos originários da petro-quimica matam indiscriminadamente os insetos
e larvas, poluem o ambiente, intoxicam operadores, seus familiares, e até mesmo os
consumidores e portanto, e por isso mesmo, tem sido repudiados a nível mundial. Não
obstante serem extremamente tóxicos, esses produtos não conseguem de forma alguma
controlar os insetos pois são formulados utilizando-se de apenas uma única molécula a qual é
invariavelmente protegida por uma patente que dá direito ao seu detentor de comercializá-la
a preços muitas vezes exorbitantes amparados que estão por registro efetuados junto a
órgãos oficiais do governo. Isto é, o governo não só colabora como também oficializa e o que
é pior monopoliza a venda desses produtos altamente tóxicos e portanto é fator
determinante da intoxicação generalizada da população. Ocorre que os insetos , dotados de
um maravilhoso mecanismo de defesa, desenvolvem resistência a esses venenos em apenas 3
gerações em alguns casos. Por isso é que em 1988 no E.P.A. ( Environment Protection Agency)
já haviam cerca de 50.000 produtos químicos registrados para uso na agricultura porque a
cada 3 gerações surgem novas variedades de insetos resistentes a essas moléculas isoladas e
portanto novas moléculas tem que ser produzidas e patenteadas e colocadas no mercado.
Esse processo não tem fim. A cada ano surgem venenos mais e mais poderosos. Inseticidas e
fungicidas que antes controlavam os problemas na ordem de 1 a 2 kg por hectare agora estão
sendo fabricados para serem utilizados em doses de apenas 200 gramas por hectare. Esses
tipos de moléculas são por assim dizer cerca de 10 vezes mais venenosas que as
anteriormente utilizadas, porem as multinacionais as apresentam como mais “seguras” ao
meio ambiente pelo simples fato de que se usa menos produto. Menos produto para um
mesmo efeito significa maior toxicidade e não menor toxicidade. Isso é um escárnio e uma
afronta a inteligência humana e cabe a você agricultor dar um grande e rotundo “Basta !” a
toda essa situação. Isso agora é possível com a utilização do Óleo de Neem.
Vejam por exemplo um resumo dos efeitos nocivos dos inseticidas sintéticos:
1. Poluição ambiental.
2. Danos a saúde devido a níveis elevados ( ou mesmo baixos) de resíduos.
3. Destruição indiscriminada de insetos sem nenhuma consideração sobre o seu papel no
meio ambiente muitas vezes benéfico, como no caso dos inimigos naturais.
4. Envenenamento de animais de sangue quente como pássaros, gado, criação em geral e
pessoas que tenham contacto com os mesmos.
5. Desenvolvimento de resistência em insetos.
6. Ressurgimentos de certas pragas secundarias e/ou principais que estavam sendo
anteriormente controlada por insetos que foram destruídos pelo agrotóxico. Com o seu
desaparecimento houve menos concorrência e novas pragas, então, surgiram.
Qual o principal (ou principais) ingrediente ativo do Óleo de Neem ?
O Óleo de Neem exibe o seu poder controlador de insetos devido a uma série de ingredientes
com características pesticidas ( 7 ).O seu principal grupo de ingredientes ativos é uma mistura
de 3 ou 4 compostos bastante assemelhados porem conta , também, com 20 outros
ingredientes menores mas que são bastante ativos de uma maneira ou de outra. Os principais
ingredientes pertencem a uma classe de produtos naturais conhecidos como triterpenos mais
especificamente limonoides ( 7 ). Até o momento,, pelo menos 9 limonoides extraídos do
Neem demonstraram habilidade para inibir o crescimento e desenvolvimento dos insetos.
Novos limonoides estão sendo descobertos porem a azadirachtina, salanina, meliantriol, e a
nimbina são os mais conhecidos ( 9 ).
A Azadirachtina foi um dos primeiros princípios ativos a serem isolados do Neem e já provou
ser o principal ingrediente no combate aos insetos. Atribui-se a Azadarachtina cerca de 90%
dos efeitos causados nos insetos e é, por isso mesmo, utilizada como padrão de qualidade
quando da utilização de óleos de Neem de diversas procedências .
A Mercosur só utiliza óleos de Neem cuja concentração estejam acima de 1.500 ppm de
Azadarachtina para a preparação de emulsionados.
A Azadarachtina não mata instantaneamente os insetos porem os impede de continuarem se
alimentando. Alem disso, interfere no seu desenvolvimento e já demonstrou ser um dos mais
potentes reguladores de crescimento de insetos pesquisados nos últimos 20 anos ( 9 ).
