Concerto
De Inauguração
do Órgão Histórico e Restaurado
da Igreja Paroquial de Guadalupe
E Benção por Sua Excelência o
Mons. José Avelino Bettencourt,
prelado da antecâmara de sua Santidade o Papa.
Coro da Sé Catedral d’Angra
Coro de São Mateus
Coro de Nossa Senhora de Guadalupe
Fábio Mendes
António Ricardo Coste
Resenha Histórica
02- - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
O Construtor deste instrumento, Leandro José da Cunha (n.
Lx., 1743 – m. dep. 1805) descende de uma família de organeiros portugueses, oriundos do Norte de Portugal. Leandro é o Filho de João da Cunha (n. Lx., 1712 – m. Lx. 1762)
e neto de Filipe da Cunha (n. Caminha, c. 1680 – m. Lx.,
26.11.1744), todos mestres organeiros.
Esta linhagem de organeiros começou a sua actividade em
Lisboa por volta de 1700. Todos eles foram afinadores da
Capela Real de Bemposta.
No contexto dos organeiros Portugueses, constituem um exemplo interessante, não só por se terem mantido activos ao
longo de, pelos menos, três gerações, com o passar de saber oficinal que isto implica como também pelo testemunho
que nos deixaram acerca do percurso do órgão português no
séc. XVIII.
O órgão da Igreja de Guadalupe, no contexto dos 54 órgãos
que constituem o património organístico, histórico, dos
Açores, é um exemplar importante é o segundo órgão mais
antigo desse conjunto, o primeiro a ser identificado.
Características
Construtor e data de construção
Construído por Leandro José da Cunha, em 1775.
Teclado
(Partido / oitava curta)
Mão esquerda C1 (dó1) - c3 (dó3)/Mão direita c#3 (dó#3) - d5 (ré5)
Nota: Todos os registos marcados com um sinal de +, são inteiros
Produção do vento
É feita por um fole cuneiforme que insufla o vento no fole geral, que
é paralelo, de duas pregas, característica original.
03 - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Registação composta segundo o someiro.
Mão esquerda
Mão Direita
• Flautado Quinzena
• Concentrado de 5as III vozes +
• Flautado de 6 tapado +
• Quinzena
• Flautado de 12 aberto tapado + • Cornetilha
• Flautado de 6 aberto +
• Plautado de 12 aberto
Mecânica
A tracção dos registos é efectuada por sarilhos, verticais, construídos
com um misto de madeira e ferro, característica original.
Caixa
Móvel de armário com fachada composta, cujo registo que a compõe
são tubos labiais de oitava real, da mão esquerda.
Órgão de porte médio. Na decoração exterior predomina o lacado imitando o veio da madeira com o centro em talha dourada. Mede 310
cm de altura, 145 cm de largura e 67 cm de fundo.
04 - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Mestre Organeiro
Nascido nos E.U.A., em 05 de Outubro de 1959, filho de Pais Portugueses, radicou-se em S.
Miguel, nos Açores, onde fez estudos na antiga Escola Industrial, em Ponta Delgada.
Desde muito jovem, esteve sempre ligado à música, surgindo o primeiro contacto com os
órgãos de tubos, ainda com vinte anos de idade, por necessidade imperiosa de restauro no
órgão da Igreja Matriz de S. Jorge, no Nordeste, Ilha de S. Miguel, lugar que o viu crescer,
cujo restauro veio efectivamente a realizar-se em 1984.
Autodidata até este período, vai chamar, pelo seu empenho, a atenção das Autoridades Governamentais e Eclesiásticas, para a necessidade e possibilidade de um trabalho criterioso e
sério em favor dos órgãos históricos dos Açores. Assim vê surgir a oportunidade de conhecer
as técnicas principais utilizadas no restauro e construção daqueles instrumentos, trabalhando
com organeiros nacionais e estrangeiros, regressando aos Açores em 1987. Nesse mesmo
ano, monta Atelier em Ponta Delgada, dedicando-se exclusivamente ao trabalho da organaria,
efectuando o seu primeiro restauro: Órgão da Igreja Matriz da Ribeira Grande, em S. Miguel.
