UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
HÁBITOS POSTURAIS EM ESCOLARES
Wellington Francisco Santana de Campos
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
Porto Velho – Rondônia
2007
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
HÁBITOS POSTURAIS EM ESCOLARES
Wellington Francisco Santana de Campos
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
Porto Velho – Rondônia
2007
HÁBITOS POSTURAIS EM ESCOLARES
Autor: Wellington Francisco Santana de Campos
Orientadora: Ivete de Aquino Freire
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao curso de Educação Física do Núcleo de
Saúde da Universidade Federal de Rondônia,
para a obtenção do título de graduado em
Educação Física.
Porto Velho – Rondônia
2007
Data da Defesa:_____/______/______
Título: Hábitos posturais em escolares.
Autor: Wellington Francisco Santana de Campos
BANCA EXAMINADORA
Profº. Drª_____________________________________________________________________
Julgamento:____________Assinatura:__________________________________________
Profº. Ms._____________________________________________________________________
Julgamento:____________Assinatura:__________________________________________
Profº. Ms._____________________________________________________________________
Julgamento:____________Assinatura:__________________________________________
PORTO VELHO – RO, 2007.
DEDICATÓRIA
Dedico esta pesquisa a meus pais, amigos, à minha
orientadora Dr. Ivete de A. Freire pelo apoio e incentivo
para a conclusão desta pesquisa e aos alunos do projeto
“Judô Cidadão”, que contribuíram e proporcionaram a
realização desse trabalho.
AGRADECIMENTOS
À DEUS autônomo e construtor do universo, por conceder-nos o dom da vida e a
sabedoria.
À meus pais, Merandino da Silva Campos e Demetilde Santana de Campos, pelo
incentivo, compreensão e carinho dedicados, no decorrer dessa longa trajetória.
À minha orientadora, Dr. Ivete de A. Freire, pela atenção a mim dedicada e pelos
esforços realizados para a apresentação desse trabalho.
Aos meus amigos de curso de Educação Física, Clênio Marcelo P Araújo, Emerson
M. de Souza e Shérdiley da S. Ardaia que me auxiliaram durante todos os períodos dessa
pesquisa.
RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi verificar os principais hábitos posturais dos escolares do
colégio Nacional da cidade de Porto Velho vinculados ao projeto judô cidadão. Os dados
foram coletados apartir de um questionário de hábitos posturais adaptado de REBOLHO
(2005), para verificar as atitudes posturas utilizadas nas atividades cotidianas dos
indivíduos pesquisados. O questionário foi respondido pelos alunos após a explicação do
pesquisador a cada questão. A amostra constituiu de 30 alunos do 1º ao 5º ano. Os dados
encontrados demonstraram que há índices elevados nos hábitos posturais inadequados para
sentar em relação às costas: 63% (com o dorso curvo encostado na cadeira 13%, costa ereta
longe da cadeira 23% e com o dorso curvo longe da cadeira 27%), ao carregar mochila
com 53% (nas costas com as duas alças em um ombro30% e seguradas nas mãos 23%),
abaixar para pegar peso (83%) e ao dormir com 50% (decúbito ventral 33% e decúbito
dorsal 17%). Estes hábitos assumidos nestas atividades podem desenvolver desvios
posturais futuro nestas crianças como hipercifoses, hiperlordoses e escolioses. Somente
houve resultados positivos nas atitudes posturas em pé nas três variáveis (costas eretas
(90%), pés afastados (87%); olhar para frente (93%) e ao carregar peso com as duas mãos
na frente e junto ao corpo (87%). È necessário que todos os segmentos envolvidos, pais,
profissionais da educação, órgãos públicos e privados, além das empresas fabricantes de
materiais e/ou equipamentos escolares trabalhem em conjunto na reeducação postural de
forma a prevenir problemas de coluna na fase adulta destas crianças.
Palavras-Chaves: Crianças, postura e hábitos.
ABSTRACT
The objective of this research was to verify the key postural habits of the students of the
National College of the city of Porto Velho tied to the project judo citizen. Data were
collected as of postural habits of a questionnaire adapted from Rebolho (2005), to check
the attitudes postures used in the daily activities of individuals searched. The questionnaire
was answered by the students after the explanation of the researcher to each question. The
sample was 30 students of the 1 st to 5 th year. The results showed that rates high in
postural habits unsuitable to sit in relation to the back: 63% (with curved back against the
chair 13%, far from the coast upright chair 23% and with the curved far back of the chair
27%) , the backpack load with 53% (on the back with the two handles on a ombro30% and
insured in the hands 23%), lower to catch weight (83%) and sleeping with 50% (33%
decubitus ventral and dorsal 17% position). These habits made these activities may
develop postural deviations future these children as hyperkyphosis, hyperlordosis and
scoliosis. Only there were positive results in attitudes standing postures in the three
variables (back upright (90%), feet away (87%); look forward (93%) and the load weight
with both hands in front and next to the body (87 %). It is necessary that all segments
involved, parents, professional education, public and private bodies, in addition to the
manufacturers of materials and / or equipment school work together to reeducation posture
in order to prevent problems of the column in adulthood Children.
Key Words: Children, posture and habits.
SUMÁRIO
1 – PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................................1
2 – JUSTIFICATIVA.............................................................................................................5
3 – OBJETIVOS ....................................................................................................................8
4 – REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................9
4.1 – Coluna vertebral............................................................................................................9
4.2 – Postura.........................................................................................................................11
4.3.– Alterações posturais ...................................................................................................14
4.3.1 – Hiperlordose ............................................................................................................14
4.3.2 – Hipercifose ..............................................................................................................14
4.3.3 – Escoliose ..................................................................................................................15
4.4 – Hábitos posturais ........................................................................................................17
5 – METODOLOGIA .........................................................................................................28
6 – ANÁLISE DE DADOS..................................................................................................29
7 – CONCLUSÃO ...............................................................................................................40
8 – REFERÊNCIAS.............................................................................................................42
9 – ANEXOS.......................................................................................................................46
9.1 – Anexos 1 Ficha de avaliação de hábitos posturais. ....................................................47
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Demonstrativo de dor nas costas.......................................................................29
Figura 2: Parte do corpo aonde sente dores......................................................................30
Figura 3: Posições do corpo em que sente dores nas costas.............................................31
Figura 4: Atividades em que sente dores nas costas.........................................................32
Figura 5: Sensação de cansaço quando está sentado na cadeira escolar........................33
Figura 6: Posição em que passa a maior parte do tempo em sala de aula......................33
Figura 7: Posição assumida ao sentar na cadeira.............................................................34
Figuras 8: Posição do “bumbum” ao sentar-se.................................................................34
Figuras 9: Posição dos pés ao sentar-se.............................................................................35
Figuras 10: Posição das costas em pé.................................................................................36
Figuras 11: Como ficam os pés na posição em pé.............................................................36
Figuras 12: Como fica a cabeça na posição em pé............................................................37
Figuras 13: Forma de carregar a mochila ........................................................................37
Figura 14: Forma de abaixar par pegar algo do chão......................................................38
Figura 15: Forma de mudar um objeto de um lugar para o outro.................................38
Figura 16: Posição em que costuma dormir......................................................................39
1 – PROBLEMATIZAÇÃO
No decorrer da vida é comum a utilização de hábitos posturais incorretos nas
atividades diárias e durante a jornada de trabalho. Estes hábitos além de esteticamente
indesejados podem influenciar o comportamento e afetar drasticamente a saúde. A maneira
de se posicionar e a conscientização corporal são muito importantes, pois, são elas que
poderão desencadear processos de desequilíbrios e doenças na coluna. Para RASCH e
BURKE apud SANTOS (2003), os hábitos posturais, bons ou maus, são adquiridos do
mesmo modo que os hábitos de linguagem ou de marcha, através de repetições continuas.
Assim, os hábitos posturais definirão em grande medida a postura corporal. No que diz
respeito à boa postura, CARNAVAL (1997), afirma ser aquela em que o indivíduo em pé,
exige pequeno esforço da musculatura e dos ligamentos para se manter, encontrando o
melhor equilíbrio ortostático. Já CAILLET apud MERCÚRIO (1997), considera uma boa
postura aquela na qual não se exige esforço para mantê-la, não é cansativo e indolor para o
indivíduo ficar de pé durante um período bastante longo, além de apresentar uma aparência
estética aceitável.
Para manutenção de uma postura adequada são necessários flexibilidade e
fortalecimento dos músculos responsáveis pela postura corporal, além do cuidado com os
hábitos posturais utilizados no dia-dia. VERDERI (2002) afirma que a atenção e cuidado
para aquisição de uma boa postura nos determinados afazeres é o principal fator para se
evitar os desequilíbrios posturais. É necessário conscientizar o indivíduo a respeito de uma
postura correta e como minimizar todo o esforço pelo qual o corpo é submetido nas
infinitas atividades diárias.
