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INSTITUTO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
FUNORTE
Isabela Vieira Santos
PREVALÊNCIA DE DTM NOS PACIENTES DO CURSO DE ORTODONTIA DA
FUNORTE NÚCLEO FEIRA DE SANTANA
Feira de Santana - BA
2014
2
Isabela Vieira Santos
PREVALÊNCIA DE DTM NOS PACIENTES DO CURSO DE ORTODONTIA DA
FUNORTE NÚCLEO FEIRA DE SANTANA
Monografia apresentada à turma de Especialização
em Ortodontia no Instituto de Aperfeiçoamento e
Formação Profissional IFAP – FUNORTE NÚCLEO
FEIRA DE SANTANA, como parte dos requisitos
para obtenção do titulo de Especialista.
ORIENTADOR: Prof. MS. Dieter Kuehnitzsch
Feira de Santana - BA
2014
3
Agradeço a Deus por ter me iluminado em todos os
momentos, para que eu pudesse alcançar o sucesso
almejado.
Dedico este trabalho à minha família, que me deu todo
apoio, para que eu caminhasse sem medo e confiante
em um bom resultado. Aos novos e velhos amigos que
compartilharam comigo esta jornada. Aos colegas de
turma e trabalho pela compreensão e amizade. Aos
professores e orientadores pela atenção e dedicação
no servir. A todos aqueles que usufruírem os
benefícios que este venha a oferecer como fonte de
pesquisa para futuros trabalhos.
4
RESUMO
A Ortodontia é uma especialidade da Odontologia que visa manter um bom equilíbrio
do sistema estomatognático. A ATM (articulação temporomandibular), como importante
componente deste sistema, está diretamente relacionada às funções fisiológicas gerais. As
desordens na ATM, conhecidas como DTM (disfunção temporomandibular), podem ser
causadas pela má oclusão dos dentes, por problemas esqueléticos, ou até mesmo por
discrasias na coluna vertebral. É consenso que fatores estruturais, funcionais e psicológicos
estejam juntos, determinando uma origem multifatorial. Não é fácil estabelecer uma relação
de causa e efeito entre DTM e as parafunções, devido ao grande número de fatores que podem
influenciar no desenvolvimento dessa patologia. O objetivo deste trabalho foi relatar a
prevalência de DTM nos pacientes em tratamento do curso de Especialização em Ortodontia
da FUNORTE Núcleo Feira de Santana-BA. Após a coleta dados, foi feita uma análise
estatística no programa SPSS for Windows versão 17.0 e no OpenEpi versão 3. Com base
nos dados analisados após esse estudo, pôde-se concluir que a disfunção temporomandibular
acomete mais o gênero feminino (66%), com o valor de p=0,02, na faixa etária predominante
de 15 a 29 anos (87,01%), desenvolvendo-se mais em indivíduos considerados Classe I
dentária e esquelética (55,55% e 64,81% respectivamente). 63% dos indivíduos relataram
presença de dor na articulação temporomandibular; 33% disseram sentir dor na musculatura
orofacial; 74% afirmaram perceber a presença de estalido, ruído e crepitação na ATM.
Palavras-chave:
Prevalência.
Articulação
temporomandibular;
Disfunção
temporomandibular;
5
ABSTRACT
Orthodontics is a specialty of dentistry that aims to maintain a good balance of the
stomatognathic system. TMJ ( temporomandibular joint ), as an important component of this
system is directly related to the general physiological functions. TMJ disorders, known as
TMD (temporomandibular dysfunction), can be caused by malocclusion of teeth, skeletal
problems, or even dyscrasias spine. There is consensus that factors structural, functional and
psychological are together, determining a multifactorial origin. It is not easy to establish a
cause and effect relationship between TMD and parafunctions due to the large number of
factors that may influence the development of this pathology. The aim of this study was to
conduct a survey for the purpose of reporting the prevalence of TMD in patients on treatment,
Specialization Course in Orthodontics from the FUNORTE core Feira de Santana - BA. After
collecting data, a statistical analysis was performed using SPSS for Windows version 17.0
and OpenEpi version 3. Based on the data analyzed after the study, it was concluded that the
temporomandibular dysfunction affects more females (66 %), with p=0,02, predominantly in
the age group 15-29 years (87.01 % ) , developing more individuals considered dental and
skeletal class I (55.55 % and 64.81 % respectively). 63 % of subjects reported
temporomandibular joint pain, 33% reported pain in the orofacial muscles, 74% said that they
perceive the presence of clicks, noise and crackle in the TMJ.
Key-words: Temporomandibular Joint; Temporomandibular Dysfunction; Prevalence.
