UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
Campus Dom Pedrito – Curso de Enologia
Aula 02: DOENÇAS NA
VITICULTURA
Fitossanidade
Agosto 2015
Dr. Juan Saavedra del Aguila
Professor Adjunto
Roteiro da apresentação
I.
Introdução – Definições e Importância.
II.
Utilização do site Agrofit.
III.
Registro de Agrotóxicos.
IV. Resíduos.
V.
História da Fitopatologia.
VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura.
Roteiro da apresentação
VII. As plantas se defendem de patógenos?.
VIII. Controle de doenças.
IX. Controle na Implantação do Vinhedo.
X.
Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo.
XI. Considerações finais.
Roteiro da apresentação
I.
Introduç
Introdução – Definiç
Definições e Importância.
II.
Utilização do site Agrofit.
III.
Registro de Agrotóxicos.
IV. Resíduos.
V.
História da Fitopatologia.
VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura.
I. Introdução - Definições
Vitivinicultura: Atividade que envolve o cultivo das vinhas e
o fabrico de vinho.
Viticultura: Cultura das vinhas.
Houaiss, 2009
I. Introdução - Definições
Vinha: Quantidade de videiras plantadas num terreno.
Vinho: Bebida resultante da fermentação alcoólica total ou
parcial do mosto da uva.
Houaiss, 2009
I. Introdução - Definições
Enologia:
Enologia: Ciência que trata do vinho, da técnica de produzilo e de sua conservação.
Enó
Enólogo:
logo: Enologista.
Houaiss, 2009
I. Introdução - Definições
Enologista:
Enologista:
enólogo.
Estudioso
ou especialista
em enologia;
Houaiss, 2009
I. Introdução - Definições
Videira: Designação comum às sspp. e aos numerosos
cultivares e variedades do gênero Vitis, da família das
Vitáceas, cultivados desde a Antiguedade por seus frutos,
as uvas.
Houaiss, 2009
I. Introdução - Definições
Ciência: Conhecimento que, em constante interrogação do
seu método, suas origens e seus fins, obedece a princípios
válidos e rigorosos, almejando esp. coerência interna e
sistematicidade.
Houaiss, 2009
I. Introdução - Definições
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da
Academia Brasileira de Letras, tem força de lei.
www.academia.org.br
Centro de origem da videira
Região do Cáucaso
Mar
Negro
Mar
Cáspio
Origem da viticultura:
• Groenlândia (centro de origem arqueológico);
• Após glaciação (3 centros de refúgio):
• (1) Americano (porta-enxertos);
• (2) Europeu (Vitis vinifera silvestris);
• (3) Asiático-Ocidental (Vitis vinifera caucasica);
Roteiro da apresentação
I.
Introdução – Definições e Importância.
II.
Utilizaç
Utilização do site Agrofit.
Agrofit.
III.
Registro de Agrotóxicos.
IV. Resíduos.
V.
História da Fitopatologia.
VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura.
www.agricultura.gov.br
Roteiro da apresentação
I.
Introdução – Definições e Importância.
II.
Utilização do site Agrofit.
III.
Registro de Agrotó
Agrotóxicos.
IV. Resíduos.
V.
História da Fitopatologia.
VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura.
www.anvisa.gov.br
Roteiro da apresentação
I.
Introdução – Definições e Importância.
II.
Utilização do site Agrofit.
III.
Registro de Agrotóxicos.
IV. Resí
Resíduos.
V.
História da Fitopatologia.
VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura.
www.anvisa.gov.br
RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE QUÍMICO DAS
PRINCIPAIS DOENÇAS FÚNGICAS DA VIDEIRA
DOENÇAS
Antracnose
Míldio
Mancha das
folhas
PRODUTO
DOSE
Agrinose (oxicloreto de cobre (IV)
Bravonil 750 WP (clorotalonil) (IV)
Cercobin 700 WP (tiofanato metílico)(IV)
Cerconil WP (tiofanato metílico (I)
Daconil 500 (clorotalonil (I)
Dithane NT (Mancozebe) (III)
Manzate 800 (Mancozebe) (III)
325g/100L
200g/100L
70g/100L
200g/100L
300ml/100L
300g/100L
250g/100L
Amistar e Amistar WG (Azoxistrobina)(IV)
Bravonil 750 WP (clorotalonil)(I)
Cabrio Top (Metiran + piraclostrobina)(III)
Cerconil WP (tiofanato metílico)(I)
Comet (piraclostrobina)(III)
Curzat BR (Cymoxanil + mancozebe)(III)
Dithane NT (Mancozebe)(III)
Manzate 800 (Mancozebe)(III)
Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV)
Midas BR (famoxadona+mancozebe)
Orthocide 500 (Captan) (III)
Ridomil Gold NZ (Metalaxi M+Mancozeb)(III)
24g/100L
200g/100L
2Kg/ha
200g/100L
400ml/já
250g/100L
300g/100L
250g/100L
90g/100L
120g/100L
240g/100L
250g/100L
Agrinose (oxicloreto de cobre)(IV)
Cuprozeb (Mancozeb + oxicloreto de cobre)(III)
Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV)
Viper 500 SC (tiofanato metilico)(IV)
325g/100L
200g/100L
90g/100L
100ml/100L
INTERV. APLIC. (dias)
CARÊNC. (dias)
7 a 10
10 a 12
10 a 12
7 a 10
7 a 10
7 a 10
7
7
7
14
7
7
7
5a7
7 a 10
10 a 12
5a7
7 a 10
7 a 10
12
7
7
7
30
14
7
7
7
7
14
7
1
21
7
12
12
14
14
RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE QUÍMICO DAS
PRINCIPAIS DOENÇAS FÚNGICAS DA VIDEIRA
DOENÇAS
Escoriose
Podridão
cinzenta
(Botrytis)
Oídio
PRODUTO
DOSE
INTERV. APLIC. (dias)
CARÊNC. (dias)
Dithane NT (Mancozebel)(III)
300g/100L
7 a 10
7
Bravonil 500 WP (clorotalonil)(I)
Cercobin 700 WP (tiofanato metílico)(IV)
Dithane NT (Mancozebe)(III)
Dithiobin 750 WP (mancozebe + tiofanato metílico)
(III)
Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV)
Mythos (Pyrimetanil)(III)
Orthocide 500 (Captan)(III)
Rovral SC (Iprodione)(IV)
Sumilex (Procimidone)(II)
400ml/100L
70g/100L
300g/100L
7 a 10
10 a 12
7 a 10
7
14
7
Cabrio Top (Metiran+piraclostrobina)(III)
Cercobin 700WP (tiofanato metílico)(IV)
Comet (piraclostrobina)(II)
Constant (Tebuconazole)(III)
Elite (Tebuconazole)(III)
Folicur 200 EC (Tebuconazole)(III)
Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV)
Rubigam (Fenarimol)(III)
Score (Difenoconazole)(I)
250g/100L
90g/100L
200ml/100L
240g/100L
175ml/100L
175g/100L
12
100ml/100L
100ml/100L
100ml/100L
18ml/100L
12ml/100L
21
14
21
1
14
7
14
14
14
1 ou 2 vezes
no ciclo
15
21
USO DE
AGROTÓXICOS
Lei 7.802 - 11.07.89
Regulamentada - Decreto 4.704 - 04.01.02
OBSERVAR:
Art. 2º - Classificação de acordo com toxicidade
Art 72º - Responsabilidade
TÉCNICA
Calibração
EPI’s
Bicos
Filtro
Agitadores Manômetros
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Tabela 6. Classificação toxicológica dos agrotóxicos em função do DL50.
