UMA PUBLICAÇÃO GABRIEL BACELAR - ANO 06 - Nº 14
BAOBÁ
Árvore que fascina
os pernambucanos
RALI DAKAR 2010
Aventura e emoção
na Argentina e Chile
SUAPE
Momento de confluência
para a economia do Estado
LANÇAMENTOS
Conheça os empreendimentos
da marca Gabriel Bacelar
MUSEUS
GUGGENHEIM
50 anos de Arte
Moderna pelo mundo
4
Editorial
Ano 06 - Nº 14
CONSELHO EDITORIAL
COORDENAÇÃO | bruno bacelar
MARKETING | kithyanne véras
5
Sumário
COMERCIAL | bruno figueiredo
06 CAPA
COMUNICAÇÃO | carla guerra
14 A CIDADE
GABRIEL BACELAR CONSTRUÇÕES
MATÉRIA ESPECIAL
18 MATERIA
PRESIDENTE | gabriel bacelar
DIRETOR COMERCIAL | durval bacelar
DIRETOR TÉCNICO | bruno bacelar
Tudo de bom em viagens,
gastronomia, arquitetura,
cultura e empreendimentos
imobiliários do Recife
A
lém de revelar em primeira mão as
novidades em lançamentos e aspectos
de destaque dos empreendimentos da
Gabriel Bacelar Construções, a revista
que o leitor tem em mãos trata também de viagens,
gastronomia, economia, urbanismo, arquitetura de
interiores, dicas de moda, de consumo e de cultura.
Nem tudo o que é bom está aqui, mas o que se encontra nas páginas seguintes é tudo de bom. Nesse
sentido, esta 14ª edição da publicação começa com
um relato da história dos museus Guggenheim no
mundo, enfocando suas origens, seus projetos arquitetônicos e as obras que expõem.
Na sequência, são reveladas as principais características de dois lançamentos da Gabriel Bacelar Construções: os edifícios Sky, em Boa Viagem, e Saint
Guilherme, no Rosarinho. Com essa mesma finalidade, outros dois projetos também serão abordados
na publicação: o Sainte Daniela, no Rosarinho, e o
Sainte Camila, na Madalena. Em uma outra matéria,
o Condomínio Jardins, a ser entregue nos próximos
meses, tem suas qualidades de sustentabilidade
ambiental relatadas com todos os detalhes.
Para continuar com o que é bom, a Revista
Gabriel Bacelar traz matérias exclusivas sobre
viagens, história e aventura, a exemplo daquelas que tratam do Expresso do Oriente e do Rali
Dakar na América do Sul. Em economia, o Complexo Industrial e Portuário de Suape é retratado
em seu momento de consolidação e de geração
de novas expectativas positivas. Em se tratando
de aspectos do cotidiano do Recife e de Pernambuco, os baobás da cidade e do Estado são mostrados em toda a sua força e beleza. Para uma
ideia sobre o que vestir na próxima estação, as
tendências da moda para o inverno também são
objetos de destaque nas páginas seguintes.
O cronograma das obras dos empreendimentos
GB, os estilosos hotéis design, a importância
da doação de medula óssea para milhares de
pessoas no mundo, as dicas de decoração de arquitetos do Recife e o empreendedorismo gastronômico dos restaurantes Entre Amigos e Ilha dos
Navegantes são outras matérias com as quais o
leitor é brindado nessa edição. Uma boa leitura
a todos.
22 ECONOMIA
06
EDITOR | djalma nascimento jr.
PROJETO GRÁFICO, REDAÇÃO
EDITORAÇÃO, TRATAMENTO DE
26 DOCE VIDA
29 ARTE E CULTURA
IMAGENS E FINALIZAÇÃO
32 DECOR
DIREÇÃO DO PROJETO | carla guerra
FOTOGRAFIA | marcelo marona
37 GASTRONOMIA
REDAÇÃO | djalma nascimento jr., carla guerra e
bruno souto maior
14
COORDENAÇÃO COMERCIAL | juliane oliveira
DIAGRAMAÇÃO | joão paulo ferreira
REVISÃO | djalma nascimento jr
43 EMBARQUE
46 ESPECIAL
GABRIEL BACELAR | Rua Buenos Aires, 69 - Espinheiro
AÇÃO DO BEM
50 AÇAO
CEP: 52.020-180
Recife-PE - Brasil | Fone: 81 3366.3000
52 MODA
E-mail: [email protected]
CARLOTA COMUNICAÇÃO | Rua Amélia 373,
Galeria Graças Center
Salas 104 e 105
52020-150, Graças, Recife - PE
22
56 NOVIDADES
57 FASHION
58 IMPORTADOS
A Revista Gabriel Bacelar é propriedade da Construtora
Gabriel Bacelar, editada pela Carlota Comunicação, com
distribuição dirigida. A publicação é aberta a colabora-
59 FITNESS
dores e não se responsabiliza por conceitos emitidos em
textos assinados, em respeito à liberdade de expressão e
por qualquer conteúdo publicitário e comercial de terceiros.
Para anunciar
81 3091.5068
81 8728.2132
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26
Ano 06 - Nº 14
52
60 ENCONTRE
64 CRONOGRAMA DE OBRAS
6
7
Capa
D
esde que foi fundada, em 1937, a Fundação Salomon R.
Guggenheim tem dedicado às artes plásticas uma atenção
como nenhuma outra instituição privada jamais o fez. A
partir do “Museu de Pintura não-objetiva” fundado naquele
mesmo ano em Nova York pela entidade, rebatizado em 1952 com o nome
de Solomon R. Guggenheim e transferido de endereço em 1959, outros três
foram adicionados ao circuito artístico internacional. Hoje, integram a família
as unidades de Veneza (Itália), de Bilbao (Espanha) e de Berlim, a capital
alemã. O objetivo tem sido apenas um: proporcionar ao maior número de
pessoas possível a apreciação da arte moderna.
Nascido em 1861, na Filadélfia, Salomon Robert Guggenheim deixou os prósperos negócios da família de lado aos 58 anos de idade para dedicar-se integralmente a colecionar arte. Inaugurou a Fundação Salomon R. Guggenheim
juntamente com a amiga e conselheira Hilla Rebay, baronesa e artista plástica
alemã. Inicialmente, o Museu de Pintura não-objetiva ficava num showroom
de automóveis em Manhattan, na Rua 54. Apenas em 1956, depois de 13
anos de conversas, mais de 700 esboços e seis plantas diferentes, a construção
do atual prédio teve início a partir de um polêmico projeto de Frank Lloyd
Wright, sendo concluída três anos depois, no nº 1071 da 5º Avenida.
A escolha de Frank Lloyd Wright para elaborar o projeto de um novo prédio para o Museu de Pintura não-Objetiva teve origem principalmente nos
anseios de Robert Guggenheim. O colecionador queria que o edifício não
pudesse ser de modo algum comparado a qualquer outro museu existente.
Pelo contrário, entendia que, na medida em que a arte se transformara radi-
Guggenheim em Nova Iorque
Museus Guggenheim:
arte moderna
50 anos de
pelo mundo
calmente nos últimos 200 anos, o perfil dos espaços para as suas exposições
também deveria ser diverso dos tradicionais.
Contemporâneo de Robert Guggenheim, o arquiteto Frank Lloyd Wright já
era uma lenda viva quando fora convidado para reelaborar o Museu de Pintura não-objetiva. Responsável por mais de mil projetos, com cerca de 500
dos quais executados, Wright foi um dos maiores propaladores da arquitetura orgânica, desdobramento da arquitetura moderna, que a redimensiona
e se contrapunha ao international style europeu. Em 1991, O American
Institute of Architects conferiu postumamente a Wright o título de “Maior
arquiteto americano de todos os tempos”.
Desde que foi inaugurado, o edifício do museu Solomon R. Guggenheim
em Nova York é tão criticado quanto elogiado. Na época em que foi apresentado ao público, muitos artistas questionaram a viabilidade de expor
quadros num prédio circular. Dai, talvez, o sucesso maior das instalações e
exposições de esculturas.
Fotos: Divulgação
Inicialmente, foram expostas no Solomon R. Guggenheim obras abstracionistas como Kandinsky, Fernand Léger e Robert Delaunay. Depois, voltando
no tempo, houve mostras de grande sucesso de Paul Cézane, Paul Gauguin,
Edouard Manet, Vincent van Gogh e Picasso, entre outros. Foi a exposição
de esculturas do arquiteto Frank Gehry em 2001, no entanto, que levou o
maior público ao museu.
Ano 06 - Nº 14
9
Capa
tal forma impressionante que, no início dos trabalhos, foram levantadas
dúvidas quanto à possibilidade de sua execução. Coberto por superfícies de
titânio, o bloco projeta curvas orgânicas por todos os lados, conforme grande parte da obra de Gehry. Quando observada do rio, a edificação lembra
um gigantesco barco, numa referência à cidade portuária de Bilbao. Com
50 metros de altura, o átrio central se assemelha a uma flor em pétalas.
Dele, partem passarelas com acessos aos três níveis de galerias.
A coleção permanente do Guggenheim de Bilbao complementa as coleções
das demais instituições da Fundação e, ao mesmo tempo, se revela com
toda uma identidade própria. Estão ali, por exemplo, trabalhos de alguns
dos mais significativos artistas da segunda metade do século XX, a exemplo de Eduardo Chillida, Yves Klein, Willem de Kooning, Robert Motherwell,
Robert Rauschenberg, James Rosenquist, Clyfford Still, Antoni Tàpies e Andy
Warhol.
Em cooperação com o Deutsche Bank, a Fundação Guggenheim abriu a
partir de uma pequena galeria de Berlim, também em 1997, o Deutsche
Guggenheim. O museu em solo alemão fica no piso térreo do Deutsche Bank
na Unter den Linden, um edifício em arenito construído em 1920. Para se
adequar ao moderno, o velho prédio teve suas instalações reformuladas
pelo arquiteto americano minimalista Richard Gluckman.
A proposta da unidade de Berlim é manter um programa de exposições
dinâmicas de arte moderna e contemporânea que, ao mesmo em que contemple artistas consagrados, abra espaços para novos talentos, das mais
diversas gerações e nacionalidades. Entre estes estão William Kentridge,
Jeff Koons, Gerhard Richter, James Rosenquist, Andreas Slominski, Hiroshi
Sugimoto.
Em 2005, o então presidente da Fundação Guggenheim, o filantropo Peter
B. Lewis, renunciou ao posto defendendo que a entidade “se concentrasse
mais em Nova York e menos em se dipsersar pelo mundo inteiro”. Ele,
que havia sido o maior doador da história do museu, deve ter tido forte influência em seus sucessores. Afinal, diversos projetos expansionistas
foram descartados ou colocados de molho, como foi o caso da proposta
para a unidade do Rio de Janeiro e de Guadalajara, no México. Apesar das
negociações com diversos países, como a França, o Japão e a Romênia,
atualmente há apenas uma nova filial em obras em Abu Dhabi (Emirados
Árabes), com previsão de conclusão em 2013.
Guggenheim em Veneza
Veneza
O segundo museu ainda em funcionamento da Fundação veio de uma sobrinha de Robert Guggenheim, Peggy, que na década de 70 doou à instituição
suas obras e sua casa em Veneza, o Palazzo Vernier de Leoni. Com a sua
morte, em 1979, a coleção foi reordenada e vem sendo continuamente
ampliada.
Hoje, integram a colecção permanente do Peggy Guggenheim Museum de
Veneza obras-primas do Cubismo, Futurismo, Pintura Metafísica, Abstracionismo europeu, o Surrealismo, e o Expressionismo abstrato americano.
Entre os artistas mais representativos ali expostos estão Picasso, Braque,
Duchamp, Léger, Brancusi, Severini, Balla, Delaunay, Kupka, Picabia,
Mondrian, Kandinsky, Miró, Giacometti, Klee, Ernst, Magritte, Dalí, Pollock,
Rothko, Calder, Moore e Marini.
Em 1948, Peggy já era uma das maiores colecionadoras de arte moderna
do mundo, e decidiu comprar o Palazzo Venier dei Leoni, no Grande Canal
de Veneza, onde fixou residência. Em 1949, a sobrinha de Robert parecia
seguir os passos do tio e realizou uma exposição de esculturas em seu jardim. Em 1951, colocou sua coleção à disposição do público.
O Prédio do Vernier dei Leoni provavelmente foi construído a partir da
década de 1750 pelo arquiteto Lorenzo Boschetti, o mesmo da igreja de
São Barnabé, também em Veneza. A obra foi inacabada, e ainda não se
sabem os motivos: provavelmente falta de dinheiro para manter a proposta
original. O projeto inicial, mostrando uma mistura de neopalladianismo e
formas do barroco, é transmitido apenas por meio de gravuras de Giorgio
Fossati e um modelo de madeira, hoje no Museu Correr. O que se vê atualmente do Pallazo é apenas um resquício ou esboço da ideia.