6
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................07
2. OBJETIVO .......................................................................................................09
3. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................10
3.1 – Visão geral sobre ATM e DTM ...............................................................10
3.2 – Estudos sobre a prevalência de DTM .......................................................12
4. MATERIAL E MÉTODO.................................................................................14
5. RESULTADOS ...............................................................................................18
6. DISCUSSÃO....................................................................................................22
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................24
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................25
9. ANEXOS ..........................................................................................................28
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INTRODUÇÃO
A Ortodontia é uma especialidade da Odontologia que visa manter um bom equilíbrio
do sistema estomatognático. A ATM (articulação temporomandibular), como importante
componente deste sistema, está diretamente relacionada às funções fisiológicas gerais. No
entanto, problemas locais, como a oclusão dentária, e/ou de forma sistêmica, ou até mesmo
psicológicas, podem acarretar danos na ATM (COUTINHO et al., 2003). Por esse motivo,
não é pertinente isolar um único fator para definir a etiologia de tal desordem (MELO E
BARBOSA, 2009).
As desordens na ATM, conhecidas como DTM (disfunção temporomandibular),
podem ser causadas pela má-oclusão dos dentes, por problemas esqueléticos, ou até mesmo
por discrasias na coluna vertebral. A região cervical é um dos segmentos mais móveis da
coluna vertebral. Um grande número de agressões e pressões como o peso da cabeça, a ação
de todo o sistema estomatognático, posturas de trabalho e atividades da vida diária, além de
aspectos emocionais, podem acometer essa região tão nobre. Sendo assim, o fisioterapeuta
não pode tratar a coluna cervical sem correlacionar com a ATM, assim como o dentista deve
também, saber que uma alteração nesta região pode levar a alterações, não somente da
cervical, mas na postura corporal (ALCANTARA, 2008).
De acordo com DELBONI et al. (2005) a hiperatividade muscular, trauma e estresse
emocional também podem ser fatores importantes na etiologia dessa disfunção. Conti (2000)
acrescenta que a DTM é associada também com a presença de hábitos parafuncionais. Os
pacientes que apresentem deslocamento de disco, sem emissão de som, podem ser
considerados assintomáticos. A ausência de ruídos articulares não indica, necessariamente,
uma ATM saudável, uma vez que deslocamento de disco sem redução não provoca ruídos
(DELBONI, 2005).
O tratamento ortodôntico durante a adolescência não afeta o desenvolvimento de DTM
no futuro. Não há evidência de risco para DTM associado a qualquer tipo de mecânica
ortodôntica. Extrações de dentes não aumentam o risco para DTM e não há nenhuma
evidência de que tratamento ortodôntico previne ou elimina DTM (McNAMARA E TURP
(1995) apud COUTINHO (2003)).
É importante ressaltar que o tratamento ortodôntico e/ou ortopédico pode aliviar sinais
e sintomas da DTM, no entanto, pessoas que nunca apresentaram problemas na articulação
8
podem desenvolver DTM após o uso das mecânicas ortodônticas e/ou ortopédicas (como
elásticos e alguns tipos de ancoragem extra-bucal) (COUTINHO, 2003).
Por esse motivo, é prudente que o Ortodontista realize um exame clínico inicial
completo, avaliando se o paciente tem algum fator de risco predisponente (como idade,
gênero, tipo de má oclusão, qualidade de vida), se existe algum sinal e sintoma importante a
ser considerado e se há necessidade de algum exame complementar da ATM. Dessa forma,
poderá ser traçado um plano de tratamento com a ação multidisciplinar e/ou transdisciplinar.
9
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi relatar a prevalência de DTM nos pacientes em
tratamento do curso de Especialização em Ortodontia da FUNORTE Núcleo Feira de
Santana-BA.
10
REVISÃO DE LITERATURA
- VISÃO GERAL SOBRE ATM E DTM
A ATM (articulação temporomandibular) é um sistema articular extremamente
complexo ao se destacar que duas articulações sejam conectadas pelo mesmo osso
(mandíbula), o que complica a função de todo o sistema mastigatório. Cada uma das
articulações pode ao mesmo tempo agir de forma diferente e separadamente, mas não
completamente sem alguma influência uma da outra. (OLIVEIRA, 2002).
A dor orofacial é despertada por palpação da articulação afetada ou por movimento
mandibular, especialmente mastigação e apertamento. Ambas as ATMs podem estar
envolvidas, ao mesmo tempo ou em períodos diferentes (NEVILLE, et al. 2007).
A juntura temporomandibular, ou simplesmente a ATM, é uma articulação do tipo
sinovial, onde se localiza entre as extremidades ósseas da cabeça da mandíbula, a cavidade
glenóide e o tubérculo articular do temporal. Todavia, movimentos não fisiológicos dos
maxilares ocasionados por más oclusões, hipertonicidades musculares, contatos prematuros
oclusais tem efeito lesivo sobre a juntura (VELLINI-FERREIRA, 2004).
