LÍNGUA PORTUGUESA
ACENTUAÇÃO GRAFICA
Professor Cosme da Cunha
REGRAS GERAIS
Proparoxítonas
(Sílaba tônica: antepenúltima)
As proparoxítonas são todas acentuadas
graficamente.
Exemplos:
trágico, patético, árvore
PAROXÍTONAS
Sílaba tônica: penúltima
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
l fácil; n pólen; r cadáver; ps bíceps; x tórax;
us vírus; i, is júri; lápis om, ons iândom,
íons; um, uns álbum, álbuns; ã(s), ão(s)
órfã, órfãs, órfão, órfãos ditongo oral
(seguido ou não de s) jóquei, túneis.
PAROXÍTONAS
Facilitando...
Não se acentuam as paróxítonas terminadas
em –a (s), -e (s), -o(s), -em (ns)
OXÍTONAS
(Sílaba tônica: última)
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
-a(s): sofá, sofás
-e(s): jacaré, vocês
-o(s): paletó, avós
-em(ns): ninguém, armazéns
MONOSSÍLABAS:
São acentuadas as tônicas terminadas em:
-a(s): lá, cá, vá, pá
-e(s): né, pé,
HIATOS
Quando a segunda vogal do hiato for i ou u,
tônicos/tónicos, acompanhados ou não de s,
haverá acento − proíbo, faísca, caíste, saúva,
balaústre, carnaúba, país, aí, baú, Jaú,
paraíso, saúde, heroína. Se o i for seguido
de nh, não haverá acento − moinho, tainha,
campainha, redemoinho
DITONGOS ABERTOS EM OXÍTONAS
Acentuam-se os ditongos abertos em
oxítonas, apenas.
Ex: herói, Elói, véu, réu, dói,
Administração – Ministério da Justiça
(FUNRIO 2008)
1 -O vocábulo do texto I, cuja acentuação
gráfica se justifica pela mesma regra de
“ilícitas”, é
A) após.
B) camelôs.
C) século.
D) também.
E) já.
Agente de Defesa Sanitária e Ambiental (2008) –
CONESUL
2 - Analise as afirmativas sobre a acentuação gráfica
das palavras do texto.
I.As palavras estratégia, ninguém e família
obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.
II. Tábua é acentuada para diferenciar de tabua .
III. Miúdos é acentuada porque o u é tônico e
forma hiato com a vogal anterior.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas a II e a III.
e) I, II III.
AGENTE FAZENDÁRIO SC 2008 (FEPESE)
3 - Assinale a alternativa em que todos os
vocábulos
são acentuados devido à mesma regra de
acentuação
gráfica.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
boêmio – inglês – têm.
América – hábitos – até.
época – café – européia.
século – período – saúde.
influência – província – concílio.
Curso Básico de Português
ADJETIVOS
Professor Cosme Cunha
DEFINIÇÃO
Adjetivo é a palavra que modifica o
substantivo atribuindo-lhe um estado,
qualidade ou característica.
A natureza adjetiva possui aspecto funcional,
pois exerce referência aos seres.
Ex: homem pálido;
carga pesada;
gosto amargo;
filme sensacional.
Os adjetivos podem ser: primitivo, derivado,
simples e pátrio.
I – ADJETIVO PRIMITIVO
É aquele que não deriva de outra palavra em
português
Ex:
quadro falso;
esposa fiel;
blusa nova.
II – ADJETIVO DERIVADO
É o que deriva de um substantivo, verbo ou
de outro adjetivo.
Ex:
salto mortal
morte -- mortal
ação lamentável
lamentar - lamentável
III – ADJETIVO SIMPLES
É aquele que possui um único elemento.
Ex:
blusa verde
cidade chinesa
IV – ADJETIVO COMPOSTO
É aquele formado por dois ou mais
elementos
Ex:
história anglo-saxônica
blusa verde-clara
V – ADJETIVO PÁTRIO OU GENTÍLICO
É aquele que se refere à nacionalidade ou
lugar de origem.
Ex:
ponte holandesa
tecnologia francesa
prato baiano
cultura basca
LOCUÇÕES ADJETIVAS
Denominamos locução adjetiva à reunião de
duas ou mais palavras com valor de uma
única que exerce essência tipicamente
adjetiva.
Geralmente as locuções adjetivas são
compostas por uma preposição e um
substantivo.
dentes caninos
dentes de cão
amor materno
amor de mãe
jogos bélicos
jogos de guerra
carne bovina
carne de boi
véspera natalina
véspera de Natal
aroma campestre
aroma do campo
Em alguns casos, a locução adjetiva pode
ser também formada por uma preposição e
um advérbio.
Pneu de trás
Jornal de ontem
O adjetivo pode variar em:
gênero;
grau;
número.
I – Flexão de gênero
Quanto aos gêneros, os adjetivos se
classificam em UNIFORMES e BIFORMES
ADJETIVOS UNIFORMES
Possuem uma única forma para o masculino
e o feminino.
Ex:
música suave / vento suave
gato selvagem / ação selvagem
ADJETIVO BIFORME
Possuem duas formas: uma para o
masculino e outra para o feminino
Ex:
copo vazio / bolsa vazia
ambiente sujo / sala suja
1 – Feminino dos adjetivos simples:
a) troca-se a vogal “o” pela vogal “a”
belo – bela
alto – alta
b) acrescenta-se a aos adjetivos
terminados em –u, -es, -or
nu – nua
francês – francesa
lutador - lutadora
c) Adjetivos terminados em –ão fazem o
feminino com –ã, -ona
jovem cristão – jovem cristã
tio brincalhão – tia brincalhona
d) Adjetivos terminados em –eu formam o
feminino em –eia
ministro europeu – ministra europeia
exceção: judeu - judia
FEMININO NOS ADJETIVOS COMPOSTOS
Nos adjetivos compostos, só o último vai
para o feminino.
Ex:
camisa amarelo-clara
máscara médico-cirúrgica
II – FLEXÃO DE NÚMERO
Observa-se a concordância simples com o
substantivo.
criança feliz- crianças felizes
jogo inteligente – jogos inteligentes
aula agradável – aulas agradáveis
Obs: os adjetivos que indicam nome de cor
também seguem essa regra. Porém se o
nome da cor for um substantivo adjetivado,
ele não sofre variação.
Ex:
camisa cinza / camisas cinza
parede abóbora / paredes abóbora
meia celeste / meias celeste
PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS
Nos adjetivos compostos, só último elemento
vai para o plural
cantor norte-americano
cantores norte-americanos
Exceção: alguns adjetivos não seguem essa
regra:
Sapatos azul-marinho
Calças verde-musgo
Blusas azul-celeste
São invariáveis os plurais do segundo
elemento quando estes se tratarem de
substantivo.
Ex:
carros verde-abacate
OBS: plural da palavra surdo-mudo flexiona
os dois elementos: surdos-mudos
III – FLEXÃO DE GRAU
A) GRAU COMPARATIVO
Ela ficou mais irritada que você.
Ela ficou tão indignada quanto você
Ela ficou menos enjoada que você
Observe que surgem os modelos de
superioridade, igualdade e inferioridade.
B) GRAU SUPERLATIVO
Jonas é muito forte (forma analítica)
Jonas é fortíssimo (forma sintética)
Seguem alguns superlativos nas formas
analítica e sintética:
muito amargo – amaríssimo
muito amável – amabilíssimo
muito fiel – fidelíssimo
muito cruel – crudelíssimo
muito ágil – agílimo
muito severo - severíssimo
muito inteligente – inteligentíssimo
muito frio – friíssimo
muito benévolo – benevolentíssimo
muito capaz – capacíssimo
muito geral – generalíssimo
muito incrível – incredibilíssimo
muito manso – mansuetíssimo
POLÍCIA CIVIL RJ (2008)
1 – “Assinale a alternativa em que a
troca de posição entre as palavras
provoque forte mudança de sentido.
(A) Negras nuvens (verso 1) – nuvens
negras
(B) Exaltado coração (verso 5) – coração
exaltado
(C) longínqua direção (verso 12) – direção
longínqua
(D) alguma salvação (verso 13) – salvação
alguma
(E) olhar ardente (verso 11) – ardente olhar
BNDES (2005) – NCE/UFRJ
2 - Os adjetivos mostram qualidades,
características ou especificações dos
substantivos; a alternativa abaixo em que o
termo em negrito NÃO funciona como
adjetivo é:
a) difícil aprendizado;
b) sensação de dificuldade;
c) trabalho que é difícil;
d) tarefa dificílima;
e) acesso difícil.
ADMINISTRADOR 2002 (CESPE)
3 - 0 termo grifado é locução adjetiva em:
a) "Os meninos gritavam na rua atrás das
tanajuras..."
b) "Aquela cai dentro de vinte minutos."
c) "Gostava... de tomar banho de chuva nas
biqueiras..."
d) "Os passarinhos trocavam de lugar..."
e) "Escureceu o mundo de repente.".
(FUMARC-TC)
4 - As palavras destacadas são exemplos de adjetivo e
substantivo, exceto em:
a) "0 Brasil teve um grande crescimento econômico a partir
de 1870 e se manteve nessa posisão invejavel durante um
século inteiro."
b) "Trata-se, enfim, de um vasto painel do Brasil atual com
o ataque àquelas questões que mais preocupam os
brasileiros."
c) O balanço apalpa muitos problemas, mas é
surpreendentemente otimista no exame do futuro quanto a
novos parceiros-comerciais."
d) "Repentinamente, o Brasil perdeu gás na rampa dos anos
80 e chega aos 90 numa constrangedora dificuldade."
e) "Poucos países têm condições de retomar a
prosperidade."
UCMG
4 - Em todas as alternativas, há correlação
entre os termos destacados, exceto em:
a) A situação foi considerada gravíssima.
b) Todos procederam educados.
c) Estas casas devem ter custado caro.
d) Alegre e comunicativo, o menino
chegou.
e) Meu tio foi nomeado embaixador.
PREFEITURA DE TRÊS CORAÇÕES 2000
5 - Assinale a alternativa que contém o grupo
de adjetivos gentílicos, relativos a Japão ,
Três Corações e Moscou :
a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita;
b) Nipônico,Tricordiano, Soviético;
c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita;
d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita;
e) Oriental, Tricardíaco, Soviético.
LÍNGUA PORTUGUESA
ADVÉRBIOS
Professor Cosme da Cunha
Os advérbios são palavras que modificam,
criando circunstâncias, o verbo, o adjetivo ou
o próprio advérbio;
Os aspectos semânticos dessas
circunstâncias é que determinam a
classificação do advérbio ou locução
adverbial.
Veja a diferença entre advérbio e locução
adverbial:
Ontem saí apressado.
adv.
adv.
Pela manhã saí com pressa.
loc. Adv
loc.adv
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
1 – ADVÉRBIO DE TEMPO
Amanhã faremos ótima prova
Comprarei novo carro futuramente.
Aos domingos, aproveito para estudar.
Desde criança gosto de doces.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
2 – ADVÉRBIO DE MODO
Saiu-se bem naquela prova.
Calmamente, a senhora se aproximou.
Comeste mal naquele restaurante?
Fale paulatinamente para que entendamos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
3 – ADVÉRBIO DE LUGAR
Sentou no fundo da sala durante a aula.
Em Rondônia há belos entardeceres.
Deixe o sapato à porta.
Não ponha os pés naquela casa!
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
4 – ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO
Ele realmente virá à reunião?
Sim, já acabei de estudar Matemática!
Certamente ele deixará saudades.
Aquela moeda é deveras falsa.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
5 – ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO
Não conheci as lendas do local.
A escultura nunca fica sozinha no museu.
(observe que nesse caso, o advérbio
nunca pode ser substituído por não .
Caso fosse substituível por em tempo
algum , seria advérbio de tempo, conforme o
exemplo abaixo:
Nunca viajei para o México.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
6 – ADVÉRBIO DE DÚVIDA
Talvez troque de carro.
Todos os atletas, possivelmente, alcançarão
êxito.
Foi a frase do mês e, quiçá, do ano.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
7 – ADVÉRBIO DE INTENSIDADE
Ela estudava muito para passar.
Comeu demais naquela festa.
Ele foi bastante inconveniente.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
8 – ADVÉRBIO DE INSTRUMENTO
Abria os envelopes com a tesoura.
Cortou-se com a lâmina de barbear.
Trabalhava com a enxada.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
9 – ADVÉRBIO DE MEIO
Seguiu para Florianópolis de carro.
Foi de avião para Natal.
Trilhava a cavalo os montes longínquos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
10 – ADVÉRBIO DE CAUSA
Morreu de tuberculose naquela manhã.
Por pobreza, economizava no transporte.
Pediu demissão da firma por estresse.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
11 – ADVÉRBIO DE COMPANHIA
Viajou com a tia para Cuiabá.
Sempre ensaiava com a melhor amiga.
Passeou com o cachorro.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
12 – ADVÉRBIO DE PREÇO
Comprou aquela blusa por quinze reais.
Atenção!!! Não confundir locução adverbial
de peço com objeto direto, conforme
exemplo abaixo:
Aquela blusa custa quinze reais.
objeto direto
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
13 – ADVÉRBIO DE FINALIDADE.
