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Português
Módulo 1
(PUC) Texto para as questões de 1 a 3.
Essas meninas
As alegres meninas que passam na rua, com suas
pastas escolares, às vezes com seus namorados. As
alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido
da professora; essas meninas; essas coisas sem importância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada
uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca
mais voltassem a rir e falar coisas sem importância.
Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O
corpo da menina encontrado naquelas condições, em
lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa
mais rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se
adultas de uma hora para outra; essas mulheres.
C. Drummond de Andrade, in: Contos plausíveis.
Rio de Janeiro, José Olímpio, 1985, pág. 76.
1.A intenção do narrador de apontar a transformação
do indivíduo provocada pelo sofrimento fica evidente pela afirmação dada por:
a)“As alegres meninas que passam na rua, com suas
pastas escolares, às vezes com seus namorados.”
b)“A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.”
c)“O jornal dera notícia do crime”.
d)“As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se
adultas de uma hora para outra; essas mulheres.”
e)“O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada
uma as diferencia.”
2.No texto em questão, o narrador afirma que o fato de
as meninas usarem uniforme faz com que elas tenham a mesma aparência: “O uniforme as despersonaliza”. No entanto, por meio de um recurso linguístico de oposição, afirma que:
a)as pastas escolares das meninas as diferenciam.
b)a maneira de ser de cada uma das meninas, revelada pelo riso, as torna diferentes.
c)os namorados que acompanham as meninas são
conhecidos e por isso as diferenciam.
d)as meninas são repletas de afetividade em relação
à professora e riem para ela de maneira diferente:
alto, musical, desafinado...
e)as meninas tornaram-se adultas e isso as diferencia.
3.Ainda sobre o texto, podemos afirmar que o autor
utiliza as formas verbais: passam, estão rindo, despersonaliza, diferencia e riem como recurso linguístico,
denotando uma declaração que:
a)se verifica ou se prolonga até o momento em que
se fala.
b) acontece habitualmente, em qualquer tempo (o
“passado contínuo”).
c)representa uma verdade universal (o “presente
eterno”).
d)repete um fato consumado.
e)exprime incerteza ou ideia aproximada, simples
possibilidade ou asseveração modesta.
(FUVEST) Texto para as questões 4 e 5.
A explosão dos computadores pessoais, as ‘infovias’,
as grandes redes – a Internet e a World Wide Web –
atropelaram o mundo. Tornaram as leis antiquadas,
reformularam a economia, reordenaram prioridades,
redefiniram os locais de trabalho, desafiaram constituições, mudaram o conceito de realidade e obrigaram as
pessoas a ficar sentadas, durante longos períodos de
tempo, diante de telas de computadores, enquanto o
CD-Rom trabalha. Não há dúvida de que vivemos a revolução da informação e, diz o professor do MIT, Nicholas
Negroponte, revoluções não são sutis.
Jornal do Brasil, 13.02.1996.
4.A expressão “revoluções não são sutis” indica:
a)a natureza efêmera das revoluções.
b)a negação dos benefícios decorrentes das revoluções.
c)a natureza precária das revoluções.
d)o caráter radical das revoluções.
e)o traço progressista das revoluções.
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5.As aspas foram usadas em “infovias” pela mesma razão por que foram usadas em:
a)Mesmo quando a punição foi confirmada, o “Alemão”, seu apelido no Grêmio, não esmoreceu.
b)... fica fácil entender por que há cada vez mais pessoas preconizando a “fujimorização” do Brasil.
c) O Paralamas, que normalmente sai “carregado” de
prêmios, só venceu em edição.
d)A renda média “per capita” da América Latina baixou para 25% em 1995.
e)A torcida gritava “olé” a cada toque de seus jogadores.
6.
Linguagem coloquial é a que utiliza vocabulário e
sintaxe próximos da linguagem falada ou cotidiana.
Substitua as expressões coloquiais por linguagem
culta.
Dos conflitos de geração
Filho – Mamãe, me dá aí umas boas pratas prum
sanduíche no Bob’s?
Mãe – Como assim? “Me dá uma pratas aí”, sem aviso
nem nada? Que pratas são essas? Não dou. Chega!
Toda hora dinheiro, dinheiro, dinheiro. Você pensa que
eu sou o ministro da Fazenda? Eu tenho cara de Delfim,
tenho? Não dou nada!
Filho – Ué, essa daí quer ter as alegrias da maternidade sem gastar um tostão.
Millôr Fernandes
7. Aponte no texto a seguir:
a)O trecho em que o autor apresenta as personagens.
b)Com três palavras, caracterize as personagens.
c)Descreva o cenário em que se desenrola a ação.
d)Reconstrua o drama apresentado.
e)Em que medida a técnica utilizada pelo autor é semelhante à do cinema.
f) O gerúndio é uma das formas nominais do verbo.
É formado acrescentando a terminação -ndo ao infinito do verbo – r. Assim, vender – vendendo,
amar – amando, etc. Grife no texto os gerúndios
empregados e, posteriormente, identifique possíveis razões para empregá-los.
No domingo de tarde saiu apressado
E não foi pra Ribeira jogar
Capoeira.
Não foi pra lá, pra Ribeira
Foi namorar.
O José, como sempre, no fim da semana
Guardou a barraca e sumiu.
Foi fazer, no domingo, um passeio no parque,
Lá perto da boca do rio.
Foi no parque que ele avistou
Juliana,
Foi que ele viu
Juliana na roda com João,
Uma rosa e um sorvete na mão.
Juliana, seu sonho, uma ilusão.
Juliana e o amigo João.
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração.
O sorvete e a rosa – é José
A rosa e o sorvete – é José
Oi dançando no peito – é José
Do José brincalhão – é José
O sorvete e a rosa – é José
A rosa e o sorvete – é José
Oi girando na mente – é José
Do José brincalhão – é, José
Juliana girando – oi girando
Oi na roda-gigante – oi girando
Oi na roda-gigante – oi girando
O amigo João – oi João
O sorvete é morango – é vermelho
Oi girando e a rosa – é vermelha
Oi girando, girando – é vermelha
Oi girando, girando – olha a faca!
Olha o sangue na mão – é José
Juliana no chão – é José
Outro corpo caído – é José
Seu amigo João – é José
Amanhã não tem feira – é José
Não tem mais construção – é João
Não tem mais brincadeira – é José
Não tem mais confusão – é João.
Domingo no parque
O rei da brincadeira – é José
O rei da confusão – é João
Um trabalhava na feira – é José
Outro na construção – é João
A semana passada, no fim da semana,
João resolveu não brigar.
Gilberto Gil
8.(ITA) Leia o texto a seguir:
Você entra no bate-papo, conversa, troca e-mail,
faz amizade. Passa horas navegando com um bando
de estranhos. E nunca sabe ao certo com quem está falando. O anonimato pode ser uma das vantagens da
rede, mas também uma armadilha.
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Para tentar evitar possíveis decepções na hora da
verdade, a Internet vai sofisticando recursos, unindo
psicologia, tecnologia e diversão e tentando melhorar o
que podemos chamar de relacionamento em rede.
As novidades são boas para quem aposta no virtual
como alternativa na hora de conhecer novas pessoas e
para quem não quer levar para a vida real um gato no
lugar de uma lebre, com o devido respeito aos bichinhos. (...)
10.
Viviane Zandonadi. Você sabe quem está falando?
Folha de S. Paulo, Caderno Informática, 4/8/1999.
a)Escreva duas palavras ou expressões do texto que
ganharam novos sentidos na área da informática.
b) Em se tratando de relacionamentos amorosos, levar “gato” (ou “gata”) no lugar de “lebre” poderá
ser um bom negócio. Explique por que é possível
essa interpretação.
9.(ITA) A psicologia evolucionista aprontou mais uma:
‘descobriu’ que mulheres preferem homens mais másculos quando estão na fase fértil do ciclo menstrual.
A pesquisa foi realizada pela Escola de Psicologia da
Universidade de Saint Andrews, na Escócia (Reino Unido).
É um gênero de investigação que anda na moda e
acende polêmicas onde aparece. Os adeptos da psicologia evolucionista acham que escolhas e comportamentos humanos são ditados pelos genes, antes de
mais nada.
Dito de outro modo: as pessoas agiriam, ainda hoje, de
acordo com o que foi mais vantajoso para a espécie no
passado remoto, ou para a sobrevivência dos indivíduos.
Entre outras coisas, esses darwinistas extremados acreditam que machos têm razões biológicas para ser mais
promíscuos. (...)
Marcelo Leite, Ciclo menstrual pode alterar escolha sexual,
Folha de S. Paulo, Caderno Ciência, 24/6/1999.
Pode-se afirmar que o texto traz uma posição:
a)favorável aos princípios da psicologia evolucionista.
b)favorável aos princípios da psicologia evolucionista, mas não favorável aos cientistas evolucionistas
extremados.
c)de descrença nos princípios da psicologia evolucionista.
d)de desqualificação apenas dos seguidores extremados dos princípios darwinistas.
e)favorável aos princípios evolucionistas, mas de
desqualificação dos seguidores dos princípios darwinistas.
a)Para dar “humor” à tira, o tradutor deveria modificar qual ou quais dos quadros do Schulz?
b)Reescreva-o(s).
11. (MACK) “Sábias são as pessoas que fazem suas próprias leis, quando sabem que estão com a razão.”
