UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,
ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CATIA DENISE MATTE CIOTTI
ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA
LOJA MULTIMARCAS
IJUÍ (RS)
2012
1
CATIA DENISE MATTE CIOTTI
ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA
LOJA MULTIMARCAS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao DACEC da UNIJUI, como
requisito para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis .
Profª. Orientadora: Euselia Paveglio Vieira
IJUÍ (RS)
2012
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida;
Aos meus pais, que me proporcionaram a vida
em família com muito carinho, amor, compreensão,
apoio e ajuda que sempre me deram para
que conseguisse realizar meus objetivos;
A minha irmã, pelo grande amor,
apoio e compreensão;
Ao meu namorado, pelo amor e carinho, e
por estar sempre ao meu lado me apoiando;
Aos professores que contribuíram de forma
relevante para a minha formação,
em especial a Professora Eusélia Vieira
pelo acompanhamento e orientação
deste trabalho de conclusão;
A todos os meus amigos e amigas, pelo
companheirismo e verdadeira amizade.
Enfim, a todos, que de um
modo ou de outro, contribuíram
para a concretização do curso.
Muito obrigada a Todos!
3
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS ................................................................................................. 5
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 7
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO .................................................................. 9
1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada ................................................................ 9
1.1.2 Caracterização da Organização ......................................................................... 9
1.1.3 Problematização do Tema................................................................................ 10
1.1.4 Objetivos .......................................................................................................... 11
1.1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 11
1.1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 11
1.1.5 Justificativa ....................................................................................................... 12
1.1.6 Metodologia do Trabalho .................................................................................. 13
1.1.6.1 Classificação da Pesquisa............................................................................. 13
1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados............................................................................. 15
1.1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ................................................ 17
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA .................................................................................. 18
2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL ......................................................................... 18
2.1.1 A Diferença entre a Contabilidade Gerencial e a Financeira ............................ 18
2.1.2 Funções da Contabilidade Gerencial ............................................................... 19
2.1.3 Áreas da Contabilidade Gerencial .................................................................... 20
2.1.4 O Papel do Contador Gerencial ....................................................................... 21
2.2 PLANO DE NEGÓCIOS...................................................................................... 22
2.2.1 Conceitos ......................................................................................................... 22
2.2.2 Razões para a Elaboração de um Plano de Negócios ..................................... 22
2.2.3 A quem se destina o Plano de Negócios .......................................................... 23
2.2.4 Tipos e Tamanhos sugeridos de Plano de Negócios ....................................... 24
2.2.5.1 Sumário Executivo ........................................................................................ 26
2.2.5.2 Descrição da Empresa .................................................................................. 27
2.2.5.3 Plano de Marketing........................................................................................ 27
2.2.5.4 Plano Financeiro ........................................................................................... 28
2.3 ATIVIDADE COMERCIAL .................................................................................. 29
2.3.1 Empresa Comercial: características ................................................................. 29
2.3.2 Composição dos Custos de Aquisição ............................................................. 29
2.3.3 Despesas Mensais ........................................................................................... 30
2.3.4 Formação de Preços de Vendas ...................................................................... 31
2.3.4.1 Formação do Preço de Venda utilizando o Mark-up ..................................... 32
2.4 INDICADORES DE ANÁLISE DE MERCADO ................................................... 34
2.4.1 Margem de Contribuição .................................................................................. 34
2.4.2 Ponto de Equilíbrio ........................................................................................... 36
2.4.3 Margem de Segurança ..................................................................................... 38
2.5 PROJEÇÕES E ORÇAMENTOS ........................................................................ 39
2.5.1 Classificação dos orçamentos .......................................................................... 40
4
2.5.2 Orçamento de Vendas...................................................................................... 40
2.5.3 Estratégias de Marketing .................................................................................. 42
2.6 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ............................................... 43
2.6.1 Tempo de retorno de investimentos – Payback ............................................... 43
2.6.2 Valor presente líquido (VPL) ............................................................................ 44
2.6.3 Taxa interna de retorno (TIR) ........................................................................... 44
2.6.4 Índice de rotatividade do estoque ..................................................................... 45
2.7 FLUXO DE CAIXA .............................................................................................. 46
2.7.1 A Estrutura do Fluxo de Caixa .......................................................................... 47
2.7.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa .......................................................... 48
3 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE
UMA LOJA MULTIMARCAS .................................................................................... 50
3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRINCIPAL DA EMPRESA A SER
IMPLANTADA........................................................................................................... 50
3.1.1 Estrutura Organizacional e Legal ..................................................................... 51
3.1.2 Estruturação Funcional, Diretoria, Gerencia e Equipe ..................................... 51
3.2 DESENVOLVIMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO, MARKETING,
FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO ........................................................................ 52
3.2.1 Análise da Atratividade do Negócio .................................................................. 53
3.2.2 Análise do Mercado (Produtos/Serviços, Concorrência, Clientes e
Fornecedores) ........................................................................................................... 54
3.2.2.1 Estratégias de Marketing ............................................................................... 56
3.2.3 Análise de Oportunidades e Riscos ................................................................. 57
3.2.4 Características dos Consumidores x Forma de Venda .................................... 58
3.3 INVESTIMENTO INICIAL .................................................................................... 59
3.4 DESPESAS MENSAIS........................................................................................ 65
3.5 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO ...................................... 69
3.5.1 Métodos de formação de preço de venda das mercadorias ............................. 69
3.6 APURAÇÃO DOS INDICADORES DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO, PONTO
DE EQUILÍBRIO, MARGEM DE SEGURANÇA E CUSTO DAS MERCADORIAS
VENDIDAS. ............................................................................................................... 76
3.6.1 Métodos de análise de investimentos; payback, valor presente líquido, taxa
interna de retorno ...................................................................................................... 83
3.6.1.1 Valor Presente Líquido .................................................................................. 83
3.6.1.2 Taxa Interna de Retorno................................................................................ 84
3.6.1.3 Payback......................................................................................................... 85
3.6.2 Índice de Rotatividade do Estoque ................................................................... 87
3.7 PROJEÇÃO DO RESULTADO ........................................................................... 88
3.7.1 Construção de Cenários ................................................................................... 89
3.7.2 Projeção do Fluxo de Caixa ............................................................................. 91
3.7.3 Projeção do Balanço Patrimonial ..................................................................... 94
3.8 INDICADORES FINANCEIROS .......................................................................... 95
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 99
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 102
5
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial ................................ 19
Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios ......................................................... 25
Quadro 3: Cadastro de Fornecedores ....................................................................... 56
Quadro 4: Matriz FOFA ............................................................................................. 58
Quadro 5: Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais ........................................ 59
Quadro 6: Estimativa de Investimento Fixo ............................................................... 60
Quadro 7: Custo do Estoque Inicial ........................................................................... 61
Quadro 8: Políticas de Vendas/Compras/Estoques .................................................. 62
Quadro 9: Estimativa de Investimento Inicial............................................................. 63
Quadro 10: Estimativa de Capital de Giro ................................................................. 64
Quadro 11: Estimativa do Custo com Pessoal: Salários e Encargos ........................ 65
Quadro 12: Estimativa do Custo com Depreciação ................................................... 66
Quadro 13: Resumo das Despesas Mensais ............................................................ 67
Quadro 14: Custo de Comercialização ...................................................................... 68
Quadro 15: Formação do Mark-up com Margem de Lucro ....................................... 70
Quadro 16: Formação do Mark-up sem Margem de Lucro ....................................... 71
Quadro 17: Formação do Preço de Venda ................................................................ 72
Quadro 18: Estimativa de Venda em Unidades e Faturamento com Vendas Mensal
.................................................................................................................................. 74
Quadro 19: Apuração do Custo das Mercadorias Vendidas – CMV.......................... 77
Quadro 20: Margem de Contribuição com o Preço de Venda Orientativo ................. 78
Quadro 21: Margem de Contribuição com Preço de Venda Mínimo ......................... 80
Quadro 22: Ponto de Equilíbrio com Preço de Venda Orientativo............................. 81
Quadro 23: Margem de Segurança Operacional com Preço de Venda Orientativo .. 82
Quadro 24: Valor Presente Líquido ........................................................................... 84
6
Quadro 25: Taxa Interna de Retorno ......................................................................... 85
Quadro 26: Payback Simples .................................................................................... 86
Quadro 27: Payback Descontado.............................................................................. 86
Quadro 28: Giro dos Estoques .................................................................................. 87
Quadro 29: Giro dos Estoques em dias .................................................................... 87
Quadro 30: Demonstração do Resultado do Exercício ............................................. 88
Quadro 31: Construção de Cenários ......................................................................... 90
Quadro 32: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Otimista ..................................... 92
Quadro 33: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Pessimista ................................. 93
Quadro 34: Projeção do Balanço Patrimonial............................................................ 94
Quadro 35: Lucratividade .......................................................................................... 96
Quadro 36: Rentabilidade ......................................................................................... 96
Quadro 37: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Otimista........................... 97
Quadro 38: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Pessimista ...................... 97
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Organograma Empresarial ......................................................................... 52
Figura 2: Logamarca da empresa ............................................................................. 57
Figura 3: Custo das Mercadorias/ estoques .............................................................. 62
Figura 4: Estimativa de Investimento Total ............................................................... 64
Figura 5: Estimativa das Despesas Fixas Operacionais Mensais ............................. 68
Figura 6: Participação no Faturamento Mensal ......................................................... 75
8
1 INTRODUÇÃO
A Contabilidade Gerencial tem como principal finalidade ser um instrumento
de gestão, utilizando a contabilidade como um auxilio para a administração. O seu
objetivo é a utilização da informação Contábil, para permitir a tomada de decisões no
enfoque do planejamento, da gestão e do controle.
A Contabilidade Gerencial é de suma importância nas empresas nos dias de
hoje, onde a competitividade vem aumentando dia a dia, pois as informações
gerenciais Contábeis são o início de uma tomada de decisões para o gerenciamento
de uma empresa, que junto com os sistemas gerenciais Contábeis podem auxiliar os
gerentes,
funcionários,
proprietários,
a
obterem
uma
maior
organização,
aperfeiçoando os processos e desempenho de suas empresas.
O Plano de negócio é um instrumento de gestão, que deve ser usado sempre
por quem deseja se transformar em um empreendedor de sucesso, pois é um
documento que vai auxiliar a construir os objetivos, estabelecer diretrizes, gerenciar
de forma mais eficaz, facilitando a identificação de oportunidades para seu
diferencial no mercado, diminuindo os riscos e incertezas para o seu negócio.
O presente Trabalho de Conclusão de Curso teve como finalidade elaborar e
estruturar um plano de negócios para que se possa analisar a viabilidade da
implantação de uma Loja Multimarcas. Assim, auxilia na evidenciação das
oportunidades, e das possíveis dificuldades que podem ser encontradas pela
empresa.
Inicialmente o estudo apresenta a sua contextualização, onde foi definida a
empresa para qual foi realizado o plano de negócio, com sua caracterização, o tema
desenvolvido, o objetivo que tem por finalidade prever antecipadamente as situações
da viabilidade de instalação, seguido da justificativa, e da metodologia do trabalho
utilizado durante a sua realização.
Em seguida, consta a revisão bibliográfica, baseada em pesquisas de livros,
artigos e sites da internet, que define e conceituam por meio do conhecimento de
diversos autores, informações sobre os assuntos necessários para a realização do
estudo.
Posteriormente, o relatório apresenta o desenvolvimento do plano de
negócios, o seu estudo aplicado, contendo a descrição das atividades e estrutura da
9
empresa, bem como estratégias de marketing e formas de comercialização, também
foi realizado um estudo mais prático, onde por meio de cálculos e planilhas foi
analisada a viabilidade de implantação da empresa. Para finalizar, o estudo
apresenta sua conclusão seguida da bibliografia consultada na sua realização.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
Neste capítulo inicial, apresenta-se o tema estudado, que se refere à
elaboração de um plano de negócios para a implantação de uma Loja Multimarcas,
tendo como sua área de conhecimento, a contabilidade gerencial, seguido da
problemática do estudo, dos objetivos, da justificativa e da metodologia utilizada no
desenvolvimento do estudo.
1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada
A contabilidade possui diversos campos de atuação profissional, sendo uma
delas a contabilidade gerencial, onde se estuda indicadores para o gerenciamento
de negócios, facilitando o seu planejamento, controle, avaliação e tomada de
decisão.
Neste sentido, o desenvolvimento de um plano de negócios, antevê um
estudo que contempla diversas áreas como vendas, marketing e financeira, as quais
preveem situações da implantação do negócio.
Sendo assim, o estudo tem como tema o desenvolvimento de um plano de
negócios para a implantação de uma Loja Multimarcas, com marcas selecionadas.
1.1.2 Caracterização da Organização
O plano de negócios elaborado é o de uma loja Multimarcas, com roupas
femininas, masculinas e acessórios, sendo oferecido aos clientes roupas de marcas
conceituadas do mercado atual, como Index, Lança Perfume, Biamar, Anselm, Pitti,
Colcci entre outras. Suas atividades serão relacionadas ao público jovem,
principalmente voltada ao público feminino.
A empresa tem como objetivo apresentar aos seus clientes uma forma criativa
de se vestir bem, tendo seu próprio estilo. Por se tratar de um público jovem, a
10
empresa se preocupa em manter-se sempre atualizada frente às tendências do
mercado, sem fugir do seu padrão de qualidade e diferencial de preços, buscando
oferecer um espaço amplo, com móveis arrojados, som ambiente, café para os
clientes, partindo do pressuposto de que o atendimento e a confiabilidade do cliente
são o que prevalece.
A empresa se localizará no centro da cidade de Ijuí/ RS, sendo de fácil
localização por parte dos clientes. Contará com a colaboração de duas funcionárias.
O investimento inicial para a abertura da empresa será de R$ 75.000,00
(setenta e cinco mil reais) e a sua tributação pelo simples nacional. E a mesma
pretende obter um faturamento mensal de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais).
1.1.3 Problematização do Tema
A contabilidade vem evoluindo e com essa evolução transformando seus
profissionais Contábeis, não apenas em Contadores, mas em profissionais capazes
de atuar como gestores dentro das organizações. Assim, podendo auxiliar as
mesmas em
seus procedimentos contábeis, mas principalmente em
sua
administração, em tomadas de decisões, e em análises de competitividade.
A contabilidade gerencial tem como seu foco principal a gestão da empresa,
transformando dados da contabilidade financeira e de contabilidade de custos em
indicadores para a gestão de uma organização.
A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente,
como um enfoque especial conferido a varias técnicas e procedimentos
contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na
contabilidade de custos, na analise financeira e de balanços, etc., colocados
numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa
forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os
gerentes das entidades em seu processo decisório, (IUDICIBUS, 1998, p.
21).
Um dos instrumentos da contabilidade gerencial é o plano de negócios, que é
considerado o caminho mais seguro para quem deseja criar e gerenciar com
qualidade uma empresa. O mesmo ajuda o empreendedor a analisar os riscos do
mercado, a viabilidade econômica, também ajuda a estabelecer uma comunicação
eficaz entre a empresa e seus fornecedores, clientes, bancos, entre outros.
11
O plano de negócio é um documento usado para descrever um
empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua
elaboração envolve um processo de aprendizagem e alto conhecimento, e,
ainda, permite o empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios,
(DORNELAS, 2001, p. 96).
Para Hisrich e Peters (2004, p. 210) o plano de negócio “é com freqüência
uma integração de planos funcionais como os de marketing, finanças, produção e
recursos humanos”.
A empresa em estudo é uma loja de confecções femininas, masculinas e
acessórios, de marcas renomadas no mercado. E o desenvolvimento desse plano de
negócios contribuiu para a simulação de gastos, receitas, formas de abordagem dos
clientes, entre outras.
Nesta linha, questiona-se: De que forma o desenvolvimento de um plano de
negócios pode contribuir na prevenção de riscos e incertezas decorrentes da
implantação de uma loja multimarcas?
1.1.4 Objetivos
A definição dos objetivos tem por finalidade definir a linha de pensamentos
que se deve seguir para alcançá-los. Os objetivos são divididos em objetivo geral e
objetivos específicos.
1.1.4.1 Objetivo Geral
Desenvolver um plano de negócios contemplando as áreas envolvidas para
implantação de uma loja, que prevê antecipadamente as situações de sua
viabilidade de instalação.
1.1.4.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos são:
• Revisar na literatura conceitos de contabilidade gerencial, plano de
negócios, estruturas e modelos de planos;
• Descrever a localização e estrutura da loja,
• Definir as estratégias de comercialização e marketing;
12
• Elaborar as planilhas financeiras necessárias para o desenvolvimento do
plano de negócios;
• Avaliar a viabilidade da implantação do negócio.
1.1.5 Justificativa
Devido ao mercado atual a cada dia estar mais competitivo, os
empreendedores precisam estar sempre atentos às mudanças e procurar evoluir
junto com elas. A contabilidade gerencial é de grande importância na administração
das empresas, pois tem como objetivo facilitar o planejamento, controle e a tomada
de decisão.
E como sendo uma grande ferramenta gerencial, o plano de negócios é um
instrumento que demonstra os objetivos de um negócio e quais as ações que
precisam ser desenvolvidas para que esses objetivos possam ser alcançados.
Assim, pode-se analisar a sua viabilidade e diminuir seus riscos.
O plano de negócios é sem dúvida um dos melhores instrumentos de suporte
para a abertura de uma empresa, e pelo fato do mercado estar tão competitivo, ele
se torna indispensável para não ficar vulnerável com as bruscas variações que estão
ocorrendo no mercado. Pois hoje em dia, o número de empresas que não possuem
um bom planejamento e que encerram suas atividades antes dos dois anos ou até
os cinco anos, é muito grande.
Para mim na condição de formanda do Curso de Ciências Contábeis, com a
realização desse trabalho de conclusão posso dizer que aprimorei meus
conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso. E acima de tudo, a escolha
desse assunto surgiu pela perspectiva de abrir o meu próprio negócio futuramente e
assim empregar o conhecimento construído durante o estudo.
Para a Universidade e demais alunos, o presente trabalho pode servir como
uma importante fonte de pesquisa, pois pode ser utilizado como base para futuros
estudos específicos nessa área.
13
1.1.6 Metodologia do Trabalho
A metodologia da pesquisa define sua classificação, o plano de coletas de
dados, o plano de análise e interpretação dos dados e a estrutura do trabalho de
conclusão do curso.
Segundo Diehl e Tatin (2004, p. 47)
A metodologia pode ser definida como o estudo e avaliação dos
diversos métodos, com o propósito de identificar possibilidades e limitações
no âmbito de sua aplicação no processo de pesquisa cientifica. A
metodologia permite, portanto, a escolha da melhor maneira de abordar
determinado problema, integrando os conhecimentos a respeito dos
métodos em vigor na diferentes disciplinas científicas.
Na sequencia apresenta-se a classificação da pesquisa referente ao estudo
proposto que é a elaboração de um plano de negócios.
1.1.6.1 Classificação da Pesquisa
Na seqüência, apresenta-se a classificação da pesquisa quanto a sua
natureza, objetivos, abordagem do problema e procedimentos técnicos:
a) Do Ponto de Vista de sua Natureza
A classificação da pesquisa quanto à natureza pode ser de duas formas:
pesquisa básica ou pesquisa aplicada. Neste contexto, o estudo teve como objetivo
a elaboração de um plano de negócio, onde sua maior característica é a aplicação
prática de conhecimentos, o modelo de pesquisa abordado foi a pesquisa aplicada,
que Gil conceitua da seguinte forma:
A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de
contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se
enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica
fundamental o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas
dos conhecimentos (GIL, 1999, p. 43)
Para Vergara (2009, p. 43) “a pesquisa aplicada é fundamentalmente
motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou
não. Tem, portanto, finalidade prática,...”.
14
b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos
A classificação da pesquisa quanto aos seus objetivos possui três grupos,
sendo elas: exploratória, descritiva, explicativa. Esse estudo foi classificado como
pesquisa exploratória e descritiva. Exploratória porque ajuda a desenvolver com
mais clareza o assunto da pesquisa, e no aprimoramento de conceitos e ideias.
Descritiva, pois esse estudo visa à elaboração de um plano de negócio e o mesmo
auxilia na sua estruturação, utilizando-se de técnicas padronizadas para a coleta dos
dados.
Segundo (Gil, 1999, p. 43) “as pesquisas exploratórias têm como principal
finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a
formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores”.
Uma característica interessante da pesquisa exploratória consiste
no aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada temática
não contemplada de modo satisfatório anteriormente. Assim, contribui para
o esclarecimento de questões superficialmente abordadas sobre o assunto,
(BEUREN, 2004, p. 80).
Segundo Gil apud Beuren (2004, p. 81)
A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever
características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas
características mais significativas está na utilização de técnicas
padronizadas de coleta de dados.
c) Quanto à Forma de Abordagem do Problema
Quanto à abordagem do problema, apresentam dois tipos de pesquisa a
qualitativa e a quantitativa, e o presente estudo classifica-se como pesquisa
qualitativa, por não ter o uso de métodos e técnicas estatísticas e ter o ambiente
natural como fonte de coleta de dados.
Segundo Beuren (2004, p. 92) “na pesquisa qualitativa concebem-se análises
mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”.
15
d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa pode ser:
bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso e ação. Já a presente
pesquisa classifica-se em bibliográfica que possui grande importância para o
embasamento teórico do projeto, constituída principalmente de pesquisas em livros,
artigos de periódicos.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora
em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta
natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes
bibliográficas, (GIL, 1999, p .65).
E a outra forma de pesquisa é a de levantamento, que é indispensável para a
elaboração de negócio, por se tratar de pesquisas de mercado, com a interrogação
direta de pessoas.
As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta
das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente,
procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de
pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise
quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados
(GIL, 1999, p. 70).
1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados
A coleta de dados é de grande importância para o estudo proposto, pois, ela
vai demonstrar como foram coletadas as informações necessárias para a elaboração
deste trabalho de conclusão de curso, para com as mesmas alcançar os objetivos
desejados.
O presente estudo contou com dados simulados, os quais foram buscados
para se investigar os dados relativos aos investimentos necessários para a
implantação de uma loja de roupas multimarcas, masculinas e femininas. Também
teve como objetivo buscar informações relacionadas ao comportamento do mercado
onde a empresa vai ser implantada, os seus concorrentes, fornecedores e principais
características dos clientes que se deseja atingir.
16
As informações que foram alcançadas nesta coleta de dados auxiliam a
empresa a buscar estratégias necessárias para alcançar o público alvo, visualizar os
principais concorrentes e as características do mercado em si.
a) Instrumento de Coleta de Dados
De acordo com Beuren (2004, p. 128) “os instrumentos de pesquisa utilizados
nos trabalhos monográficos dependem, num primeiro momento, dos objetivos que o
investigador pretende alcançar e do universo a ser pesquisado”.
