Ìndice Tratamento de desinfecção na água de piscina • Desinfecção por Cloro • Desinfecção por Electrólise de Sal • Desinfecção com OZONO • Desinfecção por Radiação Ultravioleta (U.V.) • Desinfecção com Bromo TRATAMENTO CONVENCIONAL DE DESINFECÇÃO NA ÁGUA DE PISCINA INTRODUÇÃO TRATAMENTO CONVENCIONAL ? = CLORO • A água de uma piscina, tanto de uso público como particular deve manter-se nas melhores condições higiéno-sanitárias e de imagem. (*) (*) Piscinas de uso público: devem cumprir as normas de piscinas em vigor segundo cada país. • Para tal, utilizou-se, continua, e muito provavelmente continuará a utilizar-se CLORO. MOTIVOS Muito bom oxidante Abundância Preço TIPOS DE “CLORO” Podem classificar-se em 2 grandes grupos: • CLOROS INORGÂNICOS (Não estabilizados): - Cloro gás (gás) - Hipoclorito de sódio (líquido) - Hipoclorito de litio (sólido) - Hipoclorito cálcio (sólido) • CLOROS ORGÂNICOS (Estabilizados, sólidos): - Ácido Tricloroisocianúrico (Tricloro / Sincloseno) - Dicloroisocianurato sódico (Dicloro / Trocloseno de sódio) ESTABILIZAÇÃO DO CLORO O cloro activo (HOCl) formado na hidrólise dos diferentes tipos de cloro (inorgânicos e orgânicos) degrada-se devido ao efeito da radiação U.V. (sol). 2Cl2 + 2H2O UV 4HCl + O2 • Quem actua como estabilizante ? O ÁCIDO CIANÚRICO actua como “estabilizante” do cloro, minimizando o dito efeito destructivo. Ácido cianúrico Ácido isocianúrico PROPRIEDADES ESTABILIZANTES - Efeito estabilizante do ácido cianúrico (Cy) sobre o cloro, quando a água da piscina está submetida à acção da radiação U.V. (sol). 100 % de cloro activo que resta 90 80 100 ppm Cy 50 ppm Cy 30 ppm Cy 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm Cy 0 0 1 2 3 4 5 Nº Horas REAC. DO ÁC. CIANÚRICO COM O CLORO Cl3Cy K1 K2 Cl2Cy- HCl2Cy K3 H2ClCy K5 H3Cy K4 K6 K7 HClCyK9 H2Cy- K8 K10 ClCy2- Cl3Cy = HCl2Cy = H2ClCy = H3Cy = Ác. Ác. Tricloroisocianúrico Ác. Ác. Dicloroisocianúcio Ác. Ác. Monocloroisocianúrico Ác. Ác. Isocianúrico Cl2Cy- = HClCy-= ClCy2- = Anião dicloroisocianúrico 1ª ionização 2ª ionização H2Cy- = HCy2- = Cy3- = 1ª ionização 2ª ionização 3ª ionização K11 HCy2- K12 Cy3- Cy = Ácido Isocianúrico - Estudo realizado por: BRADY (1963), NELSON (1967), O’BRIEN (1974), PINSKY (1981) HUA-CHING-HU (1981) CLORO INORGÂNICO (Não estabilizado) CLORO GÁS - Cl2 Cl2 + H2O ⇔ HOCl + HCl Ácido Ácido Clorídrico Hipocloroso • PROPRIEDADES: ASPECTO GÁS COR AMARELO VERDOSO INGREDIENTE ACTIVO 100% CONTEÚDO Cl ÚTIL pH 100% MUITO BAIXO PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - A fonte mais barata de desinfectante clorado. • INCONVENIENTES: - Requer um equipamento de alimentação e doseamento caro (Sistema Venturi-Hidroinjector) - É muito tóxico e perigoso de manipular. - Requer pessoal experiente para trocar a carga e fazer ajustes. - Requer a adição de um produto para neutralizar a acidez (pH baixos) provocada pelo uso do cloro gás. - Não é estável frente à radiação U.V. (sol). HIPOCLORITO DE SÓDIO - NaOCl NaOCl + H2O ⇔ HOCl + NaOH Ácido Hipocloroso • PROPRIEDADES: ASPECTO LÍQUIDO COR AMARELO INGREDIENTE ACTIVO 10,8 % CONTEÚDO Cl ÚTIL 10,3 % pH 13 Hidróxido de Sódio PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - É o composto líquido mais barato à base de cloro. - Não requer dissolução, actua imediatamente. • INCONVENIENTES: - Volumoso e pesado. - Requer áreas de armazenamento grandes. - Aumenta DRASTICAMENTE o pH. - Produz a precipitação de sais cálcicos da água (incrustações) - SÓ é estável, caso se armazene a baixas temperaturas. - Requer sistema de dosagem. - Não é estável frente à radiação U.V. (sol). HIPOCLORITO DE LÍTIO - LiOCl LiOCl + H2O ⇔ HOCl + LiOH Ácido Hipocloroso • PROPRIEDADES: ASPECTO SÓLIDO COR BRANCO INGREDIENTE ACTIVO 29% CONTEÚDO Cl ÚTIL 35% pH 10 Hidróxido de Litio PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - Muito solúvel - Seguro e fácil de manipular - Não sofre descomposição caso se armazene correctamente. - Não necessita de dissolução prévia. • INCONVENIENTES: - Similar ao preço do Hipoclorito de Cálcio. No entanto, necessita 1,8 vezes mais de produto para obter a mesma actividade. - Aumenta o pH. - Não é estável frente à radiação U.V. (sol). HIPOCLORITO DE CÁLCIO - Ca(OCl)2 Ca(OCl)2 + 2H2O ⇔ 2HOCl + Ca(OH)2 Ácido Hipocloroso • PROPRIEDADES: ASPECTO SÓLIDO COR BRANCO-CINZENTO INGREDIENTE ACTIVO 65% CONTEÚDO Cl ÚTIL 65% pH 11 Hidróxido de Cálcio PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - Facilmente manipulável. - Não apresenta decomposição importante caso se armazene correctamente. • INCONVENIENTES: - Pode produzir água turva, incrustações ou compressão da carga filtrante se o pH e a alcalinidade não se mantêm no seu nível correcto. - Aumenta o pH. - Aumenta a Dureza Cálcica (Ca2+) - Dissolve-se lentamente. - Não é estável frente à radiação U.V. (sol). CLORO ORGÂNICO (Estabilizado) A. TRICLOROISOCIANÚRICO + 3H2O Tricloro (Sincloseno) 3 HOCl + Ác. Hipocloroso Ác. cianúrico • PROPRIEDADES: ASPECTO SÓLIDO COR BRANCO CONTEÚDO Cl ÙTIL 90% pH 2,8 SOLUBILIDADE 12 grs. /lts. PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - Fácil de manipular - Dissolve-se lentamente - Grande estabilidade (durante armazenamento) - Estável frente à degradação dos raios U.V. - Ideal para ser utilizado nos doseadores