2a Reunião Anual da Coordenação Nacional do PAD com os Coordenadores Estaduais e Secretários de Estado
Natal (RN) – 18 e 19 de junho de 2015
Eventos Extremos e Mudanças Climáticas –
Projeções de Precipitação e Evaporação
com Foco no Semiárido Brasileiro
Meiry Sakamoto
FUNCEME
Efeito Estufa
Fonte: http://www.rudzerhost.com/ambiente/estufa.htm
Efeito Estufa
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/quais-consequencias-boas-efeito-estufa-488078.shtml
Emissão de CO2
Fonte: NOAA
Emissão de CO2
Anomalia de Temperatura Média Global
Fonte: http://www.theguardian.com/news/datablog/2015/jan/06/2014-was-hot-and-australia-is-getting-hotter-says-bom
Mudanças do Clima e Impactos
Fonte: https://ecoworkambiental.wordpress.com/2013/05/23/mudancas-climaticas-no-brasil-para-o-seculo-xxi-previsao/
Mudanças do Clima e Impactos
ü Cenário Pessimista (Otimista): aumento de
temperatura entre 2 a 4ºC (1 a 3ºC), redução de
chuva em 15 a 20% (10 a 15%) ;
ü Aumento de dias secos consecutivos e
aumento da secura do ar
ü Aumento nas taxas de evaporação dos
reservatórios
ü Possibilidade de secas mais intensas e
frequentes
ü Risco de aridização no semiárido
ü Possível elevação do nível do mar
Fonte: Marengo et al., 2011: Variabilidade e
mudanças climáticas no semiárido brasileiro.
Publicações INSA. Recursos hídricos em regiões
áridas e semiáridas ISBN 978-85-64265-01-1
POSSÍVEIS IMPACTOS:
ü Perdas nos ecossistemas da Caatinga
ü Risco de degradação ambiental e
desertificação
ü Níveis mais baixos dos rios, afetando
transporte e geração de energia hidroelétrica
ü Maior secura do ar e condições favoráveis para
desbalanço hídrico, que pode afetar agricultura
de subsistência
ü Impactos no fornecimento e qualidade de água
para população
ü Impactos na saúde humana, migração, turismo,
e geração de emprego
ü Conflitos sociais, ameaça a segurança, saques
ü Possível redução na recarga dos aqüíferos a
partir de 2050
1971-­‐2000 Fonte: MARTINS, E.S.P.R.; C.F.C. BRAGA; E. De NYS; F.A. SOUZA FILHO; M.A.S. FREITAS. Impacto das
Mudanças do Clima e Projeções de Demanda Sobre o Processo de Alocação de Água em Duas Bacias do
Nordeste Semiárido – 1a Edição (revisada). Série Água Brasil - Vol. 8. – Brasília, DF, 2013.
2041-­‐2070 (Modelo BCM2) Mudanças do Clima e Impactos
1971-­‐2000 Fonte: MARTINS, E.S.P.R.; C.F.C. BRAGA; E. De NYS; F.A. SOUZA FILHO; M.A.S. FREITAS. Impacto das
Mudanças do Clima e Projeções de Demanda Sobre o Processo de Alocação de Água em Duas Bacias do
Nordeste Semiárido – 1a Edição (revisada). Série Água Brasil - Vol. 8. – Brasília, DF, 2013.
2041-­‐2070 (Modelo INCM3) Mudanças do Clima e Impactos
1971-­‐2000 Fonte: MARTINS, E.S.P.R.; C.F.C. BRAGA; E. De NYS; F.A. SOUZA FILHO; M.A.S. FREITAS. Impacto das
Mudanças do Clima e Projeções de Demanda Sobre o Processo de Alocação de Água em Duas Bacias do
Nordeste Semiárido – 1a Edição (revisada). Série Água Brasil - Vol. 8. – Brasília, DF, 2013.
2041-­‐2070 (Modelo MIMR) Mudanças do Clima e Impactos
Fonte: MARTINS, E.S.P.R.; C.F.C. BRAGA; E. De NYS; F.A. SOUZA FILHO; M.A.S. FREITAS. Impacto das
Mudanças do Clima e Projeções de Demanda Sobre o Processo de Alocação de Água em Duas Bacias do
Nordeste Semiárido – 1a Edição (revisada). Série Água Brasil - Vol. 8. – Brasília, DF, 2013.
Impactos na Alocação de Água
Fonte: Marengo et al., 2011: Variabilidade e mudanças climáticas no semiárido brasileiro.