Estudou para o concurso da Caixa.
Para o emagrecimento breve, fazia dieta
rigorosa.
.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
14 – ADVÉRBIO DE CONCESSÃO.
Mesmo cansado, completou a maratona.
Apesar de fria, entrou na água.
Agiu com impulso, embora meticuloso.
.
ATENÇÃO
Algumas palavras podem ser confundidas
entre advérbio e adjetivo.
MEIO
Ele estava meio cansado.
= um pouco (advérbio)
Ele bebeu meio copo.
= metade (adjetivo)
.
Ag. Previdenciário (FUNDEP) 2009
1 - é oferecido suporte [...] para que, aos
poucos, a comunidade tenha autonomia na
resolução de problemas locais[...].. (linhas 29
e 30)
A expressão sublinhada tem, nessa frase, o
sentido de
A) modo.
B) qualidade.
C) quantidade.
D) tempo.
GUARDA MUNICIPAL 2005
2 - Assinale a frase em que meio funciona
como advérbio:
a) Só quero meio quilo.
b) Achei-o meio triste.
c) Descobri o meio de acertar.
d) Parou no meio da rua.
e) Comprou um metro e meio.
ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE
EXTERNO (ACE) - 2002
3 - Morfologicamente, a expressão
sublinhada na frase abaixo é classificada
como locução:
"Estava à toa na vida..."
a) adjetiva
b) adverbial
c) prepositiva
d) conjuntiva
e) substantiva
ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE
EXTERNO (ACE) - 2002
4 - Marque a frase em que o termo
destacado expressa circunstância de causa:
a) Quase morri de vergonha.
b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
e) Aquela rua é demasiado estreita.
Curso Básico de Português
Artigos e Numerais
Professor Cosme Cunha
ARTIGOS
Chamamos de artigo a palavra variável que
colocamos antes do substantivo para indicar,
ao mesmo tempo, seu gênero e seu número.
O artigo é basicamente demonstrativo. Sua
função sintática principal é de adjunto
adnominal dos substantivos.
O artigo é classificado como:
a) Definido: o, a, os, as;
b) Indefinido: um, uma, uns, umas.
Os artigos definidos determinam os
substantivos de modo preciso e particular. Ao
dizer "o livro", faz-se uma referência a um
livro em particular. Já os indefinidos
determinam os substantivos num aspecto
vago, impreciso e geral. Quando se diz "um
livro", menciona-se qualquer livro.
Na língua portuguesa existe uma maneira de
combinar os artigos com preposições. A
combinação dos artigos definidos com as
preposições a, de, em, por (per), resulta,
respectivamente, em ao, do, no, pelo, à, da,
na, pela, aos, dos, nos, pelos e às, das, nas,
pelas.
A combinação dos artigos indefinidos com a
preposição em, e mais raramente a
preposição de, resulta em: num, dum, numa,
duma, nuns, duns, numas, dumas
O artigo transforma palavras de qualquer
classe gramatical em substantivo.
Exemplo: Ninguém sabe como será o
amanhã.
Também estabelece sua determinação ou
indeterminação:
Exemplos:
Li o jornal ontem.
Li um jornal ontem.
No primeiro caso, está-se falando de um
jornal em particular. No segundo, de qualquer
jornal.
Também distingue os homônimos e define
Além disso, o artigo também distingue os
homônimos e define seu significado.
Exemplos:
o rádio, a rádio;
o capital, a capital;
o moral, a moral.
NUMERAIS
Classe que expressa quantidade exata,
ordem de sucessão, organização.
Os numerais podem ser:
Cardinais
Indicam uma quantidade exata
Exemplo: quatro, mil, quinhentos
Ordinais
Indicam uma posição exata Exemplo:
segundo, décimo
Multiplicativos
Indicam um aumento exatamente
proporcional.
Exemplo: dobro, quíntuplo
Fracionários
Indicam uma diminuição exatamente
proporcional
Exemplo: um quarto, um décimo
Os numerais cardinais que variam em gênero
são um, dois e as centenas a partir de
duzentos:
Um menino e uma menina receberão os
prêmios do concurso de redação.
Cardinais como milhão, bilhão (ou bilião), etc.
variam em número: milhões, bilhões (ou
biliões), etc. Os demais cardinais são
invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e
número: primeiro, primeira, primeiros,
primeiras.
PMERJ 2004
2 - Em todas as frases abaixo,a palavra
grifada é um numeral,exceto em:
a)Ele só leu um livro este semestre.
b)Não é preciso mais que uma pessoa para
fazer este serviço.
c)Ontem à tarde,um rapaz procurou por
você?
d)Você quer uma ou mais caixas deste
produto?
Curso Básico de Português
COERÊNCIA
Professor Cosme Cunha
A frase não é uma simples sucessão de
palavras,assim como o texto também não é
uma simples sucessão de frases, mas um
todo organizado capaz de estabelecer
contato com nossos interlocutores.
A coerência é resultante da não-contradição
entre os diversos segmentos textuais que
devem estar encadeados logicamente.
Cada segmento textual é pressuposto do
segmento seguinte, que por sua vez será
pressuposto para o que lhe estender,
formando assim uma cadeia em que todos
eles estejam concatenados harmonicamente.
Quando há quebra nessa concatenação, ou
quando um segmento atual está em
contradição com um anterior, perde-se a
coerência textual.
A coerência é também resultante da
adequação do que se diz ao contexto extra
verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz
referência, que precisa ser conhecido pelo
receptor.
Um leitor que não esteja contextualizado ao
assunto dificilmente conseguirá a plenitude
textual.
A coerência é também resultante da
adequação do que se diz ao contexto extra
verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz
referência, que precisa ser conhecido pelo
receptor.
Um leitor que não esteja contextualizado ao
assunto dificilmente conseguirá a plenitude
textual.
Portanto,
A coerência textual é o instrumento que o
autor vai usar para conseguir encaixar as
peças do texto e dar um sentido completo
a ele.
Exemplo:
Podemos notar claramente que a falta de
recursos para a escola pública é um
problema no país. O governo prometeu e
cumpriu: trouxe várias melhorias na
educação e fez com que os alunos que
estavam fora da escola voltassem a
frequentá-la. Isso trouxe várias melhoras
para o país.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
1 - Em texto da Folha de São Paulo, um morador das margens de uma
grande rodovia declarava o seguinte:
Hoje já passaram por aqui milhares de caminhões e automóveis, mas
eu e minha família já estamos habituados com isso; os garotos até
brincam, jogando pedra nos pneus.
Há, nesse texto, um conjunto de palavras cujo significado depende da
enunciação, ou seja, da
situação em que o texto foi produzido. Entre as alternativas abaixo,
aquela que indica um termo
que NÃO está nesse caso é:
a) hoje;
b) aqui;
c) eu;
d) minha família;
e) isso.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
2 - O segmento inicial de nosso Hino Nacional diz o seguinte:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado
retumbante...
Se colocados na ordem direta, os termos desses dois versos estariam
assim dispostos:
a) As margens plácidas do Ipiranga ouviram / O brado retumbante de
um povo heróico;
b) As margens plácidas ouviram do Ipiranga / O heróico brado
retumbante de um povo;
c) As margens plácidas do Ipiranga ouviram / O heróico brado
retumbante de um povo;
d) Do Ipiranga as margens plácidas ouviram / O brado retumbante de
um povo heróico;
e) Ouviram as margens plácidas do Ipiranga / De um povo o heróico
brado retumbante.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
3 - Falando da Seleção Brasileira de Futebol, um cronista esportivo
declarou o seguinte: Carlos Alberto Parreira deveria fazer o quinteto de
Ronaldo, Ronaldinho, Robinho, Adriano e Kaká, com um deles no banco
de reservas, pois, assim, teria à sua disposição um substituto de
qualidade para possíveis mudanças táticas. ; tal declaração peca por
imprecisão, visto que:
a) as mudanças não seriam táticas, mas técnicas;
b) o quinteto seria sempre formado de quatro jogadores;
c) o técnico não pode colocar titulares no banco de reservas;
d) nem todas as mudanças produzem o efeito desejado;
e) o banco de reservas não pode contar com um só jogador.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
4 – Tudo aconteceu a partir do momento que chegaram dois homens
com dois altos-falantes e começaram a fazer propaganda de um show
na porta do prédio. Ora, segundo as normas, é proibido, após as 22h,
não fazer barulho neste lugar e, por isso, tivemos que expulsar eles
(sic).
Há uma incoerência flagrante no seguinte segmento:
a) Tudo aconteceu a partir do momento;
b) chegaram dois homens com dois altos-falantes;
c) começaram a fazer propaganda de um show na porta do prédio;
d) é proibido, após as 22h, não fazer barulho neste lugar;
e) tivemos que expulsar eles.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
5 – O filme publicitário mostra um casal muito bem recebido numa
agência bancária e se encerra com uma frase: UNIBANCO. Nem
parece banco . Certamente pretende-se mostrar a superioridade desse
banco sobre outros, mas a frase pode permitir também uma leitura que
não seria agradável para os bancos, ou seja, a de que:
a) todos os bancos têm a mesma aparência arquitetônica;
b) os bancos tratam também de temas econômicos;
c) os bancos são muito frios na relação com os clientes;
d) os gerentes das agências não atendem os clientes;
e) as pessoas receiam entrar nas agências bancárias.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
6 – Uma lata de um conhecido refrigerante traz
escrita a seguinte frase: Mais importante do que a
beleza é o conteúdo . Considerando-se ser essa uma
frase publicitária, pode-se inferir que a leitura
esperada pelos publicitários é a de que:
a) a lata é bonita, mas mais valioso é o refrigerante;
b) a lata é feia, mas o produto é bom;
c) não importa a embalagem desde que o produto
seja bom;
d) a lata não é para ser admirada, mas sim o
refrigerante;
e) o refrigerante é ótimo apesar da embalagem.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
7 – Uma creche de São Paulo mandou fazer uma faixa – colocada na
fachada do prédio – com os seguintes dizeres: Ame-os e deixe-os! .
Sobre os dizeres contidos nessa faixa, só NÃO se pode dizer que:
a) há uma aparente contradição lógica entre os termos do período;
b) os dizeres recordam uma frase da época do milagre
brasileiro : Brasil, ame-o ou deixe-o! ;
c) a conjunção e substitui uma esperada conjunção mas ;
d) o pronome os refere-se a filhos ;
e) a creche reconhece a impossibilidade de amar como os pais.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
8 – Uma indicação de como tomar-se determinado
medicamento registrava: tomar dois comprimidos, de
dois tipos diferentes a cada duas horas . A frase, por
ser ambígua, pode gerar confusão: tomar um ou dois
comprimidos de cada tipo? A frase abaixo que NÃO
traz qualquer possibilidade de ambiguidade é:
a) Pedro e José encontraram-se com João;
b) A perturbação do chefe prejudicou o projeto;
c) O gerente falou com o cliente que mora perto do
banco;
d) O funcionário, em sua sala, falou com o chefe;
e) Pedro encontrou o irmão entrando na loja.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
9 – A alternativa em que as duas formas da frase NÃO apresentam o
mesmo significado é:
a) O presidente deseja ser admirado pelos eleitores / O presidente
deseja a admiração dos eleitores
b) O gerente pretende ser promovido a diretor / O gerente pretende a
promoção do diretor
c) O guarda teme ser capturado pelos traficantes / O guarda teme sua
captura pelos traficantes
d) O jogador queria ser denominado Rei / O jogador queria a
denominação de Rei
e) A rainha prefere ser amada pelos súditos / A rainha prefere o amor
dos súditos
.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
10- A frase abaixo faz parte de seção de uma revista
de humor:
Se você é um verdadeiro masoquista.
Se você realmente adorou esta seção.
Não perca o próximo número.
Vai ser muito pior!
O humor, neste caso, é produzido pelo(a):
a) crítica feita à própria revista;
b) ambigüidade de termos;
c) relação masoquista / pior ;
d) reconhecimento das próprias falhas;
e) ironia do termo adorou .
.
Curso Básico de Português
COESÃO
Professor Cosme Cunha
Coesão
"A coesão não nos revela a significação do
texto, revela-nos a construção do texto
enquanto edifício semântico." --M. Halliday
Coesão significa união íntima das partes de
um todo. Os caroços de um prato de arroz
unidos venceremos , que, se jogado na
parede, não cairá nenhum grão, possui uma
forte coesão.
Assim é a construção de um texto, todas
as palavras não necessárias. Os conectivos
possuem função muito importante, pois sem
eles o texto não seria tecido, mas um
amontoado de palavras sem nexo.
Uma das principais ferramentas de
coesão é a utilização adequada de
conjunções.
O texto é analogicamente como uma
roupa. Precisamos combinar, ver as peças,
cores e estação.
A coesão é exatamente a linha que tem a
função de costurar as partes.
Seguem alguns exemplos de instrumentação
de coesão:
1 - Perífrase ou antonomásia - expressão
que caracteriza o lugar, a coisa ou a
pessoa a que se faz referência
Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades
mais importantes do Brasil. A cidade
maravilhosa é conhecida mundialmente
por suas belezas naturais, hospitalidade e
carnaval.
