Uma Vida Bem-Sucedida
Um estudo de Princípios Econômicos
e de Vida Baseados na Bíblia
Para estudo pessoal ou em grupos
Por Luke S. Weaver
Tradução: Myron Paul Kramer
Uma Vida Bem-Sucedida
Um estudo de Princípios Econômicos
e de Vida Baseados na Bíblia
foi publicado originalmente no inglês sob o título
Successful Living
A Study of Bible-based Economic
and Lifestyle Principles
pela Masthof Press
219 Mill Road
Morgantown, PA 19543-9516 (USA)
Copyright © 2010
e traduzido para o português pela
Publicadora Menonita
Caixa Postal 35
75901-970 Rio Verde – GO (Brasil)
Fone: 64 3071 1831
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Publicadora Menonita.
Sumário
Desenvolvendo Princípios Econômicos
e de Vida com Base na Bíblia
Reconhecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Um sumário da origem deste Livro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
1. Estabelecendo um modo correto de pensar . . . . . . . . . . . . . .
Uma perspectiva econômica bíblica
Fatos e atitudes com relação ao dinheiro
Aceitação do controle supremo de Deus
2. O testemunho cristão no estilo de vida e nos tratos comerciais . .
3. Começando certo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4. Envolvimentos e interações familiares . . . . . . . . . . . . . . . . .
A necessidade e as bênçãos da união no casamento
Incluindo os filhos
5. Relacionamentos e conduta na vizinhança. . . . . . . . . . . . . . .
6. Responsabilidade, prestação de contas, autodisciplina e diligência
O registro de informações
Ensinando responsabilidade à sua família
7. A ética de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8. Ponderações para os empregadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9. Instruções para empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
10. O trabalhador autônomo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11. Gratidão e contentamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Encontrando realização
12. A generosidade e outros atos benevolentes. . . . . . . . . . . . . . .
Colaborações e ajudas
A hospitalidade
13. Poupança e investimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
14. Frugalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
15. Planejamento financeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
iii
... 1
. . 15
. . 21
. . 31
. . 43
. . 49
.
.
.
.
.
.
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.
.
67
79
85
93
95
. .103
. .115
. .121
. .125
16. Gastando com responsabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Compreendendo prioridades
Gastar com sabedoria e autodisciplina
17. Temperança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
18. Ética e valores comerciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Parcerias
O comerciante
19. Emprestando e tomando emprestado. . . . . . . . . . . . . . .
Dívidas
Devedores
Cartões de crédito
Livrando-se das dívidas
Credores
O aval
20. O governo e os impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21. Lidando com o sucesso e o fracasso . . . . . . . . . . . . . . . .
O sucesso
O fracasso
22. Seguros e medidas de proteção. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
23. Lidando com injustiças e litígios. . . . . . . . . . . . . . . . . .
Túnicas, capas e bens roubados
Litígios
24. Advertências a respeito da inveja, ciúme, cobiça, avareza, etc.
25. Aposentadoria e terceira idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
26. Preparando-se para o final da vida . . . . . . . . . . . . . . . . .
27. Enfrentando o futuro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre o autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
iv
. . . . .129
. . . . .139
. . . . .143
. . . . .155
. . . . .165
. . . . .171
. . . . .179
. . . . .185
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.189
.197
.201
.207
.215
Reconhecimentos
Este livro é dedicado a todas as pessoas que desejam aprender mais sobre
a ordem de Deus para a vida aqui na terra e como viver uma vida aceitável ao
Senhor nosso Criador, especialmente no tocante a questões de estilo de vida,
finanças e negócios.
Reconhecimentos pela realização desta obra são devidos a muitas pessoas.
Em primeiro lugar, muito tributo se deve ao meu próprio pai que procurou
ensinar e exemplificar a honestidade, a virtude e a integridade conforme ele as
entendia com base na Bíblia. Mesmo reconhecendo que não era perfeito, ele
conseguiu deixar uma herança de exemplos e ilustrações da sabedoria bíblica
e do bom senso para a sua família. Ele nos ensinou muitas coisas, contando
e recontando histórias, ditados e acontecimentos que ilustravam as lições a
serem aprendidas. Muitos princípios foram fundamentados sobre versículos
específicos e outras histórias extraídas da Bíblia.
Houve também parentes e homens com os quais eu me criei ou com quem
trabalhei que de diversas formas me ensinaram princípios valiosos.
Muito reconhecimento e agradecimento também são devidos às muitas
pessoas que compartilharam as suas experiências, pensamentos e ideias, bem
como o seu entendimento das Escrituras.
Agradecimentos também a todos aqueles que incentivaram a escrita deste
livro e deram sugestões e apoio. Reconhecimentos convêm pelos esforços daqueles que revisaram esta obra e contribuíram com suas sugestões.
Este livro não é direcionado a nenhum grupo específico de pessoas, faixa etária,
cultura ou circunstâncias. O autor espera que possa servir de auxílio e ânimo para
todos os leitores em sua vida cristã. Que o nome de Deus seja louvado e honrado.
Convém esclarecer mais um detalhe. Este livro provavelmente contém alguns erros, citações equivocadas ou erros de interpretação de Escrituras, bem
como outros tipos de erros. Ao leitor é franqueado o direito de discordar de
qualquer colocação que representa as opiniões pessoais do autor. Espera-se que
também se sinta à vontade para discutir tais assuntos com aqueles com quem
estiver estudando este livro.
