Tocar no paciente o sujeito adormecido para não preservá-lo na posição de enfermo Jorge A. Pimenta Filho * Introdução Fui convidado para fazer um comentário desse caso clínico, abordando a vertente sociológica. Primeiramente quero agradecer o amável convite do Dr. José Roberto Siqueira Castro, Presidente da Comissão Organizadora desse evento. Quero cumprimentar meus colegas de mesa: o Dr. Henrique de Lins e Horta que briosamente sustenta esse caso muito difícil; o meu colega e amigo Dr. Francisco Paes Barreto, com quem tenho a honra de dividir essa mesa e que vai abordar a vertente psicológica e também cumprimentar o Dr. Leonardo Diniz que oferecerá seu comentário na vertente biológica, segundo indicação e solicitação da Comissão do Congresso. Quero dizer-lhes que a Sociologia pode perfeitamente se integrar no trabalho clínico sem se transformar numa Sociologia Clínica. E se ela o faz é a partir dos seus construtos teóricos e uma vez convocada para um trabalho de caráter interdisciplinar não tem ou não deve ter o objetivo de funcionar como aquilo que pode obturar a “falha epistêmica” de outras disciplinas. A aposta que se faz é a de possibilitar a construção do caso clínico — e aqui vejo que a Medicina e a Sociologia podem se valer dos aportes oferecidos pela Psicanálise. Pois se essas duas primeiras disciplinas se apóiam fortemente no saber científico e apostam numa especialização, a Psicanálise diferentemente não se especializa, tampouco se generaliza, quando aplicada ela é desespecializada, se aplica no plano da terapêutica apenas ao sujeito. E construir uma equipe interdisciplinar não significa uma fusão ou mesmo fazer uma salada de conceitos ou significantes: não, as disciplinas não se fundem, mantêm suas especificidades, suas singularidades e interagem a partir daquilo que é a falha de cada uma. De um trabalho interdisciplinar são requeridas algumas condições fundamentais: paciência, prudência, douta ignorância e inventividade: e se dizemos apostar no sujeito do paciente é por que sua mobilização é condição sine qua non para a condução do tratamento. 1 Então: o que é um sujeito? Na tradição sociológica o sujeito é tomado na acepção de ator, sujeito coletivo que é pensado a partir de sua ação social, protagonista de processos sociais conscientes, envolvido nos grupos, nos estamentos, nas classes sociais, na família e na política. De tal forma que sua presença sempre articula estratégias de relações universalizadas ou universalizáveis. Por analogia temos o sujeito na Psicologia que seria o sujeito da percepção, ou o sujeito da Filosofia que é o sujeito da razão, da consciência. O sujeito que privilegiamos é aquele proposto pela Psicanálise: o sujeito do inconsciente, como nos ensinou Jacques Lacan. Sim, esse é um sujeito social, pois os elementos de sua constituição vêm do Outro, do registro simbólico, que é o desejo, a linguagem, o inconsciente e a cultura. Portanto esse sujeito é efeito da articulação significante, não é o “ser humano”, o indivíduo, a pessoa e nem mesmo o eu (ou o self). Sujeito inteiramente singular e único que não pode ser visto como uma entidade. Sujeito, então, como efeito da linguagem, não concebido aprioristicamente, ele é produto de um incessante trabalho de individuação. O sujeito só advém e só pode ser deduzido a partir daquilo que é expresso por sua fala, ou melhor por sua palavra, daquilo que apresenta sua história: o relato de seus sonhos, suas fantasias, mais ou menos confessadas, seus esquecimentos, seus lapsos de palavras, seus equívocos, suas mentiras, tudo, então, que pode singularizá-lo. A obesidade como um paradigma do adoecer na contemporaneidade Freud em o Mal-estar na Civilização diagnosticou a incompatibilidade entre o sujeito (da pulsão) e a cultura, sendo isso o que leva ao adoecimento neurótico. Lembrounos, também, do caráter toxizante de determinadas patologias, bem como de uma satisfação irrestrita que elas trazem para os sujeitos. Chamamos essa satisfação de gozo — um excesso, uma infração do princípio do prazer. Pois o prazer é homeostático ao passo que o gozo é equiparado ao mais além do princípio do prazer. Podemos, então, situá-lo na dimensão