De acordo com o texto:
a)as regras estabelecidas devem ser respeitadas.
b)as regras estabelecidas nunca devem ser respeitadas.
c)a sabedoria consiste em viver de acordo com as
normas.
d)a sabedoria e a razão tornam as pessoas felizes.
e)a sabedoria consiste no bom senso e na liberdade.
12. “Nunca duvide da capacidade de um pequeno grupo de dedicados cidadãos para mudar os rumos do
planeta. Na verdade, eles são a única esperança de
que isso possa ocorrer.”
Considere as seguintes afirmações:
I.As mudanças do mundo independem da ação de
toda a humanidade.
II.Mais importante do que o número de pessoas
que desejam mudanças é a dedicação empenhada para que elas ocorram.
III.Dentre as esperanças de que ocorram mudanças
no mundo, está a ação de um pequeno grupo de
cidadãos dedicados.
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3
Assinale:
16. a)Interprete a importância que o pé de milho adquire na vida do cronista.
b)Transcreva do texto uma frase que justifique sua
resposta.
a) se todas estão corretas.
b) se apenas I está correta.
c) se apenas III está correta.
d) se todas estão incorretas.
e) se apenas III está incorreta.
17. “... como o vi em uma noite de luar...”
(FUVEST) Texto para as questões de 13 a 18.
Um pé de milho
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade.
Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho?
Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em
um canteiro, e espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um
ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão
imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na
glória de seu crescimento, tal como o vi em uma noite
de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado,
as crinas ao vento – e em outra madrugada parecia
um galo cantando.
Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas
que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé
de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo,
e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele
pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar,
veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma
força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa
de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé
de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais
um medíocre homem que vive atrás de uma chata
máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua
Júlio de Castilhos.
a)Reescreva, na voz passiva, a oração anteriormenter transcrita, sem desprezar nenhum dos componentes sintáticos que lhe dão forma.
b)Indique a função sintática do pronome de 3a pessoa na frase original e na transformada.
18. “... e a flor de milho não será a mais linda.” (2o pagágrafo)
a)Explique o valor do futuro do presente nessa frase.
Reescreva-a substituindo a forma verbal por uma
expressão equivalente.
b)Lembre dois outros empregos do futuro do presente. Dê exemplos e esclareça o valor de cada
um deles.
19. (UFBA)
Rubem Braga, dez./1945.
13. O cronista afirma que nunca tinha visto um pé de
milho; no entanto, vira centenas de milharais.
Há contradição em suas palavras? Esclareça o problema.
14. “... aconteceu o que era inevitável...”
a)Diga que evento é classificado como “inevitável”.
b)Por que o cronista o considera como tal?
15. No início do texto, o cronista se diz “pobre”; no final,
afirma-se “rico”.
Confronte as duas asserções e interprete as ideias
trazidas ao texto por esses adjetivos.
Escreva um parágrafo inspirado na reflexão da personagem Mafalda.
20. (FUVEST)
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
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ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.
22. (UFBA) “Uma mulher tecia uma rede ou trançava
um cesto com a perfeição de que era capaz, pelo
gosto de expressar-se em sua obra, como um fruto
maduro de sua ingente vontade de beleza.”
Há equivalência, na estruturação e no sentido, entre o período anterior e:
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina.
a)A fim de obter um efeito expressivo, o poeta utiliza, em “a fábrica” e “se fabrica”, um substantivo
e um verbo que têm o mesmo radical. Cite da estrofe outro exemplo desse mesmo recurso expressivo.
b)A expressividade dos seis últimos versos decorre,
em parte, do jogo de oposições entre palavras.
Cite desse trecho um exemplo em que a oposição entre as palavras seja de natureza semântica.
21. (MACK) Os grandes acontecimentos da vida muitas vezes nos deixam intactos; escapam do nosso consciente
e, quando pensamos neles, parecem irreais. Até mesmo
as flores rubras da paixão parecem crescer no mesmo
prado que as papoulas do esquecimento. Rejeitamos o
peso de sua lembrança e encontramos paliativos para
eles. Mas as pequenas coisas, as coisas de um momento,
ficam conosco. Em alguma pequena cela de marfim, o
cérebro arquiva as mais delicadas, as mais fugazes
impressões.
Oscar Wilde
Assinale a única alternativa que não está de acordo
com o texto.
a)O ser humano desenvolve mecanismos de defesa contra acontecimentos marcantes de sua vida,
cuja lembrança possa causar sofrimento.
b)O autor diz que alguns pequenos acontecimentos da vida do homem se escondem em uma cela
de marfim, referindo-se metaforicamente à delicadeza dos mesmos.
c)Quando o ser humano tenta recordar certos grandes acontecimentos de sua vida, estes parecem
ter sido menos importantes.
d)Alguns fatos, que parecerem insignificantes no
momento de sua ocorrência, mantém-se indeléveis em nossa memória.
e)Para o homem, as grandes paixões não são dignas de memória.
a)pelo gosto de expressar-se em sua obra, uma
mulher, com a perfeição de que era capaz, tecia
uma rede ou trançava um cesto, como fruto maduro de sua ingente vontade de beleza.
b)Como fruto maduro de sua ingente vontade de
beleza, com a perfeição de que era capaz e pelo
gosto de expressar-se em sua obra, uma mulher
tecia uma rede ou trançava um cesto.
c)Pelo gosto de que era capaz e com a perfeição
expressando-se em sua obra, uma mulher tecia
uma rede ou trançava um cesto, para ser fruto
maduro de sua ingente vontade de beleza.
d)Para expressar-se em sua obra com a perfeição
de que era capaz, uma mulher, com o fruto maduro de sua ingente vontade de beleza, tecia
uma rede ou trançava um cesto.
e)Tecendo uma rede ou trançado um cesto com o
fruto maduro de sua ingente vontade de beleza,
uma mulher expressava-se em sua obra com o
gosto de que era capza.
f) Com a perfeição de que era capaz e pelo gosto
de expressar-se em sua obra, uma mulher tecia
uma rede ou trançava um cesto, como fruto maduro de sua ingente vontade de beleza.
g)O gosto de expressar-se em sua obra com a perfeição de que era capaz era o fruto maduro da
ingente vontade de beleza da mulher que tecia
uma rede ou trançava um cesto.
(FEI) Texto para as questões 23 e 24.
Investimento sem risco
Em julho do ano passado, Exame encomendou
ao jornalista Stephen Hugh-Jones, editor da seção de
assuntos internacionais da centenária revista inglesa
The Economist, um artigo para a edição especial sobre o primeiro ano do Plano Real. (...) Aqui, chocou-o
profundamente a constatação de que quase um
quinto da população brasileira com idade superior a
15 anos não sabia ler nem escrever. Em números absolutos, isso significa quase 20 milhões de pessoas
materialmente incapacitadas, em função da ignorância, para fruir do desenvolvimento ou colaborar
com ele. Essa cifra triplica caso sejam incluídos os chamados analfabetos funcionais, isto é, aquelas pessoas
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que não completaram a 4a série do primário. (...) Não
se trata, apenas, de uma questão elementar de justiça.
O sistema educacional brasileiro simplesmente não
faz sentido do ponto de vista econômico. As dezenas
de milhões de brasileiros desprovidos de educação
não têm (nem terão) chances reais de obter renda,
não consomem mais do que produtos básicos, não
pagam impostos, não produzem bens ou serviços
com real valor econômico, não estão aptos a ser empregados num número crescente de atividades.
Exame, 17.07.1996.
23. Assinale a alternativa que interpreta corretamente
as informações do texto.
a)As pessoas com mais de 15 anos que não concluíram a 4a série do primário podem ser consideradas completamente analfabetas.
b)Há no Brasil, aproximadamente, 60 milhões de habitantes com mais de 15 anos que não concluíram
a 4a série do primário.
c)O economista inglês Hugh-Jones acredita que o
responsável pelo atraso educacional brasileiro é
o Plano Real.
d)O autor do artigo não considera a educação
como um problema de justiça social, mas apenas
uma questão de política econômica.
e)N.d.a.
24. Considere o que o autor quis comunicar através do
seu texto e escolha a alternativa que melhor justifique o título “Investimento sem risco”.
a)O investimento na área da educação contribui direta ou indiretamente para o crescimento econômico do país.
b)A revista inglesa The Economist é um excelente
veículo de comunicação, o que faz com que todas as informações dadas tenham uma boa repercussão na sociedade.
c)O fato de os políticos não investirem na área da
educação é consequência do medo que eles têm
de perder o poder sobre o povo.
d)Investir em educação significa não investir no
crescimento econômico do país.
e)Os investimentos na área da educação devem ser
realizados para atender apenas a uma questão
elementar de justiça.
25. (FUVEST) Quando eu estava na escola médica de
Boston, tive a sorte de fazer parte de um pequeno
grupo de estudantes que se reuniu informalmente
com um célebre cardiologista, homem na casa dos
oitenta anos. Num dado momento, um dos estudantes
comentou com certa apreensão que as doenças cardíacas eram a causa número um de morte nos Estados
Unidos. O velho professor pensou sobre isso por alguns
instantes e depois replicou: “O que é que você preferia
ter como causa número um de morte?”
David Ehrenfeld, “A Arrogância do Humanismo”.
