São Paulo, 09 de Março de 2015
PESQUISA FOCUS
IPCA PARA 2015 SOBE DE 7,47% PARA 7,77%
Depois de o IPCA de janeiro ter ficado bastante alto e o de fevereiro, acima das expectativas, analistas do mercado financeiro
tiveram que rever para cima suas projeções para a inflação. A mediana das previsões para o IPCA de 2015 passou de uma alta de
7,47% para 7,77%. Há um mês, a mediana das estimativas para o indicador estava em 7,15%. Esta é a décima semana
consecutiva em que há alta das previsões para o IPCA deste ano.
O IGP-DI deve encerrar 2015 em 5,97% e não mais em 5,82% como os economistas projetavam uma semana antes. Quatro
semanas atrás, a mediana das estimativas estava em 5,72%. Para 2016, a perspectiva de alta de 5,50% desse indicador segue
pela 31ª semana consecutiva. Já o ponto central da pesquisa para o IGP-M de 2015 foi mantido em 5,66% de uma semana para
outra - um mês antes estava em 5,81%. No caso do ano que vem, a expectativa dos participantes é a de que este índice também
suba 5,50% - patamar mantido há 31 semanas. No caso do IPC-Fipe para 2015, houve ampliação forte das estimativas, de 6,76%
para 7,27%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,45%. Para 2016, a previsão para a inflação
de São Paulo ficou inalterada em 5,25% - quatro semanas antes, a mediana das projeções era de uma taxa de 5,00%.
RETRAÇÃO DO PIB EM 2015 PASSA DE 0,58% PARA 0,66%
Mais uma vez apresentando forte piora, a produção industrial foi o estopim para uma nova correção para baixo das previsões do
mercado para o PIB de 2015. A perspectiva de retração se aprofundou e passou de -0,58% para -0,66%. Há quatro semanas, a
estimativa ainda era de estabilidade de crescimento econômico. Esta foi a décima revisão seguida para baixo desse indicador.
Para 2016, a expectativa segue um pouco mais otimista, apesar de também ter sido diminuída. A previsão de alta de 1,50% foi
substituída pela de 1,40%. A produção industrial continua como referência para a confecção das previsões para o PIB em 2015 e
2016. A mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de queda de 1,38% para este
ano, bem maior do que a previsão de baixa de 0,72% vista na semana passada e de alta de 0,44% de quatro semanas atrás. Para
2016, as apostas de expansão para a indústria foram mantidas em 2,40% de uma semana para outra. Mesmo assim, a mediana
está mais baixa do que a vista quatro edições anteriores: 2,50%.
As projeções do mercado financeiro para a balança comercial apresentaram piora tanto para 2015 quanto para 2016. A mediana
das estimativas para o saldo comercial em 2015 caiu de um saldo positivo de US$ 5 bilhões, mesmo patamar também visto
quatro semanas atrás, para US$ 4 bilhões. Para 2016, a mediana das projeções passou de um superávit de US$ 11,24 bilhões
para US$ 10,40 bilhões. Um mês antes, a projeção mediana era de uma saldo positivo de US$ 12 bilhões. No caso das previsões
para a conta corrente, o mercado financeiro manteve suas previsões e a mediana para 2015 ficou estável em um déficit de US$
79,10 bilhões de uma edição da pesquisa para a outra. Quatro semanas atrás estava em US$ 78,00 bilhões. Já para 2016, a
perspectiva de saldo negativo ficou inalterada em US$ 70 bilhões agora. Um mês antes esse número estava em US$ 69,00
bilhões. Para esses analistas, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir esse resultado
deficitário em 2015 e também no ano que vem, já que a mediana das previsões para esse indicador foi mantida US$ 60,00
bilhões no caso de 2015 e reduzida de US$ 58,50 bilhões para US$ 58 bilhões no de 2016.
COPOM VAI ELEVAR SELIC PARA 13,00% EM ABRIL
Depois que o Copom aumentou a taxa básica de juros dos atuais 12,25% ao ano para 12,75% ao ano na semana passada,
conforme o esperado, quase não houve mudança nas previsões para a Selic. Para a reunião do Copom de abril, foi mantida a
expectativa de que o colegiado promoverá um novo aumento da taxa, mas desta vez menor, de 0,25 ponto porcentual, para
13,00% ao ano. Foi mantida a projeção de que a taxa encerrará este ano em 13,00% ao ano, conforme já constava na edição
anterior. Há um mês, a previsão era de que a Selic encerrasse 2015 em 12,50% ao ano. Para o fim de 2016, a mediana das
projeções também foi mantida em 11,50% ao ano de uma semana para outra. Esta é a décima semana consecutiva que a taxa
está estacionada neste patamar.
As previsões para o comportamento do câmbio neste e no próximo ano mostraram mudanças sutis. Amediana das estimativas
para o dólar no encerramento de 2015 passou de R$ 2,91 para R$ 2,95. Quatro edições anteriores da Focus, a mediana estava
em R$ 2,80. Já para 2016, a cotação final ficou paralisada em R$ 3,00 de uma semana para outra - estava em R$ 2,90 quatro
levantamentos antes.
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Pesquisa Focus 2015A