TRANSISTORES DE EFEITO
DE CAMPO MOS - MOSFETs
FUNDAMENTOS
12 h
ESTRUTURA DE UM
TRANSISTOR NMOS
Na figura a seguir é mostrada a estrutura de
um transistor MOSFET (“Metal-Oxide
Semiconductor Field Effect Transistor) tipo
enriquecimento canal n.
 Um transistor NMOS possui 4 pinos: Porta
(G-Gate) Dreno (D-Drain) Fonte (S-Source)
Substrato (B-Body).
 O isolante na porta, faz com que a corrente
de porta seja muito pequena, da ordem de
10-15 A.

2
ESTRUTURA DE UM
TRANSISTOR MOSFET
3
ESTRUTURA DE UM
TRANSISTOR NMOS
O substrato forma duas junções PN com a
fonte e com o dreno, que em operação
normal são mantidas reversamente
polarizadas, conectando-se o substrato à
fonte.
 A região de canal, situada logo abaixo da
porta, é caracterizada por um comprimento
L, tipicamente de 1 a 10 μm, e por uma
largura W, tipicamente de 2 a 500 μm.

4
FUNCIONAMENTO DE UM
TRANSISTOR NMOS
Um transistor NMOS é um dispositivo
simétrico, podendo o dreno ser trocado com
a fonte.
 Sem a aplicação de tensão vGS>0, existe
uma resistência entre fonte e dreno da
ordem de 1012 Ω.
 Por outro lado, a aplicação de uma tensão
vGS>0 faz o aparecimento de um canal n,
como mostra a figura a seguir.

5
ESTRUTURA DE UM
TRANSISTOR MOSFET
6
FUNCIONAMENTO DE UM
TRANSISTOR NMOS
A tensão vGS necessária para a formação do
canal de condução é denominada de tensão
de limiar Vt, tipicamente entre 1 a 3 V.
 A aplicação de tensão vDS>0 possibilita a
existência de corrente entre dreno e fonte iD,
como mostrado a seguir.

7
FUNCIONAMENTO DE UM
TRANSISTOR NMOS
8
DEPENDÊNCIA DE Id com
vDS PEQUENO e vGS
A condutância do canal é proporcional à
diferença de tensão vGS-Vt.
 Assim, quanto maior for a diferença vGS-Vt,
maior será ID.
 E também, quanto maior for vDS, maior será
ID, já que esta corrente é produzida por
aquela tensão.
 A próxima figura mostra estas duas
dependências.

9
DEPENDÊNCIA DE Id com
vDS PEQUENO e vGS
10
OPERAÇÃO COM vDS
GRANDE
Observando a próxima figura, concluímos
que o canal não mantém a sua profundidade
constante com o aumento de vDS.
 Isto deve-se ao fato da tensão variar de vGS
entre porta e fonte a vGS-vDS entre porta e
dreno.
 Assim, à medida que vDS aumenta, o canal
torna-se mais estreito no dreno, até o
momento em que o canal é estrangulado
(“pinched-off”).

11
OPERAÇÃO COM VDS
GRANDE
12
OPERAÇÃO COM VDS
GRANDE
Neste momento, a resistência do canal
torna-se infinita, e portanto a corrente ID
torna-se constante em função de vDS.
 A próxima figura, ilustra as duas regiões de
funcionamento de um transistor NMOS:

–
–

Região Triodo
Região de Saturação (não confundir com a
saturação do transistor bipolar!)
A tensão vDS em que ocorre a saturação:
vDSsat=vGS-Vt
13
REGIÃO TRIODO E DE
SATURAÇÃO
14
DERIVAÇÃO DA RELAÇÃO
ID VERSUS VDS


Vamos considerar inicialmente que vGS>Vt e que o
transistor opera na região triodo, ou seja que
vDS<vGS-Vt. Neste caso, o formato do canal é
mostrado a seguir.
Considere uma região infinitesimal de
comprimento dx. Portanto a carga nesta região,
vale:
δq(x)=-CoxWδx[vGS-v(x)-Vt]
onde Cox é a capacitância por área formado pelo
eletrodo de porta e o canal, W é a largura do
transistor e v(x) é a tensão neste ponto do canal.
15
DERIVAÇÃO DA RELAÇÃO
iD VERSUS vDS
16
DERIVAÇÃO DA RELAÇÃO
iD VERSUS vDS
Como o dielétrico de Cox é formado pela camada de
óxido, a capacitância por área é dada por:
Cox=εox/tox
onde εox é a permissividade e tox é a espessura do
dielétrico.
 A tensão vDS produz um campo elétrico,
E(x)=-δv(x)/δx
 E portanto, a velocidade de um elétron:
δx/δt=-μnE(x)
δx/δt=μnδv(x)/δx
onde μn é a mobilidade dos elétrons.

17
DERIVAÇÃO DA RELAÇÃO
iD VERSUS vDS
O produto de δq(x)/δx por δx/δt nos fornece
a corrente de deriva, que é igual a -iD:
iD=μnCoxW[vGS-v(x)-Vt]δv(x)/δx
 Integrando ambos os lados de x=0 até x=L,
∫0LiDδx=∫0vDSμnCoxW[vGS-v(x)-Vt]δv(x)
 Que resulta em
iD=μnCox(W/L)[(vGS-Vt)vDS-vDS2/2]
expressão válida para a região triodo.

