A AmBev – Companhia de Bebidas das Américas é a
quarta maior cervejaria e a sétima maior empresa de bebidas
do mundo – com marcas líderes nos segmentos de cervejas,
refrigerantes, águas, isotônicos e chás gelados.
AmBev na revista Forbes
Global - outubro de 2001
A Companhia foi criada em 1º de julho de 1999, com a
associação das cervejarias Brahma e Antarctica, a maior fusão
de empresas já realizada no país. No Brasil, a AmBev atende a
mais de 1 milhão de pontos-de-venda, com uma ampla rede de
distribuição, que inclui 550 distribuidores exclusivos e 45
centros de distribuição direta.
Além das operações brasileiras, a AmBev está presente
também na Argentina, no Uruguai, na Venezuela e no Paraguai.
No total são 38 unidades industriais, em 18 estados
American Beverage Company
brasileiros, além de 8 fábricas no exterior.
Campañia de Bebidas de Las Américas
Companhia de Bebidas das Américas
A AmBev tem cerca de 60 mil acionistas e seus papéis
são negociados nas Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e
Nova York (NYSE). Em 2001, o resultado operacional (EBITDA)
cresceu 32,2%, alcançando R$ 2,0 bilhões, o equivalente a
uma margem de 30,2% sobre a receita líquida de vendas, que
totalizou R$ 6,5 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 784,6
milhões, o que representa um crescimento de 66,9% na
ÍNDICE
Relat ó r io A nua l 20 01
comparação com o ano anterior.
Relat ó r io A nua l 20 01
1.
2.
3.
4.
8.
20.
21.
22.
27.
29.
30.
32.
33.
34.
83.
84.
Destaques Econômico-Financeiros
Carta aos Acionistas
Mapa das Operações
Brasil: um Mercado Pronto para Crescer
Nossas Marcas
Gerenciamento de Receita
Eficiência em Custos
Distribuição
Gente e Cultura
Operações Internacionais
Conselho de Administração e Diretoria
Ações Sociais
Meio Ambiente
Demonstrações Financeiras
Governança Corporativa
Informações para o Investidor
Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
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(1 610) 312-5315 – outras localidades
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- Relat ó r io A nua l 20 01
D E S TAQU E S E C O N Ô M I C O - F I NA N C E I RO S
2001
2000
var. (%) 01/00
59,0
3,3
18,5
80,8
59,3
2,9
17,2
79,3
-0,5
13,8
7,4
1,9
6.525,6
3.159,3
1.989,7
1.375,8
784,6
355,0
23%
5.250,3
2.406,6
1505,0
915,8
470,2
283,6
15%
24,3
31,3
32,2
50,2
66,9
25,2
-
11.028,8
4.569,3
2.539,0
2.030,3
446,8
3.363,4
8.639,6
2.192,9
1.028,3
1.164,6
589,2
3.076,9
28,7
108,4
146,9
74,3
-24,2
15,2
88,61
19,74
8,22
9,04
39.741,4
18.744,0
8.077,9
79,89
12,17
4,47
4,84
38.646,1
18.283,8
9.350,4
10,9
67,2
83,8
86,8
2,5
-13,6
VOLUME DE VENDAS (milhões de hectolitros)
Cerveja Brasil
Cerveja Internacional
Refrigerantes
Total
DESTAQUES FINANCEIROS (R$ milhões)
Receita Líquida
Lucro Bruto
EBITDA
EBIT
Lucro Líquido
EVA
Retorno sobre o Patrimônio Líquido
BALANÇO FINANCEIRO (R$ milhões)
Ativo Total
Dívida Total
Caixa e Aplicações Financeiras
Dívida Líquida
Investimentos
Patrimônio Líquido
INFORMAÇÕES POR AÇÃO (R$/mil ações)
Patrimônio
Lucro
Remuneração ao Acionista (ON)(1)
Remuneração ao Acionista (PN) (1)
Nº de Ações (milhões)
Valor de Mercado (R$ milhões)
Valor de Mercado (US$ milhões)
(1)
Inclui dividendos, juros sobre o capital próprio e restituição de capital.
1
- Relat ó r io A nua l 20 01
- Relat ó r io A nua l 20 01
1. Magim
2. Marcel
3. Victorio
C A RTA AO S AC I O N I S TA S
M A PA DA S O P E R A Ç Õ E S
Obsessão por fazer melhor
1
2
Todas as crises de 2001 serviriam facilmente como um álibi
para justificar metas de desempenho não atingidas, mas essa atitude não combinaria em nada com a
forma de ser, agir e pensar da gente AmBev. O ano foi duro e com inúmeros desafios, mas nossa
permanente insatisfação, aliada ao senso de urgência de fazer mais e melhor, nos levou a um EBITDA
de R$ 1,99 bilhão, um lucro líquido recorde de R$ 784,6 milhões e um EVA de R$ 355,0 milhões.
A experiência de atuar em um ambiente macroeconômico volátil e sob condições desfavoráveis,
Venezuela
como o que marcou o Brasil nas últimas décadas, nos permitiu manter o rumo e alcançar nossas
metas de curto prazo. Nosso desempenho foi uma prova da persistência e garra da nossa gente,
baseada em uma cultura com foco em resultado, em que as pessoas crescem e são remuneradas pela
sua performance.
A estratégia de longo prazo consiste em fortalecer nossas vantagens competitivas, de forma a
3
capturar as inúmeras oportunidades de crescimento, especialmente no mercado brasileiro, tais como:
. Ampliar o consumo per capita, com a exploração de novas ocasiões de consumo, segmentação de mercados e
inovação de produtos;
. Revisar a cadeia de valor do mercado de bebidas, de forma a maximizar a participação da indústria no preço final
do produto por meio de um melhor gerenciamento de receitas e processos de venda;
. Aumentar a eficiência da distribuição, tanto pelo compartilhamento de melhores práticas com as redes de
distribuidores como pelas operações de venda direta;
. Desenvolver de forma rentável a nossa participação no segmento de refrigerantes e outras bebidas alternativas;
. Buscar permanentemente uma maior produtividade, com redução de custos.
Em 2001, demos importantes passos nessa direção, mas, ao mesmo tempo, nos desviamos temporariamente
de alguns pontos essenciais dessa estratégia.
Não implementamos ações de gerenciamento de receitas com a habilidade necessária para evitar que eventuais
alinhamentos dos preços ao varejo viessem a ser repassados ao consumidor final. Em relação aos custos, capturamos as
sinergias decorrentes da fusão de Brahma e Antarctica, porém perdemos o foco na realização integral de todas as
oportunidades para a minimização de despesas.
Por isso a insatisfação com 2001: um ano bom, mas não extraordinário. Sabemos que a gente AmBev está atenta a tudo
isso e trabalha para corrigir os erros e ampliar os acertos de 2001. Estamos sempre levantando o "sarrafo" de nossas metas,
buscando sempre a superação e a excelência. Pensamos grande e no "impossível", acreditando que nada é definitivo e tudo
pode ser melhorado. É nesse sentido que nos auto-impusemos o desafio de trabalhar eficazmente na redivisão da cadeia de
valor do mercado de bebidas e focar obsessivamente na captura da produtividade e das eficiências que reduzirão nossos
custos e nos deixarão mais próximos da AmBev ideal.
2
Marcel Herrmann Telles e Victorio Carlos De Marchi
Magim Rodriguez Junior
Co-Presidentes do Conselho de Administração
Diretor-Geral
.
.
.
.
Participação de mercado:
5,6% em cerveja
Unidades:
1 fábrica de cerveja
Capacidade instalada:
2,2 milhões de hectolitros
Início da atuação: 1994
Paraguai
.
.
.
.
Participação de mercado:
3,7% em cerveja
Unidades:
1 fábrica de cerveja
Capacidade instalada:
300 mil hectolitros
Início da atuação: 2001
Argentina
.
.
.
.
Participação de mercado:
16,5% em cerveja
Unidades:
1 fábrica mista e 1 maltaria
Capacidade instalada/ano:
2,5 milhões de hectolitros
Início da atuação: 1994
Uruguai
.
.
.
.
Participação de mercado:
41,9% em cerveja e 48,0% em água mineral
Unidades:
2 fábricas de cerveja e 2 maltarias
Capacidade instalada/ano:
650 mil hectolitros
Início da atuação: 2000
Brasil
.
.
.
.
Participação de mercado:
69,5% em cerveja
e 17,4% em refrigerantes
Unidades:
33 fábricas de bebidas,
4 de insumos e 1 maltaria
Capacidade instalada/ano:
84,1 milhões de hectolitros
de cerveja e 38 milhões de
hectolitros de refrigerantes
Início da atuação:
1888 (Brahma e Antarctica)
A AmBev foi criada em
julho de 1999
3
- Relat ó r io A nua l 20 01
- Relat ó r io A nua l 20 01
B R A S I L : U M M E R C A D O P RO N TO PA R A C R E S C E R
A AmBev mantém operações nos principais mercados latino-americanos e continua atenta a oportunidades de
expansão na região. Seu foco de atuação está no Brasil, seu principal mercado, onde são identificadas as maiores
oportunidades de criação de valor.
É um país de contrastes geográficos, abrigando uma mistura de povos e tradições. De grandes e modernas cidades até
regiões únicas, como a Floresta Amazônica, além de 7.356 quilômetros de praias.
O Brasil é o quarto maior mercado mundial de cerveja, com 84,5 milhões de hectolitros por ano, superado apenas pelos
A estratégia de crescimento da Companhia ampara-se em cinco pontos:
. Impulsionar o crescimento do consumo per capita;
. Aperfeiçoar o gerenciamento de receitas;
. Maximizar a eficiência em distribuição;
. Crescer no mercado de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas;
. Buscar permanentemente uma maior produtividade, com minimização de custos.
Estados Unidos (237 milhões de hectolitros), China (192 milhões de hectolitros) e Alemanha (100 milhões de hectolitros).
Em refrigerantes, ocupa a terceira posição mundial, com 110 milhões de hectolitros, após os Estados Unidos e o México.
O mercado vem crescendo consistentemente nos últimos anos e o consumo de bebidas industrializadas está cada vez mais
presente nos hábitos dos brasileiros. Desde 1994, quando o país ingressou em um ciclo de estabilidade econômica, o
consumo per capita de cerveja passou de 41,8 litros para 50,1 litros anuais. Em refrigerantes, a evolução foi de 58 litros
anuais para 66 litros. Mesmo assim, no ranking mundial, o consumo per capita brasileiro ainda é modesto: 29ª posição em
cervejas e 25ª em refrigerantes.
A Cara do Mercado Brasileiro
Com o maior Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina (aproximadamente US$ 550 bilhões em 2001), uma
população jovem e a quinta maior do mundo – 172 milhões de habitantes, dos quais 42% têm menos de 20 anos –, o Brasil
apresenta efetivas oportunidades de crescimento. A dimensão territorial é equivalente à dos Estados Unidos ou da Austrália
CONSUMO PER CAPITA CERVEJA – LITROS
e o clima é quente, com média anual variando de 20ºC no Sul a 25ºC no Nordeste.
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA
CONSUMO PER CAPITA REFRIGERANTES – LITROS
4
5
- Relat ó r io A nua l 20 01
Os mercados de bebidas industrializadas ainda têm muito espaço para crescer. Enquanto a água de torneira representa
31% das bebidas consumidas pelos brasileiros, a participação de cervejas e refrigerantes é de apenas 9% e 14%, respectivamente.
SHARE DO ESTÔMAGO
Ocasiões de Consumo
No Brasil, cerveja é sinônimo de festa, diversão, alegria e comemoração. A típica ocasião de consumo está no encontro
de amigos ao redor de uma mesa de bar, principalmente nos finais de semana, quando os brasileiros sempre reservam
tempo para uma “cervejada”. As cervejas do tipo Pilsen respondem por 90% de um mercado no qual predominam as garrafas
retornáveis de 600 mililitros. É ainda um mercado muito pouco segmentado, em que o volume está concentrado entre os
homens e as classes de renda C/D.
Com uma população jovem e vocação para aproveitar os momentos de festa e lazer, o mercado brasileiro de bebidas
oferece muitas outras ocasiões de consumo a serem exploradas.
Tudo isso abre novas oportunidades para a AmBev desenvolver o consumo per capita, promovendo a expansão do
mercado por meio de diferentes iniciativas:
. Incentivo à maior presença de seus produtos nas diversas ocasiões de consumo;
. Investimentos em inovação, com o lançamento de diferentes produtos e embalagens;
. Desenvolvimento do segmento “super premium” de cervejas, de maior valor agregado. No Brasil, esse segmento
representa apenas 5,5% do mercado, em contraste com os 15% da Argentina e 25% dos Estados Unidos;
. Conquista de novos grupos de consumidores, por faixa etária, sexo, renda e região;
. Investimentos em novos canais de venda e distribuição.
A estratégia de crescimento está apoiada em algumas das marcas mais fortes de bebidas do mercado brasileiro
desenvolvidas por expressivos investimentos em marketing nos últimos anos. No mercado de cervejas, a AmBev detém as
três marcas de maior preferência: Skol, Brahma e Antarctica. Reúne ainda marcas segmentadas, como Bohemia, Carlsberg e
Miller, entre outras. Em refrigerantes, produz o sinônimo do sabor original do Brasil, o Guaraná Antarctica, além de sucessos
como Pepsi-Cola e Sukita.
6
- Relat ó r io A nua l 20 01
LEVEZA
E S P Í R I TO J OV E M
OUSADIA
I N OVA Ç Ã O
A Skol chegou ao Brasil em 1967, sendo hoje a cerveja líder do mercado brasileiro, com 32,5% de participação, além de
ser a terceira marca mais consumida no mundo.
É uma cerveja de cor clara, baixa fermentação e leve amargor. É a referência de sabor de mercado. Não é à toa que
apresenta a maior taxa de crescimento dos últimos anos, assumindo a posição de marca preferida pelos brasileiros.
O slogan “É a cerveja que desce redondo” reflete o posicionamento da marca: uma bebida consumida por pessoas de
espírito jovem, que sabem aproveitar a vida. É a cerveja que combina mais com os jovens e sua maneira de viver: sociável,
sempre entre amigos, em diferentes e inovadoras atividades. É uma bebida aceita em todas as rodas e perfeita para o
consumo à noite, em festas, shows e raves. Tem vocação para inovar, lançar tendências e sustentar movimentos do
universo jovem.
Por isso, suas atividades no ponto-de-venda e sua comunicação em tevê e mídia externa estão sempre relacionadas
a grandes eventos jovens, como atividades ao ar livre, shows de música etc. Um desses eventos é o Skol Beats, o maior
festival de música eletrônica da América Latina, que reúne DJs nacionais e internacionais.
8
A festa mais redonda do planeta.
- Relat ó r io A nua l 20 01
REFRESCÂNCIA
ALEGRIA
VIGOR
DESCONTRAÇÃO
A Brahma é a segunda cerveja mais consumida no Brasil (22,3% de market share) e a oitava do mundo. Além do Brasil,
é produzida e distribuída na Argentina, na Venezuela e no Paraguai.
Criada em 1888, a marca é uma das mais tradicionais do mercado brasileiro e, ao mesmo tempo, uma das que mais
se renovam para manter a preferência dos brasileiros que gostam de atividades ao ar livre, de praia, de futebol, de
Carnaval. O slogan “Refresca até pensamento” salienta a capacidade de refrescar corpo e alma em momentos de calor,
alegria e diversão.
É uma cerveja para os momentos de calor, estando presente em todos os lugares: nos bares, nos restaurantes, nas
casas dos consumidores, e muito identificada com os sabores da culinária brasileira.
O Camarote da Brahma, evento proprietário da marca, já é uma tradição no Sambódromo do Rio de Janeiro, palco do
maior evento popular do mundo – o Carnaval. Ele reúne celebridades nacionais e internacionais e é uma importante
ferramenta de exposição espontânea na mídia, que agrega à imagem da marca aspectos de sensualidade, vivacidade,
brasilidade e qualidade.
A Brahma encerrou 2001 inovando mais uma vez. Lançou, em edição especial para as festas de final de ano, uma
garrafa com rolha, para os brasileiros estourarem durante as comemorações da chegada do Ano Novo.
10
- Relat ó r io A nua l 20 01
B R A S I L I DA D E
QUA L I DA D E
AU T E N T I C I DA D E
DIVERSÃO
A Antartica Pilsen é a 15ª marca mais consumida no mundo, detendo 11,4% de market share no Brasil. Adicionalmente
à marca principal, a Antarctica possui um exclusivo portfolio de marcas especiais com 3,3% de participação no mercado.
Para o consumidor, Antarctica é mais cerveja que as outras. Seu slogan – “Com Antarctica é mais gostoso” – e o ícone
de um sorriso, atualmente utilizados na comunicação da marca, representam o verdadeiro prazer de beber cerveja: a
satisfação de estar em um ambiente divertido, rodeado de amigos, bebendo uma Antarctica “estupidamente” gelada.
O primeiro gole também aparece na sua comunicação, como o catalisador de todas as boas sensações que só a cerveja e
seu ambiente podem trazer.
Além disso, mais do que uma marca de cerveja, a Antarctica é uma cervejaria inteira, com o maior portfolio do mercado
e variadas composições, para diferentes gostos e consumidores: Pilsen Extra, Cristal, Serramalte, Original, Malzbier, Chopp
e seu principal produto, a Antarctica Pilsen. Fabricada desde 1888, é uma cerveja de cor clara, baixa fermentação, com
aroma, sabor e amargor suaves.
Com todo esse know-how, a Antarctica é a cerveja do “apaixonado” por cerveja, das pessoas que gostam e entendem
do assunto. É a cerveja do bebedor, a cerveja do bar, do grupo de amigos, popular, querida.
Há mais de dez anos é a marca que está na cabeça dos consumidores como sinônimo de cerveja, liderando a pesquisa
Top of Mind, do DataFolha, como a primeira que vem à cabeça quando o assunto é cerveja.
12
- Relat ó r io A nua l 20 01
P R I M E I R A C E RV E JA D O B R A S I L
E S P E C I A L I DA D E E D E G U S TA Ç Ã O
A Bohemia é a primeira cerveja do Brasil. Criada em 1853, mantém até hoje as características originais de qualidade
superior, com um sabor único que só a mais tradicional das cervejas brasileiras pode oferecer. Desde que surgiu, Bohemia
é a melhor recompensa para os verdadeiros apreciadores de uma cerveja excepcional, com qualidade inquestionável.
Com origem na cidade de Petrópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, a Bohemia preservou durante toda
a sua existência uma distribuição seletiva e limitada, fato que ajudou a formar o mito de que a Bohemia é a melhor
representante do ritual de degustar uma cerveja.
A partir de um produto diferenciado, elaborado com ingredientes e cuidados especiais, a AmBev renovou a marca, mantendo
suas características originais, sem perder os apelos de tradição e requinte que a Bohemia conquistou no decorrer de sua história.
A Bohemia tem desenvolvido o segmento “super premium” no mercado brasileiro de cervejas, sendo a marca que obtém
as maiores taxas de crescimento no portfolio de AmBev. Em 2001, a Bohemia saiu do patamar de 0,6% para 1,2% de
participação de volume no mercado nacional, atraindo não só amantes de cerveja como consumidores de outras categorias
de maior valor agregado.
C E RV E JA S E S P E C I A I S
A AmBev tem o mais amplo portfolio de marcas da indústria brasileira de bebidas. Cada marca tem sua própria
personalidade, na busca da identificação com diferentes segmentos e perfis de consumidores. Além das três líderes de
mercado – Brahma, Skol e Antarctica – e da Bohemia, a AmBev produz ainda as seguintes cervejas:
Kronenbier – Cerveja sem álcool, de cor clara, aroma e sabor típicos e amargor acentuado.
Serramalte – Cerveja premium, com aroma e sabor suaves e amargor mais acentuado. É a cerveja dos mestres cervejeiros.
Antarctica Original – Cerveja tipo Pilsen, lançada em 1888, com acentuado amargor e que mantém as características
originais da Antarctica.