Guggenheim em Bilbao
Fotos: Divulgação
8
Na década de 1990, o então diretor da Fundação Salomon R. Guggenheim,
Thomas Krens, imprimiu um novo ritmo a ao expansionismo dos museus
da instituição iniciado com o palácio de Veneza no final dos anos 70. Em
1997, por exemplo, abriu as últimas unidades que, somadas aos de Nova
York e Veneza, até o momento promovem exposições. A primeira delas foi
inaugurada em Bilbao, a partir de financiamento da construção pelo governo espanhol.
O projeto do Museu Guggenheim em Bilbao, hoje um dos lugares mais
visitados da Espanha, foi do arquiteto norte-americano Frank Gehry. A construção efetivamente teve incício em 1992. A complexidade das formas é de
Guggenheim em Berlim
Ano 06 - Nº 14
Sky Boa Viagem:
há mais coisas entre o céu e a Terra
N
uma das localizações mais valorizadas da zona sul, entre os
colégios Boa Viagem e Santa Maria, a Gabriel Bacelar Construções
está lançando seu mais novo empreendimento:
o Sky Boa Viagem. O nome é uma referência à
amplitude azul da vista já definida e ao porte
imponente do edifício. Ao todo, serão 30 pavimentos tipo, cada um com dois apartamentos de
163 m².
“A localização privilegiada do Sky, com o colégio
Boa Viagem à frente, garante os visuais livres e
uma ventilação abundante durante todo o ano.
Todos os ambientes de permanência prolongada,
como suítes e salas, tem ventilação cruzada, nordeste e sudeste”, comenta o arquiteto Carlindo
Lopes, que integra a equipe da ML&N, responsável pelo projeto arquitetônico.
Na fachada em tonalidades verde-escuro e branco, o arquiteto destaca os planos contínuos de
pele de vidro, que “possibilitam uma transparência suave e equilíbrio entre os espaços cheios
e vazios”.
No que se refere ao lazer e aos serviços das áreas
comuns, a proposta do Sky impressiona: central
Imagens: Gabriel Bacelar
10 Portfólio GB
Ano 06 - Nº 14
de gás, três elevadores (sendo um de serviço),
hall social com estar, terraço, local para obra de
arte, piscina com deck, sauna, ducha, mini-campo gramado, churrasqueira, pista de caminhada,
salão de festas com copa, banheiros e espaços
reservados para fitness center, playground e gerador. O número de vagas de garagem vai variar
entre duas e três por apartamento, dependendo
do andar em que estes se encontram.
Os apartamentos contarão com hall social, sala
de estar e jantar, varanda, banheiro social, quatro quartos (sendo três suítes e mais um social),
cozinha, despensa, área de serviço e dependências de serviço.
“As proporções do terreno, da rua Dr. Pedro de
Melo Cahu, onde está localizado o empreendimento, com 2.410 m², permitiram que o projeto contemplasse uma ampla gama de opções
de lazer, como piscina, sauna, e mini-campo. O
apartamento em si, com 163 m², possui excelente
circulação, com todos os quartos e suítes com vista
para o nascente. Empregaremos o que há de melhor em técnicas e materiais no Sky Boa Viagem”,
comenta o diretor técnico da GB, Bruno Bacelar.
www.gabrielbacelar.com.br
11
13
12 Portfólio GB
Saint
Guilherme
nasce
no contexto de um bairro em valorização
O
bairro do Rosarinho está a cada ano mais
valorizado no mercado imobiliário do Recife. Aproveitando esse contexto, a Gabriel
Bacelar Construções acaba de lançar o
Saint Guilherme, no Largo Visconde do Mauá, bem próximo
a academias, clínicas, padarias, supermercados e restaurantes.
Como são em número de 25 os pavimentos tipo, e cada
andar contará com dois apartamentos, o Saint Guilherme
terá um total de 50 unidades. O apartamento possuirá sala
com varanda e ambientes de estar e jantar, circulação, dois
quartos sociais, uma suíte, um banheiro social, cozinha,
área de serviço, depósito de serviço e dependências completas.
O projeto do Saint Guilherme é integrado por uma única
torre com 25 pavimentos tipo, além de semi-enterrado, térreo, um vazado e um dedicado exclusivamente ao lazer.
“Seguindo as rigorosas premissas da Gabriel Bacelar, projetamos um apartamento de concepção moderna, com uma
ampla varanda gourmet com peitoril integral de vidro, e
suíte do casal voltada para o nascente. Uma morada ampla e flexível, com requintes que só um trabalho integrado
de concepção e execução pode alcançar”, comenta um dos
arquitetos responsáveis pelo projeto do Saint Guilherme,
Sandro Gama.
Na infraestrutura de serviços, os pavimentos semienterrado, o térreo e o vazado abrigarão áreas de circulação e
estacionamento, reservatório de água, local para bombas,
estacionamento, guarita de segurança, terraço coberto, hall
social com ambiente de estar, espaços reservados para lixo,
central de gás e subestação aérea. Serão dois os elevadores
de última geração, um social e outro para serviço. Cada
apartamento terá duas vagas de garagens.
www.gabrielbacelar.com.br
Imagens: Gabriel Bacelar
No pavimento de lazer, há atrações para todas as idades,
entre as quais se destaca a piscina com deck e rampa de
acesso, sala de jogos, salão de festas, terraço coberto e
descoberto.
“Recentemente tivemos uma experiência de lançar um novo
empreendimento no Rosarinho, o Gran Parc, e o sucesso
foi absoluto. Como as características dos apartamentos se
assemelham, bem como o padrão de lazer e serviços, esperamos repetir com o êxito com o Saint Guilherme”, afirma o
diretor comercial da GB, Durval Bacelar.
Ano 06 - Nº 14
Varanda gourmet: item opcional
15
14 A Cidade
Pernambuco, terra dos
baobás exilados
Martins Furtado, que é também membro da Academia Pernambucana de
Ciência Agronômica, explica que o baobá atende pelo nome científico de
Adansônia digitata. É o mais encorpado representante da família das Bombáceas, do gênero Bombax, interjeição que significa admiração, espanto,
estranheza, assombro. Adansônia vem de uma alusão ao botânico francês
Michel Adanson (1727 – 1806), quem primeiro estudou a árvore. Digitata deve-se ao fato de que suas folhas apresentam lóbulos semelhantes a
dedos.
O baobá é nativo da África, e é encontrado especialmente em Guiné Bissau,
no litoral de Angola, em Moçambique, no Senegal, Zimbábue, Nongoma
(KwaZulu), Transval, Botsuana, Halahari, bacia dos rios Limpopo e Olifantis e norte da Cordilheira Soutpansberg. Ainda nas palavras de Martins
Furtado, a árvore possui um “tronco volumoso, com numerosas cavidades,
Ano 06 - Nº 14
fendas ou protuberâncias, de onde partem galhos ascendentes terminando
abruptamente, lembrando raízes. Folhas digitatas e caducas (que caem periodicamente), flores brancas, solitárias, em forma de sino, com a abertura
para baixo. Fruto capsular, oblongo, coberto com uma camada de pelos
aveludados castanho-esverdeados, provido de sementes castanho-escuras,
envolvidas por uma polpa branca”.
O gigantesco vegetal chega a medir 30 metros de altura e seu tronco pode
alcançar um diâmetro de até 20 metros. A partir de técnicas de datação
com carbono radioativo, os pesquisadores concluíram que há exemplares de
baobá no continente africano com mais de mil anos de idade, um privilégio
entre os organismos vivos. Esse fato, aliado ao aproveitamento de suas
folhas e frutos na alimentação, bem como à capacidade de reservar água
em seu interior, aplacando a sede dos animais nas grades secas, conferem
ao baobá o portentoso apelido de Árvore da Vida. É, dessa forma, cultuado
e respeitado como sagrado nas diversas religiões africanas.
Talvez pelo fato de o baobá possuir essa origem africana, além de um simpático porte rotundo, a curiosidade de como veio parar no Brasil é comumente
despertada nas pessoas. A partir daí, as melhores intenções promovem as
mais engenhosas elucubrações. Câmara Cascudo, por exemplo, disse que as
sementes da árvore foram trazidas pelos escravos. Alguns afirmam que fora
Maurício de Nassau quem as trouxe, naquele distante primeiro século de
Brasil. Outros contam que vieram com as árvores migratórias. Para Martins
Furtado, no entanto, o mais provável é que tenham vindo na bagagem
de admiradores anônimos do gigante vegetal. “Quando os escravos eram
Fotos: Marcelo Marona
N
unca uma árvore despertou tanto fascínio no pernambucano
quanto o baobá. Talvez pela descrição poética de Antoine
de Saint-Exupery do vegetal que ameaçava o planeta do
Pequeno Príncipe, que permanece fixada no imaginário iconográfico de quem o leu. Talvez por seu enorme porte, sua longevidade,
as formas sinuosas de seu tronco. O fato é que Pernambuco é conhecido
como o lugar fora do continente africano que mais tem baobás. Segundo
um dos maiores estudiosos brasileiros do assunto, o engenheiro agrônomo
Osvaldo Martins Furtado de Souza, estima-se que haja cerca de 80 desses
organismos em nosso estado, entre mudas plantadas há pouco tempo e
exemplares já seculares.
16 A Cidade
capturados e embarcados para o Brasil traziam apenas a nostalgia e a
alma. Não traziam roupas, alimentos, não traziam nada, como é que
iriam trazer mudas ou sementes de baobá?”, pergunta ele.
Fotos - Praça: Marcelo Marona / Eng. Agrônomo M. Furtado: Djalma Nascimento Jr.
Para ilustrar sua teoria, o estudioso comenta que os historiadores Napoleão Barroso Braga e José Antônio Gonsalves
de Mello identificaram, por meio de uma nota
publicada no dia 11 de maio de 1875, que pelo
menos dois dos mais antigos baobás recifenses foram provenientes de sementes trazidas do Senegal
em 1872 pelo médico Joaquim D’Aquino Fonseca.
Um desses primeiros baobás, segundo Matins Furtado, é o que hoje pode ser visitado na Praça da
República.
E por ai começamos nossa visita pelos baobás
de Pernambuco. Além do exemplar da Praça da
República, provavelmente o mais conhecido dos
habitantes da cidade, essas árvores estão situadas
na Praça da Sudene (Santo Amaro), na rua Coronel Urbano Ribeiro Sena (Fundão), na rua Madre
Loyola (Ponte d’Uchoa), nas ruas Professor Edgar
Altino e Bandeira de Melo, (Poço da Panela), na
Praça Chora Menino, atrás do Mercado da Encruzilhada, no Parque da Jaqueira e nos bairros do
Engenho do Meio, Curado, Bongi e Madalena. Fora
do Recife, há outras espalhadas por todo o Estado, em municípios como
Olinda, Ipojuca, Cabo, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe,
Gravatá, Garanhuns, Sanharó, Tacaratu e Vicência.
“Eu tenho a impressão de que nós temos aqui em Pernambuco mais ou
menos 80 pés de baobás plantados. Plantados e identificados. Porque,
quando distribuímos nossas mudas aqui, nós exigimos que a pessoa dê
o endereço do plantio e, um ano ou dois depois, nos diga como vai o
desenvolvimento”, observa Martins Furtado.
A disseminação e principalmente a preservação dos baobás em Pernambuco
deve-se à dedicação de cinco pessoas. Uma delas é o já citado Osvaldo Martins
Furtado de Souza, que no ano passado foi agraciado com o IX Prêmio CREA-PE
de Meio Ambiente, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco. As outras quatro personalidades em defesa
do gigante africano são Napoleão Barroso Braga,
José Pereira Leite, Irineu Renato Barbosa e Fernando
Batista. Já fizeram um bocado pelo respeito à árvore. Além do plantio e da distribuição das dezenas de
mudas, denunciaram atos de vandalismo contra suas
raízes em artigos de jornais, apaziguaram arengas
entre vizinhos por causa do tamanho do vegetal e
chegaram a mudar um projeto de alargamento do
Capibaribe para evitar a morte do exemplar da Ponte
d’Uchoa.
Um dos maiores estudiosos do assunto no mundo, o
professor de Sociologia e Antropologia da Universidade de Charleston, na Carolina do Sul, Estados Unidos,
John Rashford, que pesquisa as origens do imenso
vegetal, deu um importante depoimento acerca dos
defensores da Árvore da Vida em artigo publicado no
Diário de Pernambuco, em 21 de janeiro de 2005.
“Quando afirmo que Pernambuco é a terra dos baobás no Brasil, e o Recife o coração da espécie nesse
país, isso se dá justamente devido aos esforços que
foram empreendidos e ainda são por essas pessoas”, escreveu Rashford.
Que os defensores da Árvore da Vida tenham vida tão longa quanto os seres aos
quais dedicam suas preocupações e esforços. Como lembrou Saint-Exupery, “e
um baobá, se a gente custa a descobri-lo, nunca mais se livra dele”. Martins
Furtado, o Senhor dos Baobás, que o diga. O agrônomo possui uma publicação
intitulada “Pau-Brasil, esse ilustre desconhecido”, e insiste em divulgar as
histórias e as qualidades desse outro nobre vegetal, que por sinal deu o nome
ao nosso país. Está certo, mas esse é assunto para uma outra matéria.