De igual modo o autor espera que os leitores possam sentir-se à vontade em
comunicar com ele sobre os assuntos abordados ou correções que devem ser feitas.
Luke S. Weaver
31 Rapp Road
Fleetwood, Pa. EUA
email: [email protected]
v
Um resumo da origem deste livro
No ano de 1992, o autor participou de uma conversa onde se comentava
que muitos jovens parecem estar iniciando a vida sem uma preparação adequada quanto a assuntos financeiros e com uma carência de sabedoria econômica
bíblica tão necessária para uma boa vida cristã. Foi dito que em função disso
muitos jovens já começam as suas vidas endividados e não demora até começarem a ter dificuldades financeiras.
Esta conversa estimulou o autor a procurar medidas preventivas para ajudar
os jovens a evitarem estas dificuldades financeiras, em vez de tentar ajuda-los
depois de já estarem em dificuldades. O primeiro resultado deste esforço foi
uma lista de 32 perguntas. Estas perguntas foram elaboradas por inspiração e
pensando nos jovens. Foi uma tentativa de estimular debate em grupos e abrir
o caminho para encorajar os jovens a buscarem orientação na Bíblia para a sua
vida, trabalho e atividades comerciais.
Estas perguntas foram apresentadas e discutidas em reuniões de estudo
bíblico nas quartas-feiras na igreja. O interesse e participação por parte dos
jovens foi muito bom. Não demorou até que vários casais jovens se interessarem em fazer o mesmo estudo. Mais tarde os pais também se interessaram e assim aconteceram diversas reuniões incluindo toda a congregação. A partir daí
começou a surgir interesse em outras congregações por estes ensinamentos,
tendo como resultado vários anos de palestras em diversos lugares nos Estados
Unidos e no Canadá.
Ao longo do tempo em que estas palestras estavam sendo apresentadas,
muitas anotações e referências bíblicas foram anotadas num caderno. Com o
tempo, várias pessoas começaram a sugerir e pedir que este material acumulado fosse disponibilizado na forma de um livro. Após algum tempo e depois de
pedir conselho a várias pessoas, chegou-se à conclusão de que seria útil desenvolver este tipo de livro para estudo e debate.
O desejo e a esperança do autor é que este livro ajude muitas pessoas e seja
uma bênção para famílias e amigos, de uma forma que traga honra e glória a
Deus.
vi
Introdução
Este não é um seminário para ensinar como “ficar rico”. Não é um livro
guia recheado de fórmulas detalhadas ou instruções passo a passo para a vida.
Contudo, o que se espera é que você, leitor, possa colher algum conhecimento
que possa ajudar a sua vida funcionar de uma forma mais ordenada, para assim
Deus poder abençoar você e aqueles em sua volta. Também, espera-se que possa haver algumas coisas que o ajudem a lidar com os problemas, dificuldades
ou circunstâncias aparentemente injustas que surgem no seu dia a dia.
Enquanto você estuda, lembre-se que não existe segurança financeira total. O que se deve buscar é a estabilidade financeira que está ao alcance da
maioria das pessoas em circunstâncias normais. Faça disso um de seus objetivos cristãos; de achar gozo em ter uma vida aprovada por Deus e notória pela
sua estabilidade econômica.
Este estudo não aborda todas as áreas e circunstâncias da vida. Você poderá
ter perguntas ou necessidades não mencionadas nele. Neste caso permita que
Deus, através do Espírito Santo, fale a você e o oriente naquilo que está enfrentando na vida, e isto na sua própria linguagem, conforme aconteceu em Atos
2:7-11 onde cada um ouvia o que estava sendo falado em sua própria língua.
Pelo fato de muitos assuntos serem interligados, alguns pensamentos e referências bíblicas aparecem sob vários títulos.
Podemos ficar tão acostumados com o nosso modo de viver que nem cogitamos fazer mudanças em nosso estilo de vida, práticas comerciais ou metas.
Podemos estar com as mentes fechadas para a possibilidade de mudanças de
rumo que são necessárias. À medida que você estuda, procure estar preparado e disposto a receber direção do Espírito Santo para a sua vida. Deus pode
querer transformar alguém “de uma vara para uma flauta” e esta transformação
poderá vir acompanhada de algum desconforto mental ou, até mesmo, de alguma dor.
Progresso e mudanças notáveis são possíveis se estivermos dispostos a receber ajuda. Nunca é bom dizer: “Eu não dou conta” ou “Para mim, isso não
dá certo”. Nunca subestime aquilo que o poder de Deus e um compromisso
honesto com as suas diretrizes podem fazer em sua vida.
Nem todos os ensinamentos vão caber para todas as pessoas ou circunstâncias. Por exemplo, algumas pessoas possivelmente precisarão diminuir o
vii
ritmo de seus esforços e atividades materiais, enquanto outras talvez devam
ser mais diligentes em seu trabalho e negócios para se enquadrarem dentro da
ordem de Deus.
Com a exceção das citações bíblicas, este livro não deve ser visto como
uma autoridade final sobre qualquer assunto.
Procure assimilar e utilizar qualquer ponto que couber na sua vida e para
a sua necessidade particular. Mesmo que seja somente um ponto, Deus poderá
abençoá-lo se o colocar em prática.