Sperandéo (2002) afirma que a Ortopedia exerce um papel importante no tratamento
dos sinais e sintomas da DTM (disfunção temporomandibular). Com o uso dos aparelhos
ortopédicos, pode-se haver um remodelamento ósseo das ATMs, sanando completamente o
problema. Como forma de tratamento é sugerida a confecção do JIG, com o intuito de
reprogramar a posição mandibular. Segundo a mesma autora, os principais sinais e sintomas
da DTM são:
- Ruídos: Ao realizar um movimento descoordenado de abertura e fechamento da
boca, o côndilo se choca com o menisco, produzindo o estalo. O movimento não uniforme faz
com que o côndilo promova pequenos saltos, como se houvesse pequenos degraus, o que dá a
sensação de deslocamento mandibular. Já a crepitação é um som de areia, o que revela
processo de degeneração da estrutura.
- Dor: Pode estar associada ao ruído ou não. Em geral, a dor aumenta durante o
estresse emocional ou após ingestão de alimentos duros. A sintomatologia dolorosa também
pode acometer o sistema neuromuscular. Vale salientar que a dor pode ser tão forte que logo
se generaliza por toda a cabeça (nuca, fronte e olhos).
11
- Vertigem: Sintoma que dá a sensação de rotação. Durante a mastigação, os côndilos
podem comprimir as paredes posteriores da cavidade glenóide, transferindo todo esse esforço
ao ouvido médio, causando zumbido, diminuição da audição, vertigem, náuseas e falta de
equilíbrio.
- Espasmo muscular: Contração involuntária dos músculos causada por sua
hiperatividade, podendo levar ao trismo.
É consenso que fatores estruturais, funcionais e psicológicos estejam juntos,
determinando uma origem multifatorial. Não é fácil estabelecer uma relação de causa e efeito
entre DTM e as parafunções, devido ao grande número de fatores que podem influenciar no
desenvolvimento dessa patologia. É de extrema importância reconhecer que a etiologia das
desordens temporomandibulares gira em torno de uma tríade de fatores que estão interrelacionados. O conjunto de alterações psicocomportamentais, oclusais e/ou neuromusculares
faz parte do contexto da etiologia da DTM. Os hábitos parafuncionais comprovadamente
influenciam a biomecânica temporomandibular, alcançando níveis suficientes para causar um
colapso nas estruturas envolvidas, mas não é possível uma comprovação direta de relação
causa-efeito, devido a uma série de fatores (MELO E BARBOSA, 2009).
O estresse é o conjunto de respostas do organismo, diante de um estímulo externo ou
interno, concreto ou imaginário, e que exige a entrada em ação de mecanismos adaptativos
com a finalidade de diminuir as pressões, preservando a integridade e o equilíbrio. O estresse
pode gerar alguns sintomas como: Aumento da pressão arterial, frequência cardíaca,
velocidade nos movimentos respiratórios e adrenalina no sangue; ondas cerebrais mais
rápidas; músculos mais tensos (causando dor e espasmo); emoções mais aguçadas;
perturbação da homeostase; dor de cabeça; pés e mãos frias; irritação; fraqueza; dificuldade
para dormir (gera distúrbios do sono, como o bruxismo, o que afeta diretamente a ATM);
sobrecarga das musculaturas lisas (ZILLI, 2002).
Costa (2005) aponta que o tratamento ortodôntico pode melhorar uma DTM ou acabar
se tornando um grande vilão em pacientes assintomáticos pré-mecânica ortodôntica.
Problemas relacionados à ATM estão diretamente ligados a problemas na coluna vertebral.
Essa problemática sobrecarrega a ATM, causando dor e estalidos.
Estudo de Alcantara (2008) afirma que foi constatada bastante frequência de
ocorrência de dores, tensões e rigidez no local onde está localizada a coluna cervical.
Uma lesão em coluna cervical e/ou da ATM deve-se levar em consideração os ossos
do crânio, os músculos da face, o sistema postural, entre outros. Dessa maneira, é necessária a
atuação de uma equipe multidisciplinar para aqueles pacientes portadores de queixas álgicas
12
nestes locais, para que assim, cada profissional possa trabalhar respectivamente na sua área de
especialidade, como os psicólogos, os fisioterapeutas, os médicos, os dentistas e, os
fonoaudiólogos, entre outros (TEDESCHI-MARZOLA, 2006).
Levando-se em consideração com o que foi citada acima, os tratamentos para DTM
são numerosos e devem ser recomendados baseados na exata patogênese da dor. Os
tratamentos conservadores incluem simples repouso ou imobilização da articulação, aplicação
de frio (caso agudo) ou calor, imobilização oclusão, ajuste e tratamento médico e prescrição
medicamentosa (NEVILLE et al., 2007).
McNamara et al. (1995) relataram em suas pesquisas que a má-oclusão dentária e os
problemas esqueléticos são os grandes causadores da DTM. No entanto, deve-se salientar que
mesmo após o tratamento ortodôntico e/ou ortopédico a DTM poderá persistir. Tendo em
vista esta resolução da questão entra em vigor a ação multidisciplinar.
