PROJETO TABLET EM SALA DE AULA:
UMA PROPOSTA DE INOVAÇÃO ACADÊMICA
Vicente Nunes1 (UNESA/RJ)
Resumo:
O artigo apresenta os resultados da pesquisa-ação sobre o projeto “Tablet
em sala de aula: uma proposta de inovação pedagógica”, desenvolvido pela
Universidade Estácio de Sá (RJ). Esse projeto tem o objetivo de promover a
integração dos recursos digitais e, mais especificamente, do tablet, aos
processos de ensino e aprendizagem. Foram usadas as seguintes
metodologias de pesquisa: questionários (presenciais e on-line), entrevistas
nos campi, observação de campo e pesquisa bibliográfica. Os resultados
dessa pesquisa deram origem, entre outras ações, ao curso MÍDIAS
VIRTUAIS NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL E ON-LINE que será oferecido para os
7.500 docentes da nossa instituição no 1º semestre de 2014.
Palavras-chave: Tecnologia Educacional, Formação Continuada, Tablet na
Educação.
Abstract:
The article presents the results of the research regarding the “Tablet in
the classroom: A proposal of pedagogical innovation” project which was
developed at the Universidade Estácio de Sá (RJ). The objective of this
project is to promote the integration of digital resources, more specifically
the tablet, into the teaching and learning processes. The following
research methods were used: Questionnaires (live and on-line), on site
interviews, field observation and bibliographic research. The results of this
research were the origins, among other actions, of the course VIRTUAL
MEDIA IN LIVE AND ON-LINE EDUCATION that will be offered to the 7,500
instructors of our institution for the 1st semester of 2014.
Keywords: Technology Educational, Continuing Education, Tablet in
Education.
Introdução
Este trabalho teve o objetivo de colaborar com a formação continuada de
nossos docentes para a utilização de recursos digitais e, mais especificamente, do
tablet em sua prática pedagógica.
1
Vicente NUNES (Prof. Ms)
Universidade Estácio de Sá (UNESA) / Diretoria de Pesquisa
E-mail: [email protected]
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-1-
Os resultados obtidos na pesquisa nortearam, entre outras ações, a
elaboração do curso MÍDIAS VIRTUAIS NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL E ON-LINE que
será oferecido a partir do 1º semestre de 2014 dentro do projeto PIC 2 da nossa
instituição. Espera-se que essa pesquisa também possa colaborar com profissionais
de Educação de outras instituições no que se refere à integração, de forma crítica,
dos recursos digitais disponíveis na atualidade.
A integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) à Educação
é objeto de estudo de diversas pesquisas acadêmicas. Para evidenciar a relevância
desse campo de estudo, foi feita uma busca no banco de teses/dissertações da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)3 utilizando
o termo “Tecnologia Educacional”, tendo como referência o ano de 2012, e foram
encontradas 260 ocorrências, entre teses e dissertações.
Quando a busca foi realizada no repositório Google acadêmico, utilizando as
mesmas palavras, foram encontradas 353.000 (trezentas e cinquenta e três mil)
referências sobre o tema4. Esses dados nos fazem acreditar no quanto essa
temática tem causado inquietude no meio acadêmico. Se no passado essa discussão
estava relacionada à validade do uso das TIC nos processos educacionais, hoje o
foco dessas produções tem relação com a forma pela qual devem ser
inseridas/integradas ao ambiente escolar.
Autores como PAPERT (2008) e FAGUNDES (1999) entendem que tão
importante quanto inserção das TIC em sala de aula é fomentar a discussão de
como e quais estratégias pedagógicas poderão possibilitar a melhoria educacional a
partir do uso dessas tecnologias no cotidiano escolar.
Para Papert, a integração das TIC à escola pode promover mudanças
significativas no que se refere aos processos de ensino e de aprendizagem, fazendo
2
O PIQ Formação Continuada é a capacitação voltada ao aprimoramento acadêmico do professor. É composto por módulos,
na modalidade online, em que são discutidos temas ligados às práticas pedagógicas. Seu o objetivo é criar uma identidade
de excelência no modelo de ensino da Estácio, propiciando condições para constantes atualizações e aperfeiçoamentos,
devendo ser cursado por todo o corpo docente.