da pulsão de morte. E a Psicanálise, como veremos, situa a obesidade como vicissitude do desejo e do gozo. 2 A obesidade é uma das respostas ao mal-estar contemporâneo sendo uma das formas de adoecimento no mundo globalizado pois essa patologia segue muito de perto a eclosão dos objetos ofertados de modo invasivo pelo capitalismo moderno. A globalização é uma revolução silenciosa porque modifica a relação do sujeito com o outro: com o seu semelhante, com o seu vizinho, com seu próximo. A globalização não funda comunidades, mas centros comerciais. Não produz cidadãos, mas consumidores. E o mercado é como uma máquina que auto-regula, como se fosse a famosa mão invisível descrita em “Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações” obra clássica escrita em 1776, por Adam Smith, o pai do liberalismo econômico. Um dos aspectos antropológicos que caracterizam as relações contemporâneas é o fenômeno do declínio do convívio. Anteriormente tínhamos a marca da relação humana: de que não se ia à mesa sem um ritual simbólico que envolvia relações complexas, como o dito de Apollinaire: "jamais comemos sozinhos". A rapidez da vida faz com que se coma cada vez mais sozinhos: os fast-foods são o protótipo da vida contemporânea: pouco tempo é dedicado à convivência com o Outro. A dimensão coletiva do ritual das refeições é substituída pelo consumo solitário, sem tempo, de um alimento pré-fabricado. A morte do modelo de convívio vai de par com as transformações na indústria alimentícia e o aumento da obesidade. Morte que implica o declínio das funções simbólicas, declínio do Outro, declínio que implica em que o sujeito ofende a mesa do Outro, devastando-a, consumindo o objeto-alimento numa multiplicação infinita sem respeitar uma razão simbólica: como acontece na devoração bulímica. Vemos aqui uma voracidade, um comer que está para além da refeição: algo canibalístico e destrutivo, podendo a obesidade ser classificada entre as chamadas patologias do ato, onde os sujeitos se encontram numa posição de atuar, situações onde se dá uma aposta do sujeito sem o Outro, ou, onde uma subjetividade está em suspensão, impulsões que podem ser verificadas nas distintas estruturas clínicas: neuroses, perversões ou psicoses. 3 Como se apresentam essas patologias do ato? O que se pode observar nesses pacientes é a presença de certa satisfação a qual não podem renunciar — "é mais forte que eu" — dizem. O gozo, ou melhor o mais-de-gozar se apresenta nessas patologias como uma satisfação desmedida, e sua busca não representa, necessariamente, um bem para o sujeito, mas produzem, de fato, um mal. Temos nessas patologias um gozo auto-suficiente, masturbatório, auto-erótico, ligado à produção de algo conectado diretamente ao próprio sujeito, sem circular pelo campo do Outro — gozo que não tem circularidade social. E na posição de mais-de-gozar, esses sujeitos se encontram numa posição de idiotas, agarrados aos produtos que Lacan chamou de gadgets — objetos ofertados pela mercantilização contemporânea, produtos do Discurso do Capitalista. E como consumistas solitários, em adesividade ao consumo chamado de massa se colam a esses objetos descartáveis o que obscurece sua condição de sujeito. Na verdade no consumismo contemporâneo o sujeito se equivale ao objeto do consumo ( $ ≡ a ) e assim também acaba por ser consumido. E identificados ao objeto de gozo, esses pacientes nem sempre apresentam uma questão, uma pergunta, não postulam um enigma diante de suas existências. Colocam-se mais do lado das respostas. Respostas que os impedem de se dirigir a um Outro, questionar sua consistência (barrar o Outro, A/), mantendo-o consistente: A. E o corpo na obesidade não produz fala, o corpo sufoca. É o "demasiado cheio" do corpo: uma aparente disjunção sujeito/corpo. O corpo fica reduzido a um mero receptáculo de objetos e frente a um Outro que sufoca, há uma passividade do sujeito que não está em condições de promover nenhuma forma de desmame dessa oferta ilimitada e asfixiante. A evidência de um corpo sem fala O corpo do obeso se mostra inscrito no registro da evidência: o que faz destacar uma clínica do olhar. Mas, paradoxalmente, essa pujança escópica, não instaura, necessariamente o desejo do Outro. Pelo contrário não há apelo a esse desejo, aqui o mostrar-se, o exibir-se nem sempre é para dar prazer, mas para roubar o olhar do Outro, o que lhe causa angústia e impacto por seu caráter obsceno, pois escancara algo de uma deformação, e a feiúra pode causar rejeição. 