2 - Nominalizações - uso de um substantivo
que remete a um verbo enunciado
anteriormente. Também pode ocorrer o
contrário: um verbo retomar um substantivo
já enunciado.
Ex.: A moça foi declarar-se culpada do
crime. Essa declaração, entretanto, não foi
aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O
testemunho do rapaz desencadeou uma
ação conjunta dos moradores para
testemunhar contra o réu.
3 - Palavras ou expressões sinônimas ou
quase sinônimas - ainda que se considere a
inexistência de sinônimos perfeitos, algumas
substituições favorecem a não repetição de
palavras.
Ex.: Os automóveis colocados à venda
durante a exposição não obtiveram muito
sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque
os carros não estavam em um lugar de
destaque no evento.
4 - Um termo síntese - usa-se,
eventualmente, um termo que faz uma
espécie de resumo de vários outros termos
precedentes, como uma retomada.
Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos.
É preciso preencher uma enorme quantidade
de formulários, que devem receber
assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso,
ainda falta a emissão dos boletos para o
pagamento bancário. Todas essas limitações
acabam prejudicando as relações comerciais
com o Brasil.
5 - Pronomes - todos os tipos de pronomes
podem funcionar como recurso de referência a
termos ou expressões anteriormente
empregados. Advérbios também podem ser
usados
Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não
devemos tomá-las sem a devida orientação. /
A instituição é uma das mais famosas da
localidade. Seus funcionários trabalham lá há
anos e conhecem bem sua estrutura de
funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha,
queria muito tanto a um quanto à outra.
6 - Numerais - as expressões quantitativas,
em algumas circunstâncias, retomam dados
anteriores numa relação de coesão.
Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro
era para os alunos e o segundo cabia à
administração do colégio.
7 - Elipse - essa figura de linguagem consiste
na omissão de um termo ou expressão que
pode ser facilmente depreendida em seu
sentido pelas referências do contexto.
Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala.
Abriu as janelas e começou a arrumar tudo
para a assembléia com os acionistas.
8 - Metonímia - outra figura de linguagem que
é bastante usada como elo coesivo, por
substituir uma palavra por outra,
fundamentada numa relação de contigüidade
semântica.
Ex.: O governo tem demonstrado
preocupação com os índices de inflação. O
Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.
EXERCÍCIOS
TCU
1 - Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente,
as lacunas do texto abaixo.
O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma série
ampla e complexa de mudanças sociais no nível interno e
externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador
do Estado. _________________ a estonteante rapidez e
abrangência _________ tais mudanças ocorrem, é preciso
considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a
mudança existiu como algo inerente ao sistema social.
(Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)
a) Não obstante – com que
b) Portanto – de que
c) De maneira que – a que
d) Porquanto – ao que
e) Quando – de que
Curso Básico de Português
CONCORDÂNCIA VERBAL
Professor Cosme Cunha
Regra Universal
“O verbo concorda com o sujeito”
Exemplos:
As pessoas lidam bem com o dinheiro.
A verdade e a mentira entraram em guerra.
Sujeito composto:
- Anteposto: nesse caso o verbo vai para o
plural.
Ex: A falta de dinheiro e a greve dos bancos
confirmaram o caos.
- Posposto: o verbo fica no plural ou
concorda com o elemento que estiver mais
próximo.
Ex: Passarão
o céu e a terra.
verbo: plural
Passará
verbo: singular
sujeito composto
o céu e a terra.
sujeito composto
Elementos identificados semanticamente:
quando os núcleos do sujeito são palavras
que pertencem ao mesmo grupo significativo
o verbo fica no singular.
Ex: Alegria e felicidade nos acompanha
núcleos sinônimos
constantemente.
verbo singular
Com elementos ligados por ou:
• Se a conjunção cria relação de
exclusividade, o verbo fica no singular.
Ex: José ou João será eleito presidente.
• Se a conjunção não cria relação de
exclusividade, o verbo vai para o plural.
Ex: Correr ou nadar exigem bom preparo
físico.
Com elementos em gradação, o verbo
concorda com o elemento mais próximo:
Ex: O vento, a chuva, o frio
núcleos organizados em gradação
inquietava.
verbo no singular
não
os
Com as expressões um e outro / nem um nem outro, o verbo pode ficar no singular ou plural. Ex: Nem um nem outro dormiu. Nem um nem outro dormiram. O verbo acompanhado pelo pronome
apassivador se, concorda normalmente com
o sujeito.
Ex:
Vendem-se tapiocas fresquinhas.
Vende-se uma casa na praia.
Quando o verbo é acompanhado pelo índice
de indeterminação do sujeito esse fica na 3ª
pessoa do singular.
Ex: Assistiu-se à demonstração de dança.
Precisa-se urgentemente de médicos.
Quando o sujeito é um pronome de
tratamento, o verbo vai sempre para a 3ª
pessoa (singular ou plural).
Ex: Vossa Alteza
atendeu ao nosso
pedido.
Vossas Altezas atenderam ao nosso
pedido.
Coletivo
O verbo fica no singular quando o sujeito é
um coletivo no singular.
Ex: O bando visitava a cidade deserta.
Porcentagem
- O verbo concorda com o sujeito quando
esse é um número expresso em
porcentagem, sem especificação.
Ex: Um por cento não compareceu à aula.
Noventa por cento não compareceram à
aula.
- Quando o sujeito vem especificado o verbo
concorda com esse:
Ex: Dois por cento dos alunos não
compareceram à aula.
Dez por cento do alunado está em dia
com as mensalidades.
Há situações em que o número percentual é
considerado:
a) O partitivo se apresenta antes da
porcentagem.
Ex: Dos alunos, dez por cento estão em dia
com as mensalidades.
b) Quando o verbo se apresenta antes da
porcentagem.
Ex: Não compareceu um por cento dos
alunos.
c) Quando a porcentagem vem determinada:
Ex: Aqueles vinte por cento do Senado não
votaram
Nomes usados só no plural
Quando o sujeito é constituído por nomes
próprios que só têm plural, o verbo fica no
plural se esse nome vier precedido de artigo
plural, caso contrário, fica no singular.
Ex: Campinas fica no Estado de São Paulo.
Os Estados Unidos lideram o movimento
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
1 – ““– Senhor Presidente, Vossa Excelência não me tem
permitido usar a palavra! – Senhor Deputado, Vossa Excelência
poderá falar após dois outros colegas!”. Esse diálogo, ouvido
numa das CPIs do Congresso, mostra:
a) a concordância verbal errada com “Vossa Excelência”;
b) a má colocação de pronomes pessoais oblíquos;
c) a mistura indevida de “Senhor” com “Vossa Excelência”;
d) o uso inadequado do tratamento “Vossa Excelência” para
deputado;
e) o emprego adequado da norma culta da língua.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
2 – A língua portuguesa e os conhecimentos matemáticos nem
sempre estão de acordo. A frase abaixo em que a concordância
verbal contraria a lógica matemática é:
a) 50% da torcida brasileira gostaram da seleção;
b) mais de três jornalistas participaram da entrevista;
c) menos de dois turistas deixaram de participar do passeio;
d) são 16 de outubro;
e) participaram do congresso um e outro professor.
TCU 2002
3–
__________ três meses que não ___________ os
pássaros .
A) faziam / via-se.
B) fazia / viam-se
C) fazia / se viam
D) fazia / se via
E) faziam / se viam
Crase
Professor Cosme Cunha
Crase
Crase não é um acento! Crase é um
fenômeno de fusão de duas vogais. Para
marcar essa fusão, usa-se o acento a que
chamamos de grave.
Ex: Luís foi à feira comprar à vista.
Ocorrerá a crase em língua portuguesa
sempre que houver a necessidade de
preposição (pelo termo regente) e de artigo
ou similar (pelo termo regido).
Foi
regente
a
+
preposição
Logo,
Foi à missa.
a
missa
artigo
regido
Regras e Dicas
I – Sempre substituir a palavra feminina por
uma masculina. Se a palavra necessitar da
combinação “ao”, usar o acentograve no
feminino.
Ex:
O jovem tinha amor à arte
(ao jogo)
Ensinou a dança durante as férias.
(o ritual)
II – Locuções adverbiais femininas
necessitam de acento grave.
Ex:
Ele chegou ás pressas.
Fique bem à vontade.
À noite, acenda os lampiões.
Lá é fundo, fique à beira do rio.
Crase
Crase não é um acento! Crase é um
fenômeno de fusão de duas vogais. Para
marcar essa fusão, usa-se o acento a que
chamamos de grave.
Ex: Luís foi à feira comprar à vista.
III. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo
verbo "voltar". Se aparecer a expressão
voltar da, é porque ocorre a crase.
Ex:
Vou à França (volto da França)
Vou a Potugal (volto de Portugal)
Vou a Cricúma (volto de Criciúma)
Vou à Bahia (volto da Bahia)
NÃO USAR ACENTO GRAVE
I – Antes de verbo
Estava a pensar.
Voltamos a contemplar a lua.
II - antes de palavras masculinas
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
III - antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.
IV - Antes de pronomes de tratamento,
exceção feita a senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
V - em expressões formadas por palavras
repetidas:
Estamos frente a frente
Estamos cara a cara.
VI - quando o "a" vem antes de uma palavra
no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a
VI - quando o "a" vem antes de uma palavra
no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a
empresários.
VII – Quando a palavra casa é empregada
no sentido de lar e não vem determinada por
nenhum adjunto adnominal, não ocorre a
crase.
Exemplos:
Regressaram a casa para almoçar
Regressaram à casa de seus pais
VIII - Quando a palavra terra for utilizada
para designar chão firme, não ocorre crase.
Exemplos:
Regressaram a terra depois de muitos dias.
Regressaram à terra natal.
IX – Antes de pronome relativo que
Exemplos:
Este é o livro a que fiz alusão
Jonas é o homem a que nos
referimos.
CASOS FACULTATIVOS
I.  Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Julinana.
II. Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
III. Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
PARA NÃO ESQUECER
Ocorre também a crase
a) Na indicação do número de horas:
Chegamos às nove horas.
b) Na expressão à moda de, mesmo que a
palavra moda venha oculta:
Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
c) Nas expressões adverbiais femininas,
exceto às de instrumento:
Chegou à tarde (tempo).
Falou à vontade (modo).
d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à
medida que, à força de...
ATENÇÃO
Lembre-se que:
Há - indica tempo passado.
Moramos aqui há seis anos
A - indica tempo futuro e distância.
Daqui a dois meses, irei à fazenda.
Moro a três quarteirões da escola.
POLÍCIA CIVIL RJ (2008)
1 - No verso 15, às cegas recebe acento indicativo
de crase por se tratar de expressão
adverbial feminina.
Assinale a alternativa em que ocorra inadequação
à norma culta no tocante à presença ou à falta do
acento grave.
(A) A prova será aplicada das 9h às 11h.
(B) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância.
(C) A secretaria funcionará de segunda à sexta.
(D) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos
ficaram aliviados.
(E) Ele vive à custa da esposa.
POLÍCIA CIVIL RJ (2008)
1 - No verso 15, às cegas recebe acento indicativo
de crase por se tratar de expressão
adverbial feminina.
Assinale a alternativa em que ocorra inadequação
à norma culta no tocante à presença ou à falta do
acento grave.
(A) A prova será aplicada das 9h às 11h.
(B) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância.
(C) A secretaria funcionará de segunda à sexta.
(D) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos
ficaram aliviados.
(E) Ele vive à custa da esposa.
Magistério RJ (2008)
2 - _____ Igreja cabe propugnar pelos princípios
éticos e morais que devem reger _____ vida das
comunidades, enquanto _____ política deve visar
ao bem comum.
a) A - à - à
b) À - a - a
c) À - à - a
d) À - à - à
e) A - a - a
Curso Básico de Português
FIGURAS
DE
LINGUAGEM
Professor Cosme Cunha
1 - Comparação
Ocorre comparação quando se estabelece
aproximação entre dois elementos que se
identificam, ligados por conectivos
comparativos explícitos - feito, assim como,
tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e
outros.
Exemplos:
"Amou daquela vez como se fosse
máquina.
Beijou sua mulher como se fosse
lógico."
(Chico Buarque)
2 - Metáfora
Ocorre metáfora quando um termo substitui
outro através de uma relação de semelhança
resultante da subjetividade de quem a cria. A
metáfora também pode ser entendida como
uma comparação abreviada, em que o
conectivo não está expresso, mas
subentendido.
Exemplo:
"Supondo o espírito humano uma vasta
concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se
posso extrair pérolas, que é a razão."
(Machado de Assis)
3 - Metonímia
Ocorre metonímia quando há substituição de
uma palavra por outra, havendo entre ambas
algum grau de semelhança, relação,
proximidade de sentido ou implicação mútua.
Tal substituição fundamenta-se numa relação
objetiva, real, realizando-se de inúmeros
modos:
- o continente pelo conteúdo e vice-versa:
Antes de sair, tomamos um cálice1 de
licor.
1
O conteúdo de um cálice.
- a causa pelo efeito e vice-versa:
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento 2
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
(Vinicius de Moraes)
- o lugar de origem ou de produção pelo
produto:
Comprei uma garrafa do legítimo
porto 3.
