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2012
R
2º SIMULADO DISCURSIVO
PROVA 02
BIOLOGIA / MATEMÁTICA / LÍNGUA PORTUGUESA
Horário: das 13h às 16h30min
Dia: 11 de novembro.
BIOLOGIA
1ª QUESTÃO
Observe o esquema dos diferentes níveis de organização do material genético.
Após observação, cite:
a) os nomes que correspondem às indicações IV e VI:
IV: ____________________ VI: _______________________
b) o número que corresponde ao nível mais básico de organização da cromatina e o número de vezes que
a estrutura IV está presente em um bivalente no paquíteno:
Número correspondente: ___________________
Número de vezes: ______________________
c) o nome das sequências que são transcritas a partir de II e que não codificam peptídeos:_____________
______________
Resolução:
a) IV: Cromátide;
VI: Telômero
b) Número correspondente: III
Número de vezes: 4
c) Íntrons
Histonas são proteínas básicas que estão associadas ao DNA e formam a cromatina (III) Na figura, cada
metade do cromossomo recebe o nome de cromátide (IV); em regiões onde não há codificação de proteínas
chamamos de introns ...enquanto os éxons são responsáveis pela codificação das proteínas.
Já a região de extremidade de um determinado cromossomo denominamos telômero (VI).
BIOLOGIA
2ª QUESTÃO
Com relação ao sistema digestório humano, responda:
a) Quais são os segmentos do tubo digestivo humano desde a entrada do alimento até a eliminação dos
detritos fecais?
b) Explique o que ocorre com os alimentos ao longo do tubo digestivo, indicando os sucos digestivos e
enzimas que atuam, e o tipo de nutriente que é quebrado em cada parte.
c) Cite a denominação histológica completa do tecido epitelial de revestimento da mucosa intestinal.
Diferencie-o do epitélio de revestimento epidérmico.
d) Existem glândulas associadas ao tubo digestório. Qual é o tecido animal de origem das
glândulas multicelulares?
Resolução:
a) Boca, faringe, esôfago, estômago, duodeno, jejuno, íleo, ceco, cólon, reto e ânus.
b) Na boca ocorre a mastigação e a insalivação dos alimentos. A saliva humana contém a enzima ptialina
ou amilase salivar, a qual digere o amido e o glicogênio transformando-os em maltose. O estômago
produz pepsina e ácido clorídrico, digerindo parte das proteínas e transformando-as em pequenas
cadeias de peptídeos. O intestino delgado produz enzimas (suco entérico) e recebe o suco pancreático,
além da bile produzida no fígado. Enzimas do suco pancreático e entérico terminam a digestão iniciada
na boca e no estômago. No intestino delgado ocorre a digestão de carboidratos, proteínas e lipídios.
1
c) O tecido epitelial de revestimento simples prismático com microvilosidades caracteriza o epitélio da
mucosa intestinal. Já na epiderme observa-se o tecido epitelial de revestimento estratificado
pavimentoso queratinizado.
d) As glândulas multicelulares apresentam origem epitelial.
BIOLOGIA
3ª QUESTÃO
Abaixo estão esquematizados dois heredogramas que demonstram, em duas famílias diferentes, a
ocorrência de duas anomalias:
a) Determine se as anomalias são condicionadas por alelos dominantes ou recessivos em
ambos heredogramas.
b) Determine se as anomalias são autossômicas ou ligadas ao sexo. Que fator permite chegar a
tal conclusão?
c) Qual a chance de III-4 do heredograma 1 vir a ter uma filha com o mesmo fenótipo de sua irmã ao
casar com uma mulher com uma mulher com a anomalia?
d) Sabe-se que a anomalia analisada no heredograma 1 não está presente em nenhum indivíduo do
heredograma 2 e a anomalia do heredograma 2 não está presente em nenhum membro do
heredograma 1. Dessa forma, explique se há chance de nascimento de um descendente com uma das
duas anomalias, caso haja um casamento entre III-3 do heredograma 1 e III-1 do heredograma 2.
