UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ENGENHARIA AGRÍCOLA
CARACTERIZAÇÃO DO ESPECTRO DE GOTAS EM DIFERENTES
PONTAS DE PULVERIZAÇÃO NA CULTURA DO FEIJÃO
CAIO PONTES
ANÁPOLIS-GO.
2012
CAIO PONTES
CARACTERIZAÇÃO DO ESPECTRO DE GOTAS EM DIFERENTES
PONTAS DE PULVERIZAÇÃO NA CULTURA DO FEIJÃO
Monografia apresentada a Universidade
Estadual de Goiás – UnUCET, para a obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Agrícola.
Área de concentração: Mecanização Agrícola
Orientador: Prof. D.S. Elton Fialho dos Reis.
ANÁPOLIS-GO.
2012
Aos meus pais, Gildo G. Pontes e Maria Aparecida G. Pontes;
A minha companheira de cada dia Leidiane Laís M. Costa;
Aos meus familiares e amigos com muito carinho.
iv
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela benção em minha vida de alcançar mais esta etapa de aprimoramento.
Aos meus pais pelos esforços primeiros, de assentar as bases intelectuais, mas antes
de tudo pelas bases morais. Meus primeiros professores, que ate hoje com o seu desvelado
amor não abdicaram da tarefa de educar esperando sempre o melhor de mim.
Aos nobres professores desta emérita instituição superior, o meu imenso
reconhecimento pela atenção, confiança e dedicação, para que conceitos intelectuais fossem
adquiridos.
Aos meus amigos, companheiros e colegas, por toda manifestação de compreensão e
generosidade, os meus sinceros reconhecimentos fraternos.
Por fim, prefiro não declinar nomes para demonstrar a minha veneração e não fazer
menor reconhecimento que cada um merece, apenas peço a Deus renovadas bênçãos a todos.
v
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9
2. OBJETIVO ......................................................................................................................... 11
2.1. OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................................. 11
3. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 12
3.1. O USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NA CULTURA DO FEIJÃO .................... 12
3.2. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS .............................. 12
3.3. A IMPORTÂNCIA DAS PONTAS DE PULVERIZAÇÃO NA APLICAÇÃO DOS
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS .............................................................................................. 13
4. MATERIAS E MÉTODOS ............................................................................................... 16
4.1. LOCAL DO EXPERIMENTO ..................................................................................... 16
4.2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................ 16
4.3. CARACTERIZAÇÃO DA APLICAÇÃO .................................................................... 16
4.4. ESPECTRO DE GOTAS .............................................................................................. 17
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 19
6. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 26
vi
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Valores de pressões, velocidade e volume executados na aplicação da calda, na
cultura do feijoeiro para os terços superior, médio e solo, para as pontas P1 (CA 02
– jato cônico com indução de ar ), P2 (11002 Air – jato duplo leque com indução de
ar), P3 (11002 DB - jato duplo leque), P4 (HB 03 – jato cônico) e P5 (11002 XP –
jato plano leque). ...................................................................................................... 17
TABELA 2: Síntese da análise de variância (quadrado médio) para DMV (Diâmetro da
Mediana Volumétrica); DMN (Diâmetro da Mediana Numérica); AR (Amplitude
Relativa) e CH (Coeficiente de Homogeneidade), no terço superior. ..................... 19
TABELA 3: Síntese da análise de variância (quadrado médio) para DMV (Diâmetro da
Mediana Volumétrica); DMN (Diâmetro da Mediana Numérica); AR (Amplitude
Relativa) e CH (Coeficiente de Homogeneidade), no terço médio.......................... 20
TABELA 4: Síntese da análise de variância (quadrado médio) para DMV (Diâmetro da
Mediana Volumétrica); DMN (Diâmetro da Mediana Numérica); AR (Amplitude
Relativa) e CH (Coeficiente de Homogeneidade), no solo em baixo das plantas. .. 20
TABELA 5: Diâmetro da mediana volumétrica (μm) obtido nos terços superior, médio e solo
em baixo das plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ),
P2 (11002 Air – jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo
leque), P4 (HB 03 – jato cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque). ................... 22
TABELA 6: Diâmetro da Mediana Numérica (μm) obtido nos terços superior, médio e solo
em baixo das plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ),
P2 (11002 Air – jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo
leque), P4 (HB 03 – jato cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque). ................... 23
TABELA 7: Amplitude Relativa (μm) obtido nos terços superior, médio e solo em baixo das
plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ), P2 (11002 Air
– jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo leque), P4 (HB
03 – jato cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque). ............................................ 23
TABELA 8: Coeficiente de Homogeneidade (μm) obtido nos terços superior, médio e solo em
baixo das plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ), P2
(11002 Air – jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo
leque), P4 (HB 03 – jato cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque). ................... 24
vii
RESUMO
A cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L) é uma das mais importantes na agricultura
brasileira. A ocorrência de doenças influencia diretamente no seu desenvolvimento e
produtividade. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar o espectro de gotas na aplicação
de calda de pulverização na cultura do feijão. O experimento foi realizado na Área
Experimental da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás
(EMATER-GO), no município de Anápolis. A safra foi a do inverno sequeiro irrigada,
compreendido entre o início do mês de junho ao início do mês de outubro. O delineamento
experimental empregado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 5 com quatro
repetições. Os tratamentos foram constituídos de duas populações de plantas (125.000 e
250.000 plantas por hectare), combinado com cinco pontas de pulverização (jato plano leque,
jato duplo leque, jato duplo leque com indução de ar, jato cônico, jato cônico com indução de
ar). Para analise de deposição foi utilizada uma calda de pulverização, aplicada à cultura
quando ele atingiu a área foliar máxima. Para a obtenção do espectro de gotas foram
colocadas três etiquetas por parcela, distribuídas nos terços superior, médio e no solo debaixo
da planta utilizando-se uma haste como suporte. A análise foi feita utilizando o programa
computacional “ImageTool” versão 3.0/2002. Foi determinado o DMN (diâmetro da mediana
numérica), o DMV (diâmetro da mediana volumétrica), AR (Amplitude Relativa) e o CH
(Coeficiente de Homogeneidade). As pontas apresentaram resultados significativos para o
espectro de gotas nos terços superior, médio e no solo debaixo da planta. Apresentaram as
melhores condições para a aplicação de fungicida no feijoeiro as pontas, 11002 Air jato duplo
leque com indução de ar, 11002 DB jato duplo leque e 11002 XP jato plano leque. A ponta
11002 XP jato plano leque propiciou a melhor homogeneidade de gotas.
Palavras-chave: Phaseolus vulgaris L; Tecnologia de aplicação.
viii
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é um país de dimensões continentais, cuja economia tem na produção
agrícola um de seus principais pilares. Entre os produtos agrícolas produzidos no país,
destaca-se a cultura do feijão, por ser um alimento presente diariamente na mesa da maioria
dos brasileiros. Por outro lado, tem se observado que a produtividade de feijão no Brasil está
muito aquém de seu potencial, que é superior a 4.500 kg ha-1, em decorrência principalmente
de determinadas pragas e doenças que atingem a lavoura. Estima-se em aproximadamente
10% de perdas anuais na produtividade do feijoeiro, comprometendo a produção (HALL,
1994).
Em contrapartida o uso de defensivos agrícolas vem se tornando alvo de polêmicas,
em função dos prejuízos causados ao meio ambiente e à saúde quando não planejadas. Apesar
dos riscos, não há como evitar sua aplicação, mas é possível utilizar técnicas que minimizam
esses problemas, tornando-se necessário adotar estratégias para reduzir o volume dos produtos
químicos aplicados, tornando-se mais eficiente à aplicação (MINGUELA, 2003).
Entre as estratégias, destaca-se a escolha adequada das pontas de pulverização,
responsáveis por controlar o volume de produtos aplicados, bem como regular os jatos de
modo a atingir o alvo de maneira mais eficiente, reduzindo perdas e elevando a eficácia do
tratamento (CUNHA e PEREIRA, 2009)
A engenharia de aplicação tem como principal objetivo aumentar a eficácia
da apliação de produtos para o controle dos problemas fitossanitários, com a
aplicação dos conhecimentos científicos para a correta colocação de um produto
biologicamente ativo no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e com
mínimo de contaminação de outras áreas (MATUO, 1998). A aplicação de produtos
químicos ou biológicos no combate a doenças ou pragas, deve ser realizado de
maneira que a estrutura da planta, o espaçamento entre linhas e a densidade de
plantas não obstruam a chegada da gota ao alvo.
A eficiência do controle ainda é obtida graças ao poderoso efeito tóxico das
novas moléculas, que compensa deficiente deposição obtida com as pulverizações,
pois, em alguns casos, mais de 50% dos produtos aplicados não chegam ao alvo
desejado (CHAIM, 2006).
O conhecimento das condições de trabalho e do desempenho operacional
das pontas é básico para uma aplicação eficiente (CHRISTOFOLETTI, 1999).