Classe
toxicológica
Descrição
Faixa indicativa de cor
I
Extremamente tóxicos (DL50 < 50 mg/kg de peso vivo)
Vermelho vivo
II
Muito tóxicos (DL50 – 50 a 500 mg/kg de peso vivo)
Amarelo intenso
III
Moderadamente tóxicos (DL50 – 500 a 5000 mg/kg de
peso vivo)
Azul intenso
IV
Pouco tóxicos (DL50 > 5000 mg/kg de peso vivo)
Verde intenso
Equipamentos de proteção individual – EPIs
Os EPIs mais comumente utilizados são: máscaras
protetoras, óculos, luvas impermeáveis, chapéu
impermeável de abas largas, botas impermeáveis,
macacão com mangas compridas e avental
impermeável. Os EPIs a serem utilizados são
indicados via receituário agronômico e nos rótulos
dos produtos.
Recomendações relativas aos EPIs
•Devem ser utilizados em boas condições, de acordo com
a recomendação do fabricante e do produto a ser
utilizado.
•Devem possuir Certificado de Aprovação do Ministério
do Trabalho.
•Os filtros das máscaras e respiradores são específicos
para defensivos e têm data de validade.
•As luvas recomendadas devem ser resistentes aos
solventes dos produtos.
•trabalhador deve seguir as instruções de uso de
respiradores.
•A lavagem deve ser feita usando luvas e separada das
roupas da família.
•Devem ser mantidos em locais limpos, secos, seguros e
longe de produtos químicos.
Causas de fracassos no controle fitossanitário
•Aplicação de defensivos deteriorados. O defensivo pode
deteriorar-se pelas condições de armazenagem e preparo.
•Uso de máquinas e técnicas de aplicação inadequadas.
•Não observância dos programas de tratamento, tanto no
que diz respeito à época, intervalo, como em número de
aplicações.
•Escolha errônea dos defensivos.
•Início do tratamento depois que grande parte da
produção já está seriamente comprometida.
•Confiança excessiva nos métodos de controle químico.
Receituário agronômico
Somente os engenheiros agrônomos e florestais, nas respectivas
áreas de competência, estão autorizados a emitir a receita. Os
técnicos agrícolas podem assumir a responsabilidade técnica de
aplicação, desde que o façam sob a supervisão de um
engenheiro agrônomo ou florestal (Resolução CONFEA No 344
de 27-07-90).
Para a elaboração de uma receita é imprescindível que o técnico
vá ao local com problema para ver, avaliar, medir os fatores
ambientais, bem como suas implicações na ocorrência do
problema fitossanitário e na adoção de prescrições técnicas.
As receitas só podem ser emitidas para os defensivos registrados
na Secretaria de Defesa Agropecuária - DAS do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que poderá dirimir
qualquer dúvida que surja em relação ao registro ou à
recomendação oficial de algum produto.
Roteiro da apresentação
I.
Introdução – Definições e Importância.
II.
Utilização do site Agrofit.
III.
Registro de Agrotóxicos.
IV. Resíduos.
V.
Histó
História da Fitopatologia.
VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura.
Períodos da Fitopatologia
•
•
•
•
•
Místico
Predisposição
Etiológico
Ecológico
Atual
Período Místico
• Referências bíblicas – doenças eram
castigos divinos.
THEOPHRATUS – filósofo e
botânico grego escreve sobre
doenças em plantas.
Período Místico
Roma antiga (300 A.C) - A ferrugem do
trigo era castigo do Deus Robigus e a
Deusa Robigo.
Festa da Robigália: Durante a primavera,
antes de aparecer a ferrugem do trigo,
sacrificavam animais de cor vermelha para
agradar aos Deuses.
Em 1755
O biólogo francês Tillet considerava a cárie do
trigo como sendo causada por um fungo.
Período Místico
Nesse período houve um predomínio acentuado das
teorias de geração espontânea e de perpetuidade das
espécies. Assim, a ocorrência de fungos em associação
com plantas doentes era atribuída à geração espontânea.
Período da Predisposição
Iniciou-se no começo do século XIX quando já era
evidente a associação entre fungos e plantas doentes.
Em 1833, predomina a teoria do botânico alemão Franz
Unger.
“Doenças são resultados de
distúrbios funcionais provenientes
de desordens nutricionais que
predispõem os tecidos da planta a
produzirem fungos”
Fome na Irlanda (1845 a 1849)
2 milhão de mortos
1 milhão de emigrantes
Alimentação baseada no cultivo da batata. Plantações
foram dizimadas por uma “peste” introduzida na
Irlanda.
Período Etiológico
1853 – Anthon De Bary fez
estudos conclusivos sobre a
causa da requeima da batata Phytophthora infestans – na
época considerado um fungo.
Período Etiológico
Louis Pasteur rebate a teoria
da geração espontânea e
prova a origem bacteriana das
doenças
em
homens
e
animais.
Em 1881
Robert Koch demonstra
experimentalmente
a
patogenicidade dos microorganismos em animais e
plantas.