3
O vinho da cidade do Porto.
- o autor pela obra:
Ela parecia ler Jorge Amado 4.
4
A obra de Jorge Amado.
- o abstrato pelo concreto e vice-versa:
Não devemos contar com o seu
coração 5.
5 Sentimento,
sensibilidade.
-o
símbolo pela coisa simbolizada:
A coroa 6 foi disputada pelos
revolucionários.
6
O poder.
- a matéria pelo produto e vice-versa:
Lento, o bronze 7 soa.
7O
sino.
Catacrese
A catacrese é um tipo de especial de
metáfora, "é uma espécie de metáfora
desgastada, em que já não se sente nenhum
vestígio de inovação, de criação individual e
pitoresca. É a metáfora tornada hábito
lingüístico, já fora do âmbito estilístico."
(Othon M. Garcia)
São exemplos de catacrese:
folhas de livro
pele de tomate
dente de alho
montar em burro
céu da boca
cabeça de prego
Sinestesia
A sinestesia consiste na fusão de sensações
diferentes numa mesma expressão. Essas
sensações podem ser físicas (gustação,
audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas
(subjetivas).
Exemplo:
"A minha primeira recordação é um muro
velho, no quintal de uma casa indefinível.
Tinha várias feridas no reboco e veludo de
musgo. Milagrosa aquela mancha verde
[sensação visual] e úmida, macia [sensações
táteis], quase irreal."
Antonomásia
Ocorre antonomásia quando designamos
uma pessoa por uma qualidade,
característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o
mesmo que apelido, alcunha ou cognome,
cuja origem é um aposto (descritivo,
especificativo etc.) do nome próprio.
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O Cisne de Mântua (= Virgílio)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
Aliteração
Ocorre aliteração quando há repetição da
mesma consoante ou de consoantes
similares, geralmente em posição inicial da
palavra.
Exemplo:
"Toda gente homenageia Januária na
janela."
(Chico Buarque)
Onomatopéia
Ocorre quando uma palavra ou conjunto de
palavras imita um ruído ou som.
Exemplo:
"O silêncio fresco despenca das
árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe
rápido...
Vvvvvvvv... passou."
(Mário de Andrade)
Polissíndeto
É uma figura caracterizada pela repetição
enfática dos conectivos. Observe o
exemplo:
"Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre,
vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e
tomba, e se espedaça, e morre." (Olavo
Bilac)
Assíndeto
É uma figura caracterizada pela ausência,
pela omissão das conjunções
coordenativas, resultando no uso de
orações coordenadas assindéticas.
Exemplos:
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens
família.
"Vim, vi, venci." (Júlio César)
Elipse
omissão de um termo ou expressão
facilmente subentendida.
Ex: Na sala, alunos inteligentes.
Zeugma
omissão (elipse) de um termo que já
apareceu antes.
Ex: Alguns estudam, outros não,
"O meu pai era paulista / Meu avô,
pernambucano / O meu bisavô, mineiro /
Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque)
Hipérbato
Alteração ou inversão da ordem direta dos
termos na oração, ou das orações no
período. São determinadas por ênfase e
podem até gerar anacolutos.
Ex; Ouviram do Ipiranga as margens
plácidas, de um povo heroico o brado
retumbante.
Hipérbole
exagero de uma idéia com finalidade
expressiva
Ex: Estou morrendo de sede (com muita
sede)
Ela é louca pelos filhos (gosta muito dos
filhos)
Ironia
utilização de termo com sentido oposto ao
original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta
Ironia
utilização de termo com sentido oposto ao
original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Ex: Essas crianças parecem anjinhos,
inclusive aquelas penduradas no lustre e na
cortina.
Ironia
utilização de termo com sentido oposto ao
original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Ex: Essas crianças parecem anjinhos,
inclusive aquelas penduradas no lustre e na
cortina.
Gradação
apresentação de idéias em progressão
ascendente (clímax) ou descendente
(anticlímax)
Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas
que eu não saiba, que eu não veja, que eu
não conheça perfeitamente."
Prosopopeia
É a atribuição de qualidades e sentimentos
humanos a seres irracionais e inanimados.
Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um
brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir
Blanc)
Eufemismo
Determinadas palavras e expressões,
quando empregadas em certos contextos,
são consideradas desagradáveis, ou por
apresentarem uma idéia muito negativa ou
por chocarem quem ouve. Por isso, é muito
comum os falantes substituírem essas
expressões por outras mais suaves, mais
delicadas, que, mesmo tendo o mesmo
sentido, causam menor impacto em quem as
ouve.
E fizeste isto durante vinte e três anos (…)
até que um dia deste o grande mergulho nas
trevas (…) (Machado de Assis)
1 - (VUNESP)
No trecho: "...dão um jeito de mudar o
mínimo para continuar mandando o
máximo", a figura de linguagem presente é
chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
2 - (ITA) Em qual das opções há erro de
identificação das figuras?
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer
no derradeiro sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em
prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios
noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse
de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade /
Flutua..." (aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do
aroma." (sinestesia)
SINTAXE ORACIONAL
PERÍODO COMPOSTO POR
COORDENAÇÃO
Professor Cosme da Cunha
ORAÇÕES COORDENADAS
A oração coordenada é aquela que se liga a
outra oração da mesma natureza sintática.
Num período composto por coordenação, as
orações são independentes. Ela podem ser
sindéticas (quando a outras se prendem por
conjunções), ou assindéticas (quando não se
prendem a outras por conectivo)
As coordenadas sindéticas podem ser:
Aditivas: e, nem, não só... mas também, não
só... como, assim... como.
Adilson foi ao trabalho a pé e voltou de
automóvel.
Simão não era rico nem pobre.
Estudou não somente Português, como
também Geografia.
Adversativas: mas, contudo, todavia,
entretanto, porém, no entanto, ainda, assim,
senão.
Argumentou durante duas horas, mas não
convenceu.
Nesse particular, você tem razão, contudo
Adversativas: mas, contudo, todavia,
entretanto, porém, no entanto, ainda, assim,
senão.
Argumentou durante duas horas, mas não
convenceu.
Nesse particular, você tem razão, contudo
não me convenceu.
Alternativas: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
seja...seja.
A babá ora acariciava o nem-nem, ora
beslicava-o.
Conclusivas: logo, portanto, por fim, por
conseguinte, conseqüentemente.
Vivia zombando de todos; logo, não merecia
complacência.
Explicativas: isto é, ou seja, a saber, na
verdade, pois.
Ele caminhava apressadamente, pois estava
atrasado.
Classifique as orações coordenadas conforme o código
abaixo:
( 1 ) oração coordenada assindética
( 2 ) oração coordenada sindética aditiva
( 3 ) oração coordenada sindética adversativa
( 4 ) oração coordenada sindética alternativa
( 5 ) oração coordenada sindética explicativa
( 6 ) oração coordenada sindética conclusiva
a) Gosto muito de dançar, pois faço jazz desde pequenina.
b) Recebeu a bola, driblou o adversário e chutou para o gol.
c) Acendeu o abat-jour , guardou os chinelos e deitou-se.
d) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre.
A sequência correta é:
SINTAXE ORACIONAL
PERÍODO COMPOSTO POR
SUBORDINAÇÃO
Professor Cosme da Cunha
As orações subordinadas se dividem em
três grupos:
A) SUBSTANTIVAS
B) ADJETIVAS
C) ADVERBIAIS
A) ORAÇÕES SUBORDINADAS
SUBSTANTIVAS
Exercem as funções sintáticas que são
cabíveis a um substantivo.
A.1) SUBJETIVA
Exerce a função de sujeito.
Ex: Convém que estude mais.
É provável que façam novo concurso.
A.2) OBJETIVA DIRETA
Exerce funçaõ de objeto direto.
Ex: Descobri que existe uma solução.
Disse que aplicaria nova fórmula.
A.3) OBJETIVA INDIRETA
Exerce função de objeto indireto.
Ex: Precisa de que haja reforço.
Acreditava em que lhe contava.
A.4) COMPLETIVA NOMINAL
Exerce função de complemento nominal.
Ex: Tinha necessidade de que
valorizassem o trabalho.
Tinha crença em que houvesse
mudanças.
A.5) APOSITIVA
Exerce função de aposto.
Ex: Havia uma certeza: que venceria o
desafio.
A.6) PREDICATIVA
Exerce função de predicativo do sujeito.
Ex: A natureza é que precisa de ajuda.
Muitas verdades são que nos
motivam.
OBS: Observe a diferença entre a oração
subjetiva e a predicativa:
A subjetiva possui a estrutura:
VL + PREDICATICO + SUJEITO
ou
VI + SUJEITO
A predicativa já possui a estrutura:
SUJ. + VL + PREDICATIVO
B) ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
Exercem função de adjunto adnominal e
sempre são iniciadas por pronome relativo.
B.1) EXPLICATIVA
Iniciada por vírgulas.
Ex: Os homens, que nascem livres, não
aceitam a escravidão.
Os países da Europa, que fizeram
acordo, receberão redução de juros.
B.2) RESTRITIVA
Não são iniciadas por vírgulas.
Ex: Os trabalhadores da empresa que
fizeram greve receberão a direção em
reunião.
Os eleitores que não votaram na
última eleição tiveram que justificar.
OBS: Vale ressaltar a grande diferença
semântica entre as orações adjetivas.
“Os jogadores do clube, que viajaram, não
treinarão na segunda-feira.”
Todos os jogadores do clube viajaram.
“Os jogadores do clube que viajaram não
treinarão na segunda-feira.”
Apenas o grupo que viajou não treinará.
C) ORAÇÕES SUBORDINADAS
ADVERBIAIS
Exercem a função de adjunto adverbial em
relação à oração principal.
C.1) CAUSAL
“Não viajei porque o voo foi cancelado”
“…que não seja eterno, posto que e
chama…”
C.2) CONDICIONAL
“Se vier a São Paulo, me avise.”
“Falarei com ele, caso o encontre.”
C.3) CONSECUTIVA
“Comeu tanto que passou mal.”
“Ele é tão desagradável que todos foram
embora.”
C.4) COMPARATIVA
“Trabalhou como um Hércules.”
“Choveu muito, tal qual um dilúvio.”
C.5) CONCESSIVA
“Saiu cedo, embora todos solicitassem a
continuidade do espetáculo.”
“Mesmo que perca, cumprimente o
adversário.”
C.6) CONFORMATIVA
“Conforme anunciado, baixamos os preços.”
“Ele discursou como já era esperado.”
C.7) TEMPORAL
“Quando chegares a Rondônia, me
telefone.”
“Todos puseram crachá assim que
chegaram à convenção.”
C.8) PROPORCIONAL
“À medida que estuda, aprende o
conteúdo.”
“Cansou da atividade ao passo que o sol
ficava mais forte”
C.9) FINAL
“Estudou muito para que obtivese sucesso
naquele concurso.”
“Viajou a fim de descansar.”
Polícia Civil RJ -2008
1 - Conduzo tua lisa mão / Por uma escada
espiral / E no alto da torre exibo-te o varal /
Onde balança ao léu minh alma (versos
22 a 25)
Tomando o trecho acima como um período
composto, há:
(A) três orações, sendo duas subordinadas.
(B) duas orações, sendo uma coordenada.
(C) quatro orações, sendo duas
coordenadas.
(D) quatro orações, sendo uma coordenada.
(E) três orações, sendo uma subordinada.
ANALISTA DE SISTEMAS (2008) Cesgranrio
2 - mesmo admitindo que grandes massas da
população estejam excluídas dele. (l. 8-10)
Os segmentos destacados têm a mesma função que a
oração em destaque em:
(A) ...criaram novos espaços de conhecimento. (l.
33-34)
(B) Esses espaços de formação têm tudo... (l. 36)
(C) O conhecimento é o grande capital da
humanidade. (l. 40)
(D) ...que precisa dele para a inovação
tecnológica. (l. 41-42)
(E) acabaram surgindo indústrias do conhecimento,
(l. 50)
Partículas QUE e SE
Professor Cosme da Cunha
FUNÇÕES DA PARTÍCULA SE
1 – CONJUNÇÃO INTEGRANTE:
conjunção introduz orações subordinadas
substantivas.
Ex: Quero saber se ela virá à festa.
2 - Conjunção subordinativa condicional:
introduz orações subordinadas adverbiais
condicionais.
Ex: Deixe um recado se você não me
encontrar.
3 –Pronome reflexivo:
funciona como objeto direto, objeto indireto e
sujeito do infinitivo.
Ex: A criança machucou-se. (objeto direto)
4 - Pronome apassivador:
quando se liga a verbos transitivos diretos
com a intenção de apassivá-los.
Ex: Contaram-se histórias estranhas.
5 - Índice de indeterminação do sujeito:
quando se liga aos verbos intransitivo,
transitivo indireto ou de ligação com o papel
de indeterminar o sujeito.
Ex:
Discorda-se do fato.
Precisa-se de secretárias.
Só se é feliz na infância.
Morre-se nas guerras.
6 - Partícula expletiva:
não desempenha nenhuma função sintática
ao se associar a verbos.
Ex: Ele acabou de sentar-se.