A fisioterapia é uma área da saúde em que a presença no tratamento da DTM é
essencial, como na atuação para desativar os “pontos gatilhos”, que são regiões circunscritas
no interior do músculo que trazem à tona a dor referida ou local, podendo ser de fonte
constante e profunda (NEVILLE et al., 2007).
Portanto, antes de se iniciar um tratamento ortodôntico, deve-se avaliar se o paciente
já apresenta sintomatologia na ATM. Se tiver, o mais correto é explicar que a Ortodontia
poderá ou não ajudá-lo a cessar a dor orofacial. Caso o paciente seja assintomático, também
deverá ter uma breve explicação sobre o tema e avisar que há risco de desenvolvimento de
DTM durante ou após o tratamento (DURSO et al., 2002).
- ESTUDOS SOBRE A PREVALÊNCIA DE DTM
Segundo Neville e seus colaboradores (2007), a DTM é observada primeiramente em
mulheres de meia-idade, mas pode afetar em qualquer idade e em qualquer sexo. A maioria
dos pacientes apresenta algum grau de dor, que é a razão primária para procurar ajuda
profissional.
O processo de envelhecimento nem sempre se caracteriza por um período saudável e de
independência, principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil. Geralmente, esse
processo é marcado pela alta incidência de doenças crônicas e degenerativas, acompanhadas por
13
dor, destacando-se a dor crônica, fato que pode interferir na qualidade de vida dos idosos ou até
mesmo em jovens, ao se considerar o estilo de vida estressante (FICHT, 2010).
Ao comparar os gêneros masculino e feminino no trabalho de Cardozo (2012), foi
encontrado que a prevalência de DTM é maior nas mulheres. No gênero feminino, foi
encontrada DTM leve em 41,93%, moderada 5,37%, e severa 1.07%. No gênero masculino,
na mesma ordem foram 8%,1% e 0%. Em relação à sintomatologia, os dados que se
destacaram foram o relato de presença de dores de cabeça frequentes, a sensação de os dentes
não articularem bem e o indivíduo se considerar uma pessoa tensa.
Estudos de Silveira (2007), revelaram também a prevalência no gênero feminino,
sendo que 48 pacientes (21.72%) considerados como necessitando de tratamento para DTM
(índice de DTM moderada e severa), dos quais 35 pertenciam ao gênero feminino (72.9%) e
13 ao masculino (21.1%). Apenas 15 indivíduos do total (7.24%) estavam totalmente livres de
sintomas de DTM. Quanto aos demais, apresentaram: dor de cabeça (33,5%), dor no pescoço
e ombro (28,5%), dor na região do ouvido (29%) e ruídos articulares (25%).
A partir dos dados coletados pela aplicação do questionário da pesquisa de Medeiros
(2011), observou-se que a maior parte dos indivíduos apresentou DTM leve. E, para
confirmar tudo que já foi explicitado, entre os indivíduos portadores de algum grau de DTM,
a maioria pertencia ao sexo feminino, tinha 21 anos de idade ou mais, apresentava pelo menos
um hábito parafuncional e relataram apresentar algum grau de tensão emocional.
14
MATERIAL E MÉTODO
A pesquisa foi realizada no Núcleo da FUNORTE - Feira de Santana/BA, onde foram
utilizadas informações dos prontuários e da documentação inicial dos pacientes no núcleo de
especialização em Ortodontia da FUNORTE Núcleo Feira de Santana/BA. O trabalho foi
desenvolvido com a coleta de dados do período de março de 2007 até julho de 2013. Um
estudo quantitativo e de corte transversal foi realizado, onde se avaliou a prevalência de DTM
nestes pacientes. Foi utilizada uma ficha, que está em ANEXO I, onde foram coletados os
dados referentes a presente pesquisa. Tabelas e gráficos foram confeccionados a partir de
dados como gênero, idade, má oclusão dentária e problema esquelético (ANEXO I). Coletouse também dados referentes à presença de dor na ATM, dor muscular e emissão de som. Após
a análise desses dados, foi vista a relação e a prevalência da DTM nesta determinada
população. O projeto foi enviado ao Comitê de Ética (CEP). Os dados para a pesquisa foram
utilizados após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO II).
Critérios de inclusão:
- Pacientes em tratamento ortodôntico na FUNORTE, núcleo Feira de Santana, no
período de março de 2007 até julho de 2013.
- Paciente com sintomatologia na ATM (tanto do gênero feminino quanto do
masculino).
Critérios de exclusão:
-Pacientes com idade abaixo de 15 anos (foi dada preferência para pacientes que já
estivessem com toda a dentição permanente);
-Pacientes com alguma ausência dentária (a presença de todos os dentes cria a
expectativa de maior estabilidade do sistema estomatognático);
-Ter realizado tratamento ortodôntico e/ou ortopédico prévio (foi preferível trabalhar
na pesquisa com pacientes em estado de equilíbrio que a natureza já proporcionou, sem antes
ter intervenção humana).