Depois vão-se sucedendo outros restauros em órgãos dos Açores, Madeira e Continente e até
à data realizou 34 restauros em órgãos históricos, na sua maioria de características Ibéricas,
de construção Portuguesa, da segunda metade do Século XVIII, em cuja área é especialista.
Construiu até à data quatro instrumentos, sendo o maior, o Grande Órgão da Sé Catedral de
Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira.
Tem colaborado desde 1987 com a organização de todos os concertos de Órgão, promovidos pela Direção Regional da Cultura, nos Açores, incluindo os concertos festivos, realizados
aquando da inauguração de cada instrumento restaurado. Ao todo 137 Concertos.
Além do trabalho de restauro e construtor, tem desenvolvido intensa actividade no domínio da
investigação técnica, colaborando com musicólogos e peritos nacionais e estrangeiros, no âmbito da organaria histórica portuguesa, de que é especialista.
Tendo sempre contactos com organeiros estrangeiros, nomeadamente em França, Alemanha,
EUA e Espanha, desloca-se frequentemente a outros países, afim de participar em Congressos e Colóquios, sobre a especialidade. Em alguns casos, desloca-se mesmo por interesse
pessoal, afim de conhecer mais de perto as características dos órgãos desses mesmos paises.
Em 1992, trabalhou em Espanha, com o Mestre Organeiro Gerhard Grenzing, no restauro do
órgão histórico do Palácio Real de Madrid. Ainda em Espanha, efectuou um trabalho de investigação técnica, a um número significativo de instrumentos daquele País, afim de poder estabelecer comparações entre os instrumentos dos dois Paises, o que se provou efectivamente,
defendendo de forma bem justificada, a existência da organaria portuguesa.
Em 1992, trabalhou em Espanha, com o Mestre Organeiro Gerhard Grenzing, no restauro do órgão
histórico do Palácio Real de Madrid. Ainda em Espanha, efectuou um trabalho de investigação técnica, a um número significativo de instrumentos daquele País, afim de poder estabelecer comparações entre os instrumentos dos dois Paises, o que se provou efectivamente, defendendo de forma
bem justificada, a existência da organaria portuguesa.
05 - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Foi convidado pelo Ministério da Cultura, nomeadamente pelo I.P.P.A.R. Instituto Português do
Património Arquitectónico, para efectuar um estudo técnico ao conjunto dos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra, cuja situação é única no Mundo. No Congresso Internacional
de Órgãos Históricos Portugueses realizado em Mafra, no ano de 1994, para onde foi convidado,
Dinarte Machado, apresentou duas comunicações, a primeira sobre os Órgãos dos Açores, numa
análise mais sintética e a segunda sobre o conjunto dos seis Órgãos da Basilica de Mafra. Ainda
no mesmo Congresso, Dinarte Machado, consegue demonstrar, perante todos os congressistas,
que tecnicamente existem diferenças entre os órgãos espanhóis e portugueses, a partir da segunda metade do séc. XVIII, reconhecendo-se a partir daí, a existência de um instrumento próprio de
construção portuguesa, embora a sua estrutura de base, se identifique com a tradição daquela que
designamos, organaria Ibérica.
Deslocou-se à Índia, nomeadamente a Goa, a convite da Comissão para as Comemorações dos
Descobrimentos Portugueses e do Ministério da Cultura, afim de analisar os instrumentos ali existentes, cujo trabalho foi integrado no âmbito da investigação dos fundos musicais das "Velhas
Conquistas". É membro de várias Associações Nacionais e Estrangeiras, ligadas à organaria e organística.
Junto com o organista João Vaz, em 1998, organizou o Simpósio Internacional de Órgãos Históricos
Portugueses, nos Açores. Os trabalhos mais recentes, quer de restauros, quer de construções de
novos instrumentos, realizados e em curso, contam-se com o órgão positivo da Basílica da Estrela,
realizado em 1998, órgãos da Igreja do Espírito Santo em Évora em 1999, o órgão do Salão Nobre
do Conservatório Nacional, o restauro dos dois órgãos da Capela-Mor do conjunto dos seis órgãos
de Mafra, existentes na Basílica, cujo restauro integral decorre num projecto chamado "Restauro
dos Seis Reais Órgãos de Mafra".