Essa substancia repele ou reduz a ingestão de alimentos de varias espécies de insetos
prejudiciais as lavouras bem como de alguns nematóides ( 9 ). Na verdade ela é tão potente
que um simples traço da sua presença impede que alguns insetos cheguem até a tocar as
plantas.
A Azadarachtina é estruturalmente similar ao hormônio chamado “ecdysona” que controla o
processo de metamorfose das diversas fases da vida do inseto ( larva, pupa e inseto adulto).
Ela afeta o Corpus cardiacus, um órgão semelhante a glândula pituitária na espécie humana,
que controla a secreção de hormônios. A metamorfose requer uma sincronia perfeita de
vários hormônios e outras mudanças fisiológicas para ser bem sucedida e a Azadarachtina é
um bloqueador de “ecdysona”. Ela bloqueia a produção e a liberação desse hormônio vital
para os insetos. Os insetos então não fazem a “muda” ou mudança de uma fase para outra,
interferindo no seu ciclo de vida.
O melantriol é um outro inibidor alimentar que em concentrações extremamente baixas tem
o efeito de paralisar a alimentação dos insetos. Esse seu efeito foi pela primeira vez
demonstrado nos gafanhotos. A salanina foi o terceiro terpenoide a ser isolado do Neem.
Estudos indicaram que a salanina é também extremamente poderosa na sua ação antialimentar porem não interfere na metamorfose. O gafanhoto migrador, besouro listrado do
pepino, moscas domésticas e o besouro japonês foram bastante afetados tanto em testes de
laboratório quanto em testes de campo. A Nimbina e Nimbidina tiveram o seu efeito anti-viral
demonstrado. Elas afetaram o vírus X da batata, vírus da vaccinia e vírus fowl pox. Existe a
possibilidade desses dois ingredientes serem usados no controle dessas viroses em lavouras e
animais.
Certos ingredientes menores também possuem efeito anti-hormonal. A pesquisa também
demonstrou que alguns desses ingredientes menores conseguem até paralisar o mecanismo
de deglutição, desta forma impedindo os insetos de se alimentarem. Dentre esses limonoides
secundários foram isolados o deacetylazadarachtinol que demonstrou ser eficaz contra a
lagarta do broto do tabaco.
Qual o mecanismo de ação do Óleo de Neem nos insetos ?
Até o momento já foram descritos na literatura científica os seguintes efeitos :
- Repelente de larvas e adultos.
- Inibindo ou impedindo o desenvolvimento de ovos, larvas ou pupas.
- Bloqueio da “muda” de larvas ou ninfas.
- Impedindo a comunicação sexual e o acasalamento.
- Impedindo que fêmeas depositem os ovos.
- Esterilizando insetos adultos.
- Envenenando larvas e insetos adultos.
- Inibindo a alimentação.
- Bloqueio da habilidade de deglutir, isto é redução da motilidade intestinal.
- Perturbação da metamorfose nas várias etapas.
- Inibindo a formação de quitina
Qual o mecanismo de ação da Azarachtina ?
Os vários estudos demonstraram que o mecanismo de ação da Azadarachtina pode ser
conforme abaixo relacionados ( 9 ) :
1. Efeito Anti-alimentar via oral.
a) Principal : Inibe a atividade dos receptores de sensibilidade gustativa da cavidade oral,
modifica a ingestão normal de alimentos e a capacidade alimentar prospectiva dos Insetos.
b) A ingestão de princípios ativos junto com o alimento conduz a inanição e morte.
2. Ação Dermal. Penetra através da cutícula dos insetos e inibe a síntese de quitina,
provocando, então desidratação e morte.
3. Efeito Repelente . Devido a mudanças no comportamento locomotor e estacionário dos
insetos, em alguns casos o acasalamento, assim como a comunicação sexual é afetada.
4. Efeito Destruidor do Crescimento . Pela inibição do crescimento normal do inseto por meio
da interferência nos ciclos de mudança . Suprime a atividade da ecdysona e a larva não efetua
a mudança de fase, mas fica na fase jovem para sempre até que eventualmente morre.
5. Efeito na sobrevivência e reprodução pela ação inibidora da ovoposição. Quando a fêmea
atinge o período de postura do seu ciclo de vida, a ovoposição é suprimida ou inibida.
6. Efeito no Sistema Endócrino. Os extratos de Neem são acumulados no sistema
neurosecretório do inseto, e por cruzarem a barreira cerebral , são concentrados no corpus
cardiacus , resultando em uma menor utilização das proteínas neuro-secretórias.
Há quanto tempo já se utiliza o Óleo de Neem na agricultura ?