Resolução:
a) No heredograma 1 a anomalia é recessiva, já no heredograma 2 a anomalia é dominante.
b) Em ambos os heredogramas a anomalia é autossômica.
No heredograma 1 é observado a mulher anômala filha de pais normais. Se a anomalia fosse ligada ao
sexo, o pai dessa mulher deveria ser afetado, uma vez que em heranças recessivas ligadas ao sexo,
uma mulher afetada apresentará seus dois cromossomos sexuais X com o gene recessivo, e como ela
recebe um de seus cromossomos sexuais X de seu pai, este deveria ser afetado pois seu único
cromossomo sexual X seria portador do gene recessivo. Como tal ocorrência não é observada, exclui-se
herança ligada ao sexo e confirma-se herança autossômica.
No heredograma 2 é observada uma mulher normal filha de pai afetado. Tal ocorrência é incompatível
com herança dominante ligada ao sexo, pois o homem sempre transmite seu cromossomo sexual X a
suas filhas e em caso de herança dominante ligada ao sexo a sua filha deve ser igualmente afetada.
Como nesse heredograma a mulher é normal, filha de pai afetado, exclui-se herança ligada ao sexo e
confirma-se autossômica.
c) Admitindo que o alelo recessivo seja representado por “A” e o alelo recessivo responsável pela
anomalia seja representado por “a”, pode-se concluir que III-4 é portador de genótipo A_ uma vez que é
normal filho de pais comprovadamente heterozigotos. Para que ele venha a ter uma filha com a
anomalia, portadora do genótipo aa, é necessário que ele seja heterozigoto, e a chance de tal
ocorrência é 2/3. Além disso, a criança deve nascer do sexo feminino, sendo ½ a chance de tal
ocorrência. Sendo ele heterozigoto, teria ½ de chances de ter uma criança afetada com uma mulher
também afetada (aa). Como todos os acontecimentos devem se concretizar simultaneamente, concluise que a chance de III-4 vir a ter uma filha afetada ao se casar com mulher afetada é o produto de todas
as possibilidades desejadas, ou seja, 2/3 x ½ x ½ = 1/6.
d) Haveria possibilidade de nascimento de um filho com a anomalia recessiva se o homem (III-1) fosse
heterozigoto. Neste caso haveria 50% de chances de nascimento de um descendente afetado, porém
não haveria possibilidade de nascimento de um descendente com a anomalia representada no
heredograma 2, pois sendo os dois normais em relação a essa anomalia, que é dominante, os dois
serão portadores de genótipo homozigoto recessivo, só gerando filhos homozigotos recessivos e
consequentemente normais.
2
BIOLOGIA
4ª QUESTÃO
Várias evidências científicas comprovam que as aves são descendentes diretas de espécies de
dinossauros que sobreviveram ao evento de extinção em massa que assolou o planeta 65 milhões de anos
atrás. O achado mais recente, um dinossauro emplumado chamado 'Epidexipteryx hui', foi apresentado na
revista "Nature". Alguns dinossauros menores adquiriram a capacidade de voar, e foram eles,
provavelmente, que sobreviveram ao cataclismo e deram origem às aves modernas.
(Adaptado de Herton Escobar, "Curiosidades e maravilhas científicas do mundo em que vivemos".
http://www.estadao.com.br/vidae/imagineso_265208,0.htm. Acessado em 27/10/2008.)
a) Conforme o texto, as aves provavelmente seriam descendentes de um grupo de dinossauros, relação
cada vez mais evidenciada pelo estudo dos fósseis. Contudo, as aves modernas diferem dos répteis
quanto ao sistema respiratório, diferença essa que pode ser considerada uma adaptação ao voo. Que
diferença é essa e como ela está relacionada ao voo?
b) A capacidade de voar ocorre não só em aves, mas também em mamíferos, como os morcegos, e em
insetos. Os pesquisadores explicam que as asas podem ser órgãos homólogos, em alguns casos, e
órgãos análogos, em outros. Indique em quais dos animais citados as asas são órgãos homólogos e em
quais são órgãos análogos. Em que diferem esses dois tipos de órgãos?
