UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
Área:
Curso:
Matriz:
Componente Curricular:
Turma:
Professor(a):
Área de Ciências da Saúde
1016 - FARMÁCIA
278 - FARMÁCIA - VESPERTINO E NOTURNO
4030035 - BROMATOLOGIA E NUTRIÇÃO EM FARMÁCIA
A
Período: 6
Carga horária: 72 h/a
Ano/Semestre: 2015 / 2
851423 - ANA PAULA ZANATTA
10946 - Raquel Zeni Ternus
Determinação de Cloretos em cloreto de sódio – Método de Mohr
O sal é o nome usual dado ao cloreto de sódio cristalizado de fontes naturais, onde nesse sal deve
ser obrigatoriamente adicionado o iodo. Para ser recomendado para o consumo humano ele deve ter
quantidade de iodo variando entre 20 a 60 mg por quilograma do produto (TARASAUTCHI, 2008).
O principal constituinte do sal é o cloreto de sódio com 99% de sua composição, mas ele ainda
contém o iodato de potássio, que é responsável pela presença de iodo, ferrocianeto de sódio e ainda pelo
alumínio silicato de sódio. O sal não é encontrado somente no cloreto de sódio, ele também é obtido no
consumo de outros alimentos integrados na alimentação humana diária, como temperos instantâneos,
alimentos embutidos, salgadinhos. Por isso é necessário certo cuidado na hora do consumo desse produto,
pelo fato dos sérios problemas que ele pode causar em excesso (SILVA et al, 2010).
O sódio contido no sal auxilia o transporte de nutrientes no corpo. É importante seu consumo em
doses indicadas para manter estáveis a pressão sanguínea e também o volume de sangue circulando no
corpo. Porém em doses acima das indicadas ele causa problemas cardíacos, como o aumento da pressão
arterial (TARASAUTCHI, 2008).
Este é um parâmetro físico-químico muito importante numa análise de sal, pois o teor encontrado é
classificatório para o produto. Quando a análise é rotineira, o cloreto de sódio pode ser dosado diretamente
pelo método argentométrico de Mohr, conhecido por sua exatidão e rapidez.
Material, equipamentos e reagentes
- Erlenmeyer de 250 ou 300 mL;
- Proveta de 50 mL;
- Balão volumétrico de 500 mL;
- Pipeta volumétrica de 10 ml;
- Bureta de 25 ml divisão 1/10;
- Suporte universal e garras;
- Balança analítica (precisão +/- 0,00001 g);
- Solução de cromato de potássio a 10% m/v
- Solução de nitrato de prata 0,1M
Procedimento
Pese 5 g da amostra, transfira para um balão volumétrico de 500 mL, com auxílio de 200 mL de
água, deixe em repouso no mínimo 2 horas, complete o volume e agite. Transfira, com auxílio de uma
pipeta volumétrica, 10 mL dessa solução para um frasco erlenmeyer de 250 mL. Adicione 50 mL de água e
2 gotas de solução de cromato de potássio a 10%. Titule com solução de nitrato de prata 0,1 M.
Faça também um branco, utilizando água destilada deionizada no lugar da amostra.
Cálculo
O valor da concentração de íons cloreto é obtida da seguinte maneira:
MgCl-/L = (A – B) x M x 35453
Vam
Onde:
A = volume da solução de AgNO3 gasto para titular a amostra, em mL
B = volume da solução de AgNO3 gasto para titular o branco, em mL
M = concentração molar da solução de AgNO 3
Vam = volume utilizado na amostra, em mL
Referência
INSTITUTO ADOLFO LUTZ; Normas Analíticas. Volume 1 - Métodos Químicos e Físicos para Análise de
Alimentos, 2a ed., São Paulo, 1976.
FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 3ª edição. São Paulo. Organização Andrei Editora S.A, 1977, p.82-83.
Determinação de cloretos solúveis em alimentos
Aplicação:
Produtos ou subprodutos de origem animal, vegetal, mineral, rações e concentrados.