As perguntas apresentadas neste estudo têm a finalidade de despertar a
mente e estimular o debate. Espera-se que todos os participantes façam perguntas e compartilhem os seus pensamentos e experiências. Tenha sempre a
sua Bíblia por perto porque nem todas as referências bíblicas, especialmente
as mais longas, são transcritas dentro do texto. De igual modo, você poderá
querer procurar e citar versículos de sua própria inspiração ou pesquisas.
À medida que você lê, estuda e debate, tenha o cuidado de não formar
opiniões e julgamentos sobre a administração financeira ou estilo de vida e
práticas de outras pessoas. Ainda que seja preciso corrigir alguns aspectos de
suas vidas, as suas circunstâncias poderão ser bem diferentes daquilo que você
imagina.
viii
Estabelecendo um modo correto de pensar
Capítulo 1
“O
Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor
do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que
necessitando de alguma coisa, porque ele mesmo é quem dá a todos a vida, a
respiração, e todas as coisas. De um só fez todas as nações dos homens, para
habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes
ordenados e os limites da sua habitação. Deus fez isto para que o buscassem,
e talvez, tateando, o pudessem achar, ainda que não está longe de cada um de
nós. Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos. Como também alguns dos
vossos poetas disseram: Somos também sua geração” (Atos 17:24-28).
Esta escritura já nos dá uma boa ideia de como estabelecer um modo correto de pensar. Ela deixa claro o fato de que o céu e a terra, bem como as coisas
espirituais e naturais, não são assuntos distintos. Foi Deus quem fez tudo e
ainda é soberano em todas as coisas. O cristão, que mantém uma visão de uma
pátria melhor, leva uma grande vantagem em se tratando de manter um bom
equilíbrio no tocante ao dinheiro e outras coisas terrenas.
Uma perspectiva econômica bíblica
O termo “economia” tem um significado que vai muito além da simples
aquisição e uso do dinheiro. É a “Ciência que trata dos fenômenos relativos à
produção, distribuição e consumo de bens e serviços” (Aurélio). Neste estudo
queremos analisar esta ciência por uma perspectiva bíblica.
As questões econômicas são, até certo ponto, questões secundárias. Para
1
2
Uma Vida Bem-Sucedida
o cristão, a busca do reino de Deus através de seu Filho, Jesus, precisa ser a
primeira e mais importante (leia Mateus 6:30-34). Todas as outras coisas precisam vir depois desta busca. Não obstante, as questões econômicas e opções
de estilo de vida não são um assunto separado ou independente. Uma fé viva
fará sentir os seus efeitos em todos os aspectos do seu dia a dia.
1. Muitas vezes os ideais quanto ao estilo de vida e as escolhas que as
pessoas fazem com relação à aquisição de bens são intimamente
ligados à sua condição financeira. Isto é aceitável para o cristão? Se
a resposta for não, por que não? Se for sim, até que ponto?
Muitos dos versículos que tratam destas questões econômicas, mostram claramente que Deus importa com as coisas que de fato são importantes para nós.
Ele importa como vivemos, como atuamos no comércio e como nos relacionamos com as nossas famílias e vizinhos. É importante a maneira que tratamos os
comerciantes quando fazemos compras ou os nossos clientes quando vendemos
para eles, bem como um sem-fim de outras coisas. Deus tem toda razão em se
preocupar com a nossa maneira de ver e pensar sobre as coisas desta terra.
2. Como esta compreensão deve influenciar nossos pensamentos e
sentimentos?
3. Você está disposto a ser “vivificado” em suas ações e modo de
pensar sobre as coisas desta vida e a maneira que vive?
4. Como Salmo 14:2-3 se aplica com relação a nosso modo de pensar sobre as coisas terrenas?
Na Bíblia existem muitos ensinamentos diretos e práticos sobre dinheiro,
negócios e estilo de vida. Ela tem uma abundância de conselhos sábios para
nos ajudar no caminho da vida. Já foi dito que Jesus ensinou mais sobre a vida
terrena, os bens materiais e as atitudes corretas referentes ao dinheiro e o seu
uso, do que sobre qualquer outro assunto.
5. Você acredita que isso seja verdade? Ou possivelmente seria mais
fácil responder a esta pergunta no final deste estudo?
É preciso avaliar todos os versículos e o seu contexto. Se somente lermos Lucas
6:20, onde diz:“Bem-aventurados os pobres”, e Marcos 10:24-26, sobre confiar nas
riquezas, o camelo e o fundo da agulha, bem como outros versículos parecidos,
poderíamos concluir que as riquezas são más e que a pobreza é garantia de justiça.
Estabelecendo um modo correto de pensar
3
Por outro lado se lermos somente versículos como Provérbios 10:22: “A
bênção do Senhor enriquece”, ou Lucas 18:29-30: “Na verdade vos digo que
ninguém há, que tenha deixado casa... pelo reino de Deus, que não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna”, ou o desejo
registrado em 3 João verso 2: “desejo que te vá bem em todas as coisas, e que
tenhas saúde”, ou a promessa de prosperidade do Salmo 1:3: “cujas folhas não
caem. Tudo o que fizer prosperará”, facilmente poderíamos criar a ideia de que
a fé e a justiça nos garantem riquezas e saúde. Para chegarmos a uma conclusão
certa, temos que levar em conta os dois lados do assunto. Alguns versículos
enfatizam um lado e outros, o outro.