Em fase de construção, prosseguem os órgãos da Academia de Música de Santa Cecília em Lisboa, o Grande Órgão da Igreja de Nossa Senhora do Cabo em Linda-a- Velha, sendo este último o primeiro Grande Órgão construído em Lisboa e arredores, nos últimos 50 anos e o primeiro
Grande Órgão de construção portuguesa em quase dois séculos.
Em fase de restauro, estão três instrumentos dos Açores, o órgão da Igreja Matriz de Constância, órgão da Igreja da Misericórdia e Igreja de S. Tiago de Tavira, órgão da Igreja da Encarnação
no concelho de Mafra, Seminário de Coimbra, órgão positivo da Igreja do Carmo em Évora, Santa
Casa da Misericórdia de Aveiro, órgão do Santuário de N Srª da Conceição em Vila Viçosa e órgão
da Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo.
No inicio dos trabalhos de restauro no primeiro órgão da Capela-Mor da Basílica de Mafra, abriu
uma filial do seu Atelier em Mafra (sediada no Palácio Nacional de Mafra com carácter permanente.
Coro da Sé
Catedral de Angra
06 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
O Coro da Sé de Angra tem por missão principal a animação das
celebrações litúrgicas da Catedral. Paralelamente vem desenvolvendo uma actividade de divulgação de documentos do espólio musical
catedralício; assim, sob a direcção do seu director artístico, Duarte
Gonçalves-Rosa, em 2008, por ocasião do segundo centenário da
dedicação da Sé pelo Bispo D. José Pegado de Azevedo, interpretou
os Responsórios das Matinas da Sagração da Sé Catedral de Angra,
para solistas, coro, orquestra de cordas e órgão, compostos então
por João José Baldi, para o evento. Em 2009, realizou um concerto, nos 475 anos de Angra, Cidade e Diocese, com a Missa Solene,
dedicada ao Papa Leão XII, de D. Pedro IV, e Nunc Dimittis de Antero Ávila, para solistas, coro e orquestra clássica.
Para a celebração dos vinte e cinco anos da abertura da Sé ao culto
após o terramoto de 1980 e decorrentes derrocada e incêndio, prepara um concerto com obras de João José Baldi, Frei José Marques
e Silva, Pedro Machado de Alcântara, António José Soares, Tomás
Borba e Antero Ávila, também para solistas coro, orquestra de cordas – integralmente composta por músicos catalães –, e órgão.
Nestes eventos têm sido solistas Joana de Quinhones-Levy, soprano, Sofia Pedro, meio-soprano, João Rodrigues, tenor, e Rui Baeta,
barítono. Com este último, o coro tem levado efeito diversas formações vocais.
Desde 2008 que o coro tem duas formações: o coro litúrgico e o
coro de concertos.
Maestro
Director Liturgico
Natural de Angra, estudou piano com Maria Mourato,
tendo seguido estudos no Conservatório de Angra
sob orientação de Artur Fonseca e Alice Martins.
Licenciou-se em Direcção de Coro na Escola Superior da Catalunha, em Barcelona, onde teve como
mestres, entre outros, Lluis Vila i Casañas e Pierre
Cao (direcção coral) e Xavier Puig i Ortiz (direcção
de orquestra). É também licenciado em Estudos
Portugueses, Ciências Religiosas e Ciências da Informação e da Documentação. É doutorando da Universidade dos Açores, com a tese Tomás Borba na
História da Música Portuguesa do Século XX: Modernidade e Tolerância, sob a orientação dos Professores Rui Vieira Nery e Carlos Cordeiro.
Agente da PSP, nascido na Terceira, foi
coralista do grupo da sua freguesia natal –
Agualva.
Jorge Barbosa
Participou no Curso de Pastoral Litúrgica,
realizado em Angra, no qual foi director
musical o Cón. Ferreira dos Santos.
Integra o naipe dos baixos do coro da Sé
desde 1993, e em 2008 assumiu as funções de director do coro litúrgico. Aperfeiçoa os seus conhecimentos de direcção
com Duarte Gonçalves-Rosa.