de cloro. - Pouco volume de armazenamento. • INCONVENIENTES: - Diminui ligeiramente o pH. - Aumenta o nível de ácido cianúrico. DICLOROISOCIANURATO SÓDICO Na + 2H2O 2 HOCl + Dicloro Ác. Hipocloroso Ác. cianúrico (Trocloseno sódico) • PROPRIEDADES: ASPECTO SÓLIDO COR BRANCO CONTEÚDO Cl ÚTIL 55% (dihidrato) - 60% (Anídro) pH 6,7 SOLUBILIDADE 300 grs. /lts. + NaOH Hidróxido sódico PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - Fácil de manipular - Dissolve-se rapidamente - pH neutro - Estável frente à degradação da radiação U.V. (sol) - Pouco volume de armazenamento - Especialmente indicado para piscinas de liner, vinilo, poliéster e pintadas. • INCONVENIENTES: - Aumenta o nível de ácido cianúrico. RESUMO Seja qual for o tipo de desinfectante clorado usado, o resultado é a formação de Ácido Hipocloroso (HOCl), que é a forma activa do cloro. Cl2 + H2O HOCl + HCl NaOCl + H2O HOCl + NaOH LiOCl + H2O HOCl + LiOH Ca(OCl)2 + 2H2O 2HOCl + Ca(OH)2 ATCC + 3H2O 3HOCl + Cianúrico DCCNa + 2H2O 2HOCl + Cianúrico + NaOH Ácido Hipocloroso PROBLEMÁTICA DA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS CLORADOS Ao adicionar cloro à água de uma piscina, este reage com os compostos contidos na própria água, formando um número considerável de subprodutos dissolvidos na água ou evaporados ao ar. De uma forma geral, podemos afirmar que um sistema de desinfecção mediante cloro, apresenta os seguintes “inconvenientes”: ¾ Sanitários ¾ Ambientais ¾ Conforto ¾ Manutenção Problemas relacionados com a Saúde Entre as reacções que se produzem quando se introduz cloro na água da piscina, são especialmente significativas a formação de “CLORAMINAS”. Se bem que existem outros produtos não desejados que se formam, tais como: ¾ Trihalometanos (THM’s) ¾ Haloacéticos ¾ Haloacetonitrilos ¾ Hidrato de cloral ¾ Cloreto de cianogénio CLORAMINAS • Origem: - Formam-se ao reagir o cloro residual livre com compostos nitrogenados presentes de forma natural na água ou adicionados, como o suor e a urina (contém 555 ppm de amoníaco (NH3) e 23000 ppm de ureia), as proteínas e os aminoácidos introduzidos pelos banhistas (prévia degradação bioquímica): RH3 + HOCl RH2Cl + H2O RHCl2 + H2O Monocloramina RH2Cl + HOCl Dicloramina RHCl2 + HOCl • Efeitos: RCl3 + H2O R = molécula orgânica ou átomo de nitrogénio. Tricloramina (Tricloreto de nitrogénio) - Provoca o típico “odor a cloro”. - Irritação dos olhos (conjuntivites). - Irritação das membranas mucosas (sinusites e outras reacções alérgicas). - Poder desinfectante”muito baixo”. - Reduz a eficácia desinfectante do cloro. - Limitado pelas diversas Normas de piscinas de cada país. TRIHALOMETANOS (THM’s) Formam-se ao combinar-se o cloro com ácidos fúlvicos e húmicos, provenientes tanto da degradação química e biológica dos resíduos orgânicos e vegetais, como também da actividade metabólica de microrganismos (p.e.: THM’s) Os THM’s estão catalogados como tóxicos ou muito tóxicos e alguns destes “cancerígenos” (R. Morris, 1992). Problemas relacionados com o Meio Ambiente • Consumo Energético: A producção de cloro realiza-se longe do ponto de consumo, provocando um aumento do custo ambiental originado pelo próprio transporte. • Contaminação: - Obtenção de Cloro gás: O processo mais usual para gerar cloro gás baseia-se na electrólise mediante cátodo de Mercúrio (risco ambiental). - Emissão de gases destructores da camada de Ozono: Os compostos organoclorados actuam nas camadas altas da atmosfera como “catalizadores” no processo de destrucção da camada de ozono. - Limitação de derrames de águas carregadas de Cl- nos vales fluviais: (Dir. Eur. 2000/60/CE). Um excesso de Cloretos dificulta o processo das estações de depuração. Problemas de Manutenção • Deterioração das infraestruturas das instalações: O ambiente oxidante que se gera, reduz o tempo de vida útil das instalações, tanto na sala de máquinas como na piscina: • Aumento do custo de manutenção: Aumentos de compostos clorados no ambiente (provocados por uma maior agitação da água, p.e.: entrada de um grupo de estudantes) conduz ao aumento do número de renovações de ar, aumentando o consumo energético (especialmente no inverno). Problemas de Conforto dos utilizadores • Presença de Cloraminas: Sabor e odor “típico” de piscina. Isto provoca uma das queixas mais repetidas entre os utilizadores. • Irritação dos olhos e das mucosas. • Pele seca. CONCLUSÃO Para que o Cloro (Ácido Hipocloroso) seja realmente efectivo, minimizando os problemas anteriormente citados, deverá ter-se em conta os seguintes pontos: Manter o valor de pH entre 7,2 – 7,6. Manter a concentração de cloro residual livre entre 0,5 – 2 ppm. Efectuar renovações de água nova regularmente (5 % diário). Assegurar uma renovação de ar correcta (boa climatização). Realizar periodicamente ou cada vez que seja necessário um tratamento de choque. Manter o filtro em perfeitas condições (lavagem do filtro, ...). Manter o número de horas de filtração necessárias (piscinas uso público = 24 h). Manter uma “água equilibrada”. ÁCIDO HIPOCLOROSO e pH O Ácido Hipocloroso (HOCl) dissocia-se (separa) ou ioniza-se a pH altos na forma de ião hidrogénio inactivo (H+) e anião hipoclorito (OCl-). Estas formas químicas têm propriedades nulas no que respeita à desinfecção. Cl2 