O instrumento de coleta de dados que foi utilizado neste estudo é
denominado de instrumento de observação.
A observação é uma técnica que faz uso dos sentidos para a
obtenção de determinados aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e
examinar os fatos ou fenômenos que se pretendem investigar. Contribui
para o pesquisador obter a comprovação dos dados sobre os indivíduos
observados, os quais, às vezes, não têm consciência de alguns fatos que os
orientam em seu comportamento, (BEUREN, 2004, p. 128).
O instrumento de Observação para esta pesquisa classifica-se em:
observação assistemática, observação não-praticante, observação individual e
observação na vida real.
Na técnica de observação assistemática para Beuren (2004, p.129) “o
pesquisador permanece abstraído à situação estudada, apenas observa de maneira
espontânea como os fatos ocorrem e controla os dados obtidos”.
Na técnica de observação não-praticante o pesquisador só irá presenciar o
fato e não participar do mesmo. Na observação individual é somente uma pessoa
que realizará a pesquisa, já a observação na vida real os fatos serão registrados à
medida que irão ocorrendo.
Para o bom desenvolvimento da pesquisa, foram buscadas estratégias de
comercialização e marketing que podem auxiliar num maior conhecimento e
entendimento do mercado externo, as mesmas foram realizadas por meio de
pesquisas sobre logística, estoque, campanhas promocionais e atendimento ao
cliente, para assim conhecer o mercado onde a empresa vai atuar, diminuindo o
risco de variáveis que podem afetar a empresa.
Também foram elaboradas planilhas financeiras para análise de indicadores
necessários ao desenvolvimento do plano de negócios, simulando situações de
17
compras, vendas, que proporcionaram a base para a análise da viabilidade ou não
de sua implantação.
1.1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados
Após realizar a coleta dos dados é necessário fazer a sua análise e
interpretação para verificar se com eles é possível chegar ao objetivo proposto nesta
pesquisa, ou seja, se é viável a implantação da empresa.
Beuren (2004, p. 136) defende que:
Quando se fala em analisar dados, espera-se que o estudante
consiga sumariar os dados coletados para transformá-los em informações
que sustentem um raciocínio conclusivo sobre o problema proposto no
trabalho monográfico. Já na fase de interpretação dos dados, deverá haver
uma correlação dos dados coletados com a base teórica que sustentou a
pesquisa.
E para saber a viabilidade da loja de multimarcas, a empresa para qual foi
realizado este plano de negócio, foram realizados cálculos financeiros e projeções
de receita e despesa, as quais foram confrontadas com os investimentos.
18
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA
A revisão bibliográfica serve como fundamentação teórica, proporcionando
assistência e sustentação para a elaboração do relatório e posteriormente também
serve como base para o desenvolvimento do estudo aplicado. E com a mesma
foram buscadas definições, conceitos, fórmulas de autores conceituados na área,
para sim aprimorar a realização do plano de negócios.
2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial serve de grande auxilio na administração das
empresas, pois suas tecnologias de estudo atuam em varias áreas da contabilidade,
sempre obtendo seu maior enfoque no planejamento, controle e tomada de decisão.
Segundo a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos (1992,
p. 4) apud Padoveze (2000, p. 27).
Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração,
acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de
informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento,
avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e
contabilizar o uso apropriado de seus recursos.
Para Lopes de Sá (1997, p. 29) Contabilidade Gerencial é: “O conjunto de
conhecimentos contábeis organizado para observar o objeto da ciência contábil sob
o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões e políticas do
governo da riqueza aziendal”.
2.1.1 A Diferença entre a Contabilidade Gerencial e a Financeira
A contabilidade gerencial tem seu foco voltado para os administradores da
empresa, seus relatórios são elaborados para analise de controle e desempenho
das empresas, já a contabilidade financeira está voltada a fornecer informações aos
usuários externos à empresa, como acionistas, credores e público em geral.
Segundo Iudícibus (1998, p. 22)
19
O ponto de ruptura entre os dois grandes ramos da contabilidade
não é tão fácil de ser discernido. Certos relatórios, cúpula do processo
contábil-finaceiro, tais como Balanço Patrimonial, a Demonstração de
Resultados e a Demonstração de Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido,
representam, de certa forma, a fronteira entre a contabilidade financeira e
gerencial.
Warren et all (2003, p. 2), apresenta as diferenças entre contabilidade
gerencial e a financeira, no quadro a seguir.
Quadro 1: Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial
Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial
Demonstrações
Relatórios Gerenciais
Financeiras
Usuários
Usuários Externos e
Administração
Administração
Características
Objetivo
Objetivo e subjetivo
Preparadas conforme os
Preparados de acordo
princípios fundamentais
com as necessidades
da contabilidade (PFCs)
gerenciais
Preparadas
Preparados
periodicamente
periodicamente ou quando
necessário
Entidade Empresarial
Entidade empresarial ou
segmento
Fonte: Warren; et all (2003, p. 2)
2.1.2 Funções da Contabilidade Gerencial
A contabilidade gerencial tem como sua maior função usar a contabilidade
como auxílio para a administração, dando suporte para a tomada de decisão, para o
controle operacional, financeiro, administrativo.
Segundo Iudícibus (1998, p. 21) “Todo procedimento, técnica, informação ou
relatório contábil feitos “sob medida” para que a administração os utilize na tomada
de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho, recai na
contabilidade gerencial”.
Para Cabrelli e Ferreira et all (2007, p. 2)
A contabilidade gerencial deve fazer a conexão entre ações locais
dos gerentes e a lucratividade da empresa, para que estes possam saber
que direção tomar. Medindo corretamente o impacto de ações locais no
desempenho global, a contabilidade gerencial também serve como agente
motivador, pois premia as pessoas que contribuem significativamente ao
objetivo da empresa, esta tem o objetivo de fornecer informações para que
os gerentes possam decidir qual o melhor caminho para a empresa.
20
No entendimento de Coronado (2006, p. 23) as funções da contabilidade
gerencial são:
a) Gerenciar o processo de gestão
 Ajudar na adequação do processo à realidade da empresa;
 Monitorar e orientar o processo de planejamento orçamentário da
empresa;
 Consolidar o orçamento da empresa.
b) Apoiar a avaliação de desempenho
 Elaborar a análise de desempenho econômico das áreas;
 Elaborar a análise de desempenho da empresa.
c) Apoiar a avaliação de resultado
 Elaborar a análise de resultado econômico dos produtos e serviços;
 Orientar o processo de estabelecimento de padrões.
d) Gerir os sistemas de informações econômicas e financeiras
 Definir base de dados que permita a organização das informações
necessárias à gestão;
 Elaborar modelos de decisão para os gestores das diversas áreas da
empresa;
 Padronizar e / ou harmonizar as informações econômicas.
e) Atender aos agentes de mercado (acionista, governo, bancos etc.)
 Garantir atendimento às normas e princípios societários;
 Garantir atendimento às normas e princípios fiscais.
A contabilidade gerencial também tem como uma de suas funções a criação
de valor, através de seus sistemas contábeis gerenciais os quais fornecem
informações importantes sobre atividades necessárias para o sucesso das
organizações.
2.1.3 Áreas da Contabilidade Gerencial
A contabilidade gerencial serve como suporte para todas as áreas da
empresa, pois a mesma é utilizada como tecnologia de auxílio à administração, junto
com um sistema de informações contábeis gerenciais, para assim fazer as analises
dos resultados futuros.
Contabilidade Gerencial deve suprir, através do sistema de
informação contábil gerencial, todas as áreas da companhia. Como cada
nível de administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de
maneira diversa, cada qual com um nível de agregação diferente, o sistema
de informação contábil gerencial deverá providenciar que a informação
contábil seja trabalhada de forma específica para cada segmento
hierárquico da companhia, (PADOVEZE, 2000, p. 34).
21
Ainda segundo Padoveze (2000, p. 34)
Teremos um bloco de informações que suprirão a alta administração
da companhia, que denominamos de gerenciamento contábil global,
objetivando canalizar informações que sejam apresentadas de forma
sintética, em grandes agregados, com a finalidade de controlar e planejar a
empresa dentro de uma visão de conjunto.
Teremos um segundo bloco de informações que suprirão a média
administração, ou, caso necessário, os segmentos que a empresa definiu
em termos de divisões ou linhas de produtos. São informações para
canalizar os conceitos de contabilidade por responsabilidade. Denominamos
esse segmento de gerenciamento contábil setorial.
Finalmente, teremos um terceiro bloco de informações para
gerenciar cada um dos produtos da companhia, de forma isolada.
Denominamos esse segmento da Contabilidade Gerencial, de
gerenciamento contábil específico. São informações que descem a um
grau maior de detalhamento, a nível operacional.
2.1.4 O Papel do Contador Gerencial
O contador do mercado atual, devido às mudanças das normas contábeis, do
avanço das tecnologias e principalmente das exigências das organizações, deve
estar sempre se especializando em todas as áreas da contabilidade, para assim
prestar assessoria e dar suporte às mesmas. Outro papel para um contador
gerencial é saber identificar, analisar, preparar e interpretar informações para um
bom controle das organizações.
Segundo Iudícibus (1998, p. 22) o contador gerencial deve:
Saber “tratar”, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e
operacional dados esparsos contidos nos registros da contabilidade
financeira, de custos etc., bem como juntar tais informes com outros
conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a
administração em seu processo decisório.
O contador gerencial deve ter uma formação ampla, não apenas com
conhecimentos técnicos, mas também conhecimentos que irão auxiliar na
descoberta de objetivos ou resultados que podem sem alcançados com métodos
quantitativos e acima de tudo saber observar como os administradores reagem com
os relatórios contábeis, de acordo com (IUDÍCIBUS, 1998).
22
2.2 PLANO DE NEGÓCIOS
O plano de negócios vem se tornando com o passar dos tempos
indispensável para a implantação de novos empreendimentos, pois, abrange todas
as áreas necessárias para analisar a viabilidade ou não da empresa no mercado e
com isso se tornou o caminho mais seguro para o sucesso da mesma.
2.2.1 Conceitos
Um plano de negócio é fundamental para o novo empreendedor, ele serve de
auxilio na busca de informações para o desenvolvimento e planejamento da
empresa que se deseja abrir, o mesmo vai se tornar um documento onde conterá os
dados de todas as áreas de abrangência do empreendimento, como os objetivos,
metas, estratégias de marketing, seus pontos fortes e fracos, e principalmente sua
viabilidade.
De acordo com SEBRAE (2011)
O plano de negócios é um documento formal que contém
informações sobre o conceito do negócio, os riscos, os concorrentes, o perfil
da clientela, as estratégias de marketing, bem como todo o plano financeiro
que viabilizará o novo negócio. Além de ser um ótimo instrumento de
apresentação do negócio para o empreendedor que procura sócio ou um
investidor.
Para Filion e Dolabela (2000, p. 164) “O Plano de Negócio é, antes de tudo, o
processo de validação de uma idéia, que o empreendedor realiza através do
planejamento detalhado da empresa.
Com a elaboração do plano de negócio o empreendedor vai encontrar um
caminho mais seguro para seguir e encontrar o sucesso para seu empreendimento,
pois, como ele é elaborado com um grande planejamento vai diminuir muitos riscos
e incertezas.
2.2.2 Razões para a Elaboração de um Plano de Negócios
Um plano de negócios deve ser elaborado por vários motivos, como, saber
antes da implantação ou da ampliação do empreendimento sua viabilidade, auxiliar
na diminuição dos riscos, obter um bom planejamento para assim conseguir
23
aumentar seus lucros, proporcionar uma visão ampla do mercado para auxiliar os
empreendedores, entre outros.
Dornelas (2001, p. 97) acredita que com a elaboração do plano de negócios é
possível:
- Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio.
- Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas.
- Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar decisões corretivas quando
necessário.
- Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae,
investidores, capitalistas de risco etc.
- Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para
a empresa.
- Estabelecer uma comunicação intera eficaz na empresa e convencer o
público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores,
associações etc.)
O plano de negócios inicia com uma ideia, projeto de uma pessoa em abrir
sua própria empresa, ele serve para tornar seu sonho em realidade, mas sempre
lembrando que não vai existir um empreendimento sem riscos e incertezas, é por
isso que o plano de negócios vem se tornando indispensável.
Segundo Filion (1991) apud Filion e Dolabela (2000, p. 30)
Antes de tomar qualquer iniciativa, isto é, antes de “por a mão na
massa”, o empreendedor precisa dispor de uma estrutura de pensamento
sistêmico e visionário, porque é com base nisso que poderá fixar seus
objetivos e traçar o caminho para atingi-los _ incluindo a previsão dos
obstáculos e limites que deverá encontrar.
Para Mecca; et all (2011, p. 5)
O plano de negócio é umas das peças mais importantes para o
candidato a empreendedor, podendo utilizá-lo para tomar a decisão correta
de fazer o investimento ou não, o negócio que está estudando e analisando
para sua vida. Muitas pessoas utilizam todas suas economias para abrirem
seu próprio negócio e não vão ter uma segunda chance para tentar
novamente, por isso o plano de negócio deve ser considerado como de
extrema importância e não deve ser feito de qualquer forma.
2.2.3 A quem se destina o Plano de Negócios
O plano de negócios não se destina única e exclusivamente aos
empreendedores das entidades, mas tem com ele seu principal usuário, por ser um
24
documento que o auxilia na implantação, avaliação, planejamento e analise de seu
empreendimento, com isso diminuindo seus riscos e aumentando seu sucesso.
Segundo Pavani et all (1997) apud Dornelas (2001, p. 98) “vários são os
públicos-alvo de um plano de negócios, entre eles, pode-se citar:”
- Mantenedores das incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras,
governo, associações etc.): para outorgar financiamentos a estas.
- Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de
interação entre as partes.
- Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro,
imóveis, expansão da empresa etc.
- Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de
investimentos, angels, BNDES, governo etc.
Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e
formas de pagamento.
- A empresa internamente; para comunicação da gerência com o conselho
de administração e com os empregados (efetivos e em fase de
contratação).
- Os clientes: para venda do produto e/ou serviços e publicidade da
empresa.
- Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e
formalização da sociedade.
Com isso constata-se que o plano de negócio se destina a vários públicos,
basta que os mesmos tenham o interesse de obter um planejamento bem elaborado,
com todas as informações necessárias para as suas organizações.
2.2.4 Tipos e Tamanhos sugeridos de Plano de Negócios
De acordo com Dornelas (2001, p. 105) “Não existe um tamanho ideal ou
quantidade exata de páginas. O que se recomenda é escrever o plano de negócios
de acordo com as necessidades do público-alvo”.
Jian (1997) apud Dornelas (2001, p. 105) descrevem alguns tipos e tamanhos
de planos de negócios:
Plano de Negócios Completo: é utilizado quando se pleiteia uma
grande quantidade de dinheiro ou quando se necessita apresentar uma
visão completa do seu negócio. Pode variar de quinze a quarenta páginas,
mais material anexo;
Plano de Negócios Resumido: é utilizado quando se necessita
apresentar algumas informações resumidas a um investidor, por exemplo,
com o objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um plano
de negócios completo. Deve mostrar os objetivos macros do negócio,
investimentos, mercado e retorno sobre o investimento e focar as
informações específicas requisitadas. Geralmente varia de dez a quinze
páginas.
25
Plano de Negócios Operacional: é muito importante para ser
utilizado internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários.
É excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos
estratégicos da organização. Seu tamanho pode ser variável e depende das
necessidades específicas de cada empresa em termos de divulgação junto
aos funcionários.
Também o que pode alterar o tamanho de um plano de negócios é o formato
e os recursos que serão utilizados na sua elaboração.
2.2.5 Estrutura de um Plano de Negócios
Como cada empresa possui suas particularidades, não existe uma estrutura
específica para a elaboração de um plano de negócios. Porém, existem algumas
seções que devem ser seguidas para que o plano de negócios proporcione um bom
entendimento da empresa. O quadro 3 vai mostrar a estrutura sugerida por Filion e
Dolabela.
Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios
SUMÁRIO EXECUTIVO
Enunciado do projeto
Competência dos responsáveis
Produtos e tecnologia
Mercado potencial- a potencialidade
Elementos de diferenciação
Previsão de vendas
Rentabilidade e projeções financeiras
Necessidades de financiamento
A empresa
A missão
Objetivos
Situações planejadas / desejadas
Foco
Estrutura organizacional e legal
Descrição legal
Estruturação funcional, diretoria, gerencia e equipe
Descrição da unidade fabril
Síntese das responsabilidades da equipe dirigente
Plano de operações
Administração
Comercial
Controle de qualidade
26
Terceirização
Sistematização de gestão
Parcerias
O plano de marketing
Análise de mercado
O setor
Oportunidades e ameaças
Clientela
Segmentação
Concorrência
Fornecedores
Estratégias de marketing
O produto
Tecnologia e ciclo de vida
Vantagens competitivas
Planos de pesquisa e desenvolvimento
Preço
Distribuição
Promoção e publicidade
Serviço ao cliente (venda e pós – venda)
Relacionamento com os clientes
O plano financeiro
Investimento Inicial
Projeção Dos Resultados
Projeção De Fluxo De Caixa
Balanço Patrimonial
Ponto De Equilíbrio
Análise De Investimento
Fonte: Filion e Dolabela (2000, p. 179 e 180)
A seguir caracterizam-se as seções necessárias para a elaboração de um
plano de negócios.
2.2.5.1 Sumário Executivo
O sumário executivo é uma introdução do negócio, é a principal seção na
elaboração de um plano de negócios, por depender de todas as outras seções
necessárias de um plano deve ser escrito por último e revidado muitas vezes para
alcançar o objetivo máximo.
Para Salim et all (2005, p. 41) o sumário executivo é:
27
Um extrato competente e motivante do Plano de Negócios. Qual a
área de negócios, qual o produto ou serviço, qual o mercado e que fatia
desse mercado queremos obter? Qual o investimento necessário, em
quanto tempo vamos recuperar o dinheiro investido e qual o rendimento que
vamos ter de nosso investimento em um prazo estabelecido? Tudo isso,
sem explicar em detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta.
Como é no sumário executivo que se da à visão geral do negócio, deve-se
tomar cuidado com alguns itens indispensáveis, como, o enunciado do projeto, as
competências dos responsáveis, os produtos, serviços e tecnologias, o mercado
potencial, os elementos de diferenciação, previsão de vendas e o resumo da parte
financeira.
2.2.5.2 Descrição da Empresa
A descrição da empresa é a seção em que se detalha tudo que se pretende
implantar na organização, tratando basicamente da estrutura de funcionamento legal
e operacional do negócio. É nesta faze em que se descreve o porquê de sua
implantação, o seu propósito, a sua constituição jurídica, os produtos que ira
comercializar, a sua infra-estrutura, enquadramento fiscal, localização, seu capital,
entre outras.
No entendimento de Rosa; et all (2011, p. 7) descrição da empresa é:
Onde se descreve dados da empresa, como razão social, histórico,
capital social, estrutura organizacional e legal, localização, parcerias,
certificações de qualidade, serviços terceirizados,etc. Importante também,
descrever as pessoas envolvidas, a busca por potenciais para
desenvolvimento e estratégia da empresa, junto com seu crescimento.
Também devem ser apresentados o nível educacional e a experiência dos
executivos, gerentes e funcionários operacionais, indicando-se os esforços
da empresa na formação de seu pessoal.
Esta seção se divide da seguinte forma: missão, objetivos, estrutura
organizacional e legal e plano de operações, síntese das responsabilidades da
equipe dirigente, plano de operações e parcerias.
2.2.5.3 Plano de Marketing
O plano de marketing é a seção onde se definem as estratégias que irão ser
executadas no decorrer do funcionamento da empresa, para obter com maior êxito
28
os objetivos pretendidos, para conseguir analisar os pontos fortes e fracos e o
ambiente no qual a empresa vai atuar. Tendo assim o plano de marketing como
objetivo principal saber se a empresa é viável ou não.
Na opinião de Lacruz (2008, p. 23)
O Plano de Marketing é o elo entre a empresa e o cliente. Através
do Plano de Marketing definem-se estratégias que objetivam convencer
clientes em potencial a comprarem o produto / serviço da sua empresa
(tornando-se clientes reais ) em vez dos oferecidos pelos concorrentes.
Para que um plano de marketing seja bem elaborado deve conter
basicamente, a análise de mercado, o estudo dos produtos / serviços, o exame da
clientela-alvo, a análise da concorrência, a estratégia empresarial, as estratégias de
marketing e a projeção de vendas (LACRUZ, 2008).
No entendimento de Filion e Dolabela (2000, p. 171) “o Plano de Marketing é
constituído por ações em dois momentos: análise prévia de mercado e estratégia a
ser executada após o início da operação”.
2.2.5.4 Plano Financeiro
É com o plano financeiro que se pode avaliar a possibilidade ou não de se
alcançar as metas financeiras do empreendimento, ele é composto por um conjunto
de informações, controles e planilhas de cálculos, as quais vão servir como
tecnologias gerenciais para o planejamento financeiro do empreendimento.
Segundo Filion e Dolabela (2000, p. 172)
O Plano Financeiro representa a principal fonte de referência e
controle da saúde da empresa, sendo utilizada pelo empreendedor para
conduzir suas atividades dentro de parâmetros planejados, corrigir
distorções, adaptar-se as novas variáveis decorrentes de mudanças na
conjuntura e projetar novos investimentos com base em níveis de
crescimento previstos e desejados.
A composição do plano financeiro deve conter os seguintes elementos: as
projeções financeiras, os índices de desempenho, cálculo do ponto de equilíbrio,
cálculo do custo de operar a empresa sem vender e sem produzir, a demonstração
do resultado do exercício, o fluxo de caixa, projeção do balanço e alguns cálculos de
indicadores como, margem bruta, lucro bruto, retorno de investimentos, índice de
liquidez, entre outros.
29
2.3 ATIVIDADE COMERCIAL
Atividade comercial é basicamente uma troca de mercadorias por dinheiro ou
de uma mercadoria por outra, realizada entre comércio e comerciantes.
No entendimento de Iudícibus e Marion (2000, p. 25)
A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar à
disposição dos consumidores, em mercados física ou economicamente
delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação
das necessidades humanas. Neste sentido, diz-se, também, que o
comerciante é a pessoa física ou jurídica que aproxima vendedores e
compradores, levando-os a completar uma operação comercial, ou seja, a
troca de mercadorias por dinheiro ou por outras mercadorias.
2.3.1 Empresa Comercial: características
As empresas comerciais são aquelas que possuem fins lucrativos, que estão
correndo riscos no mercado onde atuam, estão em contato com fornecedores e
consumidores.
No conceito de Iudícibus e Marion (2000, p. 31) sociedades comerciais:
São aquelas que praticam ato de comércio com fins lucrativos.