3
Site do banco de teses da CAPES < http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/>
4
Pesquisa realizada no dia 25 de abril de 2013. Disponível em < http://scholar.google.com.br/>
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-2-
com que os alunos desenvolvam a autonomia intelectual que os possibilitem
continuar a aprender, de forma autônoma, ao longo de toda a sua vida. Ainda
segundo o autor,
A habilidade mais determinante do padrão de vida de uma pessoa é a
capacidade de aprender novas habilidades, assimilar novos conceitos,
avaliar novas situações, lidar com o inesperado. Isso será cada vez mais
verdadeiro no futuro: a habilidade para competir tornou-se a habilidade de
aprender (PAPERT, 2008. p.13).
Nesse contexto, torna-se tão importante o desenvolvimento da autonomia
intelectual quanto a apresentação de conteúdos que, na atualidade, são
atualizados em uma velocidade cada vez maior. Segundo PAPERT:
A educação tradicional codifica o que se pensa que os cidadãos precisam
saber e parte para alimentar as crianças com esse “peixe”. O
construcionismo é construído sobre a suposição de que as crianças farão
melhor descobrindo (“pescando”) por si mesmas o conhecimento específico
de que precisam; a educação organizada ou informal poderá ajudar mais
certifica-se de que elas estarão sendo apoiadas moral, psicológica,
material e intelectualmente em seus esforços. O tipo de conhecimento que
as crianças mais precisam é o que as ajudará a obter mais conhecimento
[...]. Evidentemente, que além do conhecimento sobre pescar, é também
fundamental possuir bons instrumentos de pesca – por isso precisamos de
computadores – e saber onde existem águas férteis – motivo pelo qual
precisamos desenvolver uma ampla gama de atividades. (PAPERT, 2008.
p.135).
Da época na qual o autor escreveu esse trabalho5 para os dias atuais, a
Tecnologia Digital (TD) desenvolveu-se bastante e oferece diversos recursos que
podem colaborar com uma Educação contextualizada.
Papert defende o uso da TD como forma de subverter o status quo
encontrado na maioria das instituições de ensino, e ressalta ainda que, geralmente,
os recursos que são inseridos no cotidiano acadêmico, como o radio, TV e vídeo,
5
A primeira edição do livro “A máquina das crianças” data do ano de 1994.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-3-
acabam perpetuando uma educação baseada na centralidade e ação individual do
professor.
Nesse contexto, os recursos de Tecnologia Digital que poderiam promover o
surgimento de novas metodologias educacionais acabam sendo “incorporados” ao
cotidiano escolar e promovendo a continuidade de uma educação na qual o docente
é o “protagonista” de um processo de aprendizagem que não é seu, e sim de seus
alunos. Talvez isso explique, em parte, as deficiências da nossa educação.
Papert (idem) ressalta essa característica quando diz que a chegada do
computador na sala de aula, ao invés de promover a geração de projetos
transdisciplinares, originou uma nova disciplina chamada “Informática Educacional”
com todas as características das demais, ou seja, baseada no “protagonismo”
docente, com provas e conteúdos previamente definidos, sendo totalmente
incorporada à estrutura vigente da escola.
Paulo Freire é outro autor que critica essa Educação baseada somente na
apresentação de conteúdos e no protagonismo do professor, classificando-a como
Educação bancária.
Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que
os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e
repetem. Eis aí a concepção “bancária” da educação, em que a única
margem de ação que se oferece aos educandos é de receberem os
depósitos, guardá-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou
fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes
arquivados são os homens, nesta (na melhor das hipóteses) equivocada
concepção “bancária” da educação. Arquivados, porque, fora da busca,
fora da práxis, os homens não podem ser. Educador e educandos se
arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há
criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na
invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que
os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. (FREIRE, 1987.
p.33).
Mesmo considerando que os professores têm grande importância para que os
alunos possam assumir uma postura ativa em relação à construção de seus saberes,
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-4-
entendemos que o uso dos recursos oferecidos pelas TIC pode colaborar, de forma
ampla, com uma proposta de Educação baseada na ação do discente.
As possibilidades de interação, compartilhamento e colaboração advindas do
uso dos aparatos digitais podem contribuir com uma educação contextualizada que
trabalhe com conteúdos atualizados e necessários na sociedade contemporânea,
educação esta voltada para a formação de pessoas capazes de exercer a cidadania
plena na sociedade da Informação. A presença maciça das Tecnologias Digitais pode
favorecer uma nova dinâmica educacional, pois o computador usado no ambiente
educacional tende a ser muito mais que uma ferramenta.
