UM ESTUDO EM TORNO DA LINGUAGEM ESCRITA DE CRIANÇAS EM
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ESCOLAR
Welber Angelo de Araujo(UFAL)
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RESUMO
Este artigo tem sua origem em uma das atividades curriculares do Curso de
Graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas, da disciplina
Alfabetização e Letramento. Trata da alfabetização e suas diversas vertentes,
perpassando pelas múltiplas faces que esta temática vem revelando. Teve por objetivo
identificar os períodos alfabéticos e as linguagens escrita de três crianças que estão em
processo de alfabetização e letramento escolar e que na época cursavam a 3º ano do
ensino fundamental, sendo que duas delas estudavam em escolas públicas e uma na
escola privada. Essas escolas são situadas no município de Maceió. Os dados
informativos presentes nesta pesquisa
foram fundamentados em Ferreiro e
Teberosky(1999). É um estudo comparativo, no qual apontou que apesar das crianças
estarem no mesmo ano, elas apresentam períodos alfabéticos diferentes. O presente
trabalho é relevante por tratar de temáticas novas, e ressalta a importância de alfabetizar
o aluno em uma perspectiva dialógica, reflexiva, contextualizada com a sua realidade
social, ou seja, esta pesquisa mostra que os moldes alfabéticos tradicionais já não dão
conta de abarcar o leque de conhecimentos e habilidades necessários a esses sujeitos
que estão em processo de leitura.
Palavras-Chave: Alfabetização, Letramento e Linguagem Escrita.
1 - INTRODUÇÃO
Neste trabalho identifiquei os períodos que as crianças passam no processo de
alfabetização na escola, as linguagens escrita das mesma e procurei identificar quais as
vantagens em trabalhar com o letramento juntamente com a alfabetização.
Cavalcante e Freitas(2008) afirmam que existem períodos alfabéticos, no qual as
crianças passam durante sua aprendizagem dos códigos da língua materna. As autoras
2
relacionam alguns teóricos como Ferreiro e Teberosky(1999) as mesmas dão uma ênfase
maior para a palavra período, que significa uma aprendizagem continua, onde o aluno
passa por um processo natural de aprendizagem e precisa descobrir com suas próprias
hipóteses sobre a escrita e a leitura das palavras. A aprendizagem dessa forma é mais
natural e consistente, pois ela constrói seu conhecimento de forma mais concreta.
A alfabetização é o processo no qual o aluno aprende a ler e escrever de forma
bem restrita. Já o letramento visa levar em consideração o conhecimento de mundo do
aluno. Para Freire(2006) a alfabetização é muito mais que apenas ensinar a ler e
escrever, o termo abrange a leitura de mundo e a compreensão de tudo que nos cerca. O
aluno deve ser capaz de por meio da alfabetização, discernir o mundo ao seu redor e se
tornar um agente transformador de sua situação social e política.
O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: a primeira parte trata da
alfabetização e do letramento na perspectiva definida por Soares(2004) como
“alfabetismo”; a segunda destaca como deveria ser o processo de alfabetização e
letramento no âmbito escolar e a terceira traz uma análise da escrita de três crianças que
na época da pesquisa em 2009, estavam em processo de alfabetização.
2.1 – ALFABETIZAÇÃO/ALFABETISMO E O LETRAMENTO
O conceito de alfabetismo causa estranhamento, pois dificilmente ouve-se falar.
Estamos mais acostumados com o termo analfabeto, que é aquele sujeito que não sabe
ler nem escrever. Para Soares(2004, p.28), alfabetismo é realmente um termo que causa
uma :
[...]certa estranheza a falantes do português, enquanto seu contrário,
analfabetismo, seja termo de utilização corrente e facilmente compreendido até
mesmo(ou talvez, sobretudo...) por aqueles a que ele se aplica, significando,
como o define o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “ estado ou
condição de analfabeto”.
Alfabetização é um termo mais conhecido que é a ação de ensinar a ler e
escrever. Esse termo tem tornado-se importante, uma vez que começamos a enfrentar
uma realidade social que não basta “saber ler e escrever”. Já se pensa não somente no
domínio da técnica da leitura e da escrita, mas que as pessoas saibam fazer uso dela,
colocando em prática no seu dia-a-dia, transformando seu estado ou condição, como
resultado do domínio da técnica.
Novas demandas sociais pelo uso da leitura e da escrita exigiram uma nova
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palavra para designá-las, ou seja, a atual realidade social na qual estamos trouxe a
necessidade de um novo termo para definir esse processo conhecido como
alfabetização.
Soares(2004, p.29), destaca que:
É ainda significativo que se consideremos o termo alfabetizado, isto é, aquele
que aprendeu a ler e a escrever, como o contrário do termo analfabeto, e que
não tenhamos palavra para designar aquele que vive em estado de alfabetismo.