Uma postura inadequada limita o indivíduo para realizar atividades repetitivas ou
manter posturas sustentadas sem causar dores ou lesão. KISNER e COLBY (1998)
mostram que a má postura pode levar a comprometimentos como enfraquecimento dos
músculos posturais e pouca resistência á fadiga, restrições na amplitude de movimento
articular ou na flexibilidade muscular.
Existem três principais tipos de desvios posturais encontrados na coluna, sendo
eles: a hiperlordose, hipercifose e a escoliose.
Tais desvios podem ocasionar dor,
dificuldades e/ou distúrbios respiratórios, além de deformidades e problemas psicosociais
(RATLIFFE apud SANTOS, 2003).
As afecções da coluna são consideradas um problema grave de saúde pública que
atinge com freqüência a população, incapacitando-a temporária ou definitivamente para
atividades profissionais. Essas patologias se originam na infância e adolescência, fase que
elas estão passando por um grande crescimento e desenvolvimento ósseo. Segundo
VERDERI (2002), os problemas na adolescência se desenvolvem a partir de 10 anos, fase
em que uma criança sem orientação pode adquirir vícios posturais, principalmente no
manuseio com materiais escolares, nas atividades do dia-a-dia e nas aulas de Educação
Física praticadas nas escolas de forma incorreta. Devido à má postura ser um hábito
adquirido na infância, é necessário que o conhecimento do corpo se inicie nesta fase. Isso
porque, na fase adulta, sem a presença deste conhecimento, as pessoas terão maior
dificuldade de educar seu corpo, podendo resultar em patologias futuras.
Nos tempos modernos, a prática de assistir a televisão várias horas por dia, a
difusão dos jogos eletrônicos, associados aos inúmeros dispositivos que facilitam a
execução das tarefas diárias, tem limitado ao extremo a atividade física (GUEDES &
GUEDES, 1998).
No primeiro semestre de 2007, foi dado início ao Projeto Judô Cidadão, uma das
ações do Centro de Estudos de Esporte e lazer/CEELA do Departamento de Educação
Física da Fundação Universidade Federal de Rondônia/UNIR. O CEELA, coordenado por
profissionais de Educação Física da UNIR, voluntários de outras instituições e financiados
parcialmente pelo Governo Federal através do Ministério dos Esportes, tem como objetivo
principal elaborar e implementar projetos no âmbito das políticas sociais de esportes e
lazer considerando-se os diversos grupos populacionais, faixa etária e atividade
(CÁRDENAS, 2006). O Projeto Judô Cidadão pretende promover o desenvolvimento
social a partir do incentivo à prática de esportes, além da ocupação saudável do tempo fora
do horário de aulas de crianças carentes e em situação de exclusão, buscando superar
problemas desencadeadores da violência, repetência escolar e indisciplina (FREIRE,
2006).
O projeto, desenvolvido com crianças da Escola Nacional da Rede Municipal de
Ensino, localizada no bairro Nacional de Porto Velho, atendeu 50 alunos matriculados e
freqüentando as aulas. Pela sua proposta, o projeto pretendeu utilizar o esporte judô como
ferramenta para trabalhar valores sociais. Entretanto trabalhar com o esporte implica
considerar aspectos voltados ao movimento corporal.
No que diz respeito à educação física escolar, entre os conteúdos relacionados ao
ensino fundamental que constam nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), destaca-se
o conhecimento do próprio corpo. Nele esta incluído o conhecimento sobre hábitos
posturais e atitudes corporais, tendo assim que haver atividades relacionadas a educação
postural em todo plano de curso de educação física. Daí, acredita-se que qualquer trabalho
voltado à atividade física para crianças e adolescentes, como por exemplo às modalidades
esportivas devam contar de orientação para profilaxia dos desequilíbrios posturais,
orientando-as principalmente sobre os hábitos posturais.
Diante do que foi exposto, pergunta-se: Quais os principais hábitos posturais dos
escolares do colégio Nacional inseridos no projeto judô?
2 – JUSTIFICATIVA
A pesquisa justifica-se pela importância do tema aqui tratado. Alterações estruturais
ou posturais em sua maioria começam a se desenvolver na última infância e adolescência.
Isto ocorre sobretudo por estes estarem passando por um grande crescimento e
desenvolvimento ósseo nesta fase. Daí a necessidade de se identificar problemas que
podem contribuir para o aparecimento de tais alterações, como é o caso de hábitos
posturais inadequados. Considerando que as crianças e adolescentes permanecem por um
período de quatro a seis horas nas instituições escolares, portanto sentados e praticamente
imóveis, torna-se importante verificar os hábitos posturais adotados no dia a dia. Qual a
postura que adotam na sala de aula? Para ver televisão? Para se alimentarem? Como
carregam o material escolar? Para dormir? O conhecimento dos hábitos posturais adotados
na infância e na adolescência são subsídios que podem ser utilizados como preventivos
quando aplicados nas práticas esportivas.
Ao relacionar ambiente escolar e postura percebe-se que os problemas são diversos,
como por exemplo: dificuldades ergonômicas, arquitetura desfavorável do imóvel,
disposição e proporções inadequadas do mobiliário, as quais, provavelmente serão
responsáveis pela manutenção, aquisição ou agravamento de hábitos posturais
inapropriados. Numa pesquisa realizada por CASAROTTO apud BRACCIALLI &
VILARTA (2000), verificou-se entre outros aspectos que: a altura da mesa encontrava-se
entre 16 a 20 cm mais elevada do que a altura do cotovelo da criança, sendo extremamente
alta, o que exigia uma abdução exagerada dos membros superiores e um aumento de tensão
e da cifose na região cervical.
No entanto existem também dificuldades relacionadas ao transporte do material
escolar, observando-se constantemente que é excessivo e realizado de forma inadequada.
NOONE, MAZUMDAR, GHISTA & TANSLEY apud BRACCIALLI & VILARTA
(2000), sugeriram que o transporte de uma carga externa assimétrica durante um tempo
significativo, por crianças e pré-adolescentes, seria um dos fatores contribuidores do
aparecimento de curvas escolióticas. Eles mostraram que crianças podem ter uma
resultante de força muscular insuficiente para equilibrar a carga externa, recorrendo à
inclinação lateral da coluna para suportar a carga.
Desta forma verificar os hábitos posturais nos escolares implica em identificar
precocemente atitudes que podem contribuir para o surgimento a médio longo prazo de
problemas de ordem postural. Apartir dos resultados encontrados torna-se mais fácil a
adoção de medidas visando a mudança de hábitos inadequados e assim o surgimento de
patologias futuras que poderiam comprometer o indivíduo na fase adulta.
Apesar da importância do tema, são escassos os estudos desenvolvidos em
Rondônia voltados a questão postural. Em Porto Velho, numa pesquisa realizada por
SANTOS (2003), foi verificado a condição e o desenvolvimento postural infantil, nos
alunos de 1ª a 4ª série da escola Tiradentes. O autor pretendeu relacionar as informações
obtidas com a evolução da idade escolar. A amostra foi constituída de 129 escolares, sendo
66 meninos e 63 meninas. Dos alunos pesquisados, 59 apresentaram casos de hiperlordose
sendo 25 do sexo masculino e 34 do feminino. Houve 6 casos de hipercifose, sendo 3 casos
para ambos os sexos.
Os estudos realizados, ainda que escassos são voltados basicamente à avaliação
postural. Não foram localizados no estado de Rondônia pesquisas relativas aos hábitos
posturais. Este aspecto torna o estudo relevante, uma vez que pode servir como subsídio
para pesquisas futuras. Neste sentido, um dos aspectos que torna o trabalho diferenciado é
o fato de buscar avaliar aos que estão inseridos em um projeto que oferece atividades
esportivas sistematizadas. Supõe-se que um projeto desta natureza deve dar atenção
especial à questão postural, um dos males da sociedade moderna.
3 – OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Verificar os principais hábitos posturais dos escolares do colégio Nacional
vinculados ao projeto judô cidadão.
