FOL • Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP
Revisão de Literatura / Bibliography Review
LIGAS ALTERNATIVAS PARA
RESTAURAÇÕES METÁLICAS FUNDIDAS
ALTERNATIVE ALLOYS FOR METAL CASTING
CARLA PEREIRA SANTOS PORTO
Mestre em dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP
ROSANA APARECIDA PEREIRA
Mestre em dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP
PAULO AFONSO SILVEIRA FRANCISCONI
Professor doutor do Departamento de dentística, endodontia e materiais
dentários da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP
RESUMO
ABSTRACT
Este trabalho apresenta uma breve revisão de literatura
sobre os sistemas de ligas alternativas mais utilizados
em restaurações metálicas fundidas. Ele demonstra
que, apesar das limitações delas, quando comparadas
às ligas áureas, se houver um planejamento correto e
cuidados clínicos e laboratoriais, elas apresentarão um
comportamento clínico satisfatório.
This works show a short review of literature of the
alternative alloys systems more often utilized in
casting metal showed that despite the your limitations
when compared to golden alloys, if a correct planning
and special clinical and laboratorial care are
undertaken, these alloys will present a satisfactory
clinical behavior.
UNITERMOS: LIGAS ALTERNATIVAS – LIGAS ÁUREAS –
RESTAURAÇÕES METÁLICAS FUNDIDAS.
UNITERMS: ALTERNATIVE ALLOYS – GOLD ALLOYS –
METAL CASTING.
Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 18 (1): 51-56, 2006
51
As restaurações metálicas fundidas (RMFs)
são empregadas na odontologia desde fins do
século XIX. Representam, portanto, um procedimento restaurador muito importante para tratar dentes com amplas destruições coronárias,
que não permitam uma restauração direta com
amálgama ou resina, devolvendo, assim, a forma e a função na dinâmica mastigatória.15, 18
Há muitos anos, as RMFs são realizadas
com ligas de ouro, que vêm desempenhando
excelente função nos trabalhos restauradores
em odontologia, pois apresentam propriedades físicas, mecânicas, químicas e biológicas
perfeitamente compatíveis com a sua utilização na cavidade oral, obedecendo as especificações da norma n. 5 da American Dental
Association (ADA).1 Porém, em razão do alto
custo do ouro, surgiu no comércio odontológico uma grande quantidade de ligas metálicas alternativas. Os processos de fundição
e manipulação dessas ligas vêm evoluindo
com o tempo e, nos dias de hoje, dispõem-se
de recursos que possibilitam a obtenção de
restaurações precisas. Por outro lado, parece não haver consenso entre pesquisadores
quanto às suas propriedades, não existindo
ainda uma fórmula que possa substituir com
vantagens as ligas áureas.2, 7, 15
Existe diferença significante entre um
material substituto e um alternativo. O substituto ocupa o lugar de outro, tendo comportamento clínico similar àquele, ao passo que
o alternativo permite a escolha entre dois ou
mais materiais com algumas restrições quanto à sua indicação. As ligas de metais não
nobres são alternativas às ligas áureas, reduzindo, assim, o custo de tais restaurações e
tornando-as mais democráticas.15, 16
O presente trabalho tem por finalidade
revisar a literatura e sugerir a correta indicação das ligas alternativas mais utilizadas
em RMFs, de modo que o cirurgião-dentista possa relacionar, entre elas, a que mais se
adeque à restauração a ser realizada.
REVISÃO
52
DE
LITERATURA
As primeiras restaurações fundidas do
tipo MOD foram desenvolvidas, em 1935,
por Murphy, que fabricava incrustações em
porcelana, mas a primeira incrustação metálica fundida foi realizada por Philbrook,
cuja técnica foi descrita em 1897.18 Segundo
Bremmer,3 após a introdução da técnica de
cera perdida, por Taggart, em 1907, ocorreram
grandes avanços nos materiais e nas técnicas
de confecção, e, assim, as restaurações metálicas fundidas ganharam maior popularidade.
