Dinâmica e manejo de doenças
Carlos A. Forcelini
Campo Experimental UPF (28º10’S, 52º20’W, 687m)
6 km
Manejo de doenças e rendimento de grãos
Com manejo
Sem manejo
2009
58 27
2010
56 33
2011
61 45
Fatores determinantes de doença
Hospedeiro
Patógeno
Ambiente
Chuvas: desvios em relação à normal histórica (61 a 90)
mm
1000
800
600
400
200
0
-200
-400
2003
2004
2005
2006 2007
2008 2009
2010 2011
Chuvas: desvio médio por mês
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
-20,00
-40,00
-60,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN
JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Temperatura: desvios em relação à normal (61 a 90)
6
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
2003
2004
2005
2006 2007
2008 2009
2010 2011
Temperatura: desvio médio por mês
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
-0,20
-0,40
-0,60
-0,80
-1,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Fatores determinantes de doença
Hospedeiro
Patógeno
Ambiente
Soja com gordura para queimar
Limiares de dano: 30% (Vs) 15% (Rs)
Menor pressão por pragas e doenças
Manejo mais reativo
Presente
Índice de área foliar em soja
Grupos de maturação
UPF, 2011
Foto: Nara Moraes
Posição das vagens
na planta
Grupo de
maturação
Vagens no
terço inferior
(%)
7,0
< 10
6,7
25,7
6,0
31,3
6,0
33,5
5,5
35,9
60 vagens
Ex: BMX Apolo RR
110 vagens
Grupo de maturação e volume de raiz (cm3)
GM
4.8
5.9
6.4
7.0
VR (cm3)
9,2
10,1
11,2
12,6

Soja hoje





Porte menor
Ciclo mais curto
Altamente produtiva
Mais suscetível a doenças e pragas
Manejo deve ser mais preventivo

Preservar raíz e área foliar para expressar
potencial de rendimento
Fatores determinantes de doença
Hospedeiro
Patógeno
Ambiente
Doenças foliares e da haste
Oídio
Cercosporiose
Antracnose
Ferrugem
Mofo-branco
Mancha-alvo
Patógenos
radiculares em
soja
Nematóides
Rhizoctonia
Phytophthora
Fusarium
Macrophomina
Doenças por fungos biotróficos
Doenças por fungos necrotróficos
Oídio




1995
Ectoparasita
Ambientes secos
< 29 oC
Ferrugem asiática

2001
Biotróficos (ferrugem e oídio)

Se alimenta, reproduz e sobrevive em tecido
vivo
Biotróficos

Motor da epidemia é o esporo
Produção estimada de esporos por Phakopsora em soja
Fração
Esporos por urédia
Esporos por cm2 (até 300 urédias/cm2)
Esporos por folíolo de soja (folíolo de 50 cm2)
Esporos por planta (60 folíolos por planta)
Esporos por hectare (250.000 plantas/ha)
Número de
esporos (N)
1.000
300.000
15.000.000
900.000.000
225 trilhões
Biotróficos

Estratégia de controle = planejamento das
aplicações
Sem fungicida
Com fungicida
Sem fungicida
Com fungicida
Estrobilurinas
Necrotróficos
Cercosporiose
Antracnose
Mofo-branco
Mancha-alvo
Phomopsis
Necrotrófico

Se alimenta, reproduz e sobrevive em tecido
morto
Necrotrófico

Motor da epidemia = expansão da lesão
Necrotrófico

Estratégia de controle = manejo do inóculo
0
0,01
0,1
1
Corynespora
X
Carbendazim
5
0
0,01
5
10
0,1
10
40 ppm
1
40 ppm
Avozani & Reis, 2011
Influência do plantio direto na
dinâmica das doenças
Pontos positivos


Barreira física à maturação e liberação de
esporos a partir do solo
Ex: Mofo-branco
Pontos positivos


Menor movimentação de solo e patógenos
Ex. Dispersão de nematóides
Pontos positivos


Ambiente mais propício ao desenvolvimento
de antagonistas para controle biológico.
Ex. Solos supressivos
Pontos negativos

Longevidade maior do inóculo na palha




Trigo: 19 meses
Soja: 34 meses
Milho: 37 meses
Proximidade entre patógeno e planta
Pontos negativos

Microclima mais favorável à infecção
Necessidade de manejo
Richard Berger (1934 – 2011)