A réplica do sutil professor ao estudante sugere que:
a)a especialização do saber aprimora a visão de
conjunto.
b)o avanço tecnológico nem sempre implica humanização.
c)a fixação no poder da ciência faz esquecer seus
limites.
d)a modernização apressada costuma obrigar a recuos.
e)a pesquisa perseverante contorna os maiores
obstáculos.
26. (MACK) Votar é essencialmente um direito, não um
dever. Ninguém deve ser obrigado a escolher representantes. A todo cidadão deve ser garantido o direito
de se fazer representar nas instâncias executiva e legislativa. Quem não se vale desse direito está simplesmente abrindo mão de um valoroso instrumento para
o exercício da cidadania. Deve, pois, arcar com os efeitos dessa omissão.
Folha de São Paulo
Assinale a alternativa correta sobre o trecho anterior.
a)Está pressuposto que todas as pessoas, se pudessem, não votariam.
b)O voto tem de pertencer mais ao universo do dever, do que ao universo do querer e do saber.
c)Votar é circunstancialmente um direito, mas indubitavelmente um dever.
d)Está pressuposto que alguns só votam por obrigação.
e)O cidadão que é alheio a seus próprios direitos
deve permanecer isento de quaisquer ônus decorrentes dessa alienação.
27. (FUVEST) Se, como diz o ditado, ter um é pouco e dois é
que seria o bom, quando se trata do Trio Beaux Arts, os
três são demais. No melhor sentido da palavra.
O Estado de S. Paulo, 12.04.1996, pág. D4.
a)Qual é “o melhor sentido da palavra” a que o autor se refere?
b)Qual o contrassenso que ele evitou, ao acrescentar a ressalva “no melhor sentido da palavra”?
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28. (MACK) No silêncio das noites, soluçam as almas pelas
torneiras das pias.
II. a Assembleia Geral era composta de duas câmaras: a Câmara dos Deputados e o Senado.
Mário Quintana, Da preguiça como método de trabalho.
III. as eleições para a Assembleia Geral e o Conselho
Geral das províncias processavam-se em dois
graus.
Observando a frase anterior, assinale a alternativa
correta.
a)O inusitado está na escolha lexical do último adjunto adverbial.
b)O objeto direto as almas cria uma prosopopeia.
c)O primeiro e último adjuntos adverbiais expressam um espaço melancolicamente espiritual.
d)Das noites e das pias, respectivamente, complementos nominais dos termos a que se referem,
criam o tom parodístico.
e)O sujeito indeterminado reforça o mistério noturno.
29. (UNICAMP) Alguém menos tolerante no que se refere
a imprecisões de linguagem poderia dizer que a notícia a seguir (publicada no jornal Folha de S. Paulo de
26.05.2001) faz referência a alguma coisa impossível.
a)Que coisa é essa e por que é impossível?
b)O que, provavelmente, a legenda da foto quer
dizer?
30. (CESGRANRIO) As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral e dos membros dos Conselhos Gerais das Províncias serão feitas por eleições
indiretas, elegendo a massa dos cidadãos ativos em
Assembleias Paroquiais os eleitores de Província, e estes
os representantes da nação e Província.
Constituição política do Império do Brasil, art. 90.
A leitura do texto anterior permite afirmar que durante o Império:
I. todos os cidadãos brasileiros eram cidadãos ativos, participando assim das eleições primárias.
IV.alguns eleitores eram cidadãos ativos.
V.embora os deputados e senadores fossem representantes da nação, eram eleitos de modo
direto apenas pelos eleitores.
Assinale:
a)se somente as afirmativas I e V estão certas.
b)se somente as afirmativas II, III e V estão certas.
c)se somente as afirmativas I, II e V estão certas.
d)se somente as afirmativas III e IV estão certas.
e)se somente as afirmativas II e IV estão certas.
(VUNESP) Texto para as questões 31 a 34.
Filhos de estimação
Li em algum lugar que uma entidade protetora de
animais está oferecendo cães e gatos abandonados
a pessoas de bom coração que queiram adotá-los.
Os animais passaram por veterinários, estão ótimos
de saúde, não oferecem perigo. Por que foram atirados à rua? Quem sabe porque pessoas enjoam dos
bichos quando eles crescem. Ou porque bicho dá trabalho. Não sei, porém, se vocês repararam que os
cachorros e gatos vagabundos estão diminuindo
nas ruas. Era comum antes topar com dezenas de vira-latas perambulando pelas calçadas, cheiriscando muros e latas de lixo. Agora pouca gente usa lata para
guardar lixo. O próprio lixo emagreceu, não tem
mais a atração da fartura de desperdício de tempos
atrás. Inflação, custo de vida, essas coisas. A captura
municipal se aprimorou. A campanha de prevenção
da raiva alertou os donos dos bichos. E os automóveis não perdoam cachorro e gato distraído.
Para substituir esses animaizinhos desvalidos
surgem novos bandos de crianças desgarradas em
São Paulo. Se antes uma criança pedindo esmola
chamava nossa atenção, hoje nós a olhamos com
naturalidade e indiferença. Dar ou recusar uma nota,
uma moeda, tornou-se um gesto maquinal.
Suponho que o destino desses guris está selado:
eles acabarão na cadeia. Ou nos encostarão contra a
parede a qualquer momento, o revólver em nosso
peito.
É possível que amanhã, com outro governo, o
Brasil não seja um grande exportador de armas, mas
passe a ser conhecido no mundo como um país de
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brio que deu às crianças esquálidas e tristes não direi
diploma de doutor, isso seria um enorme milagre
inútil. Mas uma oportunidade de trabalho, ao menos
isso, com um pagamento que lhes permita, depois de
aprender uma profissão prática, ganhar a vida com
o coração limpo e honestidade. Podemos sonhar
acordados.
Lourenço Diaféria, Jornal da Tarde, 26.09.84.
31. O texto dado é um fragmento de uma crônica em
que Lourenço Diaféria aponta um grave problema
social de São Paulo e do Brasil. Sendo a estrutura
desse fragmento muito bem delineada, após algumas leituras você estará em condições de:
a)indicar, para cada parágrafo, um tópico que resuma sua ideia central.
b)mostrar como se relaciona logicamente os quatro parágrafos com relação à mensagem que se
quer transmitir.
32. É possível descobrir, pela leitura atenta do texto,
uma atitude real do cronista disfarçada por uma atitude instrumental com que aponta o problema
para o leitor. A base desta segunda atitude é uma
figura de linguagem presente praticamente em todo
o texto. De posse dessas informações:
a)indique o nome da figura de linguagem mencionada anteriormente e explique para que serve
ela ao longo da crônica.
b)analise e interprete as montagens de elementos
que o cronista opera no título “Filhos de estimação” e na seguinte passagem: ”Para substituir esses
animaizinhos desvalidos, surgem novos bandos
de crianças desgarradas em São Paulo.”
33. Entre as palavras do 2o, 3o e 4o parágrafos você encontrará as que respondem as duas questões a seguir:
a)Sinônimos de: sujo, dignidade, sina, prodígio, automático.
b)Antônimos de: interesse, perder, alegre, importador, útil.
34. Releia com atenção o 1o parágrafo do texto e localize nele:
a)três orações subordinadas substantivas desenvolvidas, indicando a função que exercem no período de que fazem parte.
b)uma oração adjetiva desenvolvida, indicando a
função sintática que o pronome relativo nela
exerce.
(FGV) Texto para as questões de 35 a 38.
... Os fenômenos da linguagem examinavam-se
outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já
era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes unidos à
oração ou nela encravados.
Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear por antigos preconceitos, já
não podemos levar essas expressões à conta de superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo,
o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no
discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os
dias.
Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos
ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de
perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante
de nós, para que fique sempre bem impressionada
com as nossas palavras.
Said Ali, Meios de expressão e alterações semânticas, Rio de
Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1971.
35. Conforme Said Ali:
a)a gramática e a lógica reconheciam a análise das
partículas de realce.
b)a gramática e a lógica analisavam apenas os termos sobejantes.
c)a linguagem era iluminada outrora apenas pela
análise dos termos de realce.
d)as palavras excedentes encaixadas na oração já
eram admitidas, pelo menos, como termos de
realce.
e)as palavras expletivas e ilógicas sobejavam nas
orações de realce, desde que fossem reconhecidas como fenômenos gramaticais.
36. Conforme o texto, para a ciência da linguagem, as
expressões de realce são:
a)frequentes no falar cotidiano singelo.
b)um raro contrassenso linguístico.
c)supérfluas e decorativas.
d)eloquentes no discurso retórico.
e)típicas do falar irrefletido da coletividade.
37. Segundo o texto:
a)a coletividade é constituída de pessoas desconhecidas que nos ouvem em silêncio.
b)procuramos adaptar a linguagem ao ouvinte que
está diante de nós.
201
8
c)procuramos sempre impressionar a coletividade
com as nossas palavras.
d)é necessário ouvir as pessoas que estão mais próximas de nós.
e)só causamos boa impressão nas pessoas que estão diante de nós.
38. Para Said Ali:
a)nos tempos atuais, a ciência linguística apeou-se
das superfluidades.
b)atualmente, a ciência linguística está entravada
por preconceito.
c)os antigos preconceitos já não influem na investigação linguística dos fatos.
d)a ciência da linguagem não se deixa enganar
pela antiga lógica.
e)os antigos prejuízos preservaram a ciência da linguagem.