Uma característica marcante da sociedade da Informação é a presença
maciça das TIC em todos os segmentos. Segundo Werthein,
A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos últimos
anos desse século como substituto para o conceito complexo de “sociedade
pós-industrial” e como forma de transmitir o conteúdo específico do “novo
paradigma técnico-econômico”. A realidade que os conceitos das ciências
sociais procuram expressar refere-se às transformações técnicas,
organizacionais e administrativas que têm como “fator-chave” não mais os
insumos baratos de energia – como na sociedade industrial – mas os
insumos baratos de informação propiciados pelos avanços tecnológicos na
microeletrônica e telecomunicações. (WERTHEIN, 2000.p.71)
Embora já esteja disponível na maioria das instituições de ensino (públicas e
privadas), utilizar os recursos digitais de forma crítica e satisfatória, sob o ponto de
vista da aprendizagem, ainda é um desafio para nós, educadores. Integrar esses
recursos à prática pedagógica educacional pode possibilitar o surgimento de
metodologias de ensino mais adequadas para as necessidades de formação para a
sociedade atual.
A Tecnologia Digital possibilitou o surgimento de recursos digitais móveis
(tablet, netbook, smatphone etc.). Esses recursos têm, geralmente, um custo bem
mais acessível e, por conta disso, fazem parte da vida de nossos alunos de forma
mais ampla do que faziam os desktops, por exemplo. Além de um menor custo,
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-5-
esses aparatos têm na mobilidade um diferencial que pode ser usado a favor da
Educação. Segundo os autores LEMOS E LÉVY,
Jornais, rádios, televisões publicam ou emitem hoje quase tudo na web.
Certas mídias (Webzines, WebTV, rádios online) estão disponíveis apenas na
web sem utilizar o canal hertziano ou o impresso. A primeira consequência
dessa nova situação é que todas as mídias podem ser “captadas”, lidas,
escutadas, ou vistas de qualquer canto do planeta onde a conexão à
internet é possível, com ou sem fio. Mais ainda: as novas mídias atuam a
partir de princípios de liberação da emissão, da conexão permanente em
redes de conversação e da reconfiguração da paisagem comunicacional que
tem implicações importantes nas dimensões sociais, culturais e políticas.
Não se trata apenas de uma mudança na forma de consumo midiático, mas
nas formas de produção e distribuição de conteúdo informacional. (LEMOS
e LÉVY, 2010. p.73).
A necessidade de integrar a Tecnologia Digital à Educação se torna ainda
mais urgente quando constatamos que a popularização desses recursos faz com
que, mesmo que nossos professores não os utilizem em sua prática, eles sejam
levados para o ambiente escolar pelos alunos. Muito embora tenham contato e
utilizem com destreza os aparatos digitais, nossos discentes, geralmente, não
conseguem relacioná-los à Educação e limitam o uso desses recursos, basicamente,
para o entretenimento acessando jogos, redes sociais, repositórios de vídeos etc.
Nesse contexto, cabe aos educadores desenvolver estratégias pedagógicas
que
possibilitem
a
integração
satisfatória
desses
recursos
aos
processos
educacionais. Para Moran,
Há uma pressão enorme para incluir as tecnologias móveis na educação.
Alguns colégios e instituições superiores entregam tablets ou netbooks
para os alunos como parte do material escolar. Há uma tendência à
substituição dos livros de texto por conteúdos digitais dentro de
tecnologias móveis. Uma justificativa é diminuir de peso das mochilas dos
alunos; outra, baratear do acesso ao conteúdo não impresso (além de ser
ecologicamente mais correto); também é visto como importante oferecer
recursos de pesquisa, de leitura e de comunicação próximos dos alunos,
dos ambientes digitais que frequentam, para motivá-los mais a aprender.
(MORAN, 2012).
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-6-
Características como a facilidade de transporte (os dispositivos móveis são
leves), preço mais acessível que os computadores (desktop), colaboração com a
sustentabilidade (os conteúdos não precisam ser impressos) e o fascínio/facilidade
que os alunos apresentam em relação a esses dispositivos móveis já justificariam a
sua integração no espaço educacional. No entanto, a partir da formação
especializada de docentes os recursos móveis podem promover o surgimento das
inovações pedagógicas tão necessárias à Educação do século XXI.
Para MATTAR (2013) o uso dos dispositivos móveis na Educação tem relação
com a teoria de aprendizado Conectivista. Segundo o autor, essa teoria apresenta
as características necessárias para uma Educação contextualizada e alinhada com
as necessidades e exigências da Sociedade da Informação, pois amplia o conceito
de aprendizagem de outras teorias.
