Uma peça de teatro
● Lê com atenção esta peça de teatro. Escreve os valores que te ensina.
Narrador: Extenuado pela intensa viagem, o pinguim
junta-se, acomoda as suas asas e olha com estranheza a
maravilhosa paisagem, diferente daquela a que estava
acostumado.
Sem perceber, está a ser observado: uma gaivota esvoaça à
sua volta e, de telemóvel na mão, passa mensagens a outros
animais.
Gaivota: Aqui “ser não identificado”. Muito estranho, um
pouco avolumado, muito empinado e bem vestido.
Parece saído de uma festa! Pobrezinho… não parece
perigoso …está a tremer…
Narrador: Não tardou em aparecer um novo espectador. Com
a diplomacia que a caracteriza, apresenta-se uma tartaruga
marinha.
Tartaruga: Bom dia! Está perdido? Posso ajudá-lo em
alguma coisa? Como se chama?
Pinguim: O meu nome é Pinguim, o meu apelido Magalhânico.
Uma corrente trouxe-me até aqui enganado … Este lugar é
maravilhoso! Não é por acaso o paraíso?
Tartaruga: Poderia ser…
Pinguim: As praias de onde eu venho são bem diferentes,
menos povoadas, cobertas de neve… Entre arbustos
espinhosos incubo os meus ovos e alimento as minhas crias.
Gaivota: Disse ovos! Então é uma ave! Nunca tinha visto uma
tão grande. Meu amigo! (abraça-o) Voemos de alegria!
(Tenta fazê-lo voar mas ele cai).
Pinguim: Não vou poder acompanhá-la… eu não voo! Nado
rápido e caminho com muita graça… é o que oiço dizer…
Tartaruga: Olhe que é um bicho estranho!
Andorinha: (fazendo chacota) fala quem é tão comum…!
Narrador: Outros animais se reuniram na praia mas nem todos
quiseram participar na conversa. Uma amêijoa aproxima-se,
temerosa, mas rapidamente se esconde na areia húmida,
deixando borbulhinhas à medida que se esconde…
Um caranguejo, fazendo alarde da sua valentia, esfrega as
pinças dianteiras. Longe de assustar o pinguim, começam uma
cordial conversa.
Caranguejo: Esta noite vamos fazer uma fogueira. A ementa
será variada: salada de algas, peixe natural, bocadinhos de
molusco…
Vamos gostar de contar contigo. Não faltes!
Pinguim: Efectivamente tenho que me ir embora agora mesmo.
Um gentil pinguim macho está à minha espera no nosso ninho.
Tenho tantos sonhos! Mas… também gostava de ficar um
pouco mais convosco. Sois tão amáveis…
Tartaruga: Também podes deleitar-nos com o teu canto!
Pinguim: Eu não canto…
Tartaruga: Não disseste que és ave? Ai, que bicho estranho!
Que bicho estranho!
(enquanto os animais procuram ramos para fazer a fogueira, o
narrador conclui a história).
Narrador: Certamente que o convívio diário custa bastante.
Entender que, mesmo fazendo nós parte de um grupo, somos
pessoas únicas e diferentes com características, talentos,
formas de reagir e de sentir diferentes, não é fácil.
A intolerância é fruto do desconhecimento. Se nos abrirmos
ao outro para saber um pouco mais dele, se vencermos os
medos que a diferença provoca, seremos capazes de acolher
e de aceitar o outro e reconhecê-lo como pessoa merecedora
de respeito. É este valor que nos transforma em algo valioso e
enriquecedor para quem nos rodeia.
● Averigua e responde:
Que características especiais tem uma peça de teatro?
Para que se utiliza o travessão de diálogo?
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Marcela Guerrero
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Suba o pano
● Com os teus colegas: Distribuir os papéis que entram nesta peça de teatro.
● Anotar os nomes dos teus colegas que actuam como:
Narrador:
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Pinguim:
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Gaivota:
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Tartaruga:
Andorinha:
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● Ensaiar a peça de teatro e convidar outros alunos, professores e famílias para o dia da actuação. Entregar estes convites.
Grande peça de teatro
“Atrever-se a ser diferente”
Organizado por:
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Dia:
Lugar:
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Esperamos por vocês!
● Pintar, recortar, completar e distribuir estes convites.
● Confeccionar murais gráficos para colocar na escola e no bairro.
● Relê a peça de teatro e responde:
Porque te parece que vêem o pinguim como um “bicho estranho”?
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● Escreve as principais características e qualidades de cada um dos seguintes animais:
Pinguim
Caranguejo
Andorinha
Tartaruga
Gaivota
● Reflecte e responde: Tens dificuldade em conviver com os teus colegas? Porquê?
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