Amostra:
- Para um universo de 516 prontuários, a amostra total foi de 159 pastas (30,82%),
pois 357 prontuários não puderam ser utilizados porque foram eliminados ao considerar os
15
critérios de exclusão. Portanto, 69,18% foram dados perdidos, considerando-se idade inferior
a 15 anos, ausência dentária, tratamento ortodôntico e/ou ortopédico prévio e falta de dados
no prontuário. No total de 159 prontuários utilizados, 105 pacientes (66,03%) relataram
ausência de algum sinal ou sintoma de DTM. Logo, 54 pacientes (33,97%) relataram perceber
e/ou sentir sinal ou sintoma de DTM.
Após a coleta dados, foi feita uma análise estatística no programa SPSS for Windows
versão 17.0 e no OpenEpi versão 3.
O teste Qui-quadrado, simbolizado por 2 é um teste de hipóteses que se destina a
encontrar um valor da dispersão para duas variáveis nominais, avaliando a associação
existente entre variáveis qualitativas. É um teste não paramétrico, ou seja, não depende dos
parâmetros populacionais, como média e variância. O princípio básico deste método é
comparar proporções, isto é, as possíveis divergências entre as frequências observadas e
esperadas para um certo evento. Ele também é conhecido como teste de independência, uma
vez que seu objetivo é avaliar se duas variáveis são independentes ou não.
É obtido comparando-se as freqüências observadas com as freqüências esperadas. As
freqüências observadas são os valores obtidos no estudo, sendo que as esperadas, são obtidas
assumindo que a hipótese nula é verdadeira. O valor do qui-quadrado é obtido pela seguinte
expressão:
2= [(o - e)2 /e]
em que
• o = frequência observada para cada classe,
• e = frequência esperada para aquela classe.
Percebe-se que as frequências observadas são obtidas diretamente dos dados das
amostras, enquanto que as frequências esperadas são calculadas a partir destas. É importante
notar que (o - e) é a diferença entre a frequência observada e a esperada em uma classe.
Quando as frequências observadas são muito próximas às esperadas, o valor de 2é pequeno.
Mas, quando as divergências são grandes (o - e) passa a ser também grande e,
consequentemente, 2 assume valores altos.
16
Com base no valor do Qui-quadrado calculado é obtido o p-valor que tem a seguinte
definição:
p-valor: Probabilidade de se rejeitar H0 de maneira errada
nível de significância: Probabilidade máxima que o pesquisador aceita de se rejeitar H0 de
maneira errada
O nível de significância é um valor definido pelo pesquisador (não depende dos dados),
entretanto, o padrão é de utilizar níveis iguais a 5% ou 1%.
Exemplo:
p-valor = 0,008 = 0,8%. É como se o p-valor dissesse: “Rejeite H0 (diga que os grupos
são diferentes) mas saiba que a chance de você estar errado é de 0,8%” Como o nível de
significância adotado é de 5% (Probabilidade máxima aceitável de se cometer erro ao rejeitar
H0) o pesquisador conclui que H0 deve ser rejeitada, ou seja, os grupos são diferentes.
p-valor = 0,169 = 16,9%. É como se o p-valor dissesse: “Rejeite H0 (diga que os grupos
são diferentes) mas saiba que a chance de você estar errado é de 16,9%” Como o nível de
significância adotado é de 5% (Probabilidade máxima aceitável de se cometer erro ao rejeitar
H0) o pesquisador conclui que H0 não deve ser rejeitada, ou seja, os grupos devem ser
considerados iguais.
Foram feitas dicotomizações com as variáveis de faixa etária e má oclusão dentária e
esquelética para obtenção de tabelas 2x2, a fim de verificar associações entre elas e
determinar em qual variável específica há relação entre o exposto e a doença (dor na ATM).
O teste qui-quadrado foi utilizado a fim de verificar se a frequência dos expostos
(gênero feminino; faixa etária de 15 a 20 anos; classe I dentária e esquelética; presença de
estalido, ruído e crepitação; presença de dor na musculatura) com que um determinado
acontecimento observado em uma amostra (presença de dor na ATM) se desviou
significativamente ou não da frequência com que ele foi esperado. Este teste também é
utilizado para comparar a distribuição de diversos acontecimentos em diferentes amostras, a
fim de avaliar se as proporções observadas destes eventos mostram ou não diferenças
significativas ou se as amostras diferem significativamente quanto às proporções desses
acontecimentos.
17
Em um valor menor de amostra, usa o teste exato de Fisher, que permite calcular a
probabilidade de associação das características que estão em análise, ou seja, a probabilidade
de tais características serem independentes, quando o número total de dados é pequeno. Na
presente pesquisa, o teste de Fisher foi usado para verificar a associação de dor na ATM e a
faixa etária de 30 a 39 anos; dor na ATM e classe III dentária; dor na ATM e classe II
esquelética; dor na ATM e classe III esquelética.
