Moderno
Estaleiro
desenvolve
região do
Recôncavo
2
Maricele Silva,
Soldadora da
Enseada na Unidade
São Roque
Ano 2 • Edição n.º 11 • julho/2014
Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP)
Plano Básico Ambiental (PBA) – Programa de Comunicação Social
Enseada inicia em
São Roque montagem
de megabloco
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Foto JULIUS SÁ
Foto ROQUE PEIXOTO
Juntos
Navegando
Governo começa
construção de ponte
sobre o Rio Baetantã
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Cultura de Enseada do Paraguaçu
é materializada pela Enseada
Indústria Naval
E
Fotos JULIUS SÁ
nseada do Paraguaçu, localizada no município de
Maragojipe, é um lugar cheio
de histórias para contar. É a
casa de um povo de fé que valoriza, como ninguém, a cultura do lugar onde vive. A Enseada Indústria Naval, como
forma de homenagear essa comunidade, realizou ações para
eternizar alguns dos bens mais
importantes para ela: a Barquinha e o Boi Janeiro.
Em julho de 2014, na Associação de Moradores de Enseada do Paraguaçu, vários olhares
estavam voltados para a mesma
direção: o telão que exibia, em
primeira mão, o vídeo sobre
a Barquinha. Dona Ditinha,
responsável pela montagem da
Barquinha há mais de 50 anos,
é quem narra a trajetória desse patrimônio da cultura local.
“Enquanto vida Deus me der,
estarei participando. Já fui convidada para fazer a desse ano”,
revelou. Sobre o vídeo, ela foi
enfática: “É uma alegria muito
grande ver isso tudo acontecer.
Agora todo mundo pode conhecer um pouco da história do
povo de Enseada.”
Valdete dos Santos, de 80
anos, que esteve presente no
lançamento do vídeo, foi puro
entusiasmo ao falar sobre o momento. “A comunidade e nós,
sambadeiras, nos sentimos muito felizes. Eu sou raiz desse chão.
Participo e aprovo tudo o que
for para o bem de nossa tradição”, afirmou. Valdete e os moradores das 350 casas de Enseada receberam um DVD com o
curta-metragem da Barquinha.
Se a Barquinha faz parte da
história da comunidade, o Boi
Janeiro não é diferente. Ele
está presente em Enseada desde
quando Dona Ditinha era menina e ainda brincava com ele
pela Rua do Alto. “Não imaginávamos que o bumba meu
boi estivesse também presente
na cultura de Enseada. Durante o levantamento das lendas
e tradições locais que realizamos, tivemos essa informação
que foi confirmada pelos mais
idosos. Resolvemos então reativar tal tradição, presenteando
a comunidade de Enseada com
o Boi Janeiro. A alegria estava
estampada no rosto de todos ali
presentes!”, afirmou Caroline
Azevedo, gerente de Sustentabilidade do empreendimento.
A tradição da Barquinha
chegou ao quilombo de
Enseada do Paraguaçu
há mais de 100 anos.
Através da Barquinha,
cortada por Dona Ditinha
há 50 anos, a comunidade
renova seus pedidos,
oferecendo a pequena
embarcação feita de
papelão para Iemanjá.
Essa oferenda reforça
também o compromisso
de cuidar das águas,
local responsável pelo
sustento da maioria da
comunidade.
www.navegandojuntos.com.br
O Boi Janeiro foi confeccionado
pelo designer e artista plástico
Rodrigo Siqueira, que utilizou
talisca de dendê, espuma,
laicra, aviamentos, fita de
cetim, isopor e fibra de vidro
para dar forma ao boi.
Navegando Juntos
Foto DIVULGAÇÃO
2•
Em parceria com o Senai, através da Fieb, Estaleiro capacita população do Recôncavo
Desenvolvimento e oportunidades:
Enseada modifica cenário do
Recôncavo Baiano
A Enseada, empreendimento
com 1,6 milhão de metros quadrados, está sendo implantada
no Recôncavo Baiano e tem
trazido uma série de impactos
positivos, transformando o
perfil social e econômico da região. Empregos, cursos de qualificação, formação de ampla
rede de fornecedores locais,
incentivo tributário, constru-
ção de ponte, reforma de píer
e uma grande movimentação
no comércio local destacam-se
como ações em parceria com
a Federação das Indústrias
do Estado da Bahia (Fieb),
com o Governo do Estado da
Bahia e com as prefeituras da
área de influência direta e têm
contribuído para o desenvolvimento local. Tudo isso cami-
nhando ao lado de iniciativas
de Responsabilidade Social e
de Sustentabilidade, que mitigam os impactos ambientais
e garantem a geração de um
desenvolvimento sustentável,
feito mediante condicionantes
pactuadas junto a órgãos como
Ibama, Instituto Chico Mendes, Fundação Palmares, Secretaria de Meio Ambiente do
Reforma da BA 534 será feita pelo Derba, através da Terrabrás, empresa que venceu a licitação
Estado da Bahia e ministérios
públicos Federal e Estadual.