4 RECALCATI nos diz que a obesidade oferece uma demonstração clínica de que o sujeito não é um corpo, mas tem um corpo, como se vivesse o próprio corpo como o corpo de um outro, como um estranho, como uma massa externa. Para esse autor a difusão epidêmica da obesidade revela duas faces da moeda do mal-estar contemporâneo: de um lado a obesidade generalizada que marca o empuxo ao preenchimento do vazio e o assassinato da falta (em si próprio). De outro lado a anorexização do sujeito como única manobra possível para realizar a separação do Outro, tentando de uma forma extremada operar a castração do Outro engolidor do mercado (tentar instaurar a falta no Outro). Como tratar esses sujeitos? O que nos indica a psicanálise: uma aposta na clínica feita por muitos, aposta na interdisciplinaridade Na clínica o nosso desafio ético é inventar formas e dispositivos que possibilitem situar as questões de determinados sujeitos em suas especificidades: não há um só determinado ‘modelo’ de atendimento que dê conta do tratamento. À luz da experiência clínica, temos de buscar propostas que aliem, numa perspectiva interdisciplinar, saberes que possam trabalhar essa especificidade. Nos referenciamos aqui na chamada clínica feita por muitos que é uma experiência exitosa realizada, em Belo Horizonte, no âmbito dos Serviços que constituem a Rede de Saúde Mental, onde se pode observar uma conversação em que o psicanalista interage com outras disciplinas e discursos. E quanto ao manejo com esses pacientes, desde que estejamos alertados pela escuta, há possibilidade de sermos surpreendidos contando com algo advindo do sujeito. Mesmo que esteja mal situado, com queixas vagas, triviais ou mal definidas. Pois, comumente, encontramos entre esses pacientes, aqueles que não querem falar ou que falam em meiotom. É aí que veremos sobressair a sintonia fina da escuta, pois esses pacientes podem ser melhor cuidados, se mobilizamos neles o sujeito adormecido. Mas para isso faz-se necessário um tempo de espera e de escuta precisa e essas são as dificuldades para a 5 Medicina, que se viu reduzida a uma lógica do mercado capitalista que exige do médico eficácia e rapidez e reduz o tempo desse com o paciente. A transferência é a alavanca, o motor para que esse giro seja possível. E se o sujeito consente com o manejo transferencial, poderemos, na escuta, detectar indícios que apontem para instantes de perplexidade que podem levá-lo à passagem ao ato. Diremos que algo do sintoma, em sua acepção psicanalítica se instala: o paciente se dirige a um sujeito suposto saber (SSS) a quem endereça suas questões em busca de explicação sobre o que o aflige. A transferência como um enlaçamento amoroso constituirá para o sujeito o estabelecimento de um laço social. Endereçar-se a um SSS é consentir com a perda de gozo. Perda de gozo impossível de ser pensada na situação em que o sujeito faz recurso ao objeto como mais gozar, como apontamos nos sintomas antes descritos. Nas condições de um atendimento psicanalítico, falar para alguém pode produzir, um certo número de efeitos, efeitos de verdade, uma mutação, remanejando o sujeito. Essa é a aposta que se faz. Se há um gozo, gozo inicial que desorganiza o sujeito, esse gozo pode ser esvaziado a partir do trabalho analítico, poderemos ter uma localização do gozo. E assim, na transferência o sujeito poderá construir sua fantasia e, se tiver fôlego e persistência, atravessá-la em busca de uma redução, de um desbastamento. E nesse caso clínico onde está o sujeito? Não vamos aqui discutir o caso na sua integralidade, vamos privilegiar alguns pontos para o nosso comentário. Observamos que no caso de MAJM certamente há um sujeito mas que surge quase sempre referenciado pelo ato médico, um sujeito que não se apresenta, mas que é ‘apresentado’ e como tal surge na cena: vem referenciado