Resolução:
a) As aves modernas possuem sacos aéreos e ossos pneumáticos, estruturas que diminuem o peso
do animal.
b) Órgãos homólogos são aqueles que apresentam a mesma origem embrionária; é o caso das asas das
aves e dos morcegos. Órgãos análogos apresentam a mesma função, isto ocorre entre as asas dos
insetos e as das aves e morcegos.
BIOLOGIA
5ª QUESTÃO
Atualmente é comum haver, em muitos supermercados da cidade, verduras que foram cultivadas através da
técnica da hidroponia, ou seja, do cultivo em soluções de nutrientes inorgânicos e não no solo.
Pergunta-se:
a) Como são classificados os nutrientes inorgânicos essenciais, adicionados à solução? Cite 2 (dois)
exemplos de cada grupo.
b) Por que a solução de nutrientes utilizada na hidroponia deve ser continuamente aerada?
Resolução
a) Dependendo da quantidade em que são utilizados e/ou encontrados nos tecidos vegetais, os nutrientes
minerais essenciais são classificados em macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, carbono,
hidrogênio, oxigênio, enxofre e magnésio) e micronutrientes (manganês, molibdênio, cobre, ferro, zinco,
cloro e boro).
b) Tanto os experimentos como os cultivos comerciais com hidroponia devem ter um sistema eficiente de
aeração da solução nutritiva, pois isso é fundamental para que a respiração celular ocorra na raiz,
possibilitando a produção de energia (ATP) necessária aos processos de absorção ativa de íons.
REDAÇÃO
2ª QUESTÃO
(3,0 PONTOS)
Texto I
“Um cínico é um homem que sabe o preço de tudo, mas o valor de nada.” Oscar Wilde
Texto II
Ironia é a afirmação de algo diferente do que se deseja comunicar, geralmente o contrário, na qual o
emissor deixa transparecer a contrariedade por meio do contexto do discurso, ou através da alguma
diferenciação editorial, ou entoativa ou gestual. O que diferencia a ironia do enunciado falso simples é a
sinalização da contrariedade, geralmente sutil, através do contexto, edição, entoação ou gesto ou de outro
sinal. A função da ironia geralmente é crítica e impressionista.
Dizer ironicamente que alguém é virtuoso implica numa impressão: 'é um mau exemplo' e numa
crítica: 'devia mudar, ser diferente'. Ironiza-se o excesso e o reprovável.
Um caso particular e relevante de ironia é a mimese irônica. Imita-se o estilo ou o ponto de vista de
outrem, mas o que se pretende é criticar o que se mimetiza. No caso da mimese de estilo, leva-se a
entender que o estilo adequado não é tal.
3
Há também o uso irônico de termos a que se reserva alguma crítica quanto à conotação. Por
exemplo: usar ironicamente uma gíria dá a entender que se reprova a gíria e, provavelmente, quem a
pratica.
A ironia é um recurso usual de humor. Torna-se mais intensa quanto mais extrema a relação de
oposição entre o falso atribuído e o verdadeiro. Assim, uma ironia entre o 'belo' e o 'feio' é menos extrema e
intensa que entre o 'lindo' e o 'horrível'.
Disponível em: http://www.radames.manosso.nom.br/retorica/ironia.htm. Acesso em 05/11/2012.
Com base na leitura do verbete sobre ironia (Texto II), produza uma narrativa de ficção em que: a)
ao menos uma personagem possua, como característica, a comunicação por meio da ironia e b) uma ironia,
por alguma personagem, não tenha sido compreendida.
RASCUNHO
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4
MATEMÁTICA
1ª QUESTÃO
Sobre um cilindro circular reto C e uma pirâmide triangular regular P sabe-se que:
3
2
¾ C tem volume igual a 24 π cm e área de cada base igual a 4 π cm ,
¾ P tem a mesma altura que C e base inscrita em uma base de C.
a) Calcule a área da seção feita na pirâmide por um plano paralelo à sua base, distante 2 cm do vértice.
b) Calcule o volume do tronco dessa pirâmide determinado pelo plano paralelo à base que a seccionou no
item anterior.
c) Imagine que, retirada a pirâmide do cilindro e colocando líquido no interior do mesmo, nele é
mergulhado um cubo maciço de 2 cm de aresta até que este se apoie no fundo em uma de suas faces.