Portanto, qualquer sociedade com fins lucrativos, prevista no código
Comercial Brasileiro ou em lei, constituída com o objetivo de comprar e
vender mercadorias, transformar matérias-primas em produtos acabados ou
semi-acabados, explorar negócios bancários etc., cujas operações são
efetuadas com objetivos econômicos (ato de comércio), é sociedade
comercial ou mercantil.
Portanto, a empresa para qual estamos realizando este plano de negócios se
trata de uma empresa comercial.
2.3.2 Composição dos Custos de Aquisição
No entendimento de Wernke (2001, p. 128) “Todos os esforços despendidos
para a aquisição das mercadorias, materiais ou serviços até o momento de sua
utilização participam do custo de compra. Assim, compõem os custos de compra os
seguintes fatores:”
 (+) Custo da fatura (valor constante na nota fiscal)
30
 (-) Descontos dados na fatura ( incondicionais, mencionados no corpo
da nota fiscal. Não são os descontos recebidos por pagamento no
vencimento ou antecipado da duplicata)
 (+) Despesas acessórias (fretes, seguros, outros)
 (+) Impostos não recuperáveis fiscalmente (IPI no comércio)
 (-) Impostos recuperáveis fiscalmente ( IPI e ICMS na indústria e ICMS
no comércio)
 (=) Custo de aquisição das mercadorias, materiais ou serviços.
(WERNKE, 2001, p. 129)
A diferença que podemos observar nesse cálculo são os impostos
recuperáveis fiscalmente, que na indústria o IPI e o ICMS são recuperáveis, já no
comércio somente o ICMS é recuperável.
Mas no caso da empresa para qual estamos elaborando o plano de negócio,
o ICMS não é recuperável por ser optante do Simples Nacional, referente a
instruções da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006,
2.3.3 Despesas Mensais
As despesas são os principais itens na composição do preço de venda no
comércio, pois elas estão ligadas diretamente a venda das mercadorias.
No conceito de Wernke (2001, p. 12)
Despesas: expressam o valor dos bens ou serviços consumidos
direta ou indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária. Esse
conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com a
produção, ou seja, os que se referem às atividades não produtivas da
empresa. Geralmente, essas atividades podem ser classificadas em
despesas comerciais, despesas administrativas e despesas financeiras.
Berti (2010, p. 20) acrescenta que “gasto que provoca redução do patrimônio
constitui a despesa. Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para
obtenção de receitas. O esforço no sentido da obtenção da receita deve ter
contrapartida a entrega ou promessa de entrega de ativos.”
As despesas podem ser divididas em fixas e variáveis, as despesas fixas não
alteram com a variação de venda ou da prestação de serviços, ou seja, não irão
mudar com a alteração da receita, exemplo: salários administrativos, despesas com
alugueis. Já as despesas variáveis se alteram com a variação das receitas, exemplo:
imposto incidente sobre o faturamento.
31
2.3.4 Formação de Preços de Vendas
A Formação do preço de venda de produtos ou de serviços é muito
influenciada pelo mercado onde a empresa atua, ela deve ter grande conhecimento
de seus concorrentes e clientes, para poder seguir os valores que estão sendo
utilizados no mercado, mas sei deixar de saber qual a estrutura de sua empresa e
qual o valor mínimo com que ela pode operar.
Para Perez Jr.; et all (2005, p. 270) vários fatores influenciam a formação de
preço de um produto ou serviço, e o grau de influência de cada fator oscila ao longo
do tempo, como:
Concorrência: nos mercados onde há varias empresas oferecendo
produtos semelhantes, o preço tenderá a ser menor do que seria se não
houvesse competidores.
Clientes: ao estabelecer ou alterar o preço, as empresas se
preocupam com as reações de seus clientes. Os clientes podem diminuir o
consumo, ou até mesmo deixar de consumir o produto. Podem passar a
fabricar o produto, ou adquirir um produto substituto.
Gastos: para produzir um produto, as empresas incorrem em uma
série de gastos. O que o empresário espera é recuperar todos os gastos
que efetuou e ainda obter algum lucro.
Governo: pode ter uma influência muito forte na formação dos
preços dos produtos e serviços ou mesmo determinar o preço do produto.
São muitas as formas de que dispõe o governo para influir nos preços:
subsídio, incentivos fiscais à produção, à exportação, restrições ou
estímulos à importação, criação ou ampliação de tributos etc.
Bruni e Famá (2004, p. 321) apresenta alguns objetivos no processo de
formação de preços, como:
 Proporciar, a longo prazo, o maior lucro possível
 Permitir a maximização lucrativa da participação de mercado
 Maximizar a capacidade produtiva, evitando ociosidade e desperdícios
operacionais
 Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios autosustentado
Ainda no contesto de Bruni e Famá (2004, p.322 e 323) existem três
processos que podem ser empregados na definição de preços:
- Nos custos: diversas razões poderiam ser apresentadas como justificativa
ao emprego do método de definição de preços com base nos custos:
simplicidade- ajustando preços a custos, não é necessário preocupar-se
com ajustes em função da demanda, segurança- vendedores são mais
seguros quanto a custos incorridos do que aspectos relativos à demanda e
a mercado consumidor, justiça- muitos acreditam que o preço acima dos
32
custos é mais justo tanto para consumidores, quanto para vendedores, que
obtêm um retorno justo por seus investimentos, sem tirar vantagens do
mercado quando ocorrem elevações da demanda.
- No consumidor: baseia-se no valor percebido do produto pelo mercado
consumidor. Nessa metodologia, as empresas empregam a percepção que
os consumidores têm valor do produto, e não dos custos do vendedor.
- Na concorrência: as empresas prestam pouca atenção a seus custos ou
a sua demanda- a concorrência é que determina os preços a praticar. Os
preços podem ser de oferta- quando a empresa determina seu preço
segundo seu julgamento sobre como os concorrentes irão fixar seus preços.
Wernke (2001, p. 127) relata alguns fatores que interferem na formação do
preço de venda, como:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
qualidade do produto diante das necessidades do mercado consumidor;
existência de produtos similares a preços menores;
demanda estimada do produto;
controle de preço por órgãos regulares;
níveis de produção e de vendas que se pretende ou que se pode operar;
custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto;
níveis de produção e vendas desejados etc.
Santos (2011, p. 8) afirma a necessidade de fixação de preço:
Pode-se afirmar que a fixação de preços de venda dos produtos e
serviços é uma questão que afeta diariamente a vida de uma empresa,
independentemente de seu tamanho, da natureza de seus produtos ou do
setor ecônomico de sua atuação. Esta dificuldade de formar preços pode
atingir toda uma cadeia produtiva, desde o fornecedor de matéria-prima,
passando pelo fabricante, distribuidores, varejistas até o consumidor final.
A formação do preço de venda é fundamental para a sobrevivência da
empresa, não importando o seu porte, por isso é necessário ser analisado todos os
processos apresentados, sem deixar de fazer uma boa análise do mercado em
atuação, para assim poder atuar com o preço de venda adequado.
2.3.4.1 Formação do Preço de Venda utilizando o Mark-up
O Mark-up auxilia a formação do preço de venda, pois é um índice que pode
ser aplicado no custo de um produto ou serviço.
Segundo Bruni e Famá (2004, p. 340) “para se chegar ao preço a ser
praticado, muitas vezes pode-se empregar o mark-up, do inglês marca acima, índice
que, aplicado sobre os gastos de determinado bem ou serviço, permite a obtenção
do preço de venda”.
33
A principal razão da aplicação do mark-up decorre do fato de
possibilitar uma grande simplificação do processo de formação dos preços –
já que custos fixos e demais gastos são incorporados diretamente no
percentual do mark-up, não precisando ser apurados individualmente por
produto ou serviço comercializado. O conceito de mark-up é bastante
empregado em empresas comerciais, (BRUNI e FAMÁ, 2004, p. 343).
Ainda no entendimento de Bruni e Famá (2004, p. 341)
O mark-up pode ser calculado de duas formas: multiplicador – mais
usual, representa por quanto devem ser multiplicados os custos variáveis
para se obter o preço de venda a praticar; e divisor – menos usual,
representa percentualmente o custo variável em relação ao preço de venda.
Já no conceito de Wernke (2001, p. 130)
A taxa de marcação ou Mark-up é um índice aplicado sobre o custo
de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Tem por finalidade
cobrir os fatores, como tributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS, Cofins ou
Simples), percentuais incidentes sobre o preço de venda (comissões sobre
vendas, franquias, comissões da administradora do cartão de crédito etc.),
despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos
de produção fixos e margem de lucro.
Para Wernke (2001, p. 130 e 131) também existem duas formas de utilização
do mark-up.
Mark-up divisor:
a) listar todas as Despesas Variáveis de Venda (DVVs)
- ICMS s/vendas
- Comissões s/vendas
- Lucro desejado
b) somar as DVVs
c) dividir a soma das DVVs por 100 (para achar a forma unitária)
d) o quociente da divisão deve ser subtraído de “1”
e) dividir o Custo de Compra pelo mark-up divisor
Mark-up Multiplicador:
a) listar todas as DVVs
- ICMS s/vendas
- Comissões s/vendas
- Lucro desejado
b) somar todas as DVVs
c) partindo de 100% e subtrai a soma das DVVs
34
d) o mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase
anterior (c).
e) o preço de venda a vista é obtido multiplicando o custo unitário da
mercadoria pelo Mark-up multiplicador.
A utilização do mark-up divisor ou multiplicador não vai alterar o valor do
preço de venda.
2.4 INDICADORES DE ANÁLISE DE MERCADO
Os indicadores de análise de resultado são de suma importância nas
decisões gerenciais na área de custos em uma empresa, pois proporcionam
inúmeros benefícios informativos. Sua análise é dividida em custo/volume/lucro,
essa expressão abrange os conceitos de margem de contribuição, ponto de
equilíbrio e margem de segurança.
No entendimento de Wernke (2001, p. 41) “as análises de custo/volume/lucro
são modelos que visam demonstrar, de forma gráfica ou matemática, as interrelaçoes existentes entre as vendas, os custos (fixos e variáveis), o nível de
atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou desejado”.
Esta análise também permite que sejam resolvidas questões relacionadas
com o lucro como, se ocorrerá um aumento ou diminuição do custo, do volume de
vendas e a redução ou majoração dos preços de venda.
2.4.1 Margem de Contribuição
A margem de contribuição é de grande importância para a teoria do cálculo do
ponto de equilíbrio, por estar relacionada diretamente com o cálculo, importante
também na tomada de decisões gerenciais e para o custeio variável e por ser a
diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis,
demonstra quais produtos são mais rentáveis para a empresa.
No entendimento de Wernke (2001, p. 42) “a margem de contribuição é o
valor resultante da venda de uma unidade após deduzidos os custos e despesas
variáveis associados ao produto comercializado”.
Para Vieira (2010, p. 38) a margem de contribuição é:
35
A diferença entre o preço de venda e o custo e despesas variáveis
de cada produto ou serviço; é o valor com que cada unidade contribui para
o pagamento dos custos e despesas fixas e para a formação do lucro. A
margem de contribuição pode ser: unitária quando a contribuição é oriunda
de uma só unidade de produto; ou total quando provém de diversas
unidades de produto e indica quantitativamente a importância do produto no
desempenho global da empresa.
Segundo Berti (2010, p. 151)
Chama-se margem de contribuição de um produto ou linha de
produtos, a parcela de receita que resta após deduzidos os custos variáveis,
unitários e/ou totais. Os variáveis totais são por linha de produtos e
compostos dos custos variáveis (ou proporcionais) de produção e de venda.
A margem de contribuição é, pois, um valor restante destinado a cobrir os
custos fixos (periódicos regulares e/ou programados) e ainda para formar o
lucro desejado.
Wernke (2001, p. 44) apresenta algumas vantagens e limitações na utilização
da margem de contribuição, como:
- Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a redução de preços,
descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios
para aumentar o volume de vendas. As decisões desse tipo são
determinadas por uma comparação dos custos adicionais, visando o
aumento na receita de venda. Quanto maior for o índice de margem de
contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais
baixo o índice, maior será o aumento no volume de vendas necessário para
recuperar os compromissos de promover vendas adicionais;
- a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação
entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as
decisões de venda;
- basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de
contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos
necessários para manter as atividades a longo prazo;
- é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o
administrador a menosprezar a importância dos custos fixos.
Segundo Vieira (2010, p. 39) a fórmula da margem de contribuição unitária é
dada pela fórmula:
MCu = PVu - CVu - DVu
Onde:
MCu = margem de contribuição unitária;
PVu = preço de venda unitário;
CVu = custos variáveis unitários;
DVu = despesas variáveis unitárias.
36
E a margem de contribuição total é dada pela fórmula:
MC total = MCu x Quantidade vendida
Onde:
MC Total = margem de contribuição total;
MCu = margem de contribuição unitária.
A margem de contribuição apesar de algumas limitações apresentadas acima,
é de fundamental importância as empresas, pois objetiva a redução dos custos, dos
preços unitários de venda, e o aumento nas vendas.
2.4.2 Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio é aquele em que o nível de venda não possui nem
lucro nem prejuízo, é nele em que começa a análise de custo/volume/lucro de uma
empresa.
Segundo Berti (2010, p. 149)
Ponto de Equilíbrio é o momento em que o resultado das operações
da empresa é nulo, ou seja, a receita total é igual à soma dos custos e
despesas totais. Se a empresa operar acima desse nível, passa a ter um
resultado positivo (lucro), abaixo desse nível o resultado é negativo
(prejuízo).
Para Wernke (2001, p. 49) “o ponto de equilíbrio representa o nível de vendas
em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, o número de unidades
vendidas no ponto de equilíbrio é suficiente para a empresa pagar seus custos fixos
e variáveis, sem gerar lucro”.
Existem três tipos de ponto de equilíbrio, o contábil, financeiro e econômico,
eles vão ser utilizados conforme a necessidade da empresa, para gerarem as
informações gerenciais necessárias.
Wernke (2001, p. 50 a 53) apresenta as diferenças e as fórmulas de cada
ponto de equilíbrio: “O ponto de equilíbrio contábil em unidades define o número de
produtos (peças, metros, quilos etc.) que deve ser fabricado e vendido para que o
resultado seja zero (não haja lucro nem prejuízo)”.
O mesmo é obtido pela seguinte fórmula:
37
PEC un. =
Custos fixos $
Margem de contribuição unitária $
“O ponto de equilíbrio contábil em valor (PEC valor) representa qual o valor
mínimo (em $) que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo nem
lucro”.
O mesmo é obtido pela seguinte fórmula:
PEC valor =
Custos fixos $
Percentual da Margem de contribuição unitária (%)
No ponto de equilíbrio financeiro (PE fin.), calcula-se o nível de
atividades (quer em unidades, quer em valor monetário) suficiente para
pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a
depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período
como empréstimos e financiamentos bancários, (WERNKE, 2001, p. 52).
Esse ponto de equilíbrio é obtido pela seguinte fórmula:
PE fin. = Custos fixos ($) – Depreciações ($) + Dívidas do período ($)
Margem de Contribuição Unitária ($)
A cobrança para o atingimento de metas de lucros obriga o gestor a
buscar a informação de qual número de unidades é necessário vender para
alcançar o objetivo fixado pela diretoria da empresa. A quantidade
necessária para atingir o lucro desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio
econômico (PE econ.) (WERNKE, 2001, p. 53).
O ponto de equilíbrio econômico é obtido pela seguinte fórmula:
PE econ. = Custos fixos ($) + Lucro desejado ($)
Margem de contribuição unitária ($)
O cálculo do ponto de equilíbrio atende a alguns objetivos empresarias, os
quais são apresentados por Santos (2005, p. 50)
a) alteração do “mix” de vendas, tendo em vista o comportamento do
mercado;
b) alteração de políticas de vendas com relação a lançamento de novos
produtos;
38
c) definição do “mix” de produtos, do nível de produção e preço do produto;
d) solução a muitas perguntas que exigem respostas rápidas, tais como:
- quantas unidades de produto devem ser vendidas para se obter
determinado montante de lucro?
- o que acontecerá com o lucro se o preço aumentar ou diminuir?
- o que acontecerá com o ponto de equilíbrio se determinada matéria-prima
aumentar em 10% e não tiver condições de ser repassada aos preços dos
produtos?
e) avaliação de desempenho por meio da análise do lucro marginal de cada
unidade vendida;
f) planejamento e controle de vendas e de resultados etc.
Santos (2005, p. 54) também apresenta algumas limitações da análise do
ponto de equilíbrio, que são:
- variação de um componente: considerar mudança no preço sem a
influência nos demais componentes; na realidade, quando muda um
componente, pode mudar o outro;
- custos estruturais fixos e marginais: geralmente, o comportamento do
custo fixo não é tão constante e o custo marginal tem certos aspectos que
não variam sempre proporcionalmente ao volume;
- análise estatística: as próprias dificuldades existentes na montagem dos
dados para a análise não levam em consideração todo dinamismo envolvido
nas empresas e no dia-a-dia dos negócios.
2.4.3 Margem de Segurança
A margem de segurança é a representação do quanto às vendas em uma
empresa podem baixar sem que ocorra prejuízo para a mesma.
Segundo Bruni e Famá (2004, p. 262) “a margem de segurança consiste na
quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa.
Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo,
podendo ser expressa em quantidade, valor ou porcentual”.
No entendimento de Wernke (2001, p. 62) a margem de segurança é o
volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja,
representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa”.
Ainda de acordo com Wernke (2001, p. 62) “a margem de segurança (MS)
pode ser expressa quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob a
forma percentual”.
As fórmulas utilizadas para a obtenção da Margem de segurança são:
Margem de segurança em valor ($) = vendas efetivas ($) – vendas no ponto
de equilíbrio ($).
39
Margem de segurança em unidades = vendas efetivas em unidades – vendas
em unidades no ponto de equilíbrio.
Margem de segurança em percentual (%) = margem de segurança ($)
vendas totais ($)
Para ser analisada a margem de segurança em uma empresa pode ser
utilizado o valor de vendas orçadas ou o valor real das vendas.
2.5 PROJEÇÕES E ORÇAMENTOS
Uma empresa que pensa em gestão empresarial deve sempre se preocupar
com seus objetivos de curto e longo prazo, e para obter a resposta para essa
preocupação é de grande importância fazer um planejamento dos orçamentos da
empresa, projetar de maneira clara as atividades operacionais.
No conceito de Berti (2010, p. 161)
O orçamento é a expressão quantitativa e formal dos planos da
administração, e é utilizado no sentido de apoiar a coordenação e
implantação destes planos. O orçamento é o mecanismo elaborado pela
empresa a partir do planejamento operacional. Elaborar orçamento é atribuir
e alocar os valores financeiros correspondentes à consecução das metas e
ao desempenho operacional das ações setoriais.
No entendimento de Zdanowicz (2001, p. 22) “o orçamento é o instrumento
utilizado para elaborar, de forma eficaz e eficiente, o planejamento e o controle
financeiros das atividades operacionais e de capital da empresa, auxiliando à
tomada de decisão”.
Ainda para Zdanowicz (2001, p. 23) “o principal objetivo do orçamento estará
relacionado com duas funções administrativas básicas, a saber: planejamento e
controle”.
Planejamento, no sentido de fixar os objetivos e programar as
atividades necessárias para alcançar as metas. Controle, no sentido de
avaliar os resultados obtidos, confrontando com as estimativas elaboradas,
verificando os desvios, e indicando as ações corretivas necessárias,
(ZDANOWICZ, 2001, p. 23).
40
O orçamento como pode-se analisar é de grande importância em uma
empresa, pois auxilia os gestores a definir padrões para avaliar se os objetivos estão
sendo alcançados ou não.
2.5.1 Classificação dos orçamentos
No entendimento de Oliveira et all (2005, p. 131) o orçamento pode ser
classificado em três grupos:
Orçamento Econômico- consiste na fixação de metas para os itens
que compõem a demonstração de resultados (Receitas e Despesas). O
ponto chave desse orçamento é o orçamento de vendas, ele é o ponto de
partida de todo o processo orçamentário. Os principais suborçamentos que
compõem o orçamento econômico são: orçamento de vendas, orçamento
de produção, orçamento de matéria-prima, orçamento de mão-de-obra,
orçamento dos custos indiretos de fabricação, orçamento de despesas
administrativas, orçamento de despesas comerciais, orçamento de
despesas financeiras.
Orçamento Financeiro- consiste na elaboração de suborçamentos
das atividades que influenciam o fluxo de caixa. O orçamento financeiro
permite à empresa obter as informações antecipadas quanto à necessidade
ou disponibilidade de recursos financeiros, o que beneficia a tomada de
decisões sobre os fatores que interferem no gerenciamento do fluxo de
caixa. Os principais suborçamentos que compõem o orçamento financeiro
são: orçamento de contas a pagar, orçamento de contas a receber,
orçamento de aplicações, orçamento de empréstimos e orçamento de caixa.
Orçamento de Capital- consiste na elaboração das estimativas de
investimentos, principalmente em imobilizado, que são utilizadas para
geração de receitas futuras, portanto, precisam ser depreciados ou
amortizados. O principal suborçamento do orçamento de capital é o
orçamento de imobilizado.
O orçamento de venda se destaca como uma das principais atribuições do
orçamento, por ser com a mesma que se define os prazos e metas de vendas para
um determinado período.
2.5.2 Orçamento de Vendas
O orçamento de venda é muito importante para as empresas, não importando
o seu porte nem o ramo de mercado, pois é a mola propulsora de seu orçamento
global, o mesmo sendo elaborado de maneira eficiente vai demonstrar as reais
41
dimensões da empresa, sua capacidade de venda, sua equipe de venda, entre
outras.
Para Zdanowicz (2001, p. 33)
O orçamento de vendas é uma das peças mais importantes da
empresa, pois está diretamente relacionada com a capacidade do mercado
em absorver produtos e/ou serviços, o nível de demanda futura, o potencial
da equipe de venda, bem como o dimensionamento da produção. O
orçamento de vendas reveste-se de especial significado dentro do sistema
de planejamento financeiro global, por estar diretamente ligado com as
outras funções da empresa.
Ainda para o mesmo autor:
Orçamento de vendas constituir-se-á na planificação futura das
vendas da empresa para determinado período, relacionado em suas
projeções os produtos e/ou serviços que serão oferecidos e distribuídos em
cada mercado de atuação, indicando quantidade, preço unitário e receita
total (ZDANOWICZ, 2001, p. 35)
Conforme Zdanowicz (2001, p. 35)
O principal objetivo do orçamento de vendas é atender com
qualidade os clientes, oferecendo o preço certo, a quantidade certa, o
produto certo, no lugar certo e no tempo certo. Isso irá permitir a correta
projeção da receita operacional futura da empresa para o período
considerado.
Acresce-se, ainda, que será objetivo do orçamento de vendas
apresentar uma visão geral da área mercadológica, isto é, estudar os
mercados que os produtos e/ou serviços serão comercializados, quais
deverão ser as quantidades vendidas e a que preços elas serão vendidas.
