O INFANTIL DO PÁTHOS E O PÁTHOS DO INFANTIL:
psicanálise e utopia
Marcos Pippi de Medeiros
“... Naquele tempo de dantes não havia limites para ser.
Se a gente encostava em ser ave ganhava o poder de alçar.
Se a gente falasse a partir de um córrego a gente pegava murmúrios.
Não havia comportamento de estar...
... Depois veio a ordem das coisas e as pedras
têm que rolar seu destino de pedra para o resto dos tempos.
Só as palavras não foram castigadas com a ordem natural das coisas.
As palavras continuam com os seus deslimites.”
- Manoel de Barros – Biografia do orvalho -
O que é e quais as possibilidades para a experiência do infantil na cultura
atual? Construir alguns contornos e discursos acerca do infantil, mais exatamente, de
qual
a
sua
incidência
na
cultura
humana
como
experiência
e
suas
condições/possibilidades contemporâneas. A proposta parte com uma concepção do
infantil, que está no cerne da invenção freudiana, naquilo que ela pode constituir como
uma potencia de criação, de invenção de novas formas de existência e como ato que se
pode criar a partir de uma experiência destruída e que pode ser recuperada pelas
narrativas de si, pela criação poética, como possibilidade de emergência/ invenção de
uma verdade singular que se introduz como resistência as formas hegemônicas de
Verdade constituídas na cultura contemporânea, através do que poderíamos nomear
como formas do poder que visam à burocratização do amanhã pela reiteração do
mesmo, instaurado na colonização absoluta do tempo, do desejo e da esperança.
Buscamos, a partir deste artigo, discutir a incidência do infantil como
experiência na cultura humana e suas condições/possibilidades contemporâneas. A
condição de inacabamento que o infantil apresenta nos coloca frente à infância humana
com um interrogante ético, que convoca o campo psicanalítico a “inventar uma prática
discursiva do social”, como também, do próprio infantil, como dispositivo para pensar
os rumos da cultura contemporânea com seus mecanismos anestésicos da experiência,
das vivências coletivas, preconizando a crueza do real.
Assim, o infantil constitui uma temporalidade, uma experiência destruída,
inumana, cuja abertura para um universo de jogo com os restos non sense da
experiência, instituem possibilidades narrativas produzidas da insuficiência e do
inacabamento; uma proposta de resistência e criação, tessitura de uma utopia do infantil
frente ao embrutecimento do homem contemporâneo perdido de sua experiência e de
seu páthos. Formas estas, que encontram no discurso cientifico contemporâneo, sua
versão mais dura, na medida que institui, tomando saber por verdade, a disseminação de
uma forma de experiência que exclui a dimensão do sujeito, na medida em que passa
reconhecer valor apenas na experiência linear, racional, deixando de fora, a margem, os
recursos da imaginação, do brincar e do non sense como experiência de criação, na
medida que a elas atribui uma ameaça ao seu projeto de um sujeito pleno,
individualizado e autocentrado, aderido completamente as formas instituídas no
contemporâneo. Buscar dar lugar, escutar as formas singulares em que o infantil emerge
como resistência e criação de formas singulares de subjetivação na criação artística
e/ou poética na cultura atual, sua morada, reside naquilo que no campo psicanalítico se
usou nomear como “ética do desejo”, fundada a dar conseqüências extremas e
condições de possibilidade para a sustentação de uma verdade singular, que pode ser
recuperada/ inventada naquilo que desta experiência perdida, neste “ainda não” em que
o infantil emerge, se possa construir bases para pensar uma possibilidade “utópica” de
instituir poéticas de existência e de laço com o outro.
O assombro de uma dupla dimensão do inumano nos assalta. Isto implica que
estejamos na vida confrontados, de um lado, ao inumano que o caminho do
“desenvolvimento” nos conduz, consolidando em seu curso um constrangimento ao
„humano‟ a se fazer inumando. No entanto, concomitantemente, nos cabe saber
distinguir este inumano do desenvolvimento a este outro “de que a alma é refém”, cerne
de nossa angústia: “o estado de espírito assombrado por um hóspede familiar e
desconhecido que o agita, fá-lo delirar, mas também pensar, se pretendemos excluí-lo,
se não lhe damos uma saída, agravamo-lo. “ (LYOTARD, 1997, p.10).
À velocidade imposta pelo desenvolvimento, uma outra lentidão inverte seu
curso rumo a um “tempo perdido”. Esta é a experiência do inumano, proposta por
Lyotard (1997), que ele descenda de uma miséria inicial da infância, ou então, como a
capacidade mesma de se adquirir uma “segunda natureza” que lhe dá (ao humano) uma
aptidão à vida comum, mas que, de qualquer forma, está assentada sobre a primeira,
sobre o “rastro de uma indeterminação, de uma infância, que persiste mesmo na idade
adulta. (...) Desprovida da palavra, incapaz da paragem certa, hesitante quanto aos
objetos de seu interesse, inapta no cálculo de seus benefícios, insensível à razão
comum, a criança é eminentemente humana, pois sua aflição anuncia e promete os
possíveis.“ (p. 11).