Diminue Aumenta HOCl o pH o pH Ácido Hipocloroso Cloro Gás Forma Desinfectante Activa H + + OClIão Hidrogénio Anião Hipoclorito Forma Desinfectante Inactiva CURVA DE DISSOCIAÇÃO DO HOCl: 100 90 80 70 A pH 7.2: 66% HOCl 60 50 40 30 A pH 7.8: 33% HOCl 20 10 0 HOCl (%) 6.6 6.8 7.0 7.2 7.4 7.6 7.8 8.0 8.2 pH NOTA: Gráfico válido só para cloros inorgânicos. Os cloros estabilizados têm um processo de hidrólise complexo. DESINFECÇÃO POR ELECTRÓLISE DE SAL INTRODUÇÃO • Descoberta realizada por Faraday (1834), foi introduzido por Suráfrica (1952) e melhorado por Australia (1972). Actualmente, graças à electrónica, os equipamentos dispõem de “Inversão de polaridade”. O QUE É A ELECTRÓLISE DE SAL ? • Baseia-se, primeiro numa dissociação do sal (NaCl), previamente dissolvido na água da piscina, em iões Na+ e iões Cl-. Mediante a aplicação de uma fonte externa de corrente contínua de baixa tensão nos eléctrodos não solúveis, transforma o ião Cl- em NaOCl (entre outros compostos). • O cloro consumido (uma vez realizada a desinfecção), regenera-se continuamente dentro do próprio circuito de depuração: CICLO FECHADO Reacções Químicas 2 NaCl + 3 H2O ⇔ NaOCl + NaCl + H2 Reacção Geral: - cátodo + ânodo (g) Reacções parciais: • ÂNODO (+): produz uma oxidação: 2 Cl- ⇔ Cl2 + 2e(redutor) (oxidante) Cl2 + 2 H2O ⇔ HOCl + HCl OHCl2 H2 • CÁTODO (-): produz uma redução: 2 Na+ + 2e- ⇔ 2 Na (oxidante) Solução aquosa com sal (Na+Cl-) (redutor) 2 Na + 2 H2O ⇔ 2 NaOH + H2 (g) (*) Reac. Neutralização: O sal: HCl + NaOH ⇔ NaCl + H2O • Para obter cloro como desinfectante, é necessário dissolver previamente dentro da água, sal comum refinado (NaCl 99,9 %). • Dose = 3 – 5 g/l NaCl (*) (*) Salinidade da água do mar (mediterrâneo ) = 38 g/l (aprox.) ELECTROCLORADORES (composição) • Os equipamentos Electrocloradores possuem as seguintes características básicas: ALARME PH 1 CL NaCl - Central: Transforma a corrente eléctrica da rede (220-230 V / 50 Hz) numa corrente de muito baixa tensão (24 - 48 V). A tensão dependerá da: conductividade, temperatura, concentração salina e do estado da célula. - Célula ou conjunto de células: Onde se encontram os eléctrodos encarregados de produzir NaOCl. Podem instalar-se na linha ou no by-pass. A corrente modulada aplica-se aos eléctrodos (ânodo e cátodo) produzindo-se a electrólise. AFFICHAGE PRODUCTION (%) 4 888 Temp (°C) PH CL (mV) PH 5 CAL SET SEOPOOL X3 Sprint Chlore - Fluxómetro: Situado justamente antes da entrada da célula. Sistema de protecção da célula. - Detector de nível: Situado na célula. Sistema de protecção da célula. - Controle e regulação do pH e/ou Cloro: Eléctrodos de pH e mV que permitem a adição de regulador de pH (mediante bomba) e parar o equipamento, respectivamente. 2 NaCl (g/l) CIRCULACIÓN DEL AGUA 3 Inversão da polaridade. Porquê ? (Autolimpeza dos eléctrodos) • No cátodo desprende-se hidróxido que alcaliniza o meio “localmente”. Consequência disto é a formação de cal na forma de incrustações no cátodo, reduzindo desta forma o rendimento do equipamento. CÁTODO (-) ÂNODO (+) NaOH HOCl H2 (g) HCl • As incrustações que se produzem nas células “sem inversão de polaridade” com águas de dureza superiores a 30 – 40 º HF têm que limpar-se com um produto ácido. Tudo isto teria como consequência uma grande manutenção. • Para evitar esta situação, os electrocloradores mais actuais incorporam na sua central uma placa electrónica que inverte periodicamente (p.e. 4 h) a polaridade dos eléctrodos (Ânodo-Cátodo). É a própria produção de HCl a encarregada de eliminar a incrustação de cal do cátodo durante o período de inversão ao ânodo. ELÉCTRODOS FORMAS Podem ser cilíndricos, rectangulares, tubulares, etc. MATERIAIS Agrupam-se em 2 tipos de eléctrodos: - Lâmina - Chapa expandida “deployé” Materiais dos eléctrodos Os eléctrodos, em função do seu trabalho com ou sem troca de polaridade, possuem materiais distintos. - Eléctrodos sem troca de polaridade (S.C.P.): Cátodo Ânodo Formado por Titânio (Ti) Consta de uma base de Ti com uma capa activa delgadíssima (microns) de Platina (Pt), Pt / Irídio (Ir) ou nos equipamentos mais modernos, de um revestimento de liga de óxidos de Ruténio (Ru), Ir e Tântalo (Ta). - Eléctrodos com troca de polaridade (C.C.P.): Cátodo e Ânodo Constam de uma base de Ti com um revestimento de liga de óxidos de Ru, Ir e Ta. A grande diferença entre os materiais dos eléctrodos de ambos os sistemas, é que nos eléctrodos C.C.P. devem aumentar-se o revestimento dos sais de Ru e Ir, posto que quando o eléctrodo trabalha como cátodo na troca de polaridade, a sua duração é de 1/3 parte. Duração dos eléctrodos A duração dos eléctrodos, está em função dos seguintes parâmetros: - Horas de funcionamento. - Intensidade de corrente (Ampéres que circulam/superfície) - Frequência que se põe em marcha ao dia. - Peridiocidade da troca de polaridade (menor intervalo entre troca de polaridade reduz a vida dos eléctrodos). - Eléctrodos sem troca de polaridade (S.C.P.): 1 ano Trabalhando as 24 h / dia (8.760 h). Nas piscinas privadas, cujo período de trabalho só é de poucos meses (3-4 meses) e não funcionando as 24 h / dia, a duração dos eléctrodos podem alargar-se até 3 – 5 anos. - Eléctrodos com troca de polaridade (C.C.P.): 2 – 3 anos Trabalhando as 24 h / dia (17.520 – 26.280 h). Esquema Piscina com electroclorador BASSIN INJECTION DU PRODUIT DE NEUTRALISATION CELLULE DE PRODUCTION FILTRE ECHANGEUR Voir détail POMPE ALARME PH PH CL NaCl AFFICHAGE PRODUCTION (%) NaCl (g/l) 8 8 8 Temp (°C) PH CL PH SET FUSIBLE CAL SONDE PH SONDE CL DETECTEUR DE DEBIT CELLULE DE PRODUCTION ALIMENTATION 230V 50/60Hz ASSERVIE A LA FILTRATION PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - Geração de cloro “in-situ”: Só requer sal e energía eléctrica. - Redução do consumo de produtos químicos: Só requer regulador de pH. - Bom poder desinfectante e oxidante (igual ao cloro). - Ciclo fechado: O sal dissolvido NÃO se consome no processo. Tanto que só devem repôr-se as perdas, consequência da lavagem de filtros, evaporações, etc (aprox. 