Um acordo entre a Enseada e
o poder público definiu órgãos
estaduais como responsáveis
por melhorias na infraestrutura
e mobilidade da região, como a
reforma da BA 534, importante
via. As obras de requalificação
serão feitas pelo Departamento
de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), através da
Terrabrás, vencedora da licitação. A mobilização da empresa
já foi iniciada e, no momento,
está sendo feito o levantamento
topográfico do local. O Derba,
com o apoio da Enseada, também está realizando melhorias
paliativas na BR 242, que liga
São Roque a Maragojipe Sede, e
na BR 420, que liga São Roque
a São Félix. Um dos projetos
previstos, a construção da ponte sobre o Rio Baetantã, começou a virar realidade em maio,
início das obras (veja matéria
na página 4). “Um aspecto que
contribuiu para evitar a circula-
ção de veículos pesados na estrada foi a finalização do nosso
Cais I, em fevereiro. Boa parte
dos equipamentos tem chegado
ao empreendimento em navios
e balsas, diminuindo o fluxo de
caminhões nas vias. Antes tínhamos 510 veículos pesados;
hoje são pouco mais de 300”,
disse Humberto Rangel, diretor
de Relações Institucionais e de
Sustentabilidade da Enseada.
Infraestrutura
É fundamental para o desenvolvimento da região e maior
integração dos municípios
ao redor do rio Paraguaçu a
manutenção dos transportes
hidroviários. A Enseada, observando a importância desse
serviço, executou melhorias
nos piers de Maragojipe Sede,
São Roque, Barra do Paraguaçu e Salinas da Margarida.
Atualmente, está em processo
de contratação pelo Governo
do Estado a execução do atracadouro de Saubara, além de
estudos para intervenções em
Navegando Juntos
Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP).
www.enseada.com.br [email protected] Presidente: Fernando Barbosa Vice-presidente de Operações: Guilherme Guaragna Diretor de Relações Institucionais e de
Sustentabilidade: Humberto Rangel Diretor de Pessoas e Organização: Ricardo Lyra Diretor de Execução: José Luis Coutinho de Faria Gerente de Comunicação Externa e Editor: Marcelo Gentil
(Conrerp 7ª/nº 1771) Redação: Malany Tavares Fotografia: Julius Sá Apoio: Bruno Pinto, Roque Peixoto, Thaise Muniz, Pedro de Luna, Ronaldo Souza, Marli Santos e Caíque Fróis
Projeto gráfico e editoração: Solisluna Design Revisão: Maria José Bacelar Guimarães Pré-impressão e impressão: Rocha Impressões Tiragem: 20.000 exemplares A Enseada é uma empresa
associada à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). www.navegandojuntos.com.br
serão gerados, em longo prazo,
cerca de 5 mil empregos diretos
e 10 mil indiretos. Até o final de
2014 serão 1,8 mil vagas. Com
o objetivo de capacitar tanto a
mão de obra local quanto a cadeia de possíveis fornecedores,
a Enseada tem trabalhado em
parceria com instituições como
Fieb, oferecendo cursos voltados para as áreas de construção
civil, naval e de qualificação
para aqueles que desejam ter o
empreendimento como cliente.
Apenas o Pronatec, no primeiro semestre de 2014, já capacitou 2,2 mil pessoas.
Fotos JULIUS SÁ
São Francisco do Paraguaçu,
Santiago do Iguape e Salamina
Putumuju. Está prevista também, pelo poder público estadual, a implantação de linhas
hidroviárias que vão ligar Salvador a Salinas da Margarida e
outros municípios, a partir de
outubro deste ano.
Emprego e capacitação
Atualmente, durante a fase de
construção, o Estaleiro gera
cerca de 5 mil oportunidades
de trabalho diretas, sendo cerca de 70% das vagas ocupadas
por moradores da região. Para
a fase industrial, de operação,
Cais de Maragojipe foi reformado pela Enseada
Um olhar para as
comunidades
Ao longo de sua existência, a
Enseada, localizada na região
do quilombo que leva o mesmo
nome do estaleiro, se preocupa
com a cultura e a tradição locais.