Zdanowicz (2001, p. 37) também apresenta quais as principais características
que o orçamento de vendas deverá apresentar:
a) a elaboração deverá ser em unidades físicas e monetárias, mas, se for
impraticável, a estimativa das quantidades se restringirá ao aspecto
monetário;
b) mercado em que o produto e/ou serviço deverá ser comercializado;
c) preço de venda unitário, que será praticado em cada mercado;
d) receita estimada por produto e/ou serviço, por linha de produtos ou filial
de vendas.
O orçamento de vendas permite a empresa obter uma visão sobre o seu
potencial no mercado de atuação e para seus consumidores, o mesmo é uma peça
que serve como subsídio para as demais unidades orçamentárias.
42
2.5.3 Estratégias de Marketing
A estratégia de marketing é a melhor maneira de se alcançar os objetivos de
marketing que já tenham sido estabelecidos.
No entendimento de Westwood (2007, p. 117) “estratégias são os métodos
amplos escolhidos para atingir objetivos específicos. Descrevem os meios para
atingir os objetivos no prazo de tempo exigido”.
Para o mesmo autor as estratégias de marketing relacionam-se às políticas
gerais quanto ao seguinte:
 Produtos
- mudar o mix / portfólio de produtos;
- abandonar, adicionar ou modificar produtos;
- mudar o desing, a qualidade ou o desempenho; e
- consolidar / padronizar.
 Preços
- mudar preços, prazos ou condições para grupos de produtos específicos
em segmentos de mercado específicos;
- política de desnatamento;
- política de penetração; e
- política de descontos.
 Promoção
- mudar o departamento / equipe de vendas;
- mudar a política de relações públicas; e
- aumentar / diminuir a participação em exposições / feiras.
 Distribuição
- mudar os canais; e
- melhorar o serviço (WESTWOOD, 2007, p. 117)
Ainda seguindo a linha de Westwood (2007), podem ser definidos alguns tipos
de estratégias de marketing, como:
Estratégias Defensivas – idealizadas para evitar a perda dos
clientes existentes.
Estratégias de Desenvolvimento – idealizadas para oferecer aos
clientes existentes uma variedade maior de seus produtos ou serviços.
Estratégias de Ataque – idealizadas para desenvolver o negócio
por meio de novos clientes, (WESTWOOD, 2007, p. 118).
É com a estratégia de marketing que a empresa vai poder demonstrar aos
seus clientes a diferenciação que seus produtos possuem dos concorrentes e
também testar cada um de seus produtos, para analisar o seu rendimento ou não.
43
2.6 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
A análise de investimentos é realizada com índices ou indicadores
financeiros, os quais possuem o objetivo de medir a situação financeira da empresa,
os principais métodos de análise de investimentos são:
2.6.1 Tempo de retorno de investimentos – Payback
O tempo de retorno de investimentos – Payback tem o objetivo de mostrar
para o empresário qual será o tempo em que irá obter o investimento inicial do
empreendimento.
Segundo Gitman (2001, p. 300) “o período de payback é o exato momento de
tempo necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto
calculado a partir de seus fluxos de entrada de caixa”.
Para Dolabela (1999, p. 240) “o período de payback, ou de recuperação do
investimento, é o tempo necessário para o futuro empreendedor recuperar o dinheiro
aplicado em um novo negócio”.
Ainda no entendimento de Dolabela,
Por ser visto como uma medida de risco, muitas empresas usam o
período de payback como critério de decisão ou como complemento para
técnicas de decisão sofisticadas. Quanto mais tempo a empresa precisar
esperar para recuperar seu investimento, maior a sua possibilidade de
perda. Portanto, quanto menor for o período de payback, menor será a
exposição da empresa aos riscos, (DOLABELA, 1999, p. 240)
O tempo de retorno de investimentos – payback também pode ser utilizado na
tomada de decisões (aceitar- rejeitar) existem dois critérios, os quais são:
 Se o período de payback é menor do que o período de payback máximo
aceitável, aceitar o projeto.
 Se o período de payback é maior do que o período de payback máximo
aceitável, rejeitar o projeto (GITMAN, 2001, p. 30).
O tempo máximo para o período de payback vai ser decidido pela alta
administração, o qual em geral é criado pela alta administração, mas que pode
ajudar para boas decisões de investimentos.
44
2.6.2 Valor presente líquido (VPL)
Para Lacruz (2008, p. 117) “O Valor Presente Líquido representa o valor atual
para os futuros fluxos reais que serão gerados para o projeto, deduzindo o
investimento inicial, descontando a uma taxa que representa o custo de
oportunidade do investidor”.
O valor presente líquido considera o valor do dinheiro no tempo, ele
é considerado uma técnica de orçamento de capital sofisticada. Todas
essas técnicas, de uma forma ou de outra, descontam os fluxos de caixa da
empresa a uma taxa específica. Essa taxa, muitas vezes chamada de taxa
de desconto, retorno exigido, custo de capital ou custo de oportunidade se
refere ao retorno mínimo que deve ser conseguido de um projeto, para não
alterar o valor da empresa no mercado, (GITMAN, 2001, p. 302).
Ainda no entendimento de Gitman (2001, p. 302) “o valor presente líquido
(VPL) é encontrado ao se subtrair o investimento inicial de um projeto (II) do valor de
seus fluxos de entrada de caixa (CF t), descontados a uma taxa igual à do custo de
capital da empresa (K)”.
Dolabela (1999, p. 241) acrescenta que:
O VPL será aquele valor revertido até a data de início das atividades
da empresa, com uma taxa que o empreendedor desejaria obter, subtraído
do valor de seu investimento inicial. Caso esse valor seja positivo, indica
que a empresa lhe proporcionou um retorno acima de suas expectativas; do
contrário, seu investimento rendeu-lhe naquele período menos que o
desejado.
O valor presente líquido é considerado uma técnica sofisticada de análise dos
investimentos, pois ele considera o valor o dinheiro no tempo.
2.6.3 Taxa interna de retorno (TIR)
O objetivo da taxa interna de retorno é igualar o valor presente dos fluxos de
entrada de caixa com o investimento inicial de um projeto.
Para Dolabela (1999, p. 242)
A taxa interna de retorno (TIR) é, possivelmente, a técnica mais
usada para a avaliação das alternativas de investimento. É a taxa que
iguala o valor presente líquido ao investimento inicial referente a um projeto.
Em outras palavras, é a taxa de retorno que, se utiliza para o cálculo do
VLP, proporcionará a este um valor exatamente igual ao valor do
investimento inicial feito pelo empresário.
45
Segundo Gitmann (2001, p. 303) “A taxa interna de retorno (TIR) é
provavelmente a técnica de orçamento de capital sofisticada mais usada. No
entanto, ela é consideravelmente mais difícil do que o VLP para se calcular sem
auxílio de uma calculadora”.
Os critérios que devem ser seguidos quando a TIR for usada para a tomada
de decisão, no entendimento de Gitman (2001, p. 303) “se a TIR é maior do que o
custo de capital, aceitar o projeto, se a TIR é menor do que o custo de capital,
rejeitar o projeto”.
Se forem seguidos esses critérios é garantido que a empresa consiga o seu
retorno exigido, podendo também aumentar o valor de mercado da empresa.
2.6.4 Índice de rotatividade do estoque
O índice de rotatividade do estoque representa o tempo em que a mercadoria
fica em estoque, a partir de sua entrada até o momento da venda.
Para Bertó e Beulke (2006, p. 320) “na área comercial, torna-se cada vez
mais imperioso trabalhar com níveis mínimos de estocagem, em face do custo
financeiro explosivo, num período em que a ausência de expectativas inflacionárias
aceleradas impede quaisquer movimentos especulativos com esse ativo”.
Ainda para Bertó e Beulke (2006, p. 320),
A boa gestão de estoques proporciona uma maior disponibilização
de recursos para compra, criando-se com isso a oportunidade de
suprimentos a custos gradativamente menores com os fornecedores. A
melhoria da rentabilidade e o maior poder de competitividade constituem
conseqüências naturais neste caso.
Segundo Bruni e Famá (2004, p. 59) “custo de estocagem: decorre em função
de gastos com armazenagem, seguros, refrigeração etc. Aumenta em função do
custo unitário de estocagem e do volume armazenado”.
No entendimento de Wernke (2001, p. 160) “a análise da política de
estocagem deve começar pela definição dos dias médios de estoque de cada
mercadoria. Para calcular o dia médio de estocagem (DE), usa-se a fórmula”:
DE = (EA unid. / VMM unid.) x 30
46
Onde:
DE = dias de estoque
EA unid. = estoque atual em unidades
VMM unid. = venda média mensal em unidades
Para Pizutti (2006, p. 23) “o estoque de melhor qualidade será sempre aquele
que apresentar o maior coeficiente de rotação”, podendo ser calculado pelas
fórmulas:
Giro de Estoques = Custo dos produtos vendidos
Estoques
Tempo de Reposição = 365: Giro
Pode-se calcular pelo método direto para saber o tempo de reposição (em
número de dias) dos estoques através da seguinte fórmula:
Tempo de Giro de Estoque =
(Estoques) x 365
(Custo dos produtos vendidos)
2.7 FLUXO DE CAIXA
O fluxo de caixa possui grande importância, pois, é com ele que as empresas
vão saber se possuem valores disponíveis para honrar seus compromissos com
terceiros.
Denomina-se fluxo de caixa de uma empresa ao conjunto de
ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período
determinado. O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da
situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de
recursos e todas as aplicações em itens do ativo, (ZDANOWICZ, 1995, p.
37).
Para Zdanowicz (1995, p. 38) “o principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma
visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são
realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e
que representam o grau de liquidez da empresa”.
47
O fluxo de caixa também serve para acompanhar o grau de liquidez de uma
empresa, para que ela consiga realizar um maior controle de suas reservas
monetárias e conseqüente garantia de solvência. Assim dependendo da situação da
liquidez da empresa, a área financeira pode tomar algumas decisões como:
captação de recursos, aplicação de recursos e concessão de créditos (COELHO e
CARDOSO, 2000).
Ainda no entendimento de Zdanowicz (1995, p. 49) “o fluxo de caixa
projetado, pode se expresso de forma genérica pela seguinte equação”.
SFC = SIC + I – D
Onde:
SFC = Saldo Final de Caixa;
SIC = Saldo Inicial de Caixa;
I = Ingressos;
D = Desembolsos.
O fluxo de caixa é o instrumento utilizado pelo administrador
finaceiro, com a finalidade de detectar se o saldo inicial de caixa adicionado
ao somatório de ingressos, menos o somatório de desembolsos em
determinado período, apresentará excedentes de caixa ou escassez de
recursos financeiros pela empresa, (ZDANOWICZ, 1995, p. 49).
O planejamento do fluxo de caixa pode ser feito em curto ou longo prazo, isso
vai depender do ramo de atividade da empresa e das oscilações do mercado em
atuação.
2.7.1 A Estrutura do Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é formado por ingressos e desembolsos financeiros
projetados para um dado período. Quanto mais completo o fluxo de caixa, melhor
será o controle das entradas e saídas de caixa da empresa.
Para Zdanowicz (1995) os principais itens que compõem o fluxo de caixa são:
a) Ingressos: são todas as entradas de caixa e bancos em qualquer
período;
b) Desembolsos: compõem-se das compras à vista e as compras a
prazo que necessitam de mapas auxiliares para posterior transporte ao fluxo
caixa;
48
c) Diferença do Período: ao comparar-se, período por período, os
ingressos e os desembolsos, apura-se o resultado entre os recebimentos e
os pagamentos;
d) Saldo Inicial de Caixa: é igual ao saldo final de caixa do período
imediatamente anterior;
e) Disponibilidade Acumulada: é o resultado da diferença do período
apurada, mais o saldo inicial de caixa;
f) Nível desejado de Caixa: é a projeção do disponível para o
período seguinte;
g) Empréstimos ou Aplicações de Recursos Financeiros: a partir do
saldo da disponibilidade acumulada, poderão ser captados empréstimos
para suprir as necessidades de caixa, ou serão realizadas aplicações
quando houver excedentes de caixa;
h) Amortizações ou Resgates das Aplicações: amortizações são as
devoluções do principal tomado emprestado, enquanto os resgates das
aplicações constituem-se nos recebimentos do principal;
i) Saldo Final de Caixa: é o nível desejado de caixa projetado para o
período seguinte que será o saldo inicial do caixa do período subsequente.
Essa estrutura do fluxo de caixa é de fácil entendimento e pode ser utilizada
em empresas de pequeno, médio ou grande porte, em indústrias, comércio,
empresas de prestação de serviços e também em instituições financeiras.
2.7.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa
Existem dois métodos que podem o fluxo de caixa, o método direto e o
método indireto.
No entendimento de Campos Filho (1999, p. 29), o método direto:
Consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de uma
empresa utilizando as partidas dobradas. A vantagem desse método é que
permite gerar as informações com base em critérios técnicos, eliminando,
assim, qualquer interferência da legislação fiscal.
Já o método indireto:
Consiste em demonstrar os recebimentos e pagamentos
operacionais indiretamente, ajustando o lucro líquido para reconciliá-lo ao
fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, ele toma por base o
Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados, (CAMPOS FILHO,
1999, p. 41).
O mesmo autor apresenta algumas vantagens e desvantagens dos dois
métodos.
49
Método Indireto – Vantagens

Apresenta baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do
início e o do final do período), a demonstração de resultados e algumas
informações adicionais obtidas na contabilidade.
 Concilia lucro contábil com fluxo de caixa operacional líquido, mostrando
como se compõe a diferença.
Método Indireto – Desvantagens
 O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de
competência e só depois convertê-las para regime de caixa. Se isso for
feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter surpresas
desagradáveis e tardiamente.
 Se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e
geralmente há, o método indireto irá eliminar somente parte dessas
distorções.
Método Direto – Vantagens
 Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e
pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais.
 Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais
rapidamente nas empresas.
 As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.
Método Direto – Desvantagens
 O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos.
 A falta de experiência dos profissionais das áreas contábil e financeira
em usar as partidas dobradas para classificar os recebimentos e
pagamentos (CAMPOS FILHO, 1999, p. 48).
Para a maioria das empresas, acredita-se que o método direto é o qual possui
maiores benefícios para elaborar o fluxo de caixa, isso ocorre principalmente para a
redução dos custos financeiros. Apesar disso cada empresa deve analisar qual o
método é mais adequado para a sua realidade.
50
3 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE
UMA LOJA MULTIMARCAS
A elaboração deste Plano de Negócios tem o interesse de estudar a
viabilidade de instalação de uma loja de confecções femininas, masculinas e
acessórios, com marcas conceituadas no mercado, a qual será localizada na cidade
de Ijui.
3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRINCIPAL DA EMPRESA A SER IMPLANTADA
A loja multimarcas a ser implantada, é do ramo do comércio varejista
vendendo confecções femininas, masculinas e acessórios, somente de marcas
conceituadas no mercado. Tendo como publico alvo à classe A, B e possivelmente
C, procurando atender principalmente o público feminino, optando pela venda de
roupas masculinas como uma estratégia de venda e fidelização das clientes.
A empresa pretende estar sempre atenta as mudanças das tendências da
moda, as quais alteram com muita facilidade, para sempre suprir as necessidades e
gostos diferenciados de seus clientes.
O maior diferencial deste negócio é estar engajado com a sustentabilidade e a
responsabilidade social, para assim buscar novas oportunidades em relação à
proteção da empresa, tentando reduzir os riscos que podem prejudicar os clientes, e
assim não correr o risco de perder sua credibilidade no mercado, e empregados,
evitando possíveis perdas de dinheiro em indenizações por insatisfação ou agressão
ao meio ambiente.
Tem a proposta de buscar novas oportunidades e conhecimentos para a
gestão da empresa, tentando assim propiciar uma redução dos gastos mensais,
eliminação de desperdícios e a melhoria do desempenho, com isso reduzindo a
quantidade de recursos utilizados para a venda de seus produtos, podendo
aumentar o lucro e reduzir o impacto ambiental.
51
3.1.1 Estrutura Organizacional e Legal
A empresa terá um investimento inicial de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil
reais), esse valor será utilizado na infra estrutura inicial da empresa, documentação
legal e aquisição de mercadorias, sendo que a empresaria Catia D. M. Ciotti será a
única proprietária do negócio e dispõe do valor, sem haver a necessidade de
empréstimos.
A loja vai ser constituída como uma empresa de pequeno porte, e optou como
forma de tributação o Simples Nacional.
Como a empresa é considerada de pequeno porte, a sua contabilidade será
realizada em um escritório de contabilidade, onde a mesma ficará responsável por
mandar os documentos necessários para a realização da contabilidade. Como a
proprietária possui formação acadêmica na área, ficará responsável pela
documentação, sempre colocando em prática seu conhecimento em gestão de
negócios, analisando os custos, desempenho, o fluxo de caixa e o andamento em
geral de sua empresa.
3.1.2 Estruturação Funcional, Diretoria, Gerência e Equipe
A empresa vai possuir uma estrutura funcional básica, pois se trata de uma
empresa de pequeno porte, contará com a colaboração de duas funcionárias e a
proprietária. As funcionárias serão responsáveis pelas vendas, reposição do
estoque, organização e limpeza da loja e junto com a proprietária a organização da
vitrine.
A proprietária será responsável pelo gerenciamento da loja, com os seguintes
itens: caixa da empresa, contas a pagar e a receber, compras de mercadorias,
publicidade e propaganda, controle de estoques, entre outros. A estrutura da
empresa será apresentada no organograma a seguir.
52
Sócia/ Proprietária
Administradora
Vendedora
Vendedora
Moda Feminina
Moda Masculina
Acessórios
Figura 1: Organograma Empresarial
Fonte: Dados conforme pesquisa
A remuneração inicial das funcionárias será de R$ 750,00 (setecentos e
cinquenta reais) cada, e o pró-labore de R$ 3.000,00 (três mil reais), com possíveis
reajustes dependendo de como a empresa vai realizar suas vendas nos primeiros
seis meses.
3.2 DESENVOLVIMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO, MARKETING,
FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO
Foram
analisadas
algumas
estratégias
de
marketing
e
formas
de
comercialização dos produtos, para conseguir uma boa instalação da empresa no
mercado, com diferencial dos concorrentes. Estes tópicos são tratados a seguir:
53
3.2.1 Análise da Atratividade do Negócio
No momento em que se começou a pensar em elaborar um plano de
negócios com o futuro interesse de abrir uma empresa de comércio de confecções,
logo surgiu à ideia de fazer algo diferenciado no mercado, para assim fazer com que
o negócio consiga ser mais atrativo para o público alvo.
E foi a partir deste pensamento que se tomou como estratégia de
implantação, colocar no mercado não apenas mais uma empresa, e sim algo
diferenciado para os clientes e sociedade em geral. Uma empresa com o foco na
sustentabilidade, onde tudo que está relacionado com a mesma será voltada para a
questão ambiental, prejudicando da menor forma possível o meio ambiente.
Começando pelo nome fantasia da empresa, que será Naturalmente Bella
Multimarcas, a qual foi criada para chamar a atenção dos clientes, e fazê-los pensar
nas questões ambientais.
A empresa também pretende se destacar das demais concorrentes,
proporcionando aos clientes um ambiente aconchegante, possuindo um espaço de
recreação com brinquedos para seus filhos, um espaço com sofás e televisão.
Irá oferecer além de grandes vantagens para clientes com cadastros, um
estilo diferenciado, sempre atento às tendências da moda e principalmente com
qualidade nos produtos e no atendimento.
As embalagens podem ser reutilizadas, não causando nenhum risco ao meio
ambiente, serão usadas bolsas de papelão e TNT, pois possuem uma degradação
mais rápida, as quais possuirão vários tamanhos, por existir vários tipos de itens a
venda, as mesmas poderão ser devolvidas pelas clientes para a empresa ou ficar
com as mesmas para reutilizarem na próxima compra. Este novo estilo de uso das
embalagens será bem divulgado e explicado para as clientes, fazendo assim com
que o maior número e clientes adotem este sistema.
Ainda voltado para a questão ambiental, a empresa terá seus móveis com
madeiras reutilizadas e seus puffs serão feitos de filtros de caminhão estofados.
54
3.2.2 Análise do Mercado (Produtos/Serviços, Concorrência, Clientes e
Fornecedores)
O comércio de vestuários, apesar da instabilidade da economia, vem
crescendo. É um setor que costuma não sofrer grandes abalos, pois na maioria dos
países, dando destaque maior para o Brasil, em alguns estados, às estações são
bem definidas, fazendo assim, com que o consumo aumente a cada estação, pois
sempre surgem novas tendências.
E essas tendências passaram a ser mais acompanhadas pela maioria da
população, resultado do aumento da renda nacional. Esse crescimento do consumo
pode ser visto de maneira bem clara no segmento de roupas, principalmente no
setor feminino, o qual é o foco desta empresa. Podendo assim, analisar este
investimento como uma grande oportunidade de crescimento, já que o setor se
mostra estar em grande expansão.
Como
o
mercado
está
em
constante
crescimento,
à
concorrência
consequentemente também tende a aumentar. Possivelmente uma concorrência que
entra ou as que já estão no mercado, tendem a buscar sempre seu diferencial, com
isso tem se a necessidade de sempre estar atento aos pontos fortes e fracos de
nossos concorrentes.
Por este motivo, foram realizadas pesquisas com possíveis clientes,
solicitando basicamente quais os pontos fortes e fracos das lojas que elas costumam
comprar. Após o levantamento destas questões foi possível identificá-los, sendo
eles:
Os pontos fortes são: coleção das roupas geralmente atualizadas, prazos de
pagamentos bem estendidos, promoções no final de cada estação.
Já os pontos fracos são bem mais amplos: reclamações quanto ao mau
atendimento, falta de interesse por parte das vendedoras com as clientes e que
ainda tentam forçar a compra, um ambiente pequeno e não muito aconchegante
com provadores que geralmente são apertados, algumas vezes encontram roupas
repetidas, o que para clientes deste setor é algo inaceitável, até pelo valor das
mercadorias.
Com esses pontos levantados, a loja Naturalmente Bella Multimarcas, vai
tentar se sobressair sobre as concorrentes, oferecendo sempre um atendimento
exclusivo e atencioso a cada cliente, sempre mostrando a elas a qualidade dos
55
produtos e seus diferencias, para que escolham quais e quantos desejam, um
ambiente amplo, com as roupas bem distribuídas na loja, para a melhor visualização
de cada peça, provadores com tamanhos adequados e bem iluminados, e
principalmente sempre garantir exclusividade em suas peças, não possuindo
repetição dentro da empresa.