19
18 Matéria Especial
Placas para aquecimento através dos raios solares
Condomínio Jardins tem compromisso
N
com sustentabilidade
Fotos: Gabriel Bacelar
ão é à toa que o Condomínio Jardins foi batizado com
o nome que tem. No empreendimento, a ser entregue
pela Gabriel Bacelar Construções nos próximos meses, o
conceito de sustentabilidade foi levado a sério como em
poucos projetos residenciais já edificados em Pernambuco. Preservação
de exemplares da mata original, economia de energia elétrica e redução
no consumo de água foram algumas das propostas implementadas no
decorrer das obras, num exemplo de alinhamento às novas tendências de
responsabilidade ambiental na construção civil.
gramado, praça, fonte e lugares próprios para salão de festas, fitness
center, brinquedoteca, sauna, home cinema, lan house e até mesmo
um ofurô.
Desde a aquisição do terreno de 6,39 mil m² em que seria construído
o Condomínio Jardins, no nº 291 da Rua Padre Roma, no bairro da Jaqueira, a Gabriel Bacelar Construções decidiu que a rica flora existente na
área seria resguardada ao máximo. Com esse objetivo, foram contratados
os serviços de três escritórios para a elaboração de estudos e projetos de
preservação ambiental, replantio de árvores e paisagismo.
O verde dos jardins no projeto paisagístico, naturalmente, está por
todos os lados. Especificamente para essa finalidade, a GB contratou
os serviços de Luiz Vieira Arquitetura de Paisagem, um dos escritórios mais renomados do Brasil e com atuação em empreendimentos
de diversos portes, como o Portal de Gravatá, o Pestana Beach Resort
(Natal), Hotel Porto Belo (Angra dos Reis) e o Templo Mórmon do Recife. Para o Condomínio Jardins, Vieira aliou características tradicionais
a outras não tão ortodoxas. Assim, há o clássico cultivo de espécies
ornamentais, a iluminação externa, os gramados e o playground. Mas
há também as cercas ao invés de muros, as áreas de chão de areia e o
plantio de frutíferas, como a goiabeira e a pitangueira, que se somam
às mangueiras e cajazeiras já existentes no terreno.
A proposta do Condomínio Jardins previa desde o início a ampliação dos
tradicionais espaços reservados às crianças, com áreas também destinadas aos adolescentes e aos adultos, além de outras que possibilitasse o
convívio comum entre as gerações. Assim, integram as áreas de lazer,
por exemplo, piscinas com raias, trilha para caminhadas, mini-campo
O projeto arquitetônico do empreendimento, elaborado por Rangel e
Moreira Arquitetos Associados, foi o primeiro aprovado pela Prefeitura
do Recife na Região a partir da edição da Lei dos 12 Bairros, que
restringiu uma série de parâmetros urbanísticos, notadamente os de
gabarito, em diversas áreas da cidade.
Automação do sistema de aquecimento
ambiental
Acumuladores Térmicos de água quente
“Como o Jardins foi concebido para ser construído a partir de um condomínio, qualquer ideia nova com relação a sistemas ecologicamente corretos
estava sujeita à aprovação dos proprietários. Nesse aspecto, a maior parte
deles foi muito sensível às necessidades de preservação ambiental a partir
de suas próprias casas”, comenta o diretor técnico da GB, Bruno Bacelar.
Assim, foi aprovada pelos condôminos, por exemplo a utilização do sistema de aquecimento, formado por 100 m² de coletores solares e dois
tanques com capacidade para 5 mil litros em cada uma das duas torres do
empreendimento. Um backup a gás garante que a temperatura da água
nos reservatórios nunca caia a menos de 40 graus.
A economia de gás e energia elétrica com o aquecimento solar não é de
se desprezar. Estima-se que uma família com cinco pessoas gaste cerca
de R$ 120 por mês com banhos aquecidos a gás e R$ 200 com chuveiros
elétricos. No que se refere à redução do impacto ambiental, no entanto,
os ganhos são bem maiores. As usinas hidroelétricas, para serem implantadas, normalmente inundam grandes áreas verdes, devastando a flora e
fauna em milhares de hectares. Por outro lado, a queima dos combustíveis
fósseis, como é o caso do gás natural, resulta na produção de gás carbônico, que é consumido pelas florestas, mas que, em excesso, como ocorre
hoje, torna-se o principal responsável pelo efeito estufa.
Ano 06 - Nº 14
Outras propostas envolvidas no conceito de responsabilidade ambiental
aprovadas e já implantadas para o Condomínio Jardins foram o reuso
de águas pluviais para jardins e áreas comuns, o sistema de irrigação
automatizado, a utilização de caixas de descarga com dois estágios, o
emprego de luminárias especiais de baixo consumo e a automação do
acionamento da iluminação das áreas comuns.
Cada um desses aspectos tem sua vantagem na economia de água
ou de energia elétrica. As caixas de descarga contendo dois estágios
de acionamento, por exemplo, são projetadas para permitir a escolha
entre dois volumes de água: um maior, para a limpeza da bacia com
dejetos sólidos, e outro menor para os líquidos. Segundo dados do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) , a técnica sozinha é capaz de
reduzir em até 20% o consumo da água em uma residência.
“Qualquer medida para a redução do consumo de energia ou água é
bem-vinda nos dias de hoje. No caso do Condomínio Jardins, o que nos
anima é o conjunto dos fatores que contribuem para tornar o empreendimento correto do ponto de vista ambiental. Esperamos que a experiência se multiplique nos próximos anos”, comenta Bruno Bacelar.
23
22 Economia
O
Suape: o momento
Foto: Flávio Berger
complexo industrial portuário
de Suape teve uma trajetória
diametralmente oposta ao significado da expressão do tupi
que inspirou seu nome. Foram os índios Caetés,
afinal, que chamaram de Suape o rio que mais
tarde viria a ser denominado Massangana, cujo
leito tortuoso se junta na foz aos do Tatuoca
e Ipojuca. Ao que tudo indica, Massangana
deriva da língua africana Kimbundu e quer
dizer confluência. Suape, por sua vez, podia
ser traduzido do tupi como “caminho incerto”.
Diferentemente reto e certo, contudo, foi o
destino daquele que se transformaria no maior
conjunto de empreendimentos econômicos de
Pernambuco.
Há mais de 40 anos, o então governador de
Pernambuco Nilo Coelho determinou que fossem executados estudos de viabilidade para
a implantação de um grande porto no litoral
sul do Estado, entre os municípios de Cabo de
Santo Agostinho e Ipojuca. Algo nos moldes do
conceito de integração entre porto e indústria
já existentes em Kashima, no Japão e Marseille-Fos, na França. A idéia era diversificar a
economia pernambucana, até aquele momento
ainda bastante dependente da agricultura e
pecuária.
arrecifes, que formam um quebra-mar natural.
A profundidade marinha de aproximadamente
17 metros, por sua vez, permitia o acesso a
grandes embarcações. Além disso, as terras
na região eram extensas e intocadas, próprias
para a desapropriação e implantação de um
importante parque industrial.
O local escolhido não poderia ter sido melhor,
por diversos fatores. Enquanto que no início
da década de 1970 o Porto do Recife, numa
região central da capital, começava a dar sinais de sobrecarga, o maior distrito industrial
de Pernambuco já começava a se formar no
município do Cabo, principalmente às margens
da BR-101. A 40 km de Recife e numa posição privilegiada no Nordeste brasileiro, Suape
fica a oito horas das rotas internacionais dos
grandes transportadores da Europa e Estados
Unidos. Outro aspecto digno de registro é que
área imaginada para o novo empreendimento estava a pouco mais de 1 km da linha dos
O Plano Diretor do empreendimento veio entre
1973 e 1975, logo depois dos estudos iniciais.
Em 1978, quando já haviam sido desapropriados 13.500 hectares de terras, o governo
Marco Maciel criou a empresa Suape Complexo
Industrial Portuário, através da Lei nº 7.763. O
Decreto Estadual nº 8.447, de 1983, aprovou
as normas de uso do solo, uso dos serviços e
preservação ecológica, de modo a garantir o
uso racional da área com menor impacto ambiental possível. Ao todo, foram criadas dez
zonas com finalidades específicas: uma industrial portuária, uma de processamento de exportação, três industriais, uma administrativa,
da confluência
uma de preservação ecológica, uma agrícola e
florestal, uma de preservação cultural e uma
residencial.
Até 1991 foram investidos recursos públicos
da ordem de R$ 144 milhões em trabalhos de
infra-estrutura portuária, sistema de rodovias e
ferrovias interno, redes de água e esgoto, energia
elétrica, telecomunicações, obras complementares e um centro administrativo.
O primeiro molhe em pedras, para a proteção
da entrada do porto interno, foi construído em
1984. A partir de então foram ofertadas duas
instalações de acostagem de navios em forma
de píer, uma para granéis líquidos e outra para
múltiplos usos. Em abril desse mesmo ano foi
realizado o primeiro embarque de álcool pela
Petrobrás.
Somente em 1991 o cais de múltiplos usos entrou em operação, movimentando carga geral
Ano 06 - Nº 14
conteinerizada. Nesse ano, Suape foi incluído
pela Secretaria Nacional dos Transportes, vinculada ao Ministério da Infra-Estrutura, entre os 11
portos prioritários do país para o direcionamento
de investimentos federais em infraestrutura portuária. Em 1996, o reconhecimento junto ao executivo federal da importância de Suape tomou
um corpo ainda maior quando foi incluído entre
os 42 empreendimentos do programa “Brasil em
Ação”.
Entre 1999 e 2004 os trabalhos de melhorias e
ampliação da estrutura do complexo não pararam. A etapa do Porto Interno, com 935 metros,
foi concluída; a segunda etapa, com a dragagem
de mais 1,3 milhão de m³, foi iniciada; a avenida portuária foi duplicada; o primeiro prédio de
operações e o Centro de Treinamento do Complexo Industrial Portuário de Suape ficaram prontos.
Ainda em 2004, foram firmados os protocolos de
intenções para a instalação de um novo estaleiro
no porto e o grupor argentino Arcor decidiu er-
guer, no local, um parque com quatro fábricas
e uma central de distribuição. Na seqüência, outras empresas de grande porte, como a Emplal,
fabricante de embalangens plásticas, passaram
a inaugurar unidades na área.
Em 2005, veio a pedra fundamental da Refinaria
General José Ignácio Abreu e Lima, a partir de
uma parceria entre a Petrobrás e a Petróleos da
Venezuela S. A. (PDVSA). Segundo a Petrobrás,
será a mais moderna refinaria construída no Brasil, pois será a primeira a adaptada a processar
100% de petróleo pesado, com o mínimo de
impacto ambiental. Sua construção, já em curso, terá investimentos da ordem de 12 bilhões
de dólares. A capacidade de refino será de até
230 mil barris por dia e estima-se que, até a
conclusão, prevista para 2011, cerca de 10 mil
empregos sejam gerados.
Em fevereiro de 2007, após os avanços das
negociações e a assinatura de um contrato en-
25
Economia
Fotos - Navio: Ascom SUAPE / Torre: Flávio Berger
milhões de toneladas contra 3,6 milhões
de toneladas dos primeiros seis meses do
ano, mostram que a situação está sendo
revertida e que 2010 promete trazer de
volta o crescimento. “O crescimento obtido
no segundo semestre de 2009 apresenta
uma nova perspectiva para o ano de 2010.
Se mantivermos esse ritmo, a movimentação de cargas atingirá um aumento entre
15% a 20%, alcançando até 9 milhões de
toneladas”, comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco
e presidente de Suape, Fernando Bezerra
Coelho.
tre a Transpetro, subsidiária da Petrobrás, e o
Estaleiro Atlântico Sul, começaram as obras de
terraplanagem que estão inserindo Pernambuco na reativação da indústria naval brasileira.
O empreendimento, no qual foram investidos
R$ 1,6 bilhão, é situado na Ilha de Tatuoca.
Atualmente, a empresa já conta com 22 navios
encomendados pela Transpetro e um casco de
plataforma para a Petrobrás.
A crise econômica que teve seus piores momentos na passagem de 2008 para 2009 afetou o
movimento de cargas em Suape no ano passado.
No decorrer do exercício, foram movimentados
7,77 milhões de toneladas, contra 8,61 do período anterior.
Os números do segundo semestre de 2009,
no entanto, quando foram movimentadas 4,3
Tendo em vista que as exportações e as importações de Pernambuco caíram 11,94%
e 19,51% em 2009, segundo dados do
Ministério do Desenvolvimento, Industria
e Comércio Exterior, parece que Suape assume cada vez mais sua vocação para um
porto concentrador de cargas (hub port),
sem deixar de oferecer alternativas para
a cabotagem, mas se descolando dos resultados da balança comercial. Talvez por
isso Suape tenha apresentado um número
recorde de navios no ano passado, em que
pese a queda na movimentação de cargas:
foram 1.138 embarcações contra 1.042 de
2008.
