Relatório de Atividades
2013-14
PROGRAMA DE GESTÃO DE
ARGAMASSA PROJETADA
EMPRESAS
PARTICIPANTES
PROGRAMA DE GESTÃO DE
ARGAMASSA PROJETADA
Relatório de Atividades
2013-14
PROGRAMA DE GESTÃO DE
ARGAMASSA PROJETADA
Gestão Nacional da Comunidade da Construção:
Glécia Vieira
Ficha
Técnica
Gerência Regional ABCP MG:
Lincoln Raydan
Coordenação da Comunidade da Construção
de Belo Horizonte:
2013 -
Patrícia Tozzini
2013/14 -
Virginia Lima Firpe
Estagiário Polo BH:
Gabriel Lacôrte
Assessoria de Comunicação:
Márcia Amaral
e Maria Clara Barbosa
Projeto Gráfico e Editorial:
A2B Comunicação
Administrativo ABCP MG:
Rose Marie Schettino
Sinduscon-MG:
Roberto Matozinhos
Facilitadora:
Elza Isae Nakakura
Introdução
Sumário
Vantagens e pontos
de atenção
Utilização do Sistema
Execução
Case
Pré-requisitos
5
6
7
8
9
Custos
Execução - Principais cuidados
Conclusões
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Comunidade da Construção de Belo Horizonte
Introdução
A argamassa é uma “mistura homogênea de
desperdício de tempo envolvido nas etapas de
agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos
recebimento das matérias-primas, estocagem,
e água, contendo ou não aditivos, com
dosagem, mistura e controle, além de garantir
propriedades de aderência e endurecimento,
alto índice de confiabilidade e maior tempo de
podendo ser dosada em obra ou em instalação
vida útil para a máquina de projeção. Com isso,
própria” (NBR 13281).
a produtividade aumenta ainda mais, já que
a manutenção da máquina é minimizada, de
Com o crescimento do setor da construção
forma que o tempo de uso seja maior.
civil e a falta de mão de obra qualificada, a
necessidade de sistemas racionalizados e
Estudos e análises feitas em canteiro de
industrializados de produção se torna cada dia
obra comprovam a viabilidade da argamassa
mais evidente. A projeção da argamassa é um
projetada em relação ao método convencional.
método de aplicação mecanizado, que visa
“Por ser um processo mecânico, a energia de
racionalizar o processo de forma que o tempo
lançamento da massa não sofre alterações,
de execução, o uso de recursos humanos e o
como no caso do popular ‘chapar a massa’,
desperdício de materiais sejam menores.
que é feito manualmente”, explica Glécia
Vieira, coordenadora nacional da Comunidade
Nesse caso, podem ser utilizados diversos
da Construção e responsável pelo setor
tipos de máquinas, que devem ser escolhidas
de edificações da Associação Brasileira de
conforme a dimensão e layout do canteiro,
Cimento Portland - ABCP.
características da argamassa a ser projetada,
os equipamentos disponíveis no mercado e a
Além disso, a projeção da argamassa permite
tipologia da obra.
que a aderência do material na superfície
seja contínua, impedindo que se criem vazios
A argamassa indicada para esse sistema
decorrentes do lançamento manual. Com
é a argamassa industrializada, que torna
isso, a cobertura da argamassa se torna mais
o processo mais produtivo, tendo em vista
homogênea em toda a área de aplicação. A
a constância da qualidade do traço, da
seguir, serão listados alguns diferenciais e
granulometria e da aditivação. Além disso,
vantagens do sistema.
o uso da argamassa industrializada evita o
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Comunidade da Construção de Belo Horizonte
Vantagens
Aumento da produtividade
Uniformidade na aplicação e maior aderência
Melhoria na qualidade do revestimento
Agilidade no transporte de argamassa
Maior confiabilidade no resultado final
Minimização do fluxo do elevador de carga
Eficiência da logística no canteiro
Redução do custo global da obra
Prazo de execução reduzido
Racionalização do uso de recursos humanos e materiais
Melhoria na ergonomia
Pontos de
Atenção
Exige domínio da tecnologia
Requer sincronia de etapas
Necessidade de treinamento para a formação de mão
de obra especializada
Manutenção periódica do equipamento
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Ciclo de Atividades - Relatório - 2013-14
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Utilização
do Sistema
CONSTRUTORAS INTERESSADAS EM DIMINUIR CUSTOS E PRAZOS,
BEM COMO AUMENTAR A PRODUTIVIDADE E A QUALIDADE TÉCNICA DO
REVESTIMENTO DE SUAS OBRAS, SÃO RECOMENDADAS A UTILIZAR O
SISTEMA DE PROJEÇÃO DE ARGAMASSA.
Com todos os benefícios já citados, a utilização deste sistema
é altamente recomendada para revestimentos internos e de
fachadas. Porém, a troca do sistema convencional para o
de argamassa projetada não garante, de imediato, todos os
ganhos que o sistema apresenta se comparado ao método
manual.