Texto para as questões 39 e 40.
Eu, que me apliquei inteiramente em ser um matemático, sofro se outros conhecem mais matemática
do que eu; porém, estou satisfeito em permanecer na
ignorância do idioma grego. Neste caso, as deficiências não me fazem sentir humilhado. Tivesse eu pretensão de ser um linguista, então sim, aí sentiria as
coisas ao contrário do que as sinto agora.
39. Conclui-se do texto que:
a)as ciências exatas são mais relevantes que as ciências humanas.
b)a sensação de sucesso ou fracasso depende do
nível de aspiração das pessoas.
c)a ninguém é dado ser sábio em mais que um
campo do conhecimento.
d)o homem não se preocupa com suas deficiências,
mas tão somente com suas virtudes.
e)o homem é motivado por seus sucessos e não
por seus fracassos.
40. O texto:
a)descreve um indivíduo e narra uma ação.
b)julga valores e narra um incidente.
c)descreve as circunstâncias de uma ação.
d)analisa um comportamento.
e)disserta sobre um problema moral.
(FAAP) Texto para as questões de 41 a 43.
Barcos de Papel
Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saia a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
Fazia de papel toda uma armada
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada...
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, tal como aqueles,
perfeitamente, exatamente iguais...
– que os meus barquinhos, lá se foram eles!
foram-se embora e não voltaram mais!
Guilherme de Almeida
41. Na infância, o poeta brincava com barcos de papel,
e os seus ideais eram:
a)também de papel.
b)barcos de ouro.
c)armada de papel.
d)enxurrada das sarjetas.
e)enxurrada na calçada.
42. Expressão que melhor reproduz o tema do poema:
a)Riqueza e felicidade.
b)Horizonte feliz.
c)Viver é renascer.
d)A morte é o sinal de igual na equação da vida.
e)Ilusões da vida.
43. Se o poema revela os autênticos sentimentos do
autor, é possível inferir que a vida:
a)lhe foi agradável na mocidade.
b)lhe foi pavorosa na infância.
c)lhe revelou decepções.
d)deu riqueza, mas não felicidade.
e)deu felicidade, mas não riqueza.
44. (UNICAMP) Leia com atenção o texto a seguir, transcrição integral de uma notícia da Folha de S. Paulo
de 09.09.1996 (secção de esportes):
Juiz doa dinheiro após acordo com o jogador
O juiz Flávio de Carvalho deve doar, hoje, às 14 h,
uma quantia de R$ 5.000,00 ao Lar Espírita Ernesto
Kuhl, de Limeira.
A quantia refere-se a um acordo feito com o meia
Marcelinho Carioca, do Corinthians, originado por uma
ação que Carvalho moveu contra o jogador.
No dia 6 de agosto, o juiz entrou com um processo
contra Marcelinho, devido a um gesto do atleta durante uma partida contra o Santos, na Vila Belmiro, sinalizando que Carvalho estava “roubando” no jogo.
A audiência de conciliação, tendo à frente o juiz
Carlos Vieira von Adamek, da 13a Vara da Comarca de
Limeira, aconteceu anteontem.
201
9
As partes envolvidas resolveram colocar fim à
ação, sendo que ficou determinado a Marcelinho pagar R$ 5.000,00.
O cheque nominal ao Lar Espírita, assinado por
Emílson Antunes, advogado do jogador, foi entregue
a Carvalho no ato.
a)Reconstitua a cronologia dos fatos narrados nessa
notícia, atribuindo a cada um dos episódios um título e, quando for possível, uma data. Coloque-os
na ordem em que ocorreram.
b)Extraia do próprio texto um sinônimo para a expressão “mover uma ação” e encontre o acontecimento a que se refere a expressão “no ato”.
c)Explique por que, nesse texto, tal como ele foi redigido, a frase “o cheque (...) foi entregue a Carvalho” não poderia ser substituída por “O cheque foi
entregue ao juiz”.
45. (FGV) A seguir, temos os dois primeiros períodos de
um texto dissertativo*. Os demais períodos estão
alinhados sem ordem alguma. Organize-os em uma
sequência lógica, de forma a completar o sentido
dos primeiros. Na resposta, indique, por meio dos
números, a ordem lógica em que devem dispor-se
os períodos.
Primeiros períodos:
Os benefícios criados pelo Mercosul estão atingindo o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste mais
rapidamente do que se previa.
É verdade que a maior parte do comércio com os
países do Mercosul ainda continua concentrada
no Sudeste e no Sul.
1)É normal, costuma-se dizer, que as porcentagens
de crescimento sejam altas, quando se parte de
bases modestas, como é o caso da exportação
cearense.
2)Mas, em termos percentuais, há exemplos diferentes: a exportação do Ceará para os países da
área cresceu 339,3% entre 1992 e 1996, enquanto a de São Paulo aumentou apenas 83,4%.
3)Estão facilitando, de certo modo, também a integração do Brasil.
4)Em números absolutos, a Região Sudeste, por
exemplo, exportou para o Mercosul, em 1996, produtos avaliados em US$ 4,9 bilhões, enquanto a
receita de todo o Nordeste correspondeu a cerca
de um décimo desse valor – US$ 482,19 milhões.
5)Restringir a explicação a isso, porém, é tão fácil
quanto insatisfatório.
6)Deve haver algo mais, portanto, a ser levado em
conta.
7)As oportunidades abertas pelo Mercosul podem
produzir, afinal, mais que a integração comercial
de quatro países.
8)Esse algo mais é o dinamismo que se tem difundido pelo país, com a onda de investimentos fora
dos velhos centros industriais e agrícolas.
(*) Adaptado do editorial do jornal O Estado de S. Paulo,
10.05.1997, pág. A-3.
46. (MACK) Em 1996, o frango foi herói nacional e, apesar
de ter, volta e meia, demonstrado que está a fim de
botar as coxinhas de fora e subir de preço, continua
como símbolo de um governo de retumbante, conquanto enigmático, sucesso.
João Ubaldo Ribeiro
Segundo o texto:
a)o governo tem controlado com sucesso o preço
dos alimentos.
b)o frango é um alimento de valor nutritivo indiscutível e o governo não tem medido esforços
para manter seu preço ao alcance das possibilidades populares.
c)em 1996, os gêneros alimentícios não tiveram
seus preços aumentados.
d)o sucesso do governo, quanto à estabilidade econômica, embora muito divulgado pela mídia, baseia-se fragilmente na manutenção dos preços de
alguns gêneros alimentícios.
e)o enigma do atual governo consiste na estabilidade do preço do frango.
47. (PUC) Ethos – ética em grego – designa a morada humana. O ser humano separa uma parte do mundo
para, moldando-a ao seu jeito, construir um abrigo
protetor e permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez. O
ser humano está sempre tornando habitável a casa
que construiu para si.
Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma morada
saudável: materialmente sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda.
Na ética há o permanente e o mutável. O permanente
é a necessidade do ser humano de ter uma moradia:
uma maloca indígena, uma casa no campo e um
apartamento na cidade.
Todos estão envolvidos com a ética, porque todos
buscam uma morada permanente.
O mutável é o estilo com que cada grupo constrói
sua morada. É sempre diferente: rústico, colonial,
201
10
moderno, de palha, de pedra... Embora diferente e
mutável, o estilo está a serviço do permanente: a necessidade de ter casa. A casa, nos seus mais diferentes
estilos, deverá ser habitável.
Leonardo Boff, A águia e a galinha, Petrópolis,
Vozes, 1997, págs. 90-91.
Leia o texto e assinale a alternativa correta.
a)O autor afirma que o ser humano constrói a sua
proteção na ética grega – morada humana.
b)O autor, objetivamente, constrói o seu jeito de
tornar habitável a casa que construiu para si.
c) O permanente e o mutável são apenas estilos que,
segundo o autor, referem-se à psiquê e ao espírito.
d)A permanência e a mutabilidade são características que o autor aponta como básicas para que o
ser humano atinja ou uma maloca, ou uma casa
ou um apartamento.
e)O autor revela que há permanência e mutabilidade na ética que, como morada humana, é uma
construção constante de um ambiente saudável.
Texto para as questões 48 e 49.
Os observatórios situados no solo estão limitados ao
estudo da radiação que passa pelas ’janelas’ transparentes da atmosfera terrestre. As limitações da atmosfera só
são evitadas pela observação fora dela, o que, no momento, apresenta inconvenientes de ordem logística e
econômica. Resta à astronomia no solo a escolha dos
métodos e instrumentos adequados e dos locais mais favoráveis; daí surgiu a técnica de escolha de sítio.
48. De acordo com o texto:
a)os observatórios terrestres devem ser providos
de janelas com vidros perfeitamente transparentes, que permitam a observação do que há na atmosfera e além dela.
b)a escolha de um local adequado para a instalação
de um observatório astronômico é fundamental
para a observação do que existe além da atmosfera.
c)as radiações que passam pelas janelas transparentes limitam a capacidade operacional dos laboratórios astronômicos terrestres.
d)a atmosfera terrestre constitui uma faixa muito
limitada para a pesquisa realizada em laboratórios de astronomia.
e)a astronomia precisa substituir os métodos e instrumentos que utilizou até agora, por outros que
sejam mais favoráveis e produtivos.