6. Então, o que é necessário para estarmos equilibrados em nossa
compreensão da vontade de Deus para nós e nossas famílias?
7. Será este um dos maiores desafios para o cristão hoje?
8. O desafio de encontrar um equilíbrio nas coisas materiais é igual
para todas as gerações, países, culturas e eras?
O primeiro Salmo deixa claro que as consequências e resultado final da
vida dependem das virtudes e dos valores que a pessoa escolher.
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
3
Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem. Tudo o que fizer prosperará. 4Os ímpios não
são assim, mas são como a moinha que o vento espalha. 5Pelo que os ímpios não
subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. 6Pois o Senhor
conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”.
As folhas mencionadas no versículo três podem ser comparadas às atividades e conduta do nosso dia a dia. No sentido natural aqueles que trabalham
com plantas frutíferas sabem que quando há um problema, os primeiros sintomas normalmente aparecem nas folhas: folhas murchas ou enrugadas, com
manchas pretas, manchas brancas, beiradas queimadas, entre outros sintomas.
Para a planta ser produtiva, tanto ela e as suas folhas precisam ser mantidas em
boa saúde. De igual modo, as “folhas” do cristão, ou seja, a sua conduta não
deve murchar, nem deve ter manchas, etc. As folhas da vida no dia a dia devem
estar sadias para a pessoa produzir fruto que glorifique a Deus.
9. Então, podemos concluir que se a pessoa está tendo problemas
espirituais, as primeiras evidências disso estarão nas “folhas”, nas
4
Uma Vida Bem-Sucedida
atitudes com relação às coisas da vida, na rotina diária dos negócios, possivelmente uma falha na integridade pessoal, escolhas erradas no estilo de vida, etc.?
10. Até que ponto o cristão pode se apegar à promessa contida no
versículo 3 de que tudo que fará, prosperará?
Segue uma citação do livreto, Christian Stewardship in Estate Planning,
(Administração Cristã de Espólios), publicado pela Gospel Publishers. A primeira frase diz: “A extensa responsabilidade da nossa administração de coisas
materiais é tão importante que Cristo a coloca como um indicador da nossa
fidelidade nas coisas espirituais e eternas”.
Esta declaração está se referindo ao requisito de cristãos serem fieis “no mínimo”. Jesus disse: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito, e quem
é injusto no mínimo, também é injusto no muito. Se nas riquezas injustas não
fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras? E se no alheio não fostes fiéis,
quem vos dará o que é vosso?” (Lucas 16:10-12).
Nestes versículos a ênfase está na fidelidade, não na aguçada consciência
do dinheiro, nem mesmo em quantidades de dinheiro. Note bem a palavra
“também”. Se a pessoa é fiel e confiável, ou não, no pouco, a tendência é que ela
também o seja no muito.
11. Sendo que o homem tem uma natureza depravada, não é difícil entender como a infidelidade nas coisas pequenas facilmente acaba
aparecendo nas coisas maiores também. Mas, levando em conta esta
natureza depravada, como pode ser verdadeiro o oposto, que a fidelidade nas coisas pequenas acaba passando para as coisas maiores?
12. É possível uma pessoa ser indiferente e negligente nas coisas terrenas, mas fervorosa na vida espiritual?
13. É verdade que se a pessoa for cuidadosa e diligente nas coisas
pequenas, que as coisas maiores normalmente não vão ser um
grande problema?
14. Em se tratando da fidelidade com aquilo que pertence a outras
pessoas (leia o verso 12), como pais podem instruir seus filhos nas
virtudes tão necessárias de honestidade e fidelidade em preparação para o serviço fiel, especialmente quando se trata dos bens e
do dinheiro de outros?
15. Como esta instrução pode afetar a formação de um futuro diácono, ou esposa de diácono?
16. Quando esta instrução deve se iniciar? E como?
Estabelecendo um modo correto de pensar
5
Lucas 16:13 continua: “Ninguém pode servir a dois senhores. Ou há de
aborrecer a um e amar ao outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro.
Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Já foi dito que é possível servir a Deus com dinheiro, mas não é possível
servir a Deus e ao dinheiro.
17. O que você pensa sobre esta declaração?
Seguem alguns exemplos que mostram a seriedade da fidelidade financeira. Determinado homem, assim que ele procurava encontrar Deus e paz,
começou a sentir-se muito culpado pela sua infidelidade como administrador da sua vida e pelo dinheiro que havia desperdiçado. Isto se tornou um
ponto muito importante na sua experiência de arrependimento e ele passou
a ter absoluta certeza de que Deus importa como usamos o nosso dinheiro
e bens.
Outro homem arranjou um emprego novo. Poucos dias depois de começar neste novo trabalho, ele, todo feliz, contou ao seu patrão como havia sido
muito esperto e quanto dinheiro a mais havia ganhado com aquela esperteza.
O patrão, no entanto, ao invés de ficar feliz com a sua história, o demitiu imediatamente. Ele disse claramente que não podia aceitá-lo mais como funcionário, pois um funcionário que roubasse para ele, também seria capaz de roubar
dele, e assim, ele não aceitava nenhum tipo de fraude ou roubo. Esta história
demonstra a infidelidade com o dinheiro de outra pessoa.
Paulo escreveu aos coríntios sobre a obrigatoriedade da fidelidade. “Ora, além
disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” (1 Coríntios 4:2).
