UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – Núcleo de Medicina Tropical – EMENTA FMD 372943
DISCIPLINA VIGILÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA
VERSÃO 1.0
ELABORADA POR
Prof.Vítor Laerte Pinto Junior
DATA DE
IMPLEMENTAÇÃO
JUNHO/2011
REVISADA POR
Prof. Gustavo
Romero
Data 07/03/2012
EMENTA CÓDIGO
FMD 372943
NÚMERO DE
PÁGINAS
5
DISCIPLINA DA
ÁREA DE
CONCENTRAÇÃO
EM EPIDEMIOLOGIA
Disciplina: Vigilância em saúde pública
Créditos: 02
Carga horária: 30 horas
Responsável: Vítor Laerte Pinto Junior
Código: 372943
Professores: Vítor Laerte Pinto Junior, Pedro Luiz Tauil, Gerson Oliveira
Penna e José Cerbino Neto
EMENTA:
A disciplina está orientada à compreensão da noção de vigilância em Saúde
pública como prática estratégica de estado, dos sistemas de vigilância de
âmbito local, regional, estadual e federal, dos principais Sistemas de
Informação em Saúde relevantes à gestão de sistemas locais de saúde. Para
consecução desses propósitos contemplam-se como passos necessários: (1) a
compreensão das principais áreas de vigilância (vigilância epidemiológica,
vigilância sanitária, vigilância ambiental, vigilância da saúde do trabalhador
etc); (2) a compreensão sobre as diversas formas de vigilância: tradicionaluniversal, ativa (incluindo as estratégias “sentinela”) e vigilância de segunda
geração; (3) a compreensão da vigilância como ferramenta para a análise da
situação de saúde de coletivos populacionais; (4) a compreensão da vigilância
como ferramenta para a avaliação epidemiológica de intervenções; (5) a
discussão
a
respeito
da
interface
vigilância-pesquisa
(operacional
e
acadêmica); (6)a discussão quanto ao uso das informações geradas pelos
sistemas de vigilância no processo de definição de prioridades e intervenções
em saúde.
Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Núcleo de Medicina Tropical,
Universidade de Brasília, CP 04517. Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte,
Brasília, DF. Brasil. CEP 70904-970. Fone: +55-61-3107-1857;
email: [email protected]
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OBJETIVOS:
Familiarizar os alunos com os usos e as aplicações da Epidemiologia para a
gestão da saúde pública com ênfase na coleta, organização, análise,
interpretação, utilização e divulgação de dados gerados pelos sistemas de
vigilância e outros sistemas de informação em saúde e informações científicas
(literatura disponível) para subsidiar o processo de identificação de problemas
e prioridades em saúde, na identificação de necessidades de investigação, no
planejamento, monitoramento e avaliação das intervenções.
COMPETÊNCIAS:
1.Conhecer e compreender as principais aplicações da epidemiologia no
âmbito dos serviços de saúde com ênfase na vigilância em saúde pública e
análise da situação de saúde;
2.Conceituar a Vigilância em Saúde Pública e conhecer sua evolução;
3.Conhecer os objetivos e componentes da vigilância;
4.Conhecer os critérios para desenvolvimento de sistemas de vigilância;
5.Conhecer as estratégias/tipos de vigilância;
6.Descrever as fontes de dados que podem ser utilizadas para a Vigilância em
Saúde Pública;
7.Conhecer os eventos de saúde sob vigilância no Brasil e as atribuições das
áreas de vigilância (epidemiológica, ambiental, sanitária etc.)
8.Descrever o fluxo de informações em saúde (SINAN, SIM,SINASC, SIH etc.);
9.Compreender a importância do preenchimento correto da declaração de óbito
da ficha de notificação de doenças/agravos à saúde para os sistemas de
informação em saúde e nas atividades de Vigilância em Saúde Pública;
10.Compreender a interface entre vigilância epidemiológica, ambiental e
sanitária;
11.Realizar avaliação de sistemas de Vigilância em Saúde;
12.Conhecer os principais usos de dados gerados pelos sistemas de vigilância
em saúde;
13.Diferenciar epidemia e endemia.
13.Conhecer as etapas da investigação de surtos;
14.Utilizar dados da vigilância para o diagnóstico de saúde, identificar
problemas potenciais em saúde pública, monitorar e avaliar intervenções;
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Universidade de Brasília, CP 04517. Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte,
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15.Adquirir habilidades para a comunicação efetiva das informações geradas
pelos sistemas de vigilância e nas investigações de surtos;
16.Compreender a interface entre a vigilância e pesquisa;
17.Conhecer o Regulamento Sanitário Internacional e as emergências de
saúde pública;
METODOLOGIA:
A disciplina será ministrada por meio de metodologias ativas, na qual o aluno é
o centro do processo de ensino/aprendizado e o professor atua como
facilitador. Toda a literatura básica será fornecida previamente pelo professor,
entretanto a busca ativa de conhecimentos pelo aluno será fortemente
estimulada com o objetivo de enriquecer as discussões.