10 % do sal anualmente). - O cloro gerado pode estabilizar-se. - Os equipamentos C.C.P.: Evitam os problemas de incrustações. - Não requer uma manutenção diária. - Mínimo espaço requerido: Portanto pode instalar-se facilmente em piscinas já construídas. - Escasso investimento: Na comparação com instalações de Ozono. - Manutenção económica: Só consome energia eléctrica. PRÓS / CONTRAS • INCONVENIENTES: - Os mesmos problemas de um tratamento convencional com cloro: Cloraminas, THM’s, etc. - Problemas com águas duras (superiores a 30 – 40 º HF): Aumenta a manutenção dos eléctrodos devido às incrustações. - Não pode usar-se água do mar. - Consumo elevado de minorador de pH. - Incompatibilidade com metais dissolvidos (p.e. Cobre): Interferem na electrólise e podem deteriorar os eléctrodos. - Corrosão dos elementos metálicos (que contenham ferro): os elementos metálicos que estão em contacto com a água, deverão ser de qualidade especial (para evitar corrosão do sal). - Não cumpre com a Norma: O parâmetro “conductividade”, referente à água de aport é sempre superior aos limites fixados nas Normas. TRATAMENTOS ALTERNATIVOS - COMPLEMENTARES A DESINFECÇÃO CONVENCIONAL EM ÁGUAS DE PISCINA INTRODUÇÃO • Os métodos alternativos / complementares mais utilizados na desinfecção da água da piscina são, entre outros: MÉTODO AGENTE ACTIVO BROMO ÁCIDO HIPOBROMOSO (HOBr) BROMAMINAS OZONO OZONO (O3) RADIAÇÃO UV RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA / H2O2 PHMB PHMB / H2O2 OXIGÉNIO ACTIVO OXIGÉNIO ACTIVO • A desinfecção mediante sistemas sem efeito residual na água, deve combinar-se com outros que possuem este efeito (de acordo com as normas vigentes em cada país). DESINFECÇÃO COM OZONO (OZONIZAÇÃO) INTRODUÇÃO • A depuração da água por Ozono não é um processo novo (tanto na água de piscinas como em estações depuradoras): Em Niza bebem água potabilizada por Ozono desde 1909. • Em piscinas, no ano 1995 havia na Alemanha mais de 1500 instalações de ozonização. Que é o Ozono ? • O ozono é uma forma alotrópica do oxigénio, que se forma quando as moléculas do oxigénio são excitadas o suficiente para decompôr-se em oxigénio atómico (O ·). Neste estado 3 átomos deste elemento combinam-se para formar a molécula de ozono (O3), desprendendo calor (reac. exotérmica). 3 O2 ⇔ 2 O3 + 0,82 Kw/h/Kg • É um gás instável (rapidamente recombina-se a O2), altamente oxidante e incolor, mas detectável facilmente pelo seu odor característico. Princípio de desinfecção • A Ozonização baseia-se na alta capacidade de oxidação do ozono (superior à do cloro), que permite eliminar microrganismos e inclusivamente virús: - Acção bactericida e antivírica do Ozono: baseia-se principalmente na oxidação das uniões dissulfureto que mantêm as estruturas helicoidais das proteínas, inactivando os enzimas necessários para a sua sobrevivência e/ou a destruição do ADN. - Acção oxidante do Ozono: Converte uniões duplas em simples (destruíndo a sua estrutura molecular) e oxida outros grupos funcionais, como as aminas (cloraminas) e alcoóis (clorofenóis). • Estes mecanismos são os próprios de uma oxidação, da mesma maneira que sucederia caso se empregasse cloro. As diferenças consistem em: MAIOR INOCUIDADE DOS SEUS PRODUTOS DE REACÇÃO !!! • Subprodutos: oxigénio, água, óxidos inertes (água com metais) e dióxido de carbono (em pequenas quantidades). Processo de OZONIZAÇÃO • A ozonização é um processo que é composto por três partes: - Preparação do ar - Geração do ozono - Dissolução do ozono Preparação do Ar Para garantir o bom funcionamento e rendimento do gerador do ozono, o ar deve entrar no ozonizador: - Comprimido. - Livre de impurezas (pó, azeite, gotas de água, ...). - Seco (correspondente a um ponto de condensação entre – 40 ºC a – 60 ºC). • Etapas de preparação do ar: - Compressão: Utilizam-se compressores rotativos (P = 4 – 6 bar). O processo de compressão gera um aumento de temperatura (40 – 45 ºC). Pode incorporar-se uma pequena caldeira (que actua como pulmão ou reserva de ar comprimido). - Refrigeração: Utilizam-se permutadores de calor ar-água. Secador de adsorção - Filtragem: Utilizam-se 2 pré-filtros e 1 pós-filtro no “secador de adsorção”. Um dos pré-filtros retém as partículas e o outro micropartículas até 0,01 micras. O pós-filtro retém as partículas do agente adsorvente que se tenham eventualmente arrastado do secador. - Secagem: O ar filtrado, seca-se para optimizar o rendimento (P.R. = - 45 ºC a 1 bar). Para isso usam-se secadores de