DEVOCIONAL IV – março de 2011
TEMA DO ANO: UM NOVO TEMPO PARA AS NOVAS GERAÇÕES
TEMA DO MÊS: MÉS DA UNIDADE TOTAL DA LIBER
ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À UNIDADE
TEXTO-BASE COMPLETO: Efésios 4.1-16
VERSÍCULO-CHAVE
“com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Ef 4.12).
PALAVRA-CHAVE DA EDIFICAÇÃO E DA COMUNHÃO
Unidade Cristã
OBJETIVO DE EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL
Compartilhar com nossos irmãos a bênção de andarmos juntos, unidos, em comunhão,
abençoando uns aos outros com os dons que o Espírito Santos nos deu.
DEVOCIONAL
Glórias a Deus pelo primeiro Culto de Celebração da unidade dos membros da Igreja da Liberdade,
realizado no domingo passado. Gentes dos diferentes horários de culto, de todos os PGs e dos
Ministérios; testemunhos, cânticos celebrativos, coro, orquestra, banda, teatro, e a gratidão de
nosso coração pelo número impressionante de aprovados no vestibular e pelo feliz acampamento
durante o carnaval, quando a Palavra foi pregada com duas dezenas de decisões ao lado de Jesus. A
Mensagem pastoral naquela oportunidade e que compartilhamos em nosso PG foi “Celebrando a
Unidade Através da Comunhão”. A mensagem deste domingo foi “Os Elementos Indispensáveis da
Unidade” e que vamos compartilhar em nosso PG procurando responder esta pergunta: O QUE
PRECISAMOS FAZER PARA VIVERMOS ESTAS VERDADES PREGADAS PELO SERVO
DO SENHOR?
Efésios ainda hoje por ser considerado um livro extremamente contemporâneo porque evoca uma
UNIDADE num mundo rachado por todo tipo de desunião, imerso em alienações, debaixo de
permanentes guerras, sejam do homem consigo mesmo (auto-rejeição, complexos, etc.,), sejam
entre dos povos entre si.
Bem, que importantes fatos são esses que afirmam e confirmam, definitivamente, a ideia basilar da
Unidade no livro de Efésios? São eles: a graça, o fundamento, os dons e o crescimento da unidade.
Vamos encontrá-los agora nos versículos deste livro muito importante e conversar sobre como
podemos viver essas verdades e experimentar a bênção da unidade em nossas vidas.
I - A graça da Unidade (Efésios 4:1-3)
“E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo” (Ef 4.7).
Com base nesse texto, este primeiro ponto poderia muito bem ser chamado de “A graça na
unidade”. Por que unidade? Porque os versículos anteriores preparam o derramamento da graça na
vida daqueles que buscam a unidade. Veja: “Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de
maneira digna da vocação que receberam” – Como? – “Sejam completamente humildes e dóceis,
e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para conservar a
unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4.1-3). Pois, tudo o que acontece em nossa vida cristã
precisa estar em função da unidade. Veja: “Há um só corpo e um só Espírito, assim como a
esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só
batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos” (Ef 4.4-6).
Portanto, essas são as condições pelas quais a graça de Deus é derramada entre nós. Graça, nesse
texto de Efésios é derramada sobre os crentes, não sendo, a graça salvadora de Tito 2.11, nem a de
Efésios 2.5, mas, refere-se aos carismas do Espírito Santo, Cháris, do grego, que significa favor,
presente. Carismas são os dons dados pelo Espírito Santo, capacidades espirituais para fazermos a
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obra de Deus e sermos agentes ministeriais bem sucedidos em nossa Igreja. Carisma é, pois,
bênção de Deus que nos permite abençoar os nossos irmãos.
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PARA PENSAR E COMPARTILHAR
Rastreie os textos acima, de Efésios 4.1-6, e responda a pergunta: de que forma devemos viver a
fim de que sejam derramados sobre nossas vidas os carismas da unidade?