7 – Parte integrante do verbo:
ligada a verbos pronominais.
Ex:
Ela não cansa de queixar-se.
Arrependeu-se do que fez.
FUNÇÕES DA PARTÍCULA QUE
1 – ADVÉRBIO
Intensifica adjetivos e advérbios, atuando
sintaticamente como adjunto adverbial de
intensidade. Tem valor aproximado ao das
palavras quão e quanto.
Ex1: Que longe está meu sonho!
Ex2: Os braços... Oh! Os braços! Que bemfeitos!
2 –Substantivo
Como substantivo, tem o valor de qualquer
coisa ou alguma coisa. Nesse caso, é
modificado por um artigo, pronome adjetivo
ou numeral, tornando-se monossílabo tônico
( portanto, acentuado). Pode exercer
qualquer função sintática substantiva.
Ex1: Um tentador quê de mistério torna-a
cativante.
Ex2: "Meu bem querer tem um quê de
pecado..."
3 – Preposição
Equivale à preposição de ou para,
geralmente ligando uma locução verbal com
os verbos auxiliares ter e haver. Na
realidade, esse QUE é um pronome relativo
que o uso consagrou como substituto da
preposição de.
Ex1: Tem que combinar? (= de)
Ex2: Amanhã, teremos pouco que fazer em
nosso escritório
4 –Interjeição
Como interjeição, a palavra QUE
(exclamativo) também se torna tônica,
devendo ser acentuada. Exprime um
sentimento, uma emoção, um estado interior
e, equivale a uma frase, não
desempenhando função sintática em oração
alguma.
Ex1: Quê! Você por aqui!
Ex2: Quê! Nunca você fará isso!
5 – Partícula expletiva ou de realce
Neste caso, a retirada da palavra QUE não
prejudica a estrutura sintática da oração. Sua
presença, nestes contextos, é um recurso
expressivo, enfático.
Ex1: Quase que ela desmaia!
Ex2: Então qual que é a verdade?
6 – Pronome relativo
O pronome relativo refere-se a um termo (por
isso mesmo chamado de antecedente),
substantivo ou pronome, ao mesmo tempo
que serve de conectivo subordinado entre
orações. Geralmente, o pronome relativo
introduz uma oração subordinada adjetiva,
nela desempenhando uma função
substantiva.
Ex:
O livro que li é ótimo.
O médico de que te falei curou meu filho.
A rua em que moro é pouco iluminada
7 – Pronome indefinido substantivo
Quando equivale a "que coisa".
Ex1: Que caiu?
Ex2: A fantasia era feita de quê?
8 - Pronome indefinido adjetivo
Quando, funcionando com adjunto
adnominal, acompanha um substantivo.
Ex1: Que tempo estranho, ora faz frio, ora
faz calor.
Ex2: Que vista linda há aqui!
9 - Pronome substantivo interrogativo
Substitui, nas frases da língua, o elemento
sobre o qual se deseja resposta, exercendo
sempre uma das funções substantivas,
significando que coisa.
Ex: Que terá acontecido? (= que coisa)
10 - Pronome adjetivo interrogativo
Acompanha os substantivos nas frases
interrogativas, desempenhando função de
adjunto adnominal.
Ex1: Que livro você está lendo?
Ex2: "Por aquela que foi tua, que orvalho em
teus olhos tomba?" ( Cecília Meireles)
11 - Conjunção coordenativa
Como conjunção coordenativa, a palavra
QUE liga orações coordenadas, ou seja,
orações sintaticamente equivalentes.
Ex1: Anda que anda e nunca chega a lugar
algum.
Ex2: Mantenhamo-nos unidos, que a união
faz a força.
12 - Conjunção Integrante
O QUE é conjunção subordinativa integrante
quando introduz oração subordinada
substantiva.
Ex1: "E ao lerem os meus versos pensem
que eu sou qualquer coisa natural."( Alberto
Caeiro)
Ex2: Parecia-me que as paredes tinham
vulto.
13 - Conjunção subordinativa
Causal
Ex1: Fugimos todos, que a maré não estava
pra peixe.
- Final
Ex1: "...Dizei que eu saiba." ( João Cabral de
Melo Neto)
- Consecutiva
Ex1: A minha sensação de prazer foi tal que
venceu a de espanto.
- Comparativa
Ex1: Eu sou maior que os vermes e todos os
animais.
POLICIA CIVIL RJ (2008)
1 - E em que se vai trocando as pernas
A palavra se no verso acima destacado se
classifica como:
(A) partícula apassivadora.
(B) índice de indeterminação do sujeito.
(C) parte integrante do verbo.
(D) pronome reflexivo.
(E) conjunção.
POLICIA CIVIL RJ (2008)
2 - Mas não, é a ti que vejo na colina
Assinale a alternativa em que esteja
corretamente classificada
a palavra destacada nos versos acima.
(A) parte de expressão expletiva
(B) conjunção integrante
(C) pronome relativo
(D) conjunção subordinativa
(E) pronome indefinido
UEPG
3 – Classifique o SE na oração: Ele
queixou-se dos maus-tratos recebidos.
a) Parte integrante do verbo.
b) Conjunção condicional.
c) Pronome apassivador. PA
d) Símbolo de indeterminação do sujeito. PIS
e) Conjunção integrante.
Agente Penitenciário (2004)
4 – Qual é a função do SE em Não sei se
ela vem ?
a) conjunção subordinativa condicional.
b) conjunção subordinativa integrante.
c) partícula expletiva (de realce).
d) pronome pessoal.
e) conjunção subordinativa concessiva.
Magistério RJ (2002)
5 – No período Avistou o pai, que
caminhava para a lavoura , a palavra que
classifica-se morfologicamente como:
a) conjunção subordinativa integrante.
b) conjunção subordinativa final.
c) pronome relativo.
d) partícula expletiva.
e) conjunção subordinativa causal
Curso Básico de Português
PONTUAÇÃO
Professor Cosme Cunha
Ponto (.)
Usado no final de frases declarativas, de orações ou de
períodos. Marca pausas longas.
Ex.: Anita viajou para Santos. Levou consigo todas as suas
joias.
Vírgula (,)
Usada para marcar pausas de breve duração entre os
termos de oração e entre orações de um mesmo período.
Nos casos mais comuns usamos a vírgula para separar:
a) vocativo - Ex.: — Como vai, Ricardo?
b) aposto - Ex.: Moisés, o caçula, sai cedo de casa.
c) adjuntos adverbiais - Ex.: Em meados de março, meu tio
voltou de Itu.
A neve cai sobre a cidade, impiedosamente.
d) termos de enumeração - Ex.: Comprei bananas,
maçãs, peras e abacaxis.
e) nomes de lugar nas datas e endereços Ex.: Embu, 24 de maio de 1996.
f) orações - Ex.: Não quero viajar, mas vou mesmo
assim.
Deus, que é pai de todos, só quer nossa felicidade.
g) palavras ou expressões explicativas ou conclusivas
Ex.: Assim, estando tudo combinado, assinamos o
contrato.
Milton concordou comigo, ou seja, fez tudo que eu
pedi.
OBS.: usa-se também a vírgula para marcar a elipse,
ou seja, a omissão de um termo da oração.
Ex.: Em São Paulo mora meu pai; em Santos, minha
mãe.
PONTO E VÍRGULA (;)
O ponto e vírgula indica uma pausa maior
que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à
melodia da frase, indica um tom ligeiramente
descendente, mas capaz de assinalar que o
período não terminou. Emprega-se nos
seguintes casos:
- para separar orações coordenadas não
unidas por conjunção, que guardem relação
entre si.
Exemplo:
O rio está poluído; os peixes estão
mortos.
- para separar orações coordenadas, quando
pelo menos uma delas já possui elementos
separados por vírgula.
Exemplo:
O resultado final foi o seguinte: dez
professores votaram a favor do acordo;
nove, contra.
- para separar itens de uma enumeração.
Exemplo:
No parque de diversões, as crianças
encontram:
brinquedos;
balões;
pipoca.
- para alongar a pausa de conjunções
adversativas (mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, etc.) , substituindo, assim, a
vírgula.
Exemplo:
Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei
amanhã.
- para separar orações coordenadas
adversativas quando a conjunção aparecer
no meio da oração.
Exemplo:
Esperava encontrar todos os produtos no
supermercado; obtive, porém, apenas
alguns.
Dois-pontos ( : )
O uso de dois-pontos marca uma sensível
suspensão da voz numa frase não concluída.
Emprega-se, geralmente:
- para anunciar a fala de personagens nas
histórias de ficção.
Por Exemplo:
"Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz :
– Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano
Ramos)
- para anunciar uma citação.
Exemplo:
Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura,
tanto bate até que fura.
Lembrando um poema de Vinícius de
Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade
sim."
- para anunciar uma enumeração.
- Exemplo:
Os convidados da festa que já
chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e
Marcos.
- antes de orações apositivas.
Exemplo:
Só aceito com uma condição: Irás ao
cinema comigo.
- para indicar um esclarecimento, resultado
ou resumo do que se disse.
Exemplos:
Marcelo era assim mesmo: Não tolerava
ofensas.
Resultado: Corri muito, mas não alcancei o
ladrão.
Em resumo: Montei um negócio e hoje estou
rico.
Obs.: os dois-pontos costumam ser usados
na introdução de exemplos, notas ou
observações.
Veja:
Parônimos são vocábulos diferentes na
significação e parecidos na forma.
Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, etc.
Nota: a preposição "per", considerada
arcaica, somente é usada na frase "de per si
" (= cada um por sua vez, isoladamente).
Observação: na linguagem coloquial pode-se
aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios:
cedinho, melhorzinho, etc.
AGENTE DE ENDEMIAS – Jaguará do Sul 2008
(ACAFE)
1 - Do texto a seguir,foram retiradas, propositalmente,
as vírgulas.
No Brasil o dia da consciência negra é comemorado
em 20 de novembro. A data foi escolhida por coincidir
como dia da morte de Zumbi dos Palmares em 1695.
Neste dia são debatidos temas como a inserção do
negro no mercado de trabalho cotas universitárias
identificação de etnias moda e beleza negra.
Assinale a alternativa que indica corretamente o
número de vírgulas retiradas do texto:
(A)7. (B)6. (C)5. (D)4.
PREFEITURA DE ITÁ (SC) - 2007
2 - Assinale a opção em que a supressão das vírgulas
alteraria o sentido do anunciado
a) os países menos desenvolvidos vêm buscando,
ultimamente, soluções para seus problemas no acervo
cultural dos mais avançados;
b) alguns pesquisadores,que se encontram comprometidos
com as culturas dos países avançados, acabam se tornando
menos criativos;
c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão modelo
presente do processo de desenvolvimento tecnológico;
d) a atividade científica, nos países desenvolvidos, é tão
natural quanto qualquer outra atividade econômica
e) por duas razões diferentes podem surgir, da interação de
uma comunidade com outra, mecanismos de dependência
Curso Básico de Português
PREPOSIÇÕES
E
CONUNÇÕES
Professor Cosme Cunha
PREPOSIÇÃO
Definição:
Preposição é utilizada para ligar palavras.
Exemplos:
Andou a cavalo
Saiu com os primos
Necessidade de atenção.
Em muitos casos a preposição possui caráter
semântico.
Veja os exemplos:
Fui a Manaus (ideia de lugar)
Fui até Manaus (ideia de limite)
Fui para Manaus (ideia de direção)
Observe a lista de preposições:
A
ANTE
COM CONTRA
EM
ENTRE
PERANTE
SOB SOBRE
APÓS
DE
PARA
POR
TRÁS
ATÉ
DESDE
PER
SEM
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Muitas vezes a preposição é representada
por um conjunto de palavras que recebe o
nome de locução prepositiva. Veja alguns
exemplos destacados nas frases abaixo:
Ao longo dos últimos meses, o exército se
fortaleceu na fronteira.
Na empresa, acima de mim, só o
presidente.
Veja alguns casos:
abaixo de
embaixo de
ao redor de
junto a
longe de
acima de
de acordo com
em vez de
graças a
ao encontro de
além de
ao lado de
fora de
em cima de
a respeito de
Combinação e Contração
As preposições a, de, em e por podem unirse com artigos e alguns pronomes e
advérbios, formando as combinações e
contrações.
Ex:
Fez campanha na época da eleição.
em + a
Confira ao lado do mural.
a+o
de + o
Desta água não beberei.
de + esta
CONJUNÇÕES
As conjunções servem para unir orações ou
palavras de mesma função sintatica.
Ex:
Viajei, mas não conseguiu repouso.
Gosto de abacate e carambola.
CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES
CONJUNTIVAS:
a) CONDICIONAIS: se, caso, contanto que,
uma vez que, desde que;
b) COMPARATIVAS: como, assim como, tal
qual, mais...do que;
c) CONFORMATIVAS: conforme, como,
consoante, segundo;
d) FINAIS: para que, a fim de que;
e) PROPORCIONAIS: à medida, ao passo
que, à proporção que
f) CAUSAIS: já que, porque, posto que, uma
vez que;
g) TEMPORAL: quando, assim que, enquanto;
h) CONCESSIVAS: embora, apesar de,
mesmo que
i) CONSECUTIVAS: tanto...que, tão...que;
j) EXPLICATIVAS: pois, porque;
k) ADITIVAS: e, nem, como também;
l) CONCLUSIVAS: portanto, logo, por isso,
então;
m) ADVERSATIVAS: mas, porém, entretanto,
contudo, todavia;
n) ALTERNATIVAS: ou, ora.