Nesse sentido, Siemens (2005a) discute as limitações do behaviorismo, do
cognitivismo e do construtivismo, porque não abordariam a aprendizagem
que ocorre fora das pessoas (ou seja, que é armazenada e manipulada pela
tecnologia) nem a que ocorre dentro das organizações. O Conectivismo ou
aprendizado distribuído é proposto então como uma teoria mais adequada
para a era digital, quando é necessária ação sem aprendizado pessoal,
utilizando informações fora do nosso conhecimento primário. As teorias da
aprendizagem deveriam ser ajustadas em um momento em que o
conhecimento não é mais adquirido de forma linear, a tecnologia realiza
muitas das operações cognitivas anteriormente desempenhadas pelos
aprendizes (armazenamento e recuperação da informação). (MATTAR,
2013. p.56).
Nesse sentido, a formação dos docentes deve promover o conhecimento
sobre teorias de apredizagem atualizadas e um olhar crítico, desses profissionais,
em relação a integração dos aparatos digitais à sua prática pedagógica.
Essa
formação pode possibilitar que esses recursos, diferentemente do que ocorreu com
outras tecnologias (rádio, TV, vídeo etc.), colaborarem, de maneira efetiva, com
uma Educação que forme pessoas aptas a exercerem, no futuro, a plena cidadania,
e que contribuam com o bem comum.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-7-
METODOLOGIA DA PESQUISA
Esse trabalho utilizou, em um primeiro momento, o recurso da pesquisa
bibliográfica acessando diversos repositórios, como Google Acadêmico, repositório
de instituições de ensino, Youtube e demais periódicos que tratam da temática
Tecnologia Educacional. Cervo e Bervian definem a pesquisa bibliográfica como:
A que explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em
documentos. Pode ser realizada independente ou como parte da pesquisa
descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as
contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre
determinado assunto, tema ou problema. (CERVO e BERVIAN, 1983. p.55).
Nessa etapa, foi possível realizar o estado da arte sobre o uso de recursos
digitais e dos aparatos móveis na Educação e entender o quanto é importante
investir na formação dos nossos professores nessa área. Para obter dados sobre a
forma que os docentes da nossa instituição utilizam os recursos digitais em sua
prática, foi aplicado um questionário eletrônico6. Esse recurso possibilitou obter as
informações de professores de todos os campi de nossa instituição de forma muito
prática. Algo que dificilmente poderia ter sido feita de outra forma.
Para os
autores Marconi e Lakatos,
O questionário é um instrumento desenvolvido cientificamente, composto
de um conjunto de perguntas ordenadas de acordo com um critério
predeterminado, que deve ser respondido sem a presença do entrevistador.
(MARCONI; LAKATOS, 1999. p.100).
O questionário é um recurso muito usado quando temos dificuldade ou somos
impossibilitados de estabelecer um contato presencial com o entrevistado. Por se
tratar de uma intervenção feita em seres humanos, mesmo sendo à distância, esse
6
Endereço do questionário: https://docs.google.com/forms/d/1PS9j9wmKv1xaRKUjobLxT2MUZt1adreXrW8AjIue5Z8/viewform
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-8-
questionário foi submetido ao comitê de ética da UNESA e recebeu o Certificado de
apresentação para Apreciação Ética (CAAE) 19724613.4.0000.5284.
Os recursos atualmente oferecidos pela Tecnologia Digital facilitam não só a
aplicação de questionários no formato digital através da Internet, como também a
análise dos dados obtidos. Nessa pesquisa foi utilizado o Google Docs, que é um
recurso oferecido pela empresa Google. Esse aplicativo é baseado na tecnologia
AJAX7 e funciona totalmente on-line. A quantidade de dados manipulados nessa
pesquisa justificou o uso desse recurso e permitiu realizar uma análise satisfatória
dos dados.
O questionário aplicado contou com perguntas que possibilitaram traçar o
perfil de nossos professores em relação ao uso do tablet e demais recursos digitais.
As questões serviram para obter as seguintes informações:
 Se o professor conhecia o projeto Tablet;
 Se na sua formação acadêmica recebeu alguma capacitação voltada
para o uso de recursos digitais em sua prática pedagógica;
 Quais metodologias de ensino elaboradas pelos professores para o uso
das TIC;
 Quais propostas acadêmicas devem ser desenvolvidas pela UNESA para
promover a integração dos recursos digitais e, mais especificamente,
do tablet em nossa instituição.