9
Contudo, a aplicação de produtos para o controle de doenças que iniciam nas partes mais
baixas da cultura, tem como maior implicação a barreira imposta pela massa foliar, que
impede boa cobertura no interior da planta. Desta forma a ponta de pulverização é o elo entre
o produto químico e o alvo a que se deseja atingir (AZIMI et al., 1985).
10
2. OBJETIVO
Avaliar o espectro de gotas na aplicação de calda de pulverização na cultura
do feijão.
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Determinar o espectro de gotas produzidas por diferentes pontas de pulverização e
estandes de plantas na cultura do feijão.
11
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. O USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NA CULTURA DO FEIJÃO
Em função de suas propriedades nutricionais e até mesmo da cultura alimentar do
brasileiro, o feijão é considerado um dos mais importantes produtos agrícolas produzidos no
Brasil. O cultivo chega a abranger três safras em diferentes épocas do ano, ocupando a quarta
posição em área de plantio. Apesar da sua importância, a produtividade média no país deixa
muito a desejar, em razão de diversos fatores fitotécnicos (MACIEL et al, 2001). A
produtividade do feijão tem sido afetada por diversas doenças, sendo que cerca de 45 doenças
podem ocorrer durante o desenvolvimento da cultura, embora aproximadamente 10 sejam
realmente importantes (CHAGAS, 1988).
Dentre as doenças mais importantes do feijoeiro, as causadas por fungos têm especial
importância, destacando-se: mancha-angular, antracnose, mofo-branco, ferrugem, manchadealternária, oídio e murcha-de-fusarium (CUNHA, 2008).
As doenças provocadas por fungos podem ser combatidas por meio da aplicação de
fungicidas, seja feita da forma convencional ou via água de irrigação (fungigação). Nesta
perspectiva, tem-se observado a intensificação do uso de defensivos agrícolas, com o
surgimento de novos produtos e novas técnicas de aplicação (CUNHA, 2000).
O domínio das técnicas adequadas no controle químico de pragas, doenças e plantas
daninhas, é indispensável para evitar a perda de eficácia, e até mesmo o fracasso total do
tratamento, decorrente de superdosagens ou subdosagens, que levam à perda de produção e
danos ao ambiente e à própria saúde humana. Desta forma, além de conhecer o produto a ser
aplicado, também é necessário dominar a forma adequada de aplicação, de modo a garantir
que o produto alcance o alvo de forma eficiente, minimizando-se as perdas.
3.2. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
É possível atualmente identificar diversas técnicas de aplicação de defensivos
agrícolas, entre as quais pode-se destacar as que se baseiam na pulverização convencional do
produto (costal e tratorizada) - as mais difundidas; e a irrigação (fungigação), que vem se
desenvolvendo bastante (CUNHA, 2000).
12
Vários são os fatores que interferem na eficácia do defensivo agrícola aplicado, tais
como: a dose aplicada, qualidade da água, temperatura do ar no momento da aplicação,
umidade relativa do ar, velocidade do vento, altura da barra de aplicação em relação ao alvo,
equipamento utilizado, localização do alvo, volume de calda e tamanho de gotas, fatores estes
que determinam o sucesso da aplicação (LIMBERGER, 2006).
A eficácia do tratamento com defensivos agrícolas está relacionada não só à
quantidade de material depositado sobre a vegetação, mas também à uniformidade de
cobertura do alvo. A dificuldade em conseguir uma cobertura uniforme de toda a planta
muitas vezes ocasiona baixa eficácia no controle de doenças, principalmente no caso de
fungicidas. O problema se acentua nas aplicações em que se utilizam pontas de jato plano que,
em geral, produzem menor número de gotas por área e menor turbulência do que as pontas de
jato cônico vazio (CUNHA; PEREIRA, 2009).
É comum encontrar agricultores que aplicam quantidade de produto bastante superior
à necessária, de maneira a “compensar” o grande volume de água aplicado. Entretanto, a ação
dos produtos fitossanitários, quando distribuídos de modo inadequado, torna-se,
potencialmente, um risco à saúde humana e ao meio ambiente, por causar poluição do ar, do
solo, da água e dos recursos alimentares (CUNHA et al., 2005).
É importante considerar ainda que a deposição e a uniformidade das aplicações do
produto estão diretamente relacionadas com as características das plantas, tanto das folhas
como da forma das plantas, além das características da própria pulverização (volume e tipo de
ponta) (RODRIGUES et al., 2010).