Polar – Marca regional, tem a vice-liderança de mercado no Estado do Rio Grande do Sul, com 14% de participação
Malzbier – Cerveja escura, de baixa fermentação, aroma e sabor adocicados.
Caracu – Cerveja tipo Stout Irlandesa, de cor preta, forte e nutritiva, com sabor altamente encorpado.
Miller Genuine Draft – Cerveja premium, produzida e distribuída desde 1995 no Brasil em parceria com a Miller Brewing
Company, segunda maior cervejaria dos EUA.
Carlsberg – Cerveja premium, produzida e distribuída desde 1996 no Brasil, sob contrato de licenciamento com
Carlsberg, maior cervejaria da Dinamarca.
- Relat ó r io A nua l 20 01
- Relat ó r io A nua l 20 01
R E F R I G E R A N T E S E O U T R A S B E B I DA S
O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de refrigerantes, depois dos Estados Unidos e do México, com produção de
110 milhões de hectolitros por ano. Ao mesmo tempo, o consumo per capita é de apenas 66 litros anuais, o que demonstra
enorme potencial de crescimento desse mercado, assim como o de cervejas.
Nesse segmento, a AmBev é o segundo maior produtor brasileiro, com um market share de 17,4%. Atua com uma divisão
responsável pela formulação de políticas e estratégias próprias e independentes, beneficiando-se, porém, da sinergia de
produção, logística e distribuição de cervejas.
Em 2001, os volumes de refrigerantes cresceram 7,4% em relação a 2000. O desempenho é resultado do foco dado ao
portfolio único de marcas, que apresentou crescimento de 17%, ao aumento da cobertura e à melhor execução nos pontosde-venda, adotando-se o mesmo know-how desenvolvido no segmento de cerveja.
Trata-se do maior portfolio brasileiro – 16 marcas, nos segmentos de refrigerantes, águas, chás gelados e isotônicos.
Esse conjunto de marcas inclui produtos líderes absolutos em seus respectivos segmentos, como o Guaraná Antarctica e
Lipton Ice Tea, além de marcas renomadas como Pepsi-Cola e Sukita.
Com a Unilever, foi constituída uma joint venture para a produção e distribuição do Lipton Ice Tea, líder mundial da
categoria de chás prontos para beber. No Brasil, a marca lidera seu segmento, com participação de mercado de 45,4%.
A AmBev mantém uma parceria com a Pepsi-Cola, desde 1997, para engarrafar e distribuir em todo o Brasil os produtos
da empresa. Esse contrato permitiu compor o portfolio de refrigerantes com uma marca de sabor cola de estatura mundial,
além de significar acesso a um amplo portfolio, know-how e tecnologia para inovação em sabores e desenvolvimento de
novas bebidas.
Por meio de um acordo de produção e distribuição assinado com a Pepsi-Cola International, o Guaraná Antarctica já
“desembarcou” em Portugal (junho) e Porto Rico (dezembro), com resultados bastante animadores. Em Portugal, a previsão
de atingir 13 mil pontos-de-venda no final do ano foi alcançada antecipadamente em setembro, com o Guaraná tornando-se
em poucas semanas a segunda marca de bebida mais lembrada naquele país. Em 2002, a marca deverá alcançar outras
partes do mundo.
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- Relat ó r io A nua l 20 01
O R I G I NA L D O B R A S I L
SABOR ÚNICO
P RO D U TO DA A M A Z Ô N I A
O Guaraná Antarctica é um produto original do Brasil, criado em 1921, que se destaca pelo sabor único e inigualável.
É a segunda marca de refrigerante mais consumida no país e líder do segmento sabor, com 29,8% de participação de
mercado no segmento de guaranás. Hoje, figura entre os 15 refrigerantes mais vendidos do mundo.
É produzido com o fruto natural do guaraná, cultivado com respeito à ecologia e ao meio ambiente, na fazenda Santa
Helena, de propriedade da AmBev, na região de Maués, na Amazônia. Sua comunicação destaca o conceito “Guaraná
Antarctica. Original do Brasil”, numa referência à sua origem e ao seu jeito típico de ser brasileiro.
É o refrigerante de todas as faixas etárias do brasileiro e consumido em diferentes ocasiões, para acompanhar
refeições e lanches ou apenas para refrescar e matar a sede durante o dia.
O Guaraná Antarctica também é o patrocinador oficial da Seleção Brasileira e seu logotipo está estampado na camiseta
do time que é tetracampeão mundial de futebol, o esporte dos brasileiros.
Um acordo com a Pepsi Co. vai permitir o engarrafamento e a distribuição internacional do refrigerante, que, em 2001,
começou a ser produzido em Portugal e Porto Rico. A estratégia é associar o refrigerante à alegria, irreverência e jovialidade
de espírito do povo brasileiro.
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- Relat ó r io A nua l 20 01
- Relat ó r io A nua l 20 01
G E R E N C I A M E N TO D E R E C E I TA S
E F I C I Ê N C I A E M C U S TO S
Para crescer no mercado de bebidas, o maior desafio – e também a maior oportunidade – é chegar mais perto do
A administração de custos é uma obstinação na AmBev, para se manter como um dos produtores de mais baixo custo
consumidor e suplantar as distorções mercadológicas. Do valor pago pelo consumidor pela cerveja, o fabricante e distribuidores
do mundo. Na base de todo o planejamento estão o Orçamento Base Zero (OBZ) e o Custo Base Zero (CBZ), que estabelecem
ficam com apenas 41%, enquanto 28% são destinados ao pagamento de impostos e 31% representam a parcela do varejo.
a cada ano novas metas para o controle de despesas e custos, com o objetivo de ampliar as margens da Companhia. Cada
No México, por exemplo, a proporção é de 50% para fabricantes e distribuidores, 30% para impostos e apenas 20% para o varejo.
equipe é responsável pela administração de seu próprio orçamento e o alcance das metas é recompensado por um
Levando-se em conta os tributos incidentes sobre a produção e o consumo, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB),
agressivo programa de remuneração variável. Dessa forma, o OBZ e o CBZ estimulam o comprometimento e direcionam todas
a carga tributária brasileira é de 13,2%, superando a do Reino Unido (12,7%); da França (12,5%); da Alemanha (10,6%) e dos
Estados Unidos (4,9%).
as equipes da AmBev ao rigoroso controle de custos.
Essa prática permite que a Companhia figure entre os benchmark mundiais em alguns itens, como por exemplo, o
Para superar essas distorções, a AmBev dá prioridade às seguintes ações na execução no ponto-de-venda:
. Ativar as variáveis que aumentem a venda dos produtos da Companhia dentro do ponto-de-venda: merchandising,
disponibilidade, refrigeração e precificação;
. Garantir sempre o melhor preço, para que, na visão do consumidor, os produtos sejam mais competitivos frente
à concorrência.
consumo de água por litro de cerveja produzido. Em algumas unidades, essa relação é de quatro litros de água para um litro
de cerveja produzido. O desempenho é obtido com a busca de alternativas tecnológicas que levem a uma redução no
consumo, incluindo o reaproveitamento de água em atividades que não envolvam diretamente a elaboração do produto,
como na limpeza, por exemplo.
Outro exemplo é o índice de 94% no reaproveitamento dos resíduos sólidos das fábricas (bagaço de malte, fermento
As estatísticas mostram que grande maioria dos consumidores decide o que consumir dentro do ponto-de-venda,
na ocasião de compra. Assim, a execução no ponto-de-venda é fundamental no reforço da preferência das marcas AmBev
para garantir que elas sejam as escolhidas no momento da compra.
residual da fabricação da cerveja, polpa do rótulo das garrafas etc.). Esses subprodutos são tratados como negócio e a sua
comercialização já contribui com R$ 29,4 milhões no resultado da Companhia.
A eficiência em logística também se traduz em redução de custos. A AmBev desenvolveu um sistema próprio que cruza
Para isso, é necessário conhecer profundamente as necessidades dos clientes e dos consumidores finais. Nesse
sentido, os vendedores da Companhia saem a campo equipados com palmtops, capazes de analisar a base de dados de cada
ponto-de-venda a ser visitado – incluindo market share, histórico de pedidos, estoques, tipos de embalagens, preço médio
etc. –, de forma a tornar ainda mais efetivo o processo de negociação.
informações dos 550 distribuidores, 45 centros de distribuição e 38 fábricas no Brasil, além de 350 diferentes itens de
estoque (versões de embalagens das diversas marcas de bebidas da Companhia).
Esse sistema inteligente de malha logística analisa todas as variáveis de previsão de vendas, custo e produção
regional e aponta a melhor alternativa de atendimento aos pedidos das áreas de vendas e distribuição. Em 2001, o programa
Outro diferencial está nos freezers especialmente desenvolvidos para gelar as garrafas de cerveja na temperatura
permitiu uma economia de R$ 19 milhões em processos de produção e logística, incluindo o desenvolvimento de transportes
exata do gosto do brasileiro (-5°C). Até o final de 2002, serão instaladas mais 50 mil unidades, além das 70 mil já existentes,
alternativos, como a cabotagem (transporte marítimo) para a transferência de produtos que não são fabricados nas regiões
abrangendo 120 mil pontos-de-venda estratégicos, nos principais mercados.
Norte e Nordeste.
No gerenciamento de receitas, a grande oportunidade é a otimização crescente da execução de preço por canal,
A competitividade em custos ainda reflete a estratégia de produzir parte dos insumos. A Companhia é proprietária de
embalagem e ocasião de consumo, além da manutenção de um preço competitivo ao consumidor, para que a Companhia
quatro maltarias (uma no Brasil, uma na Argentina e duas no Uruguai), responsáveis pela produção de cerca de 60% do malte
possa extrair sempre o valor correto das suas marcas.
consumido na fabricação de cervejas. Além disso, investiu em uma fábrica de rolhas metálicas e outra de pré-formas de
garrafas PET, instaladas em Manaus, que asseguram a qualidade das embalagens dentro dos padrões exigidos pela empresa
COMPOSIÇÃO DO PREÇO AO CONSUMIDOR
CERVEJA - 2001
REFRIGERANTE - 2001
e permitem uma economia anual de R$ 29 milhões com a produção própria desses componentes.
O gerenciamento de custos também está na base do BIS, o Banco de Idéias e Soluções. Introduzida em 1999, essa
ferramenta foi desenvolvida para criar um canal formal de comunicação e compartilhamento das melhores práticas
realizadas pelas unidades fabris e comerciais e pelos centros de distribuição direta no Brasil e no exterior.
O objetivo é reduzir a dispersão dos esforços por meio da rápida divulgação das idéias e soluções aplicadas com
sucesso e reter o conhecimento produzido para alcance das metas. Hoje, o BIS conta com aproximadamente três mil idéias,
sendo que somente em 2001 foram inseridas 1.250. Do total, 60% estão diretamente relacionadas a ganhos de custo e
produtividade, o que confirma os grandes benefícios já proporcionados pela ferramenta.
20
21
- Relat ó r io A nua l 20 01
- Relat ó r io A nua l 20 01
DISTRIBUIÇÃO
A distribuição é o mais complexo aspecto do negócio de bebidas no Brasil. São mais de 1 milhão de pontos-de-venda
atendidos em média duas vezes por semana por meio de um sistema que combina distribuição direta e terceirizada, com
revendedores exclusivos das marcas AmBev. Essa rede assegura uma ampla penetração de mercado e vantagens
competitivas tanto em custo como em serviços.
Os produtos da AmBev estão presentes em todo o Brasil, o que exige uma logística de transporte eficiente e criativa.
Para chegar em povoados da Amazônia, por exemplo, os produtos são levados de barcos e até em pequenas canoas, em
contraste com carretas e caminhões de última geração, utilizados nos grandes centros.
Três redes de revendedores exclusivos (Antarctica, Brahma e Skol) e a distribuição direta em grandes cidades e
no auto-serviço possibilitam economias de custo por ganho de escala, já que a entrega das diferentes marcas é feita com
a mesma infra-estrutura. Além disso, a AmBev utiliza um sistema informatizado para levantamento de dados e cruzamento
de informações sobre cada ponto-de-venda, capaz de permitir uma execução mais eficiente de roteiros de venda
e de entrega.
O varejo brasileiro se caracteriza pela pulverização e pela diversidade de formatos. Assim, na visita a cada ponto-de-venda,
é fundamental que o vendedor conheça o histórico de compras daquele cliente, para poder elaborar uma proposta de vendas
eficiente e que atenda às suas necessidades até a próxima visita.
O histórico do cliente também é fundamental para especificar a freqüência de visitas e os dias de entrega, já que
diferentes formatos de varejo demandam níveis de serviços também diferenciados. Por exemplo: um bar ou restaurante
localizado em um grande centro, onde o metro quadrado de aluguel é elevado, em geral é preciso ser abastecido diariamente,
em função de sua pequena área de estocagem.
INFRA-ESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO
1.000.000
365.000
11.000
550
45
22
Pontos-de-venda
Visitas Diárias aos Pontos-de-venda
Vendedores
Revendedores Exclusivos
Centros de Distribuição Direta
23
- Relat ó r io A nua l 20 01
4
3
1
2
6
14
9
A AmBev mantém dois programas para capacitar e profissionalizar a sua rede de revendas em todo o Brasil. O primeiro
é o Programa de Excelência, que permite uma avaliação precisa dos resultados, a partir de um detalhado manual de
melhores práticas. Convenientemente adaptado, tanto em conceitos quanto em idioma, o programa é adotado também na
Argentina, na Venezuela, no Uruguai e, mais recentemente, no Paraguai.
O Programa de Excelência proporciona ainda orientação sobre gestão de recursos financeiros e de pessoas, além do
dimensionamento da estrutura necessária. Além desse acompanhamento, são premiados anualmente os revendedores que
se destacam pela excelência de gestão, visando a estimular a obtenção de resultados cada vez mais satisfatórios. Integrado
à estratégia comercial da AmBev, o Programa de Excelência permite que as revendas tenham acesso ao que há de mais
moderno em gestão, acompanhamento e avaliação de resultados.
O outro é o Programa de Produtividade de Revendas (PPR), com uma equipe de consultores dedicados exclusivamente
à aplicação de sistemas e práticas que buscam a aumentar a eficiência das revendas, por meio da redução de custos. Só com
a implantação do PPR, as revendas capturaram mais de R$ 140 milhões em ganhos de produtividade desde 1999.
O PPR é formado por dez projetos, envolvendo as áreas de entrega, puxada, armazém e administração. Para estimular
o aprimoramento tecnológico e a integração, são propostas soluções existentes no mercado. Um dos exemplos é o software
“Road Show”, que faz a roteirização de vendas e entrega da forma mais produtiva e eficiente possível.
Além disso, os revendedores participam de cursos na Universidade AmBev, dedicados à formação de titulares e
de seus sucessores.
TV Universidade AmBev
A TV UA é uma ferramenta para treinamento a distância, que funciona por meio de sistema fechado de televisão via
satélite, e interliga, com segurança e sigilo absoluto, todas unidades de negócio da AmBev.
A TV UA foi uma ferramenta de especial relevância durante a crise de energia elétrica, em maio de 2001. No dia seguinte
ao anúncio do racionamento, todos os distribuidores e centros de distribuição direta participaram de um treinamento
dirigido especialmente à orientação dos pontos-de-venda. Foi apresentada uma comparação de consumo de energia de cada
aparelho presente em um bar, restaurante, mercearia etc., destacando que os equipamentos de refrigeração da Companhia
estão entre aqueles de menor consumo de energia em cada estabelecimento.
1. Vilmondes José de Souza – Cerbel, Goiânia (GO)
2. Armando Antonio Rizatti – Rizatti, Franca (SP)
3. Reinaldo Solera – Nova Era, Goiânia (GO)
4. Carlos Alberto da Fonseca – Beer Garden, Caieiras (SP)
5. Francisco de Assis Pinto – Cervale, Ceres (GO)
6. Mauro Carvalho Jr. – Colorado, Várzea Grande (MT)
7. Basílio Fernandes de Barros – Nova Radar, Osasco (SP)
8. José Eduardo Lang – Aeroporto, São Paulo (SP)
9. Francisco Carlos Pinto – Casa Pinto, Alfenas (MG)
10. José da Costa Gomes Jr. – RGE, Montes Claros (MG)
11. Mariela Carneiro Baptista – Cervantes, Montes Claros (MG)
12. William Montefeltro – Pilila, Ribeirão Preto (SP)
13. José Alves de Souza Filho – Centro Comercial, Salvador (BA)
14. Odair Sala – Paulínia, Campinas (SP)
15. Nelson Cagali – Bradibel, Taguatinga (DF)
16. Clair Caetano Carnevali – Serra Negra, Uberlândia (MG)
17. Armindo Carreto Pardal – Luzitana, Cuiabá (MT)
24
8
16
Capacitação
7
5
12
15
10
11
13
17
- Relat ó r io A nua l 20 01
G E N T E E C U LT U R A
Premiar o talento e a competência é um ingrediente fundamental da cultura AmBev, baseada na meritocracia, expressão
que está incorporada no dia-a-dia dos 18.136 mil funcionários. É uma empresa de gente jovem – 72% têm até 35 anos –, com
elevado grau de escolaridade – 92% completaram o ensino médio e 39% cursaram ou cursam ensino superior –, altamente
motivada e permanentemente treinada. Poucas empresas no mercado brasileiro de bens de consumo, e nenhuma outra do
segmento de bebidas, exibem o grau de escolaridade alcançado pelos funcionários da AmBev. Gente, segundo as crenças e
valores da AmBev, é um diferencial decisivo para manter a liderança, ampliar a rentabilidade e reduzir o custo de produção.
A AmBev incentiva, dia após dia, sua equipe a promover mudanças, buscar melhores resultados e novas maneiras de
realizar processos, sempre imbuída de senso de urgência. Esse comportamento reflete a mais importante competência da
Companhia: recrutar, formar, motivar e manter os melhores profissionais.
Anualmente, todos os diretores se reúnem por dois dias no que é chamado internamente de “Reunião de Gente”, quando são
analisados e amplamente discutidos a performance, as movimentações e o desenvolvimento de cerca de 400 executivos e
sucessores principais da Companhia. Esse encontro é um traço marcante na cultura AmBev, destinado a cuidar de gente para o futuro.
FAIXA ETÁRIA DOS PROFISSIONAIS
ESCOLARIDADE
Remuneração Variável
A remuneração variável, baseada no alcance de metas coletivas e individuais, previamente estabelecidas pelo Conselho
de Administração e principalmente associadas à maximização do “Valor Econômico Adicionado” (EVA), constitui-se em uma
poderosa ferramenta para motivar e recompensar o desempenho das pessoas na AmBev.
A cultura baseada na meritocracia premia o talento e a competência, permitindo aos funcionários que estejam entre os maiores
destaques na superação das metas fixadas, até dobrar a sua remuneração anual através de um agressivo programa de bônus por
desempenho. Em 2001, foram distribuídos R$ 72 milhões a título de remuneração variável, entre um total de 1.700 pessoas.
Assim como a própria empresa, as pessoas na AmBev perseguem com obsessão, objetivo da superação contínua na
busca por melhores resultados. Para isso, a AmBev estimula a autonomia e a criatividade, fazendo com que a sua gente
assuma a verdadeira postura de “Donos do Negócio” – na AmBev, as pessoas trabalham e assumem riscos como donos e,
por fim, são remuneradas como tal.
Adicionalmente, os profissionais de elevado potencial, e que continuamente superam suas metas, são selecionados
para fazer parte de um grupo restrito que conquista o direito de utilizar os bônus recebidos para a compra de ações da
Companhia por meio de um Plano de Aquisição de Ações. Em 2001, 248 profissionais formaram esse grupo, por estarem
perfeitamente alinhados no sentido de maximizar a criação de valor para a AmBev.
27
- Relat ó r io A nua l 20 01
U n i ve r s i d a d e A m B e v
- Relat ó r io A nua l 20 01
O P E R A Ç Õ E S I N T E R NAC I O NA I S
Anualmente, 13,5 mil funcionários são treinados pela Universidade AmBev (UA). Em 2001, foram investidos R$ 12,5
milhões em treinamento na função, atividades e cursos destinados à atualização e crescimento profissional. Os objetivos
são ampliar as capacitações e incentivar a busca permanente de qualificação, visando à superação de desempenho.