MP (2000)
1) Indique a opção em que a conjunção
encerre uma ideia de conclusão.
(A) Volto logo, pois estou com muita fome.
(B) A rua está tão mal iluminda que ficou
perigosa.
(C) Acordamos cedo, estávamos, pois,
cansados.
(D) Assim que chegamos, todos já nos
aguardavam.
(E) No fim deu tudo certo, haja vista os
aplausos de encerramento.
MAGISTÉRIO RJ(2000)
2) Em um dos casos abaixo, a conjunção e
não possui valor aditivo. Encontre a opção em
que ocorra tal fenômeno.
(A) Fui ao cinema e não gostei do filme.
(B) Deixei o estádio e me dirigi ao trabalho.
(C) Os alunos saíram cedo e os professores
foram em seguida.
(D) Aportamos no litoral e vimos um belo porto
(E) Comprei duas blusas e fui contemplado
pela promoção da loja.
AGENTE EDUCATIVO (2008 – FJPF)
3) O item em que o segmento sublinhado tem
seu valor corretamente indicado é:
(A) ...as empresas precisam deslocar para
manter em dia... – direção;
(B) Se desenvolvimento dependesse da
quantidade de leis... – condição;
(C) Mesmo que sejam inócuas... – tempo;
(D) ...para manter em dia obrigações
tributárias, por exemplo – explicação;
(E) ...a relação entre incapacidade de
fiscalização e furor legiferante – lugar.
Curso Básico de Português
Processos de Formação de
Palavras
Professor Cosme Cunha
As palavras são divididas em três grandes
grupos de formação:
A) COMPOSIÇÃO
B) DERIVAÇÃO
C) OUTROS PROCESSOS
A)  COMPOSIÇÃO
A.1) COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO
Como o próprio nome já indica, nesse
processo duas ou mais palavras formam
uma nova sem que haja perda mórfica.
Ex: beija-flor, passatempo, girassol, guardaroupa.
A.2) COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO
Nesse processo, duas ou mais palavras
formam uma nova, porém existe a perda
mórfica.
Ex: aguardente, fidalgo, embora, planalto
B) DERIVAÇÃO
B.1) DERIVAÇÃO PREFIXAL OU
PREFIXAÇÃO
Ocorre a partir da inclusão de um prefixo
à palavra original.
Ex: infiel, pré-temporada, ilegal, amoral
B.2) DERIVAÇÃO SUFIXAL OU SUFIXAÇÃO
Ocorre a partir da inclusão de um sufixo à
palavra original.
Ex: realmente, felicidade, amável, amoroso
B.3) DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA
Quando incluímos um sufixo e um prefixo
sendo estes fundamentais à existência da
palavra.
Ex: abençoar, ajoelhar, enlameado,
avermelhado, desalmado.
OBS: quando os afixos podem ser retirados,
ocorrem dois processos simultâneos:
prefixação além de uma sufixação.
Ex: infelizmente, desalmado
B.4) DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Quando ocorre uma perda mórfica.
Geralmente o processo existem em
nominalizações, ou seja, transformação
de verbos em substantivos.
Ex:
analisar – análise
quebrar – quebra
jogar – jogo
estudar – estudo
arriscar - risco
B.5) DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
Ocorre quando há mudança de classe
gramatical original.
Ex: Recebeu um não da amiga.
mudança de advérbio para substantivo
O amanhecer em Bauru é lindo.
mudança de verbo para substantivo.
O candidato fez um comício monstro.
mudança de substantivo para adjetivo.
C) OUTROS PROCESSOS
C.1) ONOMATOPEIA
Reprodução imitativa de sons
Ex: pingue-pingue, zunzum, miau
C.2) ABREVIAÇÃO
Redução da palavra até o limite de sua
compreensão
Ex:metrô, moto, pneu, extra
C.3) SIGLA
A formação de siglas utiliza as letras
iniciais de uma sequência de palavras
Ex:Academia Brasileira de Letras – ABL,
UFRJ, UNICAMP, PETROBRAS
C.4) NEOLOGISMO
Nome dado ao processo de criação de
novas palavras, ou para palavras que
adquirem um novo significado
Ex: malamar , imexível, cavaquista,
petista, pefelista
C.5) Hibridismo
são palavras compostas, ou derivadas,
constituídas por elementos originários de
línguas diferentes (automóvel e
monóculo, grego e latim / sociologia,
bígamo, bicicleta, latim e grego /
alcalóide, alcoômetro, árabe e grego /
caiporismo: tupi e grego / bananal africano e latino / sambódromo - africano
e grego / burocracia - francês e grego);
C.6) ESTRANGEIRISMO
Ocorre quando uma palavras é
incorporada ao idioma nacional a partir da
estrutura de uma língua estrangeira.
Ex: deletar, sanduíche, shopping, bidê,
boate, paeja, caratê, jiu-jitsu.
Agente de Defesa Sanitária e Ambiental (2008)
– CONESUL
1 - Considere as afirmativas sobre a formação
das palavras do texto.
I. Idêntico processo de formação de palavras
está presente em embargo e manobra .
II. Na palavra desembarcou encontra-se
prefixo de origem grega.
III.Em filharada encontra-se sufixo formador
de nome aumentativo.
Qual (is) está(ão) correta(s)?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas a I e a II.
e) I, II III.
2. (IBGE) Assinale a opção em que todas as
palavras se formam pelo mesmo
processo:
a) ajoelhar / antebraço / assinatura
b) atraso / embarque / pesca
c) o jota / o sim / o tropeço
d) entrega / estupidez / sobreviver
e) antepor / exportação / sanguessuga
3. (BB) A palavra "aguardente" formou-se por:
a) hibridismo d) parassíntese
b) aglutinação e) derivação regressiva
c) justaposição
4. (SANTA CASA) Em qual dos exemplos
abaixo está presente um caso de derivação
parassintética?
a) Lá vem ele, vitorioso do combate.
b) Ora, vá plantar batatas!
c) Começou o ataque.
d) Assustado, continuou a se distanciar do
animal.
e) Não vou mais me entristecer, vou é
cantar.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRONOMES
Professor Cosme da Cunha
Pronomes são as palavras que possuem
duas finalidades: a substituir (pronomes
substantivos) os substantivos ou companhar
(pronomes adjetivos).
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
1 – Pronome Pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que
indicam uma das três pessoas do discurso: a
que fala, a com quem se fala e a de quem se
fala.
A)Pronomes pessoais do caso reto
Pronomes pessoais do caso reto são os que
desempenham a função sintática de sujeito
da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela,
nós, vós eles, elas
B) Pronomes pessoais do caso oblíquo
São os que desempenham a função sintática
de complemento verbal (objeto direto ou
indireto), complemento nominal, agente da
passiva, adjunto adverbial, adjunto
adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de
oração reduzida).
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se
subdividem em dois tipos: os átonos, que
não são antecedidos por preposição, e os
tônicos, precedidos por preposição
Pronomes oblíquos átonos
Os pronomes oblíquos átonos são os
seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos,
os, as, lhes.
Pronomes oblíquos tônicos
Os pronomes oblíquos tônicos são os
seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele,
ela, si, consigo, nós, conosco, vós,
convosco, eles, elas.
Usos dos Pronomes Pessoais
Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de
sujeito. Mim e ti exercem a função sintática
de complemento verbal ou nominal, agente
da passiva ou adjunto adverbial e sempre
são precedidos de preposição.
Ex.
Trouxeram aquela encomenda para mim.
Era para eu conversar com o diretor, mas
não houve condições
Agora, observe a oração:
Sei que não será fácil para mim conseguir
o empréstimo.
O pronome mim NÃO é sujeito do verbo
conseguir, como à primeira vista possa
parecer.
Ademais a ordem direta da oração é esta:
Conseguir o empréstimo não será fácil
para mim.
PRONOMES POSSESSIVOS
São palavras que, ao indicarem a pessoa
gramatical (possuidor), acrescentam a ela a
ideia de posse de algo (coisa possuída).
Por exemplo: Este caderno é meu. (meu =
possuidor: 1ª pessoa do singular)
1ª pessoa sing. – meu, minha
2ª pessoa sing. – teu, tua
3ª pessoa sing. – seu, sua
1ª pessoa pl. – nosso, nossa
2ª pessoa pl. – vosso, vossa
3ª pessoa pl. – seus, suas
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Indicam posição de algo em relação às
pessoas do discurso, situando-o no tempo e/
ou no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/
s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e
aquilo são invariáveis e se empregam
exclusivamente como substitutos de
substantivos.
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal
(s) e o (a/s) podem desempenhar papel de
pronome demonstrativo.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este
indica que o carro está perto da pessoa que
fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse
indica que o carro está perto da pessoa com
quem falo, ou afastado da pessoa que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome
aquele diz que o carro está afastado da
pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto
ao vivo quanto por meio de correspondência,
que é uma modalidade escrita de fala), são
particularmente importantes o este e o esse
- o primeiro localiza os seres em relação ao
emissor; o segundo, em relação ao
destinatário. Trocá-los pode causar
ambiguidade.
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O
pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O
pronome esse refere-se a um passado
próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O
pronome aquele está se referindo a um
passado distante.
Quanto ao contexto, os pronomes
demonstrativos indicam:
1) Este(s), esta(s), isto – refere-se a algo que
vai ser mencionado em seguida:
A questão é esta: não poderemos votar até
que observemos todas as propostas e vida
pregressa.
2) Esse(s), essa(s), isso – refere-se a algo
que foi mencionado:
Precisamos pesquisar a vida pregressa dos
nossos candidatos. Essa seria uma atitude
sábia do eleitor.
3) Aquele(s), aquela(s), aquilo – refere-se a
elementos já citados e são relacionados os
pronomes este(s) e esta(s) nas orações:
Gregório de Matos Guerra e Machado de
Assis foram escritores e representam marcos
na Literatura Brasileira. Este deu roupagem a
uma nova forma de prosa, aquele é
considerado o primeiro poeta brasileiro.
São pronomes relativos aqueles que
representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam.
Introduzem as orações subordinadas
adjetivas.
Por exemplo:
O racismo é um sistema que afirma a
superioridade de um grupo racial sobre
outros.
O pronome relativo "que" refere-se à palavra
"sistema" e introduz uma oração
subordinada. Diz-se que a palavra "sistema"
é antecedente do pronome relativo que.
O processo de retomada é muito simples.
Comprei o livro de Machado de Assis.
O livro de Machado de Assis é ótimo.
Ao unirmos as duas orações, usamos o
pronome relativo para substituir o termo que
se repete.
Ex: Comprei o livro de Machado de Assis que
é ótimo.
PRONOMES DE TRATAMENTO
1 – Você – pessoa íntima ou de circulo
familiar;
2 – Senhor – pessoa com quem mantemos
um certo distanciamento respeitoso;
3 – Vossa Senhoria – pessoa com grau de
prestígio maior;
4 – Vossa Excelência – autoridades;
desembargadores;
5 – Vossa Santidade – Papa;
6 – Vossa Eminência – cardeais;
7 – Vossa Majestade – reis;
8 – Vossa Alteza – príncipes e duques;
9 – Vossa Reverendíssima – sacerdotes;
10 – Vossa Paternidade – religiosos de
Ordem superior;
11 – Vossa Magnificência – reitores de
universidades;
12 - Meritíssimo Juiz – juízes de Direito;
OBS: Usamos o termo Vossa quando
falamos diretamente com a pessoa. Se
estivermos falando da pessoa, usaremos a
forma Sua .
Ex: Sua Santidade me pareceu cansado
antes de se retirar para os aposentos.
PRONOMES INTERROGATIVOS
São os pronomes indefinidos que, quem,
qual, quanto usados na formulação de uma
pergunta direta ou indireta. Referem-se à 3ª
pessoa do discurso.
(Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe
contou).
Alguns interrogativos podem ser adverbiais
(Quando voltarão? / Onde encontrá-los? /
Como foi tudo?).
Ag. Previdenciário (FUNDEP) 2009
1 - Tudo começa com a escolha da
comunidade a ser apoiada.
A palavra sublinhada nessa frase pode ser
corretamente classificada como um
pronome
A) demonstrativo.
B) indefinido.
C) pessoal.
D) relativo.
Concurso de At. Administrativo 2009
(médio) ADVISE
2 - O léxico “esta” presente na
segunda linha do enunciado
corresponde a um pronome:
A) possessivo
B) demonstrativo
C) interrogativo
D) relativo
E) indefinido
3. (IBGE) Assinale a opção em que houve
erro no emprego do pronome pessoal em
relação ao uso culto da língua:
a) Ele entregou um texto para mim corrigir.
b) Para mim, a leitura está fácil.
c) Isto é para eu fazer agora.
d) Não saia sem mim.
e) Entre mim e ele há uma grande diferença
LÍNGUA PORTUGUESA
REFORMA ORTOGRÁFICA
Professor Cosme da Cunha
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram
reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V W X Y Z
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado
sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era
agüentar
argüir
bilíngüe
Como fica
aguentar
arguir
bilíngue
MUDANÇAS DE REGRAS DE ACENTUAÇÃO
1. Não se usa mais o acento dos ditongos
abertos éi e ói das palavras paroxítonas
(palavras que têm acento tônico na penúltima
sílaba).