Embora a utilização do Neem na medicina Ayurveda esteja mencionada em escritos sanscritos
de milhares de anos de idade a sua utilização na agricultura é de certa forma recente. A
habilidade do Neem em repelir insetos foi pela primeira vez descrita na literatura cientifica
em 1928 e 1929. Dois cientistas Indianos, Dr. R.N. Chopra e Dr.M.A. Husain usaram uma
solução aquosa contendo 0,001% de frutos secos moídos para repelir gafanhotos do deserto (
9 ).
Porem a sua real importância somente foi demonstrada em 1962. Naquele ano, em testes de
campo efetuados em Nova Delhi, S. Pradhan pulverizou diversas espécies de plantas com uma
solução de frutos de Neem . Ele observou que embora os gafanhotos pousassem sobre as
plantas tratadas eles se recusavam a come-las e que esse efeito durava até 3 semanas após o
tratamento. Alem do mais ele observou que o extrato do fruto de Neem era ainda mais
eficiente do que os inseticidas químicos convencionais utilizados naquela ocasião e que o seu
efeito repelente era tão forte quanto o seu efeito pesticida. Nos campos tratados com
inseticidas químicos adjacentes os insetos morreram mas não sem antes terem devorado as
plantas.
Os efeitos reguladores do crescimento foram independentemente observados na Inglaterra e
no Kenia em 1972. Na Inglaterra, L.N.E. Ruscoe, na época um funcionário da I.C.I. , testou
Azadarachtina em insetos prejudiciais a lavouras como Borboleta branca do repolho ( Pieris
brassicae) e besouro manchador do algodão ( Dysdercus fasciatus) e notou efeitos de
regulação de crescimento em todos os casos. Naquele mesmo ano, no Kenia, um estudante
de pós graduação alemão , K. Leuschner trabalhando na Estação Experimental de Café (
Coffee Research Station) de Upper Kiamu observou que um extrato metanolico da folha do
Neem controlava o bezouro do café (Antestiopsis orbitalis bechuana) por meio de efeito
regulador de crescimento. A maioria das ninfas tratadas no estágio quinto instar morriam nas
mudas subsequentes e as poucas que sobreviveram tiveram mal formação de tórax e asa na
fase adulta.
Os efeitos de redução da fecundidade dos insetos foi demonstrado por R. Steets, outro
estudante de pós graduação, e H. Schmutterer na Alemanha. Eles observaram e eficiência do
Neem em bezouro mexicano do feijão ( Epilachta varivestis) e bezouro da batata Colorado (
Leptinotarsa decemlineata) cuja ovoposição foi reduzida quase que a zero. Algumas fêmeas
foram quase que esterelizadas e esse efeito era irreversível ( 9 ).
Em que parte da arvore do Neem concentra-se a maioria dos ingredientes ativos ?
Os ingredientes ativos da arvore do Neem encontram-se presentes em quase toda a planta.
Entretanto, é no fruto que eles se encontram em maior concentração e notadamente no óleo
que é extraído desses frutos.
Quais os principais insetos ou classes de insetos controlados pelo Óleo de Neem ?
Em 1990, pesquisadores relataram que os extratos de Neem afetavam quase 200 espécies de
insetos (7). Outros autores relatam até 400 espécies de insetos ( 9 ) nas ultimas duas décadas
como sendo afetados pêlos ingredientes ativos do Neem.
Classe Orthoptera:
Compreende gafanhotos, grilos, esperanças, etc.... Nessa classe de insetos o efeito antialimentar é bem marcante. Varias espécies se recusam a comer plantas tratadas com neem
por vários dias e algumas vezes até varias semanas.
Classe Homoptera:
Afídeos (pulgões), moscas brancas, psyllids, cochonilhas, e outros insetos dessa classe são
sensíveis ao neem em diversos graus de eficiência. É interessante ressaltar que os
ingredientes ativos do Neem podem influenciar a habilidade dos homopteros de serem
portadores e de transmitirem certas viroses. Esse efeito já foi observado em arroz com o virus
“tungro” transmitido por homopteros.
Classe Thysanoptera:
O Neem tem demonstrado ser muito eficiente em larvas de trips que ocorrem no solo.
Entretanto, uma vez que os insetos adultos tenham se estabelecido nas plantas eles passam a
ser menos suscetíveis aos extratos de Neem. As formulações oleosas mostraram-se mais
eficientes em alguns ensaios talvez devido ao fato de que o óleo cobre e sufoca esse tipo de
insetos.
Classe Coleóptera:
As larvas de todos os tipos de besouros, especialmente os fitófagos coccinelideos, e
crisomelideos, são bastante afetados pelo óleo de Neem. Eles se recusam a comer plantas
tratadas, crescem devagar, e alguns são mortos ao contato com os princípios ativos.