Um exemplo é o MBA Executivo, que tem como objetivo desenvolver os profissionais de nível gerencial em todas as
áreas de negócio. Os alunos adquirem uma visão sistêmica da AmBev e têm a oportunidade de comparar processos,
resultados e cultura com as melhores empresas do Brasil e do mundo, que são referências em suas áreas de atuação.
As operações internacionais representam hoje 6,35% das receitas consolidadas da AmBev, que mantém sua estratégia
de avaliar continuamente as oportunidades de expansão que agreguem valor aos acionistas, muito consciente de que o
capital empregado é uma importante alavanca de rentabilidade.
A primeira operação internacional teve início em 1994, na Argentina, com a construção de uma unidade industrial em
O acesso a cursos de pós-graduação, extensão ou especialização, inclusive no exterior, se dá por meio do Fundo de
Luján – Grande Buenos Aires. Apesar das dificuldades econômicas enfrentadas pela Argentina ao longo de 2001, o volume de
Bolsas. Esse é um programa destinado a jovens com alto potencial de crescimento, selecionados anualmente pelos diretores.
vendas subiu 3,4% no ano e a participação de mercado avançou de 15,8%, em 2000, para 16,9% no encerramento de 2001,
como reflexo da maior cobertura dos pontos-de-venda na área metropolitana de Buenos Aires .
P r o gra m a Tra i n e e
Iniciado em 1990, cerca de 460 profissionais da Companhia foram recrutados por meio desse programa. Quatro de seus
participantes são hoje diretores da AmBev; outros 60% ocupam cargos de gerência e 40% desempenham suas funções em
cargos seniores. Com o foco dirigido à formação e ao desenvolvimento de jovens potenciais, em 2001 o projeto recebeu
13 mil inscrições e 26 participantes foram selecionados para trabalhar na Companhia.
Seis Sigma
A AmBev aplica, desde 1999, o programa Seis Sigma – metodologia que busca a redução do número de defeitos nos
processos industriais, administrativos e de vendas. Para a sua execução, são desenvolvidos programas de formação de
Green Belts e Black Belts, envolvendo profissionais de diferentes áreas da Companhia que aprendem a solucionar
Na Venezuela, onde as operações também se iniciaram em 1994, o ano foi marcado por uma forte expansão de 24%
nos volumes. Dois fatores impulsionaram esse desempenho: o aumento da cobertura de venda direta na capital, Caracas,
e o lançamento da Brahma Light, um segmento que atingiu 30% de participação no mercado de cerveja venezuelano em
apenas um ano.
No Uruguai, a AmBev está presente desde 2000, inicialmente com a aquisição da Salus, em parceria com a empresa
francesa Danone e, no final daquele ano, com a compra da Cympay. As duas empresas detêm, em conjunto, 41,9% do
mercado de cerveja e 48% do mercado de água mineral daquele país.
Em 2001, a expansão avançou para o Paraguai, com aquisição dos ativos da Cervecera Nacional. As instalações foram
reformadas e a fábrica, com capacidade de 300 mil hectolitros anuais, começou a produzir as marcas Brahma e Ouro Fino
no último trimestre do ano, detendo 3,7% de participação de mercado.
problemas crônicos e complexos com a ajuda de análises e ferramentas estatísticas. Os Green Belts são selecionados e
treinados para resolver problemas de curto prazo. Em 2001, 206 funcionários foram treinados nessa modalidade. Já os
Black Belts são capacitados para implementar o Seis Sigma e recebem uma carga de treinamento de dois anos, período
completado por 26 profissionais.
P r o gra m a s d e E x c e l ê n c i a
A Companhia mantém dois programas internos de incentivo à qualidade de gestão, com o objetivo de motivar e
comprometer os profissionais com a melhoria dos processos e da produtividade: o PEF (Programa de Excelência Fabril) e o
PEV (Programa de Excelência em Vendas).
Os programas de excelência apresentam um conjunto de regras, procedimentos, ferramentas e métodos de gestão que
visam aprimorar os resultados das unidades de negócio. Eles foram criados para orientar e auxiliar as unidades no alcance
dos seguintes objetivos: atingir os melhores resultados, identificar e disseminar as melhores práticas de gestão e
reconhecer e premiar os melhores desempenhos.
No ano 2001, foram premiadas financeiramente 11 unidades fabris e nove unidades comerciais e de distribuição,
totalizando 5.089 funcionários.
Pelo regulamento dos programas de excelência, as unidades classificadas em primeiro lugar durante três anos –
consecutivos ou não – obtêm o título de embaixadora da qualidade. Em 2001, duas unidades conquistaram este título: a
área comercial Skol do Rio de Janeiro e a diretoria comercial regional do Centro-Oeste.
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- Relat ó r io A nua l 20 01
- Relat ó r io A nua l 20 01
C O N S E L H O D E A D M I N I S T R A Ç Ã O E D I R E TO R I A
Conselho de Administração
Marcel Herrmann Telles – Co-Presidente
Victorio Carlos De Marchi – Co-Presidente
Carlos Alberto da Veiga Sicupira
Jorge Paulo Lemann
José de Maio Pereira da Silva
José Heitor Attílio Gracioso
Roberto Herbster Gusmão
Roberto Moses Thompson Motta
Vicente Falconi Campos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Conselho Fiscal
Ricardo Scalzo
Antonio Carlos Monteiro
Luis Fernando Mussolini
Ary Waddington (suplente)
José Fiorita (suplente)
Marcelo Souza Muniz (suplente)
Diretoria Executiva
Magim Rodriguez Júnior – Diretor Geral
Carlos Alves de Brito – Diretor de Vendas (1)
Cláudio Bráz Ferro – Diretor Industrial (2)
Eduardo Muzzi – Diretor Jurídico (3)
José Adilson Miguel – Diretor de Revendas (4)
Juan Manuel Vergara Galvis – Diretor Geral de Refrigerantes (5)
Luis Felipe P. Dutra Leite – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores (6)
Luiz Cláudio do Nascimento – Diretor de Logística (7)
Maurício Luis Luchetti – Diretor de Gente e Qualidade (8)
Miguel Nuno da Mata Patrício – Diretor de Marketing (9)
Milton Seligman – Diretor de Relações Corporativas (10)
30
31
- Relat ó r io A nua l 20 01
- Relat ó r io A nua l 20 01
AÇÕES SOCIAIS
A Companhia mantém ainda, desde 1996, o projeto Reciclarte, de apoio a artistas que se valem do lixo para fazer arte.
Ele conta com uma exposição permanente de trabalhos no chamado Espaço Reciclarte, que funciona no Rio de Janeiro, junto
Para a AmBev, participar do desenvolvimento do país e da melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos é uma
responsabilidade. Nesse sentido, a Companhia tem promovido o desenvolvimento de projetos sociais, sustentados,
principalmente, pelo conceito de respeito ao ser humano – por meio do aprimoramento de sua capacitação e pela
preservação dos recursos naturais –, hoje disseminado nas unidades da Companhia no Brasil e no exterior.
Educação
A AmBev possui unidades fabris em 13 municípios do Norte e Nordeste – regiões que, juntas, concentram 41% da taxa
brasileira de analfabetismo entre jovens de 15 a 19 anos. Para contribuir com a mudança desse cenário, e com o
desenvolvimento socio-econômico e cultural das comunidades, a Companhia mantém uma forte atuação na área da
educação, por meio da adesão ao Programa de Alfabetização Solidária e da manutenção da Escola Técnica Walter Belian –
com a Recicloteca, e tem o acervo renovado de dois em dois meses, com temas diferentes.
Voluntariado
Ao mesmo tempo em que milhões de brasileiros sofrem com a desigual distribuição de renda existente no país, parte
significativa da população se mostra disposta a colaborar para mudar esse cenário. A AmBev investe em ações de estímulo
a essa parcela, indicando caminhos aos voluntários. Esse trabalho começa dentro das próprias unidades da empresa e se
estende por toda a comunidade.
Com o objetivo de "Ajudar quem quer ajudar", apontando caminhos para esses colaboradores em potencial, a AmBev
patrocina o site www.voluntarios.com.br/ambev. Ele apresenta um cadastro nacional de entidades que precisam de ajuda
para desenvolver seus projetos sociais e já reúne mais de 2 mil associações de todo o país.
que atende a cerca de 500 estudantes, distribuídos nos ensinos fundamental, médio e profissionalizante.
A contribuição na área da educação também se revela por meio da participação de seus funcionários como instrutores
de meio ambiente e com o fornecimento de material para escolas da rede pública, como reagentes, vidros de laboratório e
computadores.
Comunidade
No Brasil, trocar esforço por condições de vida é um desafio que se agravou muito ao longo dos anos e hoje faz parte
da realidade de milhões de cidadãos. Mais de 50% dos candidatos a emprego no país são jovens entre 16 e 24 anos que, ao
ingressar no mercado de trabalho, encontram a barreira da limitação de sua performance.
Calcada na idéia de oferecer mais oportunidades para aqueles que buscam conquistar um posto no mercado de
trabalho, a AmBev aderiu ao Programa de Capacitação Solidária, criado pelo governo federal em 1995 para ministrar cursos
aos jovens carentes entre 16 e 21 anos. Além de contribuir com o programa, a AmBev adotou outras iniciativas com enfoque
dirigido à formação comunitária, entre elas a profissionalização de agricultores que atuam na extração de guaraná na
fazenda mantida pela empresa em Maués (AM). Nas aulas, palestras e dias de campo, são ensinadas novas técnicas para
garantir um extrativismo sustentável na região, onde são produzidos aproximadamente 200 mil quilos da fruta por ano.
Em 2001, foram realizados dois eventos, que reuniram cerca de mil agricultores.
Cultura
Nos últimos seis anos, a AmBev investiu cerca de US$ 49 milhões em programas e controles ambientais. Das unidades
fabris da companhia, oito já foram certificadas pela Bureau Veritas Quality (BVQI), com a ISO 14001, referente à qualidade
ambiental. A fábrica de Juatuba (MG) foi a primeira cervejaria a receber essa certificação internacional, em 1998. Outras oito
unidades também são certificadas com a ISO 14001.
A AmBev é também uma das fundadoras do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), instituição sem fins
lucrativos constituída por um grupo de companhias privadas para promover e modernizar a reciclagem brasileira.
Esses dados atestam a preocupação da Companhia com o meio ambiente, expressa, na prática, pelo desenvolvimento
de vários projetos que envolvem as comunidades e despertam nelas a consciência da necessidade de preservação. A AmBev
promove, em todas as unidades, ações que visam à difusão da consciência ambiental, estimulada pela realização de
semanas do meio ambiente, palestras, adoção de árvores, explicação sobre o tratamento dos efluentes e atividades de
recreação e integração entre funcionários, suas famílias e a comunidade em que vivem.
Em parceria com a organização não-governamental Ecomarapendi, a AmBev mantém, desde 1993, a Recicloteca, um
centro de estudos e informações sobre reciclagem e meio ambiente que inclui o funcionamento de uma biblioteca
Ciente de que, tanto quanto a educação, a cultura é uma importante forma de auxiliar o desenvolvimento do país, a
especializada com sistema de consulta via Internet. Localizada no Rio de Janeiro, reúne um dos maiores acervos da América
AmBev firma-se como parceira da arte nacional. A companhia está presente nas mais diversas formas de manifestação
Latina, com 10 mil títulos, entre livros, jornais, revistas, vídeos, artigos e produtos reciclados, que podem ser consultados por
cultural brasileira, investindo em dança, teatro, música e cinema, valorizando os artistas já reconhecidos do público, bem
todos os interessados na conservação do meio ambiente, nas técnicas de reciclagem e na redução e aproveitamento do lixo.
como incentivando o aparecimento de uma nova safra de criadores.
32
MEIO AMBIENTE
São mantidas, além disso, parcerias com escolas para despertar, nas novas gerações, o compromisso com a
Por meio das leis de incentivo à cultura, desde 1995, a empresa já participou da produção de mais de 15 filmes nacionais,
preservação. Em Olinda (PE), profissionais da área de meio ambiente da empresa ministram aulas quinzenalmente para
de festivais de dança e do patrocínio da Escola de Teatro Bolshoi, em Joinville (SC). A marca Skol, pertencente à Companhia, dá
cem crianças na escola Nova Olinda. Em Juatuba (MG), são realizadas palestras de conscientização sobre questões
nome a importantes festivais de música do Brasil, como o Skol Rock e o Skol Beats. Outras produções importantes receberam o
ambientais. Em Luján, na Argentina, a AmBev colabora com o desenvolvimento do projeto de gestão ambiental da Escola de
patrocínio da AmBev: o musical “Casa de Brinquedos”, de Toquinho (1999), e o Festival de Danças de Joinville (1998).
Ensino Médio N° 1, que beneficia cerca de 1.200 pessoas.
33
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
ANÁLISE DOS RESULTADOS 2001
As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em bases
consolidadas e em reais, de acordo com a legislação societária brasileira.
Os resultados de 2000 consolidam as operações da Bavária S.A. até 1º de dezembro, visto que ela foi alienada em 20
de dezembro daquele ano. Os resultados de 2001 não consideram essas operações. Por esse motivo, estão sendo fornecidos
dados pró-forma excluindo a Bavária, para facilitar as comparações entre 2000 e 2001.
DESTAQUES FINANCEIROS
R$ MILHÕES
Volume de vendas - 000 hectolitros*
Receita líquida por hectolitro - R$/hl*
Receita líquida
D E M O N S T R A Ç Õ E S F I NA N C E I R A S
2001
2000
Var. (%)
80.789
79.308
1,9
80,8
66,2
22,1
6.525,6
5.250,3
Lucro bruto
3.159,3
2.406,6
31,3
EBITDA (lucro antes de juros, IR, depreciação e amortização)
1.989,7
1.505,0
32,2
30,5%
28,7%
Margem EBITDA (%)
EBIT (lucro antes de juros e IR)
Margem EBIT (%)
1.375,8
915,8
24,3
50,2
21,1%
17,4%
Lucro líquido
784,6
470,2
66,9
LPA – R$/000 ações
20,42
12,19
67,5
18.744,0
18.283,8
2,5
355,0
283,6
25,2
23%
15%
Valor de mercado
EVA
Retorno sobre o patrimônio (%)
* Volumes excluem a Bavaria.
Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos.
ÍNDICE
35.
44.
45.
47.
49.
50.
52.
54.
83.
84.
34
Análise dos Resultados 2001
Parecer dos Auditores Independentes
Balanço Patrimonial
Demonstração do Resultado
Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido
Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos
Demonstração Consolidada do
Fluxo de Caixa
Notas Explicativas
Governança Corporativa
Informações para o Investidor
35
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
R E S U LTA D O S P O R S E G M E N TO D E N E G Ó C I O S
REFRIGERANTE
VOLUME DE VENDAS - REFRIGERANTES MIL/HL
C E RV E JA B R A S I L
VOLUME DE VENDAS - CERVEJA BRASIL MIL/HL
R$ MILHÕES
Receita líquida
2001
2000
Var. (%)
4.824,5
3.888,8
EBITDA
1.774,7
1.339,5
32,5
EBIT
1.298,0
868,0
49,5
24,1
Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos.
R$ MILHÕES
2001
2000
Receita líquida
967,1
848,7
Var. (%)
13,9
EBITDA
77,7
147,8
(47,4)
EBIT
5,3
59,9
(91,2)
A receita líquida em 2001 foi 13,9% maior se comparada ao ano de 2000, refletindo diretamente a estratégia de focar nas
marcas principais do nosso portfolio – Guaraná Antarctica, Pepsi e Sukita – e alavancar a execução nos pontos-de-venda, com
o know-how adquirido no negócio de cerveja, ampliando a disponibilidade dos nossos produtos.
O EBITDA das operações de cerveja no Brasil cresceu 33,3%, para R$ 1,8 bilhão, representando praticamente 90% do EBITDA
consolidado. A receita líquida, excluindo a Bavária da base de comparação, aumentou 24,1%, principalmente em função dos ajustes
O volume de vendas aumentou 7,4%. A participação da distribuição direta, a mudança no mix de embalagens e o
acréscimo da participação de embalagens descartáveis também contribuíram para a evolução da receita líquida.
de preço ocorridos ao longo do ano, com a finalidade de compensar a elevação dos custos atrelados ao dólar. Esforços significativos
A exemplo de cervejas, a desvalorização do real também provocou impacto negativo no custo dos produtos vendidos de
têm sido realizados para treinar nossa força de vendas, com o objetivo de aprimorar e padronizar a execução nos pontos-de-venda,
refrigerantes, que atingiu R$ 662,7 milhões, 20% superior ao registrado em 2000. As despesas operacionais foram de R$ 299,1
o que resultou no aumento da receita líquida por hectolitro. As receitas também foram impactadas positivamente pela maior
milhões, 26,5% acima do ano anterior. Despesas de vendas e marketing adicionais, como o patrocínio da Seleção Brasileira de
proporção de vendas diretas e de embalagens descartáveis, mais caras. Os preços ao consumidor das nossas três principais marcas
Futebol e campanhas promocionais, como Pokemón e Amigos da Natureza, foram estruturadas visando ao fortalecimento das
– Skol, Brahma e Antarctica – aumentaram 15,7%, 14,7% e 18,6%, respectivamente, de dezembro de 2000 a dezembro de 2001.
nossas marcas. O efeito combinado de maiores custos em moeda local e de maiores despesas operacionais fez com que o EBITDA
do segmento de refrigerantes caísse para R$ 77,7 milhões em 2001, comparado aos R$ 147,8 milhões de 2000.
O custo dos produtos vendidos por hectolitro no segmento Cerveja Brasil, excluindo-se a depreciação, cresceu 17,8%,
profundamente afetado pelo reflexo, em reais, de commodities precificadas em dólar, em especial latas de alumínio e malte.
As despesas operacionais desse segmento atingiram R$ 1.249,8 milhões, 12,1% acima de 2000, principalmente pelas
C E RV E JA I N T E R NAC I O NA L
maiores despesas com distribuição direta, que foram compensadas pelo acréscimo de receita líquida.
VOLUME DE VENDAS - CERVEJA INTERNACIONAL MIL/HL
36
37
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
R$ MILHÕES
2001
2000
Var. (%)
Receita líquida
414,5
243,9
70,0
EBITDA
58,2
27,7
101,1
EBIT
27,0
9,8
175,5
RECEITA LÍQUIDA – R$ MILHÕES
A forte performance das operações da Argentina e Venezuela, a expansão para o Uruguai e Paraguai, e o efeito de
ganhos de conversão cambial para o Real, resultaram em um EBITDA duas vezes maior no segmento internacional em relação
ao ano anterior. Os destaques dessa performance incluem ganhos de market share e maior lucratividade na Argentina e
C U S TO D O S P RO D U TO S V E N D I D O S
Venezuela, devido à implantação de centros de distribuição direta nas maiores cidades desses países. Os CDDs foram
essenciais para garantir uma melhor execução nos pontos-de-venda em ambos os mercados. O market share alcançou 16%
Em 2001, os custos de embalagem e matéria-prima aumentaram sobretudo em decorrência da desvalorização cambial,
na Argentina e 10% na Venezuela. Adicionalmente, a Brahma Light foi lançada na Venezuela, com excelente aceitação,
uma vez que cerca de 44% dos nossos custos são atrelados ao dólar. O custo dos produtos vendidos, excluindo-se a
explorando um segmento que tem crescido substancialmente. As operações no Uruguai e Paraguai, iniciadas em 2001,
depreciação, foi de R$ 3.008,8 milhões em 2001, e representou um aumento de 22,5% sobre o ano 2000. O custo de
contribuíram com R$ 5,1 milhões do EBITDA total do segmento internacional.
embalagem por hectolitro – composto principalmente por latas de alumínio e garrafas PET – cresceu devido à desvalorização
cambial média de 23,9% em 2001. O câmbio também teve um impacto significativo nos custos de matéria-prima por
hectolitro – açúcar, malte e lúpulo – , responsáveis pelo crescimento de 20% por hectolitro.
