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Bruxelas, 1 de Julho de 2002
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Em 29 de Maio, a Deloitte & Touche UK (D&T) solicitou a autorização da Comissão
Europeia para proceder à aquisição de diversos activos da Andersen UK, incluindo
equipamento, bens móveis e imóveis, bem como os direitos decorrentes de
contratos em matéria de serviços. A D&T propõe igualmente contratar a maioria dos
quadros e efectivos da Andersen UK.
Esta aquisição deve ser analisada no contexto da desintegração da Andersen
Worldwide na sequência da falência da Enron e dos danos daí resultantes para a
Andersen US, responsável pela auditoria das contas da referida empresa. No início
deste mês, a Andersen US foi condenada por obstrução à justiça no âmbito do
inquérito do Governo norte-americano sobre o colapso da Enron.
Consequentemente, as empresas nacionais da Andersen em todo o mundo
procuraram, de forma separada, aderir a uma das outras quatro grandes empresas
neste domínio: PriceWaterhouseCoopers (PwC), KPMG, Ernst & Young e a D&T. A
Andersen France (França) e a Andersen Germany (Alemanha), por exemplo,
associaram-se entretanto à Ernst & Young. No que respeito à União Europeia,
alguns deste acordos serão examinados pela Comissão Europeia, enquanto outros
serão analisados pelas autoridades de concorrência nacionais, em função da
respectiva dimensão.
No que se refere à operação em causa, a Comissão Europeia examinou o impacto
da aquisição no Reino Unido e, em especial, no que diz respeito ao mercado de
auditoria e contabilidade das grandes sociedades cotadas, que recorrem
normalmente aos serviços das cinco grandes empresas de auditoria.
A Comissão verificou que não exisitia o risco de ser criada uma posição dominante
única, dado que a Andersen e a D&T são as empresas mais pequenas de entre os
cinco grandes operadores nesta área no Reino Unido. A PwC é de longe a maior
empresa em termos de receitas de auditoria, seguida da KPMG, E&Y, AA e da D&T,
independentemente do mercado relevante ser o FTSE 100 ou o FTSE 350.
Todavia, a Comissão também examinou até que ponto a redução para quatro
grandes empresa de auditoria poderia ser fonte de preocupação, tal como tinha
efectuado em 1998, aquando da análise da fusão entre a Price Waterhouse e a
Coopers & Lybrand, fase em que existiam seis grandes empresas nesta área.
Uma análise cuidadosa revelou que, muito embora a Andersen UK pudesse
continuar a desenvolver actividades enquanto empresa independente de serviços de
auditoria e contabilidade para os clientes de dimensão mais restrita, deixaria de
poder prestar serviços aos grandes clientes. Estes últimos exigem uma rede
mundial, um importante saber-fazer internacional e uma reputação que só as
restantes quatro grandes empresas podem assegurar. A Andersen Worldwide podia
satisfazer estes requisitos, mas a Andersen UK, por si só, não reunia as devidas
condições.
Por conseguinte, no que se refere às grandes sociedades cotadas, a redução para
quatro empresas de auditoria era inevitável e ocorreria na prática,
independentemente do facto de a Andersen UK ser adquirida ou de se assistir
meramente à sua desintegração.
A aquisição da Andersen UK por empresas britânicas de auditoria de segundo nível,
tais como a BDO ou a Grant Thornton, não permitiria assegurar a rede mundial e a
reputação necessárias para a entrada no mercado das grandes sociedades
cotadas.
É de observar que uma série de clientes da Andersen UK manifestaram a opinião de
que era preferível a fusão entre a Deloitte & Touche e a Andersen UK, em
detrimento de uma situação em que os quadros, as equipas e o saber-fazer da
Andersen UK fossem dispersos de forma desorganizada.
Atendendo a todos estes factores, a Comissão concluiu que não havia motivos para
iniciar uma investigação aprofundada, tendo autorizado a operação.
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A Deloitte & Touche é membro da rede mundial de empresas Deloitte & Touche
Tohumatsu, que emprega mais de 95 000 pessoas em 140 países. A Andersen UK
desenvolvia actividades enquanto membro da rede internacional da Andersen
Worldwide. Até recentemente, as empresas que eram membros da Andersen
Worldwide empregavam, no seu conjunto, cerca de 85 000 pessoas em 84 países
em todo o mundo.
Em Outubro de 2001, após a Enron ter anunciado novos prejuízos, a US Securities
and Exchange Commission (organismo de supervisão do mercado bolsista
norte-americano) iniciou a recolha de informações sobre a Enron e no que se refere
à auditoria das suas contas pela Andersen. Em 14 de Março de 2002, o Ministério
de Justiça norte-americano acusou a Andersen US de obstrução criminosa por ter
destruído documentos da Enron. Esta série de acontecimentos comprometeram a
reputação da Andersen e conduziram à desintegração da Andersen Worldwide. Em
todo o mundo, as empresas que eram membros da rede da Andersen aderiram já
ou anunciaram a sua adesão numa base nacional a uma das restantes quatro
empresas de auditoria que subsistem.
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A Comissão autoriza a aquisição das actividades da