Leccionou, no ensino secundário, Português,
Francês e Latim, durante mais de duas décadas.
Actualmente é Assessor na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo.
Integrou, como pianista, o trio e o sexteto da Academia Musical da Ilha Terceira, e foi director artístico
do Coro Tomás Borba da mesma instituição.
É autor da monografia Tomás Borba, publicada em
2008 por ocasião da inauguração da Escola Tomás
Borba, e do conto Tomás Borba – Trovador das
Gentes Novas, com ilustrações de d’Olivares, que
será publicado muito brevemente na colecção Retratos da Presidência do Governo Regional dos Açores,
Direcção Regional da Cultura.
Direcção do Coro
Pe. Hélder Fonseca – Pároco
Vasco Capaz – Presidente e chefe de naipe dos tenores
Eduardo Rocha – Vogal
Teresa Oliveira – Representante no Conselho Pastoral
Dalila Rodrigues – Arquivista
Armanda Amaral – Chefe de naipe dos sopranos
Ana Luísa Ornelas – Chefe de naipe dos contraltos
Jorge Barbosa – Chefe de naipe dos baixos e director do coro litúrgico
07 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Duarte Goncalves-Rosa
08 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Coro de São Mateus
O Coro de S. Mateus da Vila da Praia na Ilha Graciosa, foi fundado em Janeiro de 1989, a partir da junção de dois Coros Litúrgicos (S. Mateus e Fonte do Mato), com a finalidade de dinamizar e divulgar a Música Coral Polifónica.
Em 16 de Julho de 1989 fez a sua primeira apresentação ao público, na inauguração do Órgão de Tubos (restaurado) da Igreja
de S. Mateus da Vila da Praia.
Organizou e participou em várias acções de formação, ministradas por diversos profissionais da música, entre os quais se destacam: Dra. Luísa Alcobia Leal, Dr. Domingos Peixoto, Dr. Renata Rentowsca, Profª Laryssa Savchenko e presentemente pela
professora de Canto da Escola de Música da Graciosa - Helena
Juravskaia.
O seu repertório é constituído por temas de Música Litúrgica, Sacra, Folclore Regional, Nacional, Espirituais Negros, temas de
Natal e Coros de Óperas.
Participou durante vários anos nas Cantatas de Natal promovidas pela Direcção Regional da Cultura. Participa anualmente na
Audição Coral promovida pela Academia Musical da Ilha Graciosa
e mantém com regularidade o seu trabalho de índole litúrgica na
paróquia de São Mateus. Para além destas actividades, organiza
vários concertos onde actua “à capela” ou com acompanhamento
instrumental.
Deslocou-se em 1994 à ilha do Pico; em 1996 à Ilha Terceira,
para participar no IX Encontro de Coros daquela ilha; em 1998
e 1999 à ilha de São Jorge, no último caso para participar nas
comemorações
dos 500 anos da
Em
1999
graVila de Velas; em
2000 participou
vou com mais 8 ções do 17º annas comemoraiversário do Grupo coros um CD (...) Coral da Horta
na ilha do Faial;
em 2002 realizou um concerto na Cidade de Peniche, integrado nas comemorações do 25º aniversário do Coral Stella Maris daquela cidade do
continente português; em 2003 visitou a cidade de Vila Franca de
Xira, onde actuou, a convite do Coro Notas Soltas; em 2005 visitou a cidade de Gouveia a convite do Coro local.
Em 2008 deslocou-se à cidade da Praia da Vitória para participar no 15º aniversário do Orfeão local, realizado no Auditório do
Ramo Grande. Nesta mesma data participou na Eucaristia Dominical na Sé Catedral de Angra do Heroísmo.
Em 1999 gravou com mais 8 coros açorianos um CD intitulado
“Os melhores Coros amadores da Região dos Açores”.
O coro de São Mateus tem como Maestro José Gabriel Martins.
09 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
A seu convite passaram na ilha Graciosa o Coro de Lisboa da
Rádio Renascença, em 1993; Orfeão da Praia da Vitória em 1996,
Grupo Coral da Horta em 1997 e Coro da Sé Catedral de Angra
do Heroísmo em 2010 – tendo sido realizados concertos em conjunto.