Os dados coletados no questionário foram tratados de forma quantitativa e a
qualitativa. Em relação à quantitativa, Godoy afirma que:
[...] num estudo quantitativo o pesquisador conduz seu trabalho a partir de
um plano estabelecido a priori, com hipóteses claramente especificadas e
7
AJAX (acrônimo em língua inglesa de Asynchronous Javascript and XML, em português "Javascript Assíncrono e XML") é o
uso metodológico de tecnologias como Javascript e XML, providas por navegadores, para tornar páginas Web mais interativas
com o usuário, utilizando-se de solicitações assíncronas de informações. Foi inicialmente desenvolvida pelo estudioso Jessé
James Garret e mais tarde por diversas associações. Apesar do nome, a utilização de XML não é obrigatória (JSON é
frequentemente utilizado) e as solicitações também não necessitam ser assíncronas.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
-9-
variáveis operacionalmente definidas. Preocupa-se com a medição objetiva
e a quantificação dos resultados. Busca a precisão, evitando distorções na
etapa de análise e interpretação dos dados, garantindo assim uma margem
de segurança em relação às inferências obtidas. (GODOY, 1995, p.58)
As análises quantitativas nos possibilitaram, em um primeiro momento,
perceber a dimensão do projeto em nossa instituição e o quanto nossos docentes
sabem sobre essa proposta de uso acadêmico do tablet. Além dessas informações,
obtivemos outras que serviram para classificar os docentes por aspectos que
tiveram muita relevância na hora de analisar qualitativamente as outras respostas
do questionário como, por exemplo, a idade dos entrevistados.
Em relação à análise qualitativa, foi verificado, principalmente, se os
docentes, quando utilizam os recursos digitais em sua prática educacional, fazemno de forma crítica, ou seja, possibilitando que seus alunos sejam protagonistas no
processo de aprendizagem, algo amplamente favorecido pelos recursos oferecidos
pelas TIC.
A partir da análise dos dados obtidos nesse questionário, foram propostas
ações pedagógicas a serem desenvolvidas com nossos docentes. Elas estão
descritas, detalhadamente, na Conclusão deste artigo.
O PROJETO TABLET
Antes de falar do projeto é importante apresentar a instituição no qual ele é
desenvolvido. A Universidade Estácio de Sá (UNESA) 8, fundada há 42 anos, é uma
das maiores instituições da América Latina, com aproximadamente 270.000 alunos,
7.500 professores e 4.000 colaboradores. Essa instituição é formada por um
conglomerado de outras 38, entre Universidades, centros universitários e
8
Informações disponíveis em <http://portal.estacio.br/home/aluno.aspx??&estado=RJ> Acessado em 9 de maio de 2013.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 10 -
faculdades, totalizando 72 campi nos quais são oferecidos diversos cursos de
graduação, pós-graduação e extensão nas modalidades presencial e a distância.
As ações inovadoras no meio acadêmico são uma de suas características
marcantes. Posso citar algumas, como:
 Oferecer cursos em vários campi (fez com que as pessoas se
deslocassem menos para estudar, pois o curso era perto do seu
trabalho ou de sua casa);
 Oferecer cursos de politécnico/tecnólogo (cursos com curta duração,
entre dois a três anos, com foco no mercado de trabalho e no qual o
corpo docente é, geralmente, formado por profissionais que atuam
diretamente na área que lecionam);
 Oferecer material didático para os alunos (material personalizado
composto de partes específicas de obras de referência nas áreas dos
cursos).
Nesse contexto, temos o projeto Tablet como a continuação da proposta
educacional inovadora de nossa instituição. O projeto teve início no segundo
semestre de 2011 atendendo a cinco mil estudantes dos cursos de Direito,
Gastronomia e Hotelaria, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.
A partir da parceria com a ABDR (Associação Brasileira dos Direitos Reprográficos),
foram disponibilizados capítulos integrais das melhores obras referentes às
disciplinas dos cursos. O tablet também traz outros conteúdos, como biblioteca
virtual, com mais de 1.600 obras, projeto pedagógico do curso e planos de aulas.