Outro diferencial vai ser as avaliações que as clientes podem fazer sobre a
loja, em períodos ainda não estipulados, nas quais podem falar sobre os pontos
fortes e fracos da empresa, para que se possa estar sempre melhorando, assim
pode-se oferecer cada vez um atendimento melhor e diferenciado da concorrência.
O publico alvo da loja multimarcas vai ser bem selecionado, procura-se atingir
a classe A, B, e possivelmente parte da C, por ser uma empresa somente com
marcas selecionadas e de um custo aquisitivo um pouco elevado, vai possuir em
maior quantidade peças femininas e acessórios, e algumas peças do vestuário
masculino, tendo assim um foco maior para o público feminino.
As
compras
das
mercadorias
serão
realizadas
diretamente
com
representantes das marcas escolhidas para serem vendidas na loja, não tendo a
possibilidade de fazer compras em shoppings, como a maioria das empresas fazem.
Por este motivo não haverá gastos a mais com as compras de mercadorias.
Em uma pesquisa realizada com fornecedores e empresas do mesmo ramo, o
pagamento pode ser realizado à vista com 5% de desconto, ou parcelado em até 90
dias sem acréscimo, dependendo do valor da compra, e para facilitar a compra e
poder sempre manter uma organização dos gastos da empresa, foi elaborado um
cadastro para fornecedores, que vai conter seus dados, os itens comprados e seus
prazos de pagamentos. Segue o cadastro de fornecedores a seguir:
56
Quadro 3: Cadastro de Fornecedores
CADASTRO DE FORNECEDORES
Nome Fantasia:
Razão Social:
CNPJ:
Telefone:
E-mail
Endereço:
Cidade:
CEP:
Vendedor:
Marca:
Itens Comprados:
Forma de Pagamento:
Condições de Trocas:
Fonte: Dados conforme pesquisa
3.2.2.1 Estratégias de Marketing
A empresa irá adotar estratégias de marketing, que sempre estarão voltadas
para facilitar as compras dos clientes, a visibilidade da empresa no mercado e
principalmente serão realizadas de uma maneira que agrida da menor forma
possível o meio ambiente. São elas:
 A empresa ira oferecer um ambiente aconchegante, com televisão, um
espaço com alguns brinquedos para distração de crianças (caso necessário), som
ambiente, água e biscoitos a disposição de todos os clientes.
 Modelos de roupas diversificados, sem repetições, forma de exposição
das peças bem elaborada, para melhor visualização das clientes, provadores amplos
e bem iluminados.
 Atendimento qualificado, vendedoras bem alegres e com vontade de
atender suas clientes, horário de atendimento diferenciado, nos dias de semana
ficará aberta até as 19h00min, para as clientes que trabalham em horário comercial,
e nos sábados a loja abrirá todas as tardes.
 A maneira de realizar as propagandas também será diferenciada, haverá
um site da loja, contendo todos os dados necessários e as novidades nas coleções,
também terá Facebook e Orkut, onde sempre serão atualizadas as fotos com roupas
e acessórios da loja e ainda alguns anúncios em rádios. Não haverá a distribuição
de folders, pois a loja está engajada em um projeto de sustentabilidade, sendo esta
forma de propaganda agressiva ao meio ambiente.
57
 Será realizado um atendimento mais individualizado para clientes com
cadastro e que sempre compram na loja, elas terão a oportunidade de fazer
reservas de peças que visualizarem na internet e ainda se preciso, as peças serão
levadas até as suas casas para poderem assim, escolher de maneira mais calma as
que gostariam de comprar.
 A empresa conterá uma logomarca bem criativa, de maneira a chamar a
atenção de todos, conforme figura a seguir:
NATURALMENTE BELLA
Figura 2: Logamarca da empresa
Fonte: Dados conforme pesquisa
 Os clientes podem adquirir o cartão fidelidade da loja, no qual irão
acumular pontos e depois transformá-los em desconto na compra de mercadorias.
 Serão realizadas promoções em datas comemorativas do ano, como dias
das mães, dia dos namorados, páscoa, dia dos pais e natal, e também a cada final
de estação.
3.2.3 Análise de Oportunidades e Riscos
Para conseguir realizar a análise das oportunidades e riscos que a empresa
vai encontrar ao se inserir no mercado atual, foram levantados indicadores no
âmbito de clientes, ambiente externo e interno. Os quais poderão ser visualizados no
quadro a seguir.
58
Quadro 4: Matriz FOFA
Oportunidades (externo)
Estações climáticas bem definidas;
Mercado em crescimento;
Pessoas procurando produtos de melhor
qualidade e com diferenciação;
Fornecedores (representantes) vêm até
a empresa, não possuindo gastos com
viagens;
Pontos Fortes (interno)
Atendimento de qualidade;
Produtos com qualidade e diversificados;
Ameaças (externo)
Concorrentes;
Inadimplência;
Impostos elevados;
Oscilação da economia
Pontos Fracos (interno)
Conquistar os primeiros clientes;
Necessidade de um alto capital de giro,
pelas roupas possuírem um valor
elevado;
Horário de atendimento diferenciado;
Encontrar vendedoras qualificadas, que
atendam as necessidades da empresa;
Ambiente interno bem estruturado, com Falta de experiência no ramo do
área
para
crianças,
clientes
e comércio.
acompanhantes;
Capital próprio;
Realização de marketing, em site e
redes sociais como, facebook e Orkut;
Empresa
engajada
com
a
sutentibilidade;
Cartão fidelidade.
Fontes: Dados conforme pesquisa
3.2.4 Características dos Consumidores x Forma de Venda
As principais características dos consumidores são: classes A e B,
possivelmente da C, pessoas que buscam qualidade nos produtos e marcas
renomadas, consequentemente com um custo elevado.
A empresa pretende buscar formas de vendas diferenciadas de seus
concorrentes, como vendedoras com experiência na área para sempre proporcionar
um bom atendimento, a implantação do cartão fidelidade, que vai proporcionar para
as clientes com cadastro, a possibilidade de acumular pontos com suas compras,
revertendo em mercadorias de suas escolhas, conforme o número de pontos. Avisar
por meio do site, redes sociais e também com ligações ou mensagens no celular
sobre o recebimento de novas mercadorias ou promoções.
59
3.3 INVESTIMENTO INICIAL
Na sequencia são apresentadas as planilhas que foram desenvolvidas para
apresentar estimativas de valores necessários para a abertura da empresa.
Apresentando inicialmente os investimentos pré-operacionais, investimentos fixos,
custo
do
estoque
inicial
de
mercadorias,
política
de
vendas,
e
assim
respectivamente.
Quadro 5: Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais
ESTIMATIVAS DE INVESTIMENTOS PRÉ - OPERACIONAIS
Descrição
Valor
%
Registro
1.000,00
33,33
Publicidade
500,00
16,67
Hospedagem de Site
100,00
3,33
Reforma do Ambiente
1.000,00
33,33
Fachada
400,00
13,33
Total dos Investimentos Pré - Operacionais
3.000,00
100,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
O quadro anterior demonstra do total de investimentos pré-operacionais,
todos os gastos necessários para a instalação da empresa, que totalizaram R$
3.000,00 (três mil reais), sendo que os valores mais significativos são os gastos com
o registro da empresa e reforma do ambiente, seguido da publicidade, fachada e o
que menos possui representatividade é a hospedagem de site.
60
Quadro 6: Estimativa de Investimento Fixo
ESTIMATIVA DE INVETIMENTOS FIXOS
Descrição
Quantidade
Máquinas e Equipamentos
Notebook
1
Impressora Cupom Fiscal
1
Impressora
1
Ar condicionado split 18.000 Btus
1
TV LCD 32"
1
Software
1
Telefone sem fio
1
Máquina de cartão de crédito
1
Móveis e Utensílios
Balcão Caixa
1
Balcão Vitrine
1
Balcão atendimento (central)
1
Provadores
2
Prateleiras
4
Sofá
1
Araras
4
Puffs
4
Brinquedos
11
Manequim Feminino
2
Manequim Masculino
1
Cabides com Presilha
150
Cabides Bolinha
300
Espelhos para Provadores
2
Espelhos para Ambiente da Loja
2
Banqueta para Balcão Caixa
1
Cadeira de Escritório
1
Decoração em geral
Armário
1
Total do Investimento Fixo
Capital Próprio
Fonte: Dados conforme pesquisa
Valor R$
6.045,00
1.200,00
1.674,00
200,00
1.520,00
999,00
150,00
72,00
230,00
12.602,00
590,00
490,00
790,00
1.160,00
1.160,00
700,00
2.500,00
200,00
180,00
1.000,00
510,00
382,00
630,00
300,00
250,00
120,00
150,00
1.000,00
490,00
18.647,00
75.000,00
O quadro 6 apresenta dos investimentos fixos para a implantação da loja, os
quais totalizam R$ 18.647,00 (dezoito mil seiscentos e quarenta e sete reais), deste
R$ 6.045,00 (seis mil e quarenta e cinco reais) são gastos com máquinas e
equipamentos e R$ 12.602,00 (doze mil seiscentos e dois reais), com móveis e
utensílios. Sendo que o total investido para a abertura da empresa e o valor de R$
75.000,00 (sessenta e cinco mil reais).
61
Quadro 7: Custo do Estoque Inicial
ESTOQUE INICIAL
Feminino
Custo Unitário Quantidad
Descrição do Produto
Médio (R$)
e
Total (R$)
Blusas Inverno
99,00
45
4.455,00
Blusas Verão
79,00
35
2.765,00
Camisetes
75,00
23
1.725,00
Vestidos Curtos
95,00
20
1.900,00
Vestidos Longos
105,00
12
1.260,00
Saias
73,00
18
1.314,00
Calça Jeans
189,00
40
7.560,00
Legging
90,00
15
1.350,00
Casacos Lã
190,00
15
2.850,00
Shorts Jeans
115,00
20
2.300,00
Jaquetas Jeans
100,00
16
1.600,00
Blusas de Lã
93,00
25
2.325,00
Casacos (Capas)
200,00
20
4.000,00
Lingerie
15,00
30
450,00
Total Femininos
35.854,00
Masculino
Camisetas
85,00
28
2.380,00
Camisas
97,00
20
1.940,00
Calça Jeans
160,00
23
3.680,00
Bermuda Jeans
110,00
20
2.200,00
Total Masculinos
10.200,00
Acessórios
Bolsas
35,00
20
700,00
Brincos
6,00
30
180,00
Pulseiras
10,00
30
300,00
Cintos
20,00
18
360,00
Carteiras
12,00
25
300,00
Lenços
8,00
20
160,00
Total Acessórios
2.000,00
Total Estoque Inicial
48.054,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
O quadro 7 apresenta o custo que a empresa terá para montar o seu estoque
inicial, o qual foi de R$ 48.054,00 (quarenta e oito mil e cinquenta e quatro reais),
deste valor total, R$ 35.854,00 (trinta e cinco mil oitocentos e cinquenta e quatro
reais) é de roupas do setor feminino, R$ 10.200,00 (dez mil e duzentos reais) do
setor masculino e R$ 2.000,00 (dois mil) de acessórios. A figura 3 apresenta o
percentual que cada setor representa no total dos investimentos em estoque inicial,
62
sendo 75% (setenta e cinco por cento) do setor feminino, 21% (vinte e um por cento)
do setor masculino e 4% (quatro por cento) do setor de acessórios.
4%
21%
75%
Total Feminino
Total Masculino
Total Acessórios
Figura 3: Custo das Mercadorias/ estoques
Fonte: Dados conforme pesquisa
Quadro 8: Políticas de Vendas/Compras/Estoques
POLÍTICA DE VENDAS
a) Prazo Médio de Vendas das Mercadorias
%
Vendas à Vista
40
Vendas à Prazo
60
Prazo Médio
POLÍTICA DE COMPRAS
b) Prazo Médio de Compras das Mercadorias
%
Compras à Vista
15
Compras à Prazo
85
Prazo Médio
POLÍTICA DE ESTOQUES
Dias
c) Necessidade Média de Estoque das
Mercadorias
10
ESTIMATIVA ESTOQUE INICIAL
R$
d) Necessidade de Investimento Inicial em
Estoques
48.054,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
Dias
90
54
Dias
90
76,5
O quadro 8 apresenta as políticas de vendas, compras e estoques que a
empresa pretende adotar. Como política de vendas a empresa vai possibilitar aos
clientes o pagamento à vista, com a pretensão que o mesmo representará 40%
63
(quarenta por cento), e também a venda a prazo que poderá ser realizada em até 3
(três) vezes, 30 (trinta), 60 (sessenta) e 90 (noventa) dias, resultando em um prazo
médio de recebimentos de 54 (cinquenta e quatro) dias.
Como política de compras a empresa decidiu que realizará 15% (quinze por
cento) das compras à vista, os quais serão realizados no momento em que os
fornecedores oferecerem descontos nas mercadorias, e 85% (oitenta e cinco por
cento) a prazo, podendo ser efetuado o pagamento em até 3 (três) vezes, quando se
achar necessário, obtendo um prazo médio de 76,5 (setenta e seis vírgula cinco)
dias para pagar os fornecedores.
A empresa resolveu utilizar para a política de estoques, uma necessidade de
atualização dos produtos em 10 (dez) dias, para sempre estar atualizada com a
moda e oferecer o melhor para suas clientes. Possui a necessidade de investimento
inicial em estoque no valor de R$ 48.054,00 (quarenta e oito mil cinquenta e quatro
reais).
Quadro 9: Estimativa de Investimento Inicial
ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO INICIAL
Descrição
Valor (R$)
Estimativa de Investimentos Fixos
18.647,00
Estimativa de Investimentos em Estoques
48.054,00
Estimativa de Capital de Giro
5.299,00
Estimativa de Investimentos PréOperacionais
3.000,00
Total de Investimentos Iniciais
75.000,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
%
24,86
64,07
7,07
4,00
100,00
O Quadro 9 apresenta o valor total a ser investido para a abertura da
empresa, que foi de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) este representando
100% (cem por cento), sendo a estimativa de investimento em estoques, o que
possui mais representatividade referente ao total investido com 64,07% (sessenta e
quatro vírgula sete por cento), seguido da estimativa de investimentos fixos com
24,86% (vinte e quatro vírgula oitenta e seis por cento),sendo a estimativa de capital
de
giro
e
de
investimentos
pré-operacionais,
as
que
possuem
menos
representatividade do total investindo com 7,07% (sete vírgula sete por cento) e
4,00% (quatro por cento) respectivamente. Segue figura para visualização
64
4%
7%
25%
Estimativa de Investimentos Fixos
Estimativa de Investimentos em
Estoques
Estimativa de Capital de Giro
Estimativa de Investimentos PréOperacionais
64%
Figura 4: Estimativa de Investimento Total
Fonte: Dados conforme pesquisa
Quadro 10: Estimativa de Capital de Giro
ESTIMATIVA DE CAPITAL DE GIRO
1 Aplicações de Recursos
Valor (R$)
Disponibilidades para 1 dia
Contas a Receber
Estoques
2 Fonte de Recursos
Fornecedores
Investimento Pré-Operacional
3 Necessidade de Capital de Giro
Fonte: Dados conforme pesquisa
211,96
38.915,83
48.054,00
33.590,50
3.000,00
5.299,00
O quadro anterior apresenta a estimativa de capital de giro, com as
aplicações de recursos e as fontes de recursos. Nas aplicações consta a
disponibilidade em valor monetário que a empresa terá por dia que é de R$ 211,96
(duzentos e onze reais com noventa e seis centavos), as contas a receber, o valor
das vendas a prazo que representam 60% (sessenta por cento) do faturamento
mensal da empresa, resultam num valor de R$ 38.915,83 (trinta e oito mil
novecentos e quinze reais com oitenta e três centavos) e ainda o total dos estoques
iniciais R$ 48.054,00 (quarenta e oito mil cinquenta e quatro reais).
65
As fontes de recursos são os fornecedores, o valor resultante do custo das
mercadorias vendidas R$ 33.590,50 (trinta e três mil quinhentos e noventa reais com
cinquenta centavos) e do investimento pré-operacional R$ 3.000,00 (três mil reias).
O quadro apresenta ainda a necessidade de capital de giro que é de R$ 5.299,00
(cinco mil duzentos e noventa e nove reais).
3.4 DESPESAS MENSAIS
Foi realizado o levantamento de todas as possíveis despesas mensais que a
empresa obterá. As mesmas possuem grande importância na composição do preço
de venda das mercadorias, por estarem ligadas diretamente nas vendas. Serão
apresentadas a seguir as despesas com pessoal, despesas com depreciação, um
resumo das demais despesas mensais e o custo de comercialização.
Quadro 11: Estimativa do Custo com Pessoal: Salários e Encargos
Funcionários
%
Valor R$
Salário Bruto
Provisão 13º Salário
8,33%
Provisão Férias
8,33%
1/3 Férias
2,78%
Sub Total
Previsões
7%
FGTS
8%
Total
Quantidade de funcionários
Total
Fonte: Dados conforme pesquisa
750,00
62,48
62,48
20,85
895,80
62,71
71,66
1.030,17
2,00
2.060,34
O quadro 11 apresenta a estimativa do custo com pessoal, o salário e seus
encargos, que compõe as despesas fixas mensais. Serão contratadas inicialmente
duas funcionárias, as quais receberão um salário bruto de R$ 750,00 (setecentos e
cinquenta reais), para a empresa, integram a esse valor 8,33% (oito vírgula trinta e
três por cento) da provisão do 13º salário, 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento)
da provisão de férias e 2,78% (dois vírgula setenta e oito por cento) referente à 1/3
de férias, assim totalizando R$ 895,80 (oitocentos e noventa e cinco reais com
oitenta centavos).
66
Em relação aos encargos trabalhistas devem-se incluir a esse valor mais 7%
(sete por cento) de previsões, referentes às faltas remuneradas e licenças que os
trabalhadores possuem direito, e 8% de FGTS, assim obtendo um gasto por
funcionária de R$ 1.030,17 (um mil e trinta reais com dezessete centavos), por se
tratar de duas funcionárias a empresa obterá um custo total com pessoal de R$
2.060,34 (dois mil e sessenta reais com trinta e quatro centavos). Não foi calculado o
valor referente ao INSS, por se tratar de uma empresa optante do Simples Nacional.
Quadro 12: Estimativa do Custo com Depreciação
ESTIMATIVA DO CUSTO DE DEPRECIAÇÃO
Valor a
Taxa
Valor
Deprec. Deprec.
Valor do
ser
de
Descrição
Residua
Anual
Mensal
bem (R$)
Deprec. Deprec.
l (R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(%)
Máquinas e Equipamentos
Notebook
1.200,00
120,00
1.080,00
20%
216,00
18,00
Impressora Cupom Fiscal
1.674,00
167,40
1.506,60
20%
301,32
25,11
Impressora
200,00
20,00
180,00
20%
36,00
3,00
Ar split 18.000 Btus
1.520,00
152,00
1.368,00
20%
273,60
22,80
TV LCD 32"
999,00
99,90
899,10
20%
179,82
14,99
Software
150,00
15,00
135,00
0%
0,00
Telefone sem fio
72,00
7,20
64,80
20%
12,96
1,08
Máquina de cartão de crédito
230,00
23,00
207,00
20%
41,40
3,45
Total Depreciação Máquinas e
Equipamentos
6.045,00
604,50
5.440,50
1.061,10
88,43
Móveis e Utensílios
Balcão Caixa
Balcão Vitrine
Balcão atendimento (central)
Provadores
Prateleiras
Sofá
Araras
Puffs
Brinquedos
Manequim Feminino
Manequim Masculino
Cabides com Presilha
Cabides Bolinha
Espelhos para Provadores
Espelhos da Loja
Banqueta para Balcão Caixa
Cadeira de Escritório
Decoração em geral
Armário
Total Depreciação Móveis e
Utensílios
Total de Despesas com
Depreciação
590,00
59,00
490,00
49,00
790,00
79,00
1.160,00
116,00
1.160,00
116,00
700,00
70,00
2.500,00
250,00
200,00
20,00
180,00
18,00
1.000,00
100,00
510,00
51,00
382,00
38,20
630,00
63,00
300,00
30,00
250,00
25,00
120,00
12,00
150,00
15,00
1.000,00
100,00
490,00
49,00
12.602,0
0 1.260,20
Fonte: Dados conforme pesquisa
531,00
441,00
711,00
1.044,00
1.044,00
630,00
2.250,00
180,00
162,00
900,00
459,00
343,80
567,00
270,00
225,00
108,00
135,00
900,00
441,00
11.341,80
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
10%
53,10
44,10
71,10
104,40
104,40
63,00
225,00
18,00
16,20
90,00
45,90
34,38
56,70
27,00
22,50
10,80
13,50
90,00
44,10
4,43
3,68
5,93
8,70
8,70
5,25
18,75
1,50
1,35
7,50
3,83
2,87
4,73
2,25
1,88
0,90
1,13
7,50
3,68
1.134,18
94,52
182,94
67
O valor da depreciação também entra como uma despesa fixa mensal para a
empresa, pois representa a perda do valor do bem a partir de seu desgaste em
relação aos anos de uso, sendo reposto mensalmente. A depreciação foi calculada
separadamente para máquinas e equipamentos e móveis e utensílios.
Para o grupo de máquinas e equipamentos o valor mensal é de R$ 88,43
(oitenta e oito reais com quarenta e três centavos), este foi encontrado a partir do
valor de seus bens subtraído pelo valor residual e após calculado a partir da
estimativa de vida útil. Para móveis e utensílios o valor encontrado foi de R$ 94,52
(noventa e quatro reias com cinquenta e dois centavos), calculado da mesma forma
que o grupo anterior. Assim totalizando em uma despesa mensal com depreciação
para a empresa de R$ 182,94 (cento e oitenta e dois reias com noventa e quatro
centavos).
Quadro 13: Resumo das Despesas Mensais
ESTIMATIVA DAS DESPESAS FIXAS MENSAIS
Descrição
Valor (R$)
Aluguel
1.500,00
Água
18,00
Luz
300,00
Internet/Telefone
240,00
Escritório Contábil
300,00
Publicidade
200,00
Funcionárias
2.060,34
Pró-labore
3.000,00
Depreciação
182,94
Embalagens
140,00
Mensalidade Máquina de Cartão
30,00
Material de Expediente
60,00
Material de Consumo
40,00
Mensalidade Site
120,00
Manutenção Conta Bancária
22,00
Total
8.213,28
Fonte: Dados conforme pesquisa
%
18,26
0,22
3,65
2,92
3,65
2,44
25,09
36,53
2,23
1,70
0,37
0,73
0,49
1,46
0,27
100,00
O quadro anterior apresenta a estimativa das despesas fixas operacionais
mensais da empresa, que totalizou R$ 8.213,28 (oito mil duzentos e treze reias com
vinte e oito centavos). Destas, as que possuem maior representatividade referente
ao total das despesas são, o pró-labore e os gastos com funcionários, com 36,53%
(trinta e seis vírgula cinquenta e três por cento) e 25,09% (vinte e cinco vírgula nove
68
por cento) respectivamente, seguidos pelo aluguel com 18,26% (dezoito vírgula vinte
e seis por cento), de modo que as outras despesas juntas totalizam 20,12% (vinte
vírgula doze por cento) referente ao total das despesas mensais. A participação das
despesas são apresentadas na figura a seguir.