18. O que gera a verdadeira fidelidade?
A maneira como você administra os seus negócios hoje diz muito a respeito da sua pessoa. Também serve como indicador para saber se a igreja ou os
responsáveis pelas missões poderiam confiar em você para administrar bem o
dinheiro das missões. Responsabilidades podem mudar rapidamente o comportamento de uma pessoa. Mas, normalmente, esta mudança de comportamento não é para melhor. Geralmente as boas qualidades precisam ser aprendidas antes de sair de casa.
19. Diante desta colocação, é justo julgar a aptidão de uma pessoa
para determinado cargo ou serviço baseado na sua condição financeira ou conduta pessoal com o seu próprio dinheiro e bens?
6
Uma Vida Bem-Sucedida
O domingo é um dia especial para o cristão, mas a sua conduta nos outros
seis dias da semana mostra que tipo de pessoa ele realmente é e o que a sua fé
está fazendo, ou deixando de fazer por você. As suas atitudes nos outros seis
dias da semana são seis vezes mais importantes do que as atitudes do domingo. São nestes seis dias que ele dá a sua maior contribuição para a sociedade.
Normalmente é nestes seis dias que você tem maior influência sobre aqueles à
sua volta, ou para o bem, ou para o mal, dependo do conteúdo do seu coração.
“Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto, (todos os dias da semana), e assim vos tornareis meus discípulos” ( João 15:8).
20. Quão conscientes e preocupados devemos ser com a influência
do nosso estilo de vida e conduta diária sobre outras pessoas?
21. É possível sermos totalmente neutros em nossa influência sobre outras
pessoas e não deixar nenhuma marca na sociedade em que vivemos?
22. Quando os jovens se tornam responsáveis pelos efeitos de suas
ações e atitudes?
As pessoas, seus temperamentos e circunstâncias, são distintas umas das outras.
Parece mesmo que Deus nunca quis que todos fossem iguais e agissem iguais. Não
obstante, os princípios da Bíblia são sempre iguais para cada nação, cultura e época.
“Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Salmo 119:89).
“Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra do nosso Deus subsiste eternamente” (Isaías 40:8). Povos surgem e povos desaparecem, tempos mudam e condições variam, mas a verdade de Deus sempre permanece constante e confiável.
23. Como é possível que um único livro tenha instruções para todas as
circunstâncias?
Fatos e atitudes a respeito do dinheiro
O dinheiro é um meio de intercâmbio comercial, um sistema para regulamentar o comércio. Por si só, ele não é nem bom, nem mau. No entanto, a maneira como as pessoas encaram o dinheiro, o amor que têm por ele, as muitas
maneiras negativas pelas quais o adquirem e aquilo que fazem com ele, todas
estas coisas podem e causam muitos problemas sérios para a humanidade. O
dinheiro pode trazer sentimentos de júbilo, mas pode também com a mesma
facilidade trazer ansiedade, tristeza, violência e sofrimento. Pelo fato do dinheiro representar riqueza, poder e status, existe um perigo enorme da pessoa
ser dominada por um desejo exagerado de vencer e ficar rico.
Estabelecendo um modo correto de pensar
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1. Você pode citar alguns versículos que ajudam a manter uma perspectiva equilibrada com relação ao dinheiro?
2. Você conhece alguns fatores de bom senso que podem ser usados para manter um equilíbrio neste assunto?
O dinheiro não compra amor, felicidade, amizade ou paz, mas o amor
pelo dinheiro, com certeza, pode abafar estas virtudes. Ganhadores de loterias
e pessoas que de uma hora para outra ficam ricas muitas vezes descobrem esta
verdade. Muitas pessoas que buscaram a realização nas riquezas e bens têm
encontrado muitos problemas e grandes decepções.
3. Quais seriam algumas boas maneiras de lidar com a tendência de
achar que as riquezas podem trazer felicidade?
4. O livro de Eclesiastes pode ajudar nisso?
Na verdade o dinheiro é muito limitado naquilo que pode fazer para nós.
“O dinheiro pode comprar a casca de muitas coisas, mas não o cerne. Ele
pode proporcionar alimento, mas não apetite; remédio, mas não saúde; conhecidos, mas não amigos; servos, mas não fidelidade; dias de alegria, mas não
paz e felicidade” (Henrik Ibsen 1828-1906).
“Veja a sua saúde; se a tem, louve a Deus por ela e valorize-a como sendo
somente inferior à boa consciência; pois a saúde é a segunda mais valiosa bênção que nós como mortais podemos ter; uma bênção que o dinheiro não pode
comprar” (Izaak Walton 1593-1683).
Não se engane; toda boa dádiva vem de Deus – não do dinheiro. Leia
Tiago 1:16-17.
5. O que é necessário para entendermos o que o dinheiro pode e
não pode fazer?
6. Se de fato o dinheiro é tão limitado naquilo que pode fazer, por
que diz em Eclesiastes 10:19 que “o dinheiro é resposta para tudo”?
Em 1 Timóteo 6:10 diz: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os
males”. De fato isto é verdade. O amor pelo dinheiro provoca todo tipo imaginável de problemas e dificuldades entre as pessoas.
Ezequiel 7:19 fala da prata e do ouro das pessoas, ou seja, o seu dinheiro, e
diz que “serviram de tropeço da sua maldade”. Aparentemente o seu dinheiro
foi a causa de caírem no pecado.