Sobre o termo alfabetismo, conclui-se que é um conceito complexo, pois
engloba um amplo leque de conhecimentos, habilidades, técnicas, valores, usos sociais,
funções e variantes históricos. Espero que o termo ganhe popularidade, que chegue até
as esferas educacionais e venha enriquecer nosso vocabulário de Língua Portuguesa.
Do ponto de vista social, o alfabetismo não é apenas, nem essencialmente, um
estado ou condição pessoal; é sobretudo, uma prática social: o alfabetismo é o
que as pessoas fazem com as habilidades e conhecimentos de leitura e escrita,
em determinado contexto, e é a relação estabelecida entre essas habilidades e
conhecimentos e as necessidades, o valores e as práticas sociais.(SOARES,
2004, p. 33)
A prática da leitura e da escrita segundo Paulo Freire(2006, p.29) deve partir das
vivências e experiências do educando, os temas geradores na sala de aula devem partir
das experiências do educando e não somente das experiências do educador.
E segundo o pesquisador (op.cit., p.28):
O educador, como quem sabe, precisa reconhecer, primeiro, nos educandos em
processo de saber mais, sujeitos com ele, deste processo e não pacientes
acomodados; segundo, reconhecer que o conhecimento não é um dado aí, algo
imobilizado, concluído, terminado, a ser transferido por quem o adquiriu a
quem ainda não o possui.
Quando Freire (op.cit), diz que a leitura do mundo precede a leitura da palavra e
que linguagem e realidade prendem-se dinamicamente, ele quer dizer que nós em
quanto sujeitos alfabetizadores temos a obrigação de ver e rever os nossos conceitos
teóricos-metodológicos e não desvalorizarmos os conhecimentos dos alunos sejam eles
crianças ou adultos.
E se não levarmos tudo isso em conta o Estado de Alagoas que amarga um dos
piores índices de analfabetismo do Brasil não mudará nunca, pois os dados são claros
temos 41% da população acima de 15 anos analfabeta segundo a Gazeta de
Alagoas(2009, p.1).
O analfabetismo funcional segundo a visão de SOARES(2004, p.33):
Segundo uma visão progressista, “liberal”, das relações entre alfabetismo,
sociedade e cultura, as habilidades e conhecimentos de leitura e escrita não
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podem ser dissociadas de seus usos, não podem ser desligados das formas
empíricas que efetivamente assumem na vida social; o alfabetismo, nessa
versão fraca de sua dimensão social, é caracterizado em função das habilidades
e conhecimentos considerados necessários para que o indivíduo funcione
adequadamente em um determinado contexto social – deriva daí a expressão
alfabetismo funcional...
Soares (op.cit) nesse fragmento de seu livro citado acima deixa claro e evidente
a polémica do analfabetismo funcional, no qual ela usa o termo “alfabetismo funcional”
que é o sujeito fazer uso da leitura e da escrita de forma bem restrita, não podendo
responder de forma satisfatória as demandas desta sociedade globalizada, onde as
especificidades da leitura e da escrita se torna de fundamental importância.
Ao definir alfabetismo funcional (functional literacy) como o conjunto de
habilidades e conhecimentos que tornam um individuo capaz de participar de todas as
atividades em que a leitura e a escrita são necessárias em sua cultura ou em seu grupo.(
SOARES, 2004, p.34) ela quer dizer que apesar do sujeito ser considerado analfabeto
funcional, ele pode ser letrado pois possui uma gama de experiências e vivências, apesar
de ter uma leitura e uma escrita ainda um pouco limitada.
Do ponto de vista crítico, é tão impossível negar a natureza política do processo
educativo quanto negar o caráter educativo do ato político (FREIRE, 2006, p.23).
Como o pesquisador diz a educação não é neutra e nem poderia ser, ela atende
há um determinado paradigma social e histórico de cada época e de cada modelo de
sociedade, nos restando compreender criticamente a quem essa educação atende e que
modelo educacional é servido como referência, para daí analisarmos com bastante
criticidade o alfabetismo e suas relações a política e a ideologia dominante, lembrando
que toda e qualquer educação tem por natureza o ato político. Por isso:
A multiplicidade de facetas do fenômeno alfabetismo, a variedade e
heterogeneidade de dimensões segundo as quais pode ser considerado, a
diversidade de suas relações com a sociedade e a cultura leva a concluir não só
que é impossível formular um conceito genérico e universal desse fenômeno,
como também que são inúmeras as perspectivas teóricas metodológicas de
acordo com as quais se podem analisar esse fenômeno. (SOARES, 2004, p. 38)
Portanto esse fenômeno segue varias perspectivas, ele é cultural e assumi as
mais variadas formas, dependendo do grau de desenvolvimento da sociedade e do
momento na qual ela se encontra, isto, significa que, é impossível formular um conceito
único para o alfabetismo. No entanto, todas as facetas enriquecem esse fenômeno
ajudando a todos que lidam com o alfabetismo a ver que esse fenômeno é muito mais
amplo do que parece e que é preciso aprender a lidar com ele de acordo com as suas
5
necessidades, ou seja, quem lida com o alfabetismo deve refletir e analisar todas as
facetas desse fenômeno que subsidiarão sua prática e combiná-los, articulando os bons
resultados dessa multiplicidade com um trabalho coeso. Quem trabalha com o
alfabetismo precisa está instrumentalizado e para isso precisa conhecer todos os lados
desse fenômeno.
