IGARA: REPENSANDO A AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA EM UM DISTRITO DE
SENHOR DO BONFIM-BA[1].
[1] Esta pesquisa faz parte do projeto “Mapeamento da agricultura familiar na microrregião de Senhor do Bonfim-BA”, desenvolvido pelos
professores Msc. Marcelo Souza Oliveira e pelo Mestrando Rodrigo Brito de Saldanha.
Nicodemos da Silva Almeida¹; Marcelo Souza Oliveira²; Rodrigo Brito Saldanha²; José Araújo de Carvalho¹; Daíres de
Oliveira Almeida¹.
1 Estudantes do curso Técnico Agrícola com Habilitação em agropecuária do Instituto Federal campus Senhor do BonfimBahia. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]
2 Professores do Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia Baiano, Campus Senhor do Bonfim, BA. Mestre em
Estudo de Linguagens; Mestrando em Horticultura Irrigada. [email protected]; [email protected]
INTRODUÇÃO
Agricultura familiar é na verdade um modo de trabalho aplicado pelos camponeses ou trabalhadores rurais no qual grande parte do trabalho e executado por familiares, a
produção e para consumo próprio e os excedentes da produção são vendidos em estabelecimentos comerciais, feiras livres e etc.
Estes estabelecimentos comerciais que são abastecidos com produtos oriundos da agricultura familiar representam cerca de 52% do numero de estabelecimentos comerciais do
país (IBGE, 2000). No entanto apesar de ocuparem mais da metade do mercado destinado à venda eles só detém de 2,7% das terras do país isso para pouco mais de três
milhões de propriedades rurais espalhadas pelo país.
Igara é um distrito da cidade de Senhor do Bonfim, localizada no Km 10, entre Andorinha e Senhor do Bonfim. A topografia e relativamente plana na sede e no interior do distrito,
apresenta solo do tipo latossolo amarelo. A vegetação é a caatinga típica do semi-árido brasileiro.
A economia do distrito é movimentada basicamente da agricultura familiar, tendo como principal cultura a mandioca. No entanto esta atividade esta sofrendo um declive na
produção, pode-se ligar o fato da queda na produção a falta de inovações e assistência técnica principalmente que deixam a desejar dentro do distrito.
Como o distrito esta próximo do IF – Baiano, pode-se trazer uma política ATER, podendo capacitar os produtores com cursos sobre solos, a cultura da mandioca, levar a
conhecimento dos produtores o uso da rotação de cultura, em fim levar a campo todos os conhecimentos sobre extensão rural, e formas de cultivo.
Aqui se insere o objetivo deste trabalho: mapear as atividades agrícolas na comunidade de Igara e propor possíveis soluções a partir da intervenção técnica do Instituto Federal
Baiano, Campus Senhor do Bonfim.
METODOLOGIA
Foto 1 – Praça central do distrito de Igara, município de Senhor do Bonfim
A partir da analise dos questionários, ficou evidenciado que no distrito de Igara a
mão-de-obra predominante é a familiar, constituindo a base econômica das
pessoas que residem. Desta forma, 90% da renda familiar são originárias
exclusivamente da atividade agropecuária que apresenta um baixo nível
tecnológico. Isso, principalmente, pela diversidade de fatores socioeconômico
intrínseco a esta região.
Na produção agrícola, a cultura da mandioca se destaca e mostra-se como cultivo
de grande relevância econômica para a população, sendo comercializada em feiras
livres, como: farinha, in natura ou através de subprodutos (tapioca e beiju)
atendendo as demandas locais. Estima-se que 80% da produção de farinha é
comercializada por meio de intermediário.
Os produtores, utilização o inicio do período chuvoso para realizarem o plantio da
mandioca, reparando o solo manualmente e com utilização de queimadas,
Plantada sem a utilização de inovações tecnológicas, os produtores estão
enfrentando dificuldades para alcançar os níveis desejados de produtividade por
área, principalmente pelo aparecimento de pragas e doenças, como relata o
Senhor Elias, produtor de mandioca do distrito. Este problema atinge proporções
maiores quando somados a falta de assistências técnicas, pureza do material de
propagação (manivas – fragmentos do caule), que é retirado da própria área e não
recebe qualquer tipo de seleção ou tratamento contra pragas e doenças.