10 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Coro de Nossa
Senhora de Guadalupe
O Coro de Nossa Senhora de Guadalupe é um grupo essencialmente litúrgico que a partir de agora pretende impor regularidade
no seu trabalho de preparação. Com esta regularidade, e através
de uma orientação técnica adequada, pretende alcançar um grau
de desenvolvimento que o possa vir a colocar ao mesmo nível dos
seus congéneres graciosenses.
Presentemente centra a
sua actividade na preparação técnica das vozes
e na constituição de um
novo repertório litúrgico
e profano. Conta neste
momento com 20 elementos e é dirigido pelo
maestro José Gabriel
Martins.
Em Janeiro de 2008
frequentou na Graciosa,
por iniciativa da Direcção
Regional da Cultura, o
curso de Direcção Coral
ministrado pelo Maestro
Filipe Carvalheiro.
Maestro
José Gabriel Martins
Natural de São Mateus da Vila da Praia da Ilha Graciosa.
Frequentou o Conservatório Regional de Angra do
Heroísmo nas Classes de Formação Musical, Piano,
Violino e Canto, sob a orientação do Profº Luís Soares,
Profª Alice Borba, Profº Artur Fonseca e Dra.Luisa Alcobia Leal, respectivamente. Mais tarde frequentou a
Escola de Música da Academia Musical da Ilha Graciosa onde concluiu a disciplina de Canto na classe da
Prof. Olena Juravskaia.
Leccionou a disciplina de Educação Musical na Escola
Preparatória de Angra do Heroísmo e Santa Cruz da
Graciosa.
Fundou em 21 de Abril a Academia Musical da ilha
Graciosa e foi o primeiro professor da sua escola de
música.
Desde a data da sua fundação, desempenha as funções de presidente da Direcção.
É sócio fundador da associação Coro de São Mateis e
Coro de Nossa Senhora de Guadalupe desde 2005.
Em Janeiro de 2008 frequentou na Graciosa, por iniciativa da Direcção Regional da Cultura, o Curso de
Direcção Coral ministrado pelo Maestro Filipe Carvalheiro
Fábio Mendes
António Toste
Natural da ilha Graciosa (1981), é Licenciado em
Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade dos Açores (2004) e em Piano pela Universidade de Évora (2008). Iniciou os estudos de
piano na Academia Musical da Ilha Graciosa na
classe de Nizalda Barcelos. Prosseguiu estudos
no Conservatório de Ponta Delgada na classe de
Natalya Atamas. Na Universidade de Évora trabalhou com Elizabeth Allen, Cristopher Bochmann,
Liliana Bizineche, João Vaz, entre outros. Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento com
pianistas de renome como Sequeira Costa, Filipe
Pinto-Ribeiro, Elgar Nebolsin, Luís Pipa e Paulo
Pacheco. Participou na edição de 2006 do Concurso Galego-Português de Piano e no I Concurso Internacional de Música de Câmara Cidade
de Alcobaça em 2009.
Nascido em 1986, na ilha Terceira, Açores,
iniciou os seus estudos em órgão com o
Professor António Duarte. Em 2006 ingressa na Universidade de Aveiro no curso
de Licenciatura em Música sob orientação
de Domingos Peixoto e Edite Rocha. Frequentou master-classes de órgão com Louis
Robilliard e Edite Rocha na Universidade
de Aveiro, e com Monteserrat Torrent, em
Palência, em 2009.
Gravou várias vezes para a RTP-Açores e RDP
Antena 2. Apresenta-se regularmente em recitais de música de câmara dedicando especial
atenção ao repertório para canto e piano. Neste
contexto, já integrou várias Temporadas Musicais
da Direcção Regional da Cultura (Açores) e da
Câmara Municipal da Graciosa. Paralelamente,
frequentou durante 4 anos o curso livre de órgão
da Academia Musical da Ilha Graciosa na classe
de António Duarte. Nesta área frequentou vários
cursos de aperfeiçoamento com Jose Luiz Uriol e
Carlo Stella. Foi organista titular do grande órgão
histórico de São José (Ponta Delgada) e organista na Matriz de São Sebastião (Ponta Delgada).
