Mapa da Exclusão/Inclusão
Social - uma metodologia
NEPSAS
Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre
Seguridade e Assistência Social
da PUC/SP
2.000
PREMISSAS
• O Mapa da Exclusão/Inclusão Social é uma
metodologia de construção participativa para
conhecer as desigualdades de condições de
vida em uma cidade e propor ações
coletivas.
• É um processo contínuo que permite
envolver forças da sociedade civil no
reconhecimento das formas concretas de
exclusão social.
PREMISSAS
• É mais um modo de analisar para propor, do
que resultados prontos e acabados.
• O Mapa procura construir novas relações
entre os dados de uma cidade de modo a
permitir um novo olhar das condições de
vida das várias regiões.
• Busca construir uma nova visão da
totalidade da cidade, incorporando suas
diferenças em cada região e na totalidade
das regiões a partir dos padrões de inclusão
e exclusão social
PREMISSAS
• É uma metodologia que busca facilitar que o
cidadão enxergue as discrepâncias de
condições de vida no seu cotidiano.
• Busca estimular a consciência dos cidadãos
sobre a proximidade da situação de exclusão
social da população de uma cidade.
• Busca construir uma leitura que supere
análises setoriais da realidade.
PREMISSAS
• Busca construir referências sobre padrões de
condições de vida e satisfação de
necessidades
• Busca construir utopias locais em defesa de
padrões básicos de cidadania.
OBJETIVOS
• O Mapa é uma metodologia de politização
das questões relativas à gestão da cidade.
• Não basta criar espaços e canais de
participação: é preciso dar argumentos e
informações para qualificar essa
participação.
• O Mapa pode ser um dos instrumentos de
uma pedagogia de participação popular que
deve estar presente na gestão das cidades.
OBJETIVOS
• Concretiza como diagnóstico, a meta “cidade
para todos” como superação da apartação
social.
• Mobiliza novas responsabilidades sociais e
parcerias.
• Estimula a gestão descentralizada e
intersetorial das cidades, contrapondo a
hegemonia, quer das regiões mais ricas,
quer dos setores do governo.
CAMINHOS
• Analisar a exclusão é antes de mais nada
desenhar a utopia da inclusão. A partir do
que a ONU/PNUD discute como indicadores
de desenvolvimento humano - IDH,
entendeu-se que a inclusão social implica
em:
• autonomia
• desenvolvimento humano
• qualidade de vida
• equidade
CAMINHOS
• Nestas quatro utopias foi construído o Mapa
da Exclusão/inclusão Social de São Paulo em
1996. A maturação desta análise exigiu que
neste novo século três novas utopias lhe
sejam agregadas:
• democracia
• cidadania
• felicidade
CAMINHOS
• É certo que o desafio em medir a direção de
utopias já seja em si mesmo uma utopia.
Mas se topos é lugar, ele supõe caminhos e
os homens abrem caminhos em qualquer
tipo de espaço. No caso, cabe a pergunta:
teriam as infovias da informática tecnologias
para os caminhos dessas utopias ?
• Nessa direção é que estamos abrindo novos
caminhos com o geoprocessamento.
CAMINHOS
• O mapa produz novas relações entre dados
censitários existentes, pois permite analisar
sua sensibilidade geográfica.
• Ele permite conhecer o “lugar” dos dados e
sua posição geográfica no território como
elemento de análise quanti-qualitativa.
• Parte-se do conceito de utopias e não de
uma teoria sobre as variáveis necessárias
para medir a utopia. Este empenho exige
um avanço na consciência cidadã dos
pesquisadores, governantes, agências
científicas.
CAMINHOS
• Em cada uma das utopias o caminho é pois:
• Escolher variáveis;
• Dimensioná-las territorialmente em números
absolutos e relativos;
• Estabelecer a escala de distância entre a pior
e a melhor posição de cada variável no
território;
• Definir o padrão básico de inclusão e
posicioná-lo na escala de medição da
inclusão/exclusão social;
CAMINHOS
• Distribuir o comportamento das variáveis em
cada parcela do território a partir do padrão
básico de inclusão;
• Construir o índice de inclusão/exclusão social
de cada variável em cada parcela do
território pela distância do padrão básico de
inclusão;
• Agregar as variáveis através de índices
compostos para cada utopia;
CAMINHOS
• Classificar as parcelas do território para cada
variável no todo da cidade através de um
ranking
• Construir o índice composto da
inclusão/exclusão social pela agregação de
variáveis.
Mapas construídos:
• Cidade de São Paulo (1995-1996)
• Cidade de Santo André (1999)
• Região de Piracicaba (2000)
SITUAÇÃO EXCLUSÃO/INCLUSÃO - FINAL
MAPA
SÃO PAULO
SANTO ANDRÉ
PIRACICABA
MAPA
SÃO PAULO
SANTO ANDRÉ
PIRACICABA
HABIT.PADRÃO
60487
16590
39392
%PADRÃO
0,59
2,7
2,03
HAB. MAIOR EXCL. %MAIOR EXCL.
331215
28261
47333
3,21
4,6
3,43
HABIT.AC.PADRÃO
1638319
273199
615049
HAB.MAIOR INCL.
75967
9517
1755
%AC.PADRÃO
15,89
44,5
31,67
% MAIOR INCL.
0,74
1,55
0,12
HABIT. AB.PADRÃO %AB.PADRÃO
8609647
324262
1287553
83,52
52,85
66,3
HABITANTES NO PADRÃO DE INCLUSÃO SOCIAL
60487
70000
60000
50000
39392
40000
30000
16590
20000
10000
0
SÃO PAULO
SANTO ANDRÉ
PIRACICABA
HABITANTES ACIMA DO PADRÃO
1638319
1800000
1600000
1400000
1200000
1000000
615049
800000
600000
273199
400000
200000
0
SÃO PAULO
SANTO ANDRÉ
PIRACICABA
HABITANTES ABAIXO DO PADRÃO
8609647
9000000
8000000
7000000
6000000
5000000
4000000
3000000
1287553
2000000
324262
1000000
0
SÃO PAULO
SANTO ANDRÉ
PIRACICABA
EXCLUSÃO/INCLUSÃO SOCIAL NA CIDADE DE SÃO PAULO
1,50
1,00
0,50
0,00
-0,50
-1,00
-1,50
EXCLUSÃO/INCLUSÃO
EXCLUSÃ/INCLUSÃO EM SÃO PAULO
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
AUTONOMIA
QUALIDADE DE VIDA
DESENVOLVIMENTO HUMANO
EQUIDADE
IEX FINAL SANTO ANDRÉ
1,50
1,00
0,50
0,00
-0,50
-1,00
-1,50
EXCLUSÃO/INCLUSÃO
EXCLUSÃO/INCLUSÃO SOCIAL EM SANTO ANDRÉ
1,50
1,00
0,50
0,00
-0,50
-1,00
-1,50
AUTONOMIA
QUALIDADE DE VIDA
DESENVOLVIMENTO HUMANO
EQUIDADE
EXCLUSÃO/INCLUSÃO NA REGIÃO DE PIRACICABA
1,50
1,00
0,50
0,00
-0,50
-1,00
-1,50
EXCLUSÃO/INCLUSÃO
EXCLUSÃO/INCLUSÃO SOCIAL NA REGIÃO DE
PIRACICABA
3,00
2,00
1,00
0,00
-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
AUTONOMIA
QUALIDADE DE VIDA
DESENVOLVIMENTO HUMANO
EQUIDADE
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