Se o líquido citado agora cobre inteiramente o cubo, tangenciando sua face superior, qual a altura do
líquido inicialmente colocado no cilindro?
Use π = 3.
Resolução:
a) Note, inicialmente, que o raio da base de C é 2 cm e a aresta da base de P será, então, 2√3 cm.
Sendo a pirâmide “acima” do plano secante semelhante à pirâmide P na razão 2/6 = 1/3, a seção citada
será um triângulo equilátero de lado 2√3/3. Daí, sua área é √3/3 cm2.
b) O volume pedido pode ser calculado por diferença entre o volume de P e o volume da pirâmide “acima”
do plano secante, ou seja,
(2√3)2.√3/4 . 6 - (√3/3). 2
3
3
=
52√3/9 cm3.
c) Seja “h” a altura inicial do líquido no cilindro. A altura final é a mesma que a aresta do cubo, 2 cm.
Assim, a variação na altura é 2 – h .
Assim, o cilindro de raio de base 2 cm e altura 2 – h tem que corresponder ao volume do cubo
ali mergulhado.
Temos 23 = π . 22 (2 – h), que nos fornece h = 4/3 cm.
MATEMÁTICA
2ª QUESTÃO
Uma fábrica deseja produzir uma chapa retangular a partir de uma chapa metálica que tem a forma de um
triângulo isósceles. Suponha que A, B e C são os vértices da chapa triangular; que D, E, F e G são os
vértices da chapa retangular; e que AB = AC = 4 m e ABC = 60º, conforme ilustra a figura abaixo.
Determine:
a) o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A e B.
b) a área S da chapa retangular em função de xo , onde xo é a abscissa do ponto D.
c) as dimensões, em metros, da chapa retangular para que sua área seja máxima.
Resolução:
a) O coeficiente angular é a tangente de 120 graus que é - 3 .
b) O triângulo ABC isósceles possui os ângulos da base BC iguais a 60 graus.
Logo esse triângulo ABC é equilátero de lado 4 m.
O ponto G é simétrico do ponto D em relação à ordenada.
O ponto E é a projeção ortogonal de D sobre a abscissa.
O ponto F é a projeção ortogonal de G sobre a abscissa.
Para D(xo,yo) temos :
E(xo,0), G(-xo,yo) e F(-xo,0)
1
A área do retângulo é S = 2.xo.yo onde tangente de 60 graus é yo/2-xo
Logo yo =
3 (2 − xo )
Portanto S = 2 3xo(2 − xo)
c) Fazendo a distributividade chegamos a uma função quadrática cuja parábola possui concavidade
voltada para baixo. Logo a abscissa do vértice nos dá a condição para que a área da chapa
seja máxima. As dimensões da chapa são: 2 e 3 .
MATEMÁTICA
3ª QUESTÃO
Um detalhe arquitetônico, ocupando toda a base de um muro, é formado por uma sequência de
30 triângulos retângulos, todos apoiados sobre um dos catetos e sem sobreposição. A figura a seguir
representa os três primeiros triângulos dessa sequência.
Todos os triângulos têm um metro de altura. O primeiro triângulo, da esquerda para a direita, é isósceles e a
base de cada triângulo, a partir do segundo, é 10% maior que a do triângulo imediatamente à sua esquerda.
Dado: 1130 ≈ 1,745·1031
Com base no exposto,
a) qual é o comprimento do muro?
b) quantos litros de tinta são necessários para pintar os triângulos do detalhe, utilizando-se uma tinta que
2
rende 10 m por litro?
Resolução:
⎛ 11 ⎛ 11 ⎞2 ⎛ 11 ⎞3 ⎞
Os lados (bases) dos triângulos formam uma PG dada por ⎜ 1,
,
,
... ⎟ .