ar de adsorção (torres de secagem), que se baseiam no princípio de adsorção de vapor de água contido no ar através de um leite secante (sílica-gel, alúmina, etc). Geração de Ozono • Reactor de Ozono: Está construído em aço inox AISI 316-L. No seu interior encontram-se os dieléctricos recobertos de alumínio e que estão contidos dentro de tubos de Inox. Eléctrodo de Terra (aço Inox.) Calor O3 Espaço descarga (coroa eléctrica) O2 (ar ozonizado) Dieléctrico (vidro, cerâmica, ...) Eléctrodo Alta voltagem 18 KV 6 KV (Alma de Calor Hz 800 Hzde piscina. - Presencia de “cloraminas”: olor y sabor50típicos Alumínio) O3 (ar ozonizado) Espaço descarga eléctrica) O2(coroa - Irritación de mucosas. Calor - Piel seca. • Geração de Ozono: Deve fazer-se circular “ar seco” e “filtrado” ou “oxigénio industrial” (incrementa-se o rendimento a 50 % aprox.) entre 2 eléctrodos separados por um dieléctrico (vidro, cerâmica, ...) e submetidos a uma diferença de tensão entre os eléctrodos do reactor. Só uma parte do oxigénio se transforma em ozono (o resto transforma-se em calor): Ar seco (25 % O2): 2 – 3 % em O3 Oxigénio: 5 – 6 % em O3 •Dose: 1 – 1,5 g O3 / m3 água (para manter um resídual de 0,4 ppm O3 durante 2 – 4 min. para destruir 99,9 % dos microrganimos). O2 Dissolução do Ozono na água - “By-pass” a água procedente da filtração: Uma parte da água proveniente da filtração é impulsionada para o difusor do Ozono, mediante uma bomba de recirculação. - Difusão de Ozono na água: Sistema “Venturi” (rendimentos 85 – 90 % com P de entrada da água de 3 – 4 bar). - Câmaras de contacto: A água ozonizada regressa ao sistema geral de depuração, entrando imediatamente nas “câmaras de contacto”. Tempo de contacto = 2 – 4 minutos aprox. À saída da câmara de contacto, efectua-se uma leitura do resídual de ozono (0,4 – 0,6 ppm), em função do qual o gerador de ozono vai regulando a produção. - Destrutor de ozono: É necessário eliminar o resídual de ozono na água ozonizada antes de chegar à piscina. Utilizam-se filtros de carvão activado orgânico (casca de côco) sobre um suporte de sílex, que decompõe a molécula do ozono por efeito catalítico numa de oxigénio. Dimensionamento do filtro: Pode efectuar-se por “tempo de contacto” (1 min) ou por “velocidade de filtração” (30 m3/h/m2). Lavagem do filtro = 1 vez / mês aprox. Tipos de OZONIZAÇÃO • Existem dois tipos, em função do tipo de instalação: - Ozonização PARCIAL - Ozonização TOTAL (100 % caudal de recirculação) Ozonização PARCIAL • Só uma parte da água recirculada (15 – 20 %) é ozonizada, mediante contínuas recirculações da água esta acabará por ser ozonizada, portanto, depurada (desinfectada, eliminação de cloraminas, ...). • O custo de implantação é muito inferior ao de uma solução de ozonização total, já que não necessita de tanta capacidade de produção de ozono, nem câmaras de contacto (ou câmara desgaseificadora), nem filtro destruidor de Ozono. • O consumo de cloro, não obstante, é mais elevado que numa Ozonização total (só se elimina uma parte dos problemas do cloro). Ozonização TOTAL (100 % caudal de recirculação) • Trata-se os 100 % da água recirculada. • O funcionamento pode resumir-se como a introdução de uma nova etapa de depuração, entre a fase de filtragem e a fase de cloração (desinfecção). Câmara de contacto • A água ozonizada circula primeiro pelas chamadas “câmaras de contacto” e depois passa a uma fase de filtração mediante “carvão activado” para eliminar o possível ozono não consumido nas câmaras. • O ozono garante a desinfecção da água, enquanto que a adição final de um desinfectante com efeito resídual (p.e. Cloro ou Bromo) a muito baixa concentração, garante que a água seja desinfectante (reduzindo-se a maior parte dos problemas com os halogénios). Destrutor Ozono “Ozonização Parcial” sem “câmara desgaseificadora” Consiste em tratar só uma parte do caudal de água filtrada (15 – 20 %) misturando-a com ar ozonizado para sua desinfecção. Para obter uma boa mistura do ar ozonizado com a água, é necessário utilizar uma bomba de pressão e um Venturi (ou hidroinjector). Depois da bomba, instala-se outro “by-pass” ao Venturi, para obter uma pressão entre 3 e 4 Kg/cm2. Ajustanto a válvula de bola obtem-se uma sucção suficiente do ar ozonizado para poder misturar-se com a água no Venturi. Realiza-se um by-pass, depois do último elemento de filtração A água que circula pelo by-pass, é impulsionada mediante uma bomba centrífuga, através de um Venturi para misturar e dissolver o ar ozonizado com a água Ar ozonizado sai do gerador e vai para o Venturi. Uma vez o ar ozonizado e misturado com a água, retorna outra vez ao circuito geral de fitração. 1- Filtro 2- Bomba de pressão 3- Venturi 4- Manómetro 5- PVC glass 6- Kit de segurança 7- Ozonizador Ar seco ou oxigénio industrial entra no Ozonizador, onde se produz uma descarga eléctrica e se gera Ozono. O Kit de segurança, assegura que a água não volte ao gerador. Está baseado nas diferenças de densidades líquido/gás “Ozonização Parcial” com “câmara desgaseificadora” Uma vez a água misturada com o ar ozonizado, passa à câmara desgaseificadora, donde se eliminam as macro-bolhas de ar ozonizado (desgaseificação). A água desgaseificada e desinfectada volta ao circuito de filtração. Durante o percurso, e devido à diferença de densidade água/ozono, a água ozonizada vai perdendo o ar ozonizado que se dirige à parte alta da câmara Uma vez a água já misturada com o ar ozonizado, passa à câmara desgaseificadora. Uma vez desgaseificada a água, retorna ao circuito geral. O ar purgado dirige-se ao destrutor de O3 (filtro carvão activado) Desde a parte superior, o ar ozonizado sai para o exterior mediante uma válvula de purga automática que SÓ deixa passar o ar e NÃO a água. Água e ar ozonizado entram na câmara desgaseificadora pela parte superior. A saída efectua-se pela parte inferior da câmara. 