49. Infere-se do mesmo texto que:
a)a camada atmosférica que envolve a Terra é um
empecilho à observação astronômica do que se
passa além dela.
b)nos dias límpidos e transparentes, os astrônomos
ficam mais expostos às radiações da atmosfera.
c)os limites logísticos e econômicos impõem certos inconvenientes ao estudo do solo.
d)a astronomia tem dedicado esforços para o estudo
das ‘janelas‘ transparentes.
e)a radiação atmosférica só pode ser evitada com
métodos e instrumentos adequados.
50. (MACK) Toda sociedade se faz de um conceito de honra pessoal, que, perdida, nada mais há, porque vale
tudo. Ou, na linguagem apocalíptica de Dostoievski,
se Deus não existe, tudo é permitido.
Paulo Francis
Segundo o texto:
a)Dostoievski foi um profeta do apocalipse.
b)nas sociedades, o conceito de honra pessoal tem
pouca importância.
c)nas sociedades, o conceito de honra pessoal é o
alicerce das relações entre os cidadãos.
d)Dostoievski nega a existência de Deus.
e)como, para Dostoievski, Deus não existe, cada
um pode fazer aquilo que bem entender.
51. (ITA) Para a presente questão, observar que:
1)acentuação gráfica foi eliminada.
2)as sílabas tônicas propostas são representadas
por letras maiúsculas.
Ex.: ca TAS tro fe – (sílaba tônica proposta é TAS)
Ao se escutar, então,
ru BRI ca
a VA ro
pro TO tipo
gratu I to
verifica-se que:
a)apenas uma das palavras foi pronunciada corretamente.
b)apenas duas foram pronunciadas corretamente.
c)três foram pronunciadas corretamente.
d)todas foram pronunciadas corretamente.
e)nenhuma foi pronunciada corretamente.
52. A palavra língua recebe acento por ser uma paroxítona terminada por ditongo oral. Assinale a alternativa em que as palavras são acentuadas pela
mesma regra.
a)pusilânime, álbum, âncora.
b)ângulo, retângulo, triângulo.
c)árduo, anfíbio, repórter.
d)mágico, pátio, aromático.
e)míngua, história, precário.
201
11
a)peso – colocâmo-los – recepiente
b)peso – colocamo-los – recipiente
c)pêso – colocamo-los – recepiente
d)pêso – colocâmo-los – recipiente
e)pêso – colocamo-los – recipiente
54. (FCC) Afinal, ....... quer ....... opiniões ....... .
a)ninguem – impor – estravagantes
b)ninguém – impôr – extravagantes
c)ninguém – impor – estravagantes
d)ninguém – impor – extravagantes
e)ninguem – impôr – estravagantes
55. (FCC) O ........ comportou-se com um ........ verdadeiramente ....... .
Exemplo:
Charrete
fonemas: 6
123
53. (FCC) Para saber o ....... exato dos líquidos, ...... em
um ...... adequado.
letras: 8
Seguindo o exemplo, dê o número de fonemas e o
de letras das palavras:
a)chimarrão
b)chimpanzé
c)axioma
d)guerrilhavam
e)tchau
f)cauim
59. Leia o texto a seguir e responda ao que se pede:
a)refem – altruísmo – impar
b)refém – altruísmo – ímpar
c)réfem – altruísmo – ímpar
d)refém – altruismo – impar
e)réfem – altruismo – impar.
Texto para as questões 56 e 57.
César, imperador de Roma, tem seu assassinato descrito da seguinte forma:
Vendo então punhais que se levantavam por toda
a parte, envolveu a cabeça com a toga... Recebeu vinte
e três facadas, somente na primeira deu um gemido,
sem pronunciar qualquer palavra. Sem dúvida, alguns
dizem que, tendo visto aproximar-se Marco Bruto,
disse-lhe: ’Até tu, Bruto? ...‘. Os conjurados pretendiam
arrastar seu cadáver até o Tibre, confiscar seus bens e
anular seus atos; mas o temor que lhes infundiram o
Cônsul Marco Antônio e Lépido, chefe da cavalaria, os
fizeram desistir do seu intento.
56. Classifique as consoantes destacadas:
vendo, lendo, tendo.
57. Destaque, do texto, seis vocábulos que apresentam:
a) consoantes nasais.
b)consoantes vibrantes alveolares e/ou velares.
c)fricativas alveolares sonoras e/ou surdas.
58. Como você sabe, fonema é a menor unidade sonora
distintiva, enquanto letra é a sua representação gráfica. Por isso, nem sempre coincide o número de
fonemas com o de letras, num mesmo vocábulo.
As imagens desse game chegam com mais realismo.
Trata-se de uma nova versão em 3D do Prince of
Persia, game que tem como motivo uma história
passada na Pérsia do século XII. O rei Assan sequestrou a noiva do príncipe da Pérsia para tornar a bela
jovem esposa de seu filho Rugnor, um ser sobrenatural, mistura de homem e fera. O príncipe é aprisionado
e o jogo gira em torno da luta pela liberdade e a busca
da mulher amada. Para tanto, o príncipe da Pérsia
deverá enfrentar temíveis vilões, manejar espadas
com muita precisão e versatilidade, além, é claro, de
correr, saltar, escalar paredes, entrar em cavernas
horrorosas, atravessar palácios repletos de perigos,
e... ufa! É a movimentação, a emoção e os cenários
que fazem desse jogo um dos maiores sucessos entre
os games.
201
12
pespectiva do corredor. Um impeto de alegria o fez
estremecer, tanto se achou elegante, como nunca o
teria acreditado.
Guy de Maupassant, Bel ami.
61. (OSEC) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos sejam exemplos de parassíntese.
a)envergonhar; entardecer; repugnar.
b)repugnar; resolução; envaidecer.
c)despedaçar; envergonhar; amanhecer.
d)entardecer; desempregado; repugnância.
e)subliminar; subemprego; envilecimento.
62. (MACK) As palavras sapataria, desligar, jogar e esfarelar são formadas, respectivamente, por:
a)Que tipo de ditongo é encontrado nos vocábulos
imagens, Persia, sequestrou?
b)Classifique o encontro vocálico de aprisionado,
vilões, além.
c)Nas palavras claro, correr, entrar, repletos, enfrentar,
1
2
3 4
5
6
tanto sobrenatural, príncipe, os números
7
8
9 10
são encontros consonantais e os
dígrafos.
são
60. No texto a seguir, encontramos erros de acentuação
e grafia. Aponte-os e reescreva-os corretamente.
Estava um pouco embarassado, intimidado, pouco
à vontade. Vestia casaca pela primeira vês em sua
vida, e o conjunto do seu vestiário o inquietava. Sentia-o
defeituoso em tudo: nas botas que não eram de vernis,
mas no entanto bem finas, pois possuia a vaidade dos
pés bem calçados; na camisa de quatro francos e cinquenta, comprada àquela mesma manhã no Louvre, e
cujo peitilho, muito fino, já estava amarrotado. Suas
outras camisas, as de todos os dias, tinham estragos
mais ou menos graves, não sendo possivel usar nem
mesmo a menos ruím.
Suas calças, um pouco largas, dezenhavam mau
a perna, pareciam enrolar-se em torno da barriga da
perna, com a aparencia amarrotada que tomam as
roupas alugadas, sobre os membros que por acaso
recobrem. Somente a casaca não lhe ia mal, ajustando-se mais ou menos a seu corpo.
Subia lentamente as escadas, o coração batendo ancioso, inquieto, sobretudo com o temor de ser
ridículo. Subitamente, percebeu em sua frente um
cavaleiro a rigor que o olhava. Achavam-se tão perto um do outro que Duroy recuou, depois parou estopefado: era ele mesmo, refletido em um espelho
auto, que no patamar da escada dava uma longa
a)sufixação, prefixação, sufixação e derivação parassintética.
b)sufixação, sufixação, sufixação e sufixação.
c)prefixação, prefixação, sufixação e derivação parassintética.
d)prefixação, sufixação, sufixação e derivação parassintética.
e)sufixação, derivação parassintética, sufixação e
sufixação.
63. (FEI) Em que alternativa todas as palavras são formadas por derivação sufixal?
a)duradouro – inativo – paraquedas – preconcebido.
b)cabecear – celeste – cooperar – objeto.
c)movediço – mourisco – chuvinha – bebedeira.
d)terreno – campal – injusto – conteúdo.
e)hebreu – mineiro – doente – banana.
64. (MACK) Assinale a alternativa em que haja uma palavra formada pela processo de derivação imprópria.
a)Uma nuvem de pernilongos atacou ontem o centro de Belém.
b)Aplacada a tempestade, a presença do arco-íris
simbolizava um novo e saudável comportamento.
c)A cidade inteira se entristeceu com o sequestro
do garoto.
d)O excesso de franqueza custou caro, pois não
cheguei a acordo nenhum com você.
e)Naquela Faculdade de Sociologia, aprendemos
apenas os golpes retumbantes da retórica dos
grandes pensadores.
65. (MACK) Empregam-se os sufixos ez, eza na formação
dos substantivos abstratos derivados de adjetivos. Assinale a alternativa que contém um vocábulo que não se
enquadra nessa norma de orientação ortográfica.
a)surdez – beleza – certeza.
b)realeza – embriaguez – reza.