A abertura do custo dos produtos vendidos é apresentada a seguir: em 2001, os custos de embalagem e matéria-prima
O U T RO S P RO D U TO S
aumentaram sobretudo em decorrência da desvalorização cambial, uma vez que cerca de 44% dos nossos custos são
R$ MILHÕES
2001
Receita líquida
2000
Var. (%)
atrelados ao dólar. O custo dos produtos vendidos, excluindo-se a depreciação, foi de R$ 3.008,8 milhões em 2001, tendo
representado um aumento de 22,5% sobre o ano de 2000. Os custos de embalagem por hectolitro – composto principalmente
319,6
113,5
181,6
por latas de alumínio e garrafas de PET – cresceram devido à desvalorização cambial média de 23,9% em 2001. O câmbio
EBITDA
79,1
(10,0)
NM
EBIT
44,5
(22,0)
NM
também teve um impacto significativo nos custos de matéria-prima por hectolitro – açúcar, malte e lúpulo – , responsáveis
pelo crescimento de 20% por hectolitro.
A abertura do custo dos produtos vendidos é apresentada a seguir:
Em 2001, a receita líquida desse segmento foi composta pela venda de subprodutos dos principais negócios da AmBev
(26% das vendas do segmento), distribuição da marca Bavária diretamente para os pontos-de-venda (34%), bebidas não-
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
alcóolicas e não-carbonatadas (19%) e vendas de malte e cevada para terceiros (21%). Em 2000, as vendas de Bavária eram
consolidadas no segmento Cerveja Brasil.
Matéria-prima
Embalagem
Mão-de-obra
R E S U LTA D O S C O N S O L I DA D O S
R E C E I TA L Í QU I DA
A receita líquida foi de R$ 6.525,6 milhões em 2001, um aumento de 24,3% em relação ao ano anterior (R$ 5.250,3
R$ MILHÕES
R$/hl
2001
2000
2001
2000
Var. (%)
869,8
736,8
10,8
9,0
20,0
1.522,3
1.258,8
18,8
15,4
22,1
218,9
191,6
2,7
2,3
17,3
Depreciação
357,2
387,0
4,4
4,7
(6,3)
Outros
397,9
269,5
4,9
3,3
48,4
Total
3.366,2
2.843,7
41,7
34,8
19,8
CPV excluindo depreciação
3.008,8
2.456,7
37,2
30,1
23,5
Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos.
milhões). O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo crescimento nas operações de cerveja e refrigerantes no Brasil,
pela padronização das melhores práticas nas redes de distribuição de Skol, Brahma e Antarctica, e pelos esforços para um
melhor gerenciamento de receitas. Adicionalmente, a mudança do mix de embalagens e o aumento de distribuição direta
influenciaram positivamente a receita por hectolitro em 2001.
38
39
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
D E S P E S A S D E V E N DA S , G E R A I S E A D M I N I S T R AT I VA S
Despesas operacionais totalizaram R$ 1.783,3 milhões em 2001, um aumento de 19,5% em relação aos R$ 1.490,8
milhões de 2000. Como percentual de vendas líquidas, as despesas operacionais representaram 27,3% (28,4% em 2000).
O acréscimo das despesas operacionais se deu, principalmente, em razão do crescimento das operações de
distribuição direta, responsáveis por 28,6% do volume total de vendas em 2001, em comparação aos 22,8% em 2000.
L U C RO O P E R AC I O NA L E E B I T DA
O EBITDA em 2001 cresceu 32,2%, de R$ 1.505,0 milhões para R$ 1.989,7 milhões. A depreciação total foi de R$ 613,9
milhões, 4% acima da registrada em 2000. O lucro operacional da AmBev atingiu R$ 1.375,8 milhões, um crescimento de
50,2% comparado aos R$ 915,8 milhões do ano anterior. Esse desempenho reflete forte crescimento das receitas, que
compensou, parcialmente, o efeito negativo da desvalorização cambial sobre os custos.
Despesas de vendas e de marketing cresceram em função dos investimentos adicionais em nossas marcas, incluindo o
patrocínio da Seleção Brasileira de Futebol. Despesas gerais e administrativas caíram 5,8% em decorrência de algumas
EBITDA – R$ MILHÕES
iniciativas para o aperfeiçoamento de processos – como a implementação do SAP, finalizada em 2001, e a reestruturação
corporativa, com a criação do Centro de Serviços Compartilhados, localizado na fábrica de Jaguariúna (SP). Com a
racionalização das atividades operacionais administrativas, esperamos obter ganhos de escala e processos mais eficientes,
no curto prazo, e implementação acelerada de novas tecnologias, no médio prazo.
SINERGIAS
Foram capturados R$ 306,4 milhões em sinergias de janeiro a dezembro de 2001, totalizando R$ 498,5 milhões,
representando 99% das sinergias previstas desde a aprovação da fusão, em 7 de abril de 2000. As sinergias efetivamente
realizadas foram capturadas das seguintes áreas:
R E C E I TA S E D E S P E S A S F I NA N C E I R A S
A despesa líquida com juros aumentou de R$ 324,0 milhões em 2000 para R$ 503,1 milhões em 2001, principalmente devido ao
acréscimo da dívida líquida, ampliada em R$ 865,7 milhões sobre os R$ 1.164,6 milhões registrados em 31 de dezembro de 2000.
SINERGIAS – R$ MILHÕES
A dívida em moeda local representou 22,8% do endividamento total em 31 de dezembro de 2001. O custo médio da dívida em
reais foi de 11,1% no curto prazo e de 9% no longo prazo. A dívida em moeda estrangeira era equivalente a 77,2% da dívida
total em 31 de dezembro de 2001.
POSIÇÃO CONSOLIDADA DA DÍVIDA
Moeda
Moeda
R$ MILHÕES
Local
Estrangeira
Total
Dívida de Curto Prazo
Dívida de Longo Prazo
271,0
771,0
1.449,0
2.078,4
1.720,0
2.849,4
1.042,0
3.527,4
4.569,3
2.539,0
2.030,3
57,4
Total
Caixa e Aplicações Financeiras
Dívida Líquida
Dívida Líquida / Patrimônio (%)
Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos.
Devido ao racionamento de energia que atingiu o país a partir de junho de 2001, a Companhia deu prioridade ao uso de
métodos e processos de menor consumo de energia, em detrimento da produtividade. Um exemplo foi a subutilização de
algumas linhas de produção de alta tecnologia. Medidas específicas, visando ao aumento dos ganhos de sinergia relativos a
produção, já foram implementadas, uma vez que a situação energética do país está mais estabilizada.
40
Em dezembro de 2001, a AmBev emitiu “Senior Notes” equivalentes a US$ 500 milhões, com maturidade de 10 anos,
sob a Regra 144 A da “Qualified Institutional Buyers” (Investidores Institucionais Qualificados) e sob o “Regulamento S”.
Essa operação alongou significativamente a maturidade média da dívida e representou a primeira oferta da AmBev para
o mercado de títulos de renda fixa, após a classificação de nossas dívidas com o grau de “Investment Grade” em moeda local,
41
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
segundo Moody’s, Fitch e Standard & Poors. A operação foi precificada a um yield de 10,739% (10,50% cupom), o que
representa um desconto de 231 bps sobre o risco soberano brasileiro.
Os recursos da emissão serão usados basicamente para quitar dívidas de curto prazo, mas também para financiar
parte do programa de investimento da AmBev, estimado em cerca de R$ 500 milhões por ano, nos próximos dois anos.
Os fundos remanescentes serão utilizados em investimentos gerais. Índices de crédito comparativos para os anos de
2001 e 2000 são demonstrados abaixo:
Provisões para Contingências
Em 2001, as provisões líquidas para contingências totalizaram R$ 33,9 milhões. Foram provisionados ainda R$ 39,7
milhões para perdas com garrafas e engradados obsoletos; R$ 37,4 milhões referentes à discussão sobre a mudança na
base de cálculo do PIS/COFINS, estipulada pelo governo; R$ 16,1 milhões para perdas com a venda de bens das fábricas de
Belém e Simões Filho; R$ 17,1 milhões relacionados a discussões legais e obrigações trabalhistas; e R$ 23,8 milhões
atribuídos ao principal e acessórios de pendência legal referente ao pagamento de IPI e ICMS. Provisões para outros itens
somaram R$ 18,5 milhões. Todas essas provisões foram parcialmente compensadas por um ganho de R$ 113,8 milhões
2000
referente a uma reversão da provisão de impostos sobre vendas (PIS) de anos anteriores.
ÍNDICES DE CRÉDITO
2001
Dívida Total/EBITDA
2,3 x
1,5 x
Dívida Líquida/EBITDA
1,0 x
0,8 x
EBITDA/Despesas Financeiras
7,5 x
4,6 x
EBITDA/Despesas Financeiras Líquidas
18,5 x
12,7 x
desses tributos, sua provisão teria totalizado R$ 284,3 milhões. Descontos fiscais relacionados ao pagamento de juros
Dívida Líquida/Patrimônio
57,4%
37,8%
sobre capital próprio proporcionaram um benefício de R$ 96,7 milhões, bem como ganhos gerados em subsidiárias no
Imposto de Renda e Contribuição Social
Em 2001, o Imposto de Renda e a Contribuição Social totalizaram R$ 52,0 milhões. Considerando-se as taxas nominais
exterior, que não são tributáveis no Brasil representaram um benefício de R$ 151,5 milhões. Outros itens totalizaram uma
despesa de R$ 15,9 milhões.
LUCRO LÍQUIDO – R$ MILHÕES
Participação no Resultado
No ano, as provisões para a participação nos lucros totalizaram R$ 81,3 milhões. Esse valor destina-se à remuneração
variável para funcionários e administradores e está sendo pago conforme o percentual de cumprimento de metas
corporativas previamente estabelecidas pelo Conselho de Administração, incluindo, entre outras, metas relacionadas ao EVA.
De acordo com o estatuto da AmBev, o percentual máximo do lucro líquido a ser pago na participação do resultado é de 10%
para os funcionários e de 5% para os administradores.
Ao longo de 2001, a AmBev contribuiu com R$ 75,8 milhões para a Fundação Zerrenner, visando assegurar recursos
necessários para a auto-suficiência da Fundação. Adicionalmente, de acordo com a Norma de Procedimento Contábil nº 26 e
L U C RO L Í QU I D O
a Deliberação da CVM 371, que determina o reconhecimento das obrigações atuariais relacionadas aos benefícios dos
funcionários, despesas de R$ 61,5 milhões foram contabilizadas diretamente contra o Patrimônio Líquido.
O lucro líquido de 2001 atingiu R$ 784,6 milhões, um incremento de 66,9% comparativamente ao resultado do ano
anterior. O lucro por ação da AmBev foi de R$ 20,42 por lote de 1.000 ações, excluindo-se as ações retidas em tesouraria,
um crescimento de 67,5% comparado aos R$ 12,19 por lote de 1.000 ações em 31 de dezembro de 2000.
O lucro líquido também foi afetado pelos seguintes fatores:
. Receita/Despesa não-operacional. Durante 2001, a receita não-operacional foi de R$ 107,3 milhões. A utilização de
créditos fiscais acumulados entre 1989 e 1998, associados ao IPI da subsidiária Polar e ao Imposto sobre o Lucro Líquido
(ILL) da Brahma e da Companhia Antarctica Paulista, totalizou R$ 68,8 milhões. Além disso, houve um ganho de R$ 26,0
milhões pelo julgamento favorável à Companhia quanto ao questionamento referente a impostos sobre vendas (PIS)
C O N S I D E R A Ç Õ E S F I NA I S
A diretoria propõe a ratificação de distribuição de juros sobre o capital próprio brutos e dividendos complementares de
R$ 7,17 por lote de mil ações ordinárias e de R$ 7,89 por lote de mil ações preferenciais, pagos em 17 de setembro de 2001
e 19 de fevereiro de 2002. Eles representam uma distribuição de 39,4% do lucro líquido ajustado do exercício, excluindo-se
a destinação obrigatória para reserva legal.
recolhidos em anos anteriores. Registrou-se também um efeito positivo de R$ 18,3 milhões decorrente do processo de
incorporação da Antarctica Nordeste e de nossa participação na subsidiária Salus, do Uruguai. Finalmente, outros itens
representaram um efeito negativo de R$ 5,8 milhões.
42
43
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
PA R E C E R D O S AU D I TO R E S I N D E P E N D E N T E S
BA L A N Ç O PAT R I M O N I A L E M 3 1 D E D E Z E M B RO
( EM MILHARES DE REAIS )
1 º d e fe ve re i r o d e 2 0 0 2
CONTROLADORA
Aos Administradores e Acionistas
Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
ATIVO
2001
2000
CONSOLIDADO
2001
2000
Circulante
1. Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (controladora) em 31
Caixa e bancos
de dezembro de 2001 e de 2000 e as correspondentes demonstrações financeiras consolidadas da AmBev e suas
Contas a receber de clientes
controladas nessas mesmas datas. Essas demonstrações financeiras foram elaboradas sob a responsabilidade da
Demais contas a receber
administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações
financeiras.
28
Aplicações financeiras
Impostos a recuperar
Dividendos a receber
44.706
983.626
802.555
684.448
2.919
643
148.873
110.614
69.398
26.603
336.037
246.972
806.679
591.122
50.577
26.152
Estoques
Despesas antecipadas
41.404
2.497.628
121
1.875
146.701
1.191
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os
exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras
em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a)
o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas
contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos
Total do circulante
Excesso de ativos - Instituto AmBev de Previdência Privada
Depósitos para aplicação em incentivos fiscais
Depósitos judiciais
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Venda financiada de ações
Imposto de renda e contribuição social diferidos
de 2001 e de 2000, controladora e consolidado, e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e
as origens e aplicações de recursos da controladora e consolidado dos exercícios findos nessas mesmas datas, de
acordo com os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira.
4. Também somos de parecer que a demonstração consolidada do fluxo de caixa da Companhia dos exercícios findos
Outros impostos e taxas a recuperar
19.279
37.859
54.577
119.334
38.710
78.146
Contas a receber de sociedades ligadas
Imóveis destinados à venda
Outros
Total do realizável a longo prazo
289.916
38.710
3.806.607
2.791.592
473.615
573.196
Participação em sociedades controladas
está adequadamente apresentada em todos os aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras
Outros investimentos
básicas mencionadas no parágrafo 1. Essa informação suplementar foi submetida aos mesmos procedimentos de
1.230
4.281.452
auditoria aplicados às demonstrações financeiras básicas.