Período Etiológico
A maioria das doenças importantes são descritas
nesse período, como os oídios, os míldios, as
ferrugens, os carvões que foram estudados em
detalhe.
Período Etiológico
Erwin Smith postula uma teoria de que a galha de coroa
é de causa bacteriana.
Acreditava ser a galha um “câncer tumoroso em
plantas” similar ao de humanos e animais.
Período Etiológico
Aparecimento do primeiro fungicida eficiente no controle
de doenças de plantas, a calda bordalesa,descoberta
por Millardet, 1882.
Período Ecológico
No período Ecológico se reconhece a importância vital do
meio ambiente na manifestação da doença.
Nesta época, foram conduzidos estudos minuciosos
sobre os mais variados fatores do meio, como climáticos,
edáficos, nutricionais, sazonais e outros.
PATÓGENO
DOENÇA
HOSPEDEIRO
AMBIENTE
Período Ecológico
Nessa época, em 1913, aparecem os fungicidas
mercuriais orgânicos para o tratamento de sementes e,
mais tarde, 1934, os fungicidas orgânicos do grupo
tiocarbamatos.
Período Atual
Em 1946, Ernest Gaümann lança o
livro “Principles of Plant Infection”,
onde trata detalhadamente dos
aspectos fisiológicos da interação
entre plantas e patógenos.
Período Atual
Em 1963, Vanderplank lança o
livro “Plant Diseases: Epidemics
and Control”, onde fornece os
fundamentos
matemáticos
(aspectos quantitativos) de análise
do crescimento de epidemias.
Período Atual
Em 1980 surgem
Modificados (OGMs).
os
Plantas transgênicas de mamoeiro
resistentes à uma doença de causa
virótica.
Plantas
suscetíveis
(não
transgênicas) atacadas pelo vírus.
Organismos
Geneticamente
Período Atual
Identificação de patógenos por métodos moleculares
– sequências de DNA à PCR.
Roteiro da apresentação
I.
Introdução – Definições e Importância.
II.
Utilização do site Agrofit.
III.
Registro de Agrotóxicos.
IV. Resíduos.
V.
História da Fitopatologia.
VI. Pató
Patógenos Causadores de Doenç
Doenças na Viticultura.
PATÓGENO
DOENÇA
HOSPEDEIRO
AMBIENTE
MÍLDIO - Plasmopara viticola
OÍDIO - Uncinula necator (Oidium tuckeri)
ANTRACNOSE - Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum)
ESCORIOSE - Phomopsis viticola
MANCHA DAS FOLHAS - Mycosphaerella personata
(Pseudocercospora vitis)
FERRUGEM DA VIDEIRA Phakopsora euvitis
PODRIDÃO CINZENTA - Botryotinia fuckeliana (Botrytis cinerea)
PODRIDÃO DA UVA MADURA - Glomerella cingulata
(Colletotrichum gloeosporioides)
PODRIDÃO AMARGA DO CACHO - Greeneria uvicola
(Melanconium fuligineum)
FUSARIOSE - Fusarium oxysporum f sp. herbemontis
PÉ- PRETO - Cylindrocarpon destructans
“Black goo” - “Chocolate” ou Phaeoacremonium
PODRIDÃO DESCENDENTE - Botryosphaeria sp.,
Botryodiplodia theobromae, e / ou Eutypa lata
Roteiro da apresentação
VII. As plantas se defendem de pató
patógenos?.
genos?.
VIII. Controle de doenças.
IX. Controle na Implantação do Vinhedo.
X.
Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo.
XI. Considerações finais.
Como as plantas se defendem dos
patógenos
As plantas através de mecanismos estruturais e/ou bioquímicos, procura se
defender do patógeno.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
PRÉ-FORMADOS
(passivos, constitutivos)
PÓS-FORMADOS
(ativos, induzíveis)
Estrutural
Estrutural
Cutícula
Tricomas
Estômatos
Fibras/vasos condutores
•
•
•
•
•
•
Papilas
Halos
Lignificação
Camadas de cortiça
Tiloses
Glicoproteínas ricas em
hidroxiprolina
Bioquímico
Bioquímico
Fenóis
Alcalóides
Lactonas insaturadas
Glicosídeos cianogênicos
Glicosídeos sulfurados
Fototoxinas
Proteínas/peptídeos
• Espécies ativas de oxigênio
• Fitoalexinas
• Proteínas relacionadas em
patogênese
Fatores de resistência estruturais pré-formados
Cutícula
A cutícula comporta-se como uma superfície hidrofóbica, que impede a
formação de um filme de água, sobre o qual os patógenos podem ser
depositados, para posteriormente, germinar (fungos) ou multiplicar-se
(bactérias).
• Além de funcionar como uma barreira estrutural, a cutícula também pode
ser vista como uma barreira tóxica.
• Substâncias antifúngicas já foram isoladas da cutícula de muitas plantas,
como macieira, algodão e fumos.
Fatores de resistência estruturais pré-formados
Estômatos
Em função do número, morfologia, localização e período de abertura, essas
estruturas podem contribuir para a resistência das plantas em algumas
interações com fitopatógenos.
Fatores de resistência estruturais pré-formados
Tricomas
São prolongamentos unicelulares ou multicelulares que se estendem a
partir da epiderme, podendo ocorrer em diferentes superfícies de plantas e
exibir várias formas.
Embora a possível contribuição dos pelos que são os tricomas mais
comuns, na resistência tenha sido aventada, pouca evidência existe
demonstrando o envolvimento dessas estruturas.
Fatores de resistência estruturais pré-formados
Paredes celulares espessas
A presença de tecidos com células de paredes espessas pode contribuir
para com a restrição da colonização das plantas por fitopatógenos.
Mancha angular do feijoeiro
Phaeoisariopsis griseola
Fatores de resistência estruturais pós-formados
Estruturas de defesa celular
Agregação citoplasmática – a formação de barreiras celulares
localizadas depende da habilidade da célula vegetal em acumular uma
massa de citoplasma, denominada de agregado citoplasmático, no sítio de
ataque do patógeno.
Halos – ocorrem em torno dos sítios de penetração, como resultado de
alterações na parte superior das células epidérmicas.
