CARMO, Ariene S; MACHADO, Clesiane H; VIEIRA, Ana Luiza S; HORTA, Paula M; LOPES, Aline CS.
Orientadora: SANTOS, Luana C (Escola de Enfermagem da UFMG - Departamento de Enfermagem, Materno-Infantil e Saúde)
FUMP – Fonte financiadora: FAPEMIG
Escolhas alimentares: processos complexos, influenciados
por fatores ordem biológica, cultural, comportamental e
socioeconômica.
Renda influenciou o padrão alimentar e o aporte nutricional
da dieta (Tabela 1) corroborando achados nacionais10,11.
Tabela 1-Associações e correlações encontradas entre consumo
alimentar e renda de usuários de um Serviço de Promoção de Saúde.
Belo Horizonte/MG, 2011.
Renda familiar¹.
Analisar a influência da renda sobre o consumo alimentar
de usuários de um Serviço de Promoção à Saúde.
Estudo transversal → usuários atendidos em um Serviço
de Promoção à Saúde de Belo Horizonte/MG → Academia da
Cidade, entre agosto de 2009 a julho de 2011 → Atividade
física orientada e acompanhamento nutricional gratuito².
Primeiro atendimento com a Equipe da Nutrição no
momento do ingresso do serviço → Questionário pré-
Maior consumo diário de frutas no 3º quartil de
renda (78,1%), em comparação ao 1°e 2º quartil,
60,3% e 50,7%, respectivamente.
Associação linear entre o consumo diário de
derivados de leite e renda.
p=0,022
p=0,005
Renda per capita x conteúdo de proteínas (%).
r=0,138; p=0,008
Renda per capita x conteúdo de lipídeos totais
(%).
r=0,121; p=0,039
Renda per capita x conteúdo de carboidratos (%).
r=-0,232 p<0,0001
Renda per capita x conteúdo de ácidos graxos
insaturados (%).
r=0,161; p=0,006
Renda per capita x teor de cálcio.
r=0,136; p=0,020
testado3:
• Sociodemográficos e econômicos (sexo, idade, anos de
estudo, renda per capita);
• Perfil de saúde: doenças referidas;
• Antropometria: Índice de Massa Corporal – IMC4,5
• Consumo alimentar: Questionário de Frequência Alimentar
e Recordatório Alimentar 24 horas.
Análise estatística → Análise descritiva, Correlação de
Sperman, Teste Qui-quadrado e Exato de Fischer.
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versão 17.0. Nível de significância: 5% (p < 0.05).
Amostra: 301 usuários, 91,7% mulheres, com 50,71±13,1
anos, 8 (IC 95%: 0-20) anos de estudo e R$466,66 (85,002.335,00) de renda per capita.
Inferior a população de Belo
Horizonte6.
 Alta prevalência de Hipertensão Arterial
Sistêmica
(42,9%), Diabetes Mellitus (13,0%) e de Dislipidemias
(28,8%) → maior que a encontrada na população brasileira7,8.
 Elevada prevalência de excesso de peso em adultos
(79,7%) e idosos (67,1%) → superior aos dados da Pesquisa
de Orçamentos Familiares (POF) 2008-20099.
 Imposição de restrições econômicas ao custo da
alimentação: dietas com ↓ participação de frutas e ↑
densidade energética (principalmente pelo alto teor de
cereais processados e açúcar)¹.
Importância de concessão de incentivos econômicos ao
consumidor, reduzindo os preços de alimentos saudáveis em
relação a preços de alimentos não saudáveis1.
Influência da renda no consumo alimentar dos usuários
Importância de intervenções de incentivo a
alimentação de baixo custo e alta qualidade nutricional em
Serviços de Promoção da Saúde.
1.
Claro RM, Monteiro CA. Renda familiar, preço de alimentos e aquisição domiciliar de frutas e hortaliças no Brasil. Rev
Saúde Pública 2010;44(6):1014-20.
2. Dias MAS, Giatti L, Guimaraes VR, Amorim MA, Rodrigues CS, Lanski S, et al. BH- Saúde-Projeto Promoções de Modos
de Vida Saudáveis. Pensar BH/Política Social. 2006; 16: 21-24.
3. Lopes ACS; Ferreira AD, Santos LC. Atendimento nutricional na Atenção Primária à Saúde: Proposição de protocolos.
Nutrição em Pauta. 2010; 18(101): 40-44.
4. Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care 1994; 21(1): 55-67.
5. WHO - World Health Organization. Physical Status: The use and interpretation of anthropometry. Technical Report
Series no. 854. Geneva, 1995. 452 p.
6. Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Principais destaques das regiões metropolitanas: Pesquisa Mensal de Emprego. Rio de Janeiro, 2006. 7 p.
7. BRASIL – Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2009 – Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças
crônicas por inquérito telefônico. Brasília, 2010. 112 p.
8. BRASIL – Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2010 – Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas
por inquérito telefônico. Brasília, 2011, 153 p.
9. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa de Orçamento Familiares 2008-2009:
Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro, 2010. 130 p.
10. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa de Orçamento Familiares 2008-2009: Análise
do consumo alimentar pessoal no Brasil. 2010. 54p.
11. Levy-Costa RB, Sichieri R, Pontes NSP, Monteiro CA. Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil: distribuição e
evolução (1974-2003). Rev Saúde Pública. 2005; 39 (4): 530-540.
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