3.364.788
Imobilizado
Diferido
44
Francisco Henrique Passos Fernandes
Sócio-Contador CRC 1SP089013/O-2
24.179
55.416
65.454
183.611
102.671
215.248
165.151
1.160.274
996.088
332.984
287.980
35.075
47.984
104.524
26.265
107.530
71.279
2.234.733
1.787.051
617.574
614.754
Investimentos
Ágio e deságio na aquisição de sociedades controladas
PricewaterhouseCoopers
2.687.640
Permanente
em 31 de dezembro de 2001 e de 2000, incluída como informação suplementar para propiciar análises adicionais,
Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5
4.684.944
20.792
Depósitos compulsórios
estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da
relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev em 31 de dezembro
29.149
Realizável a longo prazo
registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos
219.139
45.026
44.810
662.600
659.564
3.143.635
3.204.259
302.900
301.138
Total do permanente
4.281.452
3.364.788
4.109.135
4.164.961
Total do ativo
4.790.507
3.432.647
11.028.812
8.639.652
45
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
D E M O N S T R A Ç Ã O D O R E S U LTA D O
E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO
BA L A N Ç O PAT R I M O N I A L E M 3 1 D E D E Z E M B RO
( EM MILHARES DE REAIS )
( EM MILHARES DE REAIS )
CONTROLADORA
CONSOLIDADO
CONTROLADORA
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2001
2000
2001
CONSOLIDADO
2000
2001
2000
2001
2000
13.130.961
11.282.452
(6.605.376)
(6.032.107)
6.525.585
5.250.345
(3.366.225)
(2.843.749)
3.159.360
2.406.596
Circulante
Fornecedores
2.562
Financiamentos
385
Salários, participações e encargos sociais a pagar
Dividendos a pagar
19.667
3.744
141.889
115.769
156.538
182.593
159.350
72.251
26.436
601.160
456.215
8.087
122.952
97.318
225.657
3.412.003
2.699.622
21.883
Contas a pagar a sociedades controladas
579.200
1.265.334
177.392
Imposto de renda e contribuição social a pagar
Demais tributos e contribuições a recolher
571.169
1.719.989
770.390
Demais contas a pagar
54.726
Receita bruta
Vendas de produtos
Deduções de vendas
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI,
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
ICMS, outros tributos, descontos e devoluções
Receita líquida
Total do circulante
989.717
Custo dos produtos vendidos
Exigível a longo prazo
Provisão para benefícios de assistência médica e outros
Lucro bruto
55.558
Aporte à Fundação Zerrenner
56.987
Financiamentos
Diferimento de impostos sobre vendas
Imposto de renda e contribuição social diferidos
2.849.353
927.574
346.965
470.010
31.579
53.202
(Despesas) receitas operacionais
Com vendas
(707.754)
Com distribuição direta
Provisão para perdas sobre passivo a
descoberto em sociedade controlada
147.570
Provisão para contingências e passivos associados
a questionamentos fiscais
131.772
119.518
Demais contas a pagar
Administrativas
815.487
877.969
8.517
21.853
Provisão para contingências e passivos associados
a questionamentos fiscais
Honorários da diretoria
(12.256)
(55.562)
(5.552)
(12.877)
279.342
119.518
4.164.446
2.350.608
88.926
512.477
Receitas financeiras
Despesas financeiras
Participação dos acionistas minoritários
Equivalência patrimonial
Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas
13.921
(22.103)
(269.154)
(21.464)
(9.063)
(256.492)
(202.288)
741
358.376
373.981
(5.911)
Depreciação e amortização
Total do exigível a longo prazo
(337.002)
(363.960)
(33.907)
(3.334)
(578.469)
(467.827)
(330.033)
(861.491)
(697.970)
917.124
645.524
(81.337)
(90.761)
47.225
3.917
796.920
490.697
(2.273.367)
(2.080.008)
796.920
490.697
885.993
326.588
Patrimônio líquido
Capital social subscrito e integralizado
2.944.288
2.565.249
2.944.288
2.565.249
4.867
1
4.867
1
970.181
522.222
Reserva de capital
Reservas de lucro
Ações em tesouraria
(397.888)
913.723
522.222
(499.441)
(10.527)
Total do patrimônio líquido
3.521.448
3.087.472
3.363.437
3.076.945
Total do passivo e patrimônio líquido
4.790.507
3.432.647
11.028.812
8.639.652
Lucro operacional (a transportar)
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
46
47
- Demons t rati vos Fi na n cei ros 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
D E M O N S T R A Ç Ã O D O R E S U LTA D O
E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO
D E M O N S T R A Ç Ã O DA S M U TA Ç Õ E S
D O PAT R I M Ô N I O L Í QU I D O DA C O N T RO L A D O R A
( EM MILHARES DE REAIS )
( EM MILHARES DE REAIS )
CONTROLADORA
2001
Lucro operacional (transporte)
796.920
(Despesas) receitas não operacionais, líquidas
2000
490.697
CONSOLIDADO
2001
885.993
CAPITAL SOCIAL
SUBSCRITO E
INTEGRALIZADO
326.588
1.856
(53.310)
107.332
57.786
798.776
437.387
993.325
384.374
Em 1º de janeiro de 2000
1.717.471
RESERVA
DE CAPITAL
LEGAL INVESTIMENTOS
FUTURO
AUMENTO
DE CAPITAL
LUCROS
AÇÕES EM (PREJUÍZO)
TESOURARIA ACUMULADOS
TOTAL
(310.682)
1.406.790
1
Redução do capital para
compensação (Nota 10(a))
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição
social sobre o lucro líquido
(Despesa) benefício com imposto de renda e contribuição
social sobre o lucro líquido
Lucro antes das participações estatutárias e contribuições
Prejuízos acumulados
(310.682)
310.682
Prejuízo do período findo
em 31 de agosto de 2000
(232.058)
232.058
15.946
35.085
(51.974)
405.413
Restituição de capital
investido (Nota 10(a))
(111.838)
814.722
472.472
941.351
789.787
Aumento de capital com conferência
de ações dos minoritários
da Brahma (Nota 10(a))
1.502.356
(111.838)
1.502.356
Lucro líquido do exercício
Participações estatutárias e contribuições
Aos empregados e administradores
(12.877)
À Fundação Zerrenner
(17.277)
Lucro antes da participação dos
acionistas minoritários
784.568
(2.290)
Lucro líquido do exercício
(81.298)
(53.718)
(75.777)
470.182
Participação dos acionistas minoritários
Quantidade de ações do capital social no fim
do exercício (em milhares)
RESERVAS DE LUCRO
2000
784.568
470.182
39.741.398
38.646.080
Reserva legal
784.276
736.069
292
(265.887)
784.568
470.182
23.509
(23.509)
Dividendos propostos e aprovados sob
a forma de juros sobre capital próprio
(180.018)
Reservas estatutárias (Nota 10(c))
Em 31 de dezembro de 2000
2.565.249
1
23.509
13.333
485.380
13.333
485.380
19,74
12,17
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do
exercício, excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$
20,42
12,19
(180.018)
(498.713)
3.087.472
Aumento de capital
Exercício de opções do plano
de ações (Nota 10(a))
298.265
298.265
80.774
80.774
Recompra de ações (Nota 11)
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social
no fim do exercício, em reais - R$
470.182
Apropriação e destinação do
lucro líquido do exercício
Decorrente da incorporação da
IBANN (Nota 1(c))
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
470.182
(397.888)
Prêmio na colocação de opções
para recompra de ações
próprias (Nota 12(c))
(397.888)
4.866
4.866
Lucro líquido do exercício
784.568
784.568
Apropriação e destinação do
lucro líquido do exercício
Reserva legal
39.228
(39.228)
Dividendos propostos e aprovados
sob a forma de juros sobre capital
próprio (Nota 10(e))
(284.609)
(284.609)
Dividendos complementares propostos
e aprovados (Nota 10(e))
(52.000)
(52.000)
Reservas estatutárias (Nota 10(c))
Em 31 de dezembro de 2001
2.944.288
4.867
62.737
39.228
369.503
52.561
854.883
(408.731)
(397.888)
3.521.448
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
48
49
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
D E M O N S T R A Ç Ã O DA S O R I G E N S E A P L I C A Ç Õ E S D E R E C U R S O S
E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO
D E M O N S T R A Ç Ã O DA S O R I G E N S E A P L I C A Ç Õ E S D E R E C U R S O S
E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO
( EM MILHARES DE REAIS )
( EM MILHARES DE REAIS )
CONTROLADORA
2001
2000
CONSOLIDADO
2001
Origens dos recursos
Das operações sociais
Lucro líquido do exercício
Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante
Equivalência patrimonia
Benefício de imposto de renda e
contribuição social diferidos
Provisão para perdas sobre passivo a descoberto
em sociedade controlada
Amortização de ágio
Depreciação e amortização do diferido
Provisão para contingências e passivos
associados a questionamentos fiscais
Variação cambial e encargos sobre financiamentos
de longo prazo
Participação dos acionistas minoritários
Variação cambial sobre controladas no exterior que
não afetam o capital circulante líquido
Ganhos por aumento de participação em controladas
Encargos financeiros sobre provisão para contingências e
passivos associados a questionamentos fiscais
Valor residual do imobilizado e investimentos alienados
Dividendos de controladas
Efeito da redução de capital de controlada no
capital circulante líquido
Capital circulante líquido de controlada incorporada
784.568
470.182
(917.124)
(645.524)
(22.172)
(35.059)
28.052
84.737
45.690
83.457
5.552
(18.268)
212
308.582
784.568
470.182
(146.014)
(613.301)
94.151
613.872
86.971
589.182
33.907
269.154
(5.246)
(292)
65.790
265.887
(46.140)
(16.153)
(3.070)
1.238
40.665
19.452
205.318
176.454
228.415
320.688
95.200
1.354.556
1.355.565
Dos acionistas
80.774
80.774
139.686
4.866
4.866
CONSOLIDADO
2001
2000
Variações no realizável a longo prazo
Depósitos judiciais, compulsórios e para
aplicações em incentivos fiscais
Venda financiada de ações
Contas a receber de sociedades ligadas
Outros impostos e taxas a recuperar
Outros
Variações no exigível a longo prazo
Financiamentos
Diferimento de impostos sobre vendas
Demais contas a pagar
Provisão para contingências e passivos associados
a questionamentos fiscais
No ativo permanente
Investimentos, inclusive ágios e deságios
Imobilizado
Diferido
Em transações de capital
Restituição de capital investido
Variação no capital de minoritários
Pagamento do direito de recesso aos
minoritários dissidentes da IBANN
Recompra de ações
Dividendos propostos e aprovados sob a forma
de juros sobre o capital próprio
Capital circulante líquido de controlada incorporada
210
54.577
79.645
50.097
30.635
27.493
24.974
25.507
76.113
5.087
276.662
123.045
13.745
15.334
2.993
100.997
54.292
665.588
220.118
446.829
82.607
22.310
295.008
28.796
111.838
111.838
2.363
242.246
155.642
336.609
242.246
246.668
10.527
180.018
336.609
27.845
180.018
Total das aplicações
1.462.952
291.856
2.055.916
1.096.405
Aumento (redução) no capital circulante
(574.070)
(196.656)
1.284.923
508.920
219.139
29.149
29.149
23.189
4.684.944
2.687.640
2.687.640
3.218.018
Ativo circulante
Variações no realizável a longo prazo
Contas a receber de sociedades ligadas
Outros impostos e taxas a recuperar
Outros
Variações no exigível a longo prazo
Financiamentos
Diferimento de impostos sobre vendas
50
2000
Variações no capital circulante
De terceiros
Total das origens
2001
Aplicação de recursos
803.242
Aumento de capital
Variação no capital de minoritários
Prêmio na colocação de opções para recompra de ações próprias
CONTROLADORA
2000
33.421
37.400
32.913
1.900.643
6.340
888.882
95.200
3.340.839
1.605.325
No fim do exercício
No início do exercício
189.990
5.960
1.997.304
(530.378)
989.717
225.657
225.657
23.041
3.412.003
2.699.622
2.699.622
3.738.920
764.060
(574.070)
202.616
(196.656)
712.381
1.284.923
(1.039.298)
508.920
Passivo circulante
No fim do exercício
No início do exercício
Aumento (redução) no capital circulante
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
51
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
D E M O N S T R A Ç Ã O C O N S O L I DA DA D O F L U X O D E C A I X A
E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO
D E M O N S T R A Ç Ã O DA S O R I G E N S E A P L I C A Ç Õ E S D E R E C U R S O S
E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO
( EM MILHARES DE REAIS )
( EM MILHARES DE REAIS )
2001
2000
784.568
470.182
Provisão para contingências e passivos associados a
questionamentos fiscais
Encargos financeiros sobre provisão para contingências e passivos
associados a questionamentos fiscais
613.872
33.907
589.182
269.154
1.238
19.452
Ganho na alienação de bens do imobilizado
(1.497)
(40.050)
Variação cambial e encargos sobre financiamentos
281.678
492.854
(146.014)
(613.301)
Benefício de imposto de renda e contribuição social diferidos
Resultado líquido de atividades de swap e forward não realizado
44.297
(22.357)
Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa
(13.955)
(5.378)
Ganhos de participação em controladas
(16.153)
Amortização de ágio
Participação de acionistas minoritários
Depósitos judiciais
Aquisição de participações (líquido do caixa adquirido)
Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes
Depreciação e amortização do diferido
94.151
86.971
(292)
265.887
325.959
(171.754)
245.368
(295.008)
(82.607)
(28.796)
(787.037)
(126.253)
Dispêndios na formação do diferido
Utilização de caixa em atividades de investimento
Atividades de financiamento
Financiamentos
Captação
Variação no capital de minoritários
Aumento de capital
(246.668)
(10.527)
(242.246)
(313.366)
Pagamento de dividendos, inclusive sob a forma de juros
sobre o capital próprio
Estoques
(149.113)
(6.167)
Restituição de capital investido
Contas a receber de sociedades ligadas
(30.635)
33.421
Prêmio de opções para recompra de ações próprias
Despesas antecipadas
(24.425)
7.816
Outros
(17.705)
53.760
Salários, participações e encargos sociais
25.595
1.060
Imposto de renda, contribuição social e demais impostos
45.815
(43.148)
Demais tributos e contribuições a recolher
21.900
76.806
Desembolsos vinculados a provisão contingencial
(95.675)
(54.292)
Outros
(82.211)
(7.202)
1.481.506
1.312.637
(109.324)
(111.838)
4.866
Geração (utilização) de caixa em atividades de financiamento
1.142.190
(2.081.256)
Aumento (redução) no caixa e equivalentes
1.836.659
(894.872)
Saldo inicial de caixa e equivalentes
575.446
1.470.318
Saldo final de caixa e equivalentes
2.412.105
575.446
Aumento (redução) no caixa e equivalentes
1.836.659
(894.872)
Composição de caixa e equivalentes e aplicações financeiras
Caixa e equivalentes
Aplicações financeiras (Nota 2(c))
52
139.686
80.774
Pagamento do direito de recesso aos minoritários
dissidentes da IBANN
81.955
153.714
(2.363)
Recompra de ações
(325.928)
(7.705)
813.390
(2.726.530)
(76.113)
(91.504)
Fornecedores
3.255.167
(1.343.877)
(50.097)
(114.590)
Aumento (redução) nas contas do passivo circulante
(22.310)
42.162
(446.829)
Impostos a recuperar
Geração de caixa operacional
(25.507)
Aquisição de bens do imobilizado
Amortização
Redução (aumento) nas contas do ativo circulante
Contas a receber de clientes
(79.645)
(220.118)
Alienação de bens do imobilizado
Venda financiada de ações
Aplicações financeiras (Nota 2(c))
2000
Atividades de investimento
Atividades operacionais
Lucro líquido do exercício
2001
2.412.105
575.446
126.927
452.886
2.539.032
1.028.332
53
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
Em outubro de 2001 a Companhia adquiriu de empresas controladas, participação correspondente a 82,9% e 54,6% das
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 E DE 2000
ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, da Indústria de Bebidas Antarctica do Norte e Nordeste S.A. ("IBANN") no
( EM MILHARES DE REAIS )
montante de R$ 564.498.
Em novembro de 2001 a Companhia incorporou a IBANN pelo valor do seu acervo líquido contábil em 31 de agosto de
2001, no montante de R$ 894.417, mediante aumento do capital social da AmBev, no montante de R$ 298.265, com a
1 . C O N T E X TO O P E R AC I O NA L
emissão de 620.354 mil ações de seu capital, que substituíram as ações da IBANN na relação de 848,24 ações da Companhia
para cada lote de mil ações de emissão da IBANN. A incorporação gerou ganho de participação no valor de R$ 18.269
decorrente da defasagem entre a data da incorporação e a data das demonstrações financeiras tomadas como base para
( a ) A t i v i d a d e p re p o n d e ra n t e
A Companhia de Bebidas das Américas - AmBev ("Companhia" ou "AmBev"), com sede em São Paulo, tem por objetivo,
diretamente ou através da participação em outras sociedades, comerciais ou civis, no Brasil e em outros países da América
do Sul, a produção e comercialização de cervejas, chope, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte.
A AmBev tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova York NYSE, na forma de Recibos de Depósitos Americanos - ADRs.
avaliação. Em continuidade ao processo de reestruturação, a Companhia transferiu R$ 532.338 do acervo contábil líquido
recebido da IBANN para a CBB, mediante aumento de capital. Em dezembro de 2001, a CVM formalizou o cancelamento de
registro de companhia aberta da IBANN.
(ii) Controladas
Em agosto de 2001 a CBB adquiriu da controlada Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. ("IBA Sudeste")
99,83% do capital social da Distribuidora de Bebidas Ribeirão Preto Ltda. ("Distribuidora"), que foi subseqüentemente
incorporada pela CBB.
Em setembro de 2001 a CBB incorporou a Cervejaria Águas Claras S.A. ("Águas Claras") com aumento de seu capital
( b ) A s s o c i a ç ã o p a ra a c r i a ç ã o d a A m B e v
social no valor de R$ 5.683, mediante emissão de 26.959 mil ações preferenciais próprias, em substituição às ações
A Companhia detém os investimentos resultantes da associação realizada em julho de 1999 pelos acionistas
representativas do investimento dos acionistas minoritários.
controladores da então Companhia Cervejaria Brahma ("Brahma") e Companhia Antarctica Paulista - Indústria Brasileira de
Em novembro e dezembro de 2001 a controlada indireta Jalua Sociedad Anonima ("Jalua") efetuou aumento de
Bebidas e Conexos ("Antarctica"), e posteriormente submetida à análise e aprovação das agências de defesa da livre
capital em sua subsidiária integral Monthiers Sociedad Anonima ("Monthiers"), mediante cessão de investimentos e
concorrência no país, tendo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE aprovado a integração entre Brahma e
aplicações financeiras.
Antarctica em abril de 2000.
No decorrer do segundo semestre de 2000, a então controlada Brahma adquiriu as unidades produtivas de suas
controladas CRBS S.A. ("CRBS"), Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A. ("Skol") e Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda. ("Pepsi").
( c ) R e e s t r u t u ra ç ã o s o c i e t á r i a
Desde o segundo semestre de 2000, foram implementadas diversas medidas para simplificar a estrutura societária do
grupo, visando o aumento de produtividade e eficiência, através da racionalização operacional e administrativa,
proporcionando, redução de custos e maior liquidez das ações, das quais destacamos as principais:
Adicionalmente, 100% das ações da Jalua foram transferidas para controlada Eagle.
( d ) E x p a n s ã o d a s a t i v i d a d e s n o ex t e r i o r
A Companhia vem expandindo suas atividades operacionais no Mercado Comum do Cone Sul ("Mercosul"). Nesse
(i) Controladora
sentido, durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2001 e 2000, a Companhia adquiriu através das suas
Em março de 2001 a Companhia promoveu a incorporação da sua então subsidiária Brahma pela Antarctica, com base
controladas os seguintes investimentos:
no acervo líquido contábil em 31 de março de 2001 no montante de R$ 2.612.016. Subseqüentemente, a entidade resultante
dessa incorporação teve sua razão social alterada para Companhia Brasileira de Bebidas ("CBB").
Em abril de 2001 a Companhia adquiriu, através de leilão público de compra, 33.728 mil ações da Indústria de Bebidas
Antarctica Polar S.A. ("Polar"). Posteriormente, a Companhia adquiriu outras 1.389 mil ações da Polar, aumentando a sua
participação direta e indireta naquela controlada para 97,37% do capital votante e 96,22% do capital total. O valor total pago
foi de R$ 98.392, gerando um deságio de R$ 14.843, atribuído a razões econômicas diversas. Em maio de 2001 a Comissão
. Em fevereiro de 2001, 95,4% do capital total e votante da Cerveceria y Malteria Paysandu S.A. ("Cympay") pelo
montante de R$ 56.700, incluído ágio de R$ 34.177.
. Em outubro de 2000, 15,1% do capital total e votante da Companhia Salus S.A. ("Salus"), pelo montante de
R$ 22.310, incluído ágio de R$ 19.001.
Essas empresas estão incluídas na consolidação, na forma da instrução CVM no. 247/96. Em ambos os casos o ágio
pago está fundamentado em expectativa de lucratividade futura, sendo amortizado em um prazo de dez anos.
de Valores Mobiliários - CVM formalizou o cancelamento do registro de companhia aberta da Polar.
Em junho de 2001 a Companhia recebeu da CBB participação de 99,9% no capital da Eagle Distribuidora de Bebidas S.A.
("Eagle"), pelo valor de R$ 955.368, em operação de redução de capital da CBB, no montante de R$ 1.530.783, que envolveu
ainda cessão de créditos para a Companhia no total de R$ 575.415.
54
55
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
Adicionalmente, em julho de 2001 a Companhia adquiriu os ativos operacionais da Cerveceria Internacional S.A.,
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
2 . P R I N C I PA I S P R Á T I C A S C O N T Á B E I S
situada no Paraguai, por R$ 32.914 registrados na sua controlada CCBP S.A. Tais ativos passaram por uma fase de reforma e
adaptação para assegurar a produtividade e qualidade de produção similar às das demais empresas do grupo e iniciaram
sua operação no mês de outubro de 2001.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 as vendas de produtos no exterior representaram,
respectivamente, aproximadamente 7% e 4% do total das vendas consolidadas de produtos.
( a ) D e m o n s t ra ç õ e s f i n a n c e i ra s
As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com os
princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira, de forma condizente com as normas expedidas pela CVM.
Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos,
( e ) " Jo i n t ve n t u re s " e a c o rd o s d e l i c e n c i a m e n t o e d i s t r i b u i ç ã o
passivos e outras transações. Assim, as demonstrações financeiras incluem várias estimativas referentes à seleção de
Em dezembro de 2000 a AmBev e a Souza Cruz S.A. constituíram a empresa Agrega Inteligência em Compras Ltda.
vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de provisão para imposto
("Agrega"), na qual a Companhia participa com 50%, para administrar o processo de aquisição de materiais indiretos e de
de renda e outras similares que, não obstante refletirem a melhor precisão possível, podem apresentar variações em
serviços através de um portal "B2B - Business to Business" na Internet.
relação aos dados e valores reais.
A Companhia mantém acordo de franchising com a PepsiCo International, Inc. ("PepsiCo") para engarrafar, vender e
distribuir produtos Pepsi no Brasil incluindo, a partir de 2002, o isotônico Gatorade. Atualmente esse acordo tem duração
até 2017 e pode ser renovado por períodos adicionais de dez anos ou rompido por qualquer das partes mediante notificação
prévia de dois anos.
( b ) Ap u ra ç ã o d o re s u l t a d o
Receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. As receitas de vendas e os
correspondentes custos são registrados na entrega dos produtos.
Há também acordo com a PepsiCo para engarrafamento, venda e distribuição do "Guaraná Antarctica" por parte da
PepsiCo fora do Brasil, mediante o qual o produto já é comercializado em Portugal e em Porto Rico.
A Companhia possui ainda acordos de licenciamento com a Carlsberg e Miller Brewing Co. para produção das cervejas
Carlsberg e Miller, assim como "joint venture" com a Unilever do Brasil Ltda. para produção e distribuição do chá Lipton Ice Tea.
( f ) Ve n d a d a m a rc a B a va r i a
(c) Fluxo de caixa
Para elaboração da demonstração consolidada do fluxo de caixa, foram considerados caixa e equivalentes os depósitos
a prazo que têm mercado imediato e vencimento original de 90 dias ou menos.
( d ) A t i vo s c i rc u l a n t e e re a l i z á ve l a l o n go p ra z o
Em outubro de 2000 foi constituída a controlada Bavaria S.A., com capital de R$ 127.341, através de aporte, pelo valor
A provisão consolidada para créditos de liquidação duvidosa, de R$ 131.568 em 31 de dezembro de 2001 (2000 -
líquido contábil, de ativos correspondentes às operações de unidades fabris de propriedade de controladas e coligada.