201
13
c)estupidez – insensatez – presteza
d)agudez – esperteza – leveza
e)sordidez – sutileza – solidez
66. (UNIRIO) Assinale a alternativa que apresenta palavras formadas por derivação sufixal.
a)perseguido – cambiante
b)vitalidade – crepúsculo
c)púrpura – incerteza
d)sentimental – rigoroso
e)vantagem – hipócrita
67. (MACK) Assinale a alternativa em que um dos substantivos não corresponde ao verbo mediante o processo da nominalização.
a)agredir – agressão; prometer – promessa.
b)compreender – compreensão; deter – detenção.
c)divergir – divergência; submeter – submissão.
d)discutir – discussão; exceder – exceção.
e)repercutir – repercussão; manter – manutenção.
68. (FUVEST) Dos vocábulos da relação seguinte transcreva a seguir apenas aqueles cujos prefixos indiquem: privação, negação ou oposição.
indiciado – anarquia – aprimorar – península – amoral
– antípoda – antediluviano – ateu – antigo – imberbe
69. (FUVEST) Da relação seguinte, transcreva aqueles
que indiquem inferioridade ou posição inferior.
sotopor – retroceder – suprarrenal – sublingual – infravermelho – obstruir – hipodérmico – sobestar –
hipertensão – périplo
(MAPOFEI) Questões de 70 a 72
Lista de significações:
água – horror
alma – cura
alma – estudo
amigo – sabedoria
boa – nova
criança – conduzir
estrangeiro – horror
força – medida
longe – ver
longe – voz
mundo – origem
pequeno – ver
povo – governo
sinal – portador
tempo – medida
terra – estudo
Escolha, na lista, o par de palavras que traduzam os
radicais das palavras seguintes, conforme o modelo.
Modelo: clorofila = verde – folha
70. a)cronômetro
b)microscópio
71. a)democracia
b)xenofobia
72. a)pedagogo
b)telefone
73. Classifique os processos de formação dos seguintes
vocábulos:
a)geologicamente
b)encanecer
c)pluviômetro
d)boia-fria
e)borbulhar
74. Quanto à formação, classifique as palavras:
a)pão de forma
b)girassol
c)quebrângulo
d)celtibero
75. Na expressão: “Pense Ford”, que processo de formação ocorreu?
76. (MACK) “Em meados do século XIV, a poesia trovadoresca entra em decadência, surgindo, em seu lugar, uma nova forma de poesia, totalmente distanciada da música, apresentando amadurecimento
técnico, com novos recursos estilísticos e novas formas poemáticas, como a trova, a esparsa e o vilancete.”
Assinale a alternativa em que há um trecho representativo de tal tendência.
a)“Non chegou, madre, o meu amigo,
e oje est o prazo saido!
Ai, madre, moiro d’amor!”
b)“Êstes olhos nunca perderán,
senhor, gran coita, mentr’eu vivo fôr;
e direi-vos fremosa, mia senhor,
dêstes meus olhos a coita que han:
choran e cegan, quand’alguém non veen,
e ora cegan por alguen que veen.”
c)“que meu desejo não ousa
desejar nehua cousa.
Porque, se a desejasse
logo a esperaria,
e se eu a esperasse,
sei que vós anojaria:
mil vezes a morte chamo
e meu desejo não ousa
desejar-me outra cousa.”
201
14
d)“Amigos, non poss’eu negar
a gran coita que d’amor hei,
ca me vejo sandeu andar,
e con sandece o direi:
os olhos verdes que eu vi
me fazen or(a) andar assi.”
e)”Ai! dona fea, foste-vos queixar
por (que) vos nunca louv’e meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar,
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar.
dona fea, velha e sandia!”
A cantiga transcrita a seguir é conhecida como
“Cantiga da Ribeirinha” e é assinada por Paio Soares
de Taveirós. Leia-a atentamente e responda as
questões 77 e 78.
No mundo non me sei parelha,
mentre me fôr como me vai
ca já moiro por vós – e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi en saia!
Mau dia me levantei,
que vós enton non vi fea!
E, mia senhor, dês aquel dia, ai!
me foi a mi mui mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d’haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós ouve nen hei
valia d’ũa correa.
Cancioneiro da Ajuda, ed. cit., vol. I, pág. 82, cantiga 38.
77. a)Quanto à estrofação, como pode ser analisada a
composição?
b)Destaque um enjambement ou encadeamento
presente nos versos anteriores.
78. A cantiga apresentada pode ter dupla classificação:
lírico-amorosa e satírica, dependendo da interpretação. Vamos fazer uma transcrição para o português moderno.
No mundo não há ninguém igual a mim
enquanto me acontecer o que me acontece
pois já morro por vós e – ai!
I
minha senhora alva e rosada
quereis que vos descreva
quando vos vi na intimidade!
II
minha senhora alva e rosada
quereis que vos lembre de que
já vos vi na intimidade?
Mau dia aquele (em que vos vi “en saia”)
pois vi que não sois feia!
E, minha senhora, desde aquele dia, ai!
me foi para mim muito ruim,
e enquanto vós, filha de Dom Paio Munis
I
julgais forçoso que vos cubra
com uma guarvaia
II
que eu lhe ofereça uma guarvaia
para que vós possais cobrir as
belas formas que entrevi quando
estavas sem manto
eu, minha senhora, de vós nunca recebi
coisa alguma que tivesse valor.
a) Cite dois motivos para classificar “Cantiga da Ribeirinha” um cantar de amor.
b)Quais seriam os argumentos para considerá-la
uma cantiga satírica?
c)Que tipo de composição satírica seria?
Texto para as questões 79 a 85.
Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao céu voando,
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.
Se me pergunta alguém por que assim ando,
Respondo que não sei; porém o suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.
Luís Vaz de Camões
79. Identifique no texto características formais que pemitem incluí-lo no Classicismo.
80. Comente por que o texto é exemplo de “poesia lírica”.
201
15
81. De certa forma, este poema lembra um outro também famoso de Camões: “Amor é fogo que arde
sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / (...)”.
Explique como o poeta concebe o amor, a partir das
sensações que este produz naquele que ama.
82. Para expressar o seu estado, o eu poemático se vale
de um recurso estilístico que, usado intensamente,
acaba por organizar o próprio texto. Indique essa
figura de linguagem (ou tropos) predominante no
texto.
83. Retire do poema um exemplo de:
a)hipérbole
b)zeugma
c)paralelismo
Es | tan | do | em | te | rra, | che | go ao | céu | voan | do
2
3
4
88. O sermão revela uma certa mágoa do pregador em
relação aos fiéis, tanto que propõe pregar aos peixes e não aos homens. Transcreva uma passagem
do excerto que indique tal mágoa.
89. “Que eu canto o peito ilustre lusitano
A quem Netuno e Marte obedeceram.”
A partir desses versos de Os Lusíadas, comente:
a)uma característica forma desse poema épico.
b)o propósito da obra.
c) duas características do Classicismo presentes nos
versos.
90. (FUVEST)
84. Camões utiliza-se, neste soneto, do verso decassílabo.
Suponha que alguém lhe provasse tal fato com a
seguinte escansão:
1
87. Retire do texto um exemplo de antítese.
5
6
7
8
9
10
Você concordaria ou não? Por quê?
85. Camões tinha pelo cancioneiro medieval um grande apreço, como se pode observar em suas redondilhas. Mostre como, a seu ver, este soneto poderia
ser associado às cantigas trovadorescas.
Texto para as questões de 86 a 89.
Isto suposto, quero hoje (...) voltar-me da terra ao
mar, e já que os homens se não aproveitam, pregar
aos peixes. O mar está tão perto que bem me ouvirão. Os demais podem deixar o sermão, pois não é
para eles.
(...)
Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes?
Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas
boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam.
Uma só coisa pudera desconsolar ao pregador, que é
serem gente os peixes que se não há de converter.
Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume
quase se não sente.
86. Esse excerto faz parte do famoso sermão de Vieira,
pregado na cidade de S. Luís do Maranhão, no ano
de 1654:
a)Sermão da Sexagésima.
b)Sermão da Quarta-Feira de Cinzas.
c)Sermão do bom ladrão.
d)Sermão de Santo Antônio.
e)Sermão XIV do Rosário.
Ardor em firme coração nascido;
pranto por belos olhos derramado;
incêndio em mares de água disfarçado;
rio de neve em fogo convertido:
tu, que em um peito abrasas escondido;
tu, que em um rosto corres desatado;
quando em fogo, em cristais aprisionado;
quando cristal, em chamas derretido.
Se és fogo, como passas brandamente,
se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
como quis que aqui fosse a neve ardente,
permitiu parecesse a chama fria.
a)A que movimento literário pertence o soneto?
b)Justifique sua resposta, apoiando-se no texto.
O texto que você vai ler a seguir foi escrito por Cláudio Manuel da Costa à época da mineração e da Inconfidência, movimento do qual participou. Delatado, foi preso e acabou por se suicidar na prisão a 4
de julho de 1789.
Já me enfado de ouvir este alarido,
Como que se engana o mundo em seu cuidado;
Quero ver entre as peles, e o cajado,
Se melhora a fortuna de partido.
Canse embora a lisonja ao que ferido
Da enganosa esperança anda magoado;
Que eu tenho de acolher-me sempre ao lado
Do velho desengano apercebido.
Aquele adore as roupas de alto preço,
Um siga a ostentação, outro a vaidade;
Todos se enganam com igual excesso.
201
16
Não chamo a isto já felicidade:
Ao campo me recolho, e reconheço,
Que não há maior bem, que a soledade.