Classe Lepdoptera:
Resultados de inúmeros ensaios de campo, notadamente com traças, demonstraram que as
larvas de diversos lepidópteros são altamente suscetíveis ao Neem . Tudo indica que pragas
como lagartas militares, brocas de fruto, broca do milho, e pragas afins serão os principais
alvos do óleo e dos extratos de Neem no futuro. O Neem os impede de se alimentarem
porem esse efeito é menos marcante do que os danos ao crescimento e desenvolvimento que
ele causa. Até o momento todos os resultados de campo, em São Paulo, com o nosso produto
tem sido bastante animadores. Todos os produtores relatam uma diminuição sensível no
ataque de lagartas e traças.
Classe Diptera:
Varias espécies de dipteros como mosca de frutas, mosca dos chifres, e moscas domesticas
são também um bom alvo para Óleo de Neem. Em São Paulo, já temos resultados de campo
que comprovam a eficiência do nosso emulsionado de óleo de neem em moscas de frutas em
maracujá. Foi observado, que a mosca dos chifres não se desenvolve em esterco tratado com
pulverizações de Óleo de Neem.
Classe Himenoptera Efeitos anti-alimentar e desregulando a crescimento. Suscetível.
Classe Heteroptera Insetos sugadores que atacam diversas lavouras como café, arroz, hortaliças. São afetados. As
propriedades sistêmicas do Neem afetam o seu habito alimentar e desregulam o seu
crescimento e desenvolvimento.
Insetos Domésticos Baratas são bastante afetadas pelo Óleo de Neem. Ele mata os insetos jovens e inibe os
adultos de efetuarem a ovoposição. Larvas impregnadas com óleo de Neem funcionaram em
diversas espécies de barata incluindo a B. Germânica
Pragas e Insetos de Produtos Armazenados O Neem tem demonstrado um potencial excelente para a utilização em produtos
armazenados.
Aliás, esse é uma das suas utilizações mais antigas na Ásia e a literatura está repleta de
ensaios bem sucedidos. Houve controle de 3 a 6 meses em produtos armazenados tanto com
o óleo quanto com o pó da folha. Espécies de Sitophilus e Tribolium são controladas com
sucesso por preparações contendo ingredientes ativos da planta do Neem.
Há quanto tempo se utiliza o Óleo de Neem no Brasil ?
No Brasil o fomento ao Neem começou com a ajuda prestada pela GTZ, empresa estatal
alemã, destinada a promover a redução de produtos tóxicos na agricultura, que injetou
recursos na CATI criando o projeto “ Solo Vivo”. Nessa época o Eng. Agr. Helcio de Abreu Jr., o
grande e incansável divulgador dessa arvore no Brasil, teve o seu primeiro contato com o
Neem, embora essa planta já tivesse sido introduzida pelo I.A.C. ( Instituto Agronômico de
Campinas) há 28 anos atrás pela seção de Plantas Medicinais que ainda possui a arvore de
Neem mais antiga do Brasil nos fundos da referida seção. Posteriormente, e de forma tímida,
foram feitas algumas importações do óleo de Neem da América Central porem o preço era
exorbitante e dificultava o acesso dos produtores a esse importante insumo ecológico.
Será que os insetos irão desenvolver resistência ao Óleo de Neem ?
Todos os autores consultados são da opinião que será extremamente difícil aos insetos
desenvolverem resistência aos ingredientes ativos do Óleo de Neem devido ao fato de serem
inúmeros ( cerca de 40 ingredientes ativos) e da forma como os mesmos atuam.
Alguns dos ingredientes ativos são bloqueadores da ecdysona que é um hormônio natural.
Fica extremamente difícil aos insetos desenvolverem qualquer tipo de resistência quando
inúmeros mecanismos são afetados ao mesmo tempo. Em ensaios conduzidos com o fim
específico de desenvolver resistência nos insetos demonstrou-se ser essa possibilidade muito
remota. Traças do repolho após 35 gerações consecutivas expostas ao Neem continuaram a
exibir a mesma suscetibilidade aos princípios ativos.
O que pensam as organizações mundais como a F.A.O. sobre o Óleo de Neem ?
Diversas organizações internacionais como a GTZ da Alemanha tem promovido a pesquisa
cultura e difusão do Neem como uma forma de reduzir a utilização de inseticidas sintéticos na
agricultura principalmente no países do terceiro mundo, já que no primeiro mundo eles
contam com mecanismos eficientes que coíbem a utilização desses produtos venenosos. Um
exemplo disso é o Baysiston , da Bayer, que está proibido na Alemanha, sede daquela
empresa, mas que continua sendo vendido no Brasil matando agricultores em todo o pais
todos os anos. O Conselho Nacional de Pesquisas ( National Research Council) de Washington,
USA, chamou o Neem de “a arvore para resolver os problemas globais”.