Para um bom desempenho do sistema de argamassa
projetada, é necessário um conjunto de boas práticas e
planejamento, dentro e fora do canteiro de obra, desde o
projeto e logística adotados, até a aplicação do revestimento.
É importante avaliar pequenos ajustes no layout do canteiro,
forma de recebimento e armazenamento dos materiais,
movimentação e dimensionamento das equipes de trabalho,
entre outros aspectos.
A otimização do processo pode ser ainda mais elevada
com o uso de balancins maiores de deslocamento rápido,
andaimes fachadeiros ou, ainda, de plataformas cremalheiras
para revestimento de fachadas. Tais investimentos dão ao
operário melhores condições de trabalho, bem como a
possibilidade de aplicação em áreas mais amplas. Essas
características aumentam a produtividade e a velocidade de
execução do serviço, o que, por consequência, diminui o
custo global da obra.
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Comunidade da Construção de Belo Horizonte
Execução
A EXECUÇÃO DO SISTEMA MECANIZADO DE REVESTIMENTO DIVIDE-SE,
DE MANEIRA SIMPLES, EM TRÊS ETAPAS PRINCIPAIS. EM TODAS ELAS, A
MECANIZAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA A OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS.
Transporte
até o local de
aplicação
Mistura da
argamassa
A mistura tem como objetivo homogeneizar
os componentes da argamassa, de forma que
o desempenho adequado seja assegurado,
tanto no estado fresco como no endurecido.
Para esse processo, é recomendado o uso
de argamassadeira. Esse equipamento
garante uma mistura mais homogênea
e um comportamento mais eficiente dos
componentes da argamassa. O tempo de
Lançamento
na base
mistura e a quantidade de água devem seguir
as instruções do fabricante.
O transporte e a definição do local de
estacionamento da bomba e da argamassa a ser
projetada fazem parte do processo de logística
da obra. Esse local deve ser definido de acordo
com as dimensões da mangueira de projeção e
a posição das bases que serão revestidas.
O lançamento da argamassa na base deve ser feito por um profissional
treinado. Além disso, a energia que alimenta a bomba não deve apresentar
oscilações, de modo que a aderência e homogeneidade da argamassa
aplicada na base sejam uniformes.
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Case
ÓPERA PARQUE RESIDENCIAL
TENDÊNCIA ENGENHARIA
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Case
O ÓPERA PARQUE RESIDENCIAL É UM EMPREENDIMENTO DA TENDÊNCIA
ENGENHARIA EM QUE FOI VIABILIZADO O USO DO SISTEMA DE
REVESTIMENTO ARGAMASSA PROJETADA.
Os sistemas construtivos utilizados foram concreto armado e alvenaria estrutural, e deveriam
atender um prazo de 40 meses para entrega.
Dessa forma, o sistema de projeção de argamassa foi escolhido para o revestimento interno, como
uma solução para o aumento de produtividade, qualidade técnica e diminuição do custo e do
prazo de entrega.
352
unidades habitacionais
10
176
2 quartos
176
3 quartos
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32.793,42m²
46.808m²
Área construída
Área de emboço
Os cuidados e pré-requisitos foram atendidos,
fazendo com que os principais ganhos
fornecidos pelo sistema fossem obtidos com
sucesso. O revestimento foi aplicado dentro do
prazo estabelecido, com alta qualidade técnica
e redução no custo global da obra.
Pré-requisitos
PROJETO DE REVESTIMENTO
O projeto de revestimento interno com
argamassa
projetada
foi
elaborado
juntamente com os projetos de estrutura,
alvenaria e arquitetura do empreendimento.
Dessa forma, foi possível adequar o sistema
à arquitetura, executá-lo de maneira correta e
evitar possíveis patologias.
EQUIPAMENTO
A máquina de projeção foi comprada pela
construtora.
MATERIAL
A argamassa utilizada foi industrializada,
garantindo a confiabilidade e qualidade
técnica do revestimento, além de minimizar a
manutenção da bomba.
A argamassa foi entregue na obra em paletes,
e foi estocada no pilotis do empreendimento.
Assim, a argamassa foi transportada conforme
a demanda por andar.
MÃO DE OBRA
A construtora optou por utilizar mão de obra
própria, por uma questão de filosofia básica
da empresa. Além disso, o menor risco com
problemas trabalhistas, melhor controle de
execução do serviço e, principalmente, o custo
foram fatores que influenciaram na decisão
da empresa. Com a mão de obra própria,
a construtora alcançou uma média de R$
13,00/m², enquanto o empreiteiro praticava
o valor de R$22,00/m². Nesses valores, estão
englobados as execuções de taliscas, chapisco
e reboco. Sendo assim, o custo total do m² de
revestimento realizado foi de R$24,21, contra
o valor de R$31,00 orçado com o serviço
terceirizado. O treinamento e conscientização
da mão de obra foram fundamentais, já que a
mecanização do sistema é vista pelos operários,
de maneira equivocada, como concorrência
para a realização de serviços. O processo
de conscientização abordou temas como
produtividade, equipamentos e demonstrou
os benefícios encontrados com o uso correto
do sistema, como a ergonomia, diminuição
do absenteísmo, e um maior ganho financeiro
devido ao aumento da produtividade.