a partir dos inúmeros sintomas repertoriados em uma listagem que vem desde dezembro de 2000. O sujeito aqui é falado pelo Outro. Num determinado momento ela apresenta uma queixa: “sensação de que a garganta estava fechando”. Essa questão nos parece muito importante: a queixa. Trata-se 6 no relato de um primeiro momento em que se revela o batimento significante. O sujeito aparece na cena não apresentado, mas se apresentando: ela se coloca, ela fala de si. Temos aqui o sujeito do lado da paciente se remetendo a um Outro, ao saber médico. Em outro momento do relato do caso vamos conhecer sua vida em família: não trabalha, já trabalhou antes alugando aparelhos de vídeo game. Quanto perguntada afirma “veementemente” que tudo está ótimo e relata, também, um ótimo relacionamento com o marido. Curiosamente diz que não dormem mais na mesma cama, pois os seus freqüentes episódios de apnéia noturna faziam com que o marido acordasse preocupado que ela estivesse morrendo. Diz ainda que o seu atual estado de saúde afeta todos de casa: “é um drama; temem que eu pare de respirar de uma hora para outra”. Um apelo ao Outro: me escute! Senão... A paciente internada novamente e sabendo dos riscos que corria — assinou um termo de compromisso e deixou o hospital. Parece ser esse um momento decisivo no caso, quando o médico relata o esforço do sujeito para se fazer ouvir. Ele estava em trabalho de estágio na sala de emergência e a paciente se queixou do ambiente desta sala: “No hospital fico muito ansiosa, entro em pânico, me faz pensar na morte”. E no dia em que deixa o hospital, revela ao médico que posteriormente iria conversar com ele sobre “coisas ruins” e que aquele ambiente a fazia pensar e que havia acontecido alguma coisa que lhe tinha desagradado muito. O que ela mais queria dizer ao médico? Essa pergunta fica em suspenso. Pois no seu retorno ao hospital, menos de uma semana após tê-lo deixado, depois de constatado quadro de dispnéia importante e tosse produtiva, foi lhe indicada nova internação, que é novamente recusada (veementemente) pela paciente. Uma pergunta: não seria o caso de colocá-la a dizer sobre “as coisas ruins”, mesmo que fosse necessário medicá-la? Acolhendo isso que anuncia como um apelo do sujeito? Alguns pontos devem ser discutidos: a paciente não quis comentar sobre os motivos da alta precoce — nos diz seu médico. E a seguir ele destaca: foram lhe solicitados exames 7 laboratoriais. Aqui notamos: a alta é um atributo importante do manejo do paciente hospitalizado, mas se relaciona ao cuidado médico e a conduta da equipe hospitalar. E mesmo que os exames tenham sido necessários (e disso não podemos duvidar), será que postos assim diante do que nos sugere ser uma solicitação da paciente: que seja escutada; isso não funcionou como uma recusa, uma oferta de saber prêt-à-porter, um saber que forclui o sujeito? Essa questão nos surge ao considerarmos que preferencialmente a Medicina opera a partir do discurso do universitário, que tem como ponto de partida um saber (S2 - como seu agente), ou opera a partir do discurso do mestre (S1 como agente); e esses dois discursos podem provocar um fechamento do inconsciente, obnubilando a possibilidade de uma subjetivação. Depois somos informados de que a paciente não completou o tratamento e que retornou em outubro de 2003 com uma importante melhora do quadro infeccioso e da dispnéia e que pela primeira vez veio acompanhada do marido, que se mostrou muito atencioso e preocupado com o estado de saúde dela. Para a paciente, após sua ultima internação, ela passou a receber uma maior atenção do esposo e do filho e ela mesma atribuiu a este fato o motivo da melhora clinica. Ao que o médico acrescenta: pedidos exames de rotina mostraram melhora do processo infeccioso. Não poderíamos dizer que aqui temos um exemplo do efeito terapêutico do acolhimento de um apelo da paciente? A avaliação do médico nos demonstra que isso teria ocorrido: pois a paciente em dois retornos a consultas vem acompanhada do marido e mostrou que se encontrava no melhor estado clinico desde que ele (o médico) a conheceu. E o médico acrescenta: houve uma importante melhora nas queixas de