0,37%
2,23%
0,73%
0,49%
1,46%
0,27%
1,70%
Aluguel
Água
Luz
18,26%
Internet/Telefone
0,22%
Publicidade
3,65%
Funcionárias
2,92%
36,53%
Escritório Contábil
Pró-labore
3,65%
Depreciação
2,44%
Embalagens
Mensalidade Máquina de Cartão
25,09%
Material de Expediente
Material de Consumo
Mensalidade Site
Manutenção Conta Bancária
Figura 5: Estimativa das Despesas Fixas Operacionais Mensais
Fonte: Dados conforme pesquisa
Para comercialização das mercadorias, tem-se os custos com impostos
(simples) mais os custos com cartão de crédito (administração).
Quadro 14: Custo de Comercialização
TRIBUTOS E COMISSÕES
Base de Cálculo
Descrição
(R$)
%
Simples
64.859,71 7,6%
Administração Cartão de
Crédito
64.859,71 3,5%
Total Tributos e Comissões
Fonte: Dados conforme pesquisa
R$
4.929,34
1.362,05
6.291,39
69
O quadro 14 apresenta os tributos que a empresa vai pagar em relação ao
seu faturamento. Sendo R$ 4.929,34 (quatro mil novecentos e vinte e nove reais
com trinta e quatro centavos) do Simples Nacional. A empresa estima que caso
100% (sessenta por cento) das vendas serão realizadas em cartão de crédito ou
débito, alcança assim um gasto de R$ 1.362,05 (um mil trezentos e sessenta e dois
reais com cinco centavos) referente à administração do cartão de crédito.
3.5 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO
A formação do preço de venda das mercadorias de uma empresa é o tópico
mais importante a ser analisado e bem elaborado. Pois é a partir desse valor e das
vendas que a empresa vai obter seu lucro, se tornar viável.
3.5.1 Métodos de formação de preço de venda das mercadorias
A empresa vai adotar a utilização do método Mark-up para a formação do
preço de venda de suas mercadorias. A partir dele encontrou-se o preço de venda
orientativo e o preço de venda mínimo, foi necessário calcular os preços
individualizados para cada produto, por haver diferença na estimativa de lucro de
cada um.
70
Quadro 15: Formação do Mark-up com Margem de Lucro
Mercadorias
Blusas
Inverno
Blusas Verão
Camisetes
Vestidos
Curtos
Vestidos
Longos
Saias
Calça Jeans
legging
Casacos Lã
Shorts Jeans
Jaquetas
Jeans
Blusas de Lã
Casacos
(Capas)
Lingerie
Mercadorias
Camisetas
Camisas
Calça Jeans
Bermuda
Jeans
Mercadorias
Bolsas
Brincos
Pulseiras
Cintos
Carteiras
lenços
Simple
s (%)
MARK-UP COM MARGEM DE LUCRO
Feminino
Despesa Despesa Marge
s
s
m de Soma Mark-up
Eventuai Mensais Lucro
(%)
Divisor
s (%)
(%)
(%)
Mark-up
Multiplicador
7,60
7,60
7,60
3,5
3,5
3,5
12,64
12,64
12,64
25
20
20
48,74
43,74
43,74
0,5126
0,5626
0,5626
1,9507
1,7773
1,7773
7,60
3,5
12,64
30
53,74
0,4626
2,1615
7,60
7,60
7,60
7,60
7,60
7,60
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
12,64
12,64
12,64
12,64
12,64
12,64
30
30
20
30
15
20
53,74
53,74
43,74
53,74
38,74
43,74
0,4626
0,4626
0,5626
0,4626
0,6126
0,5626
2,1615
2,1615
1,7773
2,1615
1,6323
1,7773
7,60
7,60
3,5
3,5
12,64
12,64
25
20
48,74
43,74
0,5126
0,5626
1,9507
1,7773
7,60
7,60
3,5
3,5
12,64
15 38,74 0,6126
12,64
40 63,74 0,3626
Masculino
Despesa Marge
s
m de Soma Mark-up
Mensais Lucro
(%)
Divisor
(%)
(%)
12,64
40 63,74 0,3626
12,64
30 53,74 0,4626
12,64
20 43,74 0,5626
1,6323
2,7575
Despesa
Simple
s
s (%) Eventuai
s (%)
7,60
3,5
7,60
3,5
7,60
3,5
7,60
Simple
s (%)
7,60
7,60
7,60
7,60
7,60
7,60
3,5
Despesa
s
Eventuai
s (%)
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
Fonte: Dados conforme pesquisa
12,64
20 43,74 0,5626
Acessórios
Despesa Marge
s
m de Soma Mark-up
Mensais Lucro
(%)
Divisor
(%)
(%)
12,64
40 63,74 0,3626
12,64
40 63,74 0,3626
12,64
40 63,74 0,3626
12,64
40 63,74 0,3626
12,64
40 63,74 0,3626
12,64
40 63,74 0,3626
Mark-up
Multiplicador
2,7575
2,1615
1,7773
1,7773
Mark-up
Multiplicador
2,7575
2,7575
2,7575
2,7575
2,7575
2,7575
71
O quadro 15 apresenta a formação do Mark-up com margem de lucro, que é a
base para encontrar o preço de venda orientativo. Foi utilizado como base para
encontrar seu valor as seguintes alíquotas: 7,6% (sete vírgula seis por cento) do
Simples Nacional, 3,5% (três vírgula cinco por cento) de despesas eventuais,
12,64% (doze vírgula sessenta e quatro por cento) das despesas mensais, referente
à porcentagem que as despesas fixas mensais representam do faturamento total, e
ainda somada a essas a margem de lucro desejada a cada mercadoria. Com isso
encontrou-se o Mark-up divisor e multiplicador.
Quadro 16: Formação do Mark-up sem Margem de Lucro
MARK-UP SEM MARGEM DE LUCRO
Feminino
Despes Despes Marge
Simple
as
as
m de
Soma
Mercadorias
s (%) Eventuai Mensais Lucro
(%)
s (%)
(%)
(%)
Feminino
7,60
3,5
12,64
0
23,74
Masculino
7,60
3,5
12,64
0
23,74
Acessórios
7,60
3,5
12,64
0
23,74
Fonte: Dados conforme pesquisa
Mark- Mark-up
up
Multiplic
Divisor
ador
0,7626
0,7626
0,7626
1,3112
1,3112
1,3112
O mark-up sem margem de lucro, foi calculado da mesma maneira que o
anterior, a única diferença que existe entre os dois, é que nesse não se utiliza
margem de lucro, pois ele auxilia na formação do valor mínimo que se deve vender
uma mercadoria, sem prejuízo e sem lucro. Por este motivo o valor do mark-up é
igual para todos os setores e produtos.
Para a obtenção do preço de venda mínimo e orientativo foi utilizado o valor
do mark-up divisor.
72
Quadro 17: Formação do Preço de Venda
Descrição dos
Produtos
Blusas Inverno
Blusas Verão
Camisetes
Vestidos
Curtos
Vestidos
Longos
Saias
Calça Jeans
legging
Casacos Lã
Shorts Jeans
Jaquetas
Jeans
Blusas de Lã
Casacos
(Capas)
Lingerie
Camisetas
Camisas
Calça Jeans
Bermuda
Jeans
Bolsas
Brincos
Pulseiras
Cintos
Carteiras
lenços
FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA
Mark-up
Custo
Mark-up
PV
PV
PV
Divisor
Unitário
Divisor (PV Mínimo- Orientativ Concorrênci
(PV
(RS)
Orientativo) Lucro 0%
o (R$)
a (R$)
Mínimo)
Feminino
99,00
0,7626
0,5126
129,81
193,12
250,00
79,00
0,7626
0,5626
103,59
140,41
190,00
75,00
0,7626
0,5626
98,34
133,30
200,00
95,00
0,7626
0,4626
124,57
205,34
240,00
105,00
73,00
189,00
90,00
190,00
115,00
0,7626
0,7626
0,7626
0,7626
0,7626
0,7626
0,4626
0,4626
0,5626
0,4626
0,6126
0,5626
137,68
95,72
247,82
118,01
249,13
150,79
226,96
157,79
335,92
194,53
310,13
204,39
260,00
199,00
368,00
200,00
340,00
250,00
100,00
93,00
0,7626
0,7626
0,5126
0,5626
131,12
121,94
195,07
165,29
300,00
190,00
200,00
15,00
0,7626
0,7626
262,25
19,67
326,46
41,36
400,00
60,00
85,00
97,00
160,00
0,6126
0,3626
Masculino
0,7626
0,3626
0,7626
0,4626
0,7626
0,5626
111,45
127,19
209,80
234,39
209,67
284,37
260,00
228,00
330,00
110,00
0,7626
144,24
195,51
198,00
45,89
7,87
13,11
26,22
15,73
10,49
96,51
16,55
27,58
55,15
33,09
22,06
130,00
25,00
30,00
70,00
40,00
30,00
35,00
6,00
10,00
20,00
12,00
8,00
0,5626
Acessórios
0,7626
0,3626
0,7626
0,3626
0,7626
0,3626
0,7626
0,3626
0,7626
0,3626
0,7626
0,3626
Fonte: Dados conforme pesquisa
O quadro anterior demonstra a formação do preço de venda mínimo, o preço
de venda orientativo e ainda o preço que a concorrência vende seus produtos no
mercado. O preço de venda mínimo é o menor valor que a empresa deve vender
suas mercadorias para não obter prejuízo, é de grande importância no momento que
73
houver necessidade de se fazer promoções, pois ai já vai obter os valores mínimos
que poderá aplicar nestas situações.
O preço de venda orientativo é o valor de venda que a empresa pode aplicar
para obter o lucro desejado em cada mercadoria. Para encontrar os dois preços, foi
dividido os custos unitários de cada mercadoria pelo Mark-up divisor, referente ao
valor sem margem de lucro e com margem de lucro.
O quadro também apresenta os valores que a concorrência está utilizando
atualmente no mercado, com ela podemos perceber que algumas mercadorias estão
com preços bem abaixo da concorrência, deixando assim uma margem para a
empresa desenvolvida neste plano de negócio possa aumentar seus preços de
venda, e conseguir um lucro ainda maior que o desejado.
3.5.2 Previsões de Vendas
As porcentagens de vendas utilizadas para realizar a estimativa de vendas
em quantidades, foram pesquisadas na concorrência. Para assim obter uma
estimativa de venda real com o mercado atual.
74
Quadro 18: Estimativa de Venda em Unidades e Faturamento com Vendas Mensal
ESTIMATIVA DE VENDAS EM UNIDADE E FATURAMENTO MENSAL
Feminino
% de
Estimativa
PV
Mercadoria
EI
vendas/E de vendas –
Orientativo
Receita Total (R$)
I
Unidades
(R$)
Blusas Inverno
45
Blusas Verão
35
Camisetes
23
Vestidos Curtos
20
Vestidos Longos
12
Saias
18
Calça Jeans
40
legging
15
Casacos Lã
15
Shorts Jeans
20
Jaquetas Jeans
16
Blusas de Lã
25
Casacos (Capas)
20
Lingerie
30
Total de Vendas Feminino
75
75
75
75
75
75
75
75
75
75
75
75
75
75
34
26
17
15
9
14
30
11
11
15
12
19
15
23
193,12
140,41
133,30
205,34
226,96
157,79
335,92
194,53
310,13
204,39
195,07
165,29
326,46
41,36
6.517,71
3.685,74
2.299,42
3.080,14
2.042,62
2.130,16
10.077,46
2.188,52
3.488,99
3.065,89
2.340,82
3.099,22
4.896,83
930,67
49.844,16
Masculino
Mercadoria
Camisetas
Camisas
Calça Jeans
Bermuda Jeans
Total de Vendas
Masculino
EI
% de
Estimativa
vendas/E de vendas –
I
Unidades
28
20
23
20
50
50
50
50
14
10
12
10
PV
Orientativo
(R$)
234,39
209,67
284,37
195,51
Receita Total (R$)
3.281,47
2.096,65
3.270,29
1.955,06
10.603,48
Acessórios
Mercadoria
Bolsas
Brincos
Pulseiras
Cintos
Carteiras
Lenços
Total de Vendas
Acessórios
Total das Vendas
EI
% de
Estimativa
vendas/E de vendas –
I
Unidades
20
30
30
18
25
20
Fonte: Dados conforme pesquisa
80
80
80
80
80
80
16
24
24
14
20
16
PV
Orientativo
(R$)
96,51
16,55
27,58
55,15
33,09
22,06
Receita Total (R$)
1.544,22
397,09
661,81
794,17
661,81
352,97
4.412,07
64.859,71
75
O quadro 18 apresenta a estimativa de venda em unidades e também a
receita total mensal que a empresa irá obter com essas vendas. Para realizar a
estimativa de vendas em unidades foi estipulado uma porcentagem de vendas
diferenciada para cada estilo de mercadorias, para as roupas femininas foi
estipulada uma venda mensal de 75% (setenta e cinco por cento), para as roupas
masculinas 50% (cinquenta por cento) e para os acessórios 80% (oitenta por cento)
do estoque inicial, chegando assim no número de vendas para cada peça.
Para ser encontrado o faturamento mensal com vendas, foi multiplicado a
estimativa de vendas em unidades pelo preço de venda orientativo de cada
mercadoria, chegando assim em um faturamento total mensal de R$ 64.859,71
(sessenta e quatro mil oitocentos e cinquenta de nove reais com setenta e um
centavos), sendo R$ 49.844,16 (quarenta e nove mil oitocentos e quarenta e quatro
reais com dezeseis centavos) a receita total com vendas do setor feminino, o setor
chave da empresa, R$ 10.603,48 (dez mil seiscentos e três reais com quarenta e
oito centavos) do setor masculino e R$ 4.412,07 (quatro mil quatrocentos e doze
reias com sete centavos) do setor de acessórios, o qual também proporciona um
bom lucro para a empresa. A figura 6 apresenta o faturamento mensal de cada setor
em percentuais.
7%
16%
Feminino
Masculino
Acessórios
77%
Figura 6: Participação no Faturamento Mensal
Fonte: Dados conforme pesquisa
76
3.6 APURAÇÃO DOS INDICADORES DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO, PONTO
DE EQUILÍBRIO, MARGEM DE SEGURANÇA E CUSTO DAS MERCADORIAS
VENDIDAS.
Neste momento são apresentados os quadros referentes à margem de
contribuição, que é o valor que cada unidade representa no pagamento dos custos e
despesas fixas e ainda para a formação do lucro, o ponto de equilíbrio que
demonstra o nível de venda que não possui nem lucro nem prejuízo, é nele que se
começa a analisar o custo, volume e resultado da empresa, a margem de segurança
que representa o quanto as vendas da empresa podem baixar sem que ocorra
prejuízo e primeiramente o custo das mercadorias vendidas, que demonstra o
quanto custam as mercadorias que a empresa estima vender.
77
Quadro 19: Apuração do Custo das Mercadorias Vendidas – CMV
APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS - CMV
Femininas
Mercadoria
Custo Unitário
(R$)
Estimativa de
vendas Unidades
99,00
79,00
75,00
95,00
105,00
73,00
189,00
90,00
190,00
115,00
100,00
93,00
200,00
15,00
34
26
17
15
9
14
30
11
11
15
12
19
15
23
Blusas Inverno
Blusas Verão
Camisetes
Vestidos Curtos
Vestidos Longos
Saias
Calça Jeans
legging
Casacos Lã
Shorts Jeans
Jaquetas Jeans
Blusas de Lã
Casacos (Capas)
Lingerie
CMV das Vendas
Femininas
Mercadoria
3.341,25
2.073,75
1.293,75
1.425,00
945,00
985,50
5.670,00
1.012,50
2.137,50
1.725,00
1.200,00
1.743,75
3.000,00
337,50
26.890,50
Masculinas
Custo Unitário
(R$)
Estimativa de
vendas Unidades
CMV Total (R$)
85,00
97,00
160,00
110,00
14
10
12
10
1.190,00
970,00
1.840,00
1.100,00
Camisetas
Camisas
Calça Jeans
Bermuda Jeans
CMV das Vendas
Masculinas
Mercadoria
CMV Total (R$)
5.100,00
Acessórios
Custo Unitário
(R$)
Estimativa de
vendas Unidades
CMV Total (R$)
35,00
6,00
10,00
20,00
12,00
8,00
16
24
24
14
20
16
560,00
144,00
240,00
288,00
240,00
128,00
Bolsas
Brincos
Pulseiras
Cintos
Carteiras
lenços
CMV das Vendas
Acessórios
CMV Total das Vendas
Fonte: Dados conforme pesquisa
1.600,00
33.590,50
78
Este quadro demonstra o quanto irá custar os produtos que a empresa estima
em vender. O CMV total das vendas é de R$ 33.590,50 (trinta e três mil quinhentos
e noventa reais com cinquenta centavos), o setor feminino possui um custo bem
mais elevado que dos outros de R$ 26.890,50 (vinte e seis mil oitocentos e noventa
reais com cinquenta centavos), seguido do setor masculino com um custo de R$
5.100,00 (cinco mil e cem reais) e dos acessórios com um custo de R$ 1.600,00 (um
mil e seiscentos reais).
Quadro 20: Margem de Contribuição com o Preço de Venda Orientativo
Descrição
dos
Produtos
Blusas
Inverno
Blusas
Verão
Camisetes
Vestidos
Curtos
Vestidos
Longos
Saias
Calça
Jeans
legging
Casacos
Lã
Shorts
Jeans
Jaquetas
Jeans
Blusas de
Lã
Casacos
(Capas)
Lingerie
Total
Feminino
Camisetas
Camisas
Calça
Jeans
Bermuda
Jeans
Total
Masculino
Bolsas
Brincos
Pulseiras
Cintos
Carteiras
lenços
Total
Acessórios
Total
PV
Orientativo
(R$)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO
Custo Despesa Margem de
Margem de
Vendas
Despesa
Unitário Variável Contribuição
Conriubuição
Estimadas
Fixa (R$)
(R$)
(R$)
Unitária (R$)
Total (R$)
Feminino
Despesa
Fixa Total
(R$)
Resultado
Líquido
(R$)
193,12
99,00
21,44
72,68
34
2.452,99
24,40
823,57
1.629,43
140,41
133,30
79,00
75,00
15,59
14,80
45,82
43,50
26
17
1.202,87
750,43
17,74
16,84
465,72
290,55
737,15
459,88
205,34
95,00
22,79
87,55
15
1.313,24
25,95
389,20
924,04
226,96
157,79
105,00
73,00
25,19
17,51
96,77
67,27
9
14
870,89
908,21
28,68
19,94
258,10
269,16
612,79
639,05
335,92
194,53
189,00
90,00
37,29
21,59
109,63
82,94
30
11
3.288,86
933,09
42,45
24,58
1.273,37
276,54
2.015,49
656,56
310,13
190,00
34,42
85,71
11
964,21
39,19
440,86
523,35
204,39
115,00
22,69
66,71
15
1.000,58
25,83
387,40
613,18
195,07
100,00
21,65
73,42
12
880,99
24,65
295,78
585,20
165,29
93,00
18,35
53,94
19
1.011,46
20,89
391,61
619,84
326,46
41,36
200,00
15,00
36,24
4,59
90,22
21,77
15
23
1.353,28
489,87
41,25
5,23
618,75
117,60
734,52
372,27
17.420,96
234,39
209,67
85,00
97,00
26,02
23,27
284,37
160,00
31,57
195,51
110,00
Masculino
123,37
89,39
6.298,22 11.122,75
14
10
1.727,23
893,93
29,62
26,49
414,64
264,93
1.312,59
629,00
92,81
12
1.067,28
35,93
413,23
654,06
21,70
63,81
10
638,05
24,70
247,04
391,01
1.339,84
2.986,66
10,71
1,84
3,06
6,12
3,67
2,45
Acessórios
50,80
8,71
14,51
29,03
17,42
11,61
195,13
50,18
83,63
100,35
83,63
44,60
617,69
158,83
264,72
317,67
264,72
141,19
4.326,49
96,51
16,55
27,58
55,15
33,09
22,06
35,00
6,00
10,00
20,00
12,00
8,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
16
24
24
14
20
16
812,81
209,01
348,35
418,02
348,35
185,79
12,20
2,09
3,48
6,97
4,18
2,79
2.322,33
24.069,78
0,00
557,50
1.764,83
8.195,55 15.874,23
79
O quadro anterior demonstra a margem de contribuição unitária, o total com o
preço de venda orientativo e ainda o resultado líquido que a empresa terá com a
venda dessas mercadorias. A margem de contribuição unitária foi encontrada a partir
do preço de venda orientativo menos os custos unitários e as despesas variáveis
unitárias, sendo que os produtos que possuem as melhores margens de contribuição
são as camisetas masculinas e as calças jeans femininas, e o produto que possui
uma margem bem inferior aos demais é o brinco.
Para ser encontrada a margem de contribuição total, foi multiplicado a
estimativa de venda de cada produto e multiplicado pela margem de contribuição
unitária. Chegando em uma margem total de R$ 24.069,78 (vinte e quatro mil
sessenta e nove reais com setenta e oito centavos), sendo o setor feminino que
possui a maior margem de contribuição para a empresa, o que traz maiores
rendimentos com sua venda, com um total de R$ 17.420,96 (dezessete mil
quatrocentos e vinte reais com noventa e seis centavos), seguido do setor masculino
com R$ 4.326,49 (quatro mil trezentos e vinte e seis reais com quarenta e nove
centavos) e com a menor margem os acessórios com R$ 2.322,33 (três mil trezentos
e vinte e dois reias com trinta e três centavos).
E para se chegar ao resultado líquido foi diminuído da margem de
contribuição total as despesas fixas mensais de cada produto. Chegando assim a
um resultado líquido de R$ 15.874,23 (quinze mil oitocentos e setenta e quatro reais
com vinte e três centavos).