9- Câmara desgas. 11- Valv. de purga 12- Filtro C activado Ozonização “TOTAL” Consiste em tratar os 100 % da água filtrada misturando-a com ar ozonizado para sua desinfecção. Primeiro mistura-se o ar ozonizado com a água mediante um Venturi. Uma vez misturados, a água circula primeiro pelas “torres de contacto” e depois passa a um filtro de “carvão activado” para eliminar o possível ozono não consumido nas torres. PISCINA Corrector de pH Tanque Ar seco e filtrado ou Oxigénio industrial entra no Ozonizador, onde se produz uma descarga eléctrica HV e se gera Ozono. Permutador de calor Filtro Efectua-se um by-pass depois do filtro, impulsionando uma pequena porção de água para o Venturi, mediante uma bomba de recirculação No Venturi efectua-se a mistura e dissolução entre o ar ozonizado e a água Ar ozonizado sai do gerador vai para o Venturi. Gerador de Ozono Eliminação do Ozono residual no ar O ar purgado dirige-se ao destrutor de O3 (filtro C activado) Dosagem Finalmente, a água retorna à piscina, com prévia dosagem de cloro resídual e regulador de pH Cloro Uma vez efectuada a dissolução do ar ozonizado na água, devolve-se a água ao circuito geral de depuração Desde a parte superior, o ar ozonizado sai para o exterior mediante uma válvula de purga automática que SÓ deixa passar o ar e NÃO a água. A água desinfectada, passa ao destrutor de O3 (Filtro C. Activado) A água ozonizada entra na câmara de contacto (T = 2 – 4 min). Residual = 0,4 –0,6 ppm O3 Venturi Torre de contacto água-ozono Eliminação ozono residual na água (Filtro C activo) PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: 9 Ecológico: Não produz produtos de reacção (subprodutos) perigosos (desinfecta e o excesso de ozono transforma-se em oxigénio inofensivo e em subprodutos como água, aminas oxidadas, etc.). 9 Reduz a concentração de subprodutos: Cloraminas e Trihalometanos (THM’s). 9 Obtenção de Ozono in-situ: Necessita só de ar seco/oxigénio e energía eléctrica. 9 Grande poder oxidante: Superior ao do cloro. E redox (O3) = 2,07 eV vs. E redox (NaOCl) = 1,61 eV & E redox (Cl2) = 1,36 eV 9 Excelente poder bactericida e viricida: Por exemplo, para a destruição da Eschericha Coli necessita-se de 1 ppm durante um tempo de contacto de 5 seg. Enquanto que 1 ppm de cloro necessita de um tempo de contacto de 1500 seg (4 h aprox.) para a sua destruição. A sua eficácia desinfectante não é influenciada pelo valor do pH. 9 Não adiciona nem sabor nem odor à água: Conforto dos banhistas. 9 Sistema que reverte na qualidade do serviço que se oferece: Pelo que é muito difícil avaliar o incremento de utilizadores devido à melhor qualidade de serviço. 9 Reduz o consumo de produto químico. PRÓS / CONTRAS • INCONVENIENTES: 9 Elevado custo inicial do equipamento e instalação (investimento inicial): O custo de implementação de um sistema de depuração com ozonização total é aproximadamente 6 vezes superior ao de um sistema de cloro. O custo de exploração situa-se por volta de metade (a favor do ozono). 9 Depuração com ozono “Parcial” da água filtrada: 15 – 20 % aprox. Evidentemente, pode realizar-se uma Ozonização Total, se bem que os equipamentos “à medida” só são aptos para instalações em projecto (não construídas). 9 Instalações com Ozonização “Total”: Requerem um “grande” espaço para a instalação (câmaras de contacto, filtros de carvão activado, etc.). 9 Instalações SEM “câmara desgaseificadora”: A água é impulsionada pelos injectores com “macro-bolhas” (provocando perda de transparência, com o equipamento de filtração em marcha). 9 Normas: contemplam desde algum tempo a possibilidade da depuração com ozono, se bem que estas fixam a necessidade de adicionar um desinfectante resídual. Quer isto dizer: NUNCA SE PODE REALIZAR UM TRATAMENTO SÓ COM OZONO !! DESINFECÇÃO POR RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA (U.V.) INTRODUÇÃO O que é a luz ultravioleta (U.V.) ? • É a porção do espectro electromagnético que vai desde os Raios-X até ao limite do espectro visível. Possui comprimentos de onda compreendidos entre os 100 e 400 nm. • O espectro U.V. divide-se em: Tipo U.V. Comprimento de onda (nm) UV – A 315 – 400 UV – B 280 – 315 UV – C 200 – 280 UV – V (de vazio) 100 – 200 - UV-A: - UV-B: - UV-C: provoca o “bronzeado solar” na pele humana. causa “queimaduras solares”. é absorvido pelo ADN e pode causar cancro e mutações. É a gama mais efectiva para a inactivação de virús e bactérias. - UV-v: é fortemente absorvido pela água e ar, e só pode transmitir-se em VAZIO. Desinfecção mediante radiación U.V. • Sistema de desinfecção físico, baseado na radiação UV-C ou “germicida” gerada “in-situ” por descarga eléctrica através