ENERGIA
A construtora promoveu a adequação da carga
elétrica instalada trocando o padrão de energia
para 220V trifásico. A fonte de energia para a
bomba projetora não foi exclusiva, mas com o
aumento do padrão do quadro de energia, a
bomba pode funcionar sem oscilações.
ÁGUA
Água limpa foi disponibilizada em quantidade
suficiente em tambores ao lado da bomba. A
dosagem foi executada de acordo com as
instruções do fabricante dos equipamentos
e materiais.
METAS
A elaboração de metas foi feita de acordo com a
velocidade da execução de pavimentos da obra.
No empreendimento Ópera Parque, a alvenaria
de cada pavimento era executada em um dia,
com quatro apartamentos cada. Assim, foi
estabelecida a meta de revestir um apartamento
por dia, utilizando quatro operários.
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Custos
PARA PLANEJAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA FORAM UTILIZADOS OS DADOS
DISPONIBILIZADOS PELOS FORNECEDORES.
CUSTO (R$/m²)
SERVIÇO
Máquina de projeção completa
1,19
Manutenção da máquina (20% do custo inicial)
0,24
Mão de obra (1 op. Máquina, 1 op. Projeção, 2 pedreiros, 2 serventes)
22,00
Argamassa ensacada (1,5cm de espessura)
7,07
Consumo de energia
0,14
Consumo de água
0,07
TOTAL
30,71
CUSTOS REAIS DE EXECUÇÃO
CUSTO (R$)
INSUMOS
1ª SEMANA
ATUAL
5 OFICIAIS + 2 SERVENTES
4 OFICIAIS
Máquina
1,19
1,19
Manutenção máquina
0,24
0,24
Mão de obra (equipe)
18,57
13,00
Argamassa ensacada
9,55
9,55
Consumo de energia
0,14
0,14
Consumo de água
0,09
0,09
29,78
24,21
TOTAL
Fonte: Palestra Adolfo S. S. Neto - Tendência Engenharia
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Execução
Principais
cuidados
PARA UMA EXECUÇÃO SEGURA E CORRETA, A CONSTRUTORA SEGUIU AS
SEGUINTES PREMISSAS:
Não dobrar a
mangueira de
projeção
Manter
constantemente os
mangotes limpos
Não feltrar a
argamassa
Não reutilizar a
argamassa descartada
após 1 hora de
sarrafeamento
Controlar com
rigidez a utilização
de água
Instalar padrão de
energia com carga
elétrica compatível
com o sistema
Limpar diariamente
o misturador e a
máquina de projeção
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Comunidade da Construção de Belo Horizonte
Conclusões
O uso adequado e os devidos cuidados
na execução do sistema de argamassa
projetada são de suma importância para que
ocorra, de fato, a racionalização de materiais
e recursos humanos, o aumento significativo
de produtividade e a diminuição do custo
total da obra.
Se comparados, os custos dos métodos
tradicional e mecânico de forma direta, o
preço da argamassa chapada à mão se torna
mais viável. Porém, este é um erro corriqueiro
das construtoras atuais. O custo deve ser
analisado de forma global, incluindo gastos
diretos e indiretos no decorrer da obra. O
sistema de argamassa projetada se viabiliza,
exatamente, pelos gastos indiretos, uma
vez que há redução no tempo de execução,
exigindo menos mão de obra e menos recursos
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Ciclo de Atividades - Relatório - 2013-14
PROGRAMA DE GESTÃO DE ARGAMASSA PROJETADA
utilizados durante o revestimento.
No empreendimento Ópera Parque Residencial,
a aplicação do sistema de argamassa
projetada possibilitou um aumento de 50%
da produtividade e uma redução de custo de
23% em relação ao método convencional. O
treinamento e incentivo da mão de obra foram
fundamentais para a execução de um bom
revestimento e para alcançar os objetivos
traçados. Além do treinamento técnico,
programas motivacionais que fortalecem o
entrosamento da equipe podem melhorar
ainda mais a produtividade nos canteiros.
Dessa forma, a Tendência Engenharia
conseguiu realizar o cronograma de execução
dentro do previsto, com um custo menor do
que o orçado previamente.
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PROGRAMA DE GESTÃO DE
ARGAMASSA PROJETADA
2013-14
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argamassa projetada - Comunidade da Construção