Roso propõe a criação de uma Semana contra a Obesidade Infantil Uma pesquisa divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde aponta que a obesidade infantil vem aumentando nos últimos anos. Para o deputado federal Alexandre Roso (PSB-RS) é preciso investir em informação e prevenção para resolver o problema. Por isso apresentou o Projeto de Lei 1.965, que cria a Semana de Mobilização Nacional contra a Obesidade Infantil. A sugestão é que a semana se realize entre os dias 19 e 25 de setembro e seja celebrada principalmente nas escolas de ensino fundamental e médio. Nesse período, os professores vão promover palestras sobre nutrição e hábitos alimentares; ações visando a prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade; corrida da criança contra a obesidade infantil e eventos com celebridades e esportistas de destaque. Deputado Alexandre Roso (PSB-RS) O deputado, que é médico, lembra que houve um crescimento no índice de crianças obesas no país. E isso reflete diretamente na expectativa de vida da população. “Estima-se que a taxa de mortalidade entre obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes maior que a de indivíduos de peso normal. Por isso, é necessário combater isso desde a infância”, aponta o deputado. O argumento é corroborado em números. De acordo com o IBGE, em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela OMS. O índice de meninos de 10 a 19 anos com excesso de peso subiu de 3,7% para 21,7%. Entre as meninas, passou de 7,6% para 19,4%. Para diminuir os índices, o deputado sugere duas medidas: melhora na alimentação e aumento da atividade física. “Em casa, a criança não tem capacidade de escolher o que vai comer. Então, a decisão dos pais é fundamental para garantir a educação alimentar. Já na escola, há o problema das lanchonetes e vendas paralelas de lanches calóricos”, aponta Roso. Assim, o trabalho de professores e comunidade com o apoio do Ministério da Saúde em uma semana nacional é fundamental para colocar o tema em pauta “Se chamarmos atenção para o problema. Se os órgãos públicos colocassem o tema em seus cronogramas e desenvolverem atividades e campanhas publicitárias, tenho certeza que vamos atingir principalmente os pais”, finaliza. Maria Carolina Lopes/ Repórter