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Desafeto do papa diz que pontífice prega uma coisa e fez
outra
Jornalista afirma que Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, foi cúmplice da ditadura
argentina ao denunciar sacerdotes aos militares.
"O cão." Esse é o apelido do jornalista e colunista político argentino Horacio Verbitsky, 71,
conhecido pela investigação sobre a ditadura militar em seu país (1976-83).
Na semana passada, o jornalista veio a São Paulo para participar de uma audiência da
Comissão da Verdade.
Verbitsky também é autor de "O silêncio", no qual afirma que o jesuíta Jorge Mario Bergoglio,
hoje papa Francisco, foi cúmplice da ditadura argentina ao denunciar sacerdotes aos militares.
O papa e mesmo alguns ativistas de direitos humanos negam a acusação. À Folha o jornalista
fez uma análise das propostas de mudança na igreja feitas pelo papa e questiona se serão
profundas ou apenas "cosméticas".
"No discurso de Bergoglio, tudo é maravilhoso e eu aplaudo com entusiasmo. Mas há uma
contradição entre o que ele fez na Argentina e o que ele diz estar planejando hoje para a
igreja", afirma.
Para Verbitsky, há apenas uma mudança de tom nos discursos do principal representante da
igreja, mas não uma pretensão real de alteração em seus fundamentos.
"No tema da abertura aos homossexuais, a doutrina da igreja é muito clara a respeito: há de
ser compreensiva com os que buscam se aproximar de Deus. Mas, nos termos da igreja, isso
significa deixar de ser homossexual."
Quando se discutiu na Argentina a lei que permite aos homossexuais casar e adotar filhos,
Bergoglio encabeçou a oposição à lei e escreveu uma carta a uma congregação religiosa
instando-a a resistir, afirmando que essa lei era "parte do plano do diabo para destruir a igreja."
No mês passado, o papa divulgou um documento escrito só por ele. "Não há mudança de
doutrina. A posição da Igreja não muda a respeito do aborto e do celibato sacerdotal", diz o
jornalista, que também questiona a posição de Bergoglio nos casos de pedofilia envolvendo
sacerdotes.
"Na Argentina, há o caso do sacerdote Julio César Grassi, condenado a 15 anos de prisão por
pedofilia e preso em setembro. Bergoglio o defendeu permanentemente e contratou um dos
juristas mais renomados do país para defendê-lo. Até agora, Grassi, mesmo preso, não perdeu
o estado sacerdotal."
Apoiador dos governos de Néstor Kirchner (2003-07) e de Cristina, atual presidente argentina,
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o jornalista diz acreditar que as políticas de combate à pobreza dos dois "implicaram no mesmo
fenômeno de luta contra pobreza que o de Lula no Brasil".
"Bergoglio questionava essas políticas, dizendo que eram clientelistas, questionava os modos
autoritários de [Néstor] Kirchner, quando ele, Bergoglio, sempre foi autoritário em toda sua
vida."
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