3.2 – Objetivos específicos
Identificar os hábitos posturais adotados na postura de pé relacionando-os a
alterações posturais;
Verificar os hábitos posturais adotados na postura sentado relacionando-os a
atitudes posturais;
Analisar os hábitos posturais adotados na postura deitado relacionando-os a desvios
posturais;
4 – REFERÊNCIAL TEÓRICO
4.1 – Coluna Vertebral
A coluna vertebral é o segmento mais complexo e funcionalmente significativo do
corpo humano; faz ligação entre os membros inferior e superior. Trata-se de uma estrutura
anatômica que permite movimentos em três planos e funciona também como uma proteção
óssea para a medula espinhal. A medula nervosa apresenta 33 pares de nervos espinhais,
que são formados pela fusão de duas raízes: uma ventral com fibras motoras (eferentes) e
outra dorsal apresentando fibras sensitivas (aferentes). A medula espinhal é envolvida por
três membranas protetoras de dentro para fora: a pia-máter, a aracnóide e a dura-máter.
Estas membranas além de proteger o tecido nervoso permitem que os impulsos nervosos
sejam transmitidos durante o movimento.
Este eixo ósseo do tronco é constituída de 33 ou 34 vértebras, das quais 7 formam a
região cervical, 12 a torácica, 5 a lombar, 5 o sacro e de 4 a 5 formam o cóccix. Essas
vértebras são interpostas por estruturas cartilaginosas, os discos vertebrais, que junto com
os ligamentos, músculos e articulações promovem o alinhamento da coluna, permitindo
que a mesma exerça suas funções. Esta estrutura é flexível acima do sacro, sobre o qual se
assenta (RASCH e BURKE apud FREIRE, 2006), e esta flexibilidade permite equilibrar o
peso sobre as vértebras. Apresenta dois tipos de articulações: 1) diartroses: juntas
verdadeiras, pois tem líquido sinovial, cápsula e superfície cartilaginosa. São formadas
pelas faces articulares das vértebras incluindo as articulações atlantoaxoideana com o
crânio, as costovertebrais das costelas e as sacroilíacas com a bacia; 2) Anfiartroses: ditas
não verdadeiras, não têm líquido sinovial, permitem pequenos movimentos e estão sujeitas
a alterações de desgastes. Um exemplo deste tipo de articulação é o disco intervertebral.
Os movimentos da coluna são: inclinação, rotação, extensão, compressão,
alongamento ou deslizamento. Estes movimentos realizados entre as vértebras são feitos
pelos discos intervertebrais, que são um eixo flexível e móvel. Segundo KNOPLICH
(1986) os discos funcionam como um sistema hidráulico.
Os músculos desempenham papel fundamental na execução do movimento,
manutenção da postura ereta, sustentação e o equilíbrio da coluna. Estão dispostos em
músculos anterior e posterior. A musculatura posterior (classificada também como estática)
é responsável pela manutenção da postura. No tronco, estão dispostos em três camadas: 1)
camada superficial: trapézio, grande dorsal eretores da espinha; 2) camada profunda:
elevador da escápula, serráteis e rombóides; 3) mais profundamente: interespinhal,
intertransversais, rotadores, levantadores da costela, intermédios, multífido, semi-espinhal
do tórax e semi-espinhal do pescoço e da cabeça. Já as estrutura musculares anteriores ou
dinâmicos são responsáveis pela movimentação do tronco; abrangem os músculos do
pescoço e da parede abdominal (VERDERI, 2005).
A coluna óssea não é retilínea, apresentando curvaturas que a tornam 17 vezes mais
resistente (CASTRO apud FREIRE, 2006). Segundo KAPANDJI apud SANTOS (2003), a
coluna vertebral comporta quatro curvaturas fisiológicas ou anatômicas que são as
seguintes quando observadas de baixo para cima: a curvatura,
1) sacral, que tem concavidade anterior;
2) a lordose lombar, com concavidade anterior;
3) a cifose dorsal, com concavidade posterior;
4) a lordose cervical, com concavidade anterior;
JACOB apud FREIRE (2006) classifica as curvas com convexidade anterior como
curvas secundárias e as com convexidade posterior de primárias. Estas curvaturas
permitem flexibilidade, estabilidade, movimento, equilíbrio e adaptação às forças
direcionais. As curvas excessivas da coluna vertebral em crianças, em qualquer um dos
planos, podem ocorrer como resultados de fatores neurológicos, ortopédicos ou
idiopáticos. As curvas excessivas podem provocar: dor, dificuldades respiratórias,
distúrbios respiratórios, deformidades e problemas psicosociais (RATLIFFE apud
SANTOS, 2003).
4.2 – Postura
KENDALL (1995), define como postura o alinhamento esquelético que envolve
uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, e conduz à eficiência máxima do corpo.
Já CAILLET apud TRIBASTONE (2001) afirma que a postura é a expressão somática de
emoção, impulsos e regressão. Para TRIBASTONE, a postura é considerada em verdadeira
e própria forma de linguagem, uma vez que cada um se move assim como se sente. Por
isso a observação dos aspectos posturais não pode levar em consideração apenas a parte
física, como músculos, ligamentos e articulações, mas também o aspecto psicológico do
indivíduo.
BRITO JR. Apud LIANZA (2001), considera que a postura ereta, estática ou
dinâmica resulta do equilíbrio entre as forças que agem no centro de gravidade, mantendo
o corpo em atração com a terra, e as forças dos grupos musculares antigravitacionais que se
contraem no sentido contrário. O centro de gravidade do corpo é o ponto exato em que o
corpo poderia ser teoricamente rodado livremente em todas as direções, onde o corpo
deveria ter o mesmo peso e o ponto de interseção dos três planos cardiais: sagital, frontal e
transverso. Este centro de gravidade pode ser localizado a mais ou menos 4 centímetros da
frente da primeira vértebra sacral, quando o indivíduo está na posição ereta. Uma boa
postura ocorre quando esta linha passa pelos pontos: apófise mastóide, extremidade do
ombro, quadril e anterior ao tornozelo.
A maioria dos músculos antigravitacionais são os extensores, principalmente do
pescoço, das costas e das pernas. Eles estão constantemente em ação para manterem sua
contração, diferente dos outros que necessitam de estímulos para se contrair. Os músculos
posturais, antigravitacionais, se contraem pela ação do sistema gama, fuso muscular e são
corrigidos por cinco tipos de reflexos (localizados na parte ventral do mesencéfalo) quando
há um desvio da postura ereta: reflexo de endireitamento ocular, reflexo de endireitamento
corporal, reflexo de endireitamento de cabeça, reflexo de endireitamento do pescoço e os
reflexos labirínticos.
Para OLIVER apud FREIRE (2006) uma boa postura é a atitude que uma pessoa
assume, utilizando a menor quantidade de esforço muscular e, ao mesmo tempo,
protegendo as estruturas de suporte contra traumas. Segundo PENHA et al apud
POLITANO (2006) conceituam boa postura como o estado de equilíbrio muscular e
esquelético, protegendo as estruturas do corpo contra danos ou deformidades progressivas.
Ela independe da atitude nas quais estas estruturas estejam, seja em atividade ou em estado
de repouso.
No que diz respeito à má postura, a mesma autora, afirma ser uma relação
defeituosa entre as várias partes do corpo, que produz maior tensão nas estruturas
musculares e produz um equilíbrio do corpo menos eficiente. Já KNOPLICH apud
FREIRE (2006), má postura esta relacionada a fatores musculares inadequados e,
provavelmente a fatores emocionais.
Para RASCH e BURKE apud FREIRE (2006), existem fatores que influenciam a
má postura:

Traumatismo: A lesão de um osso, ligamento ou músculo do aparelho
locomotor seja ela direta ou indireta, pode causar um desfavorecimento no
equilíbrio, fator que é potencialmente influente na postura corporal.

Doença: Assim como o traumatismo, doenças que atinjam os ossos ou
músculos, limitando sua força ou liberdade de ação também prejudicam
uma boa postura corporal.

Hábito: Hábitos, sejam eles bons ou maus são adquiridos do mesmo modo
que os de linguagem ou da marcha, através de repetições contínuas. Maus
hábitos para dormir, no sentar tanto no trabalho como na escola e ao
carregar peso como as mochilas das crianças, causam alterações posturais
pelo uso repetitivo e inadequado de seus segmentos.

Fraqueza: Para manter uma postura ereta demanda de um gasto de energia.
A fraqueza muscular e a falta de vitalidade predispõem ao indivíduo a
adotar uma posição de descanso com a finalidade de conservar energia.

Atitude Mental: Entre os demais fatores mencionados, este é o reflexo do
estado de espírito do indivíduo.

Hereditariedade: Alguns problemas posturais podem ter uma base
genética, como por exemplo à cifose.

Indumentária Inadequada: Alguns acessórios do vestuário como uso de
bolsa e malas pesadas, sapatos com salto alto podem causar alterações
posturais. O uso salto alto por exemplo, desloca o centro de gravidade para
frente forçando os músculos dorsais a se contraírem a fim de impedir que o
corpo caia para frente.