Desde que foi idealizada nos anos 60 do
século passado, Suape não vê o tempo parar. Um ou outro governo pode ter agido
com maior ou menor celeridade e afinamento com a política federal, o que garantiu a agilidade ou o atraso de determinada
empreitada no projeto. Atualmente, Suape
acumula investimentos públicos e privados
- das 96 empresas instaladas e outras 16
em implantação em seu complexo portuário
e industrial, estimados em nada menos que
15 bilhões de dólares.
Nesse início de 2010, a única coincidência
de Suape com caminhos incertos do rio é a
confluência. Convergência de fatores positivos. Com o avanço das obras da Refinaria, os trabalhos em curso no estaleiro, as
obras de infra-estrutura que facilitarão o
transporte pelos diversos modais - a exemplo da Nova Transnordestina e da duplicação da BR-101, e ainda com os recentes
incentivos da ZPE, o momento para Suape
é mais promissor que nunca.
25 ANOS CONSTRUINDO
CREDIBILIDADE
De qualquer forma, do ponto de vista estratégico a exportação é prioridade para
o Brasil. Nesse sentido, um importante
passo foi dado no início de 2010 com a
assinatura do decreto pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que criou a Zona de
Processamento de Exportação de Pernambuco (ZPE).
A ZPE Suape, como é mais conhecida a
proposta, se instalará às margens da BR101, a 8 km do Porto de Suape. As indústrias que se abrigarem em sua área, com
198,84 hectares, contarão com incentivos
fiscais para a aquisição de insumos e bens
de capital, sem a exigência de diversos
tributos. Além disso, prevê-se ainda uma
redução na burocracia das operações de
comércio exterior.
Foto: Simone Medeiros
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26
27
Doce Vida
de competições off road. A maior parte da
estrutura é formada por tubos de aço e a
carroceria, com pouco mais de 50 kg, é
completamente feita em fibra de carbono e
resina.
O motor é um Volkswagen TDI Turbodíesel,
com cinco cilindros e 280 cv. Com tração
permanente nas quatro rodas e câmbio
sequencial de cinco marchas, o carrão tem
também suspensão independente e dois
amortecedores em cada roda. Na estrada, o
Race Touareg ultrapassa os 200 km/h.
O maior rali do mundo
adentra a América do Sul
P
Fotos: Divulgação
elo segundo ano consecutivo
ocorrendo em terrenos inóspitos
da América do Sul, o rali Dakar
2010 teve sua largada em 1º de
janeiro e a chegada aconteceu 17 dias depois.
No percurso de cerca de 9 mil km em territórios chilenos e argentinos, a prova mais dura
do automobilismo mundial teve novamente o
espanhol Carlos Sainz e seu navegador Lucas
Cruz como vencedores na categoria carros. A
maior estrela da aventura, no entanto, ficou
por conta do Volkswagen Race Touareg, cujos
pilotos e co-pilotos ocuparam todas as três posições do pódio.
Além dos campeões espanhóis Carlos Sainz e
Lucas Cruz, subiram ao pódio as duplas formadas por Nasser Al-Attiyah (Catar) e Timo Gottshalk (Alemanha) e Mark Miller (EUA) e Ralph
Pichford (Nova Zelândia), segundos e tercei-
ros colocados, respectivamente. Concluíram
a competição 57 carros, 88 motocicletas, 14
quadriciclos e 28 caminhões, totalizando 187
veículos, contra 360 que iniciaram a prova.
Em sua 32ª Edição, o rali Dakar 2010 saiu de
Buenos Aires em direção ao norte da Argentina, passando por Córdoba e Fiambala, antes
de sair do país. Já no Chile, o primeiro desafio
foi cruzar a Cordilheira dos Andes, em altitudes
de até 4 mil metros, o que exigia um esforço
físico quase sobrenatural dos pilotos e navegadores. No deserto do Atacama, as dunas foram
cedendo espaço para terrenos pedregosos nas
proximidades de Copiapo e Antofagasta. Dali a
Iquique, percorrendo 483 km, os competidores
enfrentaram os momentos mais difíceis da prova ao experimentar um dos terrenos mais secos
do planeta, quando finalmente o retorno foi
alcançado na costa do Pacífico.
História
O Rali Dakar teve sua primeira edição iniciada em 1978. Inicialmente, a largada sempre
ocorria em Paris e a chegada em Dakar, daí a
popularidade do nome Rally Paris-Dakar. Na
década que se iniciou em 1990, no entanto,
diversos fatores, notadamente os de ordem
política, de segurança e outros envolvendo
interesses dos patrocinadores fizeram com
que os percursos da prova sofressem variações constantes. Ente alguns desses motivos
Na volta a Buenos Aires, o Dakar 2010 cruzou novamente o Atacama e passou por Santiago e San Juan, rota na qual enfrentaram
o Aconcágua antes de retornar ao território
argentino. Até o final da prova, os competidores passaram ainda por cânions, estradas
sinuosas, longas subidas e descidas, dunas
e morros para saltos diversos entre San Rafael, Santa Rosa e a chegada em San Carlos
de Bolívar, na capital.
Entre os brasileiros, o melhor colocado na
classificação geral de carros, em 10º lugar,
foi o piloto Guilherme Spinelli, acompanhado do navegador português Filipe Palmeiro,
da equipe Mitsubishi Brasil.
O Race Touareg pilotado por Carlos Sainz e
Lucas Cruz foi desenvolvido especificamente
pela Volkswagen Motorsport para participar
Ano 06 - Nº 14
Arte e Cultura 29
Doce Vida
Assim, a competição cujo nome originalmente
era Rally Paris-Dakar foi resumida a Dakar. Os
trechos dos percursos variavam entre a capital do
Senegal e Granada, Cairo, Arras (norte da França), Barcelona, Lisboa e finalmente fora da África
e da Europa com as edições de 2009 e 2010 entre Argentina (Buenos Aires) e Chile (Valparaíso
e Antofagasta).
A decisão de realizar uma competição do Dakar
fora da África e Europa decorreu de ameaças da
rede terrorista Al Qaeda em 2008, quando a prova foi cancelada. Na ocasião, os organizadores
também argumentaram que havia problemas de
segurança em percursos da corrida na Mauritânia, onde turistas franceses foram assassinados
no final de 2007. A localização da próxima edição do rali ainda não foi anunciada.
Museu do Homem do Nordeste
tem a cara da gente
O
Museu do Homem do Nordeste, criado pelo sociólogo Gilberto Freyre, reúne um acervo de cerca de 15 mil peças de
caráter histórico, etnográfico e antropológico, que conduz à
compreensão do modo de vida nordestino, desde as peças
dos índios do Nordeste às manifestações do universo mental e comportamental desse homem, proporcionando uma visão holística da cultura
nordestina. O museu nasceu da fusão de três outros museus: o Museu de
Antropologia (1961-1979), pertencente ao então Instituto Joaquim Nabuco
de Pesquisas Sociais, o Museu de Arte Popular (1955-1966), ligado ao
Governo do Estado de Pernambuco, e o Museu do Açúcar (1963-1977), do
extinto Instituto do Açúcar e do Álcool.
projeto museográfico, incorporando iluminação dramática, recursos audiovisuais, mobiliário tecnicamente adequado à preservação do acervo exposto
(interno e externo), recursos cenográficos, mapas e gráficos.
O autor de Casa-Grande & Senzala e de outras obras basilares para a compreensão da sociedade brasileira, defendeu, em 1924, a criação de museus
regionais de caráter antropológico, afirmando ser fundamental “a fundação, no Brasil, particularmente no Nordeste, de museus de um tipo novo:
que reunisse valores expressivos da cultura e do ethos de gentes brasileiramente regionais”. Em contraposição à importância do seu acervo, a atual
exposição de longa duração encontrava-se desatualizada, de acordo com
normas da moderna museologia. O mobiliário e suportes não permitiam,
por exemplo, a inclusão de outras coleções do acervo. A exposição necessita
de novas orientações que expliquem ou interpretem o processo evolutivo da
cultura do homem nordestino, aliada a uma reformulação estrutural do seu
Serviço:
Museu do Homem do Nordeste
Avenida 17 de Agosto – 2187
Casa Forte / Recife-PE
Fone: (81) 3073.6340
Ano 06 - Nº 14
O Projeto de Revitalização da Exposição de Longa Duração, patrocinado
pela Petrobrás e apoiado pelo Escritório de Arquitetura de Janete Costa, dá
continuidade ao Projeto de Revitalização do Museu do Homem do Nordeste,
iniciado em 2003, a partir das obras estruturais já realizadas no prédio que
abriga o seu circuito expositivo, com recursos da Fundaj e do Finep, como
alterações de fachada, do sistema de climatização, de iluminação e sistema
elétrico, troca do piso e reforma do telhado.
Fotos: Marcelo Marona
de impedimentos esteve a instabilidade política
na Argélia e decisão da prefeitura de Paris em
1994, quando a chegada da competição teve
que ser movida da Champs-Élysées para o parque da EuroDisney.
Fotos - Volkswagen: Divulgação / Mitsubishi: Marcelo Maragni
28
Portfólio GB 31
30 Arte e Cultura
Paixão que virou museu
Fotos: Divulgação
cada de 1930, período em que foi construído o prédio. O projeto arquitetônico revela as estruturas do estádio, seu avesso e seus interiores. Cada sala
deixa aparente a estrutura de concreto do teto e mostra seu conteúdo por
entre o ziguezague das escadarias: a cobertura do Museu é a arquibancada.
Fundado pelo presidente Getúlio Vargas, em 1940, como Estádio Municipal
Paulo Machado de Carvalho e tendo sido palco de diversas comemorações
de títulos e fatos históricos, como o gol “de bicicleta” de Leônidas da Silva,
o Pacaembu tornou-se ideal para sediar o Museu do Futebol.
O Museu do Futebol é um museu do terceiro milênio e propõe uma narrativa
linear, obtida com o uso de multimeios. São mais de seis horas de vídeos,
centenas de fotografias e muita interatividade. A história do futebol é contada com base nos eixos temáticos: emoção, história e diversão. A curadoria
de Leonel Kaz revela uma sequência de experiências visuais e sonoras que
relacionam o esporte e a vida brasileira no século XX. O time contou ainda,
com uma equipe de consultores liderada por João Máximo e que inclui os
jornalistas Celso Unzelte e Marcelo Duarte. Assinada por Mauro Munhoz,
a arquitetura visou transformar um espaço subutilizado no mais moderno
museu do Brasil. E o desafio foi maior ainda quando se optou por preservar
e expor a arquitetura original do estádio, fruto do perfil arquitetônico da dé-
Serviço:
Museu do Futebol
Praça Charles Miller, S/N
Estádio do Pacaembu
São Paulo-SP
Fone: (11) 3664.3848
MoMA apresenta
Claude Monet
Pela primeira vez, o Museu de Arte
Moderna de Nova Iorque (MoMA)
apresenta uma instalação com o grupo
completo de pinturas de Claude Monet.
Uma vasta coleção que reúne acervos
de colecionadores e museus, na qual
inclui um mural denominado “Water
Lilies”, 1914-1926, de painel único,
dos lírios de água, no estilo japonês da
lagoa particular de Monet, que cultivava em sua propriedade em Giverny, na
França. Também há a “Passarela Japonesa” (1920-1922) e “Agapanthus” (1914-26), descrevendo as plantas
majestosas nas proximidades da lagoa. Estas pinturas têm preservado um
encantamento especial do público do museu. Em cartaz até o dia 12 de
abril de 2010.
Impressão, Sol Nascente - Claude Monet (1869)
Sainte Daniela: boa localização e qualidade
arquitetônica com padrão GB de construção
E
ntre o Clube Náutico e o Parque da
Jaqueira, numa das mais valorizadas áreas da cidade do Recife, a
Gabriel Bacelar Construções lança
nesse início de 2010 o edifício Sainte Daniela. A
proposta promete atrair interessados em praticidade, conforto e, sobretudo, qualidade de vida.
A localização já é conhecida do recifense. O Sainte Daniela ficará na Rua Desembargador Martins
Pereira, que tem como vizinhos restaurantes, clínicas, academias, cafés, livrarias, supermercados
e escolas, além do parque e do clube já citados.
Estão nas redondezas, por exemplo, o Bompreço,
a Pizzaria La Campanina, a taberna japonesa
Quina do Futuro, a escola de idiomas ABA e a
Livraria Jaqueira.
“Externamente, o Sainte Daniela segue um conceito atual de fachada, linhas discretas e elegantes, que traduzem a sobriedade da construtora,
transferindo para o cliente um status só encontrado em prédios de maior porte. Uma marcação
que sobe pela parte posterior da construção e
culmina na coberta, verticaliza a obra e delimita
um coroamento que caracteriza a função de lazer da cobertura”, explica a arquiteta Têca Lôbo,
da Gama Arquitetura, empresa responsável pelo
projeto.
O empreendimento atrai não só pelo contexto
urbano, mas também por suas qualidades arquitetônicas e o padrão GB de construção. Ao
todo, serão 28 pavimentos, sendo 25 tipos, um
semienterrado, um térreo e um vazado. O terreno
ocupa uma área de 1.346,60 m².