Parece que uma atitude errada a respeito do dinheiro confere a ele um poder
8
Uma Vida Bem-Sucedida
estranho e assustador sobre as pessoas, às vezes fazendo-as cometer coisas que
jamais pretendiam fazer.
7. O problema não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro é que
cria os problemas. Certo ou errado?
8. Qual a melhor defesa contra a possibilidade de ser dominado
pelo poder do dinheiro?
9. Se pudéssemos compreender a verdadeira realidade sobre as riquezas, será que o dinheiro perderia grande parte da sua atração?
Um termo muito usado entre cristãos, e até na sociedade secular, para advertir contra o desequilíbrio nas coisas desta terra é materialismo. Uma definição disto seria: “A teoria ou doutrina que o bem-estar físico e as posses terrenas
constituem o maior bem e os mais altos valores na vida; um apego enorme ou
excessivo a coisas ou interesses mundanos”. A primeira parte desta definição
descreve o materialismo na sua forma mais agressiva. A segunda parte, onde
fala de “apego excessivo”, muitas vezes é menos aparente na vida. 1 Timóteo
6:5 se refere a outro tipo de materialismo onde fala: “cuidando que a piedade
é fonte de lucro”.
10. Pode haver muitos tipos e vários graus de materialismo. Será que
todos são errados?
11. Como você iria definir “um apego excessivo a coisas ou interesses
mundanos?”
12. Qual é a solução para este problema?
Um problema intimamente ligado ao materialismo é o de uma mente sobrecarregada com os cuidados desta vida quando Deus procura falar conosco.
O nome disso é “preocupação”. O Dicionário Aurélio define isso como sendo,
“1. Ato ou efeito de preocupar-se. 2. Ideia fixa e antecipada que perturba o
espírito a ponto de produzir sofrimento moral: 3. Inquietação proveniente
dessa ideia; cuidado: Os problemas financeiros provocam-lhe um estado de
grande preocupação”.
Isto não é um problema somente dos dias atuais. Em Mateus 22:4-5 vemos
um exemplo bem claro disso: “Depois enviou outros servos, recomendando:
Dizei aos convidados que já preparei o meu jantar: Meus bois e cevados já foram mortos, e tudo está pronto. Vinde às bodas. Porém eles, não fazendo caso,
foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio”.
Esta tendência de se interessar mais com as coisas materiais do que com
Estabelecendo um modo correto de pensar
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as espirituais não está restrita a nenhum grupo de pessoas. Tanto pessoas bem
de vida, pessoas de nível médio de vida e pessoas fracas de situação podem ser
afligidas com casos graves de materialismo.
13. A solução para este problema é igual para todos? Para os ricos, os
de classe média e os pobres?
14. Você é capaz de citar um versículo que tenha a resposta para esta
inclinação humana?
15. A oração de Provérbios 30:7-9 seria uma resposta adequada?
O dinheiro e as coisas são somente para este tempo, nesta terra. Em 2
Pedro 3:11 diz: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas não
deveis ser em santidade e piedade?”
16. Você tem uma resposta para esta pergunta?
Em 1 Coríntios 7:30, Paulo escreveu como deve ser a nossa mentalidade
em relação às coisas desta vida: “os que compram, [devem viver] como se nada
possuíssem”.
17. O que isso quer dizer? Realmente é possível alcançar uma mentalidade assim?
A vida como nós a conhecemos se resume ao tempo e, por sinal, um tempo
bem curto. “O que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e
logo se desvanece” (Tiago 4:14). Em Hebreus 9:27, vemos que após esta breve
vida terrena, o homem tem um encontro marcado: “E, como aos homens está
ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo”.
18. Sendo este o caso com o homem e as coisas que ele possui, como
podemos melhor “remir o tempo” e sermos bons administradores?
19. Sobre quais escrituras ou fatos você baseia a sua conclusão?
20. Como podemos nos precaver contra desapontamento e remorso com relação à maneira que tenhamos passado os nossos dias,
quando chegar o momento de partir desta terra?
Tudo pertence a Deus; nós somos apenas administradores por algum tempo. “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam” (Salmo 24:1). Nada está isento desta declaração.
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Uma Vida Bem-Sucedida
21. Sendo assim, até que ponto é correto dizer ou pensar que “Isso é
meu”, “Eu comprei” ou “Sou o dono disso ou daquilo”?
Outra mentalidade importante que se deve manter é reconhecer que não devemos pensar somente em nossos próprios interesses. “Não atente cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Filipenses 2:4).
Isso tem a ver com viver prudentemente conforme lemos em Efésios 5:15. Olhe
em sua volta! Pense nas outras pessoas e seus interesses, condições e desejos.
Infelizmente existem pessoas que passam pela vida atropelando tudo e todos, atentos somente a seus próprios objetivos e desejos, gostos e desgostos.
Em certo sentido é o cúmulo da imprudência quando alguém se atenta somente para o resumido campo de seus próprios interesses. Esta atitude torna a
pessoa bruta e egoísta, disposta a passar por cima de todos os outros na busca
daquilo que acha que merece.
22. Esta não é uma atitude saudável. Como ela pode ser corrigida?
23. Todo mundo deve desejar ter uma visão e compreensão melhor
sobre este assunto?