4.3 – Alterações Posturais
4.3.1 Hiperlordose
Segundo HUC, citado por TRIBASTONE (2001), a hiperlordose é uma curvatura
com concavidade posterior anormal pela sua intensidade. Este defeito postural pode ser
causado por doenças ósseas, maus hábitos, fraqueza muscular, atitude mental,
indumentária, desgastes dos tecidos, mecanismos de compensação, rigidez e contratilidade.
Para VERDERI (2001), esta alteração postural é o aumento da curva cervical e/ou lombar
no plano sagital. Na hiperlordose lombar há uma anteversão da pelve que está vinculada a
um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, os quais, enfraquecidos, tornam a
musculatura lombar encurtada. LAPIERRE apud SANTOS (2003) afirma que esta
condição é mais comum nas mulheres em função de fatores relacionados à indumentária,
tais como saltos altos, hábitos posturais na ginástica olímpica e pela própria postura
feminina. Já a hiperlordose cervical é caracterizada pela proeminência da cabeça associada
a hipercifose, causando um alongamento do pescoço para frente.
4.3.2 – Hipercifose
A hipercifose é um aumento da curvatura superior convexa da coluna vertebral. A
curva cifótica só é considerada patológica quando sua angulação é superior a 40° e quando
à um comprometimento na estrutura óssea. KNOPLICH apud FREIRE (2006) classifica 12
grupos etiologicamente de cifose, que são: postural, scheuermann, congênita,
mielomeningocele, traumatismo, inflamatório, pós-cirúrgico, tumoral, metabólico,
espondilite anquilosante, pós-radiação e pós-desenvolvimento. No entanto para o presente
estudo será focado somente a hipercifose postural. Justifica-se esta opção por ser ela a mais
comum, iniciando-se na faixa etária do grupo estudado neste trabalho de pesquisa. Esta
patologia tem entre outras causas: hábitos posturais inadequados durante o dia, atitude
mental, fadiga e fraqueza muscular, achatamento lombar, programa de exercícios mal
elaborados (exercícios em flexão torácica).
TRIBASTONE apud FREIRE (2006), afirma que a cifose desenvolve-se na
infância, e na maioria das vezes, não se dá a ela toda a atenção que merece, por ser
considerada um defeito de posição com regressão espontânea. Aparece tanto nos meninos
quanto nas meninas, pois estes adquirem maus hábitos posturais para sentar, andar, estudar
e até mesmo em pé. É encontrado também hipercifose nos meninos altos, inibidos ou
tímidos como forma de esconder a estatura e não destacar-se perante os colegas de mesma
idade. Caso semelhante ocorre nas meninas com mamas muito grandes que assumem a
postura inadequada com o mesmo objetivo.
4.3.3 – Escoliose
Segundo KENDALL (1995) escoliose é uma curvatura lateral da coluna. Do ponto
de vista da anatomia humana a coluna possui curvaturas no sentido ântero-posterior, por
isso, uma curvatura no sentido lateral é considerada anormal. A escoliose é uma
enfermidade que além de ser um problema estético, em graus mais graves pode
comprometer a função cardiorespiratória com possibilidade de levar o indivíduo à morte.
A classificação dos tipos de escoliose, baseia-se nos critérios de aparecimento do
desvio lateral nas curvaturas da coluna vertebral, sendo estes:
a) Escolioses lombares;
b) Escolioses dorso-lombares, nas quais destacam-se a assimetria das escápulas e
do pescoço;
c) Escolioses combinadas, que relacionam-se com a curva dorsal lombar;
d) Escolioses
dorsais
ou
torácicas,
que
geralmente
apresentam
curva
compensatória em nível lombar de direção oposta, gibosidade costal e
assimetria de ombros e escápulas;
e) Escolioses cervidorsais, geralmente apresentam curva de compensação dorso
lombar, sem gibosidade e sem rotação (TRIBASTONE apud FREIRE, 2006).
As escolioses começam geralmente em “C”, porém podem evoluir para uma curva
em “S”. São consideradas como leve (0° - 20°), moderada (20° - 40°) e grave (acima de
40°) conforme sua angulação. Em geral, curva inferior a 30° com maturidade completa
tende a não progredir, porém muitas curvas superiores a 30°, e principalmente as curvas
torácicas com mais de 50° continuam a progredir.
TRIBASTONE (2001) classificou a escoliose quanto a sua origem da seguinte
forma: em 25% a 30% dos casos, a causa é conhecida e compreendem problemas
congênitos, traumáticas, estáticas ou funcionais. Em 70% a 75% dos casos, a origem é
desconhecida, sendo classificadas como idiopáticas. Segundo VERDERI (2005) as
escoliose idiopáticas surgidas do nascimento até os 3 anos, são consideradas infantis. Estas
localizam-se geralmente na região torácica com convexidade à direita. Já dos 3 anos aos 12
anos nas meninas e dos 3 aos 14 nos meninos, são denominadas escolioses juvenis; daí em
diante, até o término do crescimento ósseo, são conhecidas como escolioses do
adolescente. TRIBASTONE (2001), destaca que a escoliose afeta cerca de 4% dos
indivíduos com uma prevalência do sexo feminino sobre o masculino numa proporção de
6:1.
As causas mais comuns de escolioses são: hábitos posturais e funcionais
inadequados de longa duração, má formação óssea provocadas por doenças, traumatismos,
fraqueza muscular assimétrica, raquitismo e deformações congênitas.
4.4 Hábitos Posturais
Não há como negar a forte influência dos hábitos na vida das pessoas, em seus
movimentos e no uso do corpo. Ao longo dos anos são memorizadas determinadas
maneiras de usar o corpo, que começam a se repetir automaticamente e, assim, acaba-se
regido por hábitos em quase tudo o que se faz. O avanço tecnológico e a informatização
globalizada facilitaram as mudanças nos hábitos de vida do homem moderno e acabaram
por predispor os indivíduos a problemas de coluna vertebral, uma vez que a grande maioria
passa muito tempo em uma mesma postura e de forma inativa. Estas mudanças de hábitos
fazem parte também do cotidiano da criança e do adolescente que permanecem sentados
por muitas horas na escola e nas atividades de lazer típicas dos dias atuais, tais como uso
de vídeo-game ou computadores. Sobre isto PEREZ (2002), afirma ser o acento uma das
invenções que mais contribuíram para modificar o comportamento do homem, uma vez
que, na vida moderna, ele chega a passar mais horas sentado do que em pé.
O hábito, do ponto de vista da Psicologia, é definido como modo de ser, de agir, de
sentir, de pensar, e sua aquisição é, inicialmente, atribuída à repetição das ações sofridas ou
feitas pelo ser que o adquire. “Contraímos hábitos o tempo todo, na maioria das vezes sem
nos darmos conta e sem termos contribuído para tal, apenas por estarmos continuamente
expostos a uma grande variedade de repetições” (EIRADO apud JÚNIOR & MELO,
2006, p. 78). Ainda sobre o assunto, um hábito, por definição, consiste na disposição
duradoura, adquirida pela repetição freqüente de um ato. Um modo de agir é considerado
vicioso quando prejudica o organismo humano (CANONGIA apud NUNES, 2000).
No que diz respeito a hábitos posturais e de movimento, eles são reproduções de
experiências adquiridas desde criança. É assimilado todo tipo de experiências, boas e ruins,
através da postura habitual dos pais ou de comentários de professores, de uma imagem na
televisão ou em uma revista. Nesse contexto as experiências vão sendo traduzidas pelo
corpo através de posturas e movimentos e se tornando automáticas. LIANZA (2001),
refere-se ao hábito postural como adquirido, pois ocorre em função de sucessivas
repetições de determinado movimento, ou associações de movimentos, os quais se tornam
inconscientes ou habituais quando solicitados numa situação semelhante.
ASCHER (1976) ao discorrer sobre hábitos posturais adquiridos pela criança,
atribuiu-os ao comportamento postural desenvolvido nos primeiros anos de vida escolar.
Para tanto, este autor considera a evolução da postura ereta, a anatomia da coluna vertebral
e as relações da criança com o meio social. KNOPLICH apud POLITANO (2006) observa
que hábitos posturais incorretos adotados desde o ensino fundamental tem causado
preocupação, uma vez que nas crianças o esqueleto está em fase de crescimento e as
estruturas músculos-esqueléticas apresentam menor suportabilidade à carga ficando mais
susceptíveis a deformações. Em concordância a isto, LAPIERRE (1997) considera que
hábitos posturais assumidos durante a fase escolar adquirem resultados que se tornam
permanentes na vida adulta.