18
DERIVAÇÃO DA RELAÇÃO
iD VERSUS vDS
Para a fronteira da região de saturação
vDS=vGS-Vt, e portanto:
iD=μnCox(W/L)(vGS-Vt)2/2
 O produto kn’=μnCox é denominado de
parâmetro de transcondutância do processo
e tem dimensão A/V2.
 A razão W/L é conhecida como razão de
aspecto do transistor.

19
MOSFET CANAL p
O MOSFET tipo enriquecimento canal p
opera do mesmo modo que o dispositivo
canal n, exceto que as tensões vGS, vDS e Vt
são negativas.
 Além disso, a corrente de dreno entra pelo
terminal de fonte e sai pelo dreno.
 A tecnologia CMOS (MOS Complementar)
utiliza transistores PMOS e NMOS.

20
CMOS
21
SÍMBOLO MOSFET CANAL
n
22
RESUMO DA
CARACTERÍSTICA iD x vDS




A próxima figura ilustra as 3 regiões de um
NMOS: corte, triodo e saturação.
Na região de corte
vGS<Vt
Na região triodo, definida por:
vGS>Vt e vDS<vGS-Vt
Temos uma resistência:
rDS=vDS/iD=[kn’(W/L)(vGS-Vt)]-1
onde vDS<<1.
23
RESUMO DA
CARACTERÍSTICA iD x vDS
24
REGIÃO DE SATURAÇÃO

Já sabemos que na região de saturação:
iD=(kn’/2)(W/L)(vGS-Vt)2
cuja corrente não depende de vDS, conforme
mostra a figura a seguir.
25
REGIÃO DE SATURAÇÃO
26
MODELO PARA GRANDES SINAIS
NA REGIÃO DE SATURAÇÃO
27
NÍVEIS DE TENSÃO PARA REGIÃO
TRIODO E DE SATURAÇÃO
28
RESISTÊNCIA DE SAÍDA NA
SATURAÇÃO
A próxima figura mostra a variação do
comprimento do canal com a tensão vDS.
 Por sua vez, a diminuição no comprimento
do canal, pode ser modelado como:
iD=(kn’/2)[W/(L-ΔL)](vGS-Vt)2
 Como ΔL<<L, temos que
iD≈(kn’/2)W/L(1+ΔL/L)(vGS-Vt)2

29
RESISTÊNCIA DE SAÍDA NA
SATURAÇÃO
Assumindo que ΔL=λ'vDS, temos que
iD=(kn’/2)(W/L)(1+λ'vDS/L)(vGS-Vt)2
 Chamando λ'/L=λ=1/VA, temos
iD=(kn’/2)(W/L)(vGS-Vt)2(1+vDS/VA)
onde VA é denominada tensão de Early e
tipicamente varia de 30 a 200 V.

30
VARIAÇÃO DO PONTO DE
ESTRANGULAMENTO
31
RESISTÊNCIA DE SAÍDA NA
SATURAÇÃO
32
RESISTÊNCIA DE SAÍDA NA
SATURAÇÃO

A resistência para pequenos sinais com o
transistor na saturação é dada por:
ro=(δiD/δvDS)-1=[(kn’/2)(W/L)(vGS-Vt)2/VA]1

Que pode ser aproximado por:
ro=VA/ID=1/(λID)
33
MODELO PARA GRANDES SINAIS
NA SATURAÇÃO INCLUINDO ro
34
SÍMBOLO E
CARACTERÍSTICAS PMOS
35
CARACTERÍSTICAS PMOS
Para o transistor PMOS, vGS<0, vDS<0 e
Vt<0.
 Podemos fazer um raciocínio equivalente,
trocando a ordem dos índices, ou seja de vGS
para vSG, e assim por diante. Neste caso, as
tensões permaneceriam positivas.
 Assim, o transistor estará em corte, se
vSG<|Vt|
 E caso contrário, um canal será formado.

36
NÍVEIS DE TENSÃO PMOS
37
EFEITO DO CORPO


Quando o corpo é conectado à fonte, a junção
entre fonte e substrato trabalha com uma
tensão de polarização reversa constante. Neste
caso, a existência do corpo pode ser ignorada.
Quando o corpo é conectado não na fonte, mas
no potencial mais negativo (canal n) do
circuito para que a junção fonte-corpo trabalhe
reversamente polarizada, temos que o sinal na
fonte irá produzir uma variação na tensão
reversa desta junção, que por sua vez mudará a
profundidade do canal.
38
EFEITO DO CORPO

Pode-se mostrar que a tensão VSB produz
uma mudança na tensão de limiar,
Vt=Vt0+γ[√(2Φf+VSB)-√(2Φf)]
onde Vt0 é a tensão de limiar para VSB=0, Φf
é um parâmetro físico que vale Φf≈0,6 V, e
γ é o parâmetro de efeito de corpo γ≈0,5
V1/2.
39
POLARIZAÇÃO DE
MOSFETs – EXEMPLO 4.1


Polarize o NMOS a seguir, tal que ID=0,4 mA,
VD=0,5 V. O transistor tem parâmetros Vt=0,7 V,
kn’=μnCox=100 μA/V2, L=1 μm, W=32 μm, VA=∞.
Solução: Como vDG=0,5 V, o transistor está
operando na saturação, e portanto:
iD=(kn’/2)(W/L)(vGS-Vt)2
que resolvendo, temos que vGS=0,2 V ou vGS=1,2
V, onde a primeira solução não tem significado
físico.
40
EXEMPLO 4.1
41
EXEMPLO 4.1
Portanto,
RS=(VS-VSS)/ID=(-1,2+2,5)/0,4x10-3=3,3 kΩ
 Além disso,
RD=(VDD-VD)/ID=(2,5-0,5)/0,4x10-3=5 kΩ