Seja através da Barquinha ou
da religião, a preservação dos
valores de um povo é mais do
que respeitada; é praticamente
intocável. Em 2013, após quase
um ano fora de casa, a imagem
de Nossa Senhora do Rosário,
padroeira da cidade, pode voltar a ocupar seu lugar na igreja
que leva seu nome e que foi restaurada pelo Estaleiro. O local
reformado é um marco da religiosidade dos moradores.
Como forma de eternizar a
cultura dos quilombos de Maragojipe, o Estaleiro idealizou, em
parceria com uma empresa contratada, uma grande pesquisa sobre as comunidades quilombolas, transformada numa coleção
composta por 12 livros. “Nós
atuamos nesse processo como
uma ponte para reunir e organizar os elementos culturais, e isso
reforça o nosso compromisso
com a preservação dos saberes
•
3
Foto JULIUS SÁ
Navegando Juntos
Símbolo de religiosidade de Enseada do Paraguaçu, Igreja de Nossa
Senhora do Rosário foi restaurada pelo Estaleiro
e fazeres desse povo”, argumentou a gerente de Sustentabilidade, Caroline Azevedo.
Se a cultura pode ser um
remédio para a alma, é preciso também cuidar do corpo.
Para contribuir com a melhor
qualidade de vida daqueles que
moram em localidades como
Salinas da Margarida, Baiuca
e Conceição de Salinas, a Enseada participou ou promoveu,
em parceria com a Marinha do
Brasil e as prefeituras locais,
feiras de saúde entre os anos
de 2013 e 2014. Ao todo foram
2,2 mil atendimentos gratuitos
em diversas especialidades mé-
dicas, odontologia, nutrição,
entre outros.
De acordo com Humberto
Rangel, o foco da responsabilidade social na Enseada está
nas pessoas e na sua interação
com a empresa, o ambiente físico, a cultura, as crenças
e as tradições. “Em todas as
unidades, investimos no diálogo com as comunidades,
incentivando a sua participação ativa”, afirmou o diretor,
reforçando o desenvolvimento
de uma relação de confiança
e transparência com todos os
públicos do empreendimento.
Megabloco do navio sonda Ondina
é concluído em São Roque
Entenda a
importância do
megabloco
e, portanto, vem navegando
rumo a importantes conquistas. Uma delas foi a conclusão do terceiro megabloco do
navio sonda Ondina, que tem
previsão de ser finalizado em
julho de 2016. As peças dessa
estrutura foram montadas nas
Oficinas 1, 2 e 3 da Unidade
São Roque e vai fazer parte da
superestrutura de ré (parte de
trás) da sonda.
Para o gerente industrial do
empreendimento, Mario Moura, esse marco é muito significativo. “Os megablocos são
as peças mais importantes do
‘quebra-cabeça’, pois, depois de
unidos, serão acoplados ao casco do navio”, explicou o gerente. Até 2020, serão construídos
seis navios sonda que serão entregues à Sete Brasil, cliente da
Enseada no contrato “Sondas”.
Fotos ROQUE PEIXOTO
A Enseada sabe que o princípio
de uma indústria naval brasileira forte passa pelo cumprimento dos prazos pactuados com os
clientes Petrobras e Sete Brasil
A construção de um navio
começa pelo corte das
chapas e montagem dos
painéis que dão origem aos
blocos que, depois de unidos,
formam os megablocos.
Com a finalização de cada
megabloco, a construção
passa a ser como um jogo
de montar. Os megablocos
são erguidos e alinhados com
guindastes e, seguindo a
planta do navio, são soldados
uns aos outros e equipados
com os outfittings.
Conheça como vai
funcionar o Estaleiro no
nosso canal no Youtube.
Construção de sonda já está sendo feita em unidade baiana da Enseada
Atenção
comunidade!
São proibidas a pesca e a
navegação, com exceção
para as embarcações de
apoio às plataformas, em
um círculo com 500 metros
de raio, em torno das
plataformas de petróleo.
Diversas instalações
submarinas são localizadas
por baixo das plataformas
ou dos navios e não são
visíveis aos barcos de
pesca. Elas possuem muitas
linhas, cabos e tubulações.
Áreas assim são chamadas
de áreas de exclusão à
pesca. Chegar perto desses
lugares é correr o risco de
se envolver em um grave
acidente. Portanto, você
pescador ou marítimo,
colabore com a Enseada.
Queremos o seu bem-estar!