Nota-se então a importância do conhecimento das características de trabalho das
pontas de pulverização, uma vez que estas determinam sua condição ótima de trabalho,
aumentando assim a eficácia da pulverização. Observa-se que na maioria das aplicações, o
produto não chega até o alvo proposto, seja por mau uso do equipamento ou por não atentar
para as questões climáticas (SANTOS, 2000).
3.3. A IMPORTÂNCIA DAS PONTAS DE PULVERIZAÇÃO NA APLICAÇÃO
DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
As perdas nas aplicações em pulverização podem ultrapassar 70%. Sendo assim,
observa-se a tendência de diminuição de volume de calda com a intenção de redução de
custos e aumento da eficiência das pulverizações. Para tanto, torna-se indispensável o
13
conhecimento da forma de aplicação para garantir que o produto alcance o alvo de forma
eficiente, possibilitando a uniformidade de aplicação e espectro de gotas adequado, visando
minimizar perdas (BALAN et al., 2008).
O bico de pulverização, assim entendido o conjunto de peças colocado no final do
circuito hidráulico, através do qual a calda é emitida para fora da máquina, é composto de
várias partes, das quais a ponta de pulverização é a mais importante, regulando a vazão, o
tamanho das gotas e a forma do jato emitido (BALAN et al., 2008).
A ponta de pulverização é o principal componente do bico, que apresentam como
funções básicas: fragmentar o líquido em pequenas gotas, distribuir as gotas em pequena área
e controlar a saída do liquido por unidade área (RODRIGUES, 2005).
Embora as pontas sejam partes pequenas e de baixo custo em relação ao
pulverizador, são consideradas as peças mais importantes do mesmo, pois delas depende a
qualidade da aplicação (LIMBERGER, 2006). A escolha e o uso adequado de pontas de
pulverização é essencial para a correta aplicação dos agroquímicos, possibilitando maior
controle, evitando o desperdício e a contaminação do meio ambiente e das pessoas envolvidas
(SANTOS, 2000).
Desta forma, faz-se necessário conhecer bem as características das diversas pontas de
pulverização, tendo em vista que são responsáveis por controlar a saída do líquido na
quantidade desejada por unidade de tempo e espalhar as gotas formadas dentro de uma área
delimitada. Entre os principais exemplos de perdas decorrentes da escolha inadequada das
pontas de pulverização pode-se destacar: a deriva, a volatilização, o escorrimento, a
evaporação e a remoção pelo vento, que podem ser perfeitamente minimizadas por meio da
modificação das gotas pulverizadas com a adição de adjuvantes às caldas dos produtos
agroquímicos (MACIEL et al., 2001).
A escolha da ponta de pulverização deve levar em conta o alvo que se deseja atingir
e os objetivos do tratamento. A definição desse alvo requer o conhecimento biológico da
praga ou doença, a fim de determinar em qual estado à mesma se encontra mais susceptível à
ação do agrotóxico (SANTOS, 2009). Quando o objetivo da pulverização é atingir um alvo
horizontal ou a parte superior de um alvo inclinado, o tipo de jato é indiferente, sendo viável a
seleção da ponta em virtude de outras variáveis da pulverização, como por exemplo, o vento.
Já para alvos verticais, quando o objetivo é apenas a parte frontal, a forma do jato não tende a
influir na deposição. No entanto, quando o objetivo é a deposição em ambas as faces, é
possível obter melhores resultados utilizando-se ponta com jato do tipo cônico ou plano duplo
14
(GARCIA et al., 2002).
Caso seja desejado que o produto aplicado recubra a maior parte da superfície-alvo,
como no caso de tratamentos com produtos de contato, as gotas devem ser finas. Caso
contrário, podem ser mais grossas, evitando problemas de deriva. As gotas muito grandes,
devido ao seu próprio peso, atingem o solo por escorrimento. As gotas pequenas possuem
uma menor massa de líquido, podendo evaporar em condições de baixa umidade relativa ou
serem carreadas pelo vento, provocando a perda de produto por deriva (SANTOS, 2009).
Segundo MATTHEWS (2000), as gotas finas (diâmetro de 101 a 200 μm) podem
propiciar melhores coberturas e deposições, porém, dependendo de efeitos climáticos e
orientação da ponta de pulverização, devem ser utilizadas gotas mais grossas (maiores que
300 μm). CHRISTOFOLETTI (1999) recomenda as categorias de pulverização media (201 a
300 μm) e fina (91 a 200 μm) para aplicação de fungicidas.