A FAO ( Food and Agriculture Organization ) chamou o Neem de “ uma das maiores dádivas
para a humanidade”. Recentemente, a Inglaterra rejeitou um pedido de uma empresa
americana que pretendia “patentear” a planta do Neem para poder auferir lucros exclusivos
sobre essa fonte inesgotável de recursos e verdadeira dádiva a humanidade.
O Óleo de Neem é tóxico ao homem e a vida silvestre ?
Até o momento não foram encontrados nenhum efeito tóxico a animais de sangue quente
incluindo pássaros, a peixes, a minhocas e demais organismos de solo. Em 1985 o E.P.A.
(Environment Protection Agency) aprovou o produto comercial Margosan-A para controle de
trips, moscas brancas, minadores de folha, lagartas em geral, pulgas, traças, broca de chifre,
baratas, lagartas militares em estufas, viveiros, florestas e residências com base em estudo de
toxicidade realizado com essa finalidade. Esse produto é um extrato dos frutos do Neem.
Os dados sobre toxicidade são inúmeros. Par ilustrar podemos citar que em testes com
abelhas o Neem demonstrou não afetar nem esses insetos benéficos quando em aplicações
diretas.
As doses letais LD 50 em diversos animais sempre ficavam acima das maiores dosagens
aplicadas e portanto nunca eram determinadas pois os animais não morriam. Os extratos
também demonstraram não ser mutagenicos em testes de mutagenecidade.
O Óleo de Neem destrói os Inimigos Naturais ?
Insetos que se alimentam de pólen como borboletas adultas e abelhas recebem uma
dosagem diminuta de Neem que parece não os afetar. Alem do mais, em teste voluntário
para registro do produto Margosan-A, ficou demonstrado que nem aplicações diretas contra
as abelhas causou nenhum problema para esses insetos.
Estudos com minhocas demonstrou que o Neem pode até ter efeitos positivos sobre esses
animais de solo. A taxa de crescimento da minhocas foi maior quando se usou folhas de neem
ou torta da semente de neem misturados ao solo. No Hawaii, os cientistas descobriram um
exemplo maravilhoso da sutileza dos efeitos do óleo de neem. As moscas de fruta, que
anualmente causam grandes prejuízos aos agricultores, foram testadas para se determinar a
sua suscetibilidade aos ingredientes ativos do Neem . Enquanto, as frutas amadureciam nas
arvores, os insetos jovens no interior dos casulos desenvolviam-se no solo. Pulverizando-se o
solo com uma solução de Óleo de Neem o desenvolvimento das larvas era totalmente
paralisado. Porem , um parasita natural da mosca de frutas, um certo tipo de ichneumon que
parasita os casulos e é utilizado no controle biológico, não era afetado provando ser
resistente ao neem. Os predadores que são utilizadas como controle biológico , ao que tudo
indica, são resistentes ao Neem ( 6 ).
Com o somatório de informações que dispomos até o momento permite-nos afirmar que o
Óleo de Neem não representa um perigo iminente aos inimigos naturais e aos insetos
benéficos demonstrando, mais uma vez, o extraordinário potencial dessa planta para toda a
humanidade.
Qual a melhor dosagem do Óleo de Neem ?
O Neem é extremamente ativo como regulador hormonal mesmo a concentrações
baixissimas.
Em alguns estudos, concentrações menores que um décimo de ppm ( parte por milhão) nas
soluções foi suficiente para proteger eficientemente as plantas tratadas ( 9 ). Essa
concentração é equivalente a 0,00001 por cento ou aproximadamente uma colher de chá de
neem para 4.000 litros de água. Alguns insetos começam e se desinteressar por algumas
plantas mesmo a essas concentrações baixíssimas.
Nesse particular o produtor deve testar o Neem e descobrir por si mesmo a dosagem mais
econômica. São centenas de culturas e milhares de insetos nas mais diversas condições de
cultivo. Isso propicia milhões de diferentes situações e a pesquisa jamais irá responder a sua
questão especifica a menos que a sua lavoura tenha uma importância econômica muito
grande e a menos que o governo decida que já chega de intoxicar a população e começe a
pesquisar formas menos tóxicas de controle de insetos.
Na prática recomenda-se concentrações de Óleo emulsionado que variam de 0,5 até 1%.
Entretanto, fica o lembrete de que o Óleo de Neem emulsionado poderá apresentar
resultados em concentrações bem inferiores.