Serviço:
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA)
11 West 53 Street
Nova Iorque - EUA
Ano 06 - Nº 14
Na infraestrutura de lazer e serviços, haverá terraços coberto e descoberto, dois elevadores de
última geração, local para central de gás, duas
vagas de garagens por apartamento, piscina com
deck, sala para relax, espaço para sauna, lavabos, salão de festas com copa e salão de jogos.
Nos pavimentos tipo, haverá dois apartamentos
por andar, cada qual com 102,25 m². Internamente, distribuem-se harmonicamente a sala
com ambientes de estar e jantar, a varanda, três
quartos (sendo uma suíte), banheiro social, cozinha, área de serviço, depósito e dependências
de serviço.
“A localização do imóvel, somada às características de área e planta do apartamento, bem como
aos atrativos de lazer, farão do Sainte Daniela
um empreendimento bastante interessante a
quem procura conforto e praticidade”, comenta o
diretor comercial da GB, Durval Bacelar.
Para o diretor técnico da GB, Bruno Bacelar, o
know-how da construtora em projetos similares
fez com que a mesma atingisse um elevado nível
de excelência para a empreitada. “Já trabalhamos com diversos empreendimentos semelhantes e todos tiveram uma aceitação muito boa por
parte dos clientes. Não há segredo: precisamos
somar fatores como boa localização, modernidade arquitetônica e alta qualidade em técnicas e
materiais construtivos, e tudo isso já está contemplado na proposta do Sainte Daniela”, diz o
diretor.
www.gabrielbacelar.com.br
32
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Decor
Fotos -Ana Cristina: Divulgação / Ambientes: Marcelo Marona
Praticidade e funcionalidade
em projeto de Ana Cristina Cunha
Um apartamento com poucos móveis sem comprometer a circulação, tornando-se prático e funcional. Esta foi a encomenda que a
proprietária do imóvel – um apartamento de 168 m², localizado no
bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife - solicitou a arquiteta Ana
Cristina Cunha. O apartamento foi reformado no início da obra do
edifício, desde o layout sugerido, pisos, revestimentos e acabamentos,
procurando seguir à risca as solicitações da cliente. Para isso, a arquiteta procurou dosar os espaços sem modismo e ostentações, fazendo
uso de uma cartela de cores claras com toques
escuros, ressaltando ainda a base neutra utilizada nos pisos e parede. A utilização de vidros
e espelhos reflexivos nos móveis dos quartos
foi de suma importância para a concepção dos
mesmos. Esses materiais auxiliam a ampliar os
espaços e dão um toque de sofisticação, além
da iluminação.
Ano 06 - Nº 14
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Decor
Fotos - Maury Santana: Divulgação / Ambiente: Marcelo Marona
Inserção de peças com linhas retas norteia
a ambientação proposta por Maury Santana
Para realizar com maestria este trabalho, o arquiteto Maury
Santana apenas ouviu o desejo da cliente, que era simplesmente criar e executar um projeto de ambientação para todo
o imóvel: um apartamento de 320 m², localizado no bairro de
Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O conceito criativo do projeto
se baseou na utilização de peças novas, nas cores mais neutras possíveis, pois a cliente possui um rico acervo particular
de obras de arte, que incluiu, entre elas, peças de mobiliário
e quadros. Dessa forma, os diferencias
do projeto ficam por conta da inserção
de peças com linhas retas dentro de um
contexto que apresenta moveis datados
do século passado, para que só estes se
destaquem na ambientação geral. O
tempo para execução do projeto foi de
quatro meses.
Ano 06 - Nº 14
Gastronomia 37
O
grupo de restaurantes que começou há 29 anos com o Ilha
da Kosta já se tornou sinônimo
de empreendedorismo e hoje
integra a cultura gastronômica do Recife. O mais
recente deles, o Ilha dos Navegantes, fundado
em maio do ano passado, reúne entre suas principais características o ambiente aconchegante,
a simpatia e o profissionalismo da equipe de
colaboradores e uma variedade de pratos de frutos do mar poucas vezes encontradas na capital
pernambucana.
Mesmo com petiscos como esondidinho de carne
de sol, carpaccio de carne, filé mignon com fritas
e caldinho de feijão, vêm do mar os principais
ingredientes dos pratos mais pedidos do Ilha dos
Navegantes. Até mesmo a culinária japonesa,
já consagrada pelos clientes do restaurante Ilha
Ano 06 - Nº 14
Sushi, do mesmo grupo, se faz presente em iguarias de salmão, polvo e atum, como os sushis,
sashimis, uramakis, tekamakis e temakis.
pido no meio do expediente. Entre estes há o filé
ou a posta de pescada amarela, o filé de salmão,
filé de tilápia ou o mesmo peixe na brasa.
Ainda nos petiscos, no entanto, os frutos do mar
já se apresentam em caldinhos de camarão,
peixe e sururu, bolinhos de bacalhau do Porto,
casquinhos de caranguejo e filés de agulha, além
de gratinados e ensopados diversos.
Nas massas e risotos, servidos com generosidade
para duas pessoas, destaque para o Espaguete
ao Molho Pomodori e Fruti di Mare e o Risoto de
Frutos do Mar.
Nas entradas, até mesmo as verduras ou legumes se mesclam aos sabores dos oceanos, a
exemplo da Salada de Bacalhau à Portuguesa,
com azeitonas pretas, ovos cozidos e pimentões
regados no azeite extra virgem.
O Ilha dos Navegantes oferece pratos grelhados
para uma pessoa, com duas opções de acompanhamentos, uma boa pedida para o almoço rá-
Embora a variedade de opções seja grande, as
vedetes da casa são mesmo as moquecas. Há
opções do prato preparado com peixe (pescada
amarela), camarão, lagosta e até mesmo siri
mole. A mista, com pescada amarela e camarões, pirão, arroz e farinha de dendê, é uma das
mais elogiadas.
O cardápio foi montado pelo proprietário da casa,
Severino Lucena, em parceria com o chef paulista
Foto: Divulgação
Ilha dos Navegantes é sinônimo
de empreendedorismo e qualidade na zona sul
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39
Gastronomia
Trabalho e sucesso no
N
restaurante e bar Entre Amigos
um exemplo poucas vezes visto
no mundo da gastronomia, um
dos restaurantes mais movimentados do Recife na atualidade
surgiu em 1994, numa modesta banca de revistas. Hoje, passados 16 anos, e já com duas casas, uma em Boa Viagem e outra no Espinheiro,
o Entre Amigos integra o circuito da boa mesa
na cidade com uma receita de sucesso que alia
descontração, boa comida e profissionalismo no
atendimento.
Originalmente, vem da carne de caprino o sucesso
inicial do Entre Amigos. Atualmente, no entanto,
o cardápio dos dois restaurantes contempla,
além do bode, pratos com aves, carnes nobres
(a exemplo do filé, da picanha e da maminha) e
ainda variadas opções em frutos do mar.
Luciano Rosa. A fórmula é a mesma para todos os
restaurantes do grupo: o que vale é a receita simples, preparada da forma consagrada
e clássica, com ingredientes selecionados e
de primeira qualidade. Nada de pratos muito requintados ou caros. “Não adianta você
querer ser sofisticado, a linha nossa é essa”,
comenta Lucena.
Trabalho e visão
Severino Lucena, chamado carinhosamente de Biu
pelos amigos e funcionários dos seus restaurantes,
nasceu em Frei Miguelino e veio para o Recife aos
14 anos de idade, em 1977. Na capital, começou
a trabalhar como ajudante de cozinha na cantina
Star, juntamente com o irmão e hoje sócio, José
Inácio.
O Ilha dos Navegantes possui projeto arquitetônico de Pedro Mota. Outros arquitetos, no
entanto, trabalharam na proposta, a exemplo
de Lorena Pontual, que fez a ambientação. O
lugar tem capacidade para 300 pessoas sentadas de forma confortável. Funciona das 11h
da manhã às 2h da madrugada de domingo à
quinta. Às sextas e sábados, abre de 11h da
manhã às 4h da madrugada.
No final de 1981, o Ilha da Kosta, que então existia havia cerca de um ano no mesmo local onde
hoje se encontra, foi vendido a Biu e a José Inácio.
O antigo proprietário era o mesmo dono do Ilha de
Kos, onde Biu havia trabalhado depois da cantina,
já como garçom. “O mais difícil foi começar novo,
errando e acertando. Depois, quando adquirimos
certa experiência na gestão, o desenvolvimento
veio de forma mais constante”, diz ele.
Nos pratos principais, o bode ou suas peças mais
nobres são preparados de várias maneiras: pernil, picanha, superbode assado, aos molhos (de
hortelã, catupiry ou maracujá), ao funghi, guisado, em paelha e na buchada. O pernil do caprino, com feijão verde, arroz-de-carreteiro, batatas
aos murros, farofa de jerimum, pirão de queijo e
geléia de menta, está entre os mais pedidos.
O Ilha da Kosta II, também em Boa Viagem, foi
o segundo restaurante dos irmãos. Inaugurado
em 1984, seguiu a tendência que se instalava
no Brasil de atendimento self-service. Hoje é
anexado ao Ilha do Goiamum, aberto em 1999,
e ao Ilha Sushi, fundado em 2001 numa área
adjacente.
A lanchonete Ilha Burguer e a Ile de Crepe são os
outros dois estabelecimentos do grupo. A situação geográfica das casas, todas em Boa Viagem
e próximas umas às outras, facilita a gestão e
a logística de fornecimento. Hoje, os três filhos
de Biu trabalham nos restaurantes, bem como
um sobrinho. O grupo emprega atualmente 225
funcionários nas suas sete casas.
Fotos: Divulgação
Foto: Marcelo Marona
Nas entradas, há alternativas como caldinho
de feijoada, ensopado de caranguejo, creme de
aspargos, carpaccio de vitela, tábuas de frios e
a famosa Salada Mestre Capiba, com maionese
de batata, sardinhas à portuguesa, batata palha e verduras à Juliana. Os caldos, ensopados,
cremes, frios e saladas também são servidos em
variadas opções de ingredientes.
As demais carnes, como as aves, a bovina e a
suína, recebem influências da cozinha internacional e da regional. Assim, por exemplo, há
desde o clássico filé à chateaubriand (com arroz
à grega e batata duchese), passando pelo frango
à cubana (com peito de frango, banana à milanesa, arroz à grega e batatas fritas), até chegar
à uma suculenta picanha de porco completa (feijão, arroz, macaxeira cozida e pirão de queijo).
Ano 06 - Nº 14
Os frutos do mar seguem a tendência internacional, porém com um toque da cozinha nacional. Ao
lado de receitas consagradas, como o bacalhau à
portuguesa (posta refogada com batatas, verduras
puxadas no azeite e arroz) e o polvo à espanhola,
convivem iguarias como a nossa tradicional moqueca mista (com arroz branco e pirão) e o filé de
surubim na brasa, esse mais para um fruto fluvial
brasileiro. Na unidade de Boa Viagem, desde o começo de 2010 os clientes também têm opções da
cozinha japonesa e almoço em sistema self-service
de segunda a sexta.
Normalmente, os pratos vêm para duas ou mais
pessoas, mas há também porções individuais em
bodes, carnes, aves e frutos do mar. Nos petiscos,
a picanha de bode, o Pernil baby bode (farofa de
cenoura, cebola francesa e pirão de queijo), a calabresa com fritas e a Charque desfiada acebolada
(com pirão de queijo) estão entre os mais apreciados. Aos sábados, a feijoada do Entre Amigos tem
ganhado adeptos cada vez mais assíduos.
Fotos: Divulgação
Portfólio GB 41
Gastronomia
Esforço e dedicação
Quando, em 1994, o então garçom de churrascaria Raimundo Dantas e seu cunhado, o funcionário público Roberto Farias, compraram uma
banca de revistas em Boa Viagem, mal podiam
imaginar o que o futuro reservava para o negócio. O lugar, na mesma rua em que hoje está o
estabelecimento de Boa Viagem, começou a ser
frequentado por amigos que saiam da praia e
paravam para uma cerveja e um naco de bode
assado, então trazido da Paraíba.
Aos poucos, mais e mais gente aparecia para
provar a iguaria caprina, até então praticamente inexistente na cidade. O restante do
terreno da pequena banca foi então utilizado
para sediar um pequeno bar, que em 2000 foi
ampliado com a partir da aquisição, dois anos
antes, da casa ao lado, na esquina. Em 2003,
os sócios adquiriram o casarão onde montaram
a unidade do Espinheiro, com capacidade para
500 pessoas.