R$ 109.040), é constituída em montante considerado suficiente pela administração para cobrir as perdas prováveis na
A totalidade das ações da Bavaria S.A. foi alienada à Molson Incorporated ("Molson") em 20 de dezembro de 2000, em
realização dos créditos.
transação aprovada pelo CADE, em cumprimento a determinação daquele órgão estabelecida como condição para aprovação
Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou produção, ajustado, quando necessário, por provisão
da associação entre Brahma e Antarctica. O valor da transação foi de R$ 191.443 (equivalente a US$ 98 milhões na data da
para redução aos valores de realização. Em 31 de dezembro de 2001 a provisão para redução dos estoques aos seus valores
operação), sujeito a ajustes a serem determinados em 31 de dezembro de cada ano, entre 2000 e 2005, pelos quais o preço
de realização monta a R$ 30.598 (2000 - R$ 18.005), contabilizada em conta redutora do ativo dentro do grupo de estoques.
poderá ser complementado em até R$ 224.652 em função da participação de mercado a ser atingida pela cerveja Bavaria no
Caixa e bancos, representados por valores de liquidez imediata; aplicações de investimento, substancialmente
Brasil. O contrato de venda das ações incorpora ainda cláusula - condicionada pelo CADE - pela qual a AmBev compartilhará
representadas por certificados de depósito bancário e fundos de investimento, e demais ativos circulantes e do realizável a
de forma remunerada sua rede de distribuição com a Molson durante o prazo de seis anos, prorrogáveis por mais quatro.
longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos; quando necessária,
Em 31 de dezembro de 2001 não ocorreu aumento de participação de mercado da marca Bavaria que justificasse a
é constituída provisão para redução aos valores de realização.
aplicabilidade da cláusula contratual de complementação do preço.
( e ) Pe r m a n e n t e
( g ) D e s va l o r i z a ç ã o d o Pe s o A r ge n t i n o
56
Os investimentos em sociedades controladas e em controladas em conjunto são avaliados, na controladora, pelo
Os efeitos decorrentes da desvalorização do Peso Argentino em janeiro de 2002 na subsidiária CCBA S.A. ("CCBA"),
método da equivalência patrimonial, incluindo, na sua primeira avaliação, o desdobramento dos custos de aquisição em
reconhecidos nas demonstrações financeiras da Companhia, não tiveram impacto significativo no resultado do exercício
valor patrimonial e ágio. O ágio em investimentos fundamentado na mais-valia do imobilizado é amortizado com base na
findo em 31 de dezembro de 2001, em virtude da proteção obtida através de contratos de "swap" e "forward" em moeda
depreciação ou realização do imobilizado da controlada, enquanto o ágio atribuído à expectativa de rentabilidade futura é
estrangeira.
amortizado no prazo de cinco até dez anos; a amortização do ágio é registrada na rubrica "Outras despesas operacionais".
57
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
O deságio em investimento, atribuído a razões econômicas diversas, será amortizado na eventual alienação do
investimento, segundo as normas estabelecidas pela CVM.
O imobilizado é demonstrado ao custo e inclui garrafas e garrafeiras, bem como os juros incorridos no financiamento
da construção das principais instalações. Os gastos com manutenção e reparos são registrados em contas de despesas
quando incorridos. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídos nos custos dos
produtos vendidos. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil econômica dos ativos, às taxas
anuais mencionadas na Nota 8.
A amortização do diferido, relativo, principalmente, a despesas pré-operacionais incorridas na implantação e
ampliação de unidades industriais e comerciais, é registrada pelo método linear, no prazo de até dez anos, a partir da
entrada em operação dessas unidades. Em 31 de dezembro de 2001 a amortização acumulada do diferido é de R$ 419.841
(2000 - R$ 490.940).
Os valores de custo do ativo permanente foram corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995.
( f ) C o n ve r s ã o d a s d e m o n s t ra ç õ e s f i n a n c e i ra s d a s c o n t r o l a d a s e
c o l i g a d a s s e d i a d a s n o ex t e r i o r
Com exceção das controladas mencionadas no parágrafo seguinte, as demonstrações financeiras das controladas
e coligadas sediadas no exterior são convertidas a reais considerando-se a moeda local como a sua moeda funcional.
Desta forma, os seus ativos e passivos foram convertidos para reais à taxa de câmbio vigente nas datas das
demonstrações financeiras, as contas do resultado foram convertidas a cada mês pela respectiva taxa de fechamento
do período, e as contas do patrimônio líquido foram convertidas às taxas cambiais históricas. As demonstrações
financeiras incluem indexação da moeda local, quando aplicável, e variações cambiais sobre ativos e passivos
denominados em moeda estrangeira. Ganhos e perdas provenientes do processo de conversão são reconhecidos no
resultado do exercício da Companhia.
Nos casos da Malteria Pampa S.A. ("Malteria Pampa"), Malteria Uruguay S.A. ("Malteria Uruguay") e Cympay, sendo suas
receitas e fluxos de caixa altamente atrelados ao dólar norte-americano, essa moeda é considerada a mais adequada para
refletir a posição financeira e resultado das operações no ambiente econômico em que elas operam. Dessa forma, definiuse o dólar norte-americano como a sua moeda funcional e adotaram-se os seguintes procedimentos de remensuração:
(i) estoques, imobilizado e depreciação acumulada, bem como as contas do patrimônio líquido, foram remensurados
em dólares às taxas cambiais históricas e convertidos a reais, assim como os ativos e passivos monetários,
às taxas de câmbio do fim do exercício;
(ii) a depreciação e outros custos e despesas relativos aos ativos remensurados a taxas cambiais históricas foram
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
(h) Operações de "forward" e "swap" de moedas, juros e "commodities"
Os valores nominais das operações de "forward" e "swap" de moedas, juros e "commodities" não são registrados no
balanço patrimonial. Os resultados líquidos não realizados dessas operações são registrados em regime de competência de
exercícios, com base nos preços de mercado como mencionado na Nota 15.
(i) Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais
A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados, para questões trabalhistas, tributárias, cíveis e
comerciais em discussão nas instâncias administrativas e judicial, com base nas estimativas de perdas estabelecidas pelos
consultores jurídicos externos da Companhia e suas controladas, para os casos em que a perda é considerada provável.
As economias de impostos, obtidas com base em decisões judiciais provisórias em ações movidas pela Companhia
contra as autoridades tributárias, são objeto de provisionamento até que sejam asseguradas por decisão final irrecorrível
em favor da Companhia e suas controladas.
( j ) S u bve n ç ã o p a ra i n ve s t i m e n t o s
As controladas da Companhia possuem programas de incentivos fiscais estaduais na forma de diferimento do
pagamento de impostos, com reduções parciais ou totais dos mesmos. Em alguns estados os prazos de carência e as
reduções não são condicionais. Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos sob controle da Companhia.
O benefício relativo à redução no pagamento desses impostos é tratado como reserva para subvenção de investimentos e
registrado no patrimônio líquido das controladas, observado o regime de competência de registro desses impostos, ou no
momento em que as controladas cumprem com as principais obrigações fixadas nos programas estaduais, de forma a ter
como provável o benefício concedido. Nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia esse benefício é
registrado como "Outras receitas operacionais" (2001 - R$ 95.983; 2000 - R$ 92.851).
( l ) I m p o s t o s s o b re a re n d a
O imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação
aplicável. O encargo referente ao imposto de renda e à contribuição social é registrado em regime de competência de exercícios,
incluindo o imposto diferido calculado sobre as diferenças entre as bases contábeis e tributáveis de ativos e passivos.
É também registrado imposto de renda diferido ativo correspondente ao benefício tributário futuro de prejuízos fiscais
e bases negativas de cálculo para as controladas em que haja expectativa de realização provável desses benefícios, no
prazo máximo de cinco anos, baseada em projeções de resultados futuros.
calculados com base nos valores dos ativos em dólares norte-americanos. As demais contas de resultado foram
convertidas às taxas médias de câmbio prevalecentes no período; e
(iii) ganhos e perdas apurados na consolidação, provenientes do processo de remensuração, estão incluídos
no resultado do exercício da Companhia.
( m ) R e cl a s s i f i c a ç õ e s
Certas reclassificações fora efetuadas na demonstração de origens e aplicações de recursos em 31 de dezembro de
2000, com o objetivo de melhorar sua comparabilidade com o exercício corrente.
( g ) Pa s s i vo s c i rc u l a n t e e ex i g í ve l a l o n go p ra z o
São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e
variações monetárias incorridos. Contingências são registradas quando sua realização for provável, pelo valor de perda estimado.
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- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
3 . D E M O N S T R A Ç Õ E S F I NA N C E I R A S C O N S O L I DA DA S
4 . E S TO QU E S - C O N S O L I DA D O
Para as empresas controladas pela Companhia foi consolidada a totalidade de seus ativos, passivos e resultados, sendo
destacadas as participações dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado dos exercícios das controladas.
Na consolidação foram eliminados os investimentos nas controladas e a parcela correspondente dos seus patrimônios
líquidos, assim como os saldos ativos e passivos, bem como as receitas e despesas, decorrentes de transações realizadas
entre as empresas consolidadas.
As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as demonstrações financeiras, em datas coincidentes, das
Produtos acabados
Produtos em elaboração
2001
2000
158.681
122.817
50.085
44.022
Matérias-primas
379.043
254.139
Materiais de produção
109.939
68.873
Vasilhames e garrafeiras
26.506
13.600
Almoxarifado e outros
82.425
87.671
806.679
591.122
sociedades controladas pela Companhia, direta ou indiretamente, relacionadas nas Notas 5(b) e 6, respectivamente.
Para as empresas controladas em conjunto, mediante acordo de acionistas, relacionadas a seguir, a consolidação incorpora
as contas de ativo, passivo e resultado proporcionalmente à participação total detida pela Companhia no seu capital social.
PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SOCIAL
5 . PA RT I C I PA Ç Ã O E M S O C I E DA D E S C O N T RO L A DA S
2001
2000
TOTAL
VOTANTE
TOTAL
VOTANTE
60,8
49,6
60,8
49,6
A avaliação inicial dos investimentos nas sociedades controladas Brahma e Antarctica (hoje incorporados na CBB)
Miller Brewing do Brasil Ltda. ("Miller")
50,0
50,0
Pilcomayo Participações S.A. ("Pilcomayo")
50,0
50,0
levou em consideração ajustes decorrentes da uniformização e adequação das políticas e práticas contábeis utilizadas pela
43,2
50,0
Miranda Corrêa
Cervejaria Astra S.A. ("Astra")
65,5
50,0
Agrega
50,0
50,0
( a ) C o n s i d e ra ç õ e s ge ra i s
controlada Antarctica às práticas adotadas pela Companhia e pela Brahma.
Com a aprovação do CADE em abril de 2000, e em decorrência do início do processo de integração das operações, os
ajustes de uniformização e adequação das políticas contábeis foram registrados pela Antarctica e suas controladas ao longo
Os ativos consolidados proporcionalmente montam a R$ 178.551 em 31 de dezembro de 2001 (2000 - R$ 161.397), com
capital circulante líquido positivo de R$ 58.942 na mesma data (capital circulante líquido negativo de R$ 5.017 em 2000).
Em maio de 2001 a CBB adquiriu em leilão realizado na Bovespa 13.863 mil ações de emissão da Pilcomayo,
do ano. Em consonância com o disposto no artigo 186 da Lei no. 6.404/76, e de forma coerente com o tratamento contábil
anteriormente adotado pela AmBev, as controladas registraram tais ajustes, substancialmente, a débito ou crédito de lucros
acumulados, sendo esses valores eliminados para fins de consolidação e equivalência patrimonial.
representativas de 33,35% do capital total desta empresa, pelo valor de R$ 20.378, incluindo ágio de R$ 33.891.
Por outro lado, ajustes adicionais de uniformização e adequação das práticas contábeis foram identificados e
Adicionalmente, na mesma data foi adquirida pela CBB a totalidade das ações de emissão da Patí do Alferes Participações S.A.
registrados no semestre findo em 30 de junho de 2000, no valor líquido de R$ 31.782, após os efeitos tributários e
("Patí do Alferes"), detentora de investimento de 16,65% do capital da Pilcomayo, por R$ 10.152, incluindo ágio de
participação de minoritários, valor esse considerado na Companhia e na consolidação como ajuste complementar ao ágio no
R$ 16.922. Em janeiro de 2002 a CVM formalizou o cancelamento do registro de companhia aberta da Pilcomayo.
investimento na Antarctica.
Entre junho e dezembro de 2001 foram adquiridas pela CBB 11.328 mil ações preferenciais classe "A" de emissão da
controlada em conjunto Astra, equivalentes a 22,19% do capital total, pelo valor de R$ 57.931, apurando-se um ágio de
R$ 28.940 nessa operação.
Em outubro de 2001 foram adquiridas pela CBB ações da controlada em conjunto Miller equivalentes a 50% do capital
total, passando a Companhia a consolidar integralmente seus ativos e passivos. A empresa mudou sua razão social para
BSA Bebidas Ltda.
As demonstrações financeiras das controladas e controladas em conjunto em 31 de dezembro de 2001 e de 2000
foram submetidas a revisões ou exames de auditoria em extensão suficiente para suportar o parecer de auditoria das
demonstrações financeiras da Companhia.
60
61
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
(b) Infor mações sobre par ticipações em sociedades controladas diretas
. Em 31 de dezembro de 2001
DESCRIÇÃO
"Despesas não operacionais".
CBB (i)
AGREGA
EAGLE
Ações ordinárias/cotas
3.442.186
1.375
158
Ações preferenciais
6.073.132
Total de ações/cotas
9.515.318
POLAR HOHNECK (ii)
Quantidade de ações/cotas possuídas - em milhares
13.117
10.000
22.000
1.375
158
35.117
100,0
Em relação às ações preferenciais
99,5
Em relação ao total de ações/cotas
99,7
50,0
99,9
19,4
100,0
87,2
50,0
99,9
37,8
( c ) M ov i m e n t a ç ã o d a p a r t i c i p a ç ã o e m s o c i e d a d e s c o n t r o l a d a s e á g i o
e deságio na aquisição de sociedades controladas
DESCRIÇÃO
10.000
Percentual de participação direta no capital social - %
Em relação às ações ordinárias/cotas
Em 31 de dezembro de 2001 a Companhia mantém provisão para perdas correspondente ao passivo a descoberto na
sua controlada direta Hohneck no valor de R$ 147.570 (2000 - R$ 119.518). A despesa correspondente é registrada em
100,0
Informações sobre as demonstrações financeiras
das controladas diretas:
Saldo em 31 de dezembro de 1999
BRAHMA
CBB(i)
339.921
1.136.898
AGREGA
EAGLE
1.635
1.290.831
333.002
(147.570)
1.476.819
1.652.302
1.652.302
(149.946)
(149.946)
Dividendos recebidos
(176.454)
Equivalência patrimonial
729.856
Amortização do ágio
2.395.679
(176.454)
(84.332)
645.524
(83.457)
(83.457)
969.109
3.364.788
615.868
(3.766)
441.658
45.341
(28.052)
113.235
Deságio apurado na incorporacão de ações
Dividendos recebidos e a receber
Lucro líquido (prejuízo)
Incorporação de Brahma pela Antarctica (Nota (c))
(172.589)
(2.612.016)
2.612.016
Equivalência patrimonial
. Em 31 de dezembro de 2000
DESCRIÇÃO
(1.530.783)
Aumento de capital
Amortização do ágio
BRAHMA
ANTARCTICA
HOHNECK
Saldo em 31 de dezembro de 2001
352.330
955.368
532.338
2.699
347.000
553.090
(1.883)
(12.438)
(577.883)
(575.415)
882.037
12.640
(84.737)
2.878.444
677.733
(14.843)
(308.582)
(577.883)
Redução de capital com cessão de ações e créditos
(ii) Sediada no exterior.
564.498
(14.843)
(135.993)
Incorporação de IBANN pela AmBev (Nota 1 (c))
(i) Anteriormente Antarctica (Nota 1(c)).
TOTAL
Deságio apurado na incorporação de ações
Saldo em 31 de dezembro de 2000
2.396.755
IBANN
Ações recebidas em aumento de capital
Aquisição de investimento
Patrimônio líquido (passivo a descoberto)
POLAR
13.385
917.124
(84.737)
816
1.289.930
111.032
4.280.222
(i) Anteriormente Antarctica (Nota 1(c))
Quantidade de ações possuídas - em milhares
Ações ordinárias
2.628.452
10.726
Ações preferenciais
4.465.839
1.274
10.000
Total de ações
7.094.291
12.000
10.000
Em relação às ações ordinárias
100,0
100,0
100,0
Em relação às ações preferenciais
100,0
100,0
Em relação ao total de ações
100,0
100,0
100,0
2.545.624
245.969
(119.518)
967.243
(93.847)
(45.690)
Percentual de participação no capital social - %
Informações sobre as demonstrações
financeiras das controladas diretas:
Patrimônio líquido (passivo a descoberto)
Lucro líquido (prejuízo)
62
63
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
(d) Ágio e deságio na aquisição de sociedades controladas
6 . PA RT I C I PA Ç Õ E S I N D I R E TA S R E L E VA N T E S E M S O C I E DA D E S C O N T RO L A DA S E E M
C O N T RO L A DA S E M C O N J U N TO E M 3 1 D E D E Z E M B RO
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO
CONTROLADORA
CONSOLIDADO
INFORMAÇÕES SOBRE CONTROLADAS E CONTROLADAS EM CONJUNTO RELEVANTES
2001
2000
2001
2000
PERCENTUAL DE
PARTICIPAÇÃO
INDIRETA
Ágio
CBB - fundamentado em:
Mais - valia do imobilizado
144.579
144.579
144.579
144.579
Expectativa de rentabilidade futura
702.760
702.760
702.760
702.760
847.339
847.339
847.339
847.339
Cympay
34.177
Salus
19.001
21.117
Malteria Pampa
28.101
28.101
Patí do Alferes
16.922
Pilcomayo
33.891
Astra
28.940
Total de ágio
Amortização acumulada
Total de ágio, líquido
847.339
847.339
1.008.371
896.557
(208.935)
(124.197)
(226.008)
(131.857)
638.404
723.142
782.363
764.700
Deságio
CBB
Polar
Total de deságio
Saldo em 31 de dezembro de 2001
(149.946)
(149.946)
(14.843)
(164.789)
473.615
(149.946)
(149.946)
(14.843)
(149.946)
573.196
(164.789)
617.574
(149.946)
614.754
DENOMINAÇÃO DA EMPRESA
Cympay (i)
2001
2000
95,4
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
AJUSTADO
(PASSIVO A DESCOBERTO)
2001
LUCRO LÍQUIDO
(PREJUÍZO) DO
EXERCÍCIO
2000
2001
23.059
2000
(176)
Pepsi
100,0
100,0
61.363
182.053
1.534
Malteria Pampa (i)
100,0
100,0
91.718
70.732
7.866
11.289
Jalua (i)
100,0
100,0
2.524.445
2.024.346
500.036
343.080
Salus
83.336
8.337
11.414
(3.236)
1.377
100,0
1.290.831
502.172
441.658
294.505
Distribuidora de Bebidas Antarctica de Manaus Ltda.
100,0
100,0
16.458
4.747
815
(738)
Dahlen S.A. (i)
47.299
(24.275)
Eagle
100,0
100,0
23.024
CCBP (i)
100,0
100,0
35.146
2.733
1.148
1.538
Arosuco Aromas e Sucos S.A.
100,0
100,0
84.731
133.618
146.566
95.849
ANEP - Antarctica Empreendimentos e Participações Ltda.
100,0
100,0
812.995
769.921
20.296
(104.697)
99,7
99,7
71.367
159.017
(84.565)
21.780
Skol
3.313
IBA Sudeste
98,8
98,8
358.115
368.637
2.634
(145.749)
CRBS
99,8
99,8
427.312
645.212
(57.113)
99.351
Águas Claras
93,3
181.127
6.294
14.961
IBANN
61,8
887.569
20.332
16.374
317.573
47.657
Polar
96,9
Patí do Alferes
100,0
Miranda Corrêa
60,76
Agrega
59,0
335.319
(7.151)
60,76
(7.975)
50,0
7.960
(361)
(11.534)
817
(967)
(1.344)
(1.883)
Pilcomayo
100,0
50,0
(42.643)
(39.014)
26.957
8.994
BSA Bebidas Ltda. (anteriormente Miller
Brewing do Brasil Ltda.)