42
EXEMPLO 4.2


Determine R e VD no circuito a seguir, tal que
ID=80 μA. O transistor tem parâmetros Vt=0,6 V,
kn’=μnCox=200 μA/V2, L=0,8 μm, W=4 μm,
VA=∞.
Solução: Como vDG=0, o transistor está operação
na saturação, e portanto:
iD=(kn’/2)(W/L)(vGS-Vt)2
que resolvendo, temos que vGS=0,2 V ou vGS=1 V,
onde a primeira solução não tem significado
físico.
43
EXEMPLO 4.2
44
EXEMPLO 4.2
Logo,
VD=1 V
 E portanto,
R=(VDD-VD)/ID=(3-1)/80x10-6=25 kΩ

45
EXEMPLO 4.3




Projete o circuito a seguir, tal que VD=0,1 V. Qual
é a resistência entre dreno e fonte? O transistor
tem parâmetros Vt=1 V, kn’W/L=1 mA/V2, VA=∞.
Solução: Como VDS<VGS-Vt, o transistor está
operação na região triodo, e portanto:
ID=kn’(W/L)[(VGS-Vt)VDS-VDS2/2]=0,395 mA
Portanto,
RD=(VDD-VD)/ID=(5-0,1)/0,395x10-3=12,4 kΩ
A resistência entre dreno e fonte é dada por:
rDS=VDS/ID=0,1/0,395x10-3=253 Ω
46
EXEMPLO 4.3
47
EXEMPLO 4.4




Analise o circuito a seguir. O transistor tem
parâmetros Vt=1 V, kn’W/L=1 mA/V2, VA=∞.
Solução: Utilizando o divisor de tensão, temos
que
VG=VDDRG2/(RG1+RG2)=5 V
A tensão no terminal fonte vale
VS=RSID
Supondo o transistor na saturação:
ID=(kn’/2)(W/L)(VGS-Vt)2=0,5x10-3(46x103ID)2
48
EXEMPLO 4.4
49
EXEMPLO 4.4


Que resolvida, fornece 2 valores: ID=0,5 mA e
0,89 mA, onde a segunda resposta produz
tensão de fonte sem significado físico.
Portanto,
ID=0,5 mA
VS=RSID=3 V
VGS=5-3=2 V
VD=VDD-RDID=10-6x103x0,5x10-3=7 V
Como VDS>VGS-Vt, o transistor encontra-se
realmente na região de saturação.
50
EXEMPLO 4.5
Projete o circuito a seguir, e determine o
maior valor de RD para que o transistor
opere na saturação, com ID=0,5 mA, VD=3
V. O transistor PMOS tem parâmetros
Vt=-1 V, kp’W/L=1 mA/V2, VA=∞.
 Solução: Como o transistor encontra-se em
saturação:
ID=(kp’/2)(W/L)(VSG-Vt)2
que fornece VSG=2 V como única solução.

51
EXEMPLO 4.5
52
EXEMPLO 4.5
Portanto,
VG=VS-VSG=5-2=3 V
 Usando que RG=RG1+RG2=5 MΩ, temos
que:
RG1=VG(RG1+RG2)/VDD=2 MΩ
RG2=RG-RG1=3 MΩ
 E portanto,
RD=VD/ID=3/(0,5x10-3)=6 kΩ

53
EXEMPLO 4.5
A tensão mínima de saturação ocorre
quando VSD=VSG-Vt, e portanto,
VD=VG+Vt=4 V
 E portanto,
RD=VD/ID=4/(0,5x10-3)=8 kΩ

54
CARACTERÍSTICA DE
TRANSFERÊNCIA
O circuito a seguir é denominado de fonte
comum. A partir do circuito podemos
escrever a reta de carga do circuito:
vO=vDS=VDD-RDID
 Assim, uma variação em vI=vGS dá origem a
uma variação em ID, que por sua vez
proporciona uma variação em vO=vDS, o que
nos permite obter a curva vO x vI.

55
CARACTERÍSTICA DE
TRANSFERÊNCIA
56
CARACTERÍSTICA DE
TRANSFERÊNCIA
57
CARACTERÍSTICA DE
TRANSFERÊNCIA

Para vI≤Vt, temos que o transistor está
cortado e vO=VDD. Um aumento na tensão
de entrada leva o transistor inicialmente à
saturação. Se continuarmos a aumentar a
tensão de entrada, o transistor irá para a
região triodo. A tensão de saída em que isto
ocorre é dada por:
vO=vI-Vt
58
CARACTERÍSTICA DE
TRANSFERÊNCIA

Continuando a aumentar a tensão de
entrada, a tensão de saída continua a
diminuir na região triodo, tal que se vI=VDD,
então vO≈0.
59
MOSFET COMO CHAVE

Para vI=0, temos que vO=VDD. Por outro
lado, para vI=VDD, temos que vO≈0, o que
sugere que um transistor MOSFET na
configuração fonte comum tem um
funcionamento similar a um inversor lógico
com níveis lógicos dados por 0 e VDD.
60
MOSFET COMO
AMPLIFICADOR
O trecho AB da curva vOxvI, que
corresponde ao MOSFET saturado, é o mais
linear e com grande derivada.
 O ganho do amplificador é dado por:
Av=dvO/dvI
para vI=VIQ
onde VIQ é a tensão de polarização de
entrada.
 Para evitar distorção, a variação do sinal de
entrada deve se restringir à região linear.