18
RESULTADOS
No total de 159 prontuários utilizados, 105 pacientes (66,03%) relataram ausência de
algum sinal ou sintoma de DTM. Logo, 54 pacientes (33,97%) relataram perceber e/ou sentir
sinal ou sintoma de DTM. Ao estudar essa amostra de 54 pacientes, constatou-se que 18
(34%) eram do gênero masculino e 36(66%) do gênero feminino. Em relação à faixa etária, a
maioria (47 ou 87,01%) se classificou entre 15 a 29 anos.
Gráfico 1 – População de estudo
69,18%
30,82
%
Gráfico 2 - Gênero
34%
66%
Tabela 1 – Faixa etária
Faixa etária
Total = 54
15 a 20 anos
21 a 29 anos
30 a 39 anos
23 (42,60%)
24 (44,41%)
5 (9,26%)
Acima de 40 anos
2 (3,7%)
19
Em relação à má oclusão dentária, 30 pacientes, ou seja, 55,55% foram classificados
Classe I de Angle. Esqueleticamente, a maioria da má oclusão pôde ser classificada também
como classe I (64,81%).
Tabela 2 – Classificação da má oclusão
Dentária
Má oclusão
30 (55,55%)
Classe I
Esquelética
35 (64,81%)
Classe II
16 (29,63%)
12 (22,22%)
Classe III
8 (14,82%)
7 (12,97%)
A prevalência dos sinais e sintomas da disfunção temporomandibular (DTM) foi
avaliada em 3 (três) variáveis: Presença de dor na articulação temporomandibular (Sim=63%;
Não=37%); Presença de dor na musculatura orofacial (Sim=33%; Não=67%); Presença de
estalido, ruído e crepitação na ATM (Sim=74%; Não=26%). O resultado pode ser visto no
gráfico abaixo (gráfico 3).
Gráfico 3 – Prevalência dos sinais e sintomas da DTM
Em relação somente a presença de dor na ATM, foram feitos cruzamentos entre
variáveis, podendo ser observados na tabela 3 abaixo os valores absolutos:
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PRESENÇA DE DOR NA ATM
GÊNERO
MASCULINO - 8
FEMININO – 26
FAIXA ETÁRIA
15 A 20 ANOS – 15
21 A 29 ANOS – 14
30 A 39 ANOS – 3
ACIMA DE 40 ANOS – 2
MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA
CLASSE I – 19
CLASSE II – 11
CLASSE III – 4
MÁ OCLUSÃO ESQUELÉTICA
CLASSE I – 22
CLASSE II – 8
CLASSE III – 4
ESTALIDO, RUÍDO,
CREPITAÇÃO
SIM – 23
NÃO - 11
DOR MUSCULAR
SIM – 13
NÃO – 21
*Tabela 3 gerada pelo programa estatístico SPSS for Windows versão 17.0
Após a análise estatística dos dados no OpenEpi, versão 3, confeccionou-se a tabela 4
abaixo, onde pode ser visto valor que indica resultado estatisticamente significativo, como a
análise do valor de p, a razão de risco e o intervalo de confiança.
TESTE
Gênero
Estalido, ruído,
crepitação
Dor na
musculatura
15 a 20 anos
21 a 29 anos
30 a 39 anos
Classe I dentária
Classe II dentária
Qui-quadrado
de MantelHaenszel
Qui-quadrado
de MantelHaenszel
Qui-quadrado
de MantelHaenszel
Qui-quadrado
de MantelHaenszel
Qui-quadrado
de MantelHaenszel
Exacto de
Fisher
Qui-quadrado
de MantelHaenszel
Qui-quadrado
RAZÃO DE
RISCO (RP)
1,625
INTERVALO DE
CONFIANÇA (IP)
0,9331 – 2,83
VALOR p-1
0,02419
0,7318
0,4995-1,072
0,08202
1,238
0,8317-1,843
0,1618
1,241
0,8327-1,848
0,1553
0,7538
0,4923-1.154
0,09280
0,9484
0,4494-2,001
0,6187
1,092
0,7211-1,653
0,3392
1,041
0,6759-1,603
0,4297
21
de MantelHaenszel
Classe III dentária Exacto de
Fisher
Classe I esquelética Qui-quadrado
de MantelHaenszel
Classe II
Exacto de
esquelética
Fisher
Classe III
Exacto de
esquelética
Fisher
0,7667
0,3716-1,582
0,3287
0,9952
0,649-1,526
0,4914
1,077
0,6764-1,715
0,5217
0,8952
0,4551-1,761
0,5192
*Tabela 4 gerada pelo programa estatístico OpenEpi, versão 3
Com base nos dados apresentados acima, apenas a variável de gênero (p=0,02419)
feminino apresentou dado estatisticamente significativo, sendo que o teste de qui-quadrado
considera o valor de p<0,05.