Papilas – são caracterizadas pela deposição de material heterogêneo
entre a membrana plasmática e a parede celular no sítio de infecção, sob
a hifa de penetração.
Fatores de resistência estruturais pós-formados
Lignificação – a lignina ou o processo de lignificação podem interferir
com o crescimento de patógenos através da modificação química das
paredes celulares, tendo como resultado um aumento na resistência das
paredes à ação de enzimas degradadoras da mesma.
Fatores de resistência estruturais pós-formados
Glicoproteínas ricas em hidroxiprolina – essas proteínas fortalecem a
parede celular podendo contribuir na restrição da invasão da célula
vegetal pelo patógeno.
Atualmente, os estudos em andamento procuram identificar, purificar e
caracterizar essas glicoproteínas, visando elucidar cada vez mais o papel
das mesmas nas diferentes interações patógeno-planta.
Fatores de resistência estruturais pós-formados
Estruturas de defesa histológica
Camadas de Abscisão
Chumbinho do pessegueiro
Stigmina carpophila
Fatores de resistência estruturais pós-formados
Estruturas de defesa histológica
Camadas de Cortiça
Fatores de resistência estruturais pós-formados
Estruturas de defesa histológica
Tiloses
Fatores de resistência bioquímicos pré-formados
• Fenóis
• Alcalóides
• Lactonas
• Terpenóides
• Proteínas e peptídeos
Compostos Fenólicos
• Ácido protocatecóico e catecol
• Ácido clorogênico
• Floridizina e arbutina
Saponinas
• α - Tomatina
• Avenacinas
Glicosídeos cianogênicos
• Linamarina e durina
Glicosídeos sulfurados
• Glicosinolatos
Ácidos hidroxicarboxilícos
• Tuliposídeos
Proteínas e peptídeos antimicrobianos
• Quitinase e β-13-glucanases
• Lisozimas
• Tioninas
• Defensinas
• Inibidores de proteases e poligalcturonases
• Proteínas ligantes de quitina (PLQs)
• Proteínas inativadoras de ribossomos
• Proteínas de transferência de lipídios
• Fototoxinas
Fatores de resistência bioquímicos pós-formados
• Espécies Ativas de Oxigênio
Goodman & Novacky (1994): Injúrias e processos oxidativos normais da
célula induzem a geração de O2-.
Produção de EAO’s = Duas etapas
1. Redução O2 a O2- (NADPH oxidase)
2. Dismutação de O2- a H2O2 (Superóxido dismutase).
Fatores de resistência bioquímicos pós-formados
• Fitoalexinas – compostos de baixa massa molecular, que são
sintetizados pelas plantas e que se acumulam nas células vegetais
em resposta à infecção microbiana (Paxton, 1981).
• A síntese de fitoalexinas em plantas pode ser induzida por
agentes denominados eliciadores ou indutores, os quais podem
ser de origem microbiana (exógeno) ou da própria planta
(endógeno).
Fitoalexinas e resistência de plantas às doenças
Inúmeras evidências relacionam a produção de fitoalexinas em plantas com
a expressão de resistência a fitopatógenos (Keen, 1990):
• as plantas resistentes produzem altos níveis de fitoalexinas quando
comparadas às plantas suscetíveis;
• a remoção de fitoalexinas de um sítio de infecção diminui a resistência da
planta, enquanto a aplicação de fitoalexinas aumenta a resistência;
• a liberação de moléculas que atuam como supressores da produção de
fitoalexinas, por fitopatógenos, diminui a resistência da planta;
• a aplicação de inibidores químicos da síntese de proteínas ou inibidores
de enzimas das vias biossintéticas das fitoalexinas diminui a produção
destas e compromete a resistência da planta;
• elicitores específicos, isolados a partir de uma raça do patógeno,
mostram-se capazes de induzir a síntese de fitoalexinas na planta tão
eficientemente quanto a raça a partir da qual os elicitores foram isolados;
• as fitoalexinas acumulam-se no local e no tempo apropriados para causar
a inibição do patógenos nos tecidos dos hospedeiros;
Proteínas relacionadas a patogênese (Proteínas-RP)
• São estáveis em pH baixo;
• Mostram-se resistentes à ação de enzimas proteolíticas;
• Geralmente ocorrem como monômeros, com massa molecular variando
de 5 a 70 kDa;
• Podem estar localizadas no vacúolo, parede celular e/ou apoplasto;
• São estáveis sob altas temperaturas.
Reação de Hipersensibilidade
A reação de hipersensibilidade (RH) resulta na morte repentina de um
número limitado de células do hospedeiro circundando os sítios de infecção.
A reação é considerada como uma resposta de defesa induzida,
culminando na parada do crescimento e do desenvolvimento do patógeno
nos tecidos da planta.
Mudanças morfológicas e fisiológicas durante a resposta de RH de células vegetais à
presença de patógenos.
Resistência Induzida
Resistência induzida pode ser ativada em plantas por uma
série de substâncias, evitando ou atrasando a entrada e/ou
subseqüente atividade do patógeno em seus tecidos, por meio
de mecanismos de defesa próprios.
Indução de Resistência
Pode ser expressa
Abióticos
Bióticos
Localmente
Sistemicamente
Os mecanismos de defesa envolvidos incluem uma
combinação de mudanças físico-químicas no tecido vegetal,
tais como lignificação da parede celular e acúmulo de
substâncias tóxicas ao patógeno, como fitoalexinas ou
proteínas relacionadas à patogênese.
A percepção se dá quando moléculas do agente indutor se
ligam a moléculas receptoras situadas, provavelmente, na
membrana plasmática da célula vegetal e disparam a síntese
das substâncias de defesa
Resende et al. (2002)
INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA
AGENTES
BIÓTICOS OU
ABIÓTICOS
MECANISMOS DE DEFESA LATENTES
ESTRUTURAIS
lignina; papilas;
ceras etc.
BIOQUÍMICAS
quitinases; β 1-3 glucanases;
fitoalexinas; peroxidases;
polifenoloxidase; compostos
fenólicos etc.
Resistência sistêmica adquirida (RSA)
Systemic acquired resistence (SAR)
A RSA é induzida geralmente por patógenos necrotróficos, e é controlada
por uma rota de sinalização dependente do acúmulo de ácido salicílico e
da proteína de regulação NPR1.