Muito desses problemas podem ser superados através de
inovações ligadas a modernização e a ruptura dos padrões de
produção e administração que redundam em produtividades dos
fatores (terra, mão-de-obra, capital) muito abaixo do que seria
técnica, econômica e socialmente possível e justificado. A
materialização da modernização pode-se dar sob distintas
formas: alteração do conjunto produtos; adoção de novas
tecnologias de produção; emprego de novos insumos; uso e
combinação mais eficiente dos insumos tradicionais. (BARBOSA,
1988).
Através de alguns métodos de pesquisa para fazer alguns
estudos sobre a política de ATER em Igara, foi notado que á
maioria dos produtores rurais trabalham com mandioca e a
utilizam para fazer subprodutos como a farinha, beiju e tapioca.
Porem com o passar dos anos esta atividade vem tendo um
declive na produção devido a seca e falta de capacitação por
parte dos produtores. Pois os principais motivos dessa pesquisa
são enfocar os principais problemas enfrentados pela população
camponesa de Igara, e os agricultores familiares e a partir daí
então sugerir formas para melhorar a forma de produção.
CONCLUSÕES
Figuras 3 e 4 - Casa de Farinha na região de Igara
RESULTADOS
Foto 2 - Aluno José Araújo realizando pesquisa de campo
A pesquisa foi desenvolvida durante o mês de agosto de
2009, na comunidade de Igara, localizado a 11º 32’5’’ S e
41º48’’ W, com altitude de 538 m, distrito de Senhor do
Bonfim e próximo ao IF – Baiano.
Foram realizadas quatro visitas a comunidade, onde
optou-se pela aplicação de questionário a membros da
associação, a fim de ampliar o conhecimento sobre o
nível tecnológico dos pequenos agricultores e os
problemas associados a comunidade, relacionado ao
sistema de produção da localidade em questão.
A estratégia consistiu em delimitar as questões ligadas
ao sistema produtivo das atividades econômicas básicas
utilizadas pela comunidade. No entanto, o primeiro
passo foi delimitar quais atividades agrícolas
predominavam entre os produtores locais. Essa questão
também foi levantada na ficha avaliativa.
Entre os entrevistados foi nítida a preponderância da
cultura da mandioca. Desde o plantio até a revenda nas
feiras locais, sobretudo na da cidade de Senhor do
Bonfim e no próprio distrito de Igara. Desta forma, ficava
cada vez mais nítida a dependência do agricultor local
dessa atividade econômica.
Sendo assim, o trabalho passaria a ser voltado para a
identificação da atividade agrícola destacada: a cultura
da mandioca. A especificação da variedade deste tipo de
tubérculo quanto a toxidade esta classificada no nível
intermediário, que normalmente é utilizada para a
produção de farinha e derivados.
Uma vez constada esta questão, os esforços voltar-seiam para os problemas deste tipo de cultura. Bastava
agora interrogar os produtores acerca das dificuldades
por eles encontradas, com o fim de estabelecer as
possíveis e futuras intervenções técnicas do IFBAIANO.
DISCUSSÃO
Pode-se sugeri como uma possível
solução para esse contexto a intervenção
técnica do instituto Federal Baiano,
Campus Senhor do Bonfim, na prestação
de assistência técnica gerencial, visando
assegurar a produção e a melhoria do
desempenho produtivo dos agricultores
familiares, orientando sobre: como
plantar, preparo do solo, plantio, colheita,
combate de pragas e doenças na cultura.
Dinamização de produtores e suas
famílias através de eventos, palestras,
elevando o nível de profissionalização
dos agricultores familiares para resolução
de problemas comuns, estabelecendo
manejos adequados, conferindo aumento
de produtividade com baixo custo de
produção e a maximização de renda, que
permite os agricultores sustentar suas
famílias sem conviver com o êxodo rural,
fortalecendo a agricultura familiar da
região e incentivando a fixação do
homem rural ao campo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barbosa, T. A. pequena produção no Brasil e perspectivas. Belo Horizonte. Informe
agropecuário, pequeno produção agrícola, N. 157. 5-10, 1988.
BRASIL. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores de
Desenvolvimento Sustentável. Censo Demográfico 2000, Municípios. Disponível em
<www.ibge.gov.br>. Acesso em 18 de setembro de 2009, às 15:34h.
Ribeiro, E. E. Assistência técnica do produtor ura para a pequena produção. In: informe
agropecuário, v. 14. N. 177. BH. 1988.
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