Aceitação do controle supremo de Deus
A quantidade de bens que temos ou deixamos de ter, em última análise,
não muda muita coisa. Deus é capaz de multiplicar as coisas conforme ele vê
por bem. Veja os exemplos a seguir:
1 Crônicas 21:3: A repreensão e encorajamento de Joabe para Davi: “O
Senhor acrescente ao seu povo cem vezes tanto como ele é. Ó rei meu senhor,
não são todos servos de meu senhor? Por que requer isto o meu senhor? Por
que traria ele culpa sobre Israel?”
Josué 23:10: Sendo fiel o povo de Israel: “Um só homem dentre vós perseguirá a mil”.
1 Reis 17:12-16: Falando da farinha e do azeite da viúva, diz: “A farinha
da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até o dia em que o
Senhor dê chuva sobre a terra”.
João 6:9-13: Cinco pães e dois peixes para alimentar 5000 homens! E ainda restarem 12 cestos de sobras?
2 Pedro 3:8: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o
Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”.
1. Isso é possível com o dinheiro, ou outras coisas?
Estabelecendo um modo correto de pensar
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2. Como podemos compreender e praticar confiança na promessa
de Deus de suprir as nossas necessidades? (leia Mateus 6:33).
Deus também pode fazer minguar recursos e materiais, ou não deixar aumentar se ele assim determinar.
Analise Ageu 1:5-11, onde fala de semear muito e ceifar pouco, vestir-se,
mas não aquecer-se, ganhar salários para pô-los em sacos (bolsas) furados, etc.
3. Por que as coisas não iam bem para eles? Qual foi o problema?
4. Provérbios 23:5, diz: “Porque certamente isso [a riqueza] fará para
si asas, e voará ao céu como a águia”.
5. Se Deus pode fazer aumentar ou diminuir, aparentemente sem
uma justificativa lógica, conforme ele desejar, até que ponto precisamos sempre procurar fazer o nosso melhor?
Segundo profecias bíblicas e a história do mundo, não é sensato esperar prosperidade material e econômica para sempre, por mais que isso pareça normal hoje.
Lembre-se dos sete anos de fome de Gênesis capítulo 41 e da Grande Depressão e
seca nos Estados Unidos na década de 1930. Lembre-se também da experiência de
Jó: “O Senhor o deu e o Senhor o tomou” (Jó 1:21). Jó também disse: “Receberemos [somente] o bem de Deus, e não receberemos o mal?” (Jó 2:10).
6. Qual seria a sua resposta a esta pergunta de Jó?
7. Como podemos nos preparar para alguma eventual recessão econômica sem, contudo, perder oportunidades para negócios ou
sermos muito pessimistas?
Tempos difíceis normalmente fazem-nos crescer e nos preparam para desafios futuros. Foram os tempos difíceis que fizeram com que os filhos de Israel
estivessem dispostos a deixar a terra do Egito, onde antes gozavam uma vida
muito boa.
8. Devemos pensar em tempos difíceis como sendo uma preparação
para alguma tarefa ou circunstância futura?
9. Pais devem usar esta estratégia para prepararem seus filhos para
enfrentar as realidades da vida?
Em Lucas 16:8 diz que “os filhos deste mundo são mais prudentes na sua
geração do que os filhos da luz”. Em muitos casos, isso parece ser verdade quando se
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Uma Vida Bem-Sucedida
trata de tomar decisões sábias em termos materiais e financeiros. Visto como se dedicam constantemente à análise destes assuntos, muitas vezes têm conhecimento
de oportunidades financeiras que os cristãos não conhecem ou nem têm interesse.
10. Diríamos que os cristãos estão em desvantagem material ou financeira por causa de sua fé?
11. Como o segundo pensamento contido em Mateus 10:16 se aplica
a este assunto?
Em contrapartida, os ensinamentos da Bíblia, quando seguidos, tornarão os
cristãos mais sábios do que aquelas pessoas que andam no caminho errado. “Os teus
mandamentos me fazem mais sábio do que os meus inimigos (ou seja, aqueles que
não obedecem a Deus)” Salmo 119:98. O Salmo 19:7 diz: “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples”.
12. Quem é, pois, o servo fiel e prudente? (Mateus 24:45)
13. Esta sabedoria está disponível a todos?
14. Até que ponto é correto para as pessoas, à medida que adquirem
mais experiência, sentirem-se mais seguras e preparadas para tomar decisões?
15. De quais formas o conhecimento bíblico protege os cristãos das ciladas
ou reveses econômicos e dos perigos de um estilo de vida errado?
É comum ouvirmos falar de bom senso. (Diga o que você entende que
seria o bom senso.) Em Isaías, capítulo 28, encontra-se uma possível explicação bíblica daquilo que seria o bom senso. Começando no verso 23, explica
que o lavrador sabe, ou pelo menos deve saber, como lavrar a sua terra e como
plantar. Poderíamos dizer que ele conhece estas coisas através da experiência.
Isso pode bem ser verdade, mas no verso 26 diz que: “O seu Deus o ensina, e
o instrui acerca do que há de fazer”. Isso constitui a expressão máxima do bom
senso, isto é, do entendimento presente no coração dedicado a Deus.