Os desvios posturais poderiam ser evitados na fase adulta se na infância os pais,
professores e responsáveis dessem a devida importância ao modo com elas sentavam,
caminhavam e ate mesmo como dormiam. Para JÚNIOR (2007), ortopedista infantil, os
maus hábitos de postura começam em casa, quando a criança joga vídeo-game com os
ombros curvados, quando senta em cima das pernas para usar o computador ou quando
assiste à TV deitado no sofá. O especialista comenta também sobre o hábito de utilizar
calçados que são desaconselháveis às crianças. Este autor sugere que as meninas devem
evitar, por exemplo, os sapatos com salto alto antes dos 17 anos. O calçado adequado para
ir à escola ou para qualquer lugar é o tênis, que, sendo macio e confortável, facilita a
postura correta.
O sedentarismo também contribui para o surgimento de desvios posturais. A
atividade física é de fundamental importância por ajudar a alcançar o equilíbrio entre o
desenvolvimento ósseo e muscular. Segundo JÚNIOR (2007), as melhores atividades para
as crianças são o jazz, o balé, o judô e a natação. DUCATTI apud O REGIONAL (2007)
complementa colocando o yoga e o alongamento como atividades físicas benéficas às
crianças.
É necessário lembrar outros hábitos posturais adotados pelos jovens que
contribuem para o surgimento de diversos tipos de desvios posturais. São eles, curvar-se
sobre o próprio corpo em busca de um equilíbrio melhor; de garotas que (envergonhadas)
passam a andar “encolhidas” para esconder os seios em desenvolvimento ou a alta estatura
e de jovens obesos que se esforçam para sustentar o peso de seus corpos. KEISERMAN
(2007) acrescenta também o psiquismo como um fator que contribui para uma postura
inadequada, pois crianças deprimidas mantêm-se numa posição “caída”, com o tronco
curvado e os ombros projetados para frente assemelhando-se a uma pessoa muito cansada.
Percebe-se que os hábitos determinam não só a qualidade da postura, mais a qualidade e
vida das crianças e futuros adultos. As atitudes posturais usadas nas atividades cotidianas
têm influência direta sobre a dor na coluna e pode comprometer a saúde como um todo.
Segundo GARAVELO apud PEREZ (2002), se a criança usar posturas inadequadas
para sentar, carregar mochilas ou dormir, desvios ortopédicos podem aparecer facilmente.
Corrigir estes hábitos e tratar eventuais problemas ortopédicos nessa idade é fundamental
para evitar lesões graves ou até irreversíveis no futuro. Para LAGE (2007) desde a infância
deve-se aprender a ter bons hábitos posturais. O autor afirma ser importante corrigir casos
em que a criança se apóia em uma só perna quando em pé, ou mesmo quando brinca
sentada no chão sobre as pernas dobradas, ou ainda quando dorme em decúbito dorsal. Ele
acrescenta que, depois de anos cultivando hábitos nocivos ao deitar, sentar, parar ou andar,
ossos e cartilagens sofrem um desgaste maior e localizado, sendo comum a pessoa começar
a sentir dores agudas, como se fossem pontadas ou choques elétricos nas pernas, costas,
ombros ou pescoço.
Em relação ao ambiente escolar SANTOS et al. (1998) em seus estudos
constataram que a maioria dos escolares possui hábitos de vida propensos á aquisição de
desvios posturais. Sobre o assunto, MARQUES apud POLITANO (2006) aponta, entre
outros fatores, o uso da mochila e o mobiliário escolar, e enfatiza que as alterações mais
freqüentes são as escolioses, as cifoses e as lordoses.
A inadequação do mobiliário escolar às necessidades das crianças, provoca o
surgimento de diversos vícios posturais e agrava os problemas de postura que porventura já
existem. O mobiliário atualmente desenvolvido e utilizado nas escolas obriga a criança a
curvar-se para frente, o que provoca uma acentuada curvatura da coluna, predispondo o
surgimento da cifose (corcunda) e lordose (PEREZ 2002). O problema piora quando os
alunos sentam de forma descuidada, escorregando na cadeira. É importante ressaltar que os
adolescentes passam quatro a cinco horas por dia sentados, e esta posição chega a
aumentar em aproximadamente 35% a pressão sobre os discos intervertebrais (ZAPATER
et al., 2004). POPE et al apud REBOLHO, (2005), concorda ao afirmar que a permanência
na postura sentada por períodos prolongados de tempo pode levar ao aparecimento de
dores na coluna vertebral. Segundo a literatura, é altamente desaconselhável permanecer
sentado por mais de 45 a 50 minutos sem interrupções (PAULSEN & HENSEN apud
ZAPATER et al, 2004). Nota-se que a uma falta de conhecimento do assunto abordado por
parte de alguns profissionais da educação, que deveriam realizar pausas para que as
crianças pudessem se levantar a fim de alongar o corpo.
PEREZ (2002), diz que o hábito de se manter em postura errada na escola ou em
casa, usando móveis inadequados, na fase de crescimento, pode resultar em alterações
estruturais da coluna vertebral. Estas atitudes corporais sobrecarregam as articulações,
forçam os tendões, ligamentos e músculos. As conseqüências a curto e médio prazo,
segundo médicos e fisioterapeutas, são dores, tendinites e até hérnias discais.
SCHULER & FERREIRA apud PEREZ (2002), acrescentam que quando as
crianças se inclinam sobre a mesa para encurtarem a distância entre os olhos, os livros e
cadernos, esse movimento comprime as vértebras lombares. Sobre esta questão DUCATTI
apud O REGIONAL (2007), ainda acrescenta os hábitos posturais dos alunos como apoiar
o queixo na mão ou quando deita a cabeça sobre a mesa, a fatores que contribuem para o
surgimento de desvios na coluna vertebral. A mesma autora sugere que para não afetar a
coluna tanto em casa como na escola, a cadeira deve ter 1/3 da altura da criança e a mesa
metade da altura. Caso o mobiliário não seja regulável, pode-se, por exemplo, colocar uma
almofada para nivelar a altura da criança. É importante para uma boa postura que o quadril,
joelhos e tornozelos estejam em ângulo reto de 90°, com os pé apoiados no chão. A
posição do caderno deve ser sempre alinhado com o corpo e a mesa. Em relação a posição
sentada deve-se lembrar que as atitudes posturais no uso do computador tão freqüente em
casa e nas escolas também requer cuidados. As crianças passam boa parte do tempo de
frente para a tela do computador. A posição da cadeira e a altura do monitor são detalhes
que podem influenciar muito na saúde. JÚNIOR (2007) orienta que a tela do computador
deve estar na altura da vista, com a coluna e o pescoço retos, os punhos ficando apoiados
na base do teclado além de a cada 40 min ser necessário levantar-se para alongar o corpo.
Outro problema bastante comum são os hábitos posturais adotados pelas crianças
em função do excesso de peso que são obrigadas a levar para a escola em suas mochilas.
Com intuito de trazer facilidade e conforto no percurso de casa à escola para conduzir o
material escolar, as mochilas submetem as criança e os adolescente a sérios desvios de
postura, o que afeta diretamente a estrutura da coluna vertebral.
Um estudo elaborado nos EE.UU com 345 crianças em idade escolar afirmou o
que muitos já desconfiavam: a mochila sempre está sobrecarregada (BOLLINGER apud
PEREZ 2002). Em um levantamento conduzido pela Academia Americana de cirurgiões
Ortopédicos, cerca de 60% dos ortopedistas disseram ter pacientes em idade escolar com
queixa de dor nas costas e nos ombros, causada por mochilas pesadas. Segundo o
ortopedista CARPEGGIANI (1997), ao carregar uma mochila com excesso de peso o
estudante provoca uma alteração postural. O esforço sobrecarrega a coluna e provoca dores
lombares. REBELATTO (1996), afirma que meninos e meninas que usam mochilas
penduradas nas costas têm que curvar o corpo para frente para manter o equilíbrio. Existem
também as crianças que penduram mochilas ou bolsas em um dos ombros, obrigando-as a
inclinar-se para o lado a fim de compensar a carga e desta forma aliviar o peso.
Estudos realizados na Suécia, EE.UU, Itália e Brasil mostraram que a mochila
provoca um deslocamento do centro de gravidade do corpo para trás. Quanto mais pesada a
bolsa, maior será o deslocamento deste centro de gravidade. Este desequilíbrio é
compensado com a projeção do corpo para frente, o que pode provocar o desvio da coluna,
além de sobrecarga nas articulações e nos músculos das pernas (ZINDER apud PEREZ,
2002).