1. O crente mantém preservada a unidade interior, orgânica, agindo com humildade,
“tapeinophrosune” (4.2) – palavra cunhada pelo cristianismo vinda do mundo exterior, romano,
que sinonimisava humildade com fraqueza, modéstia como estilo de vida. Humildade então era
uma coisa ordinária, vil, desprezível, baixa. Para os romanos, cujo império e cultura vigiam nessa
época da carta aos efésios, virtude era a megalopsiquia. Onde a virtude se tornou virtude? Em Jesus
Cristo!
Francis Foulkes diz: “em Cristo, a humildade se tornou virtude”. Como em Cristo? Pelo exemplo
de desprendimento d’Ele e pela inspiração que leva o homem à conversão. Em Jesus vemos a
humildade na encarnação, vida simples, amor pelas pessoas, principalmente pelos pobres e
oprimidos, e na crucificação. A conversão é inspirada neste amor. Na visão de Jesus, humildade é
renúncia, principalmente aos interesses pessoais em favor dos outros.
2. O crente mantém preservada a unidade orgânica, agindo com mansidão, “prautes” (4.2) do
grego clássico, gentil, suave, dócil de caráter, aquele que tem consideração, aquele que valoriza o
outro. Quem é o manso de coração? É a pessoa que não reinvidica direitos (abre mão dos direitos)
e auto-importância.
 PARA PENSAR E COMPARTILHAR
Leia Gálatas 5.22-23 e responda: a mansidão é um esforço do homem ou uma obra do Espírito de
Deus? Então, de que forma podemos obtê-la?
O que acontece em nossos relacionamentos e em nossa vida ministerial a serviço do Corpo de
Cristo, se não tivermos mansidão? O que você acha: ela é um elemento importante para que a
UNIDADE possa ser mantida? Qual é o seu valor para o relacionamento?
3. O crente mantém preservada a unidade interior, orgânica, agindo com paciência (4.2)
“makrothimia” – suportar com paciência que vem de Deus pessoas provocadoras, instigadoras,
cutucadoras. Note o uso que Paulo faz da palavras “toda” demonstrando a intensidade com que
devemos viver essas virtudes.
Por que isso? Porque tais virtudes são o oposto daquilo que não devemos alimentar: o orgulho
(Rm12.16), conceitos exagerados sobre nós mesmos (Gl 6.3).
4. O crente mantém preservada a unidade interior, orgânica, agindo com um amor que suporta as
fraquezas dos irmãos (4.2).

PARA PENSAR E COMPARTILHAR
Leia 1 Coríntios 13 e compartilhe como devemos nos relacionar em amor com nossos irmãos.
II - Os Fundamento da Unidade ((Efésios 4.4-6)
Estudamos sobre isto neste Mês da Unidade há dois domingos, repercutido em seguida nos PGs
(um só corpo, um só Espírito, uma só esperança, um só batismo, uma só fé e um só Senhor e
Pai...”). Que tal recordar um pouquinho o que foi estudado naquele compartilhamento?
III - Os Dons da Unidade (Efésios 4.7-11)
“mas... a cada um de nós foi dada a graça...”
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Salmond no CBB (comentário Bíblico Bacon), diz que a conjunção “mas” aqui, iniciando o verso
7, nos conduz a outro pensamento. Contrasta o “cada um”, com o “todos”, dentro da exortação para
que conservemos a unidade do Espírito. A mudança aqui é para que entendamos a unidade do todo
nas partes individuais que integra esse todo. Paulo lidou com muitos problemas quando escreve aos
coríntios, onde precisou dizer que “há diversidade de dons mas o Espírito é o mesmo” (I Cor
12.4). Unidade na variedade. Variedade na unidade. Unidade naquilo que nos difere.
Todos temos talentos naturais. Dons só os temos quando convertidos. !!!
Ouvi recentemente e amei a ilustração de dons: “São os talentos turbinados ao sopro do Espírito!!!”
Todos os crentes possuem pelo menos um dom, dentre a variedade de dons que Jesus mesmo os
distribui. Todos os crentes, através da igreja, podem e devem descobrir e desenvolver os seus
dons. A unidade da igreja emana da utilização dessas ferramentas das quais abençoamos uns aos
outros na vida do Corpo.
Mas, para que nos foi dado dons?