61
EXEMPLO 4.7
Considere a configuração fonte comum com
kn’W/L=1 mA/V2, Vt=1 V, RD=18 kΩ,
VDD=10 V. Determine os valores dos pontos
notáveis da curva vOxvI.
 O ponto X é dado por vI=0 V e vO=10 V.
 O ponto A é dado por vI=1 V e vO=10 V.
 Para o ponto B temos que:
iD=(kn’/2)(W/L)(vI-Vt)2 e vO=VDD-RDiD

62
EXEMPLO 4.7
De onde tiramos que:
vO=VDD-RD(kn’/2)(W/L)(vI-Vt)2
 Além disso,
vO=vI-Vt
 Substituindo os valores temos que vI=2 V e
vO=1 V.

63
EXEMPLO 4.7
Para o ponto C temos que:
iD=(kn’/2)(W/L)[(vI-Vt)vO-vO2/2] e
vO=VDD-RDiD
 Desprezando o termo vO2/2, tiramos que:
vO=VDD/[1+RD(kn’/2)(W/L)(vI-Vt)]
 Substituindo os valores temos que vI=10 V
e vO=0,06 V.

64
POLARIZAÇÃO DE
AMPLIFICADORES MOS
No modo de saturação a relação entre a
corrente de dreno e a tensão porta fonte é
dada por:
iD=μnCox(W/L)(vGS-Vt)2/2
 Os parâmetros μn e Vt são muito
dependentes da temperatura e os parâmetros
Cox, Vt, W e L variam muito de transistor
para transistor.
 Qualquer polarização impondo uma tensão
vGS constante não terá bom resultado.

65
POLARIZAÇÃO DE
AMPLIFICADORES MOS
O esquema a seguir apresenta uma
polarização muito mais estável, visto que o
resistor de emissor proporciona uma
realimentação negativa. Do circuito,
VG=VGS+IDRD
 Se por algum motivo ID subir, então VGS
terá que cair, pois VG é constante. Assim, se
VGS cair, então ID cairá, de acordo com a
equação de saturação IDxVGS.

66
POLARIZAÇÃO DE
AMPLIFICADORES MOS
67
POLARIZAÇÃO DE
AMPLIFICADORES MOS
A próxima figura ilustra 4 configurações
para polarização de um NMOS.
 Para o caso de fonte de alimentação única o
primeiro e o quarto circuito podem ser
empregados.
 Para o caso de duas fontes de alimentação, a
segunda e terceira configurações podem ser
utilizadas.

68
POLARIZAÇÃO DE
AMPLIFICADORES MOS
69
POLARIZAÇÃO DE MOS EM
CIs
Em circuitos integrados resistores são
implementados usando transistores MOS.
 Outro ponto a ser evitado em CIs é o uso de
capacitores de acoplamento, visto que
somente se consegue implementar
capacitores de alguns pF.

70
POLARIZAÇÃO DE MOS EM
CIs
A próxima figura ilustra uma fonte de
corrente utilizando MOSFETs.
 O transistor Q1 por apresentar VDS1=VGS1
está saturado, e portanto
ID1=(kn’/2)(W/L)1(VGS1-Vt)2
 Além disso,
ID1=IREF=(VDD-VGS1)/R

71
POLARIZAÇÃO DE MOS EM
CIs
72
POLARIZAÇÃO DE MOS EM
CIs
Como VGS2 é igual a VGS1,
IO=ID2=(kn’/2)(W/L)2(VGS2-Vt)2
 Portanto,
IO/IREF=(W/L)2/(W/L)1
 Esta configuração recebe o nome de espelho
de corrente. Para que Q2 trabalhe saturado:
VO≥VGS2-Vt

73
EXEMPLO 4.8
Projete o espelho de corrente para que
IO=100 μA, onde VDD=5 V e IREF=100 μA.
Os transistores têm L=10 μm, W=100 μm,
Vt=1 V, kn’=20 μA/V2, VA=100 V.
 Qual o menor valor possível de VO?
 Determine a resistência de saída.
 Obtenha a mudança em IO, se a tensão de
saída mudar de 3 V.

74
EXEMPLO 4.8
A corrente de dreno de Q1 é dada por:
ID=IREF=(kn’/2)(W/L) (VGS-Vt)2=100x10-6
de onde obtemos que VGS=2 V.
 Portanto,
R=(VDD-VGS)/ID=(5-2)/100x10-6=30 kΩ
 O valor mínimo de VO vale:
Vomin=VGS-Vt=2-1=1 V

75
EXEMPLO 4.8
A resistência de saída é dada por:
ro=VA/ID=100/100x10-6=1 MΩ
 A variação da corrente é dada por:
ΔIO=ΔVO/ro=3/106=3 μA

76
CIRCUITO GUIA DE
CORRENTE
77
MOSFET COMO
AMPLIFICADOR
Considere o MOSFET como amplificador a
seguir.
 O transistor polarizado opera na região de
saturação, portanto,
iD=(kn’/2)(W/L)(vGS-Vt)2
 A tensão no dreno é dada por:
vD=VDD-RDiD
 Para garantir saturação
vDS>vGS-Vt

78
MOSFET COMO
AMPLIFICADOR
79
MOSFET COMO
AMPLIFICADOR
Considerando a aplicação de sinal na
entrada:
vGS=VGS+vgs
 Temos que
iD+id=(kn’/2)(W/L)(VGS+vgs-Vt)2
=(kn’/2)(W/L)[(VGS-Vt)2+vgs2+2(VGS-Vt)vgs]
 Para que o termo de sinal quadrático seja
desprezível, temos que:
vgs<<2(VGS-Vt)

80
MOSFET COMO
AMPLIFICADOR
Desprezando o termo quadrático temos que
a corrente de sinal:
id=kn’(W/L)(VGS-Vt)vgs
 Portanto, a transcondutância do MOSFET é
dada por
gm=id/vgs=kn’(W/L)(VGS-Vt)
cuja interpretação é mostrada na figura a
seguir.