O Óleo de Neem tem efeito por contacto ou é um produto sistêmico?
As duas coisas.
Os ingredientes ativos ficam depositados na superfície das plantas mas também são
absorvidos pelas plantas. O fato dos extratos de plantas poderem ser absorvidos e
consequentemente conferir uma defesa de dentro para fora é talvez uma das características
do Neem mais interessantes. O nível da atividade sistêmica difere de planta para planta e de
uma formulação para outra. Extratos que não contenham óleo, com pouco óleo e com muito
óleo exibem diferentes níveis de ação sistêmica.
Quais as formas de aplicação do Óleo de Neem ?
O Óleo emulsionado é geralmente pulverizado sobre as plantas com pulverizadores costais,
ou motorizados. Pode-se usar também atomizadores e recentemente foram feitos testes com
maquinas geradorasde fumaça ou “fog” na qual o produto é usado na forma pura sem
diluição.
No caso de moscas é comum a preparação de iscas atrativas com açúcar.
É iqualmente relatada a aplicação via injeções em troncos de arvores ( 6 ) para controle de
lagartas minadoras de folha. Também utiliza-se a pulverização do solo ao redor de arvores e
plantas para controle de traças que completam o seu ciclo no solo no interior de casulos.
Deve-se usar espalhante adesivo junto com o Óleo Emulsionado de Neem ?
Não há necessidade alguma de se usar espalhante adesivo com a emulsão de Óleo de Neem
pois os emulsionantes possuem características químicas semelhantes aos espalhantes
adesivos exercendo o mesmo papel que estes na superfície das folhas.
De quanto em quanto tempo se aplica o Óleo de Neem ?
Aqui também estamos diante de uma situação que irá requerer a participação ativa do
produtor. A pesquisa ainda não respondeu a essa pergunta. Algumas experiências
demonstraram que o efeito anti-alimentar persiste por até três semanas após a aplicação.
Alguns produtores aplicam pulverizações semanais e acham que essa frequencia é a ideal.
Cada caso irá requerer um estudo individualizado. A regra geral é quanto menos aplicações
melhor. Também existem diferenças básicas entre cultivos protegidos em estufas e à campo,
de formas que não é possível ter-se uma recomendação geral para todas as culturas e em
todas as situações de cultivo.
O Óleo de Neem é compatível com outros produtos ?
O Óleo emulsionado de Neem para fins agrícolas é compatível com a maioria dos insumos
aplicados na Agricultura Orgânica. Entre os produtos compatíveis podemos citar o
Biofertilizante, o acido pirolenhoso, alguns fertilizantes foliares à base de Cálcio e Boro como
o CaB2. Entretanto, não recomendamos a sua aplicação nem com a Calda Bordaleza e nem
com a Calda Sulfocalcica devido a sua reação alcalina. Entretanto, esta recomendação não
está amparada em pesquisas cientificas sendo necessário e urgente pesquisar-se esse aspecto
para posterior analise.
A combinação do óleo de Neem com inseticidas biológicos à base de Bacillus thuringensis (
Dipel) tornam o controle ainda mais eficiente.
Como escolher qual o produto a ser comprado já que não existe produto registrado no
mercado?
Embora já existam produtos a base de Neem registrados em outros países , o que prova a
eficiência desse produto, no Brasil o processo é bastante demorado e caro. Estima-se que o
custo de registro de um produto no Ministério da Agricultura esteja entre US$ 75.000,00 a
US$ 250.000,00. Além do mais é amplamente conhecido o fato de que apenas umas poucas
firmas multinacionais tem acesso a esses registros. Diversas firmas brasileiras do ramo de
Agrotóxicos tem movido repetidos processos judiciais contra o Ministério da Agricultura por
se sentirem prejudicadas com esse sistema injusto. Alem do mais os custos de registro terão
que ser fatalmente repassados ao consumidor final. E pergunta-se: Para quê ? Para provar o
que todo o mundo já sabe ? Que o Óleo de Neem é um eficiente protetor natural contra os
insetos ? Para corroborar mais de duas décadas de pesquisas científicas ? Para corroborar o
que milhares de usuários satisfeitos em todo o mundo estão dizendo sobre o Óleo de Neem ?
Para redescobrir a pólvora ?
A maioria do produtores que se preocupam com o meio ambiente são reconhecidamente
inteligentes ao ponto de reconhecerem que esse sistema institucionalizado de registros de
produtos para a lavoura é mais um escândalo nacional e falar-se em registro para produtos
naturais é mais outra grande hipocrisia, sem mencionar-mos o aspecto estritamente ditatorial
que esses registros impõe ao seu direito de optar. Ou seja, não se pode usar o que se bem
deseja, mas sim o que eles querem que você use ou permitem ( por meio de registros). Isso
tem um só nome : Ditadura!. Infelizmente, não podemos concordar com esse tipo de
procedimento.