Em 2009, o Entre Amigos de Boa Viagem cresceu mais uma vez, com a aquisição de uma outra
propriedade vizinha. Com projeto dos arquitetos
Alexandre Mesquita e Alexana Vilar, os mesmos
que assinaram a unidade do Espinheiro, o estabelecimento foi também modernizado e conta com novidades como o pé direito ampliado,
grandes janelas de vidro, venezianas metálicas
Sainte Camila agrega o moderno
ajustáveis para controlar a insolação, mini-playground para as crianças, ar refrigerado na parte
inferior e mais amplitude no espaço superior. Ali,
capacidade atual é para 780 clientes sentadas.
a características já consagradas
O
bairro da Madalena possui entre suas principais
características uma localização estratégica na cidade do Recife. Estando próxima à região central,
sem, contudo, nela estar integrado, possui corredores de acesso às zonas oeste, norte e sul da capital pernambucana. É justamente ali, mais precisamente na rua José Higino, que
a GB lança o Sainte Camila, um residencial feito sob medida para
quem quer praticidade e simplicidade na vida.
Com 250 funcionários nas duas casas, entre garçons, cozinheiros, auxiliares, gerentes, caixas e
nutricionistas, os proprietários do Entre Amigos
também contam com o apoio e o trabalho dos
filhos e esposas no negócio. “Somos o que pode
ser chamada de uma empresa tipicamente familiar. Existe uma característica nos restaurantes
em geral que é a rotatividade muito grande dos
colaboradores, com a família por perto há uma
segurança maior”, comenta Roberto Farias.
A localização do Sainte Camila é privilegiada. Próxima a escolas,
restaurantes, academias, supermercados, clínicas e hospitais, o
empreendimento ficará bem perto do tradicional Mercado da Madalena, hoje transformado em atração turística do Recife.
O horário e os dias de funcionamento do Entre
Amigos, de 11h30 até o último cliente em todos
os dias do ano, com exceção da sexta-feira da
Paixão, reflete um pouco a filosofia dos proprietários. “Procuramos sempre ter muita dedicação,
e ao mesmo tempo inovar, mas mantendo a
qualidade do atendimento, porque as pessoas
procuram sempre o que é novo, mas querem o
que é bom”, diz Roberto Farias.
Num terreno com 1.598,12 m², o Sainte Camila será composto de
um pavimento semi-enterrado, um térreo, um vazado e outros 23
tipos. Em cada andar haverá três unidades de apartamento.
Nas áreas comuns haverá rampas de acesso para pedestre e outra
para veículos, hall social, guarita de segurança, central de gás, zeladoria, locais específicos para medidores, duas vagas de estacionamento por apartamento e dois elevadores de última geração.
No que se refere às atrações de lazer, destaque para a piscina com
deck e local para ducha, jardins com paisagismo, salão de festas
com sala e copa, sala de ginástica, banheiros, sala de jogos, espaço para churrasqueira, playground para bebês, playground para
crianças e mini-campo.
Os apartamentos com terminações em números ímpares possuirão
área privativa de 91,46 m². Já os de final par terão 91,57 m².
Em todas as unidades haverá sala de estar e jantar, varanda, dois
quartos sociais, banheiro social, suíte, área de circulação, quarto de
serviço, banheiro de serviço, área de serviço, cozinha e infraestrutura para air-split. Os de números pares contarão ainda com varanda
na suíte e despensa.
“O Sainte Camila é um empreendimento baseado no conceito dos
clássicos imóveis de três quartos com uma suíte, que se adequa
como poucos a diversas finalidades. Sentimos que o mercado não
deixa de procurar esse tipo de apartamento, e agregamos a essas
características já consagradas o que há de mais moderno em lazer,
paisagismo e técnicas construtivas”, comenta o diretor comercial da
GB, Durval Bacelar.
Imagem: Gabriel Bacelar
40
www.gabrielbacelar.com.br
Ano 06 - Nº 14
Embarque 43
Passado e presente
nas rotas do Orient Express
O dia 4 de outubro de 1883 marcou a inauguração
pela francesa Compagnie Internationale des WagonLits do primeiro serviço de transporte terrestre de
passageiros ligando a Europa ao Sudeste Asiático. A
idéia, materializada no Express d’Orient, foi concebida pelo fundador da empresa, George Nagelmackers.
Ano 06 - Nº 14
Inicialmente, a composição partia duas vezes a cada semana da estação
parisiense de Gare de l’Est com destino a Giurgiu, na Romênia. No caminho, passava por Estrasburgo, Munique, Viena, Budapeste e Bucareste.
Em Giurgiu, os passageiros cruzavam o Danúbio a barco
e tomavam um outro trem até Varna, onde finalmente
embarcavam em um ferry boat que os levava a Istambul
pelo Mar Negro.
O número de saídas do Express d’Orient de Paris até
Viena crescia constantemente, chegando a partidas diárias em 1885. Em 1889, a linha férrea até Istambul
foi finalmente concluída e o serviço diário de Paris foi
estendido até Budapeste. Nesse mesmo ano, o trem
passou a seguir por três vezes a cada semana de Budapeste à capital da Turquia. Em 1891, o nome dado
às composições que integravam a já famosa rota de
passageiros foi rebatizado como Orient Express.
Fotos: Divulgação
A
impressão do charme, a sensação de conforto e o sentimento de emoção foram algumas das principais características
que marcaram o legendário Expresso do Oriente desde sua
inauguração, em 1883. Mesmo tendo
suas rotas mudadas por diversas ocasiões, alguns
trajetos e reminiscências daquele que um dia foi
considerado o trem mais luxuoso do mundo ainda
podem ser usufruídos no continente europeu, mesmo
que como um reflexo do que o empreendimento realmente significou em seu passado histórico.
45
44 Embarque
Com a 1ª Guerra Mundial, o percurso do Expresso do Oriente foi interrompido de 1914 a 1918. Já em 1919, com a inauguração do túnel Simplon ligando a Suíça à Itália, uma rota alternativa para Istambul se tornou viável,
o que resultou no serviço Simplon Orient Express. Este partia de Paris e passava por Lausanne, Milão, Veneza e Trieste, de onde seguia para se alinhar,
em Belgrado, a uma outra opção de trajeto. A vantagem, para os Aliados,
era que o território alemão era evitado, ainda que a ferrovia passasse pela
Áustria, conforme assegurado pelo Tratado de Saint-Germain-em-Laye.
transporte terrestre de passageiros entre a França e a Áustria, quando usado em
conjunto com trens mais modernos. Parte diariamente da Gare de Strasborug, no
leste francês, e chega a Viena cerca de dez horas e trinta minutos depois. Há funcionários da Wagon-Lits nas composições atualmente, mas estas são operadas
pela alemã DB e austríaca OBB.
O que mais se aproxima da atualidade dos velhos e charmosos trens do Expresso
do Oriente é o serviço oferecido pela empresa Orient-Express, que em nada tem
a ver com a Wagon-Lits, e atua nos ramos de hotéis, resorts, trens, turismo e
restaurantes em todo o mundo. Apenas no Brasil, são pertencentes ao grupo o
Copacabana Palace e o Hotel das Cataratas, em Iguaçu. Em 1982, a companhia
inaugurou o roteiro Venice-Simplon Orient Express, a partir de luxuosos vagões
Pullman fabricados nas décadas de 20 e 30 e devidamente restaurados.
Nos anos 30 do século passado, ao Expresso do Oriente foi anexado ainda
um outro serviço: o Alberg Orient Express, que saia de Paris, passava por
Budapeste, Zurique e Innsbruck, de onde partiam vagões para Bucareste e
Atenas. Nessa mesma década, o Simplon Orient Express passou a atender
também a Londres, por meio de uma parceria da empresa francesa com a
inglesa British Southern Railway. A fama de um trem luxuoso que cruzava
caminhos exóticos e longínquos crescia em todo o mundo.
Fotos: Divulgação
Na 2ª Guerra Mundial, no entanto, os serviços do Expresso do Oriente,
então no seu ápice de movimentação de passageiros, foram novamente
interrompidos. Ao voltarem à normalidade, em 1945, enfrentaram outros
problemas com o fechamento de fronteiras devido a conflitos entre nações
como Iugoslávia, Grécia, Bulgária e Turquia. A Cortina de Ferro que passou
a isolar os países do Leste Europeu também prejudicou a frequência nos
velhos e charmosos trens, visto que muitas nações incentivavam a formação
de suas próprias companhias, em detrimento das locomotivas e vagões da
Wagon-Lits.
O ano de 1962 marcou o declino mais acentuado do Expresso do Oriente. A
rota original, o Alberg Orient Express e Simplon Orient Express foram todos
substituídos por um serviço mais lento e bem menos pomposo, chamado
Direct Orient Express, com partidas diárias de Paris a Belgrado, pela mesma rota do Simplon. Dali, por duas vezes a cada semana, seguia rumo a
Hoje, a Orient-Express possui roteiros por todos os continentes, inclusive
uma viagem anual pela clássica rota do Expresso do Oriente, de Paris a
Istambul, passando por Budapeste e Bucareste. A viagem dura seis dias e
cinco noites e o preço, por pessoa em cabine dupla, com refeições e apoio
de hotéis nas paradas, é de aproximadamente 9 mil dólares. Os vagões
decorados num clima Art Déco possuem requintes como cabines suítes,
salões de jantar, boutique e bares. Para mais informações, visite o site
www.orient-express.com.
Istambul e Atenas. Em 1976, o trajeto até Atenas foi abandonado. No ano
seguinte, 1977, no dia 19 de maio, o Direct partiu na última viagem da
Wagon-Lits entre Paris e Istambul pelo Expresso do Oriente.
O Expresso do Oriente já havia se tornado célebre em todo o mundo e objeto de
admiração e inspiração a artistas e escritores. Em 1932, o best seller Graham
Greene, por exemplo, publicou o livro “O Expresso do Oriente”, uma de suas
primeiras obras. Dois anos depois, Agatha Christie lançou o romance policial “Assassinato no Expresso do Oriente”, cujo protagonista, o detetive Hercule Poirot,
solucionava um crime praticado no Simplon Orient Express. Em 1974, a história
da Rainha do Crime saiu da lietratura e foi aos cinemas no filme honônimo de
Sidney Lumet, com Albert Finney, Ingrid Bergman e Sean Connery, entre outros
astros e estrelas.
Apesar dos serviços da Wagon-Lits no Expresso do Oriente até Istambul terem
sido encerrados em 1977, a malha ferroviária européia crescera de tal forma
que parte da rota original do famoso trem foi reativada e aproveitada. Até 2001,
ainda havia um serviço com o mesmo nome de Orient Express. Este ia de Paris a
Budapeste e Bucareste, de onde seguia para todo o lado por vagões de outros países operados pela Wagon-Lits. Em 2001, o trajeto já estava restrito, no entanto,
ao trecho Paris – Viena. Com a inauguração do trem de alta velocidade da TGV
entre Paris e Estrasburgo em 2007, o que sobrou do passado do Expresso Oriente
passou a atender apenas ao percurso entre Estrasburgo e a capital austríaca.
Hoje o Expresso do Oriente original, ou que dele restou, já não chega mais
sozinho ao Oriente. Mas ainda integra uma das formas mais convenientes de
Ano 06 - Nº 14
46 Especial
A
47
Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco
(Ademi) realiza a 3ª edição do
Salão Imobiliário de Pernambuco
entre os dias 10 e 14 de março, no Pavilhão do
Centro de Convenções. O evento se consolidou
como sucesso de público e vendas por reunir
num mesmo espaço as mais diversas oportunidades e facilidades para a aquisição de imóveis
residenciais e empresariais no Recife. Em 2010
ocupará uma área de 14 mil m² e contará com
a participação de 35 empresas associadas. Apenas a Gabriel Bacelar Construções, por exemplo,
apresentará quatro lançamentos de empreendimentos nos bairros de Boa Viagem, Madalena,
Jaqueira e Rosarinho.
No ano de 2009, o crescimento das vendas de
imóveis novos no mercado imobiliário em Pernambuco chegou a 31,2% em comparação a
2008, segundo dados da Pesquisa do Índice de
Velocidade de Vendas (IVV) realizada pela Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE).
O mesmo estudo mostra que o bom momento
continua: desde 1995, o mês de dezembro não
apresentava um desempenho tão bom quanto o
observado em 2009.
3º Salão Imobiliário de Pernambuco oferece
praticidade para os interessados na
diversidade e
aquisição de imóveis
Ano 06 - Nº 14
“O que nós estamos fazendo, desde a primeira
edição dessa ação coletiva de mercado, é facilitar
a aquisição imobiliária, oferecendo uma gama
variada de opções num só local e todas as informações e comparações necessárias para uma
compra segura”, comenta o presidente da Ademi
e coordenador do evento, Marcelo Gomes.
Foto: Gabriel Bacelar
É nesse contexto de otimismo que os organizadores do Salão Imobiliário de Pernambuco esperam
atrair cerca de 15 mil potenciais compradores de
imóveis em busca de boas oportunidades e facilidades. Na estrutura da exposição, por exemplo,
haverá uma área financeira com serviços de instituições como a Caixa Econômica Federal, Banco
do Brasil e Consórcio Embracon. Uma unidade
avançada do Cartório de Ofícios e Notas Ivanildo
Figueiredo, por sua vez, estará à disposição dos
interessados para agilizar a formalização dos
negócios. Praça de alimentação, espaço infantil
e posto médico com UTI móvel serão outros aspectos da infra-estrutura.