⎜ 10 ⎜⎝ 10 ⎟⎠ ⎜⎝ 10 ⎟⎠
⎟
⎝
⎠
Calculando a soma de seus trinta primeiros termos (comprimento do muro), temos:
⎛ ⎛ 11 ⎞30
⎞
30
30
1. ⎜ ⎜ ⎟ − 1⎟ 11 − 10
⎜ ⎝ 10 ⎠
⎟
17,45.1030 − 1030 .10
⎠=
1030
S30 = ⎝
=
= 164,5m
30
11
1
10
−1
10
10
(
Área de todos os triângulos: A =
)
164,5.1
= 82,25m2
2
2
Se cada litro pinta 10m2, serão utilizados 8,225 litros para pintar 82,25m .
MATEMÁTICA
4ª QUESTÃO
Um terreno retangular tem 800 m de perímetro e será dividido pelos segmentos PA e CQ em três partes,
como mostra a figura.
2
Admita que os segmentos de reta PA e CQ estão contidos nas bissetrizes de dois ângulos retos do terreno
e que a área do paralelogramo PAQC tem medida S.
a) Supondo AQ = 20m , calcule S.
b) Determine o maior valor, em m2, que S pode assumir.
Resolução
a) Pelo fato de AP ser uma bissetriz, temos que DÂP = APD = 45o, do mesmo modo
,
com isso podemos afirmar que os triângulos APD e CQB são isósceles. Chamando de x o
comprimento do segmento AD, temos, por consequência dos lados paralelos do retângulo: AD = CB = x,
logo QB = DP = x. Daí teremos:
2P = 4x + 20 + 20 = 800
x = 190.
2
*2 = 3800 m
S= [(190+20)*190] 2
b) S = 20.000 m
MATEMÁTICA
5ª QUESTÃO
Para montar um sanduíche, os clientes de uma lanchonete podem escolher:
- um dentre os tipos de pão: calabresa, orégano e queijo;
- um dentre os tamanhos; pequeno e grande;
- de um até cinco dentre os tipos de recheio: sardinha, atum, queijo, presunto e
salame, sem possibilidade de repetição de recheio num mesmo sanduíche.
Calcule:
a) quantos sanduíches distintos podem ser montados?
b) o número de sanduíches distintos que um cliente pode montar, se ele não gosta de orégano, só come
sanduíches pequenos e deseja dois recheios em cada sanduíche.
c) Um cliente resolveu comprar uma sobremesa ao invés de sanduíche. Antes ele participou de uma
pesquisa na qual ele (como voluntário) e mais 209 outros voluntários declararam sua preferência por um
dentre três tipos de sobremesa e uma dentre quatro opções de sabores (os resultados foram agrupados
e dispostos no quadro a seguir).
Gelatina
Pudim
Mousse
TOTAL
Morango
15
28
4
47
Limão
40
7
12
59
Baunilha
6
29
18
53
Coco
5
16
30
51
TOTAL
66
80
64
210
Sendo sorteado ao acaso um dos voluntários, calcule a probabilidade (em porcentagem) de que a sua
preferência NÃO seja pelo sabor morango, se já é sabido que sua sobremesa predileta é pudim.
55
54
55
32
1
a quantidade que atende ao enunciado (A):
1
=
6
8
1
N
1
3
2
3
1
=
︵= ︶
︵⋅ ︶
︵⋅ ︶ ⇒
sanduíches.
1
3
−
1
5
2
⎡
⎤
⋅ ︶ ⋅ ⎢⎛⎜ ⎞⎟ + ⎛⎜ ⎞⎟ + ⎛⎜ ⎞⎟ + ⎛⎜ ⎞⎟ + ⎛⎜ ⎞⎟ ⎥ ⇒
⎠⎦
⎠ ⎝
⎝ ⎠
⎝⎠
⎝ ⎠⎝
⎣
︶
︵
N
2
1
3
N
︵=
N 51
Resolução
a) Considerando
=
0
2
2
⎞
⎟ ⇒
⎟
⎠
N
⎛
⋅ ︶ ⋅ ⎜⎜
︶
︵
⎝
!