81
MOSFET COMO
AMPLIFICADOR
82
GANHO DE TENSÃO
Utilizando que
vD+vd=VDD-RD(ID+id)
 Portanto,
vd=-RDid
 Ou ainda que,
vd/vgs=-gmRD
 A interpretação do ganho é mostrada a
seguir.

83
GANHO DE TENSÃO
84
MODELO DE PEQUENOS
SINAIS
85
TRANSCONDUTÂNCIA
Sabemos que a transcondutância é dada por:
gm=kn’(W/L)(VGS-Vt)
 Por outro lado, usando a expressão da
corrente de dreno:
(VGS-Vt)=√[2ID/kn’(W/L)]
 Portanto,
gm=√2kn’√(W/L)√ID
 Em geral, a transcondutância de um
MOSFET é bem menor que a de um bipolar

86
EXEMPLO 4.9
Determine o ganho de tensão e a resistência
de entrada, para um transistor NMOS tipo
enriquecimento que tem Vt=1,5 V,
kn’W/L=0,25 mA/V2 e VA=50 V.
 Solução: Iniciando pela polarização,
supondo região de saturação:
ID=(kn’/2)(W/L)(VGS-Vt)2
 Além disso, como não há corrente em RG, a
tensão VD=VG, ou seja VDS=VGS.

87
EXEMPLO 4.9
88
EXEMPLO 4.9
Além disso,
VDS=VDD-RDID
 Resolvendo este sistema de duas equações,
temos que a única solução aceitável é:
ID=1,06 mA, VG=VD=4,4 V
 Portanto, a transcondutância vale:
gm=kn’(W/L)(VGS-Vt)
=0,25x10-3(4,4-1,5)=0,725 mA/V

89
EXEMPLO 4.9




A resistência de saída é dada por:
ro=VA/ID=50/1,06x10-3=47 kΩ
A resistência RG não afeta o ganho de tensão, e
portanto
Av=vo/vi=-gm(RD//ro//RL)=-3,3
A resistência de entrada pode ser determinada a
partir da corrente de entrada:
ii=(vi-vo)/RG=vi(1-Av)/RG
E portanto,
Ri=vi/ii=RG/(1-Av)=2,3 MΩ
90
MODELO T PARA
PEQUENOS SINAIS
91
EFEITO DO CORPO NO MODELO
DE PEQUENOS SINAIS
O corpo age como se fosse uma segunda porta.
Portanto,
gmb=δiD/δvBS
 Pode-se mostrar que
gmb=χgm
onde
χ=δVt/δVBS=γ/[2√(2Φf+VSB)]
e χ=0,1 a 0,3.
 A próxima figura ilustra o modelo de pequenos
sinais incluindo e efeito do corpo.

92
EFEITO DO CORPO NO MODELO
DE PEQUENOS SINAIS
93
TIPOS DE
AMPLIFICADORES
Existem basicamente 3 tipos de
amplificadores usando transistor MOSFET:
fonte comum.
porta comum.
dreno comum.
 Vamos iniciar pelo amplificador fonte
comum, mostrado a seguir.

94
AMPLIFICADOR FONTE
COMUM
95
AMPLIFICADOR FONTE
COMUM
Vamos inicialmente obter o ganho de
tensão. Através do circuito podemos
escrever que:
vgs/vsig=RG/(RG+Rsig)
vo=-gmvgs(RD//ro//RL)
 Normalmente podemos escolher RG>>Rsig,
tal que vgs/vsig=1, e portanto:
Av=vo/vsig=-gm(RD//ro//RL)
 A resistência de entrada é fácil de ser obtida
é é dada por RG.

96
AMPLIFICADOR FONTE
COMUM

Para obter a resistência de saída, vamos
eliminar a resistência de carga, colocar uma
fonte de tensão na saída e curto-circuitar a
entrada do amplificador. Neste caso, a
resistência de saída é dada por:
Rout=RD//ro
97
AMPLIFICADOR FONTE
COMUM COM RESISTÊNCIA
NA FONTE
98
AMPLIFICADOR FONTE
COMUM COM RESISTÊNCIA
NA FONTE



Vamos desconsiderar inicialmente rO. Para obter o
ganho de tensão, podemos escrever que:
vg=vsig
vs=gmvgsRS
-gmvgs(ro//RL)=vo
Usando nas duas primeiras equações que vgs=vg-vs
temos que:
vgs=vsig(1+gmRS)
Usando a terceira equação temos que:
Av=vo/vsig=-(RD//ro//RL)/(1/gm+RS)
99
AMPLIFICADOR FONTE
COMUM COM RESISTÊNCIA
NA FONTE
Toda resistência colocada na fonte age no
sentido de se reduzir o ganho de tensão.
 Este ganho pode ser interpretado como
sendo a resistência vista no pino de dreno
dividida pela resistência vista no pino de
fonte.
 A resistência de entrada e a resistência de
saída não se alteram neste caso.