2.2 – O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA ESCOLA
A alfabetização é o processo de conhecer o código linguístico, já o letramento é
o fazer uso desse conhecimento; sendo assim, a escola tem um papel importante para
formação desse sujeito alfabetizado e letrado.
A escola é o espaço onde a criança terá contato com o código linguístico, ou
seja, as letras do alfabeto, ela desenvolverá o uso desse código na leitura e na escrita.
Não é simplesmente codificar e decodificar, mas ler e escrever textos significativos.
Portanto, os(as) professores(as) devem garantir que a leitura e sua aprendizagem faça
sentido, já que a escola não é o único espaço para alfabetizar e letrar.
Na escola, e em particular na sala de aula, devem ocorrer as diversas formas de
leitura e escrita, estimuladas pelo(a) professor(a), esta prática dará às crianças a
oportunidade de adquirir e gerar idéias sobre leitura.
Logicamente, que fornecer um ambiente rico de material impresso, onde as
crianças possam ter acesso, é fundamental para o estímulo desse processo de
alfabetização e letramento. Cabe à escola e os(as) professores(as) propiciarem as
crianças esse ambiente rico e estimulador, que desperte nas crianças o interesse pelo
mundo da leitura e da escrita.
2.3 – ANÁLISE DA ESCRITA DAS CRIANÇAS
Fiz entrevistas semi-estruturadas com três crianças1, no qual tive a oportunidade
de observar as sua escritas e também fazer relações com os períodos alfabéticos que
essas crianças se encontravam na época que foi feita esta pesquisa.
O primeiro a ser entrevistado foi o Jhonnata de 9 anos de idade que estava no
terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública do Estado de
Alagoas.
1
Todos os nome são fictícios para resguardar a identidade dos entrevistados.
6
O segundo que chamamos de Matheus de 8 anos de idade, também cursava o
terceiro ano do Ensino Fundamental, sendo que uma escola privada.
Os dois estão no período alfabético, no qual CAVALCANTE e FREITAS
(2008, p. 15) diz que quando:
A escrita da criança apresenta-se de forma alfabética, neste
momento ela já conseguiu compreender que os grafemas
correspondem a valores sonoros menores que a sílaba, isto é,
tendo a compreensão do nosso sistema de escrita. Mas isso não
indica que todos os conflitos já foram solucionados, pelo
contrário, é a partir deste momento que a criança se defronta com
as dificuldades ortográficas, que obedecem as regras
convencionais, como pontuação, segmentação, etc.
Essas crianças já estão alfabetizadas, ou seja, elas já possuem o domínio do
código da escrita, mas isso não é suficiente para que ambos tenham total êxito na
produção de textos.
O Jhonnata ler muitos textos e diferentes gêneros textuais, ele apresenta uma
escrita legível, sendo que precisa ainda de uma compreensão maior e melhor das regras
de pontuação e coesão textual, algo que na fase onde ele se encontra é totalmente
normal, pois a alfabetização é um processo longo e complexo.
Ele pontua o texto, sendo que ainda não de forma suficiente e escreve alguns
verbos no infinitivo esquecendo-se de colocar a letra “r” no final desses verbos.
O Jhonnata demorou mais tempo do que o Matheus para terminar essa atividade,
no qual cada um teve uma hora para escrever o texto. Eles começaram de 9 horas da
manhã, sendo que as 9 horas e 30 minutos o Matheus já havia concluído toda a
atividade, mas o Jhonnata demorou um pouco mais e acabou concluindo toda a
atividade por volta das 10 horas.
O Matheus não se preocupa muito com pontuação, nem tão pouco com a escrita
das palavras esquecendo em determinado momentos do seu texto de escrever a palavra
completa como por exemplo as palavras: mia(minha), tem(tenho), amigios(amiguinhos),
vol ce(vou ser) e outras mais.
A escrita do Matheus mostra claramente que ele não está preocupado com as
regras de pontuação ou de coesão textual que é algo tolerante nessa fase onde ele se
encontra.