Resistência sistêmica induzida (RSI)
Induced systemic resistence (SAR)
A RSI é promovida por bactérias não patogênicas e promotoras de
crescimento (rizobactérias), funciona independentemente do ácido
salicílico, porém requer a proteína NPR1 e é regulada por ácido
jasmônico e etileno.
Diagrama esquemático do fenômeno de resistência sistêmica induzida (ISR), ocasionada pelo
agente de biocontrole B. subtilis. Este ao entrar em contato com o tecido da planta incita a
geração de sinais bioquímicos celulares, que estimulam o aumento da concentração de ácido
jasmônico (AJ) e etileno (ET). Em seguida, ocorre a transcrição de genes de defesa
responsáveis pela expressão de proteínas relacionadas à patogênese (PRPs).
(Lanna et al., 2010)
Produtos Comerciais
Roteiro da apresentação
VII. As plantas se defendem de patógenos?.
VIII. Controle de doenç
doenças.
IX. Controle na Implantação do Vinhedo.
X.
Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo.
XI. Considerações finais.
CONTROLE CULTURAL
Rotação de Culturas
É o cultivo alternado de espécies vegetais diferentes
no mesmo local e na mesma estação, de acordo com
um plano definido.
Fitopatógenos controlados pela rotação
•Sejam
saprófitas,
porém
que
dependam
nutricionalmente dos restos culturais do hospedeiro;
•Não apresentem estruturas de resistência;
•Produzam esporos e, ou, estruturas de dispersão
grandes e pesados;
•Apresentem restrita gama de hospedeiros.
Sementes, mudas e órgãos de propagação vegetativa
sadios
Realização de “roguing
Mosaico do Mamoeiro
Cancro Cítrico
Outras táticas de Controle Cultural
• Eliminação de plantas voluntárias
• Eliminação de hospedeiros alternativos
• Eliminação de restos de cultura
• Preparo do solo
• Incorporação de matéria orgânica ao solo
• Época de plantio
• Densidade de plantio
• Irrigação e drenagem
Outras táticas de Controle Cultural
• Nutrição mineral
• pH do solo
• Poda de limpeza
• Superfície repelentes a vetores
• Práticas de desinfestação
• Semeadura
• Plantio na direção contrária ao vento
CONTROLE FÍSICO
• O controle físico utiliza fatores físicos para controlar doenças de
plantas.
• Os mais comumente utilizados com essa finalidade são temperatura
e radiação.
Tratamento térmicos de frutas e legumes
Tratamento térmico de órgãos de propagação
Raquitismo da soqueira da cana-de-açúcar
(bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli) :
exposição a 50,5ºC durante 2 horas através de água quente.
Doente - Internódio curto
Sadia
Tratamento térmico do solo por vapor
Solarização do solo
Solarização do solo
Coletor solar
Uso de radiação ultravioleta germicida
Frutos de maçã são irradiados com UV-C de 254 antes do
armazenamento. Este procedimento elimina grande parte dos esporos de
Penicillium expansum encontrado sobre a superfície desses frutos.
Eliminação de determinados comprimentos de onda
• Alternaria, Botrytis e Stemphyllium – comprimento de onda do
ultravioleta próximo (280-380 nm).
• Uso de filmes plásticos especialmente desenvolvidos para esse fim,
que absorvem comprimentos de onda menores que 390 nm.
Uso de radiação ionizante
• As fontes de irradiação aprovadas para o tratamento de alimentos são
o Cobalto-60 e o Césio-137.
• No Brasil, ANVISA aprovou e regulamenta a atividade desde 2001.
Armazenamento em atmosfera controlada ou
modificada
CO2 e O2
CONTROLE BIOLÓGICO
É definido como a redução de inóculo ou atividades determinantes
da doença, realizada por ou através de um ou mais organismos que
não o homem (Cook & Baker, 1983).
As principais interações antagônicas
Antibiose – interação entre organismos na qual indivíduos de uma
população secretam metabólitos capazes de inibir ou impedir o
desenvolvimento dos indivíduos de uma população de outra espécie.
As principais interações antagônicas
Competição – capacidade de competir pela ocupação dos locais de
infecção do patógeno.
As principais interações antagônicas
Parasitismo – relação nutricional entre dois seres vivos em que um
deles, o parasita, obtém todo ou parte de seu alimento a partir e às
custas do outro, o hospedeiro.
Premunização
TRISTEZA DOS CITROS
(Citrus tristeza virus - CTV)
Indução de mecanismos de resistência
Resistência induzida pode ser ativada em plantas por uma série
de substâncias, evitando ou atrasando a entrada e/ou
subsequente atividade do patógeno em seus tecidos, por meio
de mecanismos de defesa próprios.
Quando um agente biótico consegue promover a indução de
resistência de maneira a controlar a doença ele é considerado
um agente de controle biológico.
CONTROLE GENÉTICO
Resistências vertical e horizontal
Resistência Vertical
Resistência qualitativa
Monogênica
Efetiva apenas para determinadas raças do patógeno
Pouco durável
Resistências vertical e horizontal
Resistência Horizontal
Resistência quantitativa
Poligênica
Efetiva contra um amplo espectro de patógenos
Durável
Efeito da resistência vertical sobre o início da epidemia
Efeito da resistência horizontal sobre o início da
epidemia
Efeito da resistência vertical e horizontal, separadas e
combinadas
Estratégias para durabilidade da resistência
Pirâmides gênicas
Multilinhas e misturas
Diversificação espacial
CONTROLE QUÍMICO
O controle químico de doenças de plantas é feita por meio de vários
tipos de produtos, comumente denominados agroquímicos, incluindo
fertilizantes e agrotóxicos.
Fertilizantes
• Doenças fisiogênicas
Deficiência de B em crucíferas
Deficiência de Ca em tomateiro
Fertilizantes
• Doenças infecciosas
Redução do pH para o controle da
sarna da batateira
5% de uréia – diminuição de
perítécios de Venturia inaequalis
Agrotóxicos
1. Inseticidas e acaricidas – controlar insetos e ácaros vetores.
2. Herbicidas – matar plantas hospedeiras alternativas do patógeno.
3. Nematicidas - mais comuns são os biocidas.
4. Fungicidas e bactericidas – grupo com propriedades químicas e
biológicas diferentes.