100
AMPLIFICADOR PORTA
COMUM
101
AMPLIFICADOR PORTA
COMUM
Do circuito podemos escrever que:
vsig=-Rsiggmvgs-vgs
vo=-gmvgs(RD//RL)
 Portanto, o ganho de tensão é dado por:
Av=vo/vsig=(RD//RL)/(1/gm+Rsig)
 A resistência de entrada e de saída podem
ser obtidas por inspeção e são dadas por
1/gm e RD. Observe que esta configuração
possui ganho positivo com baixa resistência
de entrada.

102
AMPLIFICADOR DRENO
COMUM
103
AMPLIFICADOR DRENO
COMUM
Do circuito podemos escrever que:
vg=vsigRG/(RG+Rsig)
vs=vo
gmvgs=vo/Req
onde Req=rO//RL
 Portanto, o ganho de tensão é dado por:
Av=vo/vsig=RG/(RG+Rsig)Req/(1/gm+Req)
 Como RG>>Rsig e Req>>1/gm, então Av≈1.

104
AMPLIFICADOR DRENO
COMUM
A
resistência de entrada e de saída
podem ser obtidas por inspeção e são
dadas por RG e 1/gm.
 Observe que esta configuração possui
pequeno ganho de tensão, grande
resistência de entrada e pequena
resistência de saída. Por isso, recebe o
nome de seguidor de tensão.
105
CAPACITÂNCIAS DE UM
MOSFET
Existem basicamente dois tipos de
capacitâncias em um MOSFET:
 Capacitância de porta, formada pelo
eletrodo de porta e pelo canal, tendo a
camada de óxido como dielétrico. A
capacitância por unidade de área é dada por
Cox.
 Capacitâncias de depleção fonte-corpo e
dreno-corpo.

106
CAPACITÂNCIAS DE
PORTA DE UM MOSFET
O efeito capacitivo da porta pode ser
modelado por 3 capacitores: Cgs, Cgd, Cgb.
 Quando o MOSFET opera na região triodo,
o canal é uniforme, e portanto:
Cgs=Cgd=WLCox/2
 Quando o MOSFET opera na saturação, o
canal tem formato triangular, portanto:
Cgs=2WLCox/3
Cgd=0

107
CAPACITÂNCIAS DE
PORTA DE UM MOSFET

Quando o MOSFET opera no corte, o canal
desaparece, portanto:
Cgs=Cgd=0
Cgb=WLCox
108
CAPACITÂNCIAS DE
JUNÇÃO DE UM MOSFET
A capacitância de depleção da junção fontecorpo é dada por:
Csb=Csb0/√(1+VSB/V0)
em que 0,6≤V0≤0,8 V é a tensão interna de
junção.
 A capacitância de depleção da junção
dreno-corpo é dada por:
Cdb=Cdb0/√(1+VDB/V0)

109
MODELO PARA ALTAS
FREQUÊNCIAS
110
FREQUÊNCIA fT DE UM
MOSFET
A próxima figura ilustra o modelo de
pequenos sinais de um MOSFET com a
saída em curto.
 Podemos escrever que:
Io=gmVgs-j2πfCgdVgs≈gmVgs
 Além disso,
Vgs=Ii/[j2πf(Cgs+Cgd)]
 Portanto, o ganho de corrente é dado por:
Io/Ii=gm/[j2πf(Cgs+Cgd)]

111
GANHO DE CORRENTE EM
ALTAS FREQUÊNCIAS
112
FREQUÊNCIA fT DE UM
MOSFET
A frequência em que o ganho de corrente é
unitário é dada por:
fT=gm/[2π(Cgs+Cgd)]
 Nos dias de hoje é possível fabricar
MOSFETs com fT de alguns GHz.

113
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
DE AMPLIFICADOR FONTE
COMUM



A frequência de corte superior se deve às
capacitâncias parasíticas, enquanto que a
frequência de corte inferior se deve aos
capacitores de acoplamento.
A banda de um amplificador é dada por:
B=fH-fL≈fH
pois fH>>fL
Um bom amplificador é aquele que tem um grande
produto ganho-banda:
GB=AvB
114
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
DE AMPLIFICADOR FONTE
COMUM
115
FREQUÊNCIA DE CORTE
SUPERIOR
Para determinar a frequência de corte
superior temos que a corrente no capacitor
Cgd é dada por:
ICgd=j2πfCgd(vgs-vO)
 Vimos anteriormente que vO=-gmRL’vgs,
onde RL’=RD//rO//RL, então
ICgd=j2πfCgd(1+gmRL’)vgs

116
FREQUÊNCIA DE CORTE
SUPERIOR
117
FREQUÊNCIA DE CORTE
SUPERIOR
O quociente entre vgs e a corrente ICgd
fornece a reatância equivalente vista entre
os pontos X e X' devido a Cgd, e é dada por:
vgs/ICgd=1/[j2πfCgd(1+gmRL’)]=1/(j2πfCeq)
 ou seja, a capacitância Cgd é refletida para
porta com valor igual a
Ceq=Cgd(1+gmRL’)
 Esta transformação é conhecida como efeito
Miller.