É organista da Matriz de São Mateus (Graciosa)
desde 1997 e colabora com o Coro de Nossa
Senhora de Guadalupe desde 2005. Actualmente
prepara a dissertação de Mestrado na Universidade de Évora – Piano – onde é orientado por
Pedro Burmester e Vanda de Sá. Lecciona Piano
no Conservatório Regional do Alto Alentejo.
É organista da Sé Catedral de Angra do
Heroísmo desde Dezembro de 1999. Realizou concertos em Aveiro, na Temporada
de órgão do Ciclo Buxtehude em 2007,
Momentos Musicais do Museu de Aveiro,
e Festival Internacional de Órgão de Lisboa em 2006 e 2007, na Igreja Evangélica
Alemã. Participou num dos concertos que
englobaram a obra integral de Olivier Messiaen realizado na Sé Catedral de Lisboa. Tocou com o Orquestra Filarmonia das Beiras
obras como Paixão Segundo S. Mateus de
J. S. Bach, Oratória de Natal e de Páscoa
também do mesmo compositor.
É licenciado em órgão pela Universidade de
Aveiro, onde frequenta, actualmente, o Mestrado em Formação Musical para o Ensino
Vocacional. Lecciona no Consérvatório de
Música de Águeda.
11 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Organistas
12 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Programa Musical
Solos
Coro da Sé de Angra
Missa Solene, dedicada ao Papa Leão XII - D. Pedro IV
Kyrie Eleyson
Crucifixus
Agnus Dei
Coro de Sâo Mateus
Acolhe Virgem piedosa ………………………… M. Carneira
Signore delle cime ……………………… Giuseppe de Marzi
Ave Vérum Corpus ………………………...….. W.A. Mozart
Tutti
Coro da Sé Catedral d’Angra
Coro de Nossa Senhora de Guadalupe
Coro São Mateus
Desde toda a eternidade ………………….……. M. Carneiro
Nossa Senhora da paz ………………………. … M. Carneiro
Ave, Rainha dos céus …………….……………. M. Carneiro
Ritual da Benção
Discursos
13 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
MONIÇÃO:
Irmãos caríssimos: Aqui nos reunimos para a bênção do novo órgão,
que vai contribuir para que a celebração da divina liturgia seja mais
bela e mais solene. Tendo a arte musical, usada nas celebrações
litúrgicas, como principal fim a glorificação de Deus e a santificação dos homens, o som do órgão converte-se num sinal eminente do
cântico novo que devemos cantar a Deus. De facto, cantamos verdadeiramente um cântico novo quando vivemos dignamente, quando
aderimos à vontade de Deus com alegria e entusiasmo, quando cumprimos o mandamento novo, amando-nos uns aos outros.
ORAÇÃO DOS FIÉIS:
Com grande alegria, irmãos caríssimos, glorifiquemos a Deus todopoderoso, pelos inumeráveis dons que a sua bondade nos concedeu
e, como nos exorta o Apóstolo, dêmos graças ao Senhor, cantando os
seus louvores com o nosso coração e a nossa voz dizendo:
R/: Glória a Vós, Senhor.
Pai Santo, rei do céu e da terra, fonte de toda a perfeição e constante
inspirador de toda a harmonia, nós Vos louvamos pela vossa imensa
glória. R.
Senhor Jesus Cristo, esplendor da glória do Pai, que, assumindo a
condição humana, viestes ao encontro dos homens, para tirar o pecado do mundo e conceder a vossa graça aos irmãos redimidos, nós
Vos glorificamos pela vossa grande misericórdia. R.
Espírito Santo Paráclito, que habitais no coração dos homens
e os edificais para formarem um só corpo, nós Vos bendizemos pela vossa invisível presença na Igreja. R.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, princípio e fim de
todas as coisas, a quem o céu e a terra cantam um cântico
novo, nós Vos Adoramos pela Vossa infinita santidade. R.