Neste momento o papel do alfabetizador é de estimular as crianças para que elas
tragam a sua realidade social para a vida escolar, pois não somos alfabetizados apenas
7
nos bancos da escola, mas no cotidiano do dia-a-dia, e nas nossas experiências e
vivências de nossas vida, como mostra Paulo Freire(2006, p.15) em uma passagem de
seu livro, no qual ele diz que foi alfabetizado no chão do quintal de sua casa, à sombra
das mangueiras, com palavras do seu mundo e não do mundo maior de seus pais, o chão
foi seu quadro negro e gravetos o seu giz.
Freire diz que a leitura da palavra precede a leitura do mundo e o poema abaixo
demonstra bem essa fala dele, no qual a leitura significa mais que simplesmente decifrar
palavras:
Aula de leitura2
2
Ricardo Azevedo. Dezenove poemas desengonçados, págs. 41 e 42. São Paulo, Ática, 1999.
8
A leitura é muito mais
do que decifrar palavras
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
e também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
A terceira a ser entrevistada foi a Camila de 8 anos, estuda em uma escola da
rede pública do Estado de Alagoas, onde cursava o 3º ano do Ensino Fundamental.
Ao observar a escrita dessa criança, o que se pode perceber claramente é que ela
está no período pré–silábico, pois escreveu todas as letras desordenadas, e quando
perguntada diz que não sabe, apenas acha que aquelas letras correspondem as
brincadeiras que gosta.
Vale ressaltar que essa criança não sabe ler, sabe apenas escrever seu primeiro
nome correto. Quando sua professora ou qualquer outra pessoa pede-lhe que escreva
uma palavra, ela escreve, mas não sabe o que está escrevendo. O fato dessa menina está
no 3º ano e não saber ler é uma problemática, pois pelo que se pode notar há muitos
fatores que possibilitaram esse atraso, um deles é a falta de estímulo que ela tem, a falta
de perspectiva e incentivo, e o mais grave é a falta de afeto que há entre ela e sua
família, principalmente da mãe, pois sua mãe quando vai ajudá-la a fazer suas
atividades escolares sempre a maltrata e chega até a bater na menina.
A escola na qual a Camila estuda faz pouco caso sobre o fato dela está tão
9
atrasada, pois quando perguntei a professora sobre o caso dessa criança, ela penas disse
que igual a esse caso existem muitos naquela sala e na escola também, e ela sozinha não
dá conta de sentar com todos os alunos e alfabetizá–los como eles merecem, já que a
própria escola não oferece condições para isso.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que estudei na disciplina de alfabetização e letramento e levando em
consideração os três períodos que indica o nível de alfabetização, posso afirmar que as
três as crianças que entrevistei duas se encontram alfabetizadas, pois reúne todas as
características desse período, ou seja, essas crianças escrevem textos usando
corretamente as letras tendo domínio do código da escrita, apesar de algumas vezes
escreverem palavras faltando uma letra ou outra devido a pressa para concluir logo a
atividade.
E a outra criança que está no terceiro ano do Ensino Fundamental, apresenta
características do período pré-silábico, pois a mesma ainda não consegue distinguir as
letras dos números, para ela o importante é a distinção entre o objeto e a escrita.
Concluo que é preciso o professor conhecer em que período o seu aluno se
encontra para saber como lidar com as dificuldades encontradas pelos mesmos,
possibilitando assim uma aprendizagem mais eficiente e menos traumática.
Paulo Freire(2006) nos coloca diante de uma realidade vivenciada pela maioria
dos alfabetizandos sejam eles crianças ou adultos. O que acontece com esses
alfabetizandos é um retrato triste das políticas pedagógicas que há décadas vem sendo
praticadas dentro do sistema educacional do país, com a não valorização do contexto
histórico e social de cada comunidade, de cada escola e de cada indivíduo ocasionando
assim o fracasso escolar dos sujeitos oriundos das camadas menos favorecida da
sociedade.
A escola dispõe de uma biblioteca com um acervo de livros e materiais que
valoriza diversas culturas menos a que o aluno está inserido, o que esta faltando, é,
colocar o aluno, o alfabetizando em contato “crítico” com o que está acontecendo na sua
comunidade e na sua realidade.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, M. A. da Silva; FREITAS, M. L. de Queiroz. “Alfabetização e
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0
Letramento”. In: O ensino da língua Portuguesa nos anos iniciais: eventos e práticas
de Letramento. Maceió: EDUFAL, 2008.
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul, 1999.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam.
47.ed. São Paulo: Cortez, 2006.
Jornal da Gazeta de Alagoas. Educação de Jovens e Adultos. Domingo, 31 de maio de
2009.
SOARES. Magda. “Língua escrita, sociedade e cultura: relações, dimensões e
perspectivas”. In: Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2004.
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ANEXOS:
A escrita das três crianças que estão em
processo de alfabetização e letramento escolar.
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