Fungicidas
Podem ser:
1. Erradicantes
2. Protetores
3. Curativos
De acordo com sua mobilidade:
• Sistêmicos ou móveis
• Tópicos ou imóveis
• Translaminares
• Mesostêmicos
Formulações
Fungicidas são comercializados na forma de ingrediente ativo puro + ingrediente inerte.
• Pó-molhável (PM)– a maioria dos fungicidas. São partículas finamente moídas.
• Pó-seco (PS) – os diluentes mais comum são talco e bentonita. Ex: fungicidas a base
de enxofre.
• Suspensão concentrada (SC) – partículas finamente moídas chegando a ser 10 a 15
vezes menor que partículas utilizadas nos PM.
• Concentrado Emulsionável (CE) – o ingrediente ativo é dissolvido num solvente que
é imiscível em água. O solvente, por sua vez está associado a um surfactante que o
dispersa na água para formar uma emulsão estável.
• Concentrado liquido (L ou CL) – insolúveis em água. Pouco usados. Ex. antibiótico.
• Granulados (G) – grânulos, normalmente aplicados no solo.
Fungicidas imóveis
Com ação erradicante:
• Atuam diretamente sobre o patógeno
• Usado no tratamento de solo, semente e no tratamento de plantas de
inverno
• Extremamente tóxicos
Principais fungicidas erradicantes
Dazomete (3,5 – dimetiltetrahidro-1,3,5,2H-tiadiazina-2-tiona)
• Fumigante de solo
• Eficiente contra fungos, nematoides, insetos e plantas daninhas
• Tratamento de solo
• O solo deve ser mantido em repouso por 14-21 dias
• Produto comercial: Basamid
Principais fungicidas erradicantes
Formol
• Fumigante de solo até descoberta de novos produtos
• Diluição de formol comercial 40% em água na proporção de 1:50
• Aplicar 25 L/m²
• O Plantio pode ser feito após 3 a 6 semanas
Metam-sódico (N-metilditiocarbamato de sódio)
• Fumigante de solo
• Ação nematicida, fungicida, inseticida e herbicida
•O Plantio pode ser feito após 14 a 21 dias
•Produto comercial: Bunema 330 CS
Principais fungicidas erradicantes
Quintozeno (Pentacloronitrobenzeno)
• Controle de fungos de solo que formam escleródios: Rhizoctonia,
Sclerotium, Sclerotinia, Macrophomina e Botrytis.
• Longa persistência no solo
• Insolúvel em água, com baixa volatilidade
• Cucurbitáceas e tomateiro são muito sensíveis
• Produto comercial: Kobutol 750, Plantacol, Terraclor 750 PM
Fungicidas com ação protetora
• Aplicados nos órgãos vegetais e formam um “filme” superficial
protetor antes da chegada de esporos fúngicos.
• Não penetram nem translocam na planta
• Modo de Ação: inibem inespecificamente, reações bioquímicas e
afeta grande número de processos vitais
Vantagens
Baixo custo
Baixa toxidade
Baixa fitotoxidade
Amplo espectro de ação
Pequena chance de induzir resistência
Podem ser utilizados
• Tratamento de sementes
• Pulverização aérea
• Tratamento pós-colheita
Principais fungicidas protetores
Enxofre elementar
• Enxofre elementar - 1824 já era conhecido especifico para oídio
• Usado para controlar a sarna da macieira, podridão parda do pessegueiro
• Baixa toxicidade baixo custo
• fitotoxicidade para cucurbitáceas (acima de 26 a 30ºC).
Calda sulfo-cálcica – combinação de cal hidratada com enxofre –
tratamentos erradicantes de inverno.
Principais fungicidas protetores
Cúpricos
a) Calda bordalesa – (sulfato de cobre – cal hidratada)
• Boa adesividade
• Tenacidade
• Baixo custo
• Desvantagem – fitotoxidade para cucurbitáceas, solanáceas, rosáceas e
crucíferas. (tecidos jovens e baixa temperatura)
b) Calda viçosa
• Desenvolvida na UFV 1975 para controle da ferrugem do cafeeiro
• Vantagem em relação a bordalesa – boro e zinco são também fornecidos
as plantas.
Principais fungicidas protetores
Cúpricos
c) cobres fixos
• largo espectro de ação;
• baixa toxidez aos homens e animais;
• menor fitotoxicidade;
• ação sobre bactérias
Hidróxido de Cu (Garant; Kocide WDG; Cotact),
Oxicloreto de Cu (Reconil; Recop; Cupravit verde; Agrinose; Cobox),
Óxido cuproso (Cobre Sandoz BR; Cobre Sandoz SC),
Sulfato de Cu (Sulfato de Cobre Microsal)
Principais fungicidas protetores
Ditiocarbamatos
• Amplamente usados
• Atuam em enzimas que dependem de grupos sulfidricos, cobre e ferro
• Baixo grau de fitotoxidade e de toxidez ao homem
• Compatibilidade com inseticidas e os demais fungicidas orgânicos
Exemplos:
• Mancozeb (Dithane PM; Manzate 800; Persist SC; Ridomil Gold)
• Maneb (Maneb 800; Curzate-M + Zn (+ Cymoxamil))
• Thiram (Rhodiauram 700; Thiram 480; Mayram; Anchor SC (+Carboxim)
• Propineb (Antracol 700 PM; Positron DUO (+ Iprovalicarb)
Controle de manchas foliares (Alternaria, Cercospora, Septoria)
Tratamento de sementes (Pythium)
Principais fungicidas protetores
Compostos aromáticos
Atua:
• alterando a permeabilidade de membrana
• inibindo várias enzimas que contenham grupos sulfidrílicos
Aplicação aérea, tratamento de semente e tratamento de solo
Amplo espectro de ação
Clorotalonil – (Bravonil; Cerconil (+Tiofanato metilico); Daconil;
Funginil) – boa atividade comtra oomicetos, ferrugens.
Diclorana – (Botran) - eficiente no controle de fungo que formam
escleródios no solo.
Principais fungicidas protetores
Compostos heterocíclicos nitrogenados
Captana - Captam
• Recomendado para doenças de frutas, hortaliças e plantas ornamentais
• É amplamente utilizado no tratamento de sementes
• Proteção contra Pythium e Rhizoctonia
Folpete
• Semelhante ao captana
• Controle de oídio da roseira, podridão parda do pêssego, sarna da
macieira
Fungicidas Sistêmicos
Podem ser absorvidos pelas folhas ou raízes e que são translocados
no interior da planta via XILEMA.