O humano que caminha entre sua indeterminação “nativa” e a razão que foi
instituída ou que virá a instituir-se, enfim, e que se usa desde Freud nomear como
“castração”. É a partir disso que Lyotard formula uma questão por demais pertinente: “o
que resta de <<político>> que não seja a resistência a este inumano? E que mais resta,
para opor resistência, que a dívida que toda alma contraiu com a indeterminação
miserável de sua origem, na qual não cessa de nascer? (p. 15). Assim, bastaria não
esquecê-la, a infância, para resistir; tarefa que é própria do pensamento e da qual a arte e
a literatura prestam testemunho.
Judith Butler (1997), de saída, se apresentou como um achado, na medida em
que ao propor uma espécie de genealogia dos mecanismos psíquicos do poder, tece um
enredo de autores de difícil, mas fecunda aproximação, para discutir, criticar a
construção das identidades como forma social de resistência ao poder alienante dos
discursos normativos e disciplinares que incidem sobre o sujeito e seu corpo. A primeira
questão que de saída se apresenta, diz respeito ao paradoxo que a posição do sujeito vai
encontrar frente a sua submissão ao poder, na medida em que reconhece uma
problemática que se encontra desde Hegel, passando por Nietzsche e as formulações
psicanalíticas; a dizer, que o poder ao qual o sujeito se submete, é, ao mesmo tempo,
lugar de sua constituição, de sua alienação fundante como consciência ou interioridade:
“a sujeição é o processo de devir subordinado ao poder, assim como o processo de
devir sujeito.”
Seja como „consciência desventurada‟ (Hegel), como „má consciência‟
(Nietzsche), ou o sujeito culpado freudiano, o paradoxo se apresenta ao atrelar uma
origem de assujeitamento, de violência simbólica, á constituição mesma do sujeito.
Uma espécie de apaixonamento por esta instância mesma que nos submete e disciplina.
O poder subordina e cria o sujeito neste ato de subordinação como identidade ao
assumir uma forma, uma topologia psíquica; ou, como Lacan vai tomar de Rimbaud: “o
eu é o outro”. A consciência que reflete sobre si mesma desdobra a instância do poder,
interiorizando-a. Fonte de um desejo por demais explorável, na medida em que é
sustentado no amor, no laço libidinal que atrela o senhor e o escravo em mútua
interdependência.
Ao seu desamparo de origem, o infans antecipa sua imagem alienado-se a essa
instancia como promessa de sobrevivência e amparo, o que faz deste lugar da autoridade
alienante um lugar de dívida passional, cuja dupla negação pelo sujeito, funda seu eu
como lugar de desconhecimento e alienação, mas também de individuação. Neste
sentido, que as identidades passam a serem questionadas, não como lugar de verdade ou
ficção singular do sujeito, mas como expressão das formas previamente atreladas a esse
poder constituinte que delimita as condições de ser, as formas instituídas de existência.
Uma questão se faz assim central: como podemos falar em resistência, em formas de
emancipação do sujeito na medida em que abolir a instância deste poder constituinte é,
ao mesmo tempo, abolir a alteridade necessária para a existência do próprio sujeito?
Como podemos pensar esse elemento que é ao mesmo tempo subversivo no sujeito, na
medida em que constitui uma ficção singular, uma disfunção constitutiva em ser
simplesmente uma expressão pura do poder, mas que a ele resiste, sintomaticamente,
como sujeito? Isto, na medida em que não vai se constituir como expressão passiva,
literal da norma que o inscreve como assujeitado as formas do poder, a instância
simbólica e as suas formas e condições sociais de exploração e alienação. Algo do
desejo que não pode ser simplesmente sobreposto à demanda que o forja. Que o sujeito
faça sintoma, a partir da psicanálise, como forma de resistência a completa alienação a
esta instância demandante, não resolve o problema de estar ainda atrelado a uma
dicotomia, que, por negação, pode produzir nada além de uma negação ainda mais
alienante, na medida em que confirma apenas o poder normatizador na mesma medida
em que o nega, ou se contrapõe especularmente a ele. Este aprisionamento se sustenta
ainda, na medida em que perdido de seu páthos, sem poder fazer a experiência deste
infantil expropriado, adere sem ressalvas a esta dimensão alienante.