Recursos didáticos:
Aulas expositivas de caráter introdutório;
Pequenos grupos com uma só tarefa;
Painel integrado;
Diálogos sucessivos
Seminários: a turma será dividida em cinco grupos para elaboração de
seminário. A apresentação e o conteúdo do seminário serão alvos de
avaliação. Os temas a serem discutidos serão:
1.Técnicas de acompanhamento do processo epidemiológico (diagrama de
controle etc.)
2.Definição e evolução do conceitos da Vigilância em Saúde
3.Integração da atenção básica com a Vigilância em Saúde
4.Vigilância de segunda geração
5.Emergências de saúde pública e Rede Cievs.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será composta pelos seguintes componentes:
1. Avaliação atitudinal (presença, pontualidade, interesse pelo aprendizado,
apresentação de artigos e participação nos exercícios e nas atividades
didáticas)
2,0
2. Seminário
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3,0
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3. Avaliação Final
5,0
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. Pereira MG. Epidemiologia: Teoria e Prática. Ed. Guanabara Koogan 3ª
reimpressão, Rio de Janeiro, 2000.
2.Naomar, AF. Epidemiologia e Saúde: fundamentos, métodos e aplicações.
Ed. Guanabara, Rio de Janeiro, 2011.
3.Medronho RA. Epidemiologia. Ed. Atheneu 2ª edição, São Paulo, 2008. Pp
73-89.
4.Merchán-Hamann E. Reflexões sobre a vigilância epidemiológica: mais além
da notificação compulsória. Informe Epidemiológico do SUS 9(3):211-219,
2000.
5.Laguardia J, Domingues CMA, Carvalho C, Lauerman CR, Macário E.
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN): desafios no
desenvolvimento de um sistema de informação em saúde. Epidemiologia e
Serviços de Saúde 2004; 13(3):135-147.
6.Waldman EA. Vigilância em saúde – volume 7 da coleção Saúde e
Cidadania, Instituto para o desenvolvimento da saúde – IDS, Núcleo de
Assistência Médico Hospitalar – USP e Banco Itaú, São Paulo, 1998.
7.Brasil; Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica, 2009. Brasília,
DF.
8.Minayo MCS, Wagner, G. Tratado de Saúde Coletiva. Ed Hucitec 2ª. Edição.
São Paulo, 2009.
CONTEÚDO:
Tema
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Áreas da vigilância
(epidemiológica, sanitária, ambiental etc.). Formas de execução da VS:
vigilância tradicional, universal, ativa (sentinela) e de segunda geração.
Divisão de grupos para o seminário
Histórico e definições. A vigilância como prática estratégica de estado;
objetivos e componentes e integração com a atenção básica.
Distribuição temporal regular e irregular dos agravos. Endemia e Epidemia.
Surtos epidêmicos. Diagrama de controle e detecção precoce de epidemias;
investigação de surtos.
Avaliação de Sistemas de Vigilância Epidemiológica e a Vigilância como
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ferramenta para avaliação de serviços e políticas de saúde.
Sistemas de Informação II - Notificação de óbitos e o SIM. Preenchimento da
declaração de óbito; fontes de dados de morbidade. SINASC. SIH-SUS e SIASUS. Dados hospitalares
Especificidades da vigilância em saúde ambiental no Brasil e Saúde do
Trabalhador.
Sistemas de Informação I- SINAN Doenças e eventos de notificação
compulsória. Preenchimento de fichas de notificação. Utilização do
Tabwin/Tabnet
Monitoramento de populações-alvo e estudos epidemiológicos do tipo
inquérito. Sistemas sentinela
Especificidades da vigilância sanitária no Brasil. Vigilância de alimentos,
medicamentos e serviços (inclui assistência e diagnóstico). Sangue e
hemoderivados, tecidos e transplantes. Saúde do Viajante. Vigilância nos
portos aeroportos e fronteiras.
Vigilância das infecções hospitalares.
Emergências de Saúde Pública. Regulamento Sanitário Internacional. Rede
CIEVS.
Análise da Situação de Saúde
Comunicação da informação. Estratégias de comunicação. Comunicação em
surtos epidêmicos.
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