Multinacionais ávidas por lucro irão tentar monopolizar mais essa fonte natural para o
controle de insetos tentando nos escravizar mais e mais ( 6 ). Porem cabe a todos nós
repudiar mais essa tentativa.
Entretanto, o consumidor consciente tem que saber como proceder pois haverão muito em
breve os aproveitadores que tentarão tirar proveito da boa reputação do óleo de Neem e
tentarão vender produtos de inferior qualidade e com baixo teor de Azadarachtina.
Por isso adquira sempre esse produto de pessoas que já tenham uma reputação comprovada
no meio da agricultura orgânica. No final desse trabalho existe uma lista de revendedores nos
quais o Óleo de Neem poderá ser adquirido.
O Óleo de Neem é um produto permitido pelas organizações certificadoras de Agricultura
Orgânica no Brasil ?
Sim, o Óleo de Neem é autorizado por todas as certificadoras orgânicas a nível mundial sem
nenhuma exceção.
Que cuidados devemos ter para a melhor utilização do Óleo de Neem ?
Os princípios ativos do Óleo de Neem são sensíveis a luz e ao calor . Portanto, mantenha as
embalagens e locais frescos e ao abrigo da luz. Durante o inverno, em locais frios, o Óleo de
Neem se solidifica e por isso temos que nos certificar que a emulsão esteja dissolvida antes de
formular a pulverização. A Azadarachtina tende a se concentrar no fundo do frasco e pro isso
deve-se sempre agitar o frasco de emulsão muito bem agitado antes de utiliza-lo.
A pulverização deve cobrir bem a folha pois o produto só funcionará onde os princípios ativos
atingirem de fato a superfície da folha.
Devo usar o Óleo de Neem da mesma forma que antes utilizava os inseticidas agrotóxicos ?
Não. Em hipótese alguma. Nada irá substituir o cuidado com o solo que é base de tudo.
Nada irá substituir uma nutrição adequada à planta bem como os demais cuidados a serem
observados tanto numa produção orgânica como em uma convencional como rotação de
culturas, preparo mínimo de solo, correção de acidez de forma adequada (evitando-se o
excesso de magnésio e uma boa relação entre Ca:Mg), irrigação adequada, equilíbrio entre os
diversos nutrientes, seleção adequada de variedades, adaptação da cultura à região, etc.
Que outras medidas devo adotar para melhorar o controle de insetos na minha lavoura ?
Hoje é sabido que os insetos só se sentem atraídos por aquelas plantas que sinalizam a eles
de alguma forma que precisam ser eliminadas. Essa é a lei inexorável da natureza. Os mais
fracos tem e devem ser eliminados. Pesquisas recentes ( 1, 2, 5 ) demonstraram que algumas
plantas exalam quantidades mínimas de álcool e amônia sinalizando, então, aos insetos a sua
agonia e como que “pedindo” para serem eliminadas. Por outro lado, especula-se também
que o nível de proteína na planta é fator desencorajador ao ataque de insetos e que os micro
nutrientes teriam um papel decisivo na conversão dos amino-ácidos livres à proteínas. Dessa
forma, reveste-se de grande importância o papel dos micro nutrientes ou elementos traço na
nutrição vegetal. É amplamente reconhecida a importância e o valor dos biofertilizantes na
nutrição vegetal, como uma das formas de se conferir ao mesmo uma maior resistência ao
ataque de insetos devido a uma boa suplementação nutricional. Entretanto, mesmo o melhor
dos biofertilizantes não irá conter todos os elementos traços requeridos para uma nutrição
vegetal perfeita, razão pela qual se preconiza a aplicação de fontes fósseis de microelementos
como carvões fósseis ( xisto, linhito, turfas ) bem como de rochas de reconhecido valor
nutricional para as plantas com forma de repor ao solo os elementos traços perdidos ao longo
de milhares de anos de intemperização dos nossos solos tropicais.
Literatura Citada
1.Andersen, A.B. Ph.D. Science in Agriculture.Acres U.S.A. ,376 pp, 2.000.
2. Callahan, P. S. Ph.D. Paramagnetism. Rediscovering Nature´s Secret Force of Growth Acres
U.S.A. , 128 pp, 1995
3. GTZ. Neem. A Natural Insecticide.”Gewinnung naturlicher Insektizide aus tropischen
Pflanzen”, Deutsche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ), 34 pp., Eschborn,
sem data.