Assim, como um Peter Pan que perdeu sua sombra, o homem moderno perdido
de sua história, volta para casa, extenuado com a série dos eventos do dia, sem, contudo
poder traduzir-se em experiência. Assim, onde vigora uma lei científica, não se pode
contar uma estória. O projeto da ciência moderna ao colocar sob suspeita a imaginação
como forma legítima da experiência, vai bani-la também como forma válida de
conhecimento: do sujeito da experiência ao sujeito da alienação mental. Perdido da
palavra e do conto, desaparecida a máxima e o provérbio, como formas onde a
experiência se apresentava como autoridade, o homem passa a encontrar-se com um
experimentar fora do homem, onde o slogan substituiu o provérbio e onde os objetos
passam a fazer a experiência, delegando um encontro do homem com o acontecimento
que poderíamos simplesmente nomear como turístico. Na expropriação da experiência é
também onde Agambem (2005) vai situar a problemática da poesia moderna naquilo
que ela tem de mais próprio. A esta expropriação, a poesia responde transformando-a
em uma razão de sobrevivência:
mas, numa condição em que o homem foi expropriado da
experiência, a criação de um tal lugar comum só é possível
mediante uma destruição da experiência, que, no exato
momento em que infringe a sua autoridade, revela de chofre
que esta destruição é, na realidade, a nova morada do
homem. O estranhamento, que retira dos objetos mais
comuns a sua experimentabilidade, torna-se assim o
procedimento exemplar de um projeto poético que visa fazer
do Inexperienciável o novo lugar comum, a nova experiência
da humanidade. (AGAMBEM, 2005, p. --)
“No jogo, a criança reinventa o mundo, cria suas próprias regras, brinca com a
linguagem, muitas vezes construindo associações inusitadas e achando sentidos
inesperados” (SOUSA & ENDO, 2009, p.65). O poeta, por sua vez, faz equivaler seu
ato criativo ao brincar infantil, como uma exceção em um mundo adulto em que já não
se brinca. Na obra poética e/ou artística encontra-se um infantil vivo e potente, ainda
que esquecido: “seu ato de criação desenha outro mundo possível. O que nos leva a
pensar, seguindo a lógica freudiana, que todo ato de criação é, em última instância, um
ato utópico. Utopia que abre novas imagens de mundo questionando a paralisia das
imagens estagnadas” (p.66).
Jacoby (2007) discute o recurso da imaginação como aquilo que vem nutrir a
utopia. Doravante, compreende que a imaginação passa a ser um “verme” que a ciência
tentará superar, cauterizar como último obstáculo no caminho da felicidade. Mas, ao
constatar que a subversão tão ameaçadora da imaginação é justamente o que sustenta o
pensamento utópico, se pergunta; afinal, e o que sustenta a imaginação? De qualquer
forma, “se a infância desestruturada sustenta o pensamento utópico, então o
esvaecimento do primeiro implica o enfraquecimento do último – o pensamento
utópico” (p.64). Em meio a tantas incertezas, o que Jacoby sustenta é o risco, a
probabilidade de que uma colonização do espaço e do tempo infantil ponha em xeque
uma “imaginação independente”, tornando-a com menos recursos e inclinações para o
sonho utópico. Ernst Bloch (2005), em O princípio esperança vem também fazer essa
aproximação da utopia e do infantil que, para ele, aparece como uma “expressão de
juventude”; qual um anseio para fora de si. Questão que implica um amanhecer, uma
voz do amanhã, como nova força da produção criativa. Ou como aponta Edson de Sousa
(2007), “a utopia sempre foi para Bloch uma experiência radical de perfuração dos
furos opacos e sombrios, impregnados em excesso pela reiteração do mesmo.” (p.13).
Freud (1907[1908]), em Escritores criativos e devaneio irá fazer uma relação
entre o dizer poético e o brincar infantil como algo que em ambos os casos se opõe à
realidade, na criação de uma lógica própria, como também, nos mostra um caráter de
invenção de si pelas atualizações do infantil pelo brincar, no fazer poético. Como nos
diz Bloch (2005), “brincar é transformar-se, ainda que na certeza de voltar a ser o que
se era antes. O brincar transforma a seu gosto a própria criança, os seus amigos, todas
as coisas à sua volta em algo estranhamente familiar (...)” (p. 30).
Nestes processos onde o que está em jogo são o desejo e as ficções de origem
do sujeito. Neste sentido, também a psicanálise resistiria a este esquecimento da origem,
do infantil, buscando a implicação do sujeito com sua própria história. Lacan (19761977) ao indagar acerca da invenção de um significante novo, nos apresenta que,
embora a criança não o invente propriamente, que ela o receba, diferentemente da
memória, que se trate de um significante recebido, o trata, como no chiste, de colocar a
palavra em um lugar distinto do para o qual ela foi feita.
Lacan [(1953) 1996], em Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise,
também vai apontar para o fato de que a palavra, neste sentido, é uma “presença feita de
ausência”, demonstrando que a genialidade de Freud consistiu em justamente apreender
este jogo de presença e ausência que reside na “recriação perpétua” do jogo da criança.