48 Especial
No ano passado, a 2ª edição do Salão Imobiliário de Pernambuco movimentou R$ 155
milhões, com 836 unidades de imóveis vendidas. Entre os destaques expostos pela Gabriel
Bacelar Construções na ocasião estavam os
empreendimentos Saint Raphael, Saint Lucia,
Giardino Beira Rio e o empresarial The Plaza.
Para 2010, a Gabriel Bacelar Construções
pretende superar o as negociações do ano passado. Para tanto, conta com os lançamentos
Saint Guilherme (3 quartos, sendo uma suíte,
no Rosarinho - matéria na página 12), Sainte
Camila (3 quartos, sendo uma suíte, na Madalena - matéria na página 41), Sainte Daniela
(3 quartos, sendo uma suíte, no Rosarinho matéria na página 31) e o Sky Boa Viagem
(4 quartos, sendo três suítes, em Boa Viagem
- matéria na página 10). Além desses projetos,
oferecerá ainda unidades de outros empreendimentos concluídos ou em andamento.
“No stand da GB, vamos oferecer o máximo
de conforto e atenção para apresentar nossos
empreendimentos ao público de forma clara e
tranquila, dirimir todas as dúvidas que possam
surgir e, naturalmente, fechar bons negócios”,
diz o diretor comercial, Durval Bacelar.
O 3ª Salão Imobiliário de Pernambuco tem
entrada franca, mas é recomendável que o
visitante faça um pré-cadastro pela internet,
no site www.salaoimobiliariodepe.com.br. O
horário de funcionamento é das 15h às 22h
nos dias 10, 11 e 12 de março, e das 10h às
22h nos dias 13 e 14.
Foto e imagens: Gabriel Bacelar
Empresa Associada
PISOS LAMINADOS - PAPEL DE PAREDE - CORTINAS - PERSIANAS
Edifício Saint Guilherme
Edifício Sainte Camila
Edifício Sainte Daniela
Edifício Sky Boa Viagem
Analice e Humberto Zirpoli
Arquitetos
Av. Conselheiro Aguiar, 1914 | Boa Viagem - Recife - PE
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51
50 Ação do Bem
Doação de medula óssea:
nada a perder e tudo a ganhar
semelhantes. No Brasil, a mistura de raças dificulta a localização de doadores, problema este que é reduzido em outros países. Devido a esse tipo
de dificuldade, foram criados em todo o mundo os Bancos de Doadores de
Medula, nos quais voluntários de todas as origens são cadastrados e tem
seus dados cruzados com os de pacientes em todo o planeta. Em 2009, o
Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) ultrapassou a
marca de 1 milhão de potenciais doadores, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (que tem 5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões).
“O REDOME é a única chance para pacientes que não encontram doadores
entre seus familiares. As campanhas espontâneas feitas em Pernambuco
ajudam, mas o ideal seria que a população unisse força para tornar o movimento isolado em algo maior, em apoio à Associação dos Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO), por exemplo”, afirmou a coordenadora da
Central de Transplantes de Pernambuco, Zilda Cavalcanti.
Para participar do REDOME, basta ter idade entre 18 e 55 anos e boa condição de saúde. O cadastro é feito com a coleta de uma amostra de sangue
(05 ml) utilizada no exame que diagnostica características genéticas importantes para a verificação da compatibilidade entre o doador e o receptor.
Depois de catalogados os dados do doador, a compatibilidade é verificada cada vez que surge um novo paciente à procura de transplante. Se há
compatibilidade, o doador será informado e consultado para decidir sobre
a doação, que é um procedimento seguro, realizado em um hospital, sob
anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que coordena o
REDOME, dos transplantes de medula realizados no ano de 2000, apenas
10% dos doadores foram brasileiros localizados por meio do sistema. Em
2009, esse percentual passou para 70%. O crescimento no número de procedimentos no Brasil entre 2008 e 2009 foi de 4,93%. Em 2008, foram
realizados 1.459 transplantes deste gênero no país, contra 1.531 registrados em 2009. Apenas em Pernambuco, no ano passado, foram 128.
Se você não puder salvar uma vida,
ao menos terá feito da tentativa a sua parte
O transplante de medula óssea é uma das mais eficientes formas de tratamento
complementar para algumas doenças que afetam as células do sangue, como
certos tipos de leucemia e a anemia aplástica grave. O procedimento, que consiste na substituição de uma medula óssea deficitária ou doente por células normais,
visando sua reconstituição saudável, também é indicado em determinados casos
de mieloma múltiplo e linfomas.
São dois os principais tipos de transplantes de medula: os autogênicos, quando o
material transplantado advém do próprio indivíduo recepetor; ou os alogênicos,
quando as células ou a medula provêm de um doador. Há ainda a possibilidade de que o procedimento seja feito a partir de células precursoras de medula
óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de um cordão
umbilical.
Para que haja um transplante bem sucedido de medula óssea, é necessária a
total compatibilidade tecidual entre o doador e o receptor. Tal compatibilidade
tecidual é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma
6. Essa análise é feita em testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de
sangue do doador e do receptor, chamados exames de histocompatibilidade. As
chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (de mesmo pai
e mesma mãe) vão de 25% a 30%.
Caso não haja um doador entre irmãos ou parentes próximos, como um dos
pais, as chances caem para 1 em cada 100 mil potenciais doadores e a solução
normalmente é a pesquisa por um indivíduo compatível entre os grupos étnicos
Os transplantes de medula óssea em Pernambuco são realizados desde setembro de 1999. Hoje, há dois espaços do Sistema Único de Saúde (SUS)
com essa finalidade, dispondo de 20 leitos: a Fundação de Hematologia e
Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e o Real Hospital Português (RHP).
Até o momento já ocorreram mais de 800 transplantes de medula no Estado. A média mensal atual é de cerca de dez procedimentos, o que posiciona
Pernambuco no 4º lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo,
Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Fotos: Divulgação
D
oar é um exercício de compaixão e de amor ao ser humano. Seja
ao ceder um bem material, um tempo, um sorriso, uma atenção
especial, seja na concessão de uma parte de seu próprio corpo, o
gesto é sempre gratificante para quem o pratica e, muitas vezes,
vital para o que dele se beneficia. A doação de medula óssea para transplantes
mostra que o pernambucano está a cada dia mais consciente da importância
desse ato. Empresas, governos e a população em geral têm contribuído de forma
crescente para diminuir o sofrimento e a espera de milhares de enfermos por um
procedimento que, embora simples, pode salvar suas vidas.
Os habitantes do Recife que desejam se candidatar a doadores de medula,
podem procurar O laboratório HLA Diagnóstico, que fica na Rua Gonçalves Maia,
113, na Boa Vista, ao lado do Consulado Americano. Para mais informações, os
interessados devem entrar em contato com a instituição pelos telefones (81)
3421.3387 e 3423.5156, ou pelo e-mail: [email protected].
Ano 06 - Nº 14
53
Moda
O
s grandes eventos de moda que lançam tendências no Brasil trouxeram para o próximo inverno, a
sisudez e a seriedade, marcando a maior parte dos desfiles, arriscando em cortes austeros, modelagens rígidas e styling seco na passarela. As tendências, porém, estavam todas lá. Com mangas
que insistem em ser vedetes, pernas ainda de fora em comprimentos curtíssimos disfarçados em meias-calça
de todos os tipos, brilhos e mais brilhos e tudo o mais que a imaginação dos estilistas permitiu ousar. Novos
tempos e novos rumos, com uma moda mais duradoura, com pitadas aqui e ali de fantasia.
Mangas, mangas e mais mangas
Na cola dos lançamentos e tendências internacionais, amar as mangas sobre todas as coisas é o mandamento principal. Retas e futuristas (apareceram nas grifes Reinaldo Lourenço e Osklen), arredondadas e bufantes, (Alexandre Herchcovitch, Samuel Cirnansck e Ronaldo Fraga), sutis e elegantes
(Huis Clos) e até mesmo imensas e alegóricas como o desfile da Amapô e
André Lima, as mangas são definitivamente o destaque desta estação.
Inverno 2010,
com jeitinho brasileiro
Comprimentos curtos
Toda a sensualidade que restou à moda do próximo inverno ficou focada nas
pernas nuas, com os comprimentos curtíssimos da estação. Não é novidade,
mas é moda que continua. Prepare-se e não cobice as pernas alheias, ainda
dá tempo de deixar as suas coxas firmes para a estação mais fria. Para
ajudar no visual, lance mão das meias-calça que vieram fortes, também.
Efeito meia-calça
Para ajudar quem não tem mais 15 anos ou está um pouco acima do peso,
sim, porque para quem estiver muito acima do peso, talvez não seja uma
solução, as meias-calças apareceram aos montes. Coloridas, estampadas,
Fotos: Divulgação
52
Ano 06 - Nº 14
trabalhadas e com brilho. As leggings também estiveram muito presentes
nas passarelas, e contrabalanceiam os volumes da parte superior do corpo.
Texturas mil (lãs, tricôs, rendas, peles falsas e neoprene)
Ainda refletindo as influências dos desfiles internacionais, as matériasprimas usadas nas confecções das peças primam por expressar qualidades
táteis diversas, exploradas na multiplicidade de aspectos têxteis e suas
misturas. O material mais importante foi a lã, que apareceu em diversas
formas: pesada ou leve, em “tweeds” ou feltros, e com tratamentos, como o
metalizado. O tricô, herói da semana carioca, também esteve presente nas
passarelas de São Paulo. As rendas e transparências também tiveram papel
importante nos desfiles mais glamourosos, assim como as peles, que cumprindo com o mandamento “não matarás”, foi toda sintética. Mas, o couro
está forte na estação e apareceu trabalhado e vazado. O veludo molhado
também apareceu, porém, causou alguns “muxoxos”. Os bordados pesados causaram emoção, mas dificilmente serão produzidos para a venda.
Os materiais também vieram com pegada tecnológica e esportiva, sendo
o neoprene o material da hora. Materiais inusitados como cadarços e as
experimentações têxteis também foram vistos.
54
Moda
Brilhos
Seguindo a cantilena internacional, os brilhos foram vedetes das passarelas.
Afora aqueles que são continuidade de outras estações, como os cetins, os
paetês e os metalizados. O que “causou” mesmo nas passarelas foram os
brilhos pesados, de pedras ou de cristais.
Momento Vestido
O vestido imperou como peça mais importante das coleções. É certo que as
saias também marcaram presença forte, mas o objeto de desejo da maioria
dos fashionistas ao sair dos desfiles era mesmo o vestido. Amplo, assimétrico, volumoso, com babados ou drapeados, surgiram curtos ou na altura do
joelho, dando uma opção a quem não quer mostrar muito as pernas.
Militar + esportivo
As modelagens e detalhes do vestuário militar continuam a sustentar as
linhas de alfaiataria e de sarja da maioria das coleções. Agora elas aparecem misturadas com recortes de esporte, notadamente os de mergulho e o
de ciclismo.
Ankle boots
As ankle boots também estão dando um novo rasante nas passarelas, depois de terem aparecido há algumas estações. Cuidado com elas, pois não
favorecem muito a silhueta.
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Fotos - Hermes: Divulgação / Made in Brazil: BR Press
Hermés no Brasil, Luxo e Sofisticação
Uma das marcas que mais concentram o conceito de luxo no mundo e despertam, hoje, o desejo de muitos pode ser visitada em São Paulo. No espaço de 169 m², no Shopping Cidade Jardim, os brasileiros vão encontrar as
17 linhas de produtos da grife francesa, inclusive, segundo a assessoria de
imprensa da grife, os produtos carro chefe da marca. O projeto arquitetônico é assinado pela agência parisiense RDAI, responsável por projetar as
lojas da marca em todo o mundo. Reconhecida internacionalmente pela
produção de artigos de luxo, a marca foi fundada por Thierry Hermès, em
Paris, em 1837, como uma oficina de arreios. Em 1880, quando o filho do
fundador assumiu o controle da empresa, a Hermès foi uma das pioneiras
Made In Brazil
As fitinhas coloridas do Nosso Senhor do Bonfim agora enfeitam também os braços dos europeus, que aderiram as pulseirinhas de tecido como um novo hit entre os fashionistas. De
acordo com o Jornal “O Estado de São Paulo”, de 4 de março,
as fitinhas, conhecidas na França como “porte bonheur”, podem desembarcar em dois templos da moda parisiense, uma
loja de departamentos e uma butique caríssima. Os paninhos
baianos acabaram supervalorizados por vendedores de lojinhas badaladas de Paris e Londres. Seu preço pode variar de
0,50 euro (R$ 1,20) a 5 euros (R$ 12,20). Customizadas, são
vendidas com o apelo “desenho Saint-Tropez”, em lojas como
a Spirit Wire, na Côte d’Azur, entre 11 euros (R$ 26,90) a 25
euros (R$ 61,10).
a se estabelecer na Rue du Faubourg Saint-Honoré, onde está localizada
até hoje, endereço das mais sofisticadas lojas da cidade e da residência
oficial do presidente da França. Os 172 anos que se passaram desde o
surgimento da Hermès a consolidaram como uma grife famosa pelos couros,
pelas estamparias e pela alta qualidade de produção de suas peças. Suas
bolsas, lenços e gravatas de seda, por exemplo, se destacam como ícones
de elegância e bom gosto. Os responsáveis pela criação na marca são os
estilistas Jean Paul Gaultier, desde 2004, à frente do feminino, e Veronique
Nichanian, desde 1988, uma das poucas mulheres no mundo da moda a
comandar a criação masculina de uma grande marca.