Navegando Juntos
Foto JULIUS SÁ
4•
Encurtando caminhos:
ponte sobre o Baetantã sai do papel
Ponte vai reduzir em até uma hora a travessia entre Enseada e São Roque
A mais pura verdade é aquela
que diz que “a menor distância entre dois pontos é uma
reta”. Partindo dessa lógica,
para diminuir distâncias e facilitar a vida das comunidades
localizadas no entorno do Estaleiro Enseada, a ponte sobre
o Rio Baetantã começou a ser
construída no início de maio.
A ponte terá 560 metros e vai
ligar o distrito de São Roque
à comunidade de Enseada do
Paraguaçu. Ela começou a ser
construída pela A. Gaspar, tendo como contratante o Departamento de Infraestrutura de
Transportes da Bahia (Derba).
“Apesar de não colocarmos
a mão na obra, estamos acompanhando de perto o andamento dos trabalhos, que se encon-
tram na fase de fundação em
estacas raiz. Além de ter alta
produtividade e ser indicada
para este tipo de construção, a
estaca raiz possui baixo nível
de poluição sonora, diminuindo os transtornos para a população”, explicou Hermano
Viana, coordenador de Projetos da Enseada. Segundo ele,
a ponte deverá estar concluída
no primeiro semestre de 2015,
e terá 14,60 metros de largura, passeio e ciclovia. “Não
vai ser importante apenas para
as atividades da Enseada. Vai
também contribuir para o desenvolvimento econômico e
turístico da região”, afirmou.
Paulo Brito, ajudante de
Serviços Gerais do Consórcio
Estaleiro Paraguaçu (CEP), é
nativo de Enseada e sabe muito
bem o que a ponte representa
para os moradores. “A comunidade toda adorou. Eu acho
ótimo e vai ser bom pra mim e
pra todo mundo. Mais rapidez
e segurança. Ninguém mais
vai de canoa pra São Roque”,
avaliou Brito, que tem um filho
e dois primos trabalhando no
Estaleiro.
“Estamos num momento muito particular na indústria para
busca de fornecedores locais.”
A frase da gerente de Inovação
e Projetos Especiais do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Fabiana Carvalho, resume o tema de
um evento realizado no auditório da Federação das Indústrias
do Estado da Bahia (Fieb). O
assunto está sendo tratado com
grande importância, já que 33%
do ICMS da Bahia vem da área
de petróleo e gás. “Dependemos muito desta atividade econômica, daí nosso interesse em
desenvolver o setor”, disse Rafael Valverde, superintendente
Vamos preservar
os nossos
manguezais
Foto PEDRO LUNA
Potenciais fornecedores da Enseada são
reunidos em evento promovido pela Fieb
Diretor Humberto Rangel apresenta empreendimento a fornecedores
da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM).
O evento em Salvador serviu
para aproximar a Enseada das
doze empresas baianas selecionadas no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores. A
iniciativa faz parte do Plano de
Você sabia que o Brasil possui a maior extensão
de manguezais do mundo? Infelizmente, parte
desse importante ecossistema já foi destruída,
contribuindo para a diminuição das áreas de
mariscagem e pesca, atividades que são o
sustento de muitas famílias. O Instituto Chico
Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a prefeitura
de Maragojipe e o Ministério Público Estadual
Desenvolvimento de Arranjos
Produtivos Locais, lançado em
2013 pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da
Enseada, Humberto Rangel,
apresentou a empresa, destacando a questão da infraestrutura local, com a construção
da ponte sobre o rio Baetantã,
e a via de acesso terrestre no
entorno do Estaleiro. “Com
essa integração haverá uma
importante mudança de fluxos, inclusive no processo de
urbanização da região”, reve-
avisam à comunidade em geral que cortar
e aterrar áreas de manguezal é considerado
crime ambiental previsto na Lei n. 9.605,
com a penalidade de multa de, no mínimo,
R$ 10 mil, apreensão dos materiais e embargo
da área, além de processo judicial com
detenção de 1 a 3 anos e obrigação de reparar
o dano causado. Seja consciente!
lou o diretor, citando também
o projeto do Governo para a
construção do píer de Saubara
para facilitar o acesso dos moradores da região ao empreendimento. “Nós queremos nos
basear o máximo possível em
transporte marítimo e fluvial.
Já estamos transportando os
nossos integrantes pelo mar e
queremos priorizar este meio
por ser mais seguro e sustentável”, completou.
Novo encontro será realizado no dia 1º de agosto, na sede
da Federação das Indústrias,
no bairro do Stiep, em Salvador. Participe!
Fala
comunidade
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Julho 2014 - Enseada Indústria Naval