80
Quadro 21: Margem de Contribuição com Preço de Venda Mínimo
Descrição
dos
Produtos
Blusas
Inverno
Blusas
Verão
Camisetes
Vestidos
Curtos
Vestidos
Longos
Saias
Calça
Jeans
legging
Casacos Lã
Shorts
Jeans
Jaquetas
Jeans
Blusas de
Lã
Casacos
(Capas)
Lingerie
Total
Feminino
Camisetas
Camisas
Calça
Jeans
Bermuda
Jeans
Total
Masculino
Bolsas
Brincos
Pulseiras
Cintos
Carteiras
lenços
Total
Acessórios
Total
PV
Mínimo
(R$)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - PREÇO MÍNIMO
Margem de
Custo Despesa
Vendas
Margem de
Contribuiçã
Unitári Variável
Estimada Conriubuiçã
o Unitária
o (R$)
(R$)
s
o Total (R$)
(R$)
Feminino
Despesa
Fixa (R$)
Despesa Fixa
Total (R$)
129,81
99,00
14,41
16,40
34
553,59
16,40
553,59
103,59
98,34
79,00
75,00
11,50
10,92
13,09
12,43
26
17
343,59
214,35
13,09
12,43
343,59
214,35
124,57
95,00
13,83
15,74
15
236,10
15,74
236,10
137,68 105,00
95,72
73,00
15,28
10,62
17,40
12,09
9
14
156,57
163,28
17,40
12,09
156,57
163,28
247,82 189,00
118,01
90,00
249,13 190,00
27,51
13,10
27,65
31,31
14,91
31,48
30
11
11
939,43
167,76
354,15
31,31
14,91
31,48
939,43
167,76
354,15
150,79 115,00
16,74
19,05
15
285,81
19,05
285,81
131,12 100,00
14,55
16,57
12
198,82
16,57
198,82
121,94
93,00
13,54
15,41
19
288,91
15,41
288,91
262,25 200,00
19,67
15,00
29,11
2,18
33,14
2,49
15
23
497,05
55,92
33,14
2,49
497,05
55,92
85,00
97,00
12,37
14,12
Maculino
14,08
16,07
14
10
197,16
160,71
14,08
16,07
197,16
160,71
209,80 160,00
23,29
26,51
12
304,86
26,51
304,86
144,24 110,00
16,01
18,23
10
182,25
18,23
182,25
4.455,35
111,45
127,19
4.455,35
844,99
45,89
7,87
13,11
26,22
15,73
10,49
35,00
6,00
10,00
20,00
12,00
8,00
5,09
0,87
1,46
2,91
1,75
1,16
Acessórios
5,80
0,99
1,66
3,31
1,99
1,33
16
24
24
14
20
16
92,78
23,86
39,76
47,72
39,76
21,21
265,10
5.565,43
844,99
5,80
0,99
1,66
3,31
1,99
1,33
92,78
23,86
39,76
47,72
39,76
21,21
265,10
5.565,43
Fonte: Dados conforme pesquisa
A margem de contribuição com o preço de venda mínimo foi encontrada da
mesma maneira que a anterior. Mas possui uma função diferenciada, demonstrando
que se os produtos forem vendidos com o preço de venda mínimo, a margem de
contribuição total vai se igualar com a despesa fixa total, por tanto, não vai gerar
nenhum lucro e nem prejuízo para a empresa.
81
Quadro 22: Ponto de Equilíbrio com Preço de Venda Orientativo
Descrição
dos
Produtos
Blusas
Inverno
Blusas
Verão
Camisetes
Vestidos
Curtos
Vestidos
Longos
Saias
Calça Jeans
legging
Casacos Lã
Shorts
Jeans
Jaquetas
Jeans
Blusas de
Lã
Casacos
(Capas)
Lingerie
Total
Feminino
PONTO DE EQUILÍBRIO - PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO
Ponto
Ponto
%
Margem de Margem de
Vendas
de
de
Participaçã Contribuiçã Contribuiçã
Ponto de
Estimada
Equilibri Equilibri
o nas
o Unitária
o Média
Equilibrio em R$
s (R$)
o Total
o
Vendas
(R$)
(R$)
(R$)
Unitário
Femininos
34
8,22%
72,68
5,9771
12
2.224,02
26
17
6,40%
4,20%
45,82
43,50
2,9310
1,8285
9
6
1.257,68
784,63
15
3,65%
87,55
3,1999
5
1.051,03
9
14
30
11
11
2,19%
3,29%
7,31%
2,74%
2,74%
96,77
67,27
109,63
82,94
85,71
2,1220
2,2130
8,0138
2,2736
2,3494
3
5
10
4
4
697,00
726,87
3.438,71
746,78
1.190,54
15
3,65%
66,71
2,4381
5
1.046,17
12
2,92%
73,42
2,1466
4
798,75
19
4,57%
53,94
2,4646
6
1.057,54
15
23
3,65%
5,48%
90,22
21,77
3,2975
1,1936
5
8
1.670,93
317,57
251
61,04%
85
17.008,22
Camisetas
Camisas
Calça Jeans
Bermuda
Jeans
Total
Masculino
14
10
12
3,41%
2,44%
2,80%
997,93
42,4487
Masculino
123,37
4,2087
89,39
2,1782
92,81
2,6006
5
3
4
1.119,73
715,44
1.115,91
10
2,44%
1,5547
3
667,12
46
11,09%
16
3.618,20
Bolsas
Brincos
Pulseiras
Cintos
Carteiras
lenços
Total
Acessórios
Total
16
24
24
14
20
16
3,90%
5,85%
5,85%
3,51%
4,87%
3,90%
369,38
10,5421
Acessórios
50,80
1,9805
8,71
0,5093
14,51
0,8488
29,03
1,0186
17,42
0,8488
11,61
0,4527
5
8
8
5
7
5
526,93
135,50
225,83
270,99
225,83
120,44
114
410
27,88%
100,00%
39
140
1.505,52
22.131,94
63,81
132,08
1499,39
5,6587
58,6496
140,04
Fonte: Dados conforme pesquisa
No quadro 22 pode-se verificar o ponto de equilíbrio que a empresa precisa
atingir com as vendas. Para encontra-lo primeiramente foi calculado a porcentagem
de participação nas vendas de cada produto, dividindo a estimativa de venda unitária
82
pela total, após encontrou-se a margem de contribuição média, com a multiplicação
da margem de contribuição unitária e a porcentagem de participação das vendas.
Enfim o ponto de equilíbrio nas vendas foi encontrado com a divisão do total
das despesas mensais e a margem de contribuição média. Verifica-se assim que o
ponto de equilíbrio da empresa é de 140 (cento e quarenta) unidades, sendo 85
(oitenta e cinco) unidades do setor feminino, em segundo os acessórios com 39
(trinta e nove) unidades e com menor representatividade o setor masculino com 16
(dezesseis) unidades.
O ponto de equilíbrio em valores monetários totalizou R$ 22.131,94 (vinte e
dois mil cento e trinta e um reais com noventa e quatro centavos), onde 61,04%
(sessenta e um vírgula quatro por cento) correspondem ao setor feminino, 27,88%
(vinte e sete vírgula oitenta e oito por cento) aos acessórios e 11,09% (onze vírgula
nove por cento) ao setor masculino.
Quadro 23: Margem de Segurança Operacional com Preço de Venda Orientativo
MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL - PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO
Unidades no
Descrição dos
Volume de
MSO PE- PV
MSO em %
Produtos
Vendas
Unidades
Orientativo
Feminino
Blusas Inverno
34
12
22
65,88%
Blusas Verão
26
9
17
65,88%
Camisetes
17
6
11
65,88%
Vestidos Curtos
15
5
10
65,88%
Vestidos Longos
9
3
6
65,88%
Saias
14
5
9
65,88%
Calça Jeans
30
10
20
65,88%
legging
11
4
7
65,88%
Casacos Lã
11
4
7
65,88%
Shorts Jeans
15
5
10
65,88%
Jaquetas Jeans
12
4
8
65,88%
Blusas de Lã
19
6
12
65,88%
Casacos (Capas)
15
5
10
65,88%
Lingerie
23
8
15
65,88%
Masculino
Camisetas
14
5
9
65,88%
Camisas
10
3
7
65,88%
Calça Jeans
12
4
8
65,88%
Bermuda Jeans
10
3
7
65,88%
Acessórios
Bolsas
16
5
11
65,88%
Brincos
24
8
16
65,88%
Pulseiras
24
8
16
65,88%
Cintos
14
5
9
65,88%
Carteiras
20
7
13
65,88%
lenços
16
5
11
65,88%
Fonte: Dados conforme pesquisa
83
Neste quadro, pode-se constatar a margem de segurança operacional, que
representa o volume de vendas que supera as que foram calculadas no ponto de
equilíbrio. Representando o quanto as vendas podem cair e não causar prejuízo a
empresa.
Para ser encontrada a margem de segurança, primeiramente foi diminuído o
volume de vendas pelo ponto de equilíbrio, encontrando a margem de segurança em
unidades, a qual foi dividida com o volume de vendas para encontra-la em
percentual. Assim chegando a um percentual de 65,88% (sessenta e cinco vírgula
oitenta e oito por cento) de margem que a empresa possui para trabalhar com o
preço de venda.
3.6.1 Métodos de análise de investimentos; payback, valor presente líquido,
taxa interna de retorno
A análise do investimento tem o objetivo de medir a situação financeira da
empresa, e por este motivo foram calculados os principais métodos de análise de
investimentos, que são o payback, valor presente líquido e taxa interna de retorno.
Para ser realizado os cálculos dessas análises, foi considerado uma taxa
mínima de atratividade de 13% (treze por cento), contemplando o custo do capital e
o risco do investimento, e um prazo máximo de 12 meses para o retorno do capital
investido.
3.6.1.1 Valor Presente Líquido
O Valor Presente Líquido representa o valor atual para os futuros fluxos reais
que serão gerados para a empresa, se este valor for positivo, demonstra que a
mesma obteve um retorno acima de suas expectativas.
Pode-se observar no quadro posterior que o Valor Presente Líquido projetado
para a empresa em estudo, no final do 12º mês de atividade, terá gerado um fluxo
de caixa descontado no valor de R$ 7.229,81 (sete mil duzentos e vinte e nove reais
com oitenta e um centavos), este sendo maior que o valor do investimento inicial.
84
Quadro 24: Valor Presente Líquido
VALOR PRESENTE LIQUIDO
Tempo
TMA
Fluxo de Caixa - (R$)
Fluxo de Caixa Descontado - (R$)
0
13%
- 75.000,00
1
13%
6.400,64
2
13%
9.855,27
3
13%
13.309,90
4
13%
16.764,54
5
13%
16.764,54
6
13%
16.764,54
7
13%
16.764,54
8
13%
16.764,54
9
13%
16.764,54
10
13%
16.764,54
11
13%
16.764,54
12
13%
16.764,54
Total dos Fluxos de Caixa (VPL)
Fonte: Dados conforme pesquisa
- 75.000,00
5.664,28
7.718,12
9.224,43
10.282,00
9.099,12
8.052,32
7.125,94
6.306,15
5.580,66
4.938,64
4.370,48
3.867,68
7.229,81
3.6.1.2 Taxa Interna de Retorno
A taxa interna de retorno busca igualar o valor presente dos fluxos de entrada
de caixa com o investimento inicial de um projeto. Para poder analisar a viabilidade
do negócio deve-se cuidar se a taxa interna de retorno é maior que o custo do
capital, ou seja, a taxa mínima de atratividade (TMA).
85
Quadro 25: Taxa Interna de Retorno
TAXA INTERNA DE RETORNO
Tempo
TIR
Fluxo de Caixa
0
14,83%
- 75.000,00
1
14,83%
6.400,64
2
14,83%
9.855,27
3
14,83%
13.309,90
4
14,83%
16.764,54
5
14,83%
16.764,54
6
14,83%
16.764,54
7
14,83%
16.764,54
8
14,83%
16.764,54
9
14,83%
16.764,54
10
14,83%
16.764,54
11
14,83%
16.764,54
12
14,83%
16.764,54
Total dos Fluxos Descontados
Total do Investimento Inicial
VPL
Fonte: Dados conforme pesquisa
VPL
- 75.000,00
5.574,13
7.474,41
8.790,99
9.642,92
8.397,75
7.313,37
6.369,01
5.546,59
4.830,37
4.206,63
3.663,44
3.190,39
75.000,00
- 75.000,00
0,00
Pode-se observar no quadro anterior que a taxa interna de retorno é 14,83%
(quatorze vírgula oitenta e três por cento), assim igualando o fluxo de caixa
descontado ao valor investido, chegando a um valor presente líquido (VPL) nulo.
Analisando a TIR, chega-se a conclusão que no final do primeiro ano de atividade a
empresa cobre seus investimentos e que o projeto deste estudo é viável, pois a TIR
de 14,83% (quatorze vírgula oitenta e três por cento) é maior que a TMA de 13%
(treze por cento).
3.6.1.3 Payback
O Payback tem o objetivo de mostrar qual o período de tempo que a empresa
leva para reaver o investimento inicial do empreendimento, pode ser visualizado no
momento em que o fluxo de caixa acumulado ficar positivo. Foi realizado o calculo
do payback simples, que não considera o custo do dinheiro no tempo e sim em
datas futuras e o payback descontado que considera o custo do dinheiro no tempo
correto, trazendo as futuras entradas de caixa para o valor presente.
86
Quadro 26: Payback Simples
PAYBACK SIMPLES
Tempo
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Fluxo de Caixa
Gerado
75.000,00
6.400,64
9.855,27
13.309,90
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
Saldo Inicial
-
Payback Simples - (R$)
0,00
75.000,00
68.599,36
58.744,09
45.434,19
28.669,65
11.905,12
4.859,42
21.623,96
38.388,49
55.153,03
71.917,57
88.682,10
- 75.000,00
- 68.599,36
- 58.744,09
- 45.434,19
- 28.669,65
- 11.905,12
4.859,42
21.623,96
38.388,49
55.153,03
71.917,57
88.682,10
105.446,64
Fonte: Dados conforme pesquisa
Para ser encontrado o período do payback simples, foram utilizados o fluxo de
caixa gerado para o primeiro ano de funcionamento, o saldo inicial e final, sem
considerar o custo do dinheiro no tempo, assim estimando um período de 5 (cinco)
meses e 21(vinte e um) dias para recuperar o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco
mil reais) investido para a abertura da empresa.
Quadro 27: Payback Descontado
PAYBACK DESCONTADO
Tempo
TMA
Fluxo de Caixa
Gerado
Valor Presente
FC
Saldo Inicial
Payback Descontado
(R$)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
13%
13%
13%
13%
13%
13%
13%
13%
13%
13%
13%
13%
- 75.000,00
6.400,64
9.855,27
13.309,90
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
16.764,54
- 75.000,00
5.664,28
7.718,12
9.224,43
10.282,00
9.099,12
8.052,32
7.125,94
6.306,15
5.580,66
4.938,64
4.370,48
0,00
- 75.000,00
- 69.335,72
- 61.617,60
-52.393,17
-42.111,16
-33.012,04
-24.959,73
-17.833,78
- 11.527,64
- 5.946,98
- 1.008,34
- 75.000,00
- 69.335,72
- 61.617,60
- 52.393,17
- 42.111,16
- 33.012,04
- 24.959,73
- 17.833,78
- 1.527,64
- 5.946,98
- 1.008,34
3.362,14
12
13%
16.764,54
3.867,68
3.362,14
7.229,81
Fonte: Dados conforme pesquisa
87
Para ser encontrado o período do payback descontado, foi utilizado um taxa
mínima de atratividade de 13% (treze por cento), por considerar o custo do dinheiro
no seu tempo. Neste caso estimando um período de 10 (dez) meses e 6 (seis) dias
para recuperar o capital investido.
3.6.2 Índice de Rotatividade do Estoque
O índice de rotatividade do estoque demonstra a empresa o tempo que a
mercadoria permanece em estoque, a partir de sua entrada até o momento da
venda.
Quadro 28: Giro dos Estoques
Giro dos Estoques =
CMV x 100 =
Estoque Médio
33.590,50
x 100 =
70%
48.054,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
O giro dos estoques foi encontrado a partir da divisão do valor encontrado no
custo das mercadorias vendidas com o valor do estoque que a empresa possui.
Resultando assim em um giro de 70% (setenta por cento), este sendo um ótimo giro
de estoque para a empresa, pois demonstra que a mercadoria foi vendida e não
ficou estocada na empresa.
Quadro 29: Giro dos Estoques em dias
Giro dos Estoques =
CMV
x 100 = 33.590,50
Estoque Médio
48.054,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
x 30 =
21 dias
88
Demonstra-se no quadro anterior, o giro de estoque em dias, resultando em
um giro de 21 (vinte e um) dias.
3.7 PROJEÇÃO DO RESULTADO
A projeção da demonstração do resultado nos apresenta os resultados que a
empresa terá nos três primeiros meses de funcionamento, ou seja, se a empresa
terá lucro ou prejuízo.
Quadro 30: Demonstração do Resultado do Exercício
Demonstração do Resultado do
Exercício
Discriminação
1. Receita Total
Receita de Venda de Mercadorias à vista
Receita de Venda de Mercadorias a prazo
2. Custos Variáveis Totais
Custo da Mercadoria Vendida (CMV)
Simples Nacional (7,60%)
Administração de Cartão Crédito
Despesas de Instalação
3.Margem de Contribuição
4. Despesas Fixas Totais
Aluguel
Água
Luz
Internet/Telefone
Escritório Contábil
Publicidade
Funcionárias
Pró-labore
Depreciação
Embalagens
Mensalidade Máquina de Cartão
Material de Expediente
Material de Consumo
Mensalidade Site
Manutenção Conta Bancária
5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuizo)
Mês 01
Valor R$
%
64.859,71 100,00
25.943,88 40,00
38.915,83 60,00
42.881,89 66,11
33.590,50 51,79
4.929,34
7,60
1.362,05
2,10
3.000,00
4,63
21.977,82 33,89
8.213,28 100,00
1.500,00 18,26
18,00
0,22
300,00
3,65
240,00
2,92
300,00
3,65
200,00
2,44
2.060,34 25,09
3.000,00 36,53
182,94
2,23
140,00
1,70
30,00
0,37
60,00
0,73
40,00
0,49
120,00
1,46
22,00
0,27
13.764,54 21,22
Mês 02
Valor R$
%
64.859,71 100,00
25.943,88 40,00
38.915,83 60,00
39.881,89 61,49
33.590,50 51,79
4.929,34
7,60
1.362,05
2,10
Valor R$
64.859,71
25.943,88
38.915,83
39.881,89
33.590,50
4.929,34
1.362,05
Mês 03
24.977,82 38,51
8.213,28 100,00
1.500,00 18,26
18,00
0,22
300,00
3,65
240,00
2,92
300,00
3,65
200,00
2,44
2.060,34 25,09
3.000,00 36,53
182,94
2,23
140,00
1,70
30,00
0,37
60,00
0,73
40,00
0,49
120,00
1,46
22,00
0,27
16.764,54 25,85
24.977,82
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
16.764,54
%
100,00
40,00
60,00
61,49
51,79
7,60
2,10
38,51
100,00
18,26
0,22
3,65
2,92
3,65
2,44
25,09
36,53
2,23
1,70
0,37
0,73
0,49
1,46
0,27
25,85
Fonte: Dados conforme pesquisa
Para a elaboração da demonstração do resultado foram consideradas
constantes as vendas nos três meses. A estimativa de receita total foi de R$
64.859,71 (sessenta e quatro mil oitocentos e cinquenta e nove reais com setenta e
um centavos), deste, 40% (quarenta por cento) é referente à receita com vendas à
vista e 60% (sessenta por cento) das vendas a prazo. Deste valor foram
descontados os custos variáveis totais no valor de R$ 42.881,89 (quarenta e dois mil
oitocentos e oitenta e um reais com oitenta e nove centavos), referente ao custo da
mercadoria vendida, simples nacional, administração do cartão de crédito e no
primeiro mês ainda as despesas de instalação. Resultando em uma margem de
89
contribuição no valor de R$ 21.977,82 (vinte e um mil novecentos e setenta e sete
reais com oitenta e dois centavos).
Devendo ainda ser descontado da margem de contribuição os custos fixos
totais no valor de R$ 8.213,28 (oito mil duzentos e treze reais com vinte e oito
centavos), chegando assim ao resultado operacional (lucro líquido) do primeiro mês
no valor de R$ 13.764,54 (treze mil setecentos e sessenta e quatro reais com
cinquenta e quatro centavos).
Se for observado os três meses projetados, pode-se perceber que no primeiro
mês os custos variáveis totais representam 66,11% (sessenta e seis vírgula onze
por cento) da receita total e nos meses seguinte 61,49% (sessenta e um vírgula
quarenta e nove por cento), esta diferença ocorre devido à despesa de instalação
que somente se insere no primeiro mês. Consequentemente a margem de
contribuição também é diferente, representando 33,89% (trinta e três vírgula oitenta
e nove por cento) no primeiro mês e 38,51% (trinta e oito vírgula cinquenta e um por
cento) nos meses seguintes da receita total.
Os custos fixos totais não modificam nos meses analisados, com isso o lucro
líquido no primeiro mês representa 21,22% (vinte e um vírgula vinte e dois por cento)
da receita total e os dois meses seguintes representam 25,85% (vinte e cinco vírgula
oitenta e cinco por cento) da mesma.
3.7.1 Construção de Cenários
A construção de cenários é de grande importância para o gerenciamento da
empresa, pois ajuda a analisar qual seria sua situação da empresa caso as vendas
não ocorram como o projetado, pois como a empresa trabalha direto com compras e
vendas, vai sempre depender de como o mercado do setor e a economia estiverem.