Em 1915, Silbermam21 justificou a necessidade de substituir as ligas com alto teor
de ouro, usadas em prótese dental, por outras, com menor conteúdo desse metal e de
custo mais baixo (cobre, zinco e prata), com
o intuito de atender pacientes menos favorecidos economicamente. A mesma preocupação de reduzir tal valor levou Roebuck,19
no mesmo ano, a descrever a primeira liga
à base de alumínio como possível substituta
das de ouro para incrustações fundidas.
A evolução das ligas metálicas para fundições odontológicas tem sido influenciada
sobretudo por três fatores: os avanços tecnológicos das próteses dentárias, os avanços no
campo da metalurgia e as mudanças no preço dos metais preciosos a partir de 1968.11
O mercado odontológico apresenta, atualmente, grande variedade de ligas não áureas, tanto de fabricação nacional quanto importada, usadas como alternativas. Elas são
complexas e com procedimentos laboratoriais
críticos que requerem mais precisão do que as
ligas de ouro, especialmente durante os processos de fabricação e fundição. Portanto, a
escolha pelo dentista do laboratório e do técnico pode ser mais importante do que a opção
pela própria liga.15, 16 Deve-se conhecer as propriedades físicas das ligas metálicas para nortear a sua indicação, a quantidade de desgaste
dentário necessário e a espessura da peça protética. Distinguir sobre a dureza, resiliência,
resistência, limite de elasticidade, módulo de
elasticidade (módulo de Young), ductibilidade
e índice de contração possibilita a utilização
dessas ligas como alternativas às áureas.16, 13
A atenção a todos os detalhes técnicos
específicos para cada liga e a todos os princípios básicos de inclusão, fundição (maçarico,
gás-ar, máquina elétrica e/ou indução), regulagem da chama do maçarico, acabamento
e polimento das restaurações obtidas faz-se
necessária para conseguir as melhores propriedades a serem oferecidas pelas ligas alternativas.15 Estas são classificadas em três
categorias principais: ligas com baixo teor
de ouro, ligas à base de prata-paládio e ligas
de metais comuns (níquel-crômio, estanhoantimônio, cobre-alumínio, cobre-zinco, cobre–níquel e prata-estanho).
Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 18 (1): 51-56, 2006
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INTRODUÇÃO
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TABELA 1. CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS ÁUREAS DE ACORDO COM A DUREZA.
Tipo
Ouros e metais do grupo
da platina (%) mínima)
Dureza Vickers
mínima
Dureza Vickers
máxima
I Macia
83
50
90
II Média
78
90
120
III Dura
78
120
150
IV Extradura
75
150
-
Segundo a especificação n. 5 da ADA,
elas qualificam-se, de acordo com a dureza
Vickers, em quatro tipos, seguindo a especificação estabelecida anteriormente para as
ligas áureas que, hoje em dia, abrange também as ligas alternativas (tab. 1).1
Uma liga classificada como tipo I (macia) é indicada para restaurações submetidas
a pequenas tensões; a de tipo II (média), para
restaurações submetidas a tensões moderadas; a de tipo III (dura), para situações de alta
tensão; e a de tipo IV (extradura), para situações de extrema tensão em próteses fixas.9
LIGAS
À BASE DE PRATA
Ligas de prata-cobre, prata-estanho,
prata-platina e prata-paládio foram inicialmente testadas na forma de ligas binárias ou
modificadas com ouro ou cobre.
1. LIGAS DO SISTEMA PRATA-PALÁDIO
As primeiras ligas formuladas nos Estados Unidos para incrustações foram patenteadas por Taylor, em 1935.15 As de prata-paládio, sem cobre, podem conter de 70% a 72%
de prata e cerca de 25% de paládio. Possuem
propriedades semelhantes às ligas de ouro tipo
III, mas são mais duras e menos maleáveis.