De acordo com PEREZ (2002), a forma correta para o transporte do material
escolar por crianças e adolescentes é a utilização de mochila com duas alças nas costas e
com peso adequado. A respeito do peso das mochilas o autor diz que o certo é carregar de
8% a 10% do peso corporal da criança.
Segundo DUCATTI apud O REGIONAL (2007), utilizar mochilas com rodinhas é
uma boa opção para as crianças, pois assim evita que eles carreguem peso. A autora
também sugerem a utilização de armários individuais nas escolas para que os alunos
possam guardar seus materiais e não precisarem transportá-los. GRACIOLI & GATTI
(2005), concordam ao dizer que o fornecimento de um armário para as crianças na escola
evitaria que elas transportassem uma carga excessiva de materiais para casa.
É importante que as empresas fabricantes de materiais e/ou equipamentos escolares,
participem na prevenção dos problemas posturais. Essas empresas devem reforçar seus
estudos a cerca de mobiliários e mochilas escolares adequados a postura, e assim produzilos de maneira que atenda as necessidades das crianças.
Preocupar-se com os maus hábitos de postura nas posições em pé, dormindo e ao
carregar peso são de fundamental importância, pois também contribuem para o surgimento
de desvios posturais nas crianças.
A escolha da postura em pé, muitas vezes, tem sido justificada por considerar que,
nesta posição, as curvaturas da coluna estejam em alinhamento correto e que, desta forma,
as pressões sobre os discos intervertebrais são menores que na posição sentada. Porém
segundo alguns autores (OLIVER & MIDDLEDITH apud GAWRYSZEWSKI et al, 2001,
p. 2),
Os músculos que sustentam o tronco contra a força gravitacional, embora vigorosos, não são muito
adequados para manter a postura em pé. Eles são mais eficazes na produção dos movimentos
necessários às principais mudanças de postura. Por mais econômica que possa ser em termos de
energia muscular, a posição em pé ideal não é usualmente mantida por longos períodos, pois as
pessoas tendem a utilizar alternadamente a perna direita e esquerda como apoio, para
provavelmente facilitar a circulação sangüínea ou reduzir as compressões sobre as articulações.
LAGE (2007), orienta que na posição em pé, é necessário que pescoço, ombros, coluna
lombar, pélvis e quadril estejam alinhados. Para VERDERI (2005) deve-se procurar fixar a pelve de
forma a manter a lordose fisiológica. A autora ainda sugere repousar um dos pés em um banquinho ou
em um apoio qualquer, com cerca de 10 cm a 15 cm de altura para relaxar o grupo muscular
iliopsoas e assim promover alívio na região lombar. Profissionais como seguranças,
balconistas entre outras que manten-se na posição em pé durante muito tempo precisam
estar atentos a esses cuidados, de forma a evitar problemas de coluna.
Durante a vida passa-se quase um terço dormindo, sendo assim necessário estar
atento para os hábitos posturais a serem adotados nesta posição. A Associação Brasileira
de Quiropraxia afirma que podemos dormir em decúbito dorsal, de lado ou variando entre as duas posturas. No
entanto para LAGE (2007), o mais correto é deitar de lado com os joelhos flexionados. O
autor orienta que o travesseiro deve ter uma altura cuja distância seja do ombro ao pescoço
e com um apoio entre os joelhos. O uso de travesseiro em altura apropriada é importante
para que não se pressione as vértebras cervicais.
Caso seja necessário deitar-se em
decúbito dorsal, colocar uma almofada debaixo dos joelhos. A posição em decúbito ventral
não é recomendada para dormir. Sobre esta posição VERDERI (2005) coloca que o
iliopsoas fica o tempo todo sob tensão e desta forma provoca um aumento da lordose
lombar. Ela ainda acrescenta sobre o colchão, sugerindo que seja firme o suficiente para
moldar o corpo e manter as curvaturas fisiológicas da coluna.
Para BUENO (2007), durante a noite, é normal a mudança de posição algumas
vezes. De acordo com a autora isso acontece espontaneamente e é saudável, pois ao mudar
a postura, diminui-se a pressão sobre a parte do corpo que está em contato com o colchão
ou travesseiro.
No que se refere à posição adequada para levantar e carregar peso, VERDERI
(2005) orienta que o correto é flexionar os joelhos com um dos pés ligeiramente para
frente. As costas devem estar eretas e ligeiramente inclinadas à frente Se o objeto for
volumoso e pesado, é indicado que o mantenha junto ao tronco. ALMEIDA apud
BIANCARELLI (2007) alerta que levantar peso de forma errada é uma das principais
causas de dores nas costas.
Atualmente existem estudos, técnicas e até projetos que vem sendo realizados com
intuito de reeducar as crianças, criando hábitos posturais saudáveis. O trabalho da técnica
de Alexander é um deles. Esta técnica foi desenvolvida no final do século XIX por
Frederick Mathias Alexander (1869-1955). É um trabalho de educação progressiva e
constante, que tem por objetivo ensinar a prevenir os hábitos inconscientemente adquiridos
e a desenvolver bons hábitos posturais conscientes em atividade. Nesta técnica são dadas
novas ferramentas à criança para pensar e se movimentar com maior liberdade,
aprimorando a sua percepção e a sua coordenação psico-física. (REVEILLEAU &
CAMPOS, 2007)
O Projeto Saúde na Escola criado pela Associação de Pais e Mestres do Colégio
Marista Rosário (Apamecor). Este projeto tem por objetivo trazer para dentro da sala de
aula profissionais do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Rio
Grande do Sul para trabalhar a saúde postural dos alunos. Segundo o presidente da
Apamecor, Elizar Bazarelli Pereira, é importante proporcionar às crianças e aos jovens
conhecimentos corporais que, aplicado no cotidiano, permitam que convivam com as suas
necessidades diárias de forma mais saudável. O objetivo principal do projeto é orientar,
prevenir, avaliar e identificar precocemente os desequilíbrios posturais a fim de que as
medidas cabíveis sejam tomadas, evitando o aparecimento de males futuros (COLÉGIO
MARISTA ROSÁRIO, 2007).
A Escola de Postura da Apae Salvador, de iniciativa pioneira no Brasil, tem o
objetivo de prevenir e tratar problemas de posturas e enfermidades na coluna vertebral de
crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Trata-se de um programa fisioterápico e
educacional, cuja idéia central é orientar os alunos sobre as posturas que devem ser
adotadas nas atividades cotidianas. A Escola de Postura da Apae mantém uma equipe
multidisciplinar, formada por ortopedistas, fisiatras, fisioterapeutas, endocrinologistas e
nutricionistas. O curso tem duração de quatro meses, com aulas de 40 minutos, duas vezes
por semana. Para ingressar na escola a criança ou adolescente deve ser encaminhada por
um médico. Depois de uma avaliação geral, ela passa a freqüentar as aulas teóricas e
práticas, que incluem exercícios lúdicos e fáceis de serem entendidos e realizados em casa.
O método é baseado na cinesiologia. Trata-se da associação entre técnicas fisioterápicas e a
técnica Pilates, que auxiliam o desenvolvimento da coordenação motora e do equilíbrio
corporal (APAE SALVADOR, 2006).
Destaca-se também o Projeto de Reeducação Postural para Crianças e Adolescentes
criado por REIS (2007), realizado em junho nas Escolas Municipais de Igrejinha/RS. O
objetivo deste projeto é conscientizar os alunos da importância da percepção e correção
postural, diminuir e prevenir alterações posturais negativas nos alunos, incentivar o gosto
pelos esportes e manter o desenvolvimento das curvaturas naturais da coluna, otimizar o
rendimento do aluno, além de oportunizar aos professores da escola, técnicas de prevenção
e incentivo a uma postura correta e saudável. O conteúdo foi oferecido conforme o
desenvolvido e a necessidade dos alunos, respeitando sempre as diferenças e os limites de
cada um. As propostas foram dirigidas primeiramente para as atividades de vida diária
(sentar, deitar, baixar e levantar pesos, postura em pé, etc), depois para avaliações e
correções posturais e, por último, para o rendimento nos esportes.