Os objetivos desse projeto são:
 Fazer um planejamento contemplando a sensibilização dos docentes
ao projeto e, se possível, estruturar um programa de capacitação e
envolvimento antes mesmo da distribuição das mídias digitais móveis;
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 11 -
 Estruturar canais de comunicação que promovam o feedback
contínuo, tanto de professores como de alunos, para que os possíveis
erros sejam corrigidos e as melhorais surjam da demanda do próprio
usuário;
 Investir na qualidade da tecnologia e da infraestrutura onde o
recurso será utilizado, possibilitando, por exemplo, navegação
amigável e intuitiva e acesso à rede nos espaços onde o aparelho
será manuseado;
 Criar polos de pesquisa com o foco em tecnologia aplicada à
educação para estudo, discussão e desenvolvimento de material
acadêmico
sobre
o
tema,
com
a
possibilidade
de
produzir
conhecimento científico dentro de uma instituição de ensino que dê
embasamento para as práticas pedagógicas desenvolvidas dentro de
sala de aula;
 Investir na qualidade do material que está sendo distribuído,
avaliando os cursos que os estão recebendo e a relevância do
dispositivo para cada curso contemplado, a linguagem e a forma
como o conteúdo está sendo apresentado. Deve-se considerar que,
por ser um recurso móvel que tem várias facilidades, será preciso ter
cuidado com a seleção do conteúdo, entendendo que o usuário de
tablet quer informação de qualidade e que seja relevante para sua
maneira de aprender e ensinar;
 Criação de inteligência para desenvolvimento de novos aplicativos
educacionais oferecendo, se possível, treinamento com consultorias
para equipes internas que possam se desenvolver e produzir
aplicações de ensino para os aparelhos distribuídos.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 12 -
O projeto Tablet apresenta um grande potencial para gerar as inovações
pedagógicas tão necessárias à Educação do nosso século. No entanto, para que isso
ocorra é imprescindível que nossos docentes tenham uma formação específica para
o uso desse aparato digital móvel. Embora uma parte do que entendemos como
inovação já esteja ocorrendo através da Fábrica do Conhecimento (vou descrevê-la
adiante) ainda é necessário que sejam realizadas outras atividades, com o uso do
tablet e demais dispositivos móveis, nas quais os alunos sejam protagonistas.
A proposta de criação de aplicativos para dispositivos móveis, realizada pela
Fábrica de Conhecimento, tem alcançado sucesso não só entre nossos alunos, mas
também entre outras pessoas da rede. Esse departamento desenvolve aplicativos
para os cursos a distância e para a formação dos nossos docentes, e tem uma média
de 300 instalações/dia. Atualmente, registramos em nossa página9 mais de 180.000
downloads de apps nas três lojas (Apple, Android, Windows Phone). Um fator
interessante, sobre o qual falarei mais adiante na conclusão do trabalho, é que o
dispositivo que mais solicitou download foi o Smartphone. Alguns dos aplicativos
produzidos pela Fábrica do Conhecimento, além de serem educativos, prestam um
serviço relevante, como o aplicativo “meu bebê”, por exemplo. Uma característica
importante desses aplicativos é que eles são, em sua grande maioria, fruto de
solicitações feitas pelos docentes para facilitar o aprendizado de pontos específicos
de suas disciplinas. Muito embora essa iniciativa possa ser considerada um sucesso,
ainda são necessárias outras ações que, através dos resultados da nossa pesquisa,
puderam ser evidenciadas.
ANÁLISE DOS DADOS
Conforme dito anteriormente, na descrição da metodologia do trabalho, foi
utilizado o recurso do questionário eletrônico e, a partir dos dados obtidos, foram
9
Endereço da página: <https://play.google.com/store/search?q=est%C3%A1cio&c=apps&hl=pt-BR>
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 13 -
elaborados gráficos que nos ajudam a interpretar quais as principais dificuldades
encontradas por nossos docentes para o uso do tablet e demais recursos móveis em
suas atividades pedagógicas. Nesse trabalho, tratarei de apenas alguns dados
coletados na pesquisa.
Nossa pesquisa concluiu que, geralmente, nossos docentes não tiveram
disciplinas específicas sobre Tecnologia Educacional em sua formação acadêmica.
Isso explica, em parte, a dificuldade que apresentam para integrar os recursos
digitais a sua prática educacional, pois é comum replicarmos as mesmas
metodologias a qual fomos submetidos enquanto discentes em nossa vida como
docentes.
Figura 1- Formação acadêmica para uso das Tecnologias Digitais
Outro aspecto relevante para a nossa análise foi a constatação de que nossos
professores são, majoritariamente, Imigrantes Digitais10, o que consideramos ser
um aspecto dificultador para a integração de recursos digitais em suas aulas.
10
Para Prensky (2001) os imigrantes digitais são as pessoas que não nasceram em um mundo digital, mas estão sendo
obrigadas a se adaptar a uma sociedade baseada na utilização de recursos digitais em todos os seus segmentos.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 14 -
Figura 2 – Respostas sobre a faixa etária dos docentes
Embora nosso projeto tenha se iniciado no ano de 2009, em nossa pesquisa
constatamos
que
49%
de
nossos
docentes
ainda
não
conhecem
e,
consequentemente, não participam do projeto Tablet.