3
! !
5
2
1
2
︵
=
2
⋅ ︶ ⋅ ⎛⎜ ⎞⎟ ⇒
⎝ ⎠
︶
︵
N
1
2
2
N
︵
=
52
b) Considerando N2 a quantidade que atende ao enunciado (B):
sanduíches.
c) Número de elementos do espaço amostral inicial: 210;
O voluntário sorteado tem preferência por pudim, assim, o novo espaço amostral passa a ter 80 elementos;
3
=
Respostas: a) 186.
×
×
=
⇒
⇒
=
b) 20.
=
0
7 2
⇒
⇒
P
%
5
6
8 0
2 8 P
= −
= −
P
0
7 2
1
P
⇒
3 0
P 1
55 2
1
P
P
1
P
P
+ =
.
c) 65%.
4
P
Considerando P a probabilidade do cliente em questão pedir a sobremesa PUDIM DE MORANGO e
probabilidade do mesmo NÃO pedir a sobremesa PUDIM DE MORANGO, teremos:
a
PORTUGUÊS
1ª QUESTÃO
Observando a linguagem verbal abaixo, há uma transgressão à norma culta quanto à regência verbal.
Existem duas possibilidades para adaptá-la ao preceito gramatical. Utilize-as.
Resposta:
1ª possibilidade: recado para você que começa a namorar e esquece os amigos.
2ª possibilidade: recado para você que começa a namorar e se esquece dos amigos.
2ª QUESTÃO
Considere as frases:
I. "O rapaz estava chateado, pois chegou à moça e disse que não era mais possível continuar
o namoro".
II. "O rapaz estava chateado, pois chegou a moça e disse que não era mais possível continuar
o namoro".
a) Que interpretação se pode dar a cada uma das frases, levando em conta as expressões "à moça" e
"a moça"?
b) Do ponto de vista sintático, qual a função que exercem as expressões "à moça" e "a moça"?
Resolução:
a) Da primeira frase, entende-se que o autor da declaração foi o rapaz, da segunda, entende-se que foi a
moça a autora da declaração.
b) Na primeira frase, "à moça" funciona como adjunto adverbial do verbo "chegou", indicando a quem se
dirigia o rapaz. Na segunda, "a moça" tem a função de sujeito do mesmo verbo.
3ª QUESTÃO
O texto acima está sendo utilizado numa campanha
de utilidade pública. Explicite o recurso intertextual
de que se lançou mão em “Quando os olhos não
vêem o coração sente”, sua adequação e efeito
pretendido.
Resolução:
A propaganda em questão utilizou-se de um ditado
popular para compor a estratégia argumentativa da
publicidade; o ditado popular é “O que os olhos não
veem o coração não sente”. Trocou-se, então, a
expressão “o que” por “quando”, indicando que
pessoas deficientes visuais sofrem por não
enxergarem; com isso, o efeito pretendido é de
sensibilizar o público-alvo, uma vez que se trata de
uma propaganda incentivando a doação de córneas.
1
4ª QUESTÃO
Eis os trechos:
“Aonde irei neste sem-fim perdido,
Neste mar oco de certezas mortas? –
Fingidas, afinal, todas as portas
Que no dique julguei ter construído...
– Barcaças dos meus ímpetos tigrados,
Que oceano vos dormiram de Segredo?
Partiste-vos, transportes encantados,
De embate, em alma ao roxo, a que rochedo?...
Ó nau de festa, ó ruiva de aventura
Onde, em Champanhe, a minha ânsia ia,
Quebraste-vos também ou, porventura,
Fundeaste a Ouro em portos de alquimia? (...)”
SÁ-CARNEIRO, Mário. O Ângulo. In: Poemas. São Paulo: Cia das Letras, 2006
“(...) Como um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo á Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
E com certeza meu irmão mais velho!
Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como urna vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infortúnio (...)”