Publicações INSA. Recursos hídricos em regiões áridas e semiáridas ISBN 978-85-64265-01-1
Mudanças do Clima e Impactos
Segundo Marengo et al (2011), "resultados de estudos mostrados no Relatório
do Grupo de Trabalho II do IPCC (2007b) revelam que, no processo de
aquecimento global, não só choverá menos e as secas serão mais intensas
mas há outro perigo - alguns indicadores apontam que o processo de
aquecimento global também significará uma redução no nível de água dos
reservatórios subterrâneos. Comenta-se muito que água do subsolo irá
resolver, de vez, os problemas hídricos da região semiárida nordestina; porém,
como consequência das mudanças climáticas, espera-se uma redução de
água nos aquíferos nordestinos, que poderá chegar a 70% até o ano 2050."
Fonte: Marengo et al., 2011: Variabilidade e mudanças climáticas no semiárido brasileiro.
Publicações INSA. Recursos hídricos em regiões áridas e semiáridas ISBN 978-85-64265-01-1
Estudos de Casos
ü  Estudos de Moncunill (2006) mostram, para o Ceará, para período de 1974 a
2003, tendência de diminuição na precipitação total anual em 27 das 32
localidades analisadas.
ü  Santos & Brito (2007), encontraram para os Estados da Paraíba e do Rio
Grande do Norte no período de 1935 a 2000, tendência de aumento no total
anual de precipitação pluviométrica em 19 localidades.
ü  Para o Sertão de Pernambuco, Lacerda et al. (2009a) identificaram uma
diminuição da precipitação em oito postos pluviométricos, no período de 1965
a 2004, instalados na área da bacia do Pajeú.
ü  Para o semiárido da Bahia, Silva & Azevedo (2008), mostram que no período
1970- 2006 o município de Irecê apresentou um aumento na intensidade das
chuvas, na forma de aumento de dias com precipitação maiores a 20 mm e
diminuição do número de dias com precipitação acima de 1 mm, com
diminuição do total anual.
ü  Estudos realizados por Lacerda et al. (2009b) na microrregião do Pajeú, no
Sertão de Pernambuco, mostram haver aumento dos dias secos, do
comprimento médio dos veranicos e dos máximos veranicos. Além disso, as
análises de tendência das séries de precipitação evidenciam que precipitações
extremas estão aumentando.
Fonte: Marengo et al., 2011: Variabilidade e mudanças climáticas no semiárido brasileiro.
Publicações INSA. Recursos hídricos em regiões áridas e semiáridas ISBN 978-85-64265-01-1
Estudos de Casos
ü  Na América do Sul os estudos de Vincent et al. (2005) e Obregon & Marengo
(2007) têm mostrado aumento nas temperaturas do ar médias e extremas
anuais no Brasil.
ü  A área do Agreste, transição com a Zona da Mata Pernambucana, mostra
aumento nos valores de temperaturas máximas e valores mínimos das
temperaturas máximas durante o inverno (julho) para a estação de Vitória de
Santo Antão, de 1955 até 2005. A máxima da temperatura máxima tem
aumentado na ordem de 2,7 oC em 48 anos e a mínima da temperatura máxima
tem aumentado entre 3,0 oC em 48 anos.
ü  Em seu estudo, Dai et al. (2009) observaram redução da ordem de 35% nas
vazões do Rio São Francisco nos últimos 50 anos, esta variação não está
associada a mudanças no volume de chuva da região e, sim, a fatores
antropicos, ao uso das águas para irrigação e à geração de energia elétrica com
a construção da Barragem de Sobradinho. Um provável aumento na
evaporação como consequência do aumento da temperatura, poderia também
ser uma das causas na queda das vazões do Rio.
Desvio de
Precipitação (mm)
2012
2013
Trimestre
Fev-Mar-Abr
2014
2015
Fonte: www.inmet.gov.br
Anomalia de Temperatura da Superficie do Mar
(TSM) - 20/05/15 a 13/06/15
América
do Sul
Influência dos Fenômenos El Niño e La Niña
(Esquema Simplificado)
EL NIÑO
NE
Brasil
LA NIÑA
NE
Brasil
Austrália
Fonte: Serviço meteorológico da Austrália - www.bom.gov.au
Austrália
Previsão Probabilística de El Niño
Atualmente, a probabilidade de ocorrer El Niño no trimestre
Dezembro 2015, Janeiro e Fevereiro 2016 está em 85%.
Fonte: CPC/IRI
Fluxo Solar e Precipitação no Ceará (média movel de 5 anos)
Fonte: FUNCEME
Outubro/2012
Ceará
Brasil
Jaguaribe
www.funceme.br
[email protected]
Abril/2015
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