Figura 3 – Uso do Tablet nas aulas
Em relação ao uso dos recursos digitais na prática pedagógica, obtivemos
alguns dados interessantes sobre como nossos professores integram os recursos
digitais em suas aulas. Os gráficos apresentam esses dados.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 15 -
Figura 3 – Uso do laboratório de Informátic
Esses dados evidenciam a necessidade de uma formação específica para que
os docentes possam utilizar, de maneira mais efetiva, os recursos digitais em suas
aulas. Segundo as respostas fornecidas pelos professores, os motivos para a pouca
utilização dos recursos são:
Figura 4 – Motivos para a pouca utilização dos recursos digitais
As respostas fornecidas pelos docentes para justificar a pouca ou a não
utilização dos recursos digitais em suas aulas nos revelam aspectos interessantes.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 16 -
Segundo os dados, 34% dos docentes alegam que, por não saberem utilizar os
recursos digitais, preferem não utilizá-los. Esse dado evidencia que, para esses
docentes, o que deveria ser visto como recurso pedagógico é tratado como
conteúdo; e como, culturalmente, para a maioria dos docentes o professor deve
deter o conhecimento, não saber usar os recursos digitais com a mesma
desenvoltura dos alunos é um limitador.
Para 15% dos docentes, o conteúdo de sua disciplina não contemplaria o uso
da Tecnologia Digital. Se levarmos em conta que os recursos digitais estão
presentes em todos os segmentos da nossa sociedade e, dificilmente, encontramos
uma área que não seja influenciada pelos recursos e possibilidades advindas dessas
tecnologias, esse dado é algo que não se justifica.
Para finalizar a análise dessa pergunta, eu destaco que somente 1% dos
docentes acredita que os alunos não acham importante o uso das Tecnologias
Digitais no ambiente educacional. Esse dado é importante, pois evidencia que
mesmo os docentes que não utilizam os recursos digitais reconhecem a necessidade
de utilizá-los em suas aulas.
A necessidade de formação docente foi um aspecto sinalizado em nossa
pesquisa, pois 98% dos entrevistados solicitaram que nossa instituição realize
atividades que os ajudem a empregar os recursos digitais em suas práticas
educacionais. Como essa é uma pesquisa-ação, perguntamos aos docentes quais
atividades deveriam ser oferecidas. Obtivemos as seguintes respostas:
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 17 -
Figura 5 – Propostas de atividades de formação
O número de professores que solicitaram cursos presenciais é - como já
esperávamos por serem os docentes, em sua grande maioria, Imigrantes Digitais maior do que os que solicitaram cursos a distância; mas, de forma surpreendente,
não foi uma diferença percentual tão elevada. Acreditamos que, por se tratar de
uma solicitação dos próprios professores, as atividades que serão promovidas terão
uma boa participação do nosso corpo docente.
CONCLUSÃO
“Ensinamos HOJE, da mesma maneira como aprendemos no PASSADO,
formando pessoas para viver no FUTURO”.
Essa afirmação nos ajuda a entender algumas das dificuldades encontradas
na Educação. Nós educadores geralmente reproduzimos as mesmas metodologias de
ensino às quais fomos submetidos. Se, no passado, isso já era um problema,
imagine atualmente, com a dinâmica dos acontecimentos e a velocidade com que o
conhecimento é produzido e disseminado, segundo Gonzalez (2004):
Um dos fatores mais persuasivos é o encolhimento da duração do
conhecimento para metade. A “meia-duração do conhecimento” é o tempo
de duração desde que se obtém o conhecimento até que ele se torne
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 18 -
obsoleto. Metade do que é conhecido hoje não era conhecido há 10 anos. A
quantidade de conhecimento no mundo dobrou nos últimos 10 anos e está
dobrando a cada 18 meses, de acordo com a Sociedade Americana para o
Treinamento e Desenvolvimento (ASTD).