100,0
50,0
11.669
(15.940)
9.444
(1.334)
43,2
100.853
117.257
16.054
20.822
70,0
70,0
74.215
106.888
(21.682)
(4.608)
66.494
(3.657)
(11.306)
Astra
CCBA (i)
C.A. Cervecera Nacional (i)
Monthiers (i) (ii)
50,2
50,2
73.447
100,0
100,0
2.399.806
(333.857)
(i) Sediadas no exterior.
(ii) Subsidiária integral da Jalua.
64
65
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
7 . T R A N S A Ç Õ E S C O M PA RT E S R E L AC I O NA DA S
9 . E M P R É S T I M O S E F I NA N C I A M E N TO S E M 3 1 D E D E Z E M B RO - C O N S O L I DA D O
As transações com partes relacionadas foram eliminadas nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia,
com exceção da parcela não consolidada das vendas e contratos de mútuo das empresas controladas em conjunto
CIRCULANTE
MODALIDADE/FINALIDADE
ENCARGOS FINANCEIROS INCIDENTES
VENCIMENTO FINAL
2001
2000
LONGO PRAZO
2001
2000
235.305
135.567
(contabilização com base no critério de consolidação proporcional).
Os contratos de mútuo têm prazo de vencimento indeterminado e são sujeitos a encargos financeiros equivalentes aos
obtidos nas captações de recursos financeiros da Companhia e controladas no mercado.
Moeda nacional
Capital de giro
Juros de 3,5% ao ano
Novembro de 2002
Incentivos fiscais de ICMS
Juros de 2,5% ao ano
Janeiro de 2012
Aquisição de equipamentos
Juros de 2,8% ao ano acima
da variação da TJLP
Outubro de 2006
Construção, ampliação e
modernização do parque fabril
Juros de 3,0% ao ano acima
da variação da TJLP
Dezembro de 2008
Matéria-prima
Juros prefixados de 8,8% ao ano
Junho de 2002
8 . I M O B I L I Z A D O E M 3 1 D E D E Z E M B RO - C O N S O L I DA D O
2001
2000
TAXAS
PERCENTUAIS
ANUAIS DE
DEPRECIAÇÃO
Custo
Total de moeda nacional
9.637
10.284
25.034
45.004
9.594
53.303
58.064
101.855
119.248
163.517
203.466
433.810
437.399
316.818
770.970
701.808
19.494
270.985
Moeda estrangeira
Terrenos
154.360
189.278
Prédios e construções
1.887.088
1.686.501
4
Máquinas e equipamentos
3.655.179
3.618.066
10 a 20
Veículos
50.103
55.984
20
601.898
530.492
10 a 20
Sistemas de computação
74.429
76.051
20
Outros intangíveis
62.338
51.188
10 a 20
227.207
117.042
2.291
2.231
6.714.893
6.326.833
(3.571.258)
(3.122.574)
3.143.635
3.204.259
Bens móveis de uso externo
Imobilizado em andamento
Florestamento e reflorestamento
Capital de giro
Empréstimo sindicalizado
(Nota 9(e))
Juros de 2,4% ao ano acima da
LIBOR trimestral
Agosto de 2004
3.016
691.710
Emissão privada de títulos
(Nota 9(f))
Juros de 12,3% ao ano
Dezembro de 2011
4.379
1.160.200
Outros
Juros de 8,0% ao ano
Outubro de 2005
Importação de matéria-prima
Juros de 5,7% ao ano
Julho de 2004
Aquisição de equipamentos
Juros de 9,0% ao ano
Janeiro de 2009
246.596
71.258
632.989
36.509
143.901
1.617
76.136
68.931
118.706
80.248
1.449.004
948.516
2.078.383
225.766
1.719.989
1.265.334
2.849.353
927.574
4
Total de moeda estrangeira
Total dos financiamentos
Depreciação acumulada
223.530
1.141.943
Obs.: Encargos financeiros incidentes sobre financiamentos em moeda estrangeira consideram o IRRF referente a remessa
de juros para o exterior.
Abreviaturas utilizadas:
As controladas da Companhia possuem unidades desativadas cujos ativos, líquidos de depreciação acumulada
e provisão para perdas potenciais na realização, montam a R$ 161.121 em 31 de dezembro de 2001.
Os bens imóveis destinados à venda referentes a essas unidades, em 31 de dezembro de 2001, no valor líquido de
. TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo
. IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte
. LIBOR - "London Interbank Offered Rate"
R$ 104.524, estão classificados no realizável a longo prazo, pelo valor estimado de realização após deduzida provisão para
desvalorização no montante de R$ 43.892.
As máquinas, equipamentos e outros ativos fora de uso dessas unidades, no valor de R$ 56.597 em 31 de dezembro de
2001, estão classificados no ativo permanente pelo valor estimado de realização, após deduzida provisão para cobrir perdas
potenciais na realização no valor de R$ 15.842.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2001 a provisão para desvalorização e para perdas potenciais na
realização de ativos foi complementada no montante de R$ 16.085.
66
67
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
( a ) G a ra n t i a s
(e) Empréstimo sindicalizado
Os empréstimos e financiamentos tomados junto ao IFC e BNDES para ampliação, construção de fábricas e aquisição
de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos.
Os empréstimos para compra de matéria-prima, substancialmente malte, e emissão de notas de dívida externa estão
garantidos por avais das empresas do grupo.
O empréstimo sindicalizado em ienes, é garantido por avais da AmBev e controladas. Em 31 de dezembro de 2001,
através de operação de "swap" de LIBOR, esse financiamento está indexado a juros prefixados de 5,7% ao ano.
A Companhia encontra-se adimplente quanto aos índices de endividamento e liquidez compromissados em decorrência
da obtenção desse empréstimo.
( b ) Ve n c i m e n t o s
( f ) E m i s s ã o d e d í v i d a n o m e rc a d o i n t e r n a c i o n a l
Em 31 de dezembro de 2001, os financiamentos a longo prazo têm a seguinte composição, por ano de vencimento:
Em dezembro de 2001, a CBB com garantia oferecida pela AmBev, efetuou emissão de notas de dívida externa ("Notas")
2003
420.914
no montante de R$ 1.160.267 (equivalentes a US$ 500 milhões). Sobre essas Notas incorrem juros de 12,3% ao ano,
2004
915.001
amortizados semestralmente, com vencimento final em dezembro de 2011. Os juros contratados podem aumentar em 0,5%
114.694
ao ano, caso não ocorra o registro dessas Notas na "Securities and Exchange Commission - SEC" dos Estados Unidos até 15
2005
2006
39.936
Anos subseqüentes
1.358.808
Total
2.849.353
(c) Cláusulas contratuais com a Inter national Finance Corporation - IFC
de dezembro de 2002.
1 0 . PAT R I M Ô N I O L Í QU I D O
Empréstimos obtidos com a IFC montam a R$ 90.326 em 31 de dezembro de 2001. Tais financiamentos incluem
cláusula que permite a utilização de parte do empréstimo para integralização de 53.727 mil ações preferenciais da AmBev
(Nota 11(c)), à opção da IFC.
( a ) C a p i t a l s o c i a l s u b s c r i t o e i n t e gra l i z a d o
Em 31 de dezembro de 2001 o capital social da Companhia, no montante de R$ 2.944.288 (2000 - R$ 2.565.249), é
representado por 39.741.398 mil ações (2000 - 38.646.080 mil), sendo 16.073.049 mil ações ordinárias (2000 -
( d ) I n c e n t i vo s f i s c a i s d e I C M S
DESCRIÇÃO
2001
2000
15.976.336 mil) e 23.668.349 mil ações preferenciais (2000 - 22.669.744 mil), todas nominativas e sem valor nominal.
Em Assembléias Gerais Extraordinárias - AGEs, realizadas em janeiro e abril de 2000, os acionistas aprovaram a
redução de R$ 330.411 no capital social, sem alteração na quantidade de ações. Do valor da redução, R$ 310.682 foram
Saldo de curto e longo prazos
Financiamentos
260.339
180.571
destinados a eliminar prejuízos acumulados apurados no balanço de 31 de dezembro de 1999, e R$ 19.729,
Diferimentos de impostos sobre vendas
486.469
470.010
equivalentes aos juros sobre o capital próprio recebidos da Brahma, foram distribuídos aos acionistas a título de
746.808
650.581
Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de
uma porcentagem do ICMS devido é financiado pelo agente financeiro do Estado, geralmente por cinco anos a partir da data
do vencimento.
Os valores restantes referem-se a diferimento do ICMS devido, por prazos de até dez anos, como parte de programas
de incentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar progressivamente, desde
75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice
geral de preços. Parcela dos impostos diferidos, no montante de R$ 139.504 em 31 de dezembro de 2001 vence durante
o ano de 2002.
devolução do capital investido.
Em AGE de setembro de 2000 os acionistas aprovaram nova redução no capital social da Companhia, no valor de
R$ 324.167, sendo R$ 232.058 para eliminação do prejuízo do período findo em 31 de agosto de 2000 e R$ 92.109 para
restituição de capital investido, também sem alteração do número de ações.
Em AGEs da Brahma e da AmBev realizadas em setembro de 2000, foi aprovado um aumento de capital no valor de
R$ 1.502.356 mediante a incorporação, pela AmBev, da totalidade das ações representativas do capital social da Brahma
possuídas pelos acionistas minoritários, perfazendo um total de 1.176.536 mil ações ordinárias e 4.452.258 mil ações
preferenciais, com valor de R$ 266,90 por lote de mil ações, independentemente da espécie, convertendo-se a Brahma em
subsidiária integral da Companhia. Em decorrência desse fato, os acionistas da Brahma receberam uma ação emitida pela
Companhia para cada ação de emissão da Brahma, respeitadas as espécies de ações detidas pelos acionistas.
Em outubro de 2000 foi aprovado pela AGE o desdobramento das ações da Companhia, de forma que o acionista
detentor de uma ação recebeu mais quatro ações da mesma espécie, passando o capital a ser representado por 15.976.336
mil ações ordinárias e 22.669.744 mil ações preferenciais.
68
69
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
Em março de 2001 foi aprovado em reunião do Conselho de Administração o aumento de capital para atender ao Plano
de Compra de Ações para executivos e funcionários, no valor de R$ 80.774, com a correspondente emissão de 569.108 mil
ações preferenciais.
(b) Bônus de subscrição de ações
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
( e ) D i v i d e n d o s p r o p o s t o s e a p r ova d o s
Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido do exercício findo
em 31 de dezembro de 2001:
Lucro líquido do exercício
Constituição da reserva legal (5%)
784.568
(39.228)
Em 1996 a Brahma colocou junto aos seus acionistas 404.930 mil bônus de subscrição de ações (1 bônus para cada
17 ações então detidas), sendo 262.891 mil para subscrição de ações ordinárias e 142.039 mil para ações preferenciais, ao
preço de R$ 50,00 por lote de mil bônus, totalizando R$ 20.247.
Com a incorporação da Brahma pela Companhia, e em conformidade com decisão da AGE de setembro de 2000 e as
regras estabelecidas anteriormente pelo Conselho de Administração da Brahma, tais bônus darão direito à subscrição de
ações da AmBev, na proporção de cinco ações para cada bônus, respeitada a espécie de ações. O exercício do direito à
Base de cálculo dos dividendos
745.340
Dividendos propostos e aprovados
Antecipadamente (em agosto e dezembro de 2001) sob a
forma de juros sobre o capital próprio
284.609
Complementares, para pagamento em fevereiro de 2002,
aprovados em dezembro de 2001
52.000
subscrição ocorrerá em abril de 2003.
O preço de subscrição das ações será apurado com base no preço original de subscrição de R$ 200 por lote de mil
ações, ajustado na forma estabelecida no edital publicado em fevereiro de 1996, com atualização de acordo com a variação
do IGP-M, acrescido de juros de 12% ao ano, calculado "pro rata temporis", reduzido pelo montante de dividendos pagos.
336.609
IRRF incidente sobre os dividendos sob a
forma de juros sobre o capital próprio (15%)
( c ) D e s t i n a ç õ e s d o l u c r o d o ex e rc í c i o
Total dos dividendos, líquido de IRRF
O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções
Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo
(42.691)
293.918
39,43
previstas em lei:
(i) 27,5% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação legal,
as ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior ao das ações ordinárias.
(ii) Importância não inferior a 5% e não superior a 68,8% do lucro líquido, para a constituição de reserva de
investimentos, com a finalidade de financiar a expansão das atividades da Companhia e de suas empresas
Dividendos propostos e aprovados por lote de mil ações
em circulação no fim do exercício - R$
Ordinárias
Preferenciais
7,17
7,89
controladas, inclusive pela subscrição de aumentos de capital ou criação de novos empreendimentos.
(iii) Constituição de reserva para futuro aumento de capital com o saldo remanescente do lucro líquido do exercício.
( d ) Ju r o s s o b re o c a p i t a l p r ó p r i o
( f ) C o n c i l i a ç ã o e n t re o p a t r i m ô n i o l í q u i d o d a C o m p a n h i a e o
patrimônio líquido consolidado em 31 de dezembro de 2001
Patrimônio líquido da controladora
3.521.448
As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TJLP sobre o patrimônio
líquido que, dedutíveis para fins tributários, podem ser imputados aos dividendos obrigatórios quando distribuídos. Embora
registrados em conta de resultado para fins tributários, esses juros são reclassificados para o patrimônio líquido nas
demonstrações financeiras.
70
Reconhecimento dos efeitos da NPC 26 (Nota 13(d))
Ações em tesouraria adquiridas pela controlada CBB (Nota 11)
Total do patrimônio líquido consolidado
(56.458)
(101.553)
3.363.437
71
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
11. AÇÕES EM TESOURARIA
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
nos lucros está condicionada a que sejam atingidas metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de
Administração no início do exercício.
Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia mantém em tesouraria 271.567 mil ações ordinárias e 848.906 mil ações
( b ) P l a n o d e o p ç ã o d e c o m p ra d e a ç õ e s
preferenciais no montante total de R$ 397.888. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2001, a CBB possui 50.005 mil ações
O plano de opção de compra de ações da Companhia (o "Plano") sucedeu o plano de opção existente na controlada
ordinárias e 150.470 mil ações preferenciais (2000 - 29.495 mil ações ordinárias e 53.727 mil ações preferenciais) de
Brahma. Na migração dos acionistas minoritários da Brahma para a Companhia, em 14 de setembro de 2000, os detentores
emissão da Companhia no montante de R$ 101.553 (2000 - R$ 10.527) (Nota 10(f)).
de opções de compra de ações da Brahma, mantidas as regras do plano anterior, passaram a ter o direito de subscrever
ações da AmBev.
( a ) P r o gra m a d e re c o m p ra d e a ç õ e s
Conforme definido no estatuto, o Plano é administrado por um comitê composto de membros não executivos da
O Conselho de Administração da Companhia tem sucessivamente aprovado a aplicação de recursos na aquisição de
Companhia. Esse comitê cria, periodicamente, programas de opção de compra de ações, ordinárias ou preferenciais,
ações de sua própria emissão, ficando a Companhia autorizada, durante prazos renováveis de até 90 dias, a adquirir ações
definindo os termos e as categorias dos funcionários a serem beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as opções serão
dentro de limites estabelecidos.
exercidas. Esse preço não poderá ser menor do que 90% do preço médio das ações negociadas na Bolsa de Valores de São
A Companhia e a sua subsidiária CBB mantém em tesouraria, em 31 de dezembro de 2001, 186.275 mil ações
ordinárias e 297.480 mil ações preferenciais (2000 - 29.495 mil ações ordinárias), adquiridas em programas de recompra
de ações no montante de R$ 242.635 (2000 - R$ 10.527).
Paulo nos três dias úteis anteriores à data da concessão das opções, indexado pela inflação até o exercício destas. O número
de opções concedidas em cada exercício não pode exceder 5% do número total de ações de cada espécie naquela data.
Quando do exercício das opções, a Companhia tem a faculdade de emitir novas ações, ou utilizar eventuais saldos de
As recompras ocorridas durante 2001 compõem-se de (a) 136.270 mil ações ordinárias e 147.010 mil ações
ações existentes em tesouraria. As opções de ações concedidas não possuem data final para exercício. Na hipótese de
preferenciais de emissão própria no montante de R$ 141.082 e (b) 20.510 mil ações ordinárias e 150.470 mil ações
término da relação de emprego, as opções se extinguem; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a Companhia tem o
preferenciais da Companhia, recompradas através da sua subsidiária CBB, pelo valor total de R$ 91.026.
direito de recomprá-las por preço calculado segundo regras estabelecidas, que levam em conta o preço pago pelo
empregado, a inflação desde a data da subscrição e o preço de mercado atual da ação.
( b ) O u t ra s re c o m p ra s e m 2 0 0 1
Durante o mês de dezembro de 2001, a Companhia recomprou 85.292 mil ações ordinárias e 336.058 mil ações
preferenciais dos acionistas dissidentes da IBANN, pelo valor total de R$ 242.246. Adicionalmente, durante 2001 a
Companhia exerceu seu direito de preferencia para aquisição de 161.641 mil ações preferenciais de ex-empregados por força
da extinção da relação de emprego, pelo montante de R$ 14.560.
A Companhia financia as compras de ações de acordo com as normas estabelecidas no Plano. Os financiamentos
normalmente não ultrapassam quatro anos e consideram juros anuais de 8% acima de um índice geral de preços designado.
Os financiamentos são garantidos pela ação emitida por ocasião do exercício da opção. Em 31 de dezembro de 2001, o saldo
em aberto desses financiamentos monta a R$ 215.248 (2000 - R$ 165.151).
O resumo da movimentação das opções de compra de ações para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2001
e 2000 é o seguinte:
(c) IFC
OPÇÕES DE COMPRA DE AÇÕES (EM MILHARES)
Em 31 de dezembro de 2001 e 2000 a Companhia mantém em tesouraria 53.727 mil ações preferenciais que visam
garantir a conversibilidade de parte do contrato de financiamento mantido com a IFC, conforme aprovado pela CVM (Nota 9(c)).
2001
2000
1.241.355
433.731
Exercidas
(569.108)
(175.934)
Canceladas
(140.776)
(22.826)
Saldo de opções de compra de ações exercíveis
no início do exercício
1 2 . PA RT I C I PA Ç Ã O N O S L U C RO S E P L A N O D E O P Ç Ã O D E C O M P R A D E A Ç Õ E S
( a ) Pa r t i c i p a ç ã o n o s l u c r o s
Movimentação ocorrida durante o exercício
Desdobramento (1 por 5)
Concedidas
939.884
499.750
66.500
1.031.221
1.241.355
O estatuto da Companhia estabelece a distribuição aos empregados de até 10% do lucro líquido do exercício, com base
em critérios predeterminados. Aos diretores é atribuída uma participação nos lucros em montante que não ultrapasse a sua
Saldo de opções de compra de ações
exercíveis ao final do exercício
remuneração anual ou o equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, prevalecendo o menor desses valores. A participação
72
73
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
( c ) P r ê m i o n a c o l o c a ç ã o d e o p ç õ e s p a ra re c o m p ra d e a ç õ e s p r ó p r i a s
A Companhia emitiu em dezembro de 2001 opções para recompra de 188.380 mil ações preferenciais de emissão
( c ) F u n d a ç ã o A n t ô n i o e H e l e n a Z e r re n n e r I n s t i t u i ç ã o N a c i o n a l d e
Beneficência
própria. O prêmio líquido recebido na colocação dessas opções foi de R$ 4.866, reconhecido como reserva de capital no
A Fundação Zerrenner tem entre as suas principais finalidades proporcionar a funcionários e administradores das
patrimônio líquido. O preço médio de exercício dessas opções foi estabelecido em R$ 477,76 por lote de mil ações, com o
patrocinadoras assistência médico-hospitalar e dentária, auxiliar em cursos profissionalizantes ou superiores, manter
prazo estabelecido para ocorrer nos meses de fevereiro e março de 2002.
estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou mediante convênios de
auxílios financeiros a quaisquer entidades.