ANJOS, Augusto dos. Monólogo de uma Sombra. In: Poesia Completa. São Paulo: Agir, 1988
Ambos os trechos retomam a ideia pessimista tão difundida no século XIX e expressa no ideal decadentista
(ao qual o texto de Sá-Carneiro pertence). Tomando como base a subjetividade e o sentimentalismo –
elementos caros ao Romantismo – qual a diferença entre as abordagens do eu-lírico?
Resolução: O eu-lírico do primeiro trecho é marcado pelo sentimentalismo, pela emotividade tão presente
nos textos decandentistas. No segundo trecho, pré-modernista, a subjetividade alia-se à visão pessimista de
que o ser humano é o símbolo da podridão e da animalidade.
5ª QUESTÃO
São dados os trechos narrativos:
“– Que que disse? Del-rei, ô, demo! Má-hora, esse Morro, ásparo, só se é de satanás, ho! Pois olheque, vir gritar recado assim, que ninguém não pediu: é de tremer as peles... Por mim, não encomendei
aviso, nem quero se favoroso... Del-rei, del-rei, que eu cá é que não arrecebo dessas conversas, pelo
similhante! Destino quem marca é Deus, seus apóstolos! E que toque de caixa? É festa? Só se for morte de
alguém... Morte à traição, foi que ele Morro disse. Com a caveira, de noite, feito História Sagrada, del-rei,
del-rei! (...)”
ROSA, João Guimarães. Recado do Morro. In: No Urubuquaquá No Pinhém. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984
“Pêsames de mão em mão às famílias enlutadas. Mãe de Bobby, coitadinha, inconsolável. Irmão
mais na dele; meio com vergonha de ter irmão bicha assassinado por bofe. Irmãs de Benjy: à direita, a
magra Sônia, à esquerda, a gorda Tânia. Lu diz: Meus respeitos. Kitty prefere: Meus sentimentos. Tânia,
mesmo de óculos escuros, ainda assim consegue comer Kitty com os olhos. Não quer separarse da mão
dela: Obrigada, obrigada, muita gentileza. E segura-lhe a mão com a direita e cofia-lhe o braço com a
esquerda. E sussurra-lhe ao ouvido: Tá lindinha de cabelim curto. Por fim, beijo gosmento nos cantos dos
lábios, de um lado e de outro.”
SANTOS NEVES, Reinaldo. Kitty aos 22: divertimento. Vitória: Flor&Cultura, 2006
“Nas tardes em que havia “banquete de Platão” (que assim denominávamos essas festas de trufas
e ideias gerais), eu, vizinho e íntimo, aparecia ao declinar do sol e subia familiarmente aos quartos do nosso
Jacinto – onde o encontrava sempre incerto entre as suas casacas, porque as usava alternadamente de
2
seda, de pano, de flanelas Jaegher, e de foulard das Índias. O quarto respirava o frescor e aroma do jardim
por duas vastas janelas, providas magnificamente (além das cortinas de seda mole Luís XV) de uma vidraça
exterior de cristal inteiro, duma vidraça interior de cristais miúdos, dum toldo rolando na cimalha, dum estore
de sedinha frouxa, de gazes que franziam e se enrolavam como nuvens e duma gelosia móvel de gradaria
mourisca. Todos estes resguardos (sábia invenção de Holland & C.ª, de Londres) serviam a graduar a luz e
o ar – segundo os avisos de termômetros, barômetros e higrômetros, montados em ébano, e a que um
meteorologista (Cunha Guedes) vinha, todas as semanas, verificar a precisão.”
QUEIRÓS, Eça de. Civilização. In: Contos Completos. São Paulo: Nova Aguilar, 2000
Escreva uma resenha (10 linhas, no máximo) expondo as diferenças entre as narrativas. Leve em
consideração as estéticas literárias às quais os trechos pertencem.
Resolução: O aluno deve abordar a preocupação com o falar regionalista (no primeiro trecho), com o
discurso indireto livre (no segundo trecho) e com a busca pela verossimilhança (no terceiro trecho). E deve
utilizar claramente as regras essenciais a uma resenha.
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2º SIMULADO DISCURSIVO