14 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
ORAÇÃO DA BÊNÇÃO:
Senhor Deus, beleza sempre antiga e sempre nova,
que governais o mundo com a vossa sabedoria
e o adornais com a vossa bondade:
Os coros dos Anjos Vos louvam,
sempre obedientes à vossa vontade;
todos os astros do firmamento Vos cantam,
observando, em contínuo movimento,
as leis por Vós estabelecidas;
todos os redimidos, numa só voz,
proclamam que Vós sois santo
e, com o seu coração, os seus lábios e a sua vida,
exultam de alegria e vos aclamam.
Também nós, vosso povo santo,
alegremente reunidos neste templo,
queremos unir as nossas vozes
a harmonia universal da criação;
e, para que o nosso hino de louvor
se eleve mais dignamente à presença da vossa majestade,
nós Vos apresentamos este órgão;
dignai-Vos abençoá-lo,
para que, animados pela sua eminente sonoridade,
cantemos harmoniosamente os louvores e as preces
da Igreja em oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus Convosco na
unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
Prelúdio sobre o Coral “Jesu, meine Freude” de Johann Crueger
(1653)- 1ª audição em Portugal----------- Carlo Stella ( 1951)
15 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Incensação do Órgão, enquanto se faz ouvir pela primeira vez.
Invocações
Órgão, instrumento sagrado,
celebra Jesus Nosso Senhor,
morto e ressuscitado por nós.
- Meio Registo de Mão direita de 1º tom - Andrés de Sola (16341696)
“
“
Órgão, instrumento sagrado,
canta o Espírito Santo que anima as nossas vidas
do espírito de Deus.
- Espanholeta - Anónimo (Séc. XVII)
Órgão, instrumento sagrado,
eleva os nossos cantos e as nossas súplicas
a Maria, Mãe de Jesus.
- Entrada para Te Deum - José Elias (c. 1678-c. 1750)
“
16 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
“
“
“
“
“
“
“
Desperta, órgão, Instrumento sagrado,
entoa o louvor de Deus
nosso Criador e nosso Pai.
- Grand plein jeu (Suite do 1º tom) - L.N. Clerambault (1676-1749)
Órgão, instrumento sagrado,
faz entrar a assembleia dos fiéis
na acção de graças de Cristo.
- Meio Registo de 2º tom accidental - Fr. Diego da Conceição
(Séc. XVI e XVII)
“
“
“
“
Órgão, instrumento sacro,
leva o conforto da fé
a todos os que vivem na dor e no sofrimento.
- Obra de 1º Tono - Pedro de Araújo (Séc. XVI e XVII)
“
“
Órgão, instrumento sagrado,
proclama
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo!
- Tiento lleno 2ºtono - Anónimo (Séc. XVI e XVII)
BENÇÃO FINAL
“
O Senhor, digno de todo o louvor, Vos conceda
que, cantando na terra a sua glória
com o coração, os lábios e a vida,
possais um dia cantar eternamente
o cântico novo do céu.
- Sonata em dó maior - Carlos Seixas
17 - - Concerto Nossa Senhora do Guadalupe
Órgão, instrumento sagrado,
anima a oração dos cristãos.
- Lo Ballo dell Intorcia - António Valente (Séc. XVI e XVII)
“
«Tenha-se em grande apreço na Igreja latina o órgão de tubos, instrumento
musical tradicional e cujo som é capaz de dar às cerimónias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito para Deus». (SC
120)
«Os compositores possuídos do espírito cristão compreendam que são
chamados a cultivar a música sacra e a aumentar-lhe o património.
Que as suas composições se apresentem com as características da verdadeira música sacra, possam ser cantadas não só pelos grandes coros, mas se
adaptem também aos pequenos e favoreçam uma activa participação de toda
a assembleia dos fiéis.
Os textos destinados ao canto sacro devem estar de acordo com a doutrina
católica e inspirar-se sobretudo na Sagrada Escritura e nas fontes litúrgicas». (SC 121)
FICHA TÉCNICA
Promotor: Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe | Coordenação: Pe. Dinis Sillveira
Design Gráfico: Ilhéu da Baleia | www.ilheudabaleia.com | Julho de 2010
Download

De Inauguração do Órgão Histórico e Restaurado