de lâmpadas de vapor de mercúrio. • A radiação UV-C (lâmpadas U.V.) penetra nos microrganismos, alterando o seu código genético e impossibilitando-lhes a reprodução e causando a morte de bactérias, virús, algas e seus esporos. Cloraminas λ (nm) Monocloramina Dicloramina Tricloramina 245 297 260 • A radiação UV-C ou germicida está compreendida nos intervalos de λ entre 200 e 300 nm aprox. Neste intervalo, existe um pico de máxima eficácia germicida situado a 260 nm aprox. Mecanismo para destruir os microrganismos. • Quando uma célula é submetida a UV-C ou germicida, tem lugar o seguinte processo: - A radiação UV penetra na parede celular. - A energia dos fotões da radiação UV é absorvida pelas proteínas e pelo ADN da célula. - A luz UV danifica a estrutura proteíca. - O ADN sofre uma alteração química. Pode dizer-se, que quando o ADN sofre “mitose” (divisão celular) não pode reproduzir-se, produzindo a sua morte. - Os organismos, incapazes de metabolizar e reproduzir-se não podem causar doenças. • Por outro lado, a radiação UV possui uma importante acção secundária: - Iniciam as reacções foto-químicas e de foto-oxidação (fotólise), que destroiem as “cloraminas”. Doses de radiação U.V. e dimensionamento DOSE A dose de radiação UV que deve aplicar-se num microrganismo para conseguir a sua destruição obtem-se experimentalmente e vem definida por: H = Dose U.V. (mJ/cm2) E = Intensidade (mJ/cm2seg) T = Tempo de exposição (seg) H=ExT Elementos “fundamentais” para uma desinfecção eficaz: - Tempo de exposição (seg.) ≥ 1 seg. (1 – 2 seg.) - Energia emitida (mJ/cm2): Normalmente, os equipamentos UV dimensionam-se para proporcionar uma dose de UV entre 25 – 30 mJ/cm2 , a qual é suficiente para destruir 99,9 % da maioria dos microrganismos presentes na água: BACTÉRIAS DOSE Escherichia coli 7.0 Salmonela enteridis 7.6 Streptococcus lactis 8.8 Pseudomonas aureginosa 10.5 Staphilococcus aureus 7.0 (mJ/cm2) Dose de radiação UV-C (253,7 nm) (mJ/cm2) requerida para um índice de mortalidade de 99,9 % • Para aumentar a dose de radiação UV, basta reduzir o caudal de recirculação. Equipamentos U.V. • Os equipamentos UV para a desinfecção de águas de piscina possuem as seguintes características básicas (diferenciando-se básicamente pelo tipo de lâmpadas UV e pelo caudal a tratar): - Câmara de Irradiação: Onde se submete à radiação UV o fluxo de água que circula (regime turbulento). Normalmente são de PE ou aço AISI 316 L (*). O diâmetro depende do caudal e nº de lâmpadas. A câmara de irradiação está formada por: - Capas isotérmicas de quartzo puro: para proteger as lâmpadas UV e dissipar o calor gerado pela lâmpada. - Geradores (lâmpadas UV): Situados no interior dos tubos de quartzo. Podem ser de baixa ou média pressão. - Quadro de controlo: Diferentes pilotos e contador horário. - Célula fotoeléctrica para UV: Mede em contínuo a dose de radiação recebida pela água. Permite detectar sujidade da capa de quartzo, envelhecimento das lâmpadas e turvação da água a tratar. - Programador digital. - Sistema de limpeza manual (Wipper-System): Permite realizar a limpeza dos tubos de quartzo sem ter que desmontar o equipamento e/ou parar a instalação. (*) Interior aço Inox polido espelho, espelho, aumenta a “eficácia” entre 20 a 30 % aprox. (Westinghouse Technical Technical Manual, 1987). Tipos de lâmpadas U.V. • Podem classificar-se em 2 tipos: - de BAIXA PRESSÃO (MONOCROMÁTICAS): - Lâmpadas de baixa pressão. - Lâmpadas de amálgama. - de MÉDIA PRESSÃO (POLICROMÁTICAS) De baixa pressão (Monocromáticas): Monocromáticas Produzem luz UV a um comprimento de onda concreto: A 253,7 nm ¾ De baixa pressão: São as mais comuns: Possuem um tubo de quartzo e 2 filamentos de Tungsténio. • Contém: 60 mg. de mercúrio aprox. a 10 Torr. • Eficácia: 25 – 30 % aprox. (dependendo da Temp. da água) • Vida útil: 8.000 h aprox. dependerá do número de vezes que se apaga e acende a lâmpada (cada vez que se apaga e acende, resta 1 hora de vida média à lâmpada). ¾ De amálgama: Também são lâmpadas monocromáticas: Desenvolvidas recentemente para resolver os problemas associados às lâmpadas de baixa pressão. A saída NÃO se vê afectada pela Temp. da água. No entanto, necessitam mais tempo para alcançar o máximo rendimento. • Contém: mais de 120 mg. de mercúrio aprox. cada lâmpada (amálgama de mercúrio). • Eficácia: > 35 % aprox. • Vida útil: 10.000 h aprox. ( normalmente inferior, devido a rupturas dos filamentos e a depósitos de óxidos de mercúrio que provoca dificuldade na dissipação de calor). De média pressão (Policromáticas): Policromáticas Têm uma saída espectral que vai desde os 200 nm até comprimentos de onda próximos do espectro visível. Desenroladas para ter uma saída espectral aumentada especificamente na “região germicida”, mediante a adição de aditivos no quartzo da lâmpada. • Contém: 300 mg. de mercúrio aprox. a 1000 Torr. • Temperatura: A superfície da lâmpada é normal que alcance os 800º C, no entanto, o tubo protector de quartzo não alcança usualmente os 60º C. Efectividade germic. germic. Média pressão Amálgama Baixa pressão Comprimento de onda (nm (nm)) Esquema de Piscina com equipamento U.V. Depósito Doseamento pH DoseamentoCloro Permutador de calor Doseamento Floculante Bombas impulsão Câmara de Irradiação