118
FREQUÊNCIA DE CORTE
SUPERIOR


Portanto, podemos calcular o ganho através de:
vgs=Z/(Z+Rsig)vsig
vO=-gmvgsRL’
onde
Z=XCt//RG
e
Xct=1/{j2πf[Cgs+Cgd(1+gmRL’)]}
Finalmente, o ganho é dado por:
Av=Av0/(1+j2πf/f0)
onde Av0=-gmRL’RG/(RG+Rsig)≈-gmRL’ e
f0=1/[2π(RG//Rsig)Ct]≈1/(2πRsigCt)
119
EXEMPLO 4.10



Vamos calcular o ganho nas frequências médias e a
frequência de corte superior para um amplificador
com Rsig=100 kΩ, RG=4,7 MΩ, RD=RL=15 kΩ, gm=1
mA/V, rO=150 kΩ, Cgs=1 pF e Cgd=0,4 pF.
A resistência RL’=RD//RL//rO=7,14 kΩ. Como
RG>>Rsig, temos Av0≈-gmRL’=-10-3x7,1x103=-7,1.
A capacitância devido ao efeito Miller é igual a
Ceq=Cgd(1+gmRL’)=0,4x10-12(1+10-3x7,1x103)=3,3 pF,
enquanto que a capacitância total Ct=Cgs+Ceq=4,3 pF.
A frequência de corte é igual a f0≈1/(2πRsigCt)=382
kHz.
120
FREQUÊNCIA DE CORTE
INFERIOR
Para o próximo circuito podemos escrever:
vg=vsigRG/(Rsig+XC1+RG)
vs=gmvgsXCS
iL=gmvgsRD/(RD+XC2+RL)
vO=-RLiL
 A partir destas equações podemos obter o
ganho de tensão, dado por:
Av=Av0 (j2πf/fP1)/(j2πf/fP2)/(j2πf/fP3)
/(1+j2πf/fP1)/(1+j2πf/fP2)/(1+j2πf/fP3)

121
FREQUÊNCIA DE CORTE
SUPERIOR
122
FREQUÊNCIA DE CORTE
INFERIOR
onde
Av0=-gm(RL//RD)RG/(RG+Rsig)
fP1=1/[2π(Rsig+RG)C1]
fP2=1/[2π(RD+RL)C2]
fP3=gm/(2πCS)
onde normalmente, a frequência de corte fP3
é bem maior que as outras duas, tal que
fL≈gm/(2πCS).
123
FREQUÊNCIA DE CORTE
SUPERIOR
124
EXEMPLO 4.11
Determine os capacitores de acoplamento
para um amplificador com Rsig=100 kΩ,
RG=4,7 MΩ, RD=RL=15 kΩ, gm=1 mA/V,
rO=150 kΩ, Cgs=1 pF e Cgd=0,4 pF.
Considere que a frequência de corte inferior
é igual a fL=100 Hz.
 Para fP3=gm/(2πCS)=100, temos que CS=1,6
μF. Para fP1=fP2=10, temos que C1=3,3 nF e
C2=0,5 μF.

125
INVERSOR LÓGICO CMOS




Considere o inversor lógico mostrado a seguir.
Colocando na entrada vI=VDD, temos que o
transistor QN irá conduzir, enquanto que QP
ficará cortado, que corresponde ao modelo
circuital mostrado.
De fato, QN irá operar na região triodo com
uma corrente muito pequena, e faz com que
VO=0 V.
A resistência de QN é dada por:
rDSn=1/[kn’(W/L)n(VDD-Vtn)]
126
INVERSOR LÓGICO CMOS
127
INVERSOR LÓGICO CMOS
128
INVERSOR LÓGICO CMOS
Colocando agora na entrada vI=0, temos que
o transistor QP irá conduzir, enquanto que
QN ficará cortado, que corresponde ao
modelo circuital mostrado a seguir.
 De fato, QP irá operar na região triodo com
uma corrente muito pequena, e faz com que
VO=VDD V.
 A resistência de QP é dada por:
rDSp=1/[kp’(W/L)p(VDD-|Vtp|)]

129
INVERSOR LÓGICO CMOS
130
INVERSOR LÓGICO CMOS

Alguns aspectos do inversor lógico CMOS
merecem se destacados:
–
–
–
Os níveis lógico são iguais às tensões de
alimentação.
Um dos transistores está cortado e o outro
sempre conduz com uma corrente praticamente
nula, o que significa que a dissipação na porta é
praticamente zero.
A resistência de entrada é infinita, e portanto
um grande número de portas lógicas podem ser
conectadas à saída de uma porta.
131
INVERSOR LÓGICO CMOS TRANSFERÊNCIA DE TENSÃO
A característica de transferência de tensão é
mostrada a seguir.
 Um inversor CMOS é projetado para ter:
Vtn=|Vtp|
kn’(W/L)n=kp’(W/L)p
 No trecho de 0 V até o ponto A, QN está
cortado e QP está na região triodo.

132
INVERSOR LÓGICO CMOS TRANSFERÊNCIA DE TENSÃO
133
INVERSOR LÓGICO CMOS TRANSFERÊNCIA DE TENSÃO





No trecho de 0 até A, QN está cortado.
O trecho AB é obtido quando QN estiver saturado e QP
estiver na região triodo.
O trecho BC é obtido quando QN e QP estiverem
operando na saturação. Assim, para vIB=vIC=VDD/2
vOB=VDD/2+Vt
vOC=VDD/2-Vt
O trecho CD é obtido quando QP estiver saturado e QN
estiver na região triodo.
No trecho de D até VDD, QP está cortado.
134
INVERSOR LÓGICO CMOS ATRASO DE PROPAGAÇÃO
Considere a próxima figura, na qual existe
na saída uma capacitância parasítica C.
 Esta capacitância produz um atraso de
propagação não-nulo.
 Considerando que a entrada vai de 0 a VDD,
temos que QP corta instantaneamente e o
capacitor será descarregado por QN.