dispnéia, dores no corpo, aperto na garganta e houve uma redução no peso. Tanto a paciente quanto o marido atribuíam esta melhora a uma maior atenção que ela vinha recebendo em casa. Em contrapartida, em novembro de 2003, a partir de consulta na reumatologia, depois do reinicio do quadro de dores articulares de caráter inflamatório e frente a piora do quadro clínico, decidiu-se iniciar imunossupressão na tentativa de impedir a progressão da doença e com o tratamento a paciente passou a apresentar queda de cabelo, novamente 8 ganho de peso importante, novo descontrole da glicemia e da pressão arterial. A paciente recusou a ser pesado, o marido não mais lhe acompanhava nas consultas e as queixas (dispnéia, dores no corpo, sensação de aperto na garganta, pensamentos de morte) retornaram. Apoiar naquilo que o caso oferece para mobilizar esse sujeito. Essa não seria uma indicação importante para prosseguir com esse caso? Que esse sujeito só consegue se sustentar — mesmo precariamente, se pode contar com o apoio e a retaguarda do Outro, que ela faz existir mesmo que ele provoque uma “separação de corpos”, ou insista em fornecer-lhe saberes prontos a consumir? 9 Referências biográficas ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DE PSICANÁLISE - O lugar da psicanálise nas Instituições in Primeiro Congresso – Associação Mundial de Psicanálise – Barcelona 1998 – Relatório das Escolas, São Paulo, Escola Brasileira de Psicanálise, 1998, p. 260-262 BALDASSARRE, A. Globalizzazione contro democrazia, Laterza, Roma-Bari 2002, p. 6., apud Antonio Di Ciaccia: La ética en la era de la globalización, EOL, Buenos Aires, 2003, textos on-line: http://www.eol.org.ar/ DE CAMPOS, S. – Psicanálise aplicada à Medicina: o avesso do Gold Standart, in Opção Lacaniana 38 – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, São Paulo, Edições Eólia, dezembro 2003, p. 34-37. FREUD, S. – O mal-estar na civilização (1930[1929]), Rio de Janeiro, Imago, 1974, p. 74-171. GUTIÉRREZ, D. – El reverso del sujeto sociológico, in: Acheronta 15 – Revista de Psicoanálisis y Cultura, Buenos Aires, URL: www.acheronta.org , julio 2002. LACAN, J. – O Seminário – Livro 17 – O avesso da Psicanálise, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed. , 1992. MATTOS, S. de – A disponibilidade do analista, Agenda – Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Minas Gerais, 1º sem 2003, p. 52-59. PIMENTA FILHO, J. A. – As patologias do ato, Lisboa, Portugal, Site da ACF- Antena do Campo Freudiano – Portugal, : link publicações : http://jmpeneda.tripod.com/acfportugal , abril de 2003. RECALCATI, M. – O "demasiado cheio" do corpo. Por uma clínica psicanalítica da obesidade, Latusa 7, Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Rio de Janeiro, outubro de 2002, p. 51-74. ZUCCHI, M. Algumas observações sobre a clínica da obesidade em psicanálise, Latusa 7, Rio de Janeiro, Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Rio de Janeiro, outubro de 2002, p. 15-26 Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Rio de Janeiro, outubro de 2002, p. 51-74. 10 * * Sociólogo, Mestre em Educação, Analista Praticante, Membro Aderente da Escola Brasileira de Psicanálise do Campo Freudiano – EBP. É também Membro da Equipe de Saúde do Adolescente - Serviço de Pediatria do Hospital das Clínicas da UFMG, desenvolvendo trabalhos junto ao NIAB – Núcleo de Investigação em Anorexia e Bulimia e atua em Supervisão a alunos do Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais- IPSM-MG, que atendem casos de obesidade mórbida de pacientes do Hospital Israel Pinheiro (IPSEMG). O presente trabalho foi uma apresentação feita pelo autor no XIV Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomática, realizada em Belo Horizonte, Minas Gerais realizado na Associação Médica de Minas Gerais. Na oportunidade discutia-se um caso clinico conduzido pelo Dr. Henrique de Lins e Horta. (Belo Horizonte, 30 de abril de 2004) . Endereço para correspondência: Consultório: R.ua Matias Cardoso, 63 – Sala 604 Bairro Santo Agostinho 30170-050 – Belo Horizonte –Minas Gerais e.mail: [email protected] Telefones: (031) 3292-6084 – (31)3248-9540 – (31) 9974-9440