Especificamente para a aplicação de fungicidas nos feijoeiros, os bicos mais
utilizados são os de jato cônico vazio. Entretanto, em virtude do seu espectro de gotas
propiciarem a deriva, tem-se tentado utilizar também os de jato plano, que por sua vez podem
comprometer a cobertura das plantas, em razão das gotas serem de maior tamanho. De forma
geral, gotas pequenas são facilmente transportadas pelo vento, mas propicia maior cobertura
do alvo, condição desejada sobre tudo quando da utilização de defensivos de contato
(LIMBERGER, 2006).
15
4. MATERIAS E MÉTODOS
4.1. LOCAL DO EXPERIMENTO
Este trabalho foi realizado na Área Experimental da Empresa de Assistência Técnica
e Extensão Rural do Estado de Goiás (EMATER-GO), Regional Rio das Antas, com latitude
Sul de 16°19'48'', longitude Oeste de 48°18'23'' e altitude média de 1050 m. A safra foi a do
inverno, sequeiro irrigada, compreendido entre o início do mês de junho ao início do mês de
outubro. A precipitação média da região é de 1600 mm. O solo da região é classificado como
Latossolo Vermelho distrófico.
4.2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
O delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados, em esquema
fatorial 2 x 5 com quatro repetições, totalizando 40 parcelas experimentais. Os tratamentos
foram constituído de duas populações de plantas (125.000 e 250.000 plantas por hectare),
combinado com cinco pontas de pulverização [(XP 11002 (jato plano leque), CA 02 (jato
cônico com indução de ar), 11002 DB (jato duplo leque), HB 03 (jato cônico), AIR 11002
(jato duplo leque com indução de ar)], da marca MICRON, fabricado em material cerâmico).
As parcelas foram constituídas de cinco fileiras de 5,0 m de comprimento, espaçadas
de 0,5 m, tendo as três linhas centrais como área útil, eliminando-se 0,50 m de cada lado,
constituindo a bordadura.
Foi empregado a cultivar de feijão tipo Perola. A adubação foi efetuada de acordo
com a formulação de 5-25-15 NPK de 400 kg. ha-1. Aos 25 dias após a emergência (DAE), foi
realizada a adubação de cobertura com N, tendo a proporção de 40 kg/ha tendo ureia como
fonte. As irrigações realizadas foram quando necessário obedecendo a evapotraspiração da
cultura.
4.3. CARACTRIZAÇÃO DA APLICAÇÃO
A pressão de trabalho variou de acordo com a ponta utilizada, sendo o volume de
aplicação fixado em 180 L.ha-1, para todas as pontas, com velocidade media de 5 km.h-1,
conforme Tabela 1. As aplicações foram realizadas com pulverizador costal pressurizado com
16
CO2, barra munida de quatro bicos, espaçados em 0,5 m entre si. A altura de trabalho
em relação à cultura foi de 0,5 m para todas as pontas. Na solução da calda foi
adicionado o fungicida Procymidone para o controle do mofo-branco.
TABELA 1: Valores de pressões, velocidade e volume executados na aplicação da calda, na
cultura do feijoeiro para os terços superior, médio e solo, para as pontas P1 (CA 02 – jato
cônico com indução de ar ), P2 (11002 Air – jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002
DB - jato duplo leque), P4 (HB 03 – jato cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque).
Pontas
P1
P2
P3
P4
P5
Pressão no cilindro
em kgf/cm²
5,9
5,9
5,8
6,0
6,0
Pressão na barra
em kgf/cm²
2,8
2,9
2,9
3,0
3,0
Velocidade media
km/hora
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
Volume
L/ha
180
180
180
180
180
Valores fornecidos pelo fabricante. Catálogo Micron
Durante a aplicação da calda foi monitorada a temperatura, umidade e
velocidade do vento utilizando um termo-higro-anemômetro digital. Durante a
aplicação a temperatura variou entre 29 e 37°C, a umidade ficou entre 25 e 14% e a
velocidade do vento entre 3 e 4 km.h-1. O inicio da aplicação foi às nove horas da
manha e finalizou às cinco horas da tarde, período em que houve a variação de
temperatura e umidade relativa.
4.4. ESPECTRO DE GOTAS
Foram colocadas três etiquetas por parcela, distribuídas nos terços superior, médio e
no solo em baixo da planta, em alturas que foram definidas de acordo com o crescimento da
cultura em cada tratamento, utilizando-se uma haste como suporte. A análise do espectro de
gotas foi feita utilizando o programa computacional “ImageTool” versão 3.0/2002. Na
obtenção do espectro de gotas foi determinado o DMN (diâmetro da mediana numérica), o
DMV (diâmetro da mediana volumétrica), AR (Amplitude Relativa) e CH (Coeficiente de
Homogeneidade) com a utilização de etiquetas de papel hidrosensíveis.