Princípio:
Fundamenta-se na precipitação de cloretos sob a forma de cloreto de prata, que entre pH 7 e 9 na
presença de cromato de potássio como indicador, produz um precipitado vermelho tijolo.
Materiais, equipamentos e reagentes:
- Balança analítica (precisão +/- 0,00001 g);
- Forno mufla;
- Chapa aquecedora;
- Erlenmeyer de 250 ou 300 mL;
- Papel de filtro qualitativo;
- Balão volumétrico de 100 mL;
- Pipeta volumétrica de 50 mL;
- Bureta de 25 ml divisão 1/10;
- Cadinho ou cápsula de porcelana
- Nitrato de prata pa;
- Cromato de potássio pa;
- Ácido nítrico pa;
- Carbonato de cálcio pa;
- Cloreto de sódio pa;
A- Procedimento para alimentos:
1. Pesar 5 g da amostra em cápsula de porcelana ou cadinho e levar a mufla a 500 ºC por 2 horas. Retirar e
esfriar a temperatura ambiente.
2. Solubilizar o resíduo com HNO 3 2% quente. Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 100
mL através de papel filtro qualitativo, lavando 2 a 3 vezes com HNO 3 2% quente. Completar o volume com
água destilada e homogeneizar.
3. Retirar alíquota de 50 ml para erlenmeyer de 250 ou 300 ml e neutralizar com carbonato de cálcio pa
utilizando papel tornassol como indicador. Adicionar um excesso de +/- 0,5 g de carbonato de cálcio.
4. Aquecer em chapa aquecedora até ebulição, mantendo por 2 ou 3 minutos até desprendimento de todo
CO2 formado. Esfriar.
5. Adicionar 2 a 3 gotas de dicromato de potássio 5% e titular com nitrato de prata 0,05 N até viragem para
cor vermelho tijolo clara.
Cálculos:
Cloretos (%)= V x N x F x S x 0,0355 x 100
PxA
NaCl (%) = V x N x F x S x 0,0585 x 100
PxA
Na (%) = NaCl (%) x 0,3934
Onde:
V = volume de nitrato de prata 0,05N gasto na titulação
N = normalidade
F = fator de correção do nitrato de prata 0,05N
S = volume da solução estoque
P = Peso original da amostra em grama
A = volume da alíquota utilizada
B- Procedimento para líquidos (SALMOURAS):
1. Medir com bureta volumétrica 5 ml da amostra.
2. Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 100 ml. Completar o volume com água
destilada e homogeneizar, deixando em repouso por 30 minutos. Filtrar em papel filtro qualitativo,
se necessário.
3. Retirar alíquota de 50 ml para erlenmeyer de 250 ml.
4. Adicionar 2 a 3 gotas de cromato de potássio 5%. Verificar o pH (deve estar entre 7 e 10).
5. Titular com nitrato de prata 0,1 N até viragem para cor vermelho tijolo clara.
Cálculos:
NaCl % = V x N x F x 0,0585 x 100
A
Onde:
V = volume de nitrato de prata gasto na titulação
N = normalidade da solução de nitrato de prata
F = fator de correção do nitrato de prata
A = volume da amostra utilizada na titulação
C- Procedimento para sal de cozinha
1. Colocar em erlenmeyer cerca de 0,1300 g de NaCl seco em estufa, adicionar 25 mL de água destilada ou
deionizada, 1,0 mL de K2CrO4 5% (preparado na hora).
2. Verificar o pH (o pH deve estar entre 7,0 a 10).
3. Titular com AgNO3 0,1 mol/L, até observação na viragem da cor da solução.
Cálculo:
% NaCl = V x Fc x 584,5
P
% Na = % NaCl x 0,3934
Onde:
V = nº de ml de solução de nitrato de prata gastos na titulação
Fc = fator de correção do nitrato de prata
P = peso da amostra
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