Fotos: Divulgação
56 Novidades
Carteira Vivienne Westwood
Vermelha e em couro, a carteira de bolsa de Vivienne Westwood faz
qualquer fashionista perder a cabeça. Com acabamento perfeito e símbolos de realeza, a carteira possui espaço para talão de cheques, notas
e documentos. Preço: $ 170
Jaqueta militar Balmain
Mais uma vez, Balmain define o tom para a
temporada com jaqueta militar fabulosa em
denim preto. O casaco tem múltiplas ferragens e fechos de correr. Preço: $ 4.120
Ano 06 - Nº 14
Boné Eugenia Kim
Trazer um ar de vintage é a marca das coleções de chapéus e
bonés de Eugenia Kim. Na foto, boné com couro revestido de
seda artesanal com cinto e fivela em bronze. Preço: $ 195
Vestido Stella McCartney
Stella McCartney traz este vestido em preto e branco listrado
feito de lã de algodão puríssimo que também pode ser usado com calças skinny. Com o tricô em alta, a estilista lança
coleção de peças para o inverno. Preço: $ 895
Fitness 59
58 Importados
Óculos Victoria Beckham
Victoria Beckham estreia com luxo em seus acessórios de moda com os óculos gato em acetato transparente e insere sua marca em “V” nos detalhes
do braço, registrando sua personalidade, marca de
sucesso. Preço: $ 495
Sandália Diane von Furstenberg
Diane von Furstenberg eleva às alturas os sonhos das mulheres com alongamento e estilo.
A gladiadora de pelica se adéqua às mais diversas ocasiões sociais e executivas passeando
entre terninhos e shorts sem a menor cerimônia.
Preço: $ 295
Anel Roberto Cavalli
O fabuloso anel em ouro tom bronze gravado com grande pedra coral dispensa comentários. Uma peça eterna,
moderna em suas linhas e com meticuloso trabalho de
gravação fazem parte da coleção do renomado estilista.
Preço: $ 340
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação
Bolsa Mulberry
A inglesa Mulberry foi fundada em 1971 e ganhou aclamação mundial
por sua produção perfeita nos detalhes. Aproveitar a habilidade dos
artesãos locais e utilizando uma vasta gama da mais alta qualidade
de couros e peles exóticas, é uma marca da Mulberry na sua linha de
bolsas elegantes, como o Bayswater e Roxanne, que ganharam status
fashion clássico. Preço: $ 1.150 (Bayswater).
Treino Intenso
O melhor tênis para exercícios intensos. O Optigon 2 da Adidas oferece o que existe de mais moderno em estabilidade e
desempenho. O FORMOTION™ proporciona liberdade para
movimentos velozes e estáveis, e a entressola fitFOAM™ se
ajusta perfeitamente aos pés.
Africa Fan Shoulder Bag
Com projeto desenvolvido e realizado com materiais tecnológicos de
última geração, os sacos Fan usam aplicativos gráficos elaborados com
apoio dos símbolos nacionais de países africanos.
Ano 06 - Nº 14
Clima Cool
Conforto com frescor e respirabilidade é o conceito por trás da
camiseta sem manga Clima 365 da Adidas. Com uma malha que
proporciona maior ventilação e Clima Cool respirável, ela mantém a pele seca, confortável e com mais energia no momento em
que o treino fica mais intenso.
v1.10 Ball
A alta performance da bola foi desenvolvida para o relevo sintético e
pisos duros. O sistema closed-cell que apresenta um amortecimento com
aderentes microcelulares acrescenta jogabilidade ao produto. Oferece
também proteção à superfície do PU, reduzindo o desgaste e prolongando a vida da bola. A construção handstitched proporciona um desempenho profissional e garante uma reação explosiva fora do pé.
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Encontre
Hoteis com
Design
C
om opções para todos os bolsos e gostos, hoje a hospedagem
em hoteis de design tornou-se um hábito de quem gosta
de agregar valor à sua passagem pelas cidades do mundo.
Hospedar-se em hoteis de design torna-se uma aventura de
bom gosto e conhecimento da cultura arquitetônica de profissionais que
Fotos: Divulgação
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se especializaram nesse nicho de mercado. De objetos de arte e design a
mobiliário especialmente escolhido, passando por suítes diferenciadas, a
experiência torna-se um valor a mais para quem gosta de viajar. Apresentamos seis hoteis, em alguns lugares do mundo, para você escolher. Tenha
uma boa viagem.
Costa Lanta
A 70 quilômetros da província de Krabi, na Tailândia, o resort deixou de lado o luxo ostensivo
para dar vazão ao conceito casual-chic planejado pelo arquiteto tailandês Duangrit Bunnag.
As 22 acomodações foram projetadas em linha
reta, como grandes caixas abertas, com janelas
retráteis, permitindo que a iluminação e a ventilação fossem abundantes, sendo discretamente
posicionadas na parte de trás do hotel, numa
área privativa cercada por árvores nativas e
interconectadas por pontilhões de madeira. Em
cada uma das instalações, para suavizar as altas
temperaturas, Bunnag também inseriu materiais
leves e ecologicamente corretos, como o piso de
concreto polido, as madeiras extraídas de regiões
de manejo sustentável e a coloração branca, livre de pigmentos nocivos ao meio ambiente. O
restaurante ocupa um dos bangalôs com vista
privilegiada para o mar, onde são servidos pratos
bem elaborados da culinária natural.
www.costalanta.com
The Henry Jones Art Hotel
Uma propriedade restaurada com a
supervisão do urbanista Brian Risby, localizada na cidade portuária
de Hobart, na Tasmânia, Austrália
(fundada em 1820 com armazéns
enfileirados e uma fábrica de geleias), deu lugar ao Henry Jones Art Hotel. Nesse
processo, muitos elementos da estrutura original
foram recuperados e depois usados como alicerce no novo empreendimento. Tijolos, objetos e
até uma escada centenária foram integrados à
decoração assinada pelo escritório local MorrisNunn & Associados. Muitas paredes saíram de
cena dando lugar às divisórias de vidro, outras
ganharam pinturas alegres, com tons amarelos e
vermelhos marcantes. Os 50 quartos são amplos,
avarandados e convidativos. Os móveis são do
designer Kevin Perkins, que nasceu na região. Ele
utiliza materiais naturais e de texturas suaves.
O hotel também possui áreas sociais planejadas
para atender seu público eclético. No restaurante
Atrium, o romantismo envolve as mesinhas colocadas ao ar livre, já no Henry’s Harbourside,
a informalidade dita o toque contemporâneo às
especialidades da cozinha australiana.
www.thehenryjones.com
Art’otel Budapest
Design e história pontuam essa iniciativa pioneira, inaugurada em 2000, localizada às margens
do rio Danúbio e a poucos passos do parlamento
húngaro, em Budapeste, Hungria. Os quatro
prédios de estilo barroco, construídos no século
18 e com sete andares cada, foram restaurados
e integrados à nova proposta. Com um quê de
galeria, os espaços de circulação ganharam 579
obras do acervo do artista contemporâneo norte-americano Donald Sultan. Nas 165 suítes,
ricamente concebidas, o conforto atemporal e os
hits tecnológicos estão em perfeita consonância.
Com serviços de ponta, o hotel oferece ainda sete
salas, num total de 350 m², para conferências e
reuniões corporativas, amparadas por ambientes
exclusivos para degustar uma xícara de café e
conferir os e-mails.
www.parkplaza.com/artotelbudapesthu
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Encontre
Fotos: Divulgação
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Jia Boutique
Localizado em Hong Kong, na China, o Jia Boutique foi
aberto, em 2004, pelo empresário Yenn Wong e contou
com a expertise de Philippe Starck, que assinou a arquitetura, o mobiliário e os acessórios. Nesse endereço, o briefing
priorizou a natureza e a sustentabilidade como temas principais, alinhavando a forma e o conforto. Numa única torre
de 25 andares, com 54 quartos, cozinha contemporânea,
lobby, salas comuns e áreas privativas com alta tecnologia,
a equipe da Yoo Design Studio, by Starck, foi encarregada
de aplicar o estilo de vida sofisticado europeu ao corre-corre
costumeiro dos asiáticos. O desenho limpo, as cores claras
e as soluções embutidas – minimalismo total – são vistos
nas duas coberturas de mais de 1.500 m². Nos dormitórios,
o branco se tornou escape para a agitação, mesmo esforço
adotado nas salas de banho feitas de mármore. De tão exclusivo, o hotel foi eleito o melhor na categoria design do
continente asiático.
www.jiahongkong.com/JIA.html
Murano Marrakesh
Cravado num pedacinho do deserto do Marrocos, entre frondosas
árvores, está o Murano Resort. A dupla francesa Christine Derory
e Raymond Morel adotou a sensibilidade do design europeu para
criar 30 quartos e outros ambientes modernos e acolhedores. A
estética regional não foi esquecida e é preservada em todos os
lugares. A fachada mourisca manteve o vermelho típico e o arqueado oval das janelas. Dentro, as paredes levam estuque branco
para minimizar os graus elevados do exterior, mas para quem não
resiste ao calor escaldante, a dica é aproveitar a piscina e toda a
estrutura que o bar oferece. Por sinal, as peças dessa parte do hotel
foram desenhadas pela agência francesa La Cox e produzidas com
as mais avançadas técnicas do mercado pela indústria da região.
Os itens ganharam versão especial para se encaixarem no décor
tradicional do restaurante.
www.muranoresort.com
Hotel Fox
O hotel design inaugurado, em 2005, em Copenhague, na Dinamarca, apostou na curadoria de Die
Gestalten Verlag para garimpar o inventismo de 21
jovens talentos das artes gráficas, da ilustração e do
grafite mundial. O objetivo foi se diferenciar no meio
da multidão. O resultado foi uma composição nada
habitual, que estampa o estilo de vida peculiar da
capital dinamarquesa. Na região do Hall Square,
os 61 apartamentos exibem interiores singulares,
precedidos pelo lounge encantador. No check-in, os
hóspedes são apresentados ao conceito do empreendimento e escolhem uma das suítes disponíveis através do sinal de “não perturbe”. Cada ambiente conta
com uma decoração exclusiva, indo da art déco aos
mangás japoneses. No restaurante de Anders Barsoe,
uma série de sofás rebaixados obriga a algumas
acrobacias antes de provar as versões repaginadas da
culinária local.
www.hotelfox.dk
Ano 06 - Nº 14
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64 Cronograma de Obras
Fotos e Imagens: Gabriel Bacelar
P
ensando na comodidade
e no conforto de seus
clientes, a construtora
Gabriel Bacelar permite
o acompanhamento do estágio das
obras dos empreendimentos através do
site www.gabrielbacelar.com.br. Para
os interessados em visitar as obras, é
necessário apenas agendar a visita,
que acontece sempre às quintas-feiras,
das 7h30 às 11h30, junto ao Serviço
de Atendimento ao Cliente GB, através
do fone (81) 3366.3000 ou e-mail
[email protected].
LEGENDA DE SITUAÇÃO
Lançamento
Fundação
Estrutura e Alvenaria
Acabamento
Gran Parc Rosarinho
04 quartos (2 suítes) - 115,08m² ou
03 quartos (1 suíte) - 95,69m²
Rua Amaro Coutinho, 623
(esquina com a Av. Santos Dumont)
GB Living Club Espinheiro
Saint Raphael
03 quartos (1 suíte) - 60m²
Rua Gomes Pacheco, 382
(esquina com a Rua Marquês do Paraná)
03 quartos (1 suíte)
90,49m²
Rua José de Holanda, 425 – Torre
The Plaza
Escritórios Automatizados
32 a 418m²
Rua General Joaquim Inácio,
830 – Ilha do Leite
Giardino Beira Rio
04 quartos (2 suítes)
133,00m²
Av. Beira Rio, 80 – Madalena
Unique
Boulevard Residence
Saint Lucia
Jardins
Gran Parc Jaqueira
03 suítes (02 reversíveis
e 1 master com varanda) - 95,60m²
Rua Carlos Pereira Falcão, 82 – Boa Viagem
02 quartos (1 suíte)
51,88m² a 54,82m²
Rua Professor José Brandão, 410 – Boa Viagem
03 quartos (1 suíte)
104,99m²
Rua Barão de Itamaracá, 430 – Espinheiro
04 suítes (01 master)
200,44m²
Rua Padre Roma, 291 – Jaqueira
03 quartos (1 suíte)
100,88m²
Rua Dr. José Maria, 900 – Jaqueira
Ano 06 - Nº 14
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MUSEUS GUGGENHEIM