A aplicação da calda de pulverização foi realizada quando o feijão atingiu a
área foliar máxima no estádio R8. Durante a aplicação da calda foi monitorada a
17
temperatura, umidade e velocidade do vento utilizando um termo-higro-anemômetro digital.
As imagem das etiquetas foram quantificadas com o programa computacional
“ImageTool”, onde foi determinada a área de deposição de cada gota.
Os dados obtidos foram submetidos a analise de variância e quando significativo
empregado o teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o programa Sisvar (5.3 Build
77).
18
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados das análises de variância apresentado na Tabela 2, indicam que as
pontas influenciaram significativamente no diâmetro da mediana volumétrica da gota (DMV),
amplitude relativa (AR) e o coeficiente de homogeneidade (CH) no terço superior da cultura
do feijoeiro. Neste caso os estandes e a interação (estandes e pontas), não influenciaram
significativamente, indicando a independência entre os dois fatores. Já o diâmetro da mediana
numérica (DMN) não foi influenciado com a utilização de diferentes pontas e estandes.
TABELA 2: Síntese da análise de variância (quadrado médio) para DMV (Diâmetro da
Mediana Volumétrica); DMN (Diâmetro da Mediana Numérica); AR (Amplitude Relativa) e
CH (Coeficiente de Homogeneidade), no terço superior.
Fonte de variação
Estandes (E)
Pontas (P)
E*P
Bloco
Resíduo
Medias
C.V.(%)
GL
1
4
4
3
27
-
QUADRADO MÉDIO
DMN
AR
DMV
NS
7976,20
77844,68*
6253,06 NS
5711,98 NS
4155,96 NS
325,88
19,78
NS
1988,54
5569,71 NS
4711,99 NS
3265,59 NS
3006,95 NS
165,46
33,14
CH
NS
0,17
0,56*
0,40 NS
0,30 NS
0,18 NS
1,92
22,13
0,64 NS
2,84*
0,84 NS
0,74 NS
0,80 NS
2,13
41,9
NS
: não significativo (P>0,05);*: significativo (P<0,05);**: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Os resultados da análise de variância apresentado na Tabela 3, indicam que as pontas
influenciaram significativamente no diâmetro da mediana volumétrica (DMV) das gotas,
diâmetro da mediana numérica (DMN) e a amplitude relativa (AR) no terço médio da cultura
do feijoeiro. Observa-se que os estandes influenciaram significativamente no diâmetro da
mediana volumétrica das gotas. Neste caso a interação estande e volume não influenciaram
significativamente o espectro de gotas.
19
TABELA 3: Síntese da análise de variância (quadrado médio) para DMV (Diâmetro da
Mediana Volumétrica); DMN (Diâmetro da Mediana Numérica); AR (Amplitude Relativa) e
CH (Coeficiente de Homogeneidade), no terço médio do feijoeiro cultivar Pérola.
Fonte de variação
GL
DMV
QUADRADO MÉDIO
DMN
AR
NS
0,03
CH
NS
0,12 NS
Estandes (E)
1
15181,78*
2659,05
Pontas (P)
E*P
4
4
46069,27*
2342,89 NS
14072,87*
868,69 NS
0,64*
0,04 NS
0,49 NS
0,13 NS
Bloco
Resíduo
Medias
C.V.(%)
3
27
-
1653,47 NS
2287,34 NS
291,49
16,41
1049,24 NS
2217,01 NS
172,51
27,29
0,08 NS
0,14 NS
1,74
21,55
0,05 NS
0,23 NS
1,76
27,52
NS
: não significativo (P>0,05);*: significativo (P<0,05);**: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Na Tabela 4, indicam que as pontas influenciaram significativamente o diâmetro da
mediana volumétrica das gotas (DMV), diâmetro da mediana numérica (DMN) e a amplitude
relativa (AR), no solo para a cultura do feijoeiro. Neste caso o coeficiente de homogeneidade,
não influenciou significativamente.
TABELA 4: Síntese da análise de variância (quadrado médio) para DMV (Diâmetro da
Mediana Volumétrica); DMN (Diâmetro da Mediana Numérica); AR (Amplitude Relativa) e
CH (Coeficiente de Homogeneidade), no solo em baixo das plantas do feijoeiro cultivar
Pérola.
Fonte de variação
Estandes (E)
Pontas (P)
E*P
Bloco
Resíduo
Medias
C.V.