Translocação ocorre de partes inferiores para partes superiores
Vantagens
• Atingir locais inacessíveis aos fungicidas protetores
• Matar o patógeno no interior dos tecidos (permite o uso desse produto de
maneira curativa)
• Proteção dos tecidos por maior período de tempo que os conferidos por
fungicidas protetores
• Redução da dose utilizada na aplicação
Desvantagens
• Caros
• Desenvolvimento ou predominância de populações resistentes
Principais fungicidas sistêmicos
Carboxamida
• Eficientes no controle de ferrugens, carvões e doenças causadas por
Rhizoctonia
• Tratamento de sementes – alguns casos parte aérea
• Atua na respiração - inibe a enzima succinato desidrogenase – interrompe
o fluxo de elétrons
Carboxina - (Vitavax, Anchor SC (+ Thiran), Vitavax-Thiran(+Thiram))
Ustilago, Tilletia
Oxycarboxina - (Plantavax, Hokko Plantavax) - Uromyces
Principais fungicidas sistêmicos
Benzimidazóis
Interfere na síntese de tubulina, o que acarreta problemas na formação
dos microtúbulos, prejudicando a divisão celular.
Exemplos:
Benomyl (Benlate)
Mitospóricos, Ascomycota, carvões e caries
Não é eficaz para fungos da família Dematiaceae e Oomycota
Carbendazim (Derosal, Bendazol, Bravocarb (+Chlorotalonil)
antracnoses do feijão, ramulose
Tiofanato metílico (Cercobin, Metiltiofan, Suport, Cerconil (+ Chlorotalonil))
Ascomycetos/Mitospóricos
Principais fungicidas sistêmicos
Dicarboximidas
Iprodiona – Rovral e Rovral SC
Tratamento de sementes, do solo e parte aérea de um grande número de
culturas: alface (podridão de Sclerotinia), crisântemo, morango e videira
(mofo cinzento), etc.
Vinclozolina – Ronilan
Controle de Botrytis, Sclerotinia, Sclerotium, Monilinia, Phoma.
Procimidona – Sialex 500, Sumiguard 500 PM, Sumilex 500 PM
Indicação idêntica às dos demais fungicidas do grupo.
Principais fungicidas sistêmicos
Inibidores de biosíntese de esteróis
• Inibe a biosíntese de esteróis
• Elevada ação tóxica sobre a síntese de ácidos graxos da membrana
• Rápida penetração
• Ação curativa e efeito residual prolongado
• Tratamento de semente e parte aérea
• Ferrugens, oídios, manchas foliares (Ineficientes contra Pythium e
Phytophthora)
Imazalil (Magnate 500)
Pyrenofora, Fusarium e Septoria
Procloraz (Jade, Mirage 450 CE, Sportak 450 CE)
Septoria e Colletotrichum
Bitertanol (Baycor)
Mitospóricos
Bromuconazole (Condor 200)
Mycosphaerela musicola, Alternaria sp.
Cypoconazole (Alto, Altomix, Artea (+ Prpiconazole), Resist (Oxicloreto
de cobre)
Ferrugens e oídios
Difenoconazole (Score, Spectro, Flare, Prisma)
Septoria, Ramularia, Cercospora, Mycosphaerela, Colletotrichum,
Bipolaris.
Erysiphe, Venturia, Oidium, Sphaceloma, Monilinia, Phakopsora, etc...
Epoxiconazole (Opera (+Pyraclestrobin), Opus, Spot)
Ferrugens, helmintosporiose, oídios, septoriose
Fluquinconazole (Palisade)
Venturia, Puccinia, Uromyces
Fluriafol (Impact, Vincit)
Helminthosporium, Puccinia, Erysiphe, Septoria, Rhynchosporium,
Pyrenophora
e Cercospora
Hexaconazole (Anvil, Efect (+ chlorothalonil)
Venturia, Hemileia
Imibenconazole (Manage 150)
Erysiphe,
Puccinia,
Pseudocercospora,
Sphaeroteca
Venturia,
Colletotrichum,
Propiconazole (Artea (+Cyproconazole), Juno, Stratego (+ Trifloxistrobin),
Tilt)
Bipolaris, Cercospora, Drechslera, Ryncosporium e Stagonospora
Tebuconazole (Constant, Elite, Folicur, Orius, Raxil, Triade, Horizon
(+Triadimenol))
Ferrugens, oídios, Alternaria e Cercospora)
Triadimefon (Bayleton BR)
Erysiphe, Puccinia, Rhynchosporium, Septoria, Podosphaeria, Hemileia,
Thielaviopsis e Microcclus
Triadimenol (Bayfidan, Batan, Caporal, Confidor Duo (+ Imidacloprid),
Photon)
Fungos de solo, oídios e ferrugens
Principais fungicidas sistêmicos
Inibidores da respiração
• Década de 60 tomou-se o conhecimento das propriedades anti-fúngicas
do grupo de cogumelo pertencente aos Basidiomycetes, ordem Agaricales.
• Strobilurus tenacellus
• Originou o grupo de fungicidas conhecido como: Estrobilurinas
• Inibe a respiração mitocondrial, bloqueando a transferência de elétrons
entre o citocromo b e c, interferindo na formação de ATP
Principais fungicidas sistêmicos
Inibidores da respiração
Azoxistrobina - (Amistar, Priori)
Septoria, Alternária, Cercospora, Pseudocercospora, Hemileia, Phoma,
Phylosticta, Puccinia, Uromyces, Phaeoisariopsis, Colletotrichum, Cerotelium,
Sphaeroteca, Transchelia, Mycosphaerela, Plasmopara, Elsinoe
Piraclostrobina - (Comet, Opera (+ Epoxiconazole)
Triflosxistrobina (Flint, Stratego(+ Propiconazole)
Principais fungicidas sistêmicos
Inibidores da biossíntese de melanina
Interferem a biossíntese da melanina (fundamental para
funcionamento do apressório no processo de penetração e infecção).