Epidemia é uma equação matemática





yf = yi + r*t
yf = Quantidade final de doença
yi = Quantidade inicial
r = Ritmo de progresso da doença
t = Tempo
Rotação de cultura
(kg/ha)
Hoffmann, 2002
Rendimento de grãos em monocultura e rotação
– trigo Sistema
2009
2010
2011
Monocultura
49,2
57,3
66,2
Rotação (1 ano)
62,0
64,5
90,2
Diferença
12,8
7,2
24,0
UPF
BMX Apolo RR – 105 dias após semeadura
Sem TS
Com TS
Tratamento de sementes e rendimento de grãos
Sem TS
Com TS
Sem aplicação foliar
54,7
62,2
Com aplicação foliar
69,8
73,2
UPF 2011
Uso de cultivares precoces
Cultivar
Tardia
Média
Precoce
Super-precoce
Aplicações de fungicida
3,5
3,0
2,5
1,8
Época de semeadura
Severidade da ferrugem
(urédias/cm2)
15/11/08
03/12/08
15/12/08
40
74
501
Aplicações de fungicida
Morte antecipada por doenças: - 80 kg/ha dia
Principais atividades
3 dias após aplicação
Aplicação na fase vegetativa
UPF, 2010
Aplicação na fase vegetativa
Aplicações
1
Não tratado
37,5 c
2
3
1a aplicação em V10
1a aplicação em V6
52,8 b
56,2 a
3
1
Rendimento (sc/ha)
2
3
3
1
2
3
3
1
2
3
3
2
3
1
UPF, 2010
UPF, 2011
3X (V10+20+15)
V6 (B) + 3X
V6 (E) + 3X
V6 (E+B) + 3X
Aplicação na fase vegetativa
V6
R1
18 DAF
Oídio %
IAF
scs/ha
-
-
-
13,5
0,44
26,2
-
T+E
T+E
3,6
0,72
38,6
T
T+E
T+E
3,1
0,94
43,3
E
T+E
T+E
4,6
1,06
46,2
B
T+E
T+E
3,5
1,00
44,3
T+B
T+E
T+E
2,9
0,98
47,8
T+E
T+E
T+E
3,2
0,94
49,8
UPF 2012
Urano (V8 vs. Floração)
Aplic. 1
(V8)
1
2 Aproach P
Aplic. 2
Aplic. 3
(floração)
(21 dias)
Aproach P
Aproach P
3
4 Sphere M
5
6 Fox
7
8 Comet
9
-
Aproach P
Sphere M
Sphere M
Fox
Fox
Opera
Opera
T.
Aproach P
Sphere M
Sphere M
Fox
Fox
Opera
Opera
Rend.
(scs/ha)
61,8
71,7
68,5
71,0
67,5
72,6
69,8
71,4
68,6
PMG
(g)
140,9
143,2
144,4
142,8
143,2
145,0
145,3
145,0
145,7
Passo Fundo 2012
2009
27
38
39
42
41
42
50 a 58
Aplicação extra 14 dias antes
2011
Apolo RR
V9-V10 = 61,2 sc/ha (3x)
Floração = 57,2 (3x)
Sem fungicida = 47,6
Intervalo entre aplicações
Baixa pressão de doenças, 2012
R1
2 sem
3 sem
4 sem
Rendim.
(scs/ha)
-
-
-
-
50,1
X
X
-
-
57,6
X
-
X
-
59,2
X
-
-
X
59,8
Alta pressão de doenças, 2010
R1
2 sem
3 sem
4 sem
Rendim.
(scs/ha)
-
-
-
-
33,0
X
X
-
-
58,1
X
-
X
-
56,2
X
-
-
X
51,4
Escolha do fungicida
Ferrugem
Oídio
Mancha-alvo
Estrobilurina
Triazol
Benzimidazol
Mistura T+E
Mistura T+B
Apolo, três aplicações
Tratamento
Testemunha
Opera + Assist
Priori Xtra + Nimbus
Aproach Prima + Nimbus
Fox + Aureo
Rendimento
(scs/ha)
46,9
55,5
56,2
55,8
56,9
Passo Fundo 2012
Ferrugem
Oídio
Mancha-alvo
Estrobilurina
Triazol
Benzimidazol
Mistura T+E
Mistura T+B
Mistura tripla
Apolo, 2011
T+E, T+E, T+E
----, T+E, T+E
T+E+B, T+E, T+E
B, T+E, T+E
Mistura
Tripla
62,4
5,0
2011
Mistura tripla, 2012
Aplic. 1
T+E
T+E+B
Aplic. 2
T+E
T+E+B
Aplic. 3
T+E
T+E
T+E
T+E+B
T+E
T+E+B
T+E
T+E
Rend. (sc/ha)
62,2
66,9
61,4
65,4
Futuro próximo ???

Cultivares de soja




Ciclo
Resistência a doenças
Transgenia pode ajudar
Predominância de patógenos
02
03
04
05
06
Ferrugem
07
08
O
09
10
11
O
O
O
12
Oídio
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
Necrotróficos
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
Futuro próximo ???

Cultivares de soja





Ciclo
Resistência a doenças
Transgenia pode ajudar
Predominância de patógenos
Manejo das doenças



Manejo do inóculo
Tratamento de sementes fungicidas residuais
Novos fungicidas: carboxamidas
Muito obrigado!
Download

Universidade de Passo Fundo Faculdade de