Além do aspecto relacionado à quantidade de conhecimento produzido é
necessário, também, levar em consideração outras capacidades e habilidades que
acreditamos que serão necessárias a esses formandos. Definir, com precisão, quais
seriam essas habilidades e competências não é algo fácil. No entanto, podemos
pensar em alguns aspectos que, a partir do que temos observado, julgamos ser
importantes. Dentre eles, podemos enumerar os seguintes:
 Saber relacionar-se com as demais pessoas de sua comunidade (física
e virtual);
 Utilizar os recursos tecnológicos de forma crítica e responsável,
levando em consideração aspectos relacionados à sustentabilidade, à
ética e ao respeito aos demais participantes da comunidade na qual
está inserido;
 Ser inovador, entendendo a inovação como a soma da criatividade
com o conhecimento, ou seja, só a criatividade não basta; é
necessário ter conhecimentos para por as ideias em prática;
 Ser intelectualmente autônomo pois, como citado anteriormente, a
velocidade com a qual são produzidos os conhecimentos nos obriga a
sermos capazes de aprender sozinhos e por toda a vida;
Nesse contexto, concluimos que a formação acadêmica para o uso dos
diversos recursos digitais e, de forma mais específica, do tablet e demais
dispositivos móveis se torna cada vez mais necessária no paradigma da Sociedade
da Informação. A partir dos resultados obtidos em nossa pesquisa foram propostas,
inicialmente, as seguintes ações:
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 19 -
1.
Maior
divulgação
do
trabalho
desenvolvido
pela
Fábrica
do
Conhecimento: muitos professores solicitam aplicativos que poderiam
ser produzidos e, por falta de comunicação entre os setores, isso não
ocorre;
2.
Promoção de eventos com a temática Tecnologia Educacional: para
que sejam apresentadas as possibilidades do uso das Tecnologias
Digitais e, também, para que os docentes possam compartilhar suas
experiências, dúvidas e sugestões sobre o que se refere ao uso da TD na
Educação;
3.
Curso MÍDIAS VIRTUAIS NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL E ON-LINE:
oferecer o curso, no formato online, sobre o uso das mídias virtuais nos
processos educacionais. Esse curso vai tratar não só da parte técnica
(como usar) mas, principalmente, da discussão crítica sobre como
integrar esses recursos a sua prática pedagógica.
Entendemos que temos uma grande caminhada a cumprir para que nossos
docentes possam propor metodologias de ensino e aprendizagem inovadoras, tão
necessárias na atualidade. Essa pesquisa foi o ponto de partida, e acreditamos que
as ações iniciais aqui descritas poderão nos ajudar nesse sentido. Mas devemos
continuar a discussão sobre a temática e propor outras ações que possibilitem que
o projeto Tablet seja um marco de inovação na área educacional e sirva de
referência às demais instituições de ensino.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 20 -
REFERÊNCIAS
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia Científica: para uso dos estudantes
universitários. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil, 1983.
FAGUNDES, L., MAÇADA, D., SATO, L. Aprendizes do Futuro: as Inovações
Começaram. MEC, 1999.
FREINET, É. Itinerário de Célestin Freinet: a Expressão Livre na Pedagogia Freinet.
Tradução Manuel Dias Duarte – Lisboa: Livros Horizonte, 1977. 156p.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 26ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______.Pedagogia do Oprimido. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de
Administração de Empresas. São Paulo, v. 35, n. 2, p. 57-63, mar./abr., 1995.
Gonzalez, C., (2004). The Role of Blended Learning in the World of Technology.
2004. Disponível em
<http://www.unt.edu/benchmarks/archives/2004/september04/eis.htm> acessado
em 13 de agosto.
LEMOS, A.; LÉVY, P. O futuro da Internet - Em direção a uma ciberdemocracia
planetária. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2010. p. 261.
MARCONI. M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999.
MATTAR, João. WEB 2.0 e redes sociais na educação. São Paulo: Artezanato
Educacional. 2012.
MORAN, José Manuel. Tablets e netbooks na Educação. Disponível em
<http://moran10.blogspot.com.br/search/label/novas%20tecnologias> acessado
em 14 de outubro de 2013.
PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática.
Edição Revisada. Porto Alegre: Artmed, 2008.
PRENSKY, M.: Digital Natives Digital Immigrants. In: PRENSKY, Marc. On the
Horizon.
NCB University Press, Vol. 9 No. 5, October (2001). Disponível em
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 21 -
<http://www.marcprensky.com>. Accesso em 12 de novembro de 2013.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez: Autores
Associados, 1986. 108p.
WERTHEIN, Jorge. A sociedade da informação e seus desafios. Ciência da
Informação. 2000,v. 29, n. 2, pp. 71-77. ISSN 0100-1965.
Universidade Federal de Pernambuco
NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras
CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
- 22 -
Download

projeto tablet em sala de aula: uma proposta de inovação acadêmica