22
DISCUSSÃO
Os resultados dessa pesquisa apresentaram prevalência da DTM no gênero feminino
(66%), sendo que 26 mulheres (p=0,02 – dado estatisticamente significatico) afirmaram
apresentar dor na ATM, corroborando com outros estudos em que se evidencia um
acometimento maior em mulheres, como apresentaram Tosato, et al (2006) e Conti (2000)
apud Durso (2002). As mulheres relatam mais os sintomas da DTM devido à variações
hormonais, estrutura muscular e limiar de dor mais baixo (BEZERRA, et al. 2012). Rodrigues
et al. (2004), observaram uma alta incidência de hábitos orais deletérios em adolescentes
(94%) que sofriam de DTM, sem diferença significativa entre os gêneros.
Em uma pesquisa realizada por Serman, et al. (2003) o gênero feminino foi o mais
acometido. Sua pesquisa baseou-se em comparar dois grupos: 50 indivíduos portadores de
prótese total (PT) e 50 indivíduos não portadores de prótese total. Após a análise, percebeu-se
que 76% eram do gênero feminino, que desenvolveram DTM e usavam PT; já 66% dos
dentados que desenvolveram DTM também eram mulheres.
No presente estudo, foi constatada que a faixa etária mais acometida pela dor na ATM
é de 15 a 20 anos (42,6%). No entanto, de 21 a 29 anos é um período onde se manifesta com
significância a disfunção (44,41%). Portanto, após essa análise, pode-se afirmar que entre 15 a
29 anos, a população está mais susceptível a desenvolver a DTM. Vale salientar que essa
faixa etária é considerada importante, pois é a época da vida onde o indivíduo se torna uma
peça importante na economia do país. A dor, que é considerada problema de saúde pública,
pode afetar parte dessa população, diminuindo a produtividade e a qualidade de vida. Tosato
et all. (2006) afirmaram em suas pesquisas, que a faixa etária mais acometida é de 20 a 45
anos. No presente estudo, houve uma discordância, pois entre 29 a acima de 40 anos o valor
encontrado foi menor, cerca de 12,96%. Entretanto Bezerra e colaboradores (2012)
constataram em seu estudo que a época da vida onde há mais desenvolvimento da disfunção
temporomandibular é de 18 a 22 anos.
De acordo com os dados encontrados, a má oclusão Classe I dentária (55,55%) e
Classe I esquelética (64,81%) são as mais acometidas pela somatória de sintomas da
disfunção. No entanto, como afirma Ranieri (2007), apesar da DTM ocorrer mais nos
indivíduos na classificação Classe I, não é possível afirmar que existe a inter-relação.
Conforme já foi descrito anteriormente, a DTM é multifatorial, portanto se deve
atentar que a mesma é um grupo de condições orofaciais dolorosas, com alterações funcionais
do aparelho mastigatório. Por isso, mesmo na ausência da dor na articulação, é importante
23
avaliar a presença de dor na musculatura orofacial e presença de sons, estalidos, ruídos na
ATM. Baseando-se nisso, a pesquisa pôde comprovar que mesmo na ausência de dor na
articulação (37%), 40% dos pacientes relataram presença de ruídos e estalidos. No entanto, a
ausência desses ruídos não indica, necessariamente, uma ATM saudável, uma vez que
deslocamento de disco sem redução não provoca ruídos (DELBONI, 2005). No presente
estudo 26% relataram ausência de ruídos e estalidos, mas 62,96% relataram dor na ATM e
33,34% afirmaram sentir dor muscular. Porém, 67% disseram não ter sintomatologia dolorosa
relacionada ao sistema neuro-muscular, o que leva a pensar que a ausência de dor orofacial
não é sinal de ausência da disfunção.
Na pesquisa realizada por Buarque e Silva (2011) os ruídos articulares (71,5%), as
dores articulares (67,5%), a sensação de surdez e a percepção de zumbido foram os sintomas
mais comumente encontrados. A ausência de guia canina e dimensão vertical de oclusão
reduzida foram os sinais mais observados.
O tratamento para a DTM deve relacionar alguns aspectos, como: Enfatizar a
importância do tema nos cursos de graduação e pós-graduação em Odontologia, destacandose a Ortodontia. No ponto de vista de Filho (2005), os cursos de pós-graduação em
Ortodontia, contudo, não tem uma norma definida sobre a carga horária mínima sobre o
assunto, podendo haver uma grande variação na formação dos ortodontistas neste campo do
conhecimento, alterando assim, atitudes e crenças relacionadas a essa disfunção. Em sua
pesquisa, ele percebeu que a maioria dos ortodontistas não se sente seguro em relação ao
diagnóstico e a decisão terapêutica.
Como a disfunção é multifatorial, o seu tratamento também deve ter ação conjunta do
ortodontista (para resolver problema de má oclusão), médico (tratar a ATM, que pode ser
acometida por trauma e infecção como qualquer articulação que faz parte de todo o corpo
humano), e fisioterapeuta (correção postural, fortalecimento muscular e alívio das dores).