ByBy-Pass Lavagem de filtros PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - Elimina virús, bactérias, algas e seus esporos: É efectivo contra qualquer tipo de microrganismos, incluindo os Cryptosporidium parvum e Giardia (muito resistentes ao cloro). - Destrói as Cloraminas (fotólise) e reduz os Trihalometanos (THM’s). - Os microrganismos são incapazes de desenvolver um mecanismo de imunidade: A diferença dos desinfectantes halogenados. - Trata-se TODO o caudal de recirculação. - Não requer uma manutenção diária. - Mínimo espaço requerido: Portanto pode instalar-se facilmente nas piscinas já construídas. - Escassa inversão: Em comparação com instalações de Ozono - Manutenção económica: Só consome corrente e troca de lâmpadas UV. - Não dá nem odor nem sabor à água. Não varia o pH. - Oxidação Avançada: Producção de radicais hidróxilo (·OH) que oxida certas uniões (rupturas foto-químicas). PRÓS / CONTRAS • INCONVENIENTES: - Interage com os produtos halogenados: Destrói o cloro. - Diminui drásticamente a sua eficácia ao aumentar a turvação da água. - A desinfecção por UV, NÃO substitui completamente o cloro ou um desinfectante com efeito residual: Mas permite uma redução importante da sua dose. P.e.: de 1,5 – 2 ppm cloro livre a 0,5 – 0,8 ppm cloro residual livre. - Precisa dosagem de floculante em contínuo. DESINFECÇÃO COM BROMO (BCDMH) INTRODUÇÃO - O Bromo molecular obtém-se a partir de Br – (normalmente da água do Mar Morto), por electrólise: - Água do Oceano: 65 ppm Br - Água do Mar Morto: 6500 ppm Br - A Bromoclorodimetilhidantoína (BCDMH) obtém-se por cloração e bromação da dimetilhidantoína: (DMH) Cl2 + Br2 + H H (DMH) (BCDMH) 1 – BROMO – 3 – CLORO – 5,5 – DIMETILHIDANTOINA • PROPRIEDADES: ASPECTO SÓLIDO COR BRANCO SOLUBILIDADE 1,5 g. /lts. CONTEÚDO Bromo útil 60% 28% CONTEÚDO Cloro útil - Valores recomendados de Bromo Residual Livre: TIPO DE PISCINA NÍVEL DE BROMO CONSUMO PISCINAS PRIVADAS 1.5 – 3.0 ppm 1 – 3 past. / 10m³/dia PISCINAS PÚBLICAS 3.0 – 5.0 ppm 3 – 6 past. / 10 m³/dia SPAS PRIVADOS 3.0 – 5.0 ppm 3 – 6 past. / 10 m³/dia SPAS COMERCIAIS 4.0 – 6.0 ppm 5 – 10 past. / 10 m³/dia QUÍMICA DO BROMO • DISSOLUÇÃO NA ÁGUA: + 2H2O BrClDMH + Água H H + HOCl + HOBr DMH + A. Hipocloroso + A. Hipobromoso Ao dissolver-se o BrClDHM na água produz a hidrólise deste composto segundo a reacção anterior. O ácido hipobromoso destrói as bactérias, algas e fungos convertendo-se por sua vez em ião brometo HOBr + Ácido Hipobromoso MATÉRIA ORGÂNICA OXIDADA GÉRMES BACTÉRIAS MICRORGANISMOS MATÉRIA ORGÂNICA ALGAS DESTRUIÇÃO DE GÉRMES BACTÉRIAS MICRORGANISMOS ALGAS + BrIão Brometo O ião brometo reage com o ácido hipocloroso, formando-se ácido hipobromoso: HOCl Ácido Hipocloroso + Br- HOBr Ião Brometo Ácido Hipobromoso + ClIão Cloreto - O desinfectante resultante da reacção do BrClDMH com a água é o Ácido Hipobromoso (Bromo Activo). - O Ácido Hipocloroso é um AGENTE DE REGENERAÇÃO do bromo. Deste modo, o BrClDMH reage com a água em presença do ião brometo (Br -) para produzir Ácido Hipobromoso (HOBr) e ião Cloreto (Cl -) BrClDMH + 2H2O + Br- CONCLUSÃO DMH + HOBr + Cl- Durante o tratamento com BrClDMH o ácido hipobromoso é o único elemento que actua na desinfecção e na oxidação. Pelo contrário, o cloro actua como um catalizador para a regeneração do Bromo. ÁCIDO HIPOBROMOSO e pH - O Ácido Hipobromoso (HOBr) dissocia-se ao aumentar o pH para formar ião hidrogénio (H +) inactivo e anião hipobromito (OBr -). Estas formas inactivas não apresentam propriedades desinfectantes. Br2 Bromo Líquido Diminui o pH HOBr Aumenta Ácido Hipobromoso o pH H+ Ião Hidrogénio OBr- + Anião Hipobromito Forma Desinfectante Forma Desinfectante Activa Inactiva CURVA DE DISSOCIAÇÃO DO HOBr Ácido hipobromoso HBrO (%) 100 90 80 A pH 7.2: 96% HOBr 70 A pH 7.8: 87% HOBr 60 50 40 30 20 10 0 6.6 6.8 7.0 7.2 7.4 7.6 7.8 8.0 8.2 GRÁFICO COMPARATIVO ENTRE HOBr e HOCl 96% 90 HOBr HOCl 94% 87% 80 70 48% 60 50 40 33% 66% PERCENTAGEM DE FORMAS ACTIVAS 100 30 20 10 0 6.8 7.0 7.2 7.5 7.8 8.0 8.2 pH BROMO E NITROGÉNIO O Ácido Hipobromoso (HOBr) reage com os compostos nitrogenados para formar as bromaminas. Ao contrário das cloraminas, as bromaminas são desinfectantes, com uma actividade similar ao ácido hipobromoso. RH3 + HOBr RH2Br + H2O Monobromamina RH2Br + HOBr RHBr2 + H2O Dibromamina RHBr2 + HOBr RBr3 + Tribromamina (Tribrometo de nitrogénio) R = molécula orgânica ou átomo de hidrogénio H2O BROMAMINAS VS CLORAMINAS BROMAMINAS CLORAMINAS ODOR MUITO POUCO ODOR DESAGRADÁVEL IRRITAÇÃO DE OLHOS POUCA IRRITAÇÃO GRANDE IRRITAÇÃO IRRITAÇÃO DE MUCOSAS BAIXA ALTA ESTABILIDADE MUITO INSTÁVEL MUITO ESTÁVEL ACTIVIDADE BACTERICIDA MUITO BOA POBRE NECESSIDADE BREAKPOINT NÃO SIM Piscina com doseador de Bromo PRÓS / CONTRAS • VANTAGENS: - Boa desinfecção a pH altos. - A sua eficácia não se vê reduzida com a presença de compostos nitrogenados. -A sua utilização reduz a irritação nos olhos e nas membranas mucosas. - Não produz odores desagradáveis. - Fácil de manipular. - Menos corrosivo que o cloro (menos volátil, especialmente a altas temperaturas). - Autonomia. • INCONVENIENTES: - Somente pode utilizar-se através de um doseador (não pode dosear-se em “skimmers”!) - Trata-se de um produto orgânico não estabilizado. - Alto custo.