estética & filosofia da arte
carlos joão correia
2013-2014 2ºSemestre
http://www.magd.ox.ac.uk/
wallinger/movie.html
• cromossoma Y
• árvore da vida
• parque dos veados
• salgueiros de Magdalen
• árvore da evolução
• árvore genealógica (17)
• arquitectura do College
• “Número de Ouro” 1.618
• rendilhado gótico
• “divining rods” - radiestesia
• Eixo Y vertical das coordenadas cartesianas
• Y(BA)
• sistema helénico=400 sistema latino=150
Mark Wallinger. Y