As temperaturas de fundições recomendadas
pelos fabricantes encontram-se por volta de
1.040°C a 1.180°C. Outras ligas com base
em prata podem conter 60% desse elemento, 25% de paládio e cerca de 15% de cobre,
sendo que, nesse caso, suas propriedades se
aproximam das ligas de ouro tipo IV.10
No estado fundido, elas absorvem rapidamente e interagem com gases atmosféricos, resultando em fundições porosas. Para
contornar tal inconveniente, são exigidos a
utilização de compostos fosfatados e o uso
de equipamentos especiais para fundições.
A fundição é mais correta quando feita com
maçarico gás (butano)-oxigênio. RecomenRev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 18 (1): 51-56, 2006
da-se o uso de bórax (borato de sódio) como
fundente para prevenir a excessiva oxidação
das ligas durante a fusão.10, 15
Essas ligas podem apresentar percentuais metálicos diferentes em sua composição,
de forma que, nos sistemas que prevalecem
o paládio (50% a 60%), estas são indicadas
para restaurações metálo-cerâmica; já nos
sistemas em que prevalecem a prata (60% a
70%), serão indicadas para restaurações metálicas fundidas.10, 12
As ligas com maior porcentagem de paládio são mais resistentes.4, 12, 15 Estas, dentre as
ligas alternativas, atendem de modo satisfatório
às exigências clínico-protéticas, por isso, estão
indicada para restaurações metálicas fundidas,
metaloplásticas, metálo-cerâmica (paládioprata), pinos metálicos e próteses fixas.6, 12
2. LIGAS DO SISTEMA PRATA-ESTANHO
As ligas de prata-estanho são largamente
utilizadas, tanto nos Estados Unidos quanto
no Brasil, sobretudo em restaurações unitárias, por sua vantagem econômica.15, 16 Podem
ser divididas em dois grupos: um contendo
somente prata (71% a 81%) e estanho (5% a
25%); outro também com cobre, introduzido
para melhorar as propriedades mecânicas e a
porcentagem de alongamento (4% a 6%).15, 16
Analisando a estrutura de uma liga desse sistema, pesquisadores alertaram para a
sua heterogeneidade como fator que favorecia a corrosão. O estanho é um metal instável
e aumenta a probabilidade de oxidação da
liga.5 Já quanto ao aspecto da dureza Vickers,
ao apresentar cobre em sua composição, possuem valores semelhantes às ligas de ouro
tipo III e, quando não, comportam-se como
as ligas de ouro tipo I, sendo aconselhadas
em restaurações metálicas fundidas, em que
não haja grande esforço mastigatório.16, 20, 22
Apresentam também alto teor de estanho, o que confere alta adesão aos cimentos
53
LIGAS
DE ESTANHO-ANTIMÔNIO
As ligas de estanho-antimônio foram
usadas com pequeno sucesso em incrustações e próteses fixas, pois revelaram-se quebradiças, sofriam descolorações e possuíam
baixa resistência.15, 16 Não são mais utilizadas,
pois não apresentam condições estabelecidas
pela norma n. 5, da ADA.