É neste sentido que a criança irá, “contra a escola”, nos mostrar que “é o mundo das
palavras que cria o mundo das coisas” (p. 141), que como nos rastros na areia ou nos
traços dos kwa místicos chineses, aí “nasce o universo de sentido de uma língua onde o
universo das coisas irá se colocar” (p.141). Lacan (1976-1977) também o recria no
Seminário 24 quando indaga por um significante que, como o Real, carece de sentido,
apontando para uma dimensão poética do fazer analítico. Por este caminho, acabo por
me reencontrar com o que Lacan, no seminário 3, vai dizer da criação poética:
há poesia toda vez que um escrito nos introduz num mundo
diferente do nosso, e, ao nos dar a presença de um ser, de
uma certa relação fundamental, faz com que ela se torne
também nossa. A poesia faz com que não possamos duvidar
da autenticidade da experiência de San Juan de la cruz, nem
da de Proust ou da de Gérard de Nerval. A poesia é criação
de um sujeito assumindo uma nova ordem de relação
simbólica com o mundo (...) (LACAN, 1988, p.94.).
É neste sentido também que Samira Chalhub em seu livro Animação da escrita, vai
dizer que:
o poeta regozija-se entre o som e o sentido,
escriturando-os para lograr o gozo no corpo da língua:
prazer de infans de jogar sem culpa as cenas de seus próprios
fantasmas. E porque joga, sublima o que há de mortal do
gozo, ligando representações de sua identidade perceptiva.
(...) A poesia será, pois, sempre uma escrita arcaica do
resíduo: do latim scriptura, garante e firma a representação
do sucesso contra o esquecimento originário da divisão do
sujeito, catando, nos étimos da língua, a raiz (real) causativa
do desejo. Causa ativa. (...), a palavra poética é o vestígio
desses traços impressos na origem do processo excitativo.”
(CHALHUB, 1999, p.98.).
Por este sentido, Lacan (1976-1977) segue o rastro do poeta chinês dizendo que
ele “se expressa pela escritura”. Assim, fala que é preciso considerá-la, a escritura
chinesa, para o entendimento do que é a poesia, nos levando, ao mesmo tempo, para a
conclusão de um novo desdobramento entre ato poético e ato analítico. À escritura
chinesa se articula, mais além de seu efeito metafórico, por uma modulação, uma
tonalidade, desde onde se produz um deslizamento. Da poesia, aponta para seus efeitos
de sentido, mas, sobretudo, de furo, sendo que não há um fazer analítico que não esteja
remetido a essa função poética. Não há mais do que a poesia a nos permitir a
interpretação. Ao se perguntar por que a psicanálise nos orienta a nos curvarmos ás
nossas “recordações de infância”, conclui que se orientariam por um emparelhamento
ao poâte, a um “não-bastante poeta”; um “débil mental, entre outros”. Poetas, crianças,
analistas, débeis-mentais, orientados desde o chiste, ao non sense, ao significante novo e
sem sentido, desde onde uma dimensão utópica se descortina no ato analítico quando
articulada a um infantil, não mais “atado” a sua dimensão alienante, mas poeticamente
enodado, apenas topologicamente situado, pois que demasiado Real, atravessado por um
sem sentido, “inumano” infantil, desde onde um sentido novo pode se produzir.
Bibliografia
AGAMBEM, G. Infância e história: Destruição da experiência e origem da história.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
BLOCH, E. O princípio esperança. Volume I. Rio de Janeiro: ED. UERJ;
Contraponto, 2005
BUTLER, J. Mecanismos psíquicos del poder: teorías sobre la sujeción. Valência:
Ediciones Cátedra, 1997.
CHALHUB, S. Animação da escrita: ensaios de psicanálise e semiótica aplicada. São
Paulo: Hacker Editores, 1999.
FREUD, S. Os chistes e sua relação com o inconsciente (1905). Obras Completas.
Vol.VIII, Rio de Janeiro: Imago, 1976.
_________. Escritores criativos e devaneio (1907[1908])). Obras Completas. Vol.IX,
Rio de Janeiro: Imago, 1976.
JACOBY, R. Imagem imperfeita: pensamento utópico para uma época antiutópica.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
LACAN, J. O Seminário. Livro 3: As Psicoses . Rio de Janeiro: Zahar, 1988.
_____. Seminário 24 – Lo no sabido que sabe de la una-equivocación se ampara em
La morra (1976-1977). (Edição digital em espanhol)
LYOTARD, J-F. O inumano: considerações sobre o tempo. Lisboa: Editorial Estampa,
1997.
SOUSA, E. L. A. de. Uma invenção da utopia. São Paulo: Lumme Editor, 2007.
________; ENDO, P. Sigmund Freud: ciência, arte e política: Freud e a arte. Porto
Alegre: LP&M, 2009.
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