GL
1
4
4
3
27
-
QUADRADO MÉDIO
DMN
AR
DMV
NS
1050,84
69880,99*
3361,91 NS
1730,8 NS
3303,26 NS
262,81
21,87
NS
452,16
24712,48*
2420,56 NS
1443,71 NS
1369,34 NS
162,52
22,77
CH
NS
0,27
0,78*
0,17 NS
0,01 NS
0,19 NS
1,76
24,62
0,23 NS
0,23 NS
0,10 NS
0,01 NS
0,13 NS
1,65
22,31
NS
: não significativo (P>0,05);*: significativo (P<0,05);**: significativo (P<0,01); C.V.: coeficiente de variação.
Os resultados apresentados na Tabela 5 referem-se ao diâmetro da mediana
volumétrica depositadas no terço superior no terço médio e solo em baixo da planta da cultura
do feijoeiro, proporcionado pela diferentes pontas de pulverizações. Observa-se que a ponta
CA 02 jato cônico com indução de ar e HB 03 jato cone apresentaram maior diâmetro em
20
relação às pontas 11002 XP jato simples, 11002 DB jato duplo, 11002 Air jato duplo com
indução de ar. Contrariando os resultados apresentados por (LIMBERGER, 2006), que
considera para a aplicação de fungicidas nos feijoeiros, as pontas mais utilizadas são as de
jato cônico em virtude do seu espectro de gotas propiciarem menor tamanho de gotas.
Esta diferença não era esperada, apesar do modelo de ponta CA 02 possuir como
característica principal a emissão de gotas mais grossas, devido à formação de gotas com ar
em seu interior, desta forma aumentando notavelmente o seu diâmetro. Este aumento do
diâmetro médio da gota não é desejado por oferecer risco à segurança na aplicação,
principalmente em relação ao escorrimento, por estar próximo do recomendado, pois deve-se
evitar gotas com diâmetro médio acima de 500μm (MINGUELA, 2003). Com base neste
resultado, em casos em que se necessite fazer o uso deste tipo de ponta, deve-se ter o cuidado
com perdas de produto ocorrendo contaminação ambiental devido ao escorrimento das gotas
emitidas por este modelo de ponta. Assim, as pontas 11002 XP jato plano leque, 11002 DB
jato duplo leque e 11002 Air jato duplo leque com indução de ar por apresentarem menor
diâmetro de gotas, proporcionam maior penetração no dossel da cultura e uma melhor
uniformidade de distribuição do líquido sobre o alvo, conforme resultados encontrados por
(Farooq, et. al., 2001).
A ponta 11002 XP jato plano leque, apresentou-se como a mais suscetível de deriva
estando de acordo com, Cunha et al. (2003) que afirmam, que valores de DMV inferiores a
150 μm indicam risco potencial de deriva, que acontece principalmente em virtude das gotas
menores que 100 μm. Em contrapartida, valores de DMV superiores a 500 μm sugerem
problemas de escorrimento, que, comumente, ocorrem com gotas maiores que 800 μm,
reforçando a suscetibilidade da ponta CA 02 jato cônico com indução de ar provocar o
escorrimento.
21
TABELA 5: Diâmetro da mediana volumétrica (μm) obtido nos terços superior, médio e solo
em baixo das plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ), P2 (11002
Air – jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo leque), P4 (HB 03 –
jato cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque).
Pontas
P1
P2
P3
P4
P5
C.V.(%)
E.P.
Superior
487,76 a
263,45 bc
292,49 bc
346,65 b
242,66 c
19,78
14,42
Distribuição dos Terços
Médio
405,95 a
229,84 c
254,88 c
331,85 b
238,05 c
16,41
10,69
Solo
401,84
192,66
227,92
313,47
182,54
21,87
12,85
a
c
c
b
c
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
C.V.: Coeficiente de Variação; E.P.: Erro Padrão.
De forma geral, observa-se que houve uma menor deposição no terço inferior do
dossel da cultura, comparadas à parte média e superior, isso devido às folhas localizadas no
terço inferior das plantas representarem o alvo mais difícil de atingir em pulverizações. Para
Souza et al., (2007), a sobreposição das folhas existentes no caminho da gota e, também, a
maior possibilidade de perda por evaporação ou deriva das gotas menores. Desta forma, podese afirmar que as pontas e volumes utilizados não proporcionaram uma deposição satisfatória
na parte inferior do dossel para os diferentes estandes da cultura do feijoeiro. Cunha et al.,
(2006), avaliando a deposição promovida por diferentes pontas de pulverização, concluíram
que as gotas finas propiciam melhores coberturas nas posições média e baixa das plantas.