90
Quadro 31: Construção de Cenários
Discriminação
1. Receita Total
Receita de Venda de Merc. à
vista
Receita de Venda de Merc. à
prazo
2. Custos Variáveis Totais
Custo da Mercadoria Vendida
Simples Nacional (7,60%)
Administração de Cartão
Crédito
Despesas de Instalação
3.Margem de Contribuição
4. Despesas Fixas Totais
Aluguel
Água
Luz
Internet/Telefone
Escritório Contábil
Publicidade
Funcionárias
Pró-labore
Depreciação
Embalagens
Mensalidade Máquina de
Cartão
Material de Expediente
Material de Consumo
Mensalidade Site
Manutenção Conta Bancária
5. Resultado Operacional
(Lucro/Prejuizo)
CENÁRIO
CENÁRIO
CENÁRIO OTIMISTA
PESSIMISTA
PESSIMISTA
Média Mensal
Média Anual
Simulação
Simulação
Valor (R$)
%
Valor (R$)
%
Valor (R$)
%
Valor (R$)
%
64.859,71 100,00 778.316,50 100,00 32.429,85 100,00 22.700,90 100,00
25.943,88
40,00
311.326,60
40,00
12.971,94
40,00
9.080,36
40,00
38.915,83
42.881,89
33.590,50
4.929,34
60,00
66,11
51,79
7,60
466.989,90
514.582,70
403.086,00
59.152,05
60,00
66,11
51,79
7,60
19.457,91
22.940,95
16.795,25
2.464,67
60,00
70,74
51,79
7,60
13.620,54
16.958,66
11.756,68
1.725,27
60,00
74,70
51,79
7,60
16.344,65
2,10
36.000,00
4,63
263.733,80 33,89
98.559,36 100,00
18.000,00 18,26
216,00
0,22
3.600,00
3,65
2.880,00
2,92
3.600,00
3,65
2.400,00
2,44
24.724,08 25,09
36.000,00 36,53
2.195,28
2,23
1.680,00
1,70
681,03
3.000,00
9.488,91
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
2,10
9,25
29,26
100,00
18,26
0,22
3,65
2,92
3,65
2,44
25,09
36,53
2,23
1,70
1.362,05
2,10
3.000,00
4,63
21.977,82 33,89
8.213,28 100,00
1.500,00 18,26
18,00
0,22
300,00
3,65
240,00
2,92
300,00
3,65
200,00
2,44
2.060,34 25,09
3.000,00 36,53
182,94
2,23
140,00
1,70
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
0,37
0,73
0,49
1,46
0,27
360,00
720,00
480,00
1.440,00
264,00
0,37
0,73
0,49
1,46
0,27
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
0,37
0,73
0,49
1,46
0,27
13.764,54
21,22
263.469,80
33,85
1.275,63
3,93
476,72
2,10
3.000,00 13,22
5.742,24 25,30
8.213,28 100,00
1.500,00 18,26
18,00
0,22
300,00
3,65
240,00
2,92
300,00
3,65
200,00
2,44
2.060,34 25,09
3.000,00 36,53
182,94
2,23
140,00
1,70
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
2.471,04
0,37
0,73
0,49
1,46
0,27
10,89
Fonte: Dados conforme pesquisa
Foram realizados três cenários para analise, um cenário otimista e dois
cenários pessimistas, um com queda de 50% (cinquenta por cento) e outro com 65%
(sessenta e cinco por cento) de queda nas vendas. No cenário otimista estimou-se
uma receita total mensal de R$ 64.859,71 (sessenta e quatro mil oitocentos e
cinquenta e nove reais com setenta e um centavos), e uma receita anual de R$
778.316,50 (setecentos e setenta e oito mil trezentos e dezesseis reais com
cinquenta centavos), sendo descontado destes valores, os custos variáveis totais no
valor de R$ 42.881,89 (quarenta e dois mil oitocentos e oitenta e um reais com
oitenta e nove centavos) mensal e R$ 514.582,70 (quinhentos e quatorze mil
quinhentos e oitenta e dois reais com setenta centavos) anual.
Assim chegando a uma margem de contribuição mensal de R$ 21.977,82
(vinte e um mil novecentos e setenta e sete reais com oitenta e dois centavos) e
anual de R$ 263.733,80 (duzentos e sessenta e três mil setecentos e trinta e três
reais com oitenta centavos). Descontando ainda as despesas fixas totais mensais no
91
valor de R$ 8.213,28 (oito mil duzentos e treze reais com vinte e oito centavos)
chegou-se a um lucro líquido mensal de R$ 13.764,54 (treze mil setecentos e
sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos), representando 21,22%
(vinte e um vírgula vinte e dois por cento) da receita total mensal.
Anualmente as despesas fixas totais somaram R$ 98.559,36 (noventa e oito
mil quinhentos e cinquenta e nove reais com trinta e seis centavos) descontados da
margem de contribuição, estima-se em um lucro líquido anual de R$ 263.469,80
(duzentos e sessenta e três mil quatrocentos e sessenta e nove reais com oitenta
centavos), equivalente a 33,85% (trinta e três vírgula oitenta e cinco por cento) da
receita total.
No primeiro cenário pessimista com 50% (cinquenta por cento) de queda nas
vendas, estima-se uma receita total mensal de R$ 32.429,85 (trinta e dois mil
quatrocentos e vinte e nove reais com oitenta e cinco centavos), os custos fixos
totais foram reduzidos na mesma proporção que as vendas, o único custo que não
sofreu alteração foram às despesas de instalação, pois não alteram com as vendas,
as despesas fixas totais também não sofrem alterações. Mesmo com essa queda
nas vendas a empresa não terminaria o mês com prejuízo, mas com um lucro bem
reduzido no valor de R$ 1.275,63 (um mil duzentos e setenta e cinco reais com
sessenta e três centavos), equivalente a 3,93% (três vírgula noventa e três por
cento) da receita total.
No segundo cenário pessimista foi estimada uma queda mais brusca nas
vendas, de 65% (sessenta e cinco por cento). Assim chegando a uma receita total
mensal de R$ 22.700,90 (vinte e dois mil setecentos reais com noventa centavos),
as deduções foram realizadas iguais as do primeiro cenário pessimista. Chegando a
um prejuízo mensal estimado em R$ (2.471,04) (dois mil quatrocentos e setenta e
um reias com quatro centavos).
3.7.2 Projeção do Fluxo de Caixa
A projeção do fluxo de caixa é de grande importância para a empresa
Naturalmente Bella, pois é com ele que a mesma vai saber se possuirá
disponibilidades para honrar seus compromissos com terceiros. Foram projetados
dois fluxos de caixa, o fluxo de caixa para um cenário otimista e outro para um
cenário pessimista.
92
Quadro 32: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Otimista
FLUXO DE CAIXA PROJETADO PARA SEIS MESES INICIAIS – CENÁRIO OTIMISTA
Mês 01 – Mês 02- Mês 03 – Mês 04 – Mês 05 –
Especificações
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
Mês 06 – (R$)
SALDO INICIAL
5.299,00 8.699,64 18.554,91 31.864,81 48.629,35
65.393,88
ENTRADAS
25.943,88 38.915,83 51.887,77 64.859,71 64.859,71
64.859,71
Receitas de Vendas à vista
25.943,88 25.943,88 25.943,88 25.943,88 25.943,88
25.943,88
Receita de Vendas a prazo
- 12.971,94 25.943,88 38.915,83 38.915,83
38.915,83
SAÍDAS
22.543,25 29.060,56 38.577,86 48.095,17 48.095,17
48.095,17
CUSTOS VARIÁVEIS
11.329,97 20.847,28 30.364,58 39.881,89 39.881,89
39.881,89
Custo das Compras
5.038,58 14.555,88 24.073,19 33.590,50 33.590,50
33.590,50
Simples
4.929,34 4.929,34 4.929,34 4.929,34 4.929,34
4.929,34
Adm. Cartão de Crédito
1.362,05 1.362,05 1.362,05 1.362,05 1.362,05
1.362,05
DESPESAS PRÉOPERACIONAIS
Registro
Publicidade
Hospedagem de Site
Reforma do Ambiente
Fachada
DESPESAS FIXAS
Aluguel
Água
Luz
Internet/Telefone
Escritório Contábil
Publicidade
Funcionárias
Pró-labore
Depreciação
Embalagens
Mensalidade Máquina de
Cartão
Material de Expediente
Material de Consumo
Mensalidade Site
Manutenção Conta Bancária
SALDO LÍQUIDO MÊS
3.000,00
1.000,00
500,00
100,00
1.000,00
400,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
30,00
30,00
30,00
30,00
30,00
60,00
60,00
60,00
60,00
60,00
40,00
40,00
40,00
40,00
40,00
120,00
120,00
120,00
120,00
120,00
22,00
22,00
22,00
22,00
22,00
8.699,64 18.554,91 31.864,81 48.629,35 65.393,88
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
82.158,42
Fonte: Dados conforme pesquisa
O quadro 32 apresenta o fluxo de caixa do cenário otimista para os seis
primeiros meses de funcionamento da empresa. Para o primeiro mês estima-se um
saldo inicial de R$ 5.299,00 (cinco mil duzentos e noventa e nove reias), esse valor
se origina do investimento total da empresa, menos a estimativa de investimentos
fixos em estoque e em investimentos pré-operacionais. O valor estimado das
receitas com venda que é de R$ 25.943,88 (vinte e cinco mil novecentos e quarenta
e três reais com oitenta e oito centavos) e refere-se as vendas à vista, pois as
vendas a prazo são realizadas sem entrada, assim não havendo receitas com
vendas a prazo.
Estima-se para o primeiro mês saídas no valor de R$ 22.543,25 (vinte e dois
mil quinhentos e quarenta e três reais com vinte e cinco centavos), este valor
resultante da soma dos custos variáveis, já incluso o gastos com as compras das
93
mercadorias, das despesas pré-operacionais e das despesas fixas. O saldo líquido
no primeiro mês de R$ 8.699,64 (oito mil seiscentos e noventa e nove reais com
sessenta e quatro centavos), resulta da soma do saldo inicial e das receitas com
vendas, subtraídas pelo valor das saídas.
Podemos observar que nos cinco meses posteriores também projetados no
fluxo de caixa, a empresa se mantém com o saldo positivo e em crescimento,
mostrando que com sua receita das vendas a empresa esta conseguindo arcar com
suas despesas e ainda conquistar um bom capital de giro.
Quadro 33: Projeção do Fluxo de Caixa – Cenário Pessimista
FLUXO DE CAIXA PROJETADO PARA SEIS MESES INICIAIS - CENÁRIO PESSIMISTA
Mês 01 Mês 02Mês 03 - Mês 04 Mês 05 Especificações
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
Mês 06 - (R$)
SALDO INICIAL
5.299,00
1.392,68 2.213,67 4.761,99
9.037,61
13.313,24
ENTRADAS
12.971,94 19.457,91 25.943,88 32.429,85
32.429,85
32.429,85
Receitas de Vendas à vista
12.971,94 12.971,94 12.971,94 12.971,94
12.971,94
12.971,94
Receita de Vendas a prazo
6.485,97 12.971,94 19.457,91
19.457,91
19.457,91
SAÍDAS
16.878,26 18.636,92 23.395,57 28.154,23
28.154,23
28.154,23
CUSTOS VARIÁVEIS
5.664,98 10.423,64 15.182,29 19.940,95
19.940,95
19.940,95
Custo das Compras
2.519,29
7.277,94 12.036,60 16.795,25
16.795,25
16.795,25
Simples
2.464,67
2.464,67 2.464,67 2.464,67
2.464,67
2.464,67
Adm. Cartão de Crédito
681,03
681,03
681,03
681,03
681,03
681,03
DESPESAS PRÉOPERACIONAIS
Registro
Publicidade
Hospedagem de Site
Reforma do Ambiente
Fachada
DESPESAS FIXAS
Aluguel
Água
Luz
Internet/Telefone
Escritório Contábil
Publicidade
Funcionárias
Pró-labore
Depreciação
Embalagens
Mensalidade Máquina de
Cartão
Material de Expediente
Material de Consumo
Mensalidade Site
Manutenção Conta Bancária
SALDO LÍQUIDO MÊS
3.000,00
1.000,00
500,00
100,00
1.000,00
400,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
8.213,28
1.500,00
18,00
300,00
240,00
300,00
200,00
2.060,34
3.000,00
182,94
140,00
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
1.392,68
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
2.213,67
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
4.761,99
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
9.037,61
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
13.313,24
30,00
60,00
40,00
120,00
22,00
17.588,87
Fonte: Dados conforme pesquisa
O fluxo de caixa com o cenário pessimista foi projetado com uma queda nas
vendas de 50% (cinquenta por cento), o saldo inicial é o mesmo que no fluxo
anterior no valor de R$ 5.299,00 (cinco mil duzentos e noventa e nove reais), e a
94
estimativa de receita com vendas diminuiu para R$ 12.971,94 (doze mil novecentos
e setenta e um reais com noventa e quatro centavos) devido essa queda nas
vendas.
O valor das saídas também será modificado, devido à alteração nos custos
variáveis, pois os custos com as compras das mercadorias, com o simples nacional
e com a administração cartão de crédito sofrerão queda na mesma proporção, já as
despesas pré-operacionais e fixas não sofrem alteração, chegando a um total das
saídas no valor de R$ 16.878,26 (dezesseis mil oitocentos e setenta e oito reias com
vinte e seis centavos).
Assim resultando em um saldo líquido no primeiro mês de R$ 1.392,68 (um
mil trezentos e noventa e dois reais com sessenta e oito centavos), valor obtido com
a soma do saldo inicial e da receita com venda, subtraído o valor das saídas.
Mesmo ocorrendo à redução de 50% (cinquenta por cento) a empresa
conseguirá em seus seis primeiros meses de funcionamento honrar com seus
compromissos com terceiros e ainda manter um bom saldo em caixa.
3.7.3 Projeção do Balanço Patrimonial
Depois de realizadas as projeções da demonstração do resultado e do fluxo
de caixa, foi realizada a projeção do balanço patrimonial, onde foi analisado as
aplicações e as fontes dos recursos.
Quadro 34: Projeção do Balanço Patrimonial
Ativo
Ativo Circulante
Caixa
Estoque
Clientes
Ativo Não Circulante
Imobilizado
(-) Depreciação
Acumulada
Total das Aplicações
Balanço Patrimonial Projetado - Mês 01
Valor
%
Passivo
98.669,46
84,11 Passivo Circulante
11.699,64
9,97
Fornecedores
48.054,00
40,96
38.915,83
33,17
18.647,00
15,89 Patrimônio Líquido
18.647,00
15,89
Capital Social
117.316,46
100,00
Lucros
Total das Origens
Valor
28.551,93
28.551,93
%
24,34
24,34
88.764,54
75.000,00
75,66
63,93
13.764,54
117.316,46
11,73
100,00
Fonte: Dados conforme pesquisa
O Ativo (aplicações dos recursos) totalizou R$ 117.316,46 (cento e dezessete
mil trezentos e dezesseis reais com quarenta e seis centavos), sendo o Ativo
Circulante R$ 98.669,46 (noventa e oito mil seiscentos e sessenta e nove reais com
95
quarenta e seis centavos), equivalente a 84,11% (oitenta e quatro vírgula onze por
cento) do Ativo total, composto pelas contas caixa, estoque e clientes, representado
respectivamente 9,97% (nove vírgula noventa e sete por cento), 40,96% (quarenta
vírgula noventa e seis por cento) e 33,17% (trinta e três vírgula dezessete por cento)
do Ativo Circulante total. Já o Ativo não Circulante totalizou R$ 18.647,00 (dezoito
mil seiscentos e quarenta e sete reais) composto pela conta imobilizado,
representando 15,89% (quinze vírgula oitenta e nove por cento) do Ativo total.
O Passivo (origens dos recursos) totalizou igualmente ao Ativo R$ 117.316,46
(cento e dezessete mil trezentos e dezesseis reais com quarenta e seis centavos), e
é dividido em Passivo Circulante R$ 28.551,93 (vinte e oito mil quinhentos e
cinquenta e um reais com noventa e três centavos), representando 24,34% (vinte e
quatro vírgula trinta e quatro por cento) do Passivo total composto pela conta
fornecedores. E o Patrimônio Líquido que é a maior representatividade no total das
origens dos recursos, 75,66% (setenta e cinco vírgula sessenta e seis por cento)
composto pelo capital próprio no valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) e
pelo lucro alcançado no primeiro mês de funcionamento no valor de R$ 13.764,54
(treze mil setecentos e sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos).
3.8 INDICADORES FINANCEIROS
Os indicadores financeiros auxiliam para analisar a viabilidade da empresa de
confecções em estudo.
96
Quadro 35: Lucratividade
Lucratividades (%)=
Lucro Líquido
x 100 =
Receita Bruta
Lucratividades (%)=
Lucro Líquido
Lucro Líquido
x 100=
21,22%
x 100=
25,85%
x 100=
25,85%
64.859,71
x 100 =
Receita Bruta
Lucratividades (%)=
13.764,54
16.764,54
64.859,71
x 100 =
Receita Bruta
16.764,54
64.859,71
Fonte: Dados conforme pesquisa
A lucratividade da empresa foi encontrada a partir da divisão do lucro líquido
com a receita bruta, chegando assim em uma lucratividade no primeiro mês de
atividades de 21,22% (vinte e um vírgula vinte e dois por cento) e a partir do
segundo mês de funcionamento 25,85% (vinte e cinco vírgula oitenta e cinco por
cento).
Quadro 36: Rentabilidade
Rentabilidade (%)=
Lucro Líquido
x 100 =
Patrimônio
Rentabilidade (%)=
Lucro Líquido
Lucro Líquido
Patrimônio
Fonte: Dados conforme pesquisa
x 100=
15,51%
x 100=
18,89%
x 100=
18,89%
88.764,54
x 100 =
Patrimônio
Rentabilidade (%)=
13.764,54
16.764,54
88.764,54
x 100 =
16.764,54
88.764,54
97
A rentabilidade demonstra qual o percentual de retorno que a empresa terá
mensalmente do valor total investido para sua abertura. Sendo 15,51% (quinze
vírgula cinquenta e um por cento) o percentual que a empresa recuperara no
primeiro mês e a partir do segundo mês 18,89% ( dezoito vírgula oitenta e nove por
cento).
Quadro 37: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Otimista
PRI- Prazo de
Retorno de
Investimento
Investimento
=
Total
x 100= 75.000,00 x 100=
Lucro Líquido
13.764,54
5,45
meses
Fonte: Dados conforme pesquisa
O quadro acima nos apresenta o prazo de retorno do investimento para o
cenário otimista da empresa, ou seja, ele nos mostra em quanto tempo a empresa
vai recuperar o valor total que foi investido para abertura da mesma, que foi de R$
75.000,00 (setenta e cinco mil) através do lucro líquido que a empresa apresenta
mensalmente no valor de R$ 13.764,54 (treze mil setecentos e sessenta e quatro
reais com cinquenta e quatro centavos), chegando assim a um retorno esperado em
5 (cinco) meses e 13 (treze) dias.
Quadro 38: Prazo de Retorno de Investimento – Cenário Pessimista
PRI- Prazo de
Retorno de
Investimento
Investimento
=
Total
Lucro Líquido
x 100= 75.000,00 x 100= 58,79 meses
1.275,63
Fonte: dados conforme pesquisa
Também foi realizado o calculo para sabermos o prazo de retorno de
investimento para o cenário pessimista da empresa, com queda nas vendas de 50%
(cinquenta por cento), que ocasionou um lucro líquido de R$ 1.275,63 (um mil
98
duzentos e setenta e cinco reais com sessenta e três centavos). E com esse lucro o
prazo de retorno de investimento da empresa seria de 58 (cinquenta e oito) meses e
22 (vinte e dois) dias.
99
CONCLUSÃO
As empresas de hoje, estão enfrentando muitas dificuldades de se manterem
no mercado, pela falta de estruturação e de estudo do seu próprio negócio antes da
abertura. Como o mercado está cada vez mais competitivo, mais evoluído, com as
tecnologias de informações que vem crescendo constantemente e sem a atualização
dos gestores com essas mudanças, muitas empresas estão encerrando as
atividades antes dos dois anos de existência.
Com isso, percebe-se a importância da elaboração de um plano de negócios,
pois ele vai servir como ferramenta para a tomada de decisões, como auxilio para
estudar a viabilidade da empresa, conhecendo seus pontos fortes e fracos, ajudando
nas questões contábeis e gerenciais e principalmente para estar preparado no
momento de enfrentar este mercado cada vez mais competitivo, podendo assim,
buscar o caminho mais seguro para o seu empreendimento.
E por existir o interesse da graduanda em Ciências Contábeis, em abrir seu
próprio negócio no ramo do comércio, especificadamente em confecções, foi
elaborado o plano de negócio para a loja de multimarcas, sendo de grande
importância no momento que este sonho puder se tornar realidade, pois com ele foi
possível estudar as oportunidades que o mercado oferece, e também as dificuldades
que certamente vão ser encontradas.
Mas com certeza, este plano de negócio gerou informações necessárias para
tornar este futuro empreendimento mais competitivo. Com isso, proporcionando um
maior conhecimento da graduanda nas áreas gerenciais, contábeis e maior
entendimento de seu negócio no momento das tomadas de decisões, necessárias
para uma boa gestão.
No término deste estudo pode-se garantir que todos os objetivos específicos
foram alcançados. O primeiro objetivo nos remetia a uma revisão dos conceitos de
contabilidade gerencial, plano de negócios, estruturas e modelos de planos, este,
sendo alcançado no momento da revisão bibliográfica, onde podemos engrandecer
os conhecimentos destes conceitos e também de fórmulas e de melhores
interpretações destes instrumentos.
O segundo objetivo específico foi alcançado no momento em que foi estudado
a empresa, podendo encontrar a sua melhor localização e melhor estruturação. Com
100
a elaboração do plano de negócio e o estudo do mercado, foi possível desenvolver
com qualidade o terceiro objetivo, definindo as melhores estratégias de marketing e
comercialização, no entendimento da autora para alcançar seus clientes e objetivos
de vendas com maior êxito e agilidade.
Foram desenvolvidas planilhas financeiras necessárias para uma boa
realização do plano de negócio da loja multimarcas, tais como, planilhas de
investimentos, de todas as despesas mensais, dos estoques, planilhas necessárias
para a formação do preço de venda, planilhas para apuração dos indicadores, fluxo
de caixa, demonstração do resultado do exercício, e balanço patrimonial. Assim
conseguindo realizar com sucesso o quarto objetivo específico.
Baseado em essas estimativas, projeções dos resultados realizadas,
conseguiu-se concluir que a empresa Naturalmente Bella, é viável, pois como se
pode analisar na demonstração do resultado, a empresa apresenta no terceiro mês
de funcionamento um lucro acumulado de R$ 16.764,54 (dezesseis mil setecentos e
sessenta e quatro reais com cinquenta e quatro centavos) e com a projeção do fluxo
de caixa, tanto no cenário otimista, quanto no pessimista a empresa alcança nos
seus seis meses iniciais saldos líquidos positivos, sendo eles respectivamente, R$
82.158,42 (oitenta e dois mil cento e cinquenta e oito reais com quarenta e dois
centavos) e R$ 17.588,87 (dezessete mil quinhentos e oitenta e oito reais com
oitenta e sete centavos).
E para avaliar a viabilidade da implantação da loja multimarcas, conseguindo
assim, alcançar todos os objetivos traçados neste trabalho de conclusão de curso,
foram realizados os cálculos dos indicadores financeiros, os quais comprovaram a
viabilidade econômica e financeira da empresa, apontando uma lucratividade de
21,22% (vinte e um vírgula vinte e dois por cento) no primeiro mês de
funcionamento, uma rentabilidade mensal de 15,51% (quinze vírgula cinquenta e um
por cento) e um prazo de retorno do investimento no cenário otimista em 5 meses e
13 dias e para o cenário pessimista em 58 meses e 22 dias.
Com todo este estudo realizado atendendo a proposta do mesmo descobriuse que existe a viabilidade de implantação desta empresa, chegando a conclusão
que o plano de negócio é a melhor ferramenta de gestão, para analisar os riscos, as
oportunidades que podem ser encontradas na abertura de um empreendimento e
auxiliar de maneira eficaz na tomada de decisões.
101
Por fim, pode-se dizer que para a autora a realização deste trabalho de
conclusão de curso, foi extremamente satisfatório e importante para aprofundar seus
conhecimentos já elaborados durante os anos de estudo. Auxiliando, principalmente
na tomada de decisão e aumentando a vontade de futuramente abrir seu negócio
neste mesmo ramo.
102
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