VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
PROCESSO DE ADAPTAÇÃO CULTURAL E VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO
PATIENT EXPECTATIONS AND SATISFACTION WITH PRENATAL CARE
PARA O USO NO BRASIL
Patrícia Santos Prudêncio 1
Fabiana Villela Mamede 2
Introdução: O cuidado pré-natal tem recebido destaque das políticas públicas de
saúde, sendo a qualidade e a humanização do atendimento importantes metas a serem
alcançadas. Compreender como a gestante se sente, em relação ao cuidado recebido,
é uma importante ferramenta para planejar e implementar novas estratégias de atenção
visando ao aperfeiçoamento do cuidado prestado, uma vez que a qualidade do cuidado
pré-natal reflete-se no desfecho da gravidez e do parto e na redução da
morbimortalidade materna e neonatal. A satisfação da usuária com o cuidado pré-natal
é uma avaliação que merece destaque devido a sua importante repercussão durante o
acompanhamento gestacional, bem como durante o parto e puerpério. Objetivos:
Realizar a adaptação cultural e validação (propriedades psicométricas) do instrumento
Patient Expectations and Satisfaction with Prenatal Care para gestantes brasileiras, em
acompanhamento pré-natal. O instrumento PESPC possui 41 itens distribuídos em dois
domínios: Expectativa e Satisfação. É uma escala do tipo likert, com opções de
resposta que variam de 1 “concordo totalmente” a 6 “discordo totalmente”. Para a
Expectativa, o intervalo possível é de 12-72, e para satisfação é de 29-174, onde os
menores valores representam alta expectativa e satisfação com o cuidado pré-natal,
recebido. Método: O processo de adaptação cultural seguiu as etapas preconizadas
pela literatura: tradução inicial, síntese das traduções, comitê de juízes, retrotraduções,
validação semântica, pré-teste e validação. Os dados foram coletados no Centro de
Referência de Saúde da Mulher, Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Centro de
Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e na Unidade Básica
de Saúde (Maria Casagrande) do Município de Ribeirão Preto, por meio de entrevistas
e consultas aos prontuários, no período de julho a dezembro de 2011, tendo participado
do estudo 119 gestantes. As propriedades psicométricas analisadas foram: validade de
face e conteúdo; validade de constructo divergente; validade de constructo
convergente; análise fatorial; confiabilidade pela consistência interna (alfa de Cronbach)
e pela estabilidade da medida (teste-reteste). O nível de significância adotado foi de
0,05. Resultado: A maioria das participantes era primigesta 51 (42,9%), com idade
média de 25 anos, donas de casa 76 (63,9%), com início da primeira consulta de prénatal no primeiro trimestre gestacional 109 gestantes (91,6%). Na avaliação das
propriedades psicométricas, a validade de constructo convergente apresentou
correlações positivas de forte e moderada magnitude. Na validade de constructo
divergente, algumas hipóteses apresentaram correlações positivas, de pouco valor para
a prática clínica e não estatisticamente significantes. A validade de constructo
convergente apresentou correlações positivas de forte e moderada magnitude e a
validade divergente, algumas hipóteses apresentaram correlações positivas, de pouco
valor para a prática clínica e não estatisticamente significantes. A análise fatorial indicou
a presença de quatro fatores componentes, conforme preconizado pelo autor do
instrumento. A confiabilidade demonstrou valores adequados para a consistência
interna para os domínios da versão adaptada do PESPC (Expectativa α = 0,70;
Satisfação α = 0,80). Conclusão: A versão adaptada para o Brasil foi considerada
válida e confiável para a amostra populacional estudada.
Descritores: Cuidado Pré-Natal; Satisfação do Paciente; Estudos de Validação.
Trabalho extraído da dissertação de mestrado “Adaptação cultural e validação para o
uso no Brasil do instrumento Patient Expectations and Satisfaction with Prenatal Care”.
Apoio financeiro da CAPES.
1- Enfermeira. Mestre em Ciências. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (EERP/USP). [email protected]
2. Enfermeira. Professora Doutora. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (EERP/USP). [email protected]
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