Este estudo serviu como uma forma de alertar cirurgiões-dentistas e a população geral
sobre a prevalência da DTM em um determinado grupo de indivíduos, as causas desta
disfunção, possíveis formas de tratamento, como também romper paradigmas e desvendar
mitos sobre a relação entre o aparelho ortodôntico e a dor orofacial.
24
CONCLUSÃO
Com base nos dados analisados após esse estudo, pôde-se concluir que a disfunção
temporomandibular acomete mais o gênero feminino (66%), na faixa etária predominante de
15 a 29 anos (87,01%), desenvolvendo-se mais em indivíduos considerados Classe I dentária
e esquelética (55,55% e 64,81% respectivamente). 63% dos indivíduos relataram presença de
dor na articulação temporomandibular; 33% disseram sentir dor na musculatura orofacial;
74% afirmaram perceber a presença de estalido, ruído e crepitação na ATM. Em relação ao
cruzamento das variáveis com a dor na ATM, o gênero feminino apresentou resultado
estatisticamente significativo (p=0,02).
Ao levar em consideração que a dor é um problema de saúde pública, pesquisas
relacionadas ao tema proposto devem acontecer com mais freqüência a fim de que se
descubram meios mais eficientes pra determinar a causa e o melhor tratamento para a DTM.
25
REFERÊNCIAS
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23. TOSATO, J.P.; CARIA, P.H.F. Prevalência de DTM em diferentes faixas etárias. RGO, Porto
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24. VELLINI-FERREIRA, F. Ortodontia Diagnóstico e Planejamento clínico. Editora Artes
Médicas. 6ª edição. São Paulo. 2004.
25. ZILLI, C.M. Manual de Cinesioterapia/Ginástica Laboral – Uma tarefa interdisciplinar com
ação multiprofissional. Editora Lovise. Paraná, 2002
28
ANEXO I – FICHA DA COLETA DE DADOS
1- GÊNERO
1.1- Masculino:
1.2- Feminino:
2- IDADE:
3- MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA:
3.1- Classe I:
3.2- Classe II:
3.3- Classe III:
4- MÁ OCLUSÃO ESQUELÉTICA:
4.1- Classe I:
4.2- Classe II:
4.3- Classe III:
5- PRESENÇA DE ESTALIDO, RUIDO, CREPITAÇÃO NA ATM:
5.1- Sim:
5.2- Não:
6- PRESENÇA DE DOR NA ATM:
6.1- Sim:
6.2- Não:
7- PRESENÇA DE DOR NA MUSCULATURA:
7.1- Sim:
7.2- Não:
29
ANEXO II – Termo de Consentimento Livre Esclarecido
FUNORTE NÚCLEO FEIRA DE SANTANA-BA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO
Título do Projeto: PREVALÊNCIA DE DTM NOS PACIENTES DO CURSO DE ORTODONTIA DA FUNORTE
NÚCLEO FEIRA DE SANTANA-BA
Versão: 01
Data: 01/03/13
Pesquisadora: Isabela Vieira Santos
Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa. Antes de decidir, é importante que entenda o
motivo da realização do estudo e no que ele consiste. Estaremos a sua disposição, pessoalmente, no IFAP rua
Francisco Martins, nº 113, Centro, Feira de Santana-BA, para prestar qualquer esclarecimento, caso você precise de
maiores informações.
Esta pesquisa tem a duração de 12 meses e pretende verificar a prevalência da DTM (disfunção têmporomandibular) nos pacientes do curso de Especialização em Ortodontia da FUNORTE núcleo Feira de Santana-BA, no
período de janeiro de 2009 até janeiro de 2013.
Serão convidados todos os pacientes que até a presente data estarão em tratamento ortodôntico nesta
Instituição. A sua participação é voluntária e você poderá se afastar a qualquer momento do estudo se desejar. Para
participar, você assinará este termo e fornecerá os dados do seu prontuário. Os resultados da pesquisa serão
divulgados aos participantes da pesquisa e a comunidade geral e científica. Esta divulgação, em qualquer meio de
apresentação, se fará de forma a garantir a confidencialidade dos dados.
Caso haja algum prejuízo por quaisquer danos decorrentes dessa pesquisa, compensações estarão de
acordo com as normas da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
Se você achar que foi bem informado (a) e quiser participar voluntariamente desta pesquisa, permitindo que
os resultados da mesma sejam publicados, deverá assinar este documento que consta de duas vias. Uma das vias
ficará com você e a outra conosco.
Desde já, agradecemos a sua colaboração e nos colocamos a disposição para quaisquer esclarecimentos
que porventura possam surgir.
Feira de Santana,
__________________________________________
Assinatura do Participante
de
______________________________________
Assinatura da Pesquisadora
de 2013
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