LIGAS
À BASE DE COBRE
As ligas à base de cobre foram sugeridas, testadas e avaliadas clinicamente para
uso odontológico desde as décadas de 30 e
40, na Europa e nos Estados Unidos. As atuais, à base de cobre-zinco e cobre-alumínio
surgiram no mercado odontológico repentinamente e, nos dias de hoje, ocupam lugar
de destaque (são empregadas em cerca de
70% das RMFs). Podem ser adotadas em
restaurações metálicas fundidas, coroas totais metálicas, coroas metaloplásticas e próteses parciais fixas.15, 16
As ligas de cobre-alumínio contêm cerca de 10% em peso de alumínio e a maioria
possui estanho em baixa percentagem (0,5%
a 1,2%), de modo a aumentar sua resistência à dezincificação, o que também pode ser
obtido com a adição de 0,10% em peso de
arsênico, antimônio ou fósforo. A sua boa resistência à corrosão pode ser ainda aumentada com a adição de níquel.15, 16
DISCUSSÃO
54
O propósito de uma restauração metálica é devolver ao dente sua forma e função,
resistindo às forças mastigatórias. De acordo
com a literatura revisada, para que um material dental seja considerado funcional, ele
deve resistir ao ciclo mastigatório, a choques
térmicos, a variações de pH, à degradação
química e à invasão bacteriana. As propriedades de expansão e condutibilidade térmica, biocompatibilidade, resistência à abrasão,
módulo de elasticidade e resistência a tração
e compressão devem mostrar-se semelhantes
às dos dentes naturais.17
O módulo de elasticidade é a medida
da resistência ou rigidez do material. O co-
nhecimento dessa propriedade possibilita a
utilização de fundições mais finas, obedecendo os limites de resistência do material.9
Porém, a espessura máxima das restaurações
é limitada, externamente, pela oclusão, por
dentes antagonistas e pelo contorno anatômico desejável, mantendo a saúde periodontal, e, internamente, pelo desgaste necessário
da estrutura dental, objetivando uma correta
geometria do preparo cavitário, preservando
o máximo a estrutura sadia.17
Atualmente, alguns sistemas de ligas
alternativas apresentam indicações muito
restritas, em razão de comportamento clínico indesejável, deficiência na reprodução de
detalhes e falta de vedamento adequado nas
margens, resultando em insucesso da restauração. É o caso das ligas do sistema cobrealumínio e de outras que apresentam em sua
composição alto teor de cobre ou alguns metais instáveis como o estanho. Quando presentes em grandes concentrações, esses metais aumentam a contração após a fundição e
a corrosão dessas ligas.
Além da escolha da liga metálica a ser
utilizada, deve-se atentar ao preparo cavitário, de modo a minimizar as limitações do
uso das ligas alternativas. São necessários os
seguintes cuidados, ao selecionar uma liga
alternativa:
1. elas requerem maior espessura no término do preparo, devendo ser em chanfro para
que haja melhor adaptação das margens;
2. em preparos com cobertura de cúspide, a confecção do degrau oclusal será preferencialmente em chanfro, para maior volume
do metal;
3. para as ligas de prata-estanho, a redução oclusal ficará em torno de 2 mm nas cúspides de trabalho e 1,5 mm na de balanceio.
Para as outras alternativas, e até mesmo as
áureas, esse desgaste será de 1,5 mm nas cúspides de trabalho e 1 mm nas de balanceio;
4. deve-se usar um revestimento que
propicie maior expansão, de maneira a compensar a elevada contração de fundição dessas ligas;
5. elas exigem acabamento e polimento
minuciosos;
6. o uso delas só permite utilização de
sobras no limite máximo de 1:1.
Também cabe estar atento à oclusão do
paciente, ao material usado em restaurações
antagonistas e adjacentes, pois é preciso emRev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 18 (1): 51-56, 2006
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resinosos com adesão química ao metal, como
o Panavia (J. Morita), podendo ser ainda mais
significante quando a peça for jateada com óxido de alumínio, já que esse procedimento potencializa a união mecânica entre as partes.8
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TABELA 2. RELAÇÃO DO NOME COMERCIAL COM COMPONENTES DAS PRINCIPAIS LIGAS ALTERNATIVAS DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO PARA RMF.