Neste sentido, em situações em que não se tem risco de deriva, é indicado o uso de pontas que
tem como características emissão de gotas finas.
Na Tabela 6 estão expressos os diâmetros da gota que divide numericamente o 50%
das menores gotas e o 50% das maiores gotas. No terço superior, no terço médio e do solo em
baixo das plantas, apresentam valores em que a metade das menores gotas foram inferiores a
200 μm indicando risco de deriva. Não houve diferença estatisticamente no terço superior.
22
TABELA 6: Diâmetro da Mediana Numérica (μm) obtido nos terços superior, médio e solo
em baixo das plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ), P2 (11002
Air – jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo leque), P4 (HB 03 –
jato cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque).
Pontas
P1
P2
P3
P4
P5
C.V.(%)
E.P.
Superior
191,81 a
133,03 a
145,95 a
189,16 a
168,97 a
33,14
12,26
Distribuição dos Terços
Médio
231,97 a
140,37 b
125,24 b
192,05 ab
171,05 ab
27,29
10,53
solo
222,39
117,88
127,01
224,19
122,24
22,77
8,27
a
b
b
a
b
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
C.V.: Coeficiente de Variação; E.P.: Erro Padrão.
A ponta que apresentou maior uniformidade nos tamanhos de gotas (Tabela 7) foi
11002 XP jato plano leque. Matthews (2000) descreve que a amplitude relativa expressa à
variação do tamanho de gotas, fazendo uma relação com o diâmetro mediano volumétrico, e
quanto maior for o seu valor, maior será a variação do tamanho das gotas, e quanto menor for
o valor mais homogêneo será o espectro de gotas. Ainda segundo Cunha et al., (2010) à
medida que se quer aumentar a qualidade das pulverizações é necessário exigir mais do
desempenho das pontas de pulverização, destacando em especial a homogeneidade do
espectro de gotas.
TABELA 7: Amplitude Relativa (μm) obtido nos terços superior, médio e solo em baixo das
plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ), P2 (11002 Air – jato
duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo leque), P4 (HB 03 – jato cônico)
e P5 (11002 XP – jato plano leque).
Pontas
P1
P2
P3
P4
P5
C.V.(%)
E.P.
Superior
2,21 a
1,93 ab
2,07 ab
1,93 ab
1,50 b
22,13
0,10
Distribuição dos Terços
Médio
1,89 a
1,87 a
2,03 a
1,64 ab
1,29 b
21,55
0,08
solo
2,08 a
2,00 a
1,81 ab
1,58 ab
1,32 b
24,62
0,10
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
C.V.: Coeficiente de Variação; E.P.: Erro Padrão.
23
Semelhante a amplitude relativa, o coeficiente de homogeneidade (Tabela 8), que
apresentou os diâmetros de gostas mais homogêneo foi 11002 XP jato plano leque, quanto
menor for o valor mais homogêneo será o espectro de gotas.
TABELA 8: Coeficiente de Homogeneidade (μm) obtido nos terços superior, médio e solo em
baixo das plantas, para as pontas P1 (CA 02 – jato cônico com indução de ar ), P2 (11002 Air
– jato duplo leque com indução de ar), P3 (11002 DB - jato duplo leque), P4 (HB 03 – jato
cônico) e P5 (11002 XP – jato plano leque).
Pontas
P1
P2
P3
P4
P5
C.V.(%)
E.P.
Superior
3,12 a
2,08 ab
2,02 ab
1,91 ab
1,51 b
41,90
0,20
Distribuição dos Terços
Médio
1,81 a
1,69 a
2,13 a
1,81 a
1,41 a
27,52
0,11
solo
1,83 a
1,66 a
1,81 a
1,43 a
1,52 a
22,31
0,08
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. C.V.:
Coeficiente de Variação; E.P.: Erro Padrão.
24
6. CONCLUSÃO
O espectro de gotas apresentou menores valores no solo em baixo das plantas de
feijão para as diferentes pontas de aplicação, independente da população usada.
A ponta 11002 XP jato plano leque apresentou melhor homogeneidade de gotas
conforme demonstrado no coeficiente de homogeneidade e amplitude relativa.
A ponta CA 02 jato cônico com indução de ar, não apresentou condições favoráveis
para a aplicação de fungicida na cultura do feijoeiro, com produção de gotas mais
heterogêneas que as demais pontas.
As pontas 11002 Air jato duplo leque com indução de ar, 11002 DB jato duplo leque
e 11002 XP jato plano leque, apresentaram as melhores condições para a aplicação de
fungicida no feijoeiro.
25
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27
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