Os dons nos são dados para abençoar, edificar, a igreja. Para UNIR (UNIDADE) a igreja.
“mas a cada um foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo” . Aqui, “graça”, não
se refere à salvadora mas a uma espécie de dotação especial, tal como vemos na missão de Paulo
aos gentios (Efésios 3.7)
Unidade na diversidade de dons. A igreja é uma comunidade carismática. Conforme 1 Coríntios
12, os dons criam os ministérios, e os estes são realizados no Corpo de Cristo de muitas formas.
No vr 11 ele oferece uma classificação dos dons, parece que, pensando na lista que proveu em I Co
12.28, sendo que, aqui aos Efésios, ele estaria mais preocupado em classificar os dons necessários
à expansão em UNIDADE do trabalho da igreja. Por isso chamados de dons ministeriais.
E Cristo deu uns para:
1. apóstolos – do verbo “apostello”, “apóstolos” – enviado, missionário. Enviado em missão para
ultrapassar barreiras transculturais. No tempo de Jesus todos eram discípulos, mas os doze que
haviam visto o Senhor Jesus eram apóstolos. Os apóstolos deviam possuir duas qualificações
principais: precisavam ter conhecido a Cristo pessoalmente (I Co 9.1,2) e ser testemunha ocular de
sua ressurreição (At. 1.21-23).
Quando da confecção do Canon do Noto Testamento, uma das exigências para que um livro fosse
incluído foi que o autor houvesse sido um apóstolo, um companheiro de Jesus.
Por que Paulo se considerou “apóstolo”? Pelo encontro que ele teve com Jesus na estrada de
Damasco. “Apostello” é enviado – todos somos enviados. A igreja é apostólica (enviada). É por
isso que eruditos do Novo Testemento advogam que pela própria definição de apóstolo, esse
ministério haveria de cessar com a morte da primeira geração da igreja.
2. profetas, os anunciadores da Palavra e não adivinhadores;
3. evangelistas, os pregadores itinerantes, que iam de lugar em lugar;
Paulo vai dizer a Timóteo: “faze a obra de evangelista” (II Tm 4.5), isto é, ganhe pessoas para
Cristo.
4. pastores e mestres – constituem um oficio só de dupla função: que cuidam, que alimentam,
protegendo, ensinam e edificam o rebanho, capacitando o povo de Deus para a obra do
ministério.
IV – O Crescimento da Unidade (Efésios 4.12-16)
Para que Deus deu os chamados “dons ministeriais”?
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Para edificação, aperfeiçoamento (katartismos) o corpo de Cristo para a obra (diaconia,
serviço) do ministério (v. 12); para produzirem maturidade cristã (v.13); para a nossa
estabilidade espiritual (vr 14); para a nossa estabilidade espiritual (vr 16)
CONCLUSÃO
Queridas e queridos, UM NOVO TEMPO PARA AS NOVAS GERAÇÕES na unidade da LIBER
terá migrado da teoria para a prática em nossa Igreja, quando reconhecido pelas demonstrações de
amor, da graça, na diversidade e na maturidade com que nos comportamos uns com os outros, e
todos para com a cabeça da igreja, Cristo. Amém!
 ASSUNTO DE ORAÇÃO
Oremos para que nossa Igreja funcione na unidade do Espírito.
PÚLPITO: Esta devocional está baseada no sermão do pastor Eli Fernandes, pregado nos cultos das
17h00 e 19h00, do dia 26 de abril de 2011.
TRATAMENTO DEVOCIONAL: Pr Walmir Vargas – Ministro de Educação Cristã da Líber.
ALGO IMPORTANTE: Veja em nosso boletim, na segunda página, as devocionais do Culto
Doméstico do Ministério Sacerdotal do Homem no lar. Seja um sacerdote de seu lar, faça
regularmente com seus familiares o Culto Doméstico, e habitue-se a tratar os assuntos de sua
família sempre à luz das Escrituras e faça o Senhor conhecedor das necessidades de cada membro
de sua família através de suas orações.
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DEVOCIONAL I - Igreja Batista da Liberdade