É importante lembrar também o estudo feito por REBOLHO (2005), sobre Os
Efeitos da Educação Postural nas Mudanças de Hábitos em Escolares de 1ª a 4ª séries do
Ensino fundamental. Esse estudo verificou os efeitos da educação postural comparando
duas estratégias educacionais. Foi utilizado a pedagogia de uma historinha em quadrinhos
(HQ) e de um circuito demonstrativo (CD), onde as crianças vivenciaram cada postura
correta e incorreta, na retenção de informações sobre hábitos posturais corretos. O
programa de educação postural foi aplicado em três sessões educativas em escolares com
idades entre 7-11 anos, de uma Escola Municipal, no Estado de São Paulo. A amostra
constituiu de 80 crianças nos grupos G1 HQ e G2 CD. Os resultados deste estudo
indicaram que nas duas estratégias educacionais utilizadas não houve diferenças no
aprendizado e memorização dos hábitos posturais corretos, exceto no jeito de dormir, no
qual o índice de aumento de respostas corretas foi de 23% para o CD, enquanto o HQ
apresentou apenas 7%.
Diante do exposto acima, fica claro a necessidade de orientação das crianças quanto
aos hábitos adequados de vida, afim de evitar que prejudiquem sua postura. No entanto,
para que isso seja possível é necessário que haja uma união do corpo docente escolar;
familiares e profissionais da área da saúde.
5. METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa de campo de caráter quantitativo. Os dados foram
coletados apartir de um questionário de hábitos posturais, para verificar as atitudes
posturais utilizadas nas atividades cotidianas dos indivíduos pesquisados. O questionário
aplicado foi uma adaptação de REBOLHO (2005). A população investigada foi composta
por alunos do 1º ao 5º ano da Escola Nacional inseridas no Projeto Judô Cidadão, com uma
amostra de 30 escolares. Os alunos responderam o questionário após a explicação do
pesquisador a cada questão. Além do formulário, foram disponibilizados às crianças lápis,
borracha e apontador. Os materiais utilizados nesta pesquisa foram de inteira
responsabilidade de seu pesquisador, sem qualquer forma de apoio financeiro de
instituições ou pessoas.
6. ANÁLISE DOS DADOS
Os dados apresentados a seguir serão analisados de forma a relacionar os hábitos
posturais inadequados das crianças aos desvios posturais (hipercifose, hiperlordose e
escoliose) conseqüentes de tais atitudes corporais. Acredita-se que esta forma de
apresentação será melhor para o entendimento do estudo realizado.
Quando perguntado as crianças se já haviam sentido dores nas costa, verificou-se
que 63% responderam não, enquanto 37% disseram sim, como mostra a figura 1. Dos
alunos que responderam sim, além das dores nas costa já tinham sentido dores em outras
partes do corpo. De acordo com a figura 2, as regiões do corpo com maiores índices de
dores foram: pés 64%, coxas 45%, baixo das costas, pernas 36%, joelhos 36%, alto das
costas 36%, punho esquerdo 27% e nuca 27%. Estas dores podem estar relacionadas as
atitudes corporais usadas pelos alunos de forma inadequada.
63%
70%
60%
50%
37%
Sim
40%
Não
30%
20%
10%
0%
Geral
Figura 1 – Demonstrativo de dor nas costas
Nuca
64%
70%
Ombro D
60%
Braço E
50%
45% 45%
27%
Mão/ Punho E
Nádegas
18%
9%
9%
0%
Alto das costas
Baixo das Costas
Coxas
Joelhos
10%
0%
Braço D
Mão/ Punho D
27%
18%
20%
36%36%
36%
40%
30%
Ombro E
0%
Pernas
Pés
Figura 2 - Parte do corpo aonde sente dores
Aos alunos que sentiram dores nas costas foi perguntado em qual posição elas
ocorreram e a sua freqüência. Em todas as posições (em pé, sentado, deitado e andando),
conforme apontado na figura 3, não houveram resposta de sempre sentir dor nas costas. Em
pé 55% respondeu sentir dor as vezes e 45% nunca. Na posição sentado 64% dos alunos
disseram ter dores as vezes, enquanto 36% nunca tiveram. Para a atitude corporal deitado
verificou-se que 27% das crianças responderam as vezes e um número elevado de 73%
afirmou nunca ter sentido dores. Já andando 45% dos indivíduos demonstraram as vezes
sentir dor nesta posição e os demais 55% indicam nunca sentir dor ao andar.
80%
73%
64%
55%
70%
60%
55%
45% 45%
36%
27%
50%
40%
30%
Sentado
Deitado
Andando
20%
10%
Em pé
0% 0%
0%
Sempre
Às vezes
Nunca
Figura 3 – Posições do corpo em que sente dores nas costas
As mesmas crianças foram questionadas quanto a sensação de dor nas costas em
algumas atividades (judô, carregando a mochila escolar e em outras atividades esportivas).
Os resultados segundo a figura 4, apresentaram que na prática do judô nenhum aluno sentia
dores nas costas sempre, 36% disseram as vezes e 64% nunca. Ao carregar a mochila 90%
dos indivíduos demonstram ter sentido dor nas costas na realização desta atividade, onde
45% sentem sempre e 45% as vezes. Apenas 10% disseram nunca ter dores. Na prática de
outras atividades 55% dos alunos responderam ter dores as vezes e os demais 45%
disseram nunca ter sentido. Não houve respostas para a alternativa sempre.
70%
64%
60%
50%
55%
45%
40%
45%
45%
36%
No Judô
30%
Carregando a Mochila
Escolar
20%
Outras atividades
Esportivas
10%
10%
0%
0%
0%
Sempre
Às vezes
Nunca
Figura 4 – Atividades em que sente dores nas costas
Segundo a figura 5, a maior parte dos alunos referente a 70% responderam que não
sentem cansaço enquanto sentados na cadeira escolar. Os demais 30% disseram que se
sentem cansados quando estão sentados, o que pode estar sendo causado pela inadequação
do mobiliário escolar, obrigando os alunos a adotarem posturas corporais desconfortáveis.
Este resultado pode ser associado também ao fato destes alunos permanecerem a maior
parte do tempo sentados em sala de aula, somando 74% conforme demonstrado na figura 6.
Em relação a esta posição sentado a literatura apresentada afirma ser a que mais
sobrecarrega os discos intervertebrais.
70%
70%
60%
50%
Sim
30%
40%
Não
30%
20%
10%
0%
Geral
Figura 5 – Sensação de cansaço quando está sentado na cadeira escolar
74%
80%
70%
Sentado
60%
50%
Em pé
40%
23%
30%
20%
3%
Se
movimentando
10%
0%
Geral
Figura 6 – Posição em que passa a maior parte do tempo em sala de aula
A figura 7 aponta que 37% dos alunos assumem uma postura adequada ao sentarse, ou seja, ereta encostada na cadeira. Os demais somando 63% assumem uma atitude
inadequada. Observa-se que 40% dos alunos sentam de forma a proporcionar o
desenvolvimento de hipercifose, são estas posições com o dorso curvo encostado na
cadeira e com o dorso curvo longe da cadeira com 13% e 27% respectivamente. Os 23%
restantes sentam-se de forma reta longe da cadeira, o que pode causar hiperlordose.
37%
40%
35%
27%
30%
23%
25%
13%
20%
15%
10%
5%
0%
Geral
1
Figura 7 – Posição assumida ao sentar na cadeira
Conforme a figura 8, no que diz respeito a posição do “bumbum” enquanto sentado,
a maior parte dos alunos correspondendo a 60% disseram mantê-lo de forma correta,
ficando perto da cadeira sem escorregar para frente. Os outros 40% demonstraram assumir
uma posição errada, o que favorece ao surgimento de hiperlordoses.
60%
60%
40%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Geral
Figura 8 – Posição do bumbum ao sentar-se
De acordo com a figura 9, 70% dos alunos mantém os pés de forma adequada
enquanto sentados, ou seja, apoiados no chão. Os demais, correspondendo 30%, disseram
ficar de forma inadequada aonde 13% alcançavam o chão com as pontas dos pés, 7%
alcançavam o chão mas ficavam sentados na ponta da cadeira e 10% se posicionavam com
os pés “pendurados”, o que favorece o aparecimento de hiperlordoses e hipercifoses.
70%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
13%
7%
10%
10%
0%
Geral
Figura 9 – Posição dos pés ao sentar-se
Conforme mostrado na figura 10, 90% dos alunos tem o hábito de manter as costas
eretas quando ficam em pé, o que é uma postura correta. Os outros 10% restantes assumem
uma atitude corporal inadequada, com a costa e o abdomen curvados para frente, de modo
a favorecer problemas de hipercifoses. Observa-se na figura 11 que mais de 50% das
crianças apresentaram uma posição certa em relação aos pés na mesma posição em pé, ou
seja afastados. Os demais 13% disseram ficar com os pés juntos. Já na figura 12, verificouse que 93% dos entrevistados apresentaram uma postura correta da cabeça ao ficar em
pé,ou seja, olhando para frente. Apenas 7% ficam olhando para baixo, atitude esta que
pode desenvolver também hipercifoses.