135
INVERSOR LÓGICO CMOS ATRASO DE PROPAGAÇÃO
136
INVERSOR LÓGICO CMOS ATRASO DE PROPAGAÇÃO




Pode-se mostrar que quando a saída vai de alto
para baixo:
tPHL=1,6C/[kn’(W/L)nVDD]
Quando a saída vai de baixo para alto:
tPLH=1,6C/[kp’(W/L)pVDD]
Assim,
tP=(tPHL+tPLH)/2
Para minimizar o atraso de propagação, C
deveria ser minimizado, enquanto que W/L
e/ou VDD maximizados.
137
INVERSOR LÓGICO CMOS DISSIPAÇÃO DE POTÊNCIA

A porta lógica CMOS consome corrente somente
quando QN e QP estiverem conduzindo, ou seja para
Vtn<vI<VDD-|Vtp|, conforme mostra a próxima figura.

A variação de energia no capacitor δEC em um
intervalo infinitesimal δt é igual à potência P vezes o
intervalo de tempo infinitesimal
δEC=Pδt

Como a potência P é igual ao produto da tensão pela
corrente no capacitor, temos que:
δEC=vCiCδt
138
INVERSOR LÓGICO CMOS DISSIPAÇÃO DE POTÊNCIA
139
INVERSOR LÓGICO CMOS DISSIPAÇÃO DE POTÊNCIA



Para um capacitor temos que CδvC=iCδt, e
portanto
δEC=CvCδvC
Quando a saída do inversor variar de vC=VDD a
vC=0, a energia armazenada no capacitor varia de
∫δEC=∫CvCδvC
ou seja:
ΔEC=-CVDD2/2
Assim, toda esta energia é dissipada em QN.
140
INVERSOR LÓGICO CMOS DISSIPAÇÃO DE POTÊNCIA



Por outro lado, quando a saída variar de vC=0 a
VDD, a energia do capacitor varia
ΔEC=CVDD2/2,
Como o capacitor se carrega, toda a energia vem
da fonte de alimentação através de QP.
A energia fornecida pela fonte de alimentação no
período de carga do capacitor é:
δEVDD=VDDiCδt=VDDCδvC
141
INVERSOR LÓGICO CMOS DISSIPAÇÃO DE POTÊNCIA
E portanto, a energia retirada da fonte é
dada por:
ΔEVDD=CVDD2
 Como a energia no capacitor no final do
período é de CVDD2/2, portanto CVDD2/2 foi
dissipada em QP.
 Portanto a dissipação de energia no ciclo
completo é dada por CVDD2.

142
INVERSOR LÓGICO CMOS DISSIPAÇÃO DE POTÊNCIA
Se o inversor for chaveado f=1/T vezes por
segundo, então a potência dissipada
PD=CVDD2/T=fCVDD2
 Uma figura de mérito que mede a qualidade
da tecnologia da fabricação de CIs é dado
pelo produto atraso-potência:
DP=PDtp=1,6fC2VDD/[kp’(W/L)p]

143
CHAVES ANALÓGICAS
Transistores MOSFETs são também
utilizados na fabricação de chaves
controladas por tensão. Estas chaves são
muito empregadas em conversores A/D e
D/A.
 Dependendo da tensão de controle, um
MOSFET poderá estar em corte, ou em
condução, quando apresenta uma resistência
dada por:
rDS=1/[kn’(W/L)(VGS-Vt)]

144
CHAVES ANALÓGICAS
145
CHAVES ANALÓGICAS
Considere transistores NMOS e PMOS com
|Vt|=2 V.
 A tensão analógica irá variar entre -5vA5
V.
 O substrato do NMOS será conectado à
tensão mais negativa do circuito, ou seja -5
V, enquanto que o do PMOS será conectado
ao 5 V.

146
CHAVES ANALÓGICAS
As portas dos transistores são controladas
por dois sinais complementares, que neste
caso podem assumir +5 V e -5 V.
 Assim, quando vC=-5 V, tanto o NMOS,
quanto o PMOS estarão cortados, e a chave
aberta.
 Quando vC=5 V, o NMOS conduzirá para
-5vA3 V, quanto o PMOS conduzirá para
-3vA5 V.

147
CHAVES ANALÓGICAS
Ou seja, na faixa de -3vA5 V, somente o
PMOS estará conduzindo, já que o mesmo
colocará no seu terminal b, uma tensão que
não permitirá o NMOS conduzir.
 Na faixa de -5vA3 V, somente o NMOS
estará conduzindo.
 Portanto, na faixa de -5vA5 V, pelo
menos um transistor estará conduzindo.

148
MOSFET TIPO DEPLEÇÃO
149
MOSFET TIPO DEPLEÇÃO

Um transistor MOSFET tipo depleção
possui um canal implantado, o que faz com
que exista corrente de dreno, mesmo para
vGS=0.
150
MOSFET TIPO DEPLEÇÃO
iD x vDS
151
MOSFET TIPO DEPLEÇÃO
iD x vGS
152
DISPOSITIVOS EM ARSENETO
DE GÁLIO - MESFET
Outro material semicondutor tem sido usado
em altas freqüências: o GaAs.
 O Gálio tem 3 elétrons, enquanto o Arsênio
tem 5 elétrons na camada de valência.
 A maior velocidade de chaveamento deste
material decorre da maior mobilidade dos
elétrons n, que é de 5 a 10 vezes maior que
no silício.
 Esta maior mobilidade, implica em maiores
transcondutâncias.

153
Download

inversor lógico cmos