Triciclazol e Piroquilona
Tratamento de sementes de arroz e de trigo, para o controle da brusone.
o
Principais fungicidas sistêmicos
Fosforados orgânicos
Pirazofós – Afugam CE
Controle de oídios. Recomendado para cucurbitáceas, frutíferas e
ornamentais.
Principais fungicidas sistêmicos
Inibidores de oomicetos
Cimoxanil –
Controle da requeima da batata e do tomateiro, míldio da videira e
requeima e cancro estriado do painel da seringueira.
Metalaxil –
Controle da requeima da batata e do tomateiro, míldio da videira e da
roseira e requeima da seringueira.
Fosetil –
Controla Phytophthora em abacaxi, abacate e citros.
Antibióticos
• Casugamicina - (Hokko Kasumin)
Erwinia, Xanthomonas, Corinebacterium,
Pyricularia
Pseudomonas,
Cercospora,
• Estreptomicina - (Agri-Micina (+ oxitetraciclina)
Erwinia, Xanthomonas, Pseudomonas, Clavibacter
• Oxitetraciclina (Agrimaicin (+ sulfato de cobre), Agri-Micina
(+estreptomicina )
Erwinia, Xanthomonas, Clavibacter
• Cloreto de Benzalconio - (Fegatex, Quatermon)
Erwinia, Xanthomonas
APLICAÇÕES CURATIVAS
Testemunha
Momento ideal
Momento inadequado
Silva, 2009
FUNGICIDAS
GRUPO QUÍMICO
Aproach Prima
Estrobilurina + triazol
Nativo
Estrobilurina + triazol
Opera
Estrobilurina + triazol
Priori Xtra
Estrobilurina + triazol
Sphere
Estrobilurina + triazol
Artea
Triazol
Caramba
Triazol
Celeiro
Benzimidazol + triazol
Domark
Triazol
Eminent
Triazol
Folicur
Triazol
Impact Duo
Benzimidazol + triazol
Impact
Triazol
Orius
Triazol
TebucoNortox
Triazol
EFICÁCIA DE CONTROLE
63 a 73%
34 a 49%
Roteiro da apresentação
VII. As plantas de defendem de patógenos?.
VIII. Controle de doenças.
IX. Controle na Implantaç
Implantação do Vinhedo.
X.
Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo.
XI. Considerações finais.
Roteiro da apresentação
VII. As plantas de defendem de patógenos?.
VIII. Controle de doenças.
IX. Controle na Implantação do Vinhedo.
X.
Controle na Manutenç
Manutenção e Conduç
Condução do Vinhedo.
XI. Considerações finais.
Medidas de Controle
Evasão
Evitar terrenos expostos a ventos frios
Escolher áreas bem drenadas
Terrenos com boa exposição solar
Exclusão
Utilizar mudasadias
s
Desinfestação de ferramentas
Desinfestação de materiais
Erradicação
Eliminação de partes / plantas doentes
Eliminação de restos da poda
Aradura profunda do solo
Desinfestação do solo
Rotação de cultura
Descanso do solo
Tratamento de inverno
Regulação
Sistema de condução alto
Poda verde
Limpeza e desbaste de cachos
Evitar excesso de nitrogênio
Utilizar quebra
-vento
Evitar ferimentos nas raízes / bagas
Imunização
Utilizar materiais resistentes
Indução de resistência
Proteção e Terapia
Proteção de ferimentos
Proteção de tecidos da planta
Antracnose
Escoriose
Míldio
Oídio
X
X
X
Mancha das
Folhas
Ferrugem
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
SUGESTÃO DE TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO PARA VIDEIRAS
Para o controle da maioria das doenças, faz-se necessário o uso de tratamento de inverno, a base de calda bordalesa e calda sulfocálcica.
Gramas / 100 litros
Doenças
1) ANTRACNOSE
(Elsinoe ampelina)
Nome Comercial
CAPTAN 500 PM
(ou) BENLATE 500
(ou) FUNGITOX
FOLPAN AGRICUR 500 PM
2) MÍLDIO
DITHANE / MANZATE
(Peronóspora)
CAPTAN 500 PM
(ou)RIDOMIL MANCOZEB
COBRE METÁLICO
RIDOMIL MANCOZEB-BR
3) MOFO CINZENTO
BENLATE 500
(Botrytis)
CERCOBIN 700 PM
4) PODRIDÃO AMARGA CAPTAN 500 PM
(Glomerella)
(ou) DITHANE
FOLPAN AGRICUR 500 PM
5) OÍDIO
KUMULUS DF
(Uncinula necator)
FOLICUR PM
Produto Comercial
240
60
300
300
240
300
240
300
80
70
240
300
160
300
100
Período
Carencia (dias)
7
18
15
1
21
7
21
7
10
14
14
7
21
1
7
14
Estágios Fenologicos críticos
Início da brotação até fim do ciclo,
quando a condições climáticas
favorecerem ( umidade alta e temperatura elevada)
Início da brotação até fim do ciclo,
quando a condições climáticas
favorecerem ( umidade alta e temperatura elevada)
Inícia-se apartir da granação e vai até a pré
colheita.
Inícia-se apartir da granação e vai até a pré
colheita.
Inicia-se 14 dias após a brotação e repete-se de
14 em 14 dias até início da maturação.
Roteiro da apresentação
VII. As plantas de defendem de patógenos?.
VIII. Controle de doenças.
IX. Controle na Implantação do Vinhedo.
X.
Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo.
XI. Consideraç
Considerações finais.
Referências
www.anuarios.com.br
www.enologia.org.br
www.winesofbrasil.com/Default_pt.
www.winesofbrasil.com/Default_pt.aspx
www.vinhosdacampanha.com.br
Referências
Bergamin Filho, A., Kimati, H., Amorim, L. (Eds.). Manual de Fitopatologia –
Princípios de Conceitos. V.1. São Paulo, Editora Agronômica Ceres, 1995.
919 p.
www.daff.qld.gov.au/home.htm
www.awri.com.au
www.winetitles.com/diagnosis/index.asp
www.oiv.int/oiv/cms/index
www.uioe.org
e-mail
[email protected]
AGRADECIMENTOS
RENATA S. CANUTO DE PINHO, Dra.
Professora Adjunta do Campus Itaqui
da UNIPAMPA
MARCELO BARBOSA MALGARIM, Dr.
Professor Adjunto da FAEM/UFPel
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AULA-DOENÇAS NA VITICULTURA