96. (MACK) Os seguintes versos
91. O poema faz explicitamente uma crítica à vida urbana, ou aos valores que a chamada “civilização” impõe ao homem. Transcreva uma passagem do texto
em que essa crítica se torne evidente.
92. Indique o sentido que o substantivo “fortuna” adquire no quarto verso: “Se melhora a fortuna de partido”.
93. O texto faz a apologia de um determinado modo de
vida, aliás muito valorizado pelos árcades.
a)Indique de que modo de vida se trata.
b)Transcreva do texto passagens que justifiquem
sua resposta.
94. Comente como nesse poema Cláudio Manuel da
Costa desenvolve temas típicos do Arcadismo, tais
com os de fugere urbe, locus amoenus e aurea mediocritas.
95. Assinale o fragmento que, embora pertencendo ao
mesmo estilo de época de Camilo Castelo Branco,
apresenta ponto de vista irônico sobre a aventura
amorosa.
a)Eu te amo, Maria, eu te amo tanto / Que meu peito
me dói como uma doença / E quanto mais me seja
a dor intensa / Mais cresce na minha alma teu encanto.
Vinicius de Moraes
b)O Amor enganoso, que fingia, / Mil vontades
alheias enganando, / Me fazia zombar de quem o
tinha.
Camões
c)E o eco ao longe murmurou – é ela! / E a vi – minha
fada aérea e pura – / A minha lavadeira na janela!
Álvares de Azevedo
d)Cansei-me de tentar o teu segredo: / No teu olhar
sem cor, – frio escalpelo –, / O meu olhar quebrei, a
debatê-lo, / Como a onda na crista dum rochedo.
Camilo Pessanha
e)Ai! Se eu te visse, Madalena pura, / Sobre o veludo
reclinada a meio, / Olhos cerrados na volúpia
doce, / Os braços frouxos – palpitante o seio!...
Casimiro de Abreu
Debruçados do céu... a noite e os astros
Seguiam da peleja o incerto fado...
Era a tocha – o fuzil avermelhado!
Era o Circo de Roma – o vasto chão!
Por palmas – o troar da artilharia!
Por feras – os canhões negros rugiam!
Por atletas – dois povos se batiam!
Enorme anfiteatro – era a amplidão!
pertencem a um poema:
a)indianista
b)condoreiro
c)parnasiano
d)clássico
e)modernista
97. (ITA) “Além da poesia de caráter social, que reflete o
momento histórico da época, integram a obra desse
poeta poemas lírico-amorosos, com uma visão mais
realista e sensual do amor e da mulher.”
Um dos excertos a seguir não pertence ao poeta a
que se referem as informações anteriores. Assinale-o:
a)“Ó mar supremo, de fragrância crua,
De pomposas e de ásperas realezas,
Cantai, cantai os tédios e as tristezas
Que erram nas frias solidões da Lua...”
b)“Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!”
c)“Astros! Noites! Tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...”
d)“Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de saudade.”
e)“O seio virginal, que a mão recata.
Embalde o prende a mão... cresce, flutua...
Sonha a moça ao relento ... Além na rua
Preludia um violão na serenata!... “
(MACK) Texto para as questões 98 e 99.
– Vocês mulheres têm isso de comum com as
flores, que uma são filhas da sombra e abrem
com a noite, e outras são filhas da luz e carecem
do Sol. Aurélia é como estas; nasceu para a rique5 za. Quando admirava a sua formosura naquela
salinha térrea de Santa Teresa, parecia-me que
ela vivia ali exilada. Faltava o diadema, o trono,
as galas, a multidão submissa; mas a rainha ali
estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara
10 à opulência.
201
17
98. De acordo com o texto:
a)as mulheres feias são flores noturnas e as bonitas,
flores diurnas.
b)a afirmação de caráter particular do primeiro período é generalizada na sequência do texto.
c)a “formosura” da personagem (linha 5) contrasta com o espaço caracterizado como “salinha
térrea” (linha 6).
d)para que Aurélia fosse bela “Faltava o diadema, o
trono, as galas, a multidão submissa” (linhas 7 e 8).
e)a beleza e a riqueza são elementos contraditórios
no perfil da mulher ideal.
99. Do texto depreende-se que:
a)romances românticos regionalistas, como Senhora,
exaltam a beleza natural feminina.
b)os romances realistas de Aluísio Azevedo denunciam o artificialismo da beleza feminina.
c)as obras modernistas têm, entre outros, o objetivo de criticar a submissão da mulher à riqueza
material.
d)a linguagem descrita dos escritores naturalistas
caracteriza a sensualidade e a espiritualidade da
mulher.
e)a personagem feminina foi caracterizada sob a
perspectiva idealizadora típica dos autores românticos.
100. Velho Oh flor da mor formosura! Quem vos trouxe
a este meu horto? Ai de mim! Porque, logo que vos
vi, cegou minha alma, e a vida está tão fora de si
que, partindo-vos daqui, é partida.
Moça Já perto sois de morrer. Donde nasce esta
sandice que, quanto mais na velhice, amais os
velhos viver? E mais querida, quando estais mais de
partida, é a vida que deixais?
Velho Tanto sois mais homicida, que, quando amo
mais a vida, ma tirais. Porque meu tempo d‘agora
vai vinte anos dos passados; pois os moços namorados a mocidade os escora. Mas um velho, em idade de conselho, de menina namorado... Oh minha
alma e meu espelho!
Moça Oh miolo de coelho mal assado!
Velho Quanto for mais avisado quem de amor vive
penando, terá menos siso amando, porque é mais
namorado. Em conclusão: que amor não quer razão, nem contrato, nem cautela, nem preito, nem
condição, mas penar de coração sem querela.
Moça Onde há desses namorados? A terra está
livre deles! Olho mau se meteu neles! Namorados de cruzados, isso si!...
Velho Senhora, eis-me eu aqui, que não sei senão
amar. Oh meu rosto de alfeni! Que em horamá eu
vos vi.
Moça Que velho tão sem sossego!
a)O texto acima pertence ao movimento literário
denominado
.
b)O autor da obra do excerto acima é o famoso
dramaturgo português
.
c)O texto acima é parte da peça:
( ) Auto da Alma
( ) A Farsa do Velho da Horta
( ) A Farsa de Inês Pereira
( ) Auto da Barca do Inferno
( ) Auto da Lusitânia
201
18
Respostas das Atividades adicionais
Português
1.d
2.b
3.a
4.d
5.b
6. Há mais de uma resposta possível:
Dos conflitos de geração
Filho – Mamãe, você poderia me dar algum dinheiro para
eu comprar um sanduíche no Bob‘s?
Mãe – Como você chega repentinamente me perguntando se eu poderia lhe dar algum dinheiro? Que dinheiro é
esse? Não. Basta! Você me pede dinheiro frequentemente. Pensa que eu sou o ministro da Fazenda? Me pareço
com o Delfim? Não lhe darei nada!
Filho – Não entendo. Ela quer ter a alegria de ser mãe sem
gastar dinheiro.
7. a) As quatro primeiras linhas.
b)Livre.
c) Um parque de diversões: roda-gigante e atitude folgazã
dos personagens.
d)O ciúme levando ao crime.
e) Pelo corte da cena e o close de detalhes, no momento
em que se chega ao clímax da tragédia.
f) No texto, o gerúndio é utilizado para tentar reproduzir
o movimento da câmera cinematográfica e da roda-gigante.
8. a) Rede, navegando, bate-papo, conversa.
b)No ditado popular, “gato” tem sentido pejorativo, indicando engano ou logro, enquanto no campo das
relações amorosas assume um sentido positivo, na
medida em que “gato” (ou “gata”) indica uma pessoa
com atrativos físicos.
9.c
10.a)Grande Relutância permaneceu como “nome do animal”. Para dar humor à tira seria necessário reescrever
o 3o quadrinho.
b)... estou deixando você com Grande Relutância.
14.a) “... meu pé de milho pendoou.”
b)Porque “É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza.”
15.No primeiro caso, o adjetivo “pobre” conota o lamento
do homem urbano por se ver distanciado da natureza. Na
oração final, “rico” conota a experiência de um homem
que foi abençoado com uma dádiva natural em seu canteiro citadino.
16.a)O pé de milho veio trazer um novo sentido à vida do
escritor, mostrando-lhe a importância do contato com
a natureza.
b)• “... veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com
uma força e uma alegria que fazem bem.”
• “E eu não sou mais um medíocre homem que vive
atrás de uma chata máquina de escrever: sou um
rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.”
17.a) Como ele foi visto por mim em uma noite de luar.
b)Como o vi: objeto direto.
como ele foi visto: sujeito da passiva.
18.a) O futuro do presente foi empregado no lugar do presente do subjuntivo para expressar dúvida, incerteza,
probabilidade:
... e a flor de milho talvez não seja a mais bela.
b)• Não matarás (= Não mates): usado com força de imperativo;
• Estudarás para ser aprovado: enuncia um fato que
se há de realizar.
19.Há mais de uma resposta possível. Seu parágrafo deve
ser inspirado na distinção que Mafalda faz entre “gente”
e “pessoas” e nos possíveis significados de tal distinção.