Nome Comercial
Fabricante
Componente ( % em peso )
Ag
Pd
Sistema
Sn
Au
Cu
Zn
Al
Ni
Fe
Mn
In
WLL
Williams Gold
Refinning Co, EUA
71,0 25,0
-
-
-
2,0
-
-
-
-
CB1
American Gold
Company, EUA
70,0 25,0
-
-
-
2,0
-
-
-
-
CB2
American Gold
Company, EUA
65,0 25,0
-
5,0
-
2,0
-
-
-
-
3,0 Ag - Pd
Albacast
J. F. Jelenko Co, EUA
68,0 26,0 0,5
0,5 0,02 2,3
-
-
-
-
3,0 Ag - Pd
Palliag
Degussa S.A.,
SP Brasil
58,0 28,0
2,0 10,6 1,4
-
-
-
-
-
Ag - Pd
Primaloy
Dentária Brasileira
Comércio, SP Brasil
77,2
-
22,7
-
-
-
t
-
-
Ag - Sn
Superalloy
Lab. Super, RJ Brasil
79,3
-
13,9
-
-
-
-
-
-
Ag - Sn
D.F.L.
Dental Fillings do
Brasil S.S., RJ Brasil
79,4
-
20,5
t
-
-
t
-
-
Ag - Sn
Auralloy 88
London Odontomédica
Ltda, Tijuca, RJ
-
-
-
-
53,9 44,6 0,97
-
-
-
-
Cu - Zn
Duracast MS.
Dental Gaúcho –
Marquet & Cia.,
São Paulo, SP
-
-
-
-
80,8
4,2
1,6
-
Cu - Al
Goldent LA,
Aje Com. e Repres. Ltda,
São Paulo, SP
-
-
-
-
77,0 12,8 4,5
5,6
-
-
-
Cu - Zn
Idealloy
Metalloy Com. de Art. para
Prótese Ltda. - São Carlos, SP
-
-
-
-
88,9
-
1,03
-
-
Cu - Al
-
t
-
2,10 4,61
-
-
-
-
9,27 3,8
9,74
2,0 Ag - Pd
-
Ag - Pd
t = traços do metal
pregar a mesma liga para que não haja formação de corrente galvânica e uma possível
corrosão.14 A força média de mastigação é
de 77 Kgf, resultando numa pressão de 193
Mpa, a ser absorvida pela massa alimentar
e pelos dentes. O limite de resistência da
dentina humana é de 280 Mpa. As ligas que
apresentam limite de resistência inferior ao
da dentina humana estarão mais susceptíveis
à deformação e a fraturas, causando falência
da restauração.17
Para dar nome às ligas, os fabricantes
usam geralmente o de seus principais componentes, por exemplo, prata-paládio, cobrealumínio etc. A tabela 2 traz alguns exemplos
de ligas alternativas disponíveis no mercado
brasileiro.
Vários estudos na área de metalurgia
vêm sendo realizados com o intuito de melhorar as propriedades físicas das ligas alternativas, resultando, assim, num melhor desempenho clínico das restaurações metálicas
fundidas. Utilizando as ligas com critérios e
cuidados, estaremos devolvendo a forma e a
função aos dentes restaurados.
Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 18 (1): 51-56, 2006
CONCLUSÕES
Com base na literatura pesquisada, conclui-se que:
1. as ligas alternativas para restaurações
metálicas fundidas, disponíveis no mercado,
diferem quanto à composição e às propriedades mecânicas, cabendo ao clínico selecionar a mais adequada ao caso, de acordo com
planejamento prévio;
2. realizada a escolha da liga, deve-se
escolher cuidadosamente o laboratório e o
técnico para a confecção da incrustação, pois
cada tipo necessita de cuidados específicos;
3. para obter sucesso numa restauração, deve-se atentar a todos os passos envolvidos na sua confecção: preparo cavitário
adequado, de acordo com a liga escolhida,
moldagem adequada, pois é nessa etapa que
são “copiadas as informações” do preparo
e passadas para o laboratório, confecção de
provisória e cimentação da peça;
4. cada um dos passos é de extrema importância – se houver erro em algum deles,
certamente haverá falha da restauração. Portanto, se todos forem corretamente segui-
55
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Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 18 (1): 51-56, 2006
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dos, e o dentista conhecer as propriedades
do material empregado, obter-se-á excelente
desempenho clínico das restaurações metálicas fundidas usando ligas alternativas.
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