4.KONPHALINDO. National Consortium for Nature and Forest Conservation in
Indonesia.National Conference on Biopesticides with emphasis on Neem., GTZ - Deutche
Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, 132 pp., Eschborn, 1998.
5. Lisle, Harvey. The Enlivened Rock Powders. Acres U.S.A. , 194 pp, 1994.
6.Norten, Ellen. NEEM. India´s Miraculous Healing Plant. Healing Arts Press., 92 pp., 2.000.
7.Puri, H.S. NEEM. The Divine Tree. . Medicinal and Aromatic Plants - Industrial Profile,
Harwood Academic Publishers, 182pp., 1999.
8.Proceedings of a Seminar held in Dodowa.The Potentials of the Neem Tree in Ghana. GTZ Deutche Gesellschfat fur Zusammenarbeit (GTZ) GmbH., Division 45, Rural Development,
Working Field : “Non-synthetic Pesticides “,129 pp., Eschborn, 1988.
9.Report of an Ad Hoc Panel of the Board of Science and Technology for International
Development. NEEM. A Tree For Solving Global Problems. National Research Council, National
Academy Press, Washington, D.C. 139 pp., 1992.
10..Schmutterer, H & K.R.S. Ascher. Natural Pesticides From The Neem Tree and Other
Tropical Plants.,Proceedings of the Third International Neem Conference, Nairobi, Kenia, GTZ Deutche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH., 703 pp.,Eschborn 1987.
Algumas pragas que o Dalneem controla
Agrotis ipsilon (Lagarta rosca)
Algodoeiro, soja, cana-de-açucar, milho, fumo, mamona, batatinha, melancia, melão,
pepino, abóbora, couve, couve-flor, brócolis, cravo, crisântemo, gerânio, margarida, violeta,
samambaia, avenca, cóleo, alface, alcachofra, almeirão, chicória, serralha, agrião, acelga,
cebola, alho, maranguinho, tomate, berinjela, pimentão, eucalipto, pinheiro-do-paraná.
Aleurothixus floccosus (Mosca branca)
Citrus
Aphis gossypii (pulgão)
- Algodoeiro, cacaueiro, quiabeiro, batatinha, flores e folhagens
Brevicorne brassicae (Pulgão)
Couve, couve-flor, brócolis
Callosobruchus maculatus (caruncho)
Grãos
Conotrachelus (Broca dos frutos)
Cacaueiro, gorgulho da goiaba, gorgulho da jaboticaba
Diabrótica (Vaquinha)
Cana-de-açucar, soja, banana, batatinha, melancia, melão, pepino, abóbora, tomate,
berinjela, pimentão
Dysdercus spp (Manchadores)
Algodoeiro
Ephestia elutella (lagarta)
Soja, fumo, cacau
Heliothis virescens (Lagarta das Maças)
Maçã, erva-mate
Hypsipyla grandella (Broca do Cedro)
Cedro, mogno
Lasioderma serricorne (Besouro)
fumo, soja (faz galeria nos fardos)
Panonychus citri (Ácaro purpúreo)
Citrus
Planococcus Citri (Cochonilha Branca)
Citrus, cacau, cereja
Plutella xylostella (Traça das crucíferas)
Couve, couve-flor, brócolis
Rhyzopertha dominica (Besourinho
Arroz, trigo, sorgo
Rhopalosiphum maidis, padi (Pulgão do café)
Milho, trigo, aveia, cevada
Saissetia coffeae (Cochonilha parda
Café, citrus, flores e folhagens
Schitocerca sp (Gafanhoto)
Pastagens
Sitophilus oryzae (Gorgulho)
Arroz, milho, sorgo, trigo
Sitotroga cerealella (Traça dos cereais)
Arroz, trigo, sorgo, milho
Spodoptera frugiperda (lagarta do cartucho do milho, lagarta do solo)
Milho, arroz, cana-de-açucar, soja, trigo, aveia, cevada, batatinha, alface, alcachofra,
almeirão, chicória, serralha, agrião, acelga, cenoura, etc...
Stegobium paniceum (Besouro)
Cereais e sub-produtos, farinhas, farelos, fubá, etc...
Tribolium cataneum, confusum (Besourinho)
Cereais moído, trigo, rações, farinha
Outros
Traça do tomateiro
Berne, carrapato, mosca-do-chifre
Larva de trips
Aphids – Endoparasita de pulgões
Obs- Até o momento foram cadastrados mais de 450 pragas que o nim controla, porém
muitas não ocorrem no Brasil. Portanto o conhecimento do controle de novas pragas
acontecerá somente a medida que o agricultor adotar o uso do Nim no seu dia a dia.
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