Como era
Como fica
alcalóide
alcaloide
alcatéia
alcateia
andróide
androide
asteróide
asteroide
bóia
boia
assembléia
assembleia
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais
o acento no i e no u tônicos quando vierem
depois de um ditongo decrescente.
Como era
baiúca
bocaiúva
feiúra
Como fica
baiuca
bocaiuva
feiura
3. 3. Não se usa mais o acento das palavras
terminadas em êem e ôo(s).
Como era
Como fica
abençôo
abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar)
deem
dôo (verbo doar)
doo
enjôo
enjoo
lêem (verbo ler)
leem
3. Não se usa mais o acento das palavras
terminadas em êem e ôo(s).
Como era
Como fica
abençôo
abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar)
deem
dôo (verbo doar)
doo
enjôo
enjoo
lêem (verbo ler)
leem
4. Não se usa mais o acento que diferenciava
os pares pára/para, péla(s)/
pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s)
e pêra/pera.
Como era
Como fica
Ele pára o carro.
Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte Ele foi ao polo Norte.
Gosta de jogar pólo Gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra.
Comi uma pera.
OBS: • Permanece o acento diferencial em
pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo:
Vou pôr o livro na estante que foi feita por
mim.
5 - Há uma variação na pronúncia dos verbos
terminados em guar, quar e quir, como
aguar, averiguar, apaziguar, desaguar,
enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos
admitem duas pronúncias em algumas formas
do presente do indicativo, do presente
do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos,
essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos: enxáguo, delínquo, enxáguem
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas
formas deixam de ser acentuadas. Exemplos
(a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser
pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas,
enxagua, enxaguam; enxague, enxagues,
enxaguem, delinquo, delinques, delinque,
HÍFEN
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que
não apresentam elementos de ligação.
Exemplos:
guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira,
mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém,
porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bateboca
* Exceções: Não se usa o hífen em certas
palavras que perderam a noção de
composição, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas,
paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hífen em compostos que têm
palavras iguais ou quase iguais, sem
elementos de ligação.
Exemplos:
reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico,
tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pinguepongue, zigue-zague, esconde-esconde,
pega-pega, corre-corre
3. Não se usa o hífen em compostos que
apresentam elementos de ligação.
Exemplos:
pé de moleque, pé de vento, pai de todos,
dia a dia, fim de semana, cor de vinho,
ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau,
olho de sogra
Incluem-se nesse caso os compostos de base
oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e
traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos
acuda, cor de burro quando foge, bicho de
sete cabeças, faz de conta
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha,
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao
deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos
elementos há o emprego do apóstrofo.
Exemplos: gota-d água, pé-d água
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas
derivadas de topônimos (nomes próprios de
lugares), com ou sem elementos de ligação.
Exemplos:
Belo Horizonte — belo-horizontino
Porto Alegre — porto-alegrense
Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte — rio-grandense-donorte
6. Usa-se o hífen nos compostos que
designam espécies animais e botânicas
(nomes de plantas, fores, frutos, raízes,
sementes), tenham ou não elementos de
ligação. Exemplos:
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso,
mico-leão-dourado, andorinha-da-serra,
lebre-da-patagônia, erva-doce, pimenta-doreino,
Obs.: não se usa o hífen, quando os
compostos que designam espécies botânicas
e zoológicas são empregados fora de seu
sentido original. Observe a diferença de
sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta
ornamental) - bico de papagaio
(deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de
boi (espécie de selo postal).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico, anti-histórico, macro-história
mini-hotel, proto-história, sobre-humano,
super-homem, ultra-humano
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a
mesma letra com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
micro-ondas, anti-infacionário,
sub-bibliotecário, inter-regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar
com letra diferente daquela com que se inicia
a outra palavra.
Exemplos: autoescola, antiaéreo,
intermunicipal, supersônico, superinteressante
agroindustrial, aeroespacial, semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a
outra palavra começar por r ou s, dobram-se
essas letras. Exemplos:
Minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen
também diante de palavra iniciada por r.
Exemplos:
sub-região, sub-reitor, sub-regional
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o
hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal. Exemplos:
circum-murado, circum-navegação
pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem,
além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.
Exemplos:
além-mar, além-túmulo, aquém-mar
ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro
ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação
pré-história, pré-vestibular, pró-europeu
4. O prefixo co junta-se com o segundo
elemento, mesmo quando este se inicia por o
ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a
palavra seguinte começar com r ou s, dobramse essas letras. Exemplos:
coobrigação, coedição, coeducar
cofundador, coabitação, coerdeiro
corréu, corresponsável
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o
hífen, mesmo diante de palavras começadas
por e. Exemplos:
preexistente, preelaborar, reescrever
reedição
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad,
usa-se o hífen diante de palavra começada
por b, d ou r. Exemplos:
ad-digital, ad-renal, ob-rogar, ab-rogar
Concurso de At. Administrativo 2009 (médio) ADVISE
1 – Identifique, entre as palavras abaixo, a que está
contrariando o novo acordo ortográfico, conhecido
como as Novas Regras da Gramática, estando ela
acentuada.
A) próximo
B) lêem
C) chapéu
D) órgão
E) têm
Substantivos
Profº Cosme da Cunha
Os substantivos existem com
uma finalidade: nomear seres,
lugares, coisas, sensações,
sentimentos, etc.
Exemplos: Ceará, rapaz, som,
dor, tela, computador, defesa
Gêneros
Os substantivos podem ser
diferenciados nos gêneros
masculino ou feminino.
MASCULINOS
o carro; o som; o professor;
o amor; o trovão; o vexame
FEMININOS:
a cal; a sorte; a razão;
a pessoa; a clareza
Interessante notar que não
existe relação entre as noções
de sexo e gênero:
Por exemplo:
A testemunha (gênero feminino),
mas pode ser do sexo
masculino.
A classificação do gênero dos
substantivos acarreta a seguinte
divisão:
Biformes e Uniformes
SUBSTANTIVOS BIFORMES
Geralmente associados ao sexo,
diferenciam-se de duas formas
Exemplos:
menino / menina
gato / gata
cavalheiro / dama
barão / baronesa
SUBSTANTIVOS UNIFORMES
EPICENOS
Possuindo forma única,
utilizam as palavras macho
e fêmea para fazer
a variação:
Exemplos:
crocodilo macho
x
crocodilo fêmea
mosca macho
x
mosca fêmea
SOBRECOMUNS
São os substantivos que
possuem
apenas um gênero que
serve tanto para o sexo
masculino como o feminino
Exemplos:
A testemunha;
A vítima;
A criança;
O indivíduo;
A pessoa;
COMUM DE DOIS GÊNEROS
São os substantivos que
possuem uma só forma,
mas permitem o uso de
modificadores
Exemplos:
o colega / a colega
um estudante / uma estudante
meu fã / minha fã
Atenção!!!
Alguns substantivos quando
mudam o gênero, mudam
também o significado:
a testemunha / o testemunho
a capital / o capital
a cabeça / o cabeça
NATUREZA SUBSTANTIVA
Os substantivos podem ser
agrupados em:
comum e próprio
simples e composto
concreto e abstrato
primitivo e derivado
coletivos
SUBSTANTIVO SIMPLES
O que possui somente
um radical.
Ex: pedra, ovo, ataque
SUBSTANTIVO COMPOSTO
O que possui mais de um
radical
Ex: couve-flor, passatempo
SUBSTANTIVO COMUM
Generaliza elementos comuns,
da mesma espécie.
Ex: estudante, cão, cidade
SUBSTANTIVO PRÓPRIO
Indica um ser particular.
Ex: Jorge, Fortaleza
Sendo assim, observe:
Encontrei uma caixa de
fósforos no chão da agência da
Caixa.
A primeira ocorrência da palavra
caixa é substantivo comum; a
segunda, próprio.
SUBSTANTIVO CONCRETO
É aquele do qual podemos
formar imagem (imaginários
ou não) além de fenômenos
da natureza.
Exemplos: chuva, fada, escola,
trovão, Deus, nuvem, maçã.
SUBSTANTIVO ABSTRATO
Os substantivos abstratos vêm
de dois processos:
. Sensações, sentimentos, etc;
. nominalização de ações.
Exemplos:
dor, alegria, prazer, medo;
ataque, choro, defesa,
lançamento.
SUBSTANTIVO PRIMITIVO
É o substantivo original, aquele
que é a base do radical.
Exemplos: pedra, carro, mato
SUBSTANTIVO DERIVADO
É aquele que existe a partir
de um primitivo
Exemplos: pedreira,
carroça, matagal
SUBSTANTIVO COLETIVOS
Designam um conjunto da mesma
espécie. Veja exemplos:
alcateia – lobos
banca – examinadores
cardume – peixes
molho – chaves
Multidão – pessoas
Rebanho - ovelhas
ARFR 2002 (ESAF)
1 - "Substantivo é o nome com que designamos seres em geral pessoas, animais e coisas. (BECHAPA, Evanildo, Moderna gramática
portuguesa. 31. ed. São Paulo: Nacional, 1987, p.73)
I - Acabamos perdendo o nosso voo por causa do trânsito ruim.
II - Ela me olhou com um olhar estranho.
III - 0 "a" pode ter o valor de artigo definido feminino em português.
IV - Olhava tristemente a transparência das águas da represa.
V - Comprei um par de sapatos gelo para combinar com meu novo
vestido.
Tomando como referência, única e exclusivamente, o trecho transcrito
acima, pode-se afirmar que é substantivo, a palavra destacada
a) em todas as sentenças.
b) nas sentenças I, II, IV e V.
c) nas sentenças I e III.
d) na sentença III.
e) na sentença V.
UERJ – Administrativo (1999)
2 - "(UERJ) – Assinale o par em que os vocábulos
fazem o plural da mesma forma que a palavra cristão.
a) capelão, razão.
b) tabelião, vulcão.
c) grão, melão.
d) questão, irmão.
e) cidadão, bênção.
BNDES 2006 (CESGRANRIO)
3 - Assinale a opção em que a flexão de número do
substantivo composto é feita da mesma maneira
que em beija-flores (l.21)?
(A) guarda-florestal
(B) carro-pipa
(C) Boia-fria
(D) quebra-mar
(E) bem-te-vi
BNDES 2009 (CESGRANRIO)
4 - Qual o vocábulo que se flexiona em número pela
mesma justificativa que salva-vidas (l.26)?
(A) Guarda-municipal
(B) beija-flor
(C) salário-mínimo
(D) navio-escola
(E) segunda-feira
ESCREVENTE DE POL. SP
5- Marque a alternativa em que todas palavras sejam
masculinas:
a) pijama/dó/telefonema/poeta
b) cal/lança-perfume/apendicite/profeta
c) estrofe/ator/elefante/esteta
d) sanduíche/saca-rolhas/hélice/guaraná
INVESTIGADOR DE POL. SP
6 -Assinale a alternativa em que, quanto ao gênero,
todos os substantivos são epicenos:
a) salmão, zebra, elefante, tubarão
b) artista, pernilongo, égua, lente
c) pulga, jacaré, cobra, baleia
d) selvagem, soprano, rinoceronte, cobra
AUXILIAR JUDICIÁRIO SP (2002)
7 - Quanto ao gênero, qual alternativa apresenta,
respectivamente, um substantivo sobrecomum e um
comum de dois?
a) artista, pessoa
b) estudante, tatu
c) dentista, aluno
d) criança, colega
e) onça, barão
DELEGADO (MT) 2002
7 - O plural do substantivo composto está incorreto na
alternativa:
a) leva-e-traz – os leva-e-traz.
b) a manga-rosa – as mangas-rosa.
c) beija-flor – os beija-flores.
d) guarda florestal – os guarda-florestais.
e) primeiro-ministro – os primeiros-ministros.
LÍNGUA PORTUGUESA
SINTAXE
Professor Cosme da Cunha
Sujeito é a parte da oração em que há o alvo
da declaração.
São cinco classificações.
1 – Sujeito Simples
É o caso que possui um único núcleo.
Ex:
José chegou cedo ao trabalho.
Morreram todos no acidente.
A garotada se divertiu no passeio.
Os meus fiéis amigos foram à festa.
2 – Sujeito Composto
Ocorre quando existem dois ou mais
núcleos.
Ex:
França e Japão selaram acordo.
Nesta terça, os deputados e
senadores não trabalharam.
Ronaldo e Kaká serão desfalques na
próxima partida.
3 – Sujeito Desinencial
Ocorre quando a pessoa está marcada pela
desinência número-pessoal do verbo. Exceto
para a terceira pessoa do plural.