20.a) • desafiar – verbo; fio – substantivo;
• explodida – particípio de valor adjetivo; explosão –
substantivo.
b)O jogo de oposições é dado pela possível grandeza de
uma explosão e a pequenez da vida severina. Nesse
sentido, poderiam ser citados: explosão/franzina; pequena/explosão.
21.e
11.e
22.a, b, f.
12.e
23.b
13.Não há contradição em suas palavras, pois o autor está se
referindo à individualidade de um pé de milho nascido
em circunstâncias especiais, em contraste com a generalidade do milharal.
24.a
25.c
26.d
201
19
27.a) Com a expressão “o melhor sentido da palavra” o autor quis dize que realmente o trio é bom, é muito bom.
b)O autor evitou cair no sentido tradicional do ditado:
três é excesso (com valor pejorativo).
Oração subordinada substantiva objetiva direta.
❒ “... que os cachorros e gatos vagabundos estão diminuindo nas ruas.”
28.a
Obs.: alguns gramáticos condenam o uso de reparar
como transitivo direto na acepção de notar, perceber.
Segundo sua análise, haveria a elipse da preposição
em, e a oração anterior seria objetiva indireta.
29.a)A legenda faz menção a escalar o Everest (montanha
mais alta do mundo) em outros continentes, o que é
impossível visto o Everest ser único.
b)Erik Weihenmayer quer escalar outros picos em outros
continentes.
30.b
31.a) Parágrafo 1: animais abandonados, inflação e insensibilidade humana.
Parágrafo 2: o menor abandonado.
Parágrafo 3: a marginalização do menor abandonado.
Parágrafo 4: a esperança de que o novo governo se
preocupe com o problema do menor abandonado.
b)A relação está na imagem de animais abandonados
(parágrafo 1) com a do menor abandonado (parágrafos 2, 3 e 4). No parágrafo 2, mostra-se a substituição
de animais amparados por uma sociedade protetora,
por crianças pedintes nas ruas de São Paulo. No parágrafo 3, delineia-se o futuro dessas crianças e, no último, faz-se um apelo a nossos governantes para que se
preocupem com o problema.
32.a)Figura de ironia. As imagens irônicas são percebidas
na relação de comparação entre os animais abandonados, protegidos pelas sociedades protetoras de animais, e os bandos de crianças pedintes que são vistos
com indiferença pelo homem urbano. Após propor
uma solução política para o problema, o autor termina
com a frase irônica: “Podemos sonhar acordados.”
b)Estimação liga-se a animais; filhos a crianças abandonadas. Enquanto os animais têm protetores, as crianças não. A passagem sugere que, enquanto os animais
vão desaparecendo das ruas, as crianças abandonadas
tomam os seus lugares.
33.a) sujo: esquálido
dignidade: brio, honestidade
sina: destino
prodígio: milagre
automático: maquinal
b)interesse: indiferença
perder: ganhar
alegre: triste
importador: exportador
útil: inútil
34.a) • “... que uma entidade protetora de animais está oferecendo cães e gatos abandonados a pessoas de
bom coração...”
Oração subordinada substantiva objetiva direta.
❒ “... se vocês repararam...”
Oração subordinada substantiva objetiva direta.
b)• “... que queiram adotá-los.”
O pronome relativo que substitui, na oração transcrita
anteriormente, o termo antecedente pessoas de bom
coração (pessoas de bom coração as quais queiram
adotá-los), atuando como sujeito da oração subordinada adjetiva restritiva.
35.d
36.a
37.b
38.c
39.b
40.d
41.a
42.e
43.c
44.a) 1)O Fato: Santos × Corinthians.
Marcelinho Carioca sinalizou que o juiz Flávio de
Carvalho estava “roubando”.
2) O Processo: 06/08. O juiz da partida entra com um
processo contra Marcelinho.
3) O Acordo: 06/09. Audiência de conciliação, na qual
as partes envolvidas resolvem colocar fim à ação,
sendo que fica determinado que Marcelinho pagará R$ 5.000,00. Sabendo-se que o jornal sai nas bancas com a data do dia seguinte (09/09) em relação à
redação, o termo anteontem refere-se ao dia da redação da notícia e não ao da sua publicação.
4) A Doação: 09/09. O juiz Flávio de Carvalho doa, às
14 h, os R$ 5.000,00 ao Lar Espírita Ernesto Kuhl, de
Limeira (dia da publicação).
b)• ”mover uma ação”: “entrar com um processo”;
• ”no ato”: “audiência de conciliação”.
c) Por envolver uma ambiguidade: o termo juiz tanto poderia referir-se ao juiz da 13a Vara, como ao juiz de futebol.
45.2 / 4 / 1 / 5 / 6 / 8 / 7 / 3
46.d
47.e
48.b
201
20
49.a
50.c
51.c
52.e
53.b
54.d
55.b
56.v: fricativa labiodental sonora.
d: oclusiva linguodental sonora.
t: oclusiva linguodental surda.
57.a) m/n/nh: vendo, então, punhais...
b)r/rr: parte, recebeu, três, primeira...
c) z/t/s; c/s/ç: punhais, se, três, facadas, somente...
58.a) 7 fonemas e 9 letras.
b)6 fonemas e 9 letras.
c) 7 fonemas e 6 letras.
d)9 fonemas e 12 letras.
e) 4 fonemas e 5 letras.
f) 4 fonemas e 5 letras.
59.a) imagens /eỹ/ – ditongo nasal decrescente.
Pérsia /ia/ – ditongo oral crescente.
sequestrou /ue/ – ditongo oral crescente; /ou/ ditongo
oral decrescente.
b)aprisionado /io/ – ditongo oral crescente.
vilões /õy/ – ditongo nasal decrescente.
além /eỹ/ – ditongo nasal decrescente.
c) São encontros consonantais 1, 4, 5, 6, 8 e 9, e dígrafos,
2, 3, 7 e 10.
60.embaraçado; vez; vestuário; verniz; possuía; possível;
ruim; desenhavam; mal; aparência; ansioso; cavalheiro;
estupefato; alto; perspectiva; ímpeto.
61.c
62.a
72.a) criança – conduzir
b)longe – voz
73.a) Derivação por sufixação.
b)Derivação parassintética.
c)Hibridismo.
d)Composição por justaposição.
e)Onomatopeia.
74.a) justaposição
b)idem
c)aglutinação
d)idem
75.Derivação imprópria.
76.c
77.a) Duas oitavas.
b)“queredes que vos retraia / quando vos eu vi en saia!”
(enjambement: pausa do verso não coincide com o final da linha).
78.a) • O poeta padece por se recordar do “amor” recebido
e que guarda na lembrança;
• O sofrimento choroso do poeta, evidenciado nos
primeiros versos;
• A expressão de reverência “mia senhor”.
b)• Despeito por ter sido preterido. A mulher se torna “favorita do rei”, recebendo uma guarvaia (ou manto);
• Ela teria se deixado “ver em saia” ou na intimidade
pelo trovador;
• A mulher, agora a serviço do rei, poderia conceder-lhe alguns favores, o que não acontece;
• O trovador torna-se indiscreto ao revelar que já a viu
na intimidade.
• O emprego de linguagem sutil e dúbia que ao mesmo tempo disfarça e escarnece os conflitos sentimentais do poeta.
c) Cantiga de escárnio ou maldizer.
79.É um soneto, com versos decassílabos.
63.c
80.Expressão dos sentimentos do “eu”.
64.d
81.Sentimento contraditório.
65.b
82.Paradoxo.
66.d
67.d
68.anarquia, amoral, antípoda, ateu, imberbe.
69.sotopor, sublingual, infravermelho, hipodérmico, sobestar.
70.a) tempo – medida
b)pequeno – ver
71.a) povo – governo
b)estrangeiro – horror
83.a) “O mundo todo abarco...”
b)“Da alma um fogo me sai, da vista um rio;”
c) “Agora espero, agora desconfio, / Agora desvario, agora acerto.”
84.Não, pois esta escansão apresenta erros que descaracterizam o verso decassílabo (nem heroico, nem sáfico,
como empregados por Camões). Escansão correta:
Es/tan/doem/ter/ra/che/goao/céu/vo/an(do)
85.O tratamento “minha Senhora”.
201
21
86.d
91.Versos 1 e 2 e de 9 a 11.
87.terra/mar; peixes/homens.
92.Destino, sorte.
88.“... serem gente os peixes que se não há de converter.
Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase
se não sente.”
93.a) Vida campestre.
b)“Ao campo me recolho, e reconheço, / Que não há
maior bem, que a soledade”.
89.a) Decassílabo heroico.
b)Exaltação dos feitos lusitanos.
c) Uso da mitologia clássica (maravilhoso pagão); antropocentrismo.
90.a) Barroco.
b)• O jogo de contrastes (antítese e paradoxos) para demonstrar os sentimentos;
• Expressão exagerada (hiperbólica): “incêndio em
mares de água...”, “rio de neve em fogo convertido”;
• Preferência por imagens associadas a elementos
translúcidos ou efêmeros como fogo, cristais;
• Utilização do soneto como forma poética;
• Versificação clássica: o uso de decassílabos;
• Metaforização do amor em fogo e água;
• Repetição do tema por metáforas diferentes.
94.O texto repudia a vida urbana, concebe o campo como
lugar ideal e exalta a simplicidade.
95.c
96.b
97.a/d
98.c
99.e
100.a)Humanismo
b)Gil Vicente
c) A farsa do Velho da Horta.
201
22
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