Mandona
Ela é uma pessoa que gosta de mandar nas outras pessoas. Ela não se preocupa
com os desejos das outras pessoas, a única coisa que importa é o seu desejo,
imposto através de uma vontade férrea e uma insensibilidade total às necessidades
das outras pessoas. Ela é agradável e sabe cativar as pessoas, mas não dá espaço
para os seres humanos que estão ao seu lado desenvolverem qualquer atividade,
ela é o centro do universo.
A maioria das famílias tem uma pessoa assim, geralmente é muito criticada por
todos os familiares, quando ela não está presente, pois não desejam magoá-la e
perder a sua ajuda na hora de resolver algum problema, daqueles difíceis de serem
solucionados. É nestas ocasiões que a mandona entra em cena e resolve o
problema para os familiares e amigos. Aqueles familiares e amigos, simpáticos e
bons de papo, nas horas de resolver os problemas eles desaparecem. Aonde os
simpáticos e bons de papo foram? Ninguém sabe, ninguém viu.
Uma característica das pessoas mandonas é a sinceridade, elas são o inverso das
chamadas de simpáticas. Quando indagadas sobre um assunto as mandonas dizem
o que pensam, isto contraria as pessoas cujas perguntas têm o objetivo de escutar
determinadas respostas. Ao ouvirem uma resposta bem diferente daquela que
gostariam de ouvir, elas passam a fazer comentários maldosos acerca das
mandonas.
Eu prefiro conversar com as mandonas, acho terrível escutar uma pessoa cuja
opinião flutua de acordo com o interlocutor. Basta um novo componente se junte à
conversa e emita uma opinião contrária ao que estava sendo dito por aquela pessoa
para ela abandonar sua opinião anterior, concordar com a pessoa sem examinar o
que é dito. A mandona é mais confiável, tem opinião própria e não flutua ao sabor
das opiniões alheias. As pessoas “mandonas” e que aprenderam a ouvir e a
respeitar a opinião das outras pessoas são amizades duradouras.
Marcos Antônio da Cunha Fernandes
João Pessoa, janeiro de 2008.
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