Em outubro de 2000 ocorreu a fusão da Fundação Brahma com a Fundação Zerrenner, nivelando-se os benefícios
concedidos com base nos padrões adotados pela Brahma. Ao mesmo tempo estenderam-se os benefícios, substancialmente
assistência médica e odontológica, aos funcionários de todas as controladas da AmBev no Brasil, enquanto no passado as
1 3 . P RO G R A M A S S O C I A I S
controladas da Antarctica suportavam estas despesas diretamente.
No processo de integração das fundações, promoveu-se uma avaliação atuarial independente dos novos benefícios
( a ) I n s t i t u t o A m B e v d e P re v i d ê n c i a P r i va d a
assumidos pela Fundação Zerrenner, identificando-se a necessidade de aporte das patrocinadoras de modo a suprir a
Conforme aprovado pela Portaria no. 806 de dezembro de 2000 da Secretaria de Previdência Complementar, o Instituto
Fundação Zerrenner dos recursos necessários para assegurar sua auto-suficiência. Parte do aporte necessário, no montante
AmBev de Previdência Privada (“Instituto AmBev”) sucedeu o Instituto Brahma de Seguridade Social - IBSS e absorveu os
de R$ 75.777, foi feito durante o exercício de 2001 pela Companhia e suas controladas, cujas contribuições foram
planos de benefícios anteriormente mantidos pela Antarctica na Bradesco Previdência e Seguros S.A.
reconhecidas na rubrica "Despesas com participações estatutárias e contribuições".
A CBB e suas controladas possuem dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida
(aberto a nova adesões) e outro no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998),
(d) Reconhecimento dos efeitos da NPC 26 em 31 de dezembro de 2001
existindo a possibilidade de migração do plano de beneficio definido para o plano de contribuição definida. Esses planos são
As Normas e Procedimentos de Contabilidade - NPC no. 26 - "Contabilização de Benefícios a Empregados", emitidas pelo
custeados pelos participantes e patrocinadora e administrados pelo Instituto AmBev, objetivando, principalmente,
IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e aprovadas pela Deliberação CVM no. 371 de dezembro de 2000,
complementar os benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro
estabeleceu a obrigatoriedade do reconhecimento de passivos atuariais - assim como de certos ativos atuariais -
de 2001, as controladas da Companhia contribuíram com R$ 805 (2000 - R$ 2.816) ao Instituto AmBev.
relacionados a benefícios pagos a empregados.
Com base nos relatórios do atuário independente, a posição dos planos do Instituto AmBev em 31 de dezembro de 2001
Valor justo dos ativos
Em decorrência dessas disposições, a Companhia registrou diretamente no patrimônio de sua controlada CBB, em 31
de dezembro de 2001, provisão líquida para benefícios no valor de R$ 56.458 como detalhado a seguir:
é a seguinte:
417.545
Valor presente da obrigação atuarial
(272.787)
Excesso de ativos - Instituto AmBev
144.758
Tal ativo foi reconhecido contabilmente pela Companhia, no limite da realização considerada provável nas
circunstâncias atuais, no montante de R$ 20.792.
Excesso de ativos - Instituto AmBev de Previdência Privada
20.792
Provisão para benefícios de assistência médica e outros
Providos diretamente pela CBB
(55.558)
Aporte adicional à Fundação Zerrenner
(61.487)
Impostos diferidos ativos sobre provisão para benefícios
39.795
Provisão para benefícios, líquida dos impostos diferidos ativos
( b ) B e n e f í c i o s d e a s s i s t ê n c i a m é d i c a e o u t r o s p r ov i d o s d i re t a m e n t e
pela CBB
A CBB provê diretamente benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros para
Ajuste, líquido dos impostos diferidos ativos
(56.458)
As premissas adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram as seguintes:
aposentados oriundos das controladas IBANN, Polar e IBA Sudeste.
PORCENTAGEM ANUAL
Taxa de desconto
74
(77.250)
8,12
Taxa de retorno esperado dos ativos
8,12
Crescimento do componente de remuneração
5,10
Crescimento dos custos dos serviços médicos
7,10
75
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
1 4 . P ROV I S Ã O PA R A C O N T I N G Ê N C I A S E PA S S I VO S A S S O C I A D O S A QU E S T I O NA M E N TO S
F I S C A I S - C O N S O L I DA D O
( d ) P r o c e s s o s t ra b a l h i s t a s
Provisão relacionada a reclamações de ex-empregados. Em 31 de dezembro de 2001, os depósitos judiciais
vinculados aos processos trabalhistas efetuados pela Companhia, atualizados conforme índices oficiais, totalizam
2001
2000
ICMS e IPI
472.917
478.211
PIS e COFINS
119.700
184.032
40.769
36.110
São decorrentes, principalmente, de rescisões de contratos entre controladas da Companhia e certos distribuidores,
em virtude da reestruturação efetuada em sua rede de distribuição, assim como em alguns casos, do não-cumprimento, por
Imposto de renda e contribuição social
Processos trabalhistas
108.298
100.087
Processos de distribuidores
30.012
31.382
Outros
43.791
48.147
815.487
877.969
A Companhia e suas controladas possuem ainda em andamento outros processos da mesma natureza cuja
materialização, na avaliação dos consultores jurídicos, é possível, mas não provável, no valor aproximado de R$ 1.000.000.
R$ 53.567 (2000 - R$ 39.021).
( e ) P r o c e s s o s d e d i s t r i b u i d o re s
parte dos distribuidores, das diretrizes da Companhia.
( f ) O u t ra s p r ov i s õ e s
Decorrem de processos relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social INSS, a produtos e a fornecedores.
Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e contingências com perda considerada
provável pelos assessores jurídicos da Companhia:
(a) ICMS e IPI
1 5 . I N S T RU M E N TO S F I NA N C E I RO S - C O N S O L I DA D O
Em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 a provisão está relacionada principalmente a questionamentos fiscais sobre
créditos presumidos do IPI à alíquota zero e à tomada de créditos extemporâneos de ICMS e IPI sobre aquisições de bens
para o imobilizado realizadas anteriormente a 1996.
( a ) C o n s i d e ra ç õ e s ge ra i s
A Companhia e suas controladas realizam operações de "swap" de moedas, juros e "commodities" e operações de
( b ) P r o gra m a d e I n t e gra ç ã o S o c i a l - P I S e C o n t r i b u i ç ã o p a ra o
Fi n a n c i a m e n t o d a S e g u r i d a d e S o c i a l - C O F I N S
. Sobre outras receitas
A Companhia possui liminar, obtida no primeiro trimestre de 1999, que lhe garante o direito de recolher o PIS e a COFINS
sobre o faturamento, desonerando-a do recolhimento desses tributos sobre outras receitas. Em 31 de dezembro de 2001 e
de 2000, a provisão refere-se principalmente aos valores que deixaram de ser recolhidos sob a proteção dessa liminar.
"forward" de moeda com o objetivo de proteger-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição
consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas,
principalmente o alumínio.
( b ) Va l o r d e m e rc a d o
Os valores contábeis dos instrumentos financeiros da Companhia refletem os seus valores de mercado, obtidos
. PIS semestralidade
mediante cálculo do seu valor presente, considerando os preços praticados no mercado para operações de prazo e
Tendo em vista recentes decisões do Superior Tribunal de Justiça sobre a questão do PIS semestralidade, favoráveis aos
risco similares.
contribuintes, a Companhia reverteu nas demonstrações financeiras consolidadas o montante de R$ 123.822 na linha de
"Provisões para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais".
( c ) C o n c e n t ra ç ã o d e r i s c o d e c r é d i t o
Adicionalmente, durante o exercício de 2001, o montante de R$ 14.917 referente a crédito de PIS semestralidade, foi
Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores dentro de uma ampla rede de distribuição. O risco
reconhecido como receita não operacional em decorrência de sua compensação com o saldo devido do PIS e da COFINS (Nota 19).
de crédito é reduzido, em virtude da grande carteira de clientes e dos procedimentos de controle que monitoram esse risco.
Historicamente, as controladas não registram perdas significativas nas contas a receber de clientes.
( c ) I m p o s t o d e re n d a e c o n t r i b u i ç ã o s o c i a l s o b re o l u c r o l í q u i d o
A provisão decorre substancialmente da tomada de dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base da
contribuição social sobre o lucro líquido no ano de 1996.
76
A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa
e investimentos, levando em consideração limites e avaliações de crédito de instituições financeiras, não
permitindo concentração.
77
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
( d ) E x p o s i ç ã o e m m o e d a e s t ra n ge i ra
1 6 . I M P O S TO D E R E N DA E C O N T R I B U I Ç Ã O S O C I A L S O B R E O L U C RO L Í QU I D O - C S L L
A Companhia mantém ativos na Argentina, na Venezuela, no Uruguai e no Paraguai, que representam aproximadamente
23% de seus ativos totais. Adicionalmente, parte substancial dos financiamentos da Companhia é denominado em moeda
estrangeira, assim como exigíveis com fornecedores.
(a) Reconciliação do benefício (despesa) consolidado do imposto de
re n d a e d a C S L L c o m s e u s va l o re s n o m i n a i s
( e ) E fe i t o s re s u l t a n t e s d e o p e ra ç õ e s d e " h e d ge " d e m o e d a s , j u r o s e
"commodities" em aberto
2001
DESCRIÇÃO
MONTANTE
NOMINAL
EM ABERTO
GANHOS/
(PERDAS) NÃO
REALIZADOS
2001
2000
MONTANTE
NOMINAL
EM ABERTO
GANHOS/
(PERDAS) NÃO
REALIZADOS
Yen/R$
760.940
(42.581)
US$/R$
2.782.307
(33.482)
425.518
13.570
232.040
42.369
430.188
(5.067)
936.749
(490)
Despesa com imposto de renda e CSLL a alíquotas nominais
"Hedge" de juros
LIBOR flutuante/LIBOR fixa
"Hedge" de "Commodities
Alumínio
Total
Participações estatutárias e contribuições
Lucro líquido consolidado, antes do imposto de renda,
Da CSLL e da participação dos acionistas minoritários
"Hedge" de moedas
Pesos argentinos/US$
Lucro líquido consolidado antes do imposto de renda
e da CSLL
210.396
4.922.432
(1.611)
(35.795)
855.706
8.503
2000
993.325
384.374
(157.075)
(53.718)
836.250
330.656
(284.325)
(112.423)
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva
Prejuízo fiscal, base negativa de CSLL e diferenças
temporárias de anos anteriores, contabilizadas
162.673
Resultado de controladas no exterior não sujeito a
Tributação
151.472
267.611
Benefício da dedutibilidade dos juros sobre capital
Próprio
96.767
61.206
Ganhos patrimoniais sobre reserva de subvenção para
incentivos fiscais em sociedades controladas
32.634
31.569
Ganhos de participações decorrentes de reestruturações
Societárias
(41.053)
Adições e exclusões permanentes e outros
(7.469)
(5.223)
Benefício (despesa) de imposto de renda e CSLL
(51.974)
405.413
Ganhos e perdas não realizados representam o valor atual a receber (pagar) caso todas as operações fossem
liquidadas em 31 de dezembro com base no valor provável de mercado. Os ganhos e perdas não realizados estão registrados
nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia.
78
79
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
2001
2000
Em 1º de janeiro
175.560
151.428
Prejuízo fiscal gerado (prescrito)
(71.613)
24.132
Em 31 de dezembro
103.947
175.560
( b ) C o m p o s i ç ã o d o s i m p o s t o s d i fe r i d o s
CONTROLADORA
2001
2000
CONSOLIDADO
2001
2000
No realizável a longo prazo
Prejuízos fiscais a compensar
72.078
38.710
765.065
607.439
Diferenças temporárias
Provisão para contingências e obrigações
associadas a questionamentos fiscais
30.962
2003
53.258
2004
13.525
3.680
277.266
334.514
2005
Participações de empregados nos lucros
16.625
18.199
2006
Provisão para devedores duvidosos
25.463
21.103
75.855
14.833
1.160.274
996.088
Outros
44.803
Os prejuízos de controladas no exterior expiram nas seguintes datas:
2002
2.453
2.522
103.947
1 7 . S E G U RO S
119.334
38.710
No exigível a longo prazo
Em 31 de dezembro de 2001 os principais ativos da Companhia e de suas controladas, como bens do imobilizado e do
Diferenças temporárias
estoque, estão segurados contra riscos de incêndio e diversos, com base nos respectivos valores de mercado. O valor de
Depreciação acelerada
28.833
Equivalência patrimonial de empresas no exterior
cobertura das apólices em vigor monta a R$ 5.872.403.
2.075
Variações cambiais líquidas sobre
financiamentos em abertos
Outros
27.802
23.325
1 8 . R E C E I TA S E D E S P E S A S F I NA N C E I R A S C O N S O L I DA DA S
2.746
31.579
53.202
2001
2000
Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa
156.418
207.293
Variação da taxa de câmbio sobre aplicações
100.182
76.351
Receitas financeiras
Cobrança de juros sobre saldos em atraso
( c ) P re j u í z o s f i s c a i s a c o m p e n s a r
(i) No Brasil
Juros sobre impostos e contribuições e depósitos judiciais
7.065
4.290
47.282
16.079
Atividades de "swap" e "forwards"
Outras
14.079
47.429
55.889
358.376
373.981
O imposto de renda diferido ativo inclui o efeito dos prejuízos fiscais de controladas brasileiras, que são imprescritíveis,
compensáveis com lucros tributáveis futuros, com exceção dos prejuízos da Pepsi, cujo efeito foi reconhecido apenas
parcialmente pela Companhia.
A compensação dos prejuízos fiscais é limitada a 30% do lucro do exercício antes do imposto de renda, determinado de
acordo com a legislação fiscal brasileira. O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensação é suportada por
projeções de lucros tributáveis realizadas pela Companhia para os próximos cinco anos.
(ii) No exterior
O benefício fiscal correspondente aos prejuízos operacionais de sociedades no exterior não foi contabilizado como
ativo, uma vez que a administração não tem segurança de que sua realização seja provável. A movimentação dos prejuízos
Despesas financeiras
Atividades de "swap" e "forwards"
193.965
76.956
Variação da taxa de câmbio sobre financiamentos
188.508
126.999
Juros sobre dívidas em moeda estrangeira
151.484
150.285
Juros sobre dívidas em reais
112.258
175.652
Impostos sobre transações financeiras
99.485
68.407
Juros sobre contingências e outros
69.595
50.049
Outras
46.196
49.622
861.491
697.970
fiscais a compensar das sociedades localizadas no exterior é a seguinte:
80
81
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
G OV E R NA N Ç A C O R P O R AT I VA
1 9 . ( D E S P E S A S ) R E C E I TA S N Ã O O P E R AC I O NA I S , L Í QU I DA S
CONTROLADORA
CONSOLIDADO
As práticas de boa governança corporativa têm recebido, a cada dia, mais atenção por parte da AmBev, com o objetivo
2001
2000
2001
2000
de aperfeiçoar seu relacionamento com acionistas e investidores.
A Companhia dá especial ênfase à divulgação de informações, mantendo uma política de transparência, tanto no
Receitas não operacionais
Recuperação de impostos e contribuições
país como no exterior. Em 2001, além de aperfeiçoar e relançar o site de relacionamento com investidores, realizou
1.073
105.006
cerca de 185 reuniões com investidores e analistas de mercado, 200 reuniões externas e cinco roadshows (Brasil,
Estados Unidos e Europa).
Ganho na alienação de bens do imobilizado e
investimentos
5.065
Ganho de participação em investimentos
18.269
Outras receitas não operacionais
10.567
42.800
16.153
29.909
126.224
Trimestralmente, quando ocorre a divulgação dos resultados financeiros (ITRs), são promovidas conferências
telefônicas, transmitidas simultaneamente pela internet, visando a discutir e esclarecer os números do período e responder
21.209
quaisquer dúvidas de analistas e investidores.
64.009
Conselho de Administração
O Conselho é formado por nove membros, eleitos em 1999, com mandato até 2002. Tem como atribuições básicas a
orientação geral dos negócios da Companhia, a definição de diretrizes estratégicas e a escolha do diretor geral.
Despesas não operacionais
Perda na alienação de bens do imobilizado
Provisão para perda sobre passivos a
descoberto em sociedades ligadas
(7.615)
(3.568)
(2.750)
Comitês – O Conselho de Administração também apóia suas decisões em estudos e análises executadas por comitês
específicos, integrados pelos próprios conselheiros. Em 2001, foram constituídos os comitês de Finanças, Auditoria e
(28.053)
Outras despesas não operacionais
(45.690)
Assuntos Corporativos.
(5)
(15.324)
(3.473)
(53.310)
(18.892)
(6.223)
Diretoria Executiva
(28.053)
Os diretores são eleitos pelo Conselho de Administração e têm mandatos até 2002, cabendo-lhes a função de
representação da sociedade e gerenciamento de suas operações.
(Despesas) receitas não operacionais, líquidas
1.856
(53.310)
107.332
57.786
Nenhum dos conselheiros participa da Diretoria Executiva. Dessa forma, os cargos de presidente do Conselho e de
diretor geral são exercidos por diferentes profissionais, o que é um princípio de crescente aceitação entre as práticas de boa
As receitas de “Recuperação de impostos e contribuições” em 2001 são decorrentes de aproveitamento de créditos,
sendo a parcela mais expressiva deste valor referente a Imposto sobre o Lucro Líquido - ILL pago a maior em exercícios
anteriores e compensados por impostos gerados durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2001.
governança corporativa.
Conselho Fiscal
A AmBev possui um Conselho Fiscal não-permanente que revê todas as demonstrações financeiras da Companhia,
reunindo-se com executivos e auditores independentes.
82
83
- Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01
I N F O R M A Ç Õ E S PA R A O I N V E S T I D O R
A Companhia de Bebidas das Américas - AmBev, foi criada em junho de 1999, resultado da fusão de Companhia
Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica Paulista. Em setembro de 1999, a totalidade dos acionistas minoritários da
Antarctica migraram para a AmBev. Após aprovação do Cade, em março de 200, a fusão foi legalmente completada, com a
troca da totalidade das ações dos minoritários de Brahma por ações da AmBev, realizada em 15 de setembro de 2000.
N e go c i a ç ã o d a s A ç õ e s
A AmBev tem dois tipos de ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa): AMBV4 para PN e AMBV3 para
ações ON. Na New York Stock Exchange (NYSE), os ADRs são negociados com os códigos ABV (ordinárias) e ABV.c (preferenciais).
As ações ON dão direito a voto na Assembléia Geral da Acionistas, enquanto as ações PN têm preferência na
distribuição dos resultados da Companhia, De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas do Brasil, as ações preferenciais
têm direito ao pagamento de dividendos 10% superiores aos das ações ordinárias.
Comportamento das ações
A negociação com os papéis da AmBev, em 2001, refletiram a instabilidade do mercado acionário. Na Bolsa de Valores
de São Paulo, as ações preferenciais valorizaram-se 1,5% e as ordinárias recuaram 6,4%, ante uma perda de 11,02%
do Ibovespa. Já os ADRs desvalorizaram-se 21,2% (PN) e 37,1% (ON), enquanto o índice Dow Jones acumulou queda de 7,1%
e a Nasdaq, de 21,1%.
Cotação das Ações
2001
2000
Preço PN (R$/lote de mil)
489,06
481,63
Var. (%) 00/01
1,5%
Preço ON (R$/lote de mil)
431,70
461,02
-6,4%
Preço ADR PN (US$)
20,29
25,75
-21,3%
Preço ADR ON (US$)
14,00
22,25
-37,0%
(1) Valores ajustados pelo desdobramento de quatro novas ações para cada uma possuída (Outubro/2000)
R e m u n e ra ç ã o a o A c i o n i s t a
Durante o ano de 2001, a Companhia aprovou os seguintes pagamentos, aos acionistas, de juros sobre o capital
próprio e dividendos:
Data
Ações ON
(lote de 1.000 ações)
Ações PN
(lote de 1.000 ações)
Período de referência
Juros sobre o capital próprio
17 Set 01
3,3300
3,6630
1º semestre 2001
19 Fev 02
3,6200
3,9820
2º semestre 2001
19 Fev 02
1,2725
1,3998
2º semestre 2001
Dividendos
84
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Relatório Anual 2001 da AmBev