RETRANCA
Comerciantes e pedestres opinam sobre o problema
Proprietário de uma loja de materiais agropecuários na avenida Maranhão, o comerciante
Mário Ribeiro de Moura Júnior diz que a Prefeitura de Minaçu fiscaliza, com alguma
freqüência, a quantidade e a disposição das mercadorias que ele expõe na calçada defronte
sua loja, para atrair a freguesia. “Eles (os fiscais) passam aqui a cada dois meses, anotam o
que está errado e pedem para recolher (os produtos). Aí, a gente mede para não invadir a
calçada. Às vezes, a mercadoria atrapalha o espaço dentro da loja e colocamos do lado de
fora, porque muita gente vê e diz para um amigo ou conhecido que viu aqui o que queria
comprar”, explica Moura Júnior.
Já Amós Marques, que é gerente de uma loja de eletrodomésticos, garante estar dentro da
lei. Ele adotou uma medida simples e prática para que a exposição de seus produtos não
ultrapasse o espaço de um metro na calçada, permitido pela regulamentação municipal:
mandou pintar, no passeio público, uma faixa contínua, com o objetivo de não invadir os
dois metros de calçada destinados ao pedestre. “Os prédios comerciais de Minaçu são
muitos pequenos. Se não houvesse a lei que nos autoriza a fazer isso, eu colocaria a
mercadoria toda dentro da loja”, detalha Amós.
O eletricista Joaquim dos Reis da Silva, 43 anos, morador na Vila de Furnas, discorda da lei
municipal e dos comerciantes entrevistados, de forma taxativa. “A calçada foi feita para
pedestres e não para exibir mercadorias”, comenta. Fora isso, Joaquim entende que as
pessoas portadoras de deficiência física sofrem para se locomover nas ruas centrais de
Minaçu.
A opinião do eletricista é compartilhada por Gdivan Pereira da Silva, de 48 anos, que mora
no Centro. Gdivan criticou a duplicação da avenida Maranhão, dizendo que as obras
prejudicaram o fluxo dos pedestres. “Estão péssimas as nossas calçadas. As pessoas têm
que desviar de várias coisas e isso é ruim, porque a avenida agora ficou estreita. Há o perigo
de alguém ser atropelado, principalmente à noite, quando a sorveteria toma metade da rua”,
protesta.
(Euclides Oliveira – Minaçu)
Legendas
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“Estou dentro da lei”, diz Amós
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Joaquim da Silva criticou exposição de mercadorias
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Gdivan acha péssimas as calçadas de Minaçu
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