Ex:
Vi o acidente pela televisão. (eu)
Escreveste o documento? (tu)
Recebeu o salário na sexta. (ele)
Encontramos muitos suspeitos. (nós)
Acabastes com os recursos? (vós)
4 – Sujeito Indeterminado
Ocorre em dois casos:
a) Quando a desinência número-pessoal
marcar a terceira pessoa do plural.
Ex: Acharam a carteira de Marcos. (eles)
b) Quando houver verbo intransitivo,
transitivo indireto ou de ligação acrescido da
partícula SE (índice de indeterminação do
sujeito)
Ex:
Necessita-se de ajudantes
Vive-se bem em Maceió.
5 – Oração sem sujeito
Casos especiais:
a) Verbos que indicam fenômenos da
natureza
Ex:
Choveu no Maranhão.
Trovejava muito em Teresina.
b) Verbos FAZER e HAVERindicando tempo
ou passagem de tempo.
Ex:
Faz cinco anos de solidão...
Há tempos não o encontro.
c) Verbo HAVER (quando significar existir)
Ex:
Haverá aulas na próxima semana.
Houve um tumulto durante o show.
Havia muitos alunos inteligentes no
curso.
d) Verbos SER e ESTAR indicando tempo ou
clima.
Ex:
Estava muito quente em João Pessoa.
Agora são dez horas.
PREDICADO
É o termo que fornece alguma declaração
sobre o sujeito.
Existem três modelos:
a) PREDICADO VERBAL
O núcleo é um verbo. Indica ação.
Ex: As árvores quebraram com o vento
forte.
Os soldados receberam ordens
expressas.
b) PREDICADO NOMINAL
O núcleo é um nome. Indica noção de
estado, característica.
Ex:
A vida anda estressante nas
cidades.
A fazenda parecia abandonada.
C) PREDICADO VERBO-NOMINAL
Possui dois núcleos: um verbo e um nome.
Indica uma ação e um estado.
Ex:
O atleta atuou contundido.
Os rios seguiam poluídos pelo
curso.
3) PREDICATIVO
3.1) PREDICATIVO DO SUJEITO é o termo
da oração que atribui uma característica,
uma propriedade, um estado ao sujeito.
Ex: AS flores são muito perfumadas.
3.2) PREDICATIVO DO OBJETO nos
informa alguma coisa a respeito do objeto
(complemento do verbo).
Ex: Joana comprou flores perfumadas.
4) PREDICAÇÃO VERBAL
resultado da ligação que se estabelece entre
o verbo e os complementos.
Quanto à predicação, os verbos podem ser
intransitivos, transitivos ou de ligação.
o
4.1) VERBO INTRANSITIVO
É o verbo que não necessita de
complemento. Geralmente vem
acompanhado apenas de adjuntos adverbiais
Ex:
Jurandir caiu na rua.
Ele já sabe.
Saímos cedo de casa.
4.2) VERBO TRANSITIVO
Necessitam de complemento.
4.2.1) DIRETO – Complementos sem
preposição. Geram um objeto direto.
Ex:
João encontrou a irmã no salão.
VTD
OD
Encomendaram-na na terça.
VTD
OD
4.2.2) INDIRETO – Complemento com
preposição.
Ex: Nós Gostamos da apresentação.
VTI
VTD
OD
As pessoas creem em novas medidas
VTI
OI
4.2.3) DIRETO E INDIRETO – Possui dois
complementos: um sem preposição e outro
com.
Ex: Pedi um favor ao vendedor.
VTDI
OD
OI
A diretoria enviou uma circular aos
funcionários
VTDI
OD
OI
4.3) DE LIGAÇÃO – É o verbo que determina
a ligação entre o sujeito e o predicativo.
Ex: A casa parecia abandonada
VL
Predicativo do sujeito
Aqui, em nossa cidade, todos são
felizes.
VL
Predicativo do sujeito
Administração – Ministério da Justiça
(FUNRIO 2008)
1 - O exemplo do texto II, em que aparece uma oração
sem sujeito, é
A) “... há uma linha divisória entre o trabalho formal e
informal...”
B) “No entanto, creditam à prática apenas um ‘jeito de
ganhar a vida’ sem cometer crimes.”
C) “Todos gostariam de trabalhar tendo um patrão...”
D) “Isso é quase um sonho para muitos"
E) “São pouquíssimos os que ganham mais de R$300
por mês.”
(Auxiliar Contábil FGV - 1999)
2 – Indique a opção em que exista predicado nominal.
(A) Receberam os fortes concorrentes no palco.
(B) Reagimos com violência ao protesto.
(C) Estiveram em greve por dois meses.
(D) Eram todos pediatras os plantonistas.
(E) Saiu muito irritado com a situação.
LÍNGUA PORTUGUESA
VERBOS
Professor Cosme da Cunha
Verbos são as palvras em língua portuguesa
que podem sofrer as seguintes flexões:
Tempo
Modo
Pessoa
Número
Voz
MODOS
São três os modos verbais:
INDICATIVO (uma atitude que expressa certeza
com relação ao fato que aconteceu)
SUBJUNTIVO (uma atitude que revela uma
incerteza, uma dúvida ou uma hipótese)
IMPERATIVO (uma atitude que expressa uma
ordem, um pedido, um conselho)
TEMPOS DO MODO INDICATIVO
1 – Presente - Indica o fato no momento em que se
fala.
2 – Pretérito Perfeito - Indica um acontecimento que
se iniciou e terminou no passado durante pouco
tempo.
3 – Pretérito Imperfeito - Indica um acontecimento
que se prolongou ao longo no tempo com inicio e fim
no passado ou uma ação habitual do passado.
4 – Pretérito Mais-que-perfeito - Indica um fato
passado em relação a outro.
5 – Futuro do Pretérito - Indica um futuro que ocorre
no passado.
6 – Futuro do Presente - Indica um fato que irá
acontecer no futuro.
TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO
1 – Presente - Emprega-se o presente do subjuntivo
para assinalar:
um fato presente, mas duvidoso ou incerto, um desejo
ou um sentimento.
Talvez eles façam tudo aquilo que nós pedimos.
Talvez ele saiba sobre o que está falando.
um fato futuro, mas duvidoso ou incerto
Talvez eles venham amanhã.
um desejo ou uma vontade
Espero que eles façam o serviço corretamente.
Espero que tragam-me o dinheiro
TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO
2 – Pretérito Imperfeito - Emprega-se o pretérito
imperfeito do subjuntivo para assinalar:
uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas
posterior e dependente de outra ação passada.
"Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…"
"Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
uma condição contrafactual, ou seja, que não se
verifica na realidade, que teria uma certa
consequência; pode se referir ao passado, ao
presente ou ao futuro.
Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado.
Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar.
Se ele viesse amanhã, poderia ajudar.
TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO
3 – Futuro - Emprega-se o futuro do subjuntivo para
assinalar uma possibilidade a ser concluída em
relação a um fato no futuro, uma ação vindoura, mas
condicional a outra ação também futura.
Quando eu voltar, saberei o que fazer.
Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para
casa.
Também pode indicar uma condição incerta, presente
ou futura.
Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também
estará
TEMPOS DO MODO IMPERATIVO
1 – Afirmativo
2 – Negativo
OBS: Não tenha medo do imperativo, pois se você
souber conjugar o presente (tanto no modo indicativo
como no modo subjuntivo) seus problemas acabaram
IMPERATIVO AFIRMATIVO IMPERATIVO NEGATIVO
Ama tu
Ame você
Amemos nós
Amai vós
Amem vocês
Não ames tu
Não ames você
Não amemos nós
Não ameis vós
Não amem vocês
Observe que 80% do imperativo é cópia exata do
presente do sunjuntivo, enquanto apenas a 2ª pessoa
(singular e plural) no imperativo afirmativo é que está no
presente do indicativo sem o “s” final.
FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS
1 – INFINITIVO – sonhar, receber, admitir
2 – GERÚNDIO – sonhando, recebendo, admitindo
3 – PARTICÍPIO – sonhado, recebido, admitido
VERBO (PESSOAS E NÚMERO)
1ª pessoa – quem fala (eu, nós)
2ª pessoa – com quem se fala (tu, vós)
3ª pessoa – de quem se fala (ele, eles)
VERBO (CONJUGAÇÃO)
1ª CONJUGAÇÃO – VT A + Des. Infinitivo
sonhar, liberar, repousar, atacar, falar
2ª CONJUGAÇÃO – VT E + Des. Infinitivo
perecer, enaltecer, querer, ler, requerer
3ª CONJUGAÇÃO – VT I + Des. Infinitivo
sorrir, abolir, falir, ferir, aderir, partir
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
I – REGULARES
Os verbos regulares são aqueles que não sofrem
alterações em seu radical:
Exemplos: cantar, sofrer, amar, partir, receber
II – IRREGULARES
Os verbos irregulares são aqueles que sofrem
alterações, em geral, em seu radical:
Exemplos: ter, dar, por, ver
III – ANÔMALOS
Os verbos anômalos são aqueles que apresentam mais
de um radical quando são conjugados. São apenas dois:
IR e SER
IV – DEFECTIVOS
Os verbos defectivos são aqueles que não possuem a
conjugação completa
Exemplos: precaver, falir, feder
V – ABUNDANTES
Os verbos abundantes são aqueles que apresentam
duas formas de mesmo valor. Em geral, essas formas
são mais frequentes no particípio
Exemplos:
aceitar – aceitado – aceito
imprimir – imprimido – impresso
envolver – envolvido – envolto
soltar – soltado – solto
eleger – elegido – eleito
OBS: Geralmente, os particípios regulares são usados
com os verbos auxiliares TER e HAVER, enquanto os
particípios irregulares são usados com o verbo SER
Ex:
O documento foi impresso ontem
Ele tinha imprimido o documento ontem.
VOZES VERBAIS
Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito
pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.
Voz Ativa
Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação
verbal ou participa ativamente de um fato.
Ex:
A torcida vaiou o jogador.
O médico curou seus pacientes.
Os países investigaram o ataque.
VOZ PASSIVA
Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação
verbal.
A) Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo
direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito
paciente.
Ex:
Entregam-se encomendas.
Alugam-se casas.
Compram-se roupas usadas.
B) Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente,
verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de
ação no particípio - ambos formam locução verbal
passiva - e agente da passiva.
Ex:
As encomendas foram entregues pelo próprio
diretor.
As ruas serão pavimentadas pela prefeitura
VOZ REFLEXIVA
Há dois tipos de voz reflexiva:
A) Reflexiva
Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o
sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Ex:
Carla machucou-se.
O jovem cortou-se com a faca.
A moça penteava-se no quarto.
B) Reflexiva recíproca
Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver
dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o
outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Ex:
Paula e Renato amam-se.
Os jovens agrediram-se durante a festa.
Os ônibus chocaram-se violentamente
PEGADINHAS!
1 – As formas verbais de VER e VIR no futuro do
subjuntivo costumam gerar boas questões em
concursos:
Quando ele vir José, o aconselhará. (VER)
Quando ele vier, encontrará José. (VIR)
2 – As formas verbais como INTERVIR, REAVER,
PRECAVER, COMPOR, REQUERER, REPOR
merecem atenção na conjugação, pois comumente são
utilizadas em questões de concursos.
Agente de Endemias (LUDUS) – 2009
1 - No trecho – Finalmente Juvêncio decidiu: – passando a
forma verbal decidiu para o tempo futuro,
no plural, obtém-se
A) decidiram.
B) decidirão.
C) decidem.
D) decidiam.
E) decidissem.
Adjunto Administrativo (Moura Melo – 2008)
2 - “Um luar amplo me inunda...” (Raimundo Correa).
Se convertermos a frase dada para a voz passiva
analítica, teremos:
a) “Inunda-se um luar amplo”.
b) “Eu era inundado por um luar amplo”.
c) “Sou inundado por um luar amplo”.
d) Impossibilidade de o contexto ser passado para a voz passiva
analítica.
Polícia Civil RJ – 2008
3 - Então despes a luva para eu ler-te a mão (verso 6)
Assinale a alternativa em que, passando-se o primeiro verbo
do verso acima para o imperativo e alterando-se a pessoa do
discurso, manteve-se adequação à norma culta.
(A) Então despi a luva para eu ler-vos a mão
(B) Então despe a luva para eu ler-vos a mão
(C) Então dispais a luva para eu ler-vos a mão
(D) Então despi a luva para eu ler-vos a mão
(E) Então dispai a luva para eu ler-vos a mão
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
4 - O manifesto do Partido Comunista dizia:
Proletários de todo o mundo, uni-vos! ; se essa
mesma frase fosse reescrita com tratamento de
vocês em lugar de vós , a forma verbal do
imperativo adequada seria:
a) unem-se;
b) unam-se;
c) unem-nos;
d) unem-vos;
e) une-se.
BNDES 2005 (NCE-UFRJ)
5 - Uma coluna do jornal Lance dizia o seguinte:
Isto só será possível se o clube transformar-se
em empresa, o presidente do clube trabalhar por
isso e o torcedor reaver a confiança no time . O
erro gramatical presente nesse segmento de texto
é:
a) o emprego de isso por isto ;
b) a não repetição da conjunção se ;
c) o emprego de reaver por reouver ;
d) a má colocação do advérbio só ;
e) a grafia presidente por Presidente .
Download

Português - Mestre dos Concursos