90%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
10%
0%
Geral
Figura 10 – Posição das costas em pé
87%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
13%
30%
20%
10%
0%
Geral
Figura 11 – Como ficam os pés na posição em pé
93%
100%
80%
60%
40%
7%
0%
20%
0%
Geral
Figura 12 – Como fica a cabeça na posição em pé
Segundo a figura 13, 47% das crianças carregam a mochila de forma adequada, de
forma a não favorecer problemas posturais, ou seja, com este equipamento nas costas e as
alças uma em cada ombro. No entanto observa-se que as crianças restantes, que somam
53%, transportam as mochilas de maneira inadequada (nas costa com as alças em um
ombro ou segurada na mão) de modo a estimular o desenvolvimento de escolioses.
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
47%
30%
23%
0%
Geral
Figura 13 – Forma de carregar a mochila
Conforme mostra a figura 14, 83% dos alunos utilizam hábitos prejudiciais a coluna
ao abaixar para pegar algo do chão, ou seja, flexionam o tronco, e desta forma acabam por
provocar problemas tanto de hiperlordose como hipercifose. Apenas 17% dos alunos
assumem atitudes adequadas ao flexionar os joelhos quando pegam algo do chão. Já para
mudar um objeto de lugar como demonstra a figura 15, a grande maioria, com 87%,
apresentaram hábitos considerados ideais ao usar as duas mãos e ficar de frente com o
objeto próximo ao corpo. Os demais 13% carregam o objeto de lado com uma das mãos e
longe do corpo, o que influência no surgimento de escolioses.
83%
90%
80%
70%
60%
50%
17%
40%
30%
20%
10%
0%
Geral
Figura 14 – Forma de abaixar par pegar algo do chão
87%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
13%
30%
20%
10%
0%
Geral
Figura 15 – Forma de mudar um objeto de um lugar para o outro
Na posição de dormir segundo a figura 16, 50% das crianças assumem uma postura
correta. No entanto é necessário lembrar que o travesseiro também deve estar adequado as
necessidades do indivíduo (ter a distância do ombro ao pescoço). As outras crianças que
somam 50% dormem de forma inadequada a saúde postural, seja em decúbito dorsal (17%)
ou decúbito ventral (33%). É importante ressaltar que segundo a literatura apresentada, a
posição em decúbito ventral é a mais prejudicial, pois, influência no desenvolvimento de
hiperlordose.
50%
50%
45%
40%
33%
35%
30%
25%
17%
20%
15%
10%
5%
0%
Geral
Figura 16 – Posição em que costuma dormir
7. CONCLUSÃO
Após a pesquisa realizada percebeu-se que as crianças possuem bons hábitos
posturais nas posições em pé (costas retas 90%, pés afastados 87% e olhar para frente
93%) e ao carregar peso (de frente junto ao corpo e com as duas mãos 87%), o que
contribui para evitar o surgimento de desvios posturais associados a estas posições. No
entanto para levantar peso do chão a maioria com 83%, adota uma postura inadequada ao
flexionar o tronco, atitude esta que pode desenvolver problemas tanto de hiperlordose
como hipercifose. Houve um equilíbrio em relação a posição correta de dormir (de lado
50%) e as inadequadas de dormir (decúbito dorsal e decúbito ventral, somando 50%), na
qual destaca-se a posição em decúbito ventral com maior índice (33%) entre as formas
incorretas. Segundo o referencial teórico apresentado, dormir de “bruços” deve ser evitado,
pois pode influencia também no aparecimento de hiperlordose. È importante acrescentar
sobre a dimensão do travesseiro, o qual deve de acordo com a mesma literatura ter
distância do ombro ao pescoço, para que não haja pressão nas vértebras cervicais.
Na posição sentada destacaram-se os erros nas atitudes posturais em relação às
costas como o de maior problema: ao ficar curvada encostada na cadeira (13%), reta longe
da cadeira (23%) ou curvada longe da cadeira (27%), somando 63%. Estas atitudes
corporais podem estar associadas à inadequação do mobiliário escolar. Conforme a
literatura o mobiliário escolar atualmente usado, obriga a criança a curvar-se, flexionando
ao máximo as costas para frente, inclinando o corpo, provocando o aparecimento da
acentuada curvatura da coluna para frente, predispondo o surgimento de desvios posturais
como hipercifoses e hiperlordoses.
A maior preocupação ocorreu após a observação dos hábitos encontrados ao
carregar a mochila, pois, as crianças o fazem de forma incorreta ao segurar em uma das
mãos (23%) ou nas costas com as duas alças em um ombro (30%), que somados
correspondem a 53% dos alunos. Conforme citado na referência literária a forma ideal para
o transporte do material escolar por crianças e adolescentes é a utilização de mochilas com
duas alças, transportando-as nas costas e simetricamente nos dois ombros. Vale ressaltar
ainda que a criança não deve carregar mais que 8% a 10% do seu peso corporal.
Mesmo diante dos maus hábitos posturais encontrados em algumas atividades
(sentar, abaixar par pegar peso, carregar mochilas e dormir) diárias das crianças, o número
de alunos que já tiveram dores nas costa é menor em relação aos que nunca tiveram, com
37% para 63% respectivamente. Apesar disto é importante que haja um trabalho de
reeducação postural nas escolas de ensino fundamental e médio por parte dos profissionais
da educação, com intuito reverter os hábitos corporais incorretos adotados pelas crianças
na sala de aula e em outras atividades do dia-a-dia, prevenindo assim futuros problemas de
coluna na fase adulta. Trabalho semelhante pode ser desenvolvido no Projeto Judô
Cidadão. Hoje não deve envolver apenas os aspectos teóricos do esporte. No entanto para
haja sucesso neste trabalho é necessário que ocorra a união de outros segmentos da
sociedade como: dos pais na observação diária e constante das atitudes de seus filhos, dos
órgãos públicos e privados além das empresas fabricantes de materiais e/ou equipamentos
escolares reforçando seus estudos de forma a adequá-los as necessidades das crianças.
8. REFERÊNCIAS
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serem considerados na
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escolares. Rev. Ciência & Saúde Coletiva, 9(1): 191- 199, 2004.
ANEXOS
Universidade Federal de Rondônia - UNIR
Núcleo de Saúde
Departamento de Educação Física
Ficha de avaliação de Hábitos Posturais
Avaliador responsável: Wellington Francisco S. de Campos
____________________________________________________________
Dados de Identificação
Data da Avaliação: __/__/__
NOME: ______________________________________________________________
ESCOLA: ______________________________________
SÉRIE: _______
IDADE: _______ DATA DE ANIVERSÁRIO: ___/___/___ MENINO ( ) MENINA ( )
1- Você já teve dores nas costas?
Sim ( ) Não ( )
2- Na figura ao lado marque um x nos número aonde você sente dores.
1. Nuca
2. Ombro E
3. Ombro D
4. Braço E
5. Braço D
6. Alto das Costas
7. Mão/ Punho E
8. Mão/punho D
9. Baixo das costas.
10. Nádegas
11. Coxas
12. Joelhos
13. Pernas
14. Pés
3- Se você já teve dores nas costas, em qual situação ocorreu:
Em pé
Sempre ( )
Às vezes ( )
Nunca ( )
No Judô
Sempre ( )
Às vezes ( )
Nunca ( )
Sentado
Sempre ( )
Às vezes ( )
Nunca ( )
Carregando a Mochila Escolar
Sempre ( )
Às vezes ( )
Nunca ( )
Deitado
Sempre ( )
Às vezes ( )
Nunca ( )
Andando
Sempre ( )
Às vezes ( )
Nunca ( )
Outras Atividades Esportivas
Sempre ( )
Às vezes ( )
Nunca ( )
4- Você se sente cansado quando está sentado na cadeira escolar?
Sim ( ) Não ( )
5- Como você costuma passar a maior parte do tempo quando está em sala de aula?
Sentado ( )
Em pé ( )
Se movimentando ( )
6- Quando você está sentado (a) na cadeira em sala de aula, como costuma ficar?
7- Quando você está sentado (a), como fica seu bumbum?
8- Quando você está sentado (a), seus pés ficam de que jeito?
9- Quando você fica em pé, como sente que ficam suas costas?
10- Quando fica em pé, como ficam seus pés?
11- Quando fica em pé, como fica sua cabeça?
12- Como você costuma carregar sua mochila?
13- Como você costuma abaixar para pegar algo do chão?
14- De que jeito você costuma mudar um objeto de um lugar para o outro?
15- De que jeito você costuma dormir?
Adaptado de Rebolho (2005)
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habitos posturais em escolares - Departamento de Educação Física