16. Existe alguma coisa que possamos fazer pessoalmente para adquirir mais bom senso?
17. Será que todas as pessoas, quer reconheçam a Deus ou não, possuem uma medida de bom senso?
Os cristãos não devem se apegar muito às coisas desta terra. É correto que
entre mais forte que for o nosso interesse nas coisas de Deus, menos interesse
Estabelecendo um modo correto de pensar
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teremos nas coisas desta vida. O apóstolo Paulo afirmou: “Todas as coisas me são
lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Coríntios 6:12).
18. O que é necessário para termos um propósito igual ao de Paulo?
Uma atitude correta com relação ao dinheiro e bens terá um efeito positivo em muitas (talvez todas) áreas da vida e ajudará a corrigir muitos dos
problemas da vida. A sua atitude quanto a estas coisas, quer certa, quer errada,
diz muito a seu respeito.
19. Você é capaz de entender a sua atitude quanto ao dinheiro e coisas relacionadas?
20. Uma atitude correta está ao alcance de todos?
21. Ela é igual para todas as pessoas e todos os tempos?
22. A Bíblia é a única fonte e autoridade final sobre a qual devemos
fundamentar as nossas atitudes e objetivos com relação aos bens
materiais e assuntos financeiros?
No Salmo 24:3-5, há um diálogo interessante quanto à nossa atitude e
modo de enfrentar a vida. Primeiro faz uma pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu lugar santo?”
Depois segue a resposta: “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração,
que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá
do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação”. Note especialmente a
frase “limpo de mãos”. Isso poderia envolver muita coisa.
23. Como você descreveria “limpo de mãos”?
24. E “puro de coração”?
Já foi dito que: “É possível mexer em quase qualquer parte da vida de uma
pessoa, menos nos seus filhos ou seu bolso”. Sim, é verdade que estas são áreas
muito sensíveis na vida das pessoas, mas certamente o cristão não deve ser uma
pessoa intocável. Por outro lado, é possível falar muito e compartilhar informações indevidas quanto à sua família, suas posses e suas circunstâncias, e assim criar outro tipo de problema.
25. Qual, então, é a atitude correta quanto a estes assuntos e com qual
franqueza se deve falar deles?
26. De que forma Mateus 7:3-5 se aplica a esta questão?
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Uma Vida Bem-Sucedida
Em se tratando do nosso interesse na vida daqueles em nossa volta, precisamos tomar cuidado porque é fácil sermos muito críticos, ou fazermos muitas
perguntas, querendo saber de coisas que não nos convêm, e assim nos tornar
mexeriqueiros e intrometidos.
27. O que devemos fazer quando achamos que outra pessoa está se
intrometendo em nossa vida?
Neste esforço de manter uma atitude correta e encontrar orientação para a
vida, lembre-se de Provérbios 3:5-6: “Confia no Senhor de todo o teu coração,
e não te estribes no teu próprio entendimento; reconhece-o em todos os teus
caminhos, e ele endireitará as tuas veredas”.
A exortação de Paulo em Tito 2:9-10, embora estivesse exortando aos servos, ainda é muito pertinente para nós hoje.
Segue a tradução de uma poesia interessante quanto à mentalidade que
devemos ter com relação às coisas terrenas.
Como você vive o travessão?
Certo homem, ao falar no velório de seu amigo,
citou datas em lápide gravadas, de nascimento e morte do falecido.
Do nascimento falou primeiro, depois da morte do distinto,
No entanto, disse, importante mesmo,
É o travessão entre um e outro acontecimento.
(1944 — 2008)
Pois o hífen representa todo o tempo, que seu amigo aqui passou,
Que agora passado, somente tem valor para quem ele amou.
De casas, carros ou dinheiro, não era importante quantos tinha,
Importante mesmo era como agia, como vivia e como amava.
Portanto, como está a tua vida; existem coisas pra consertar?
Do amanhã não tens certeza, nem daquilo que poderás mudar.
Se puderes compreender o que realmente tem valor,
Procurar entender os anseios das pessoas em derredor,
Estressar-se menos; mais tolerância, mais apreço demonstrar,
E às pessoas mais importantes da sua vida mais amar,
Se aos outros puderes tratar com mais respeito, com um sorriso,
Sempre lembrando quão pequeno é este travessão, este tão pequeno risco.
Para quando junto à tua urna alguém queira discursar,
Do travessão da sua vida não precise se envergonhar.
– Autor Desconhecido
O testemunho cristão no estilo de vida
e nos tratos comerciais
Capítulo 2
P
ara a maioria das pessoas não importa em qual igreja você congrega, o
que seu pastor prega, nem o que você pessoalmente diz que crê. Normalmente elas julgam você pelo que é; pelas atitudes que você demonstra,
pelas palavras que usa e pelo que faz.
As suas ações falam muito mais alto do que as suas palavras. Em 1 Pedro
2:12 diz: “O vosso procedimento [estilo de vida] entre os gentios seja correto,
para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, observando
as vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação”.
1. Até que ponto nós devemos nos preocupar com as realidades citadas acima?
Em Filipenses 2:14-15 somos instruídos a não murmurarmos para podermos resplandecer como astros no mundo.
2. Todas as murmurações e queixas diminuem a eficiência do testemunho cristão?
3. Todas as queixas e reclamações são erradas?
4. Como se pode ajudar alguém que sempre vive reclamando das coisas?
Provérbios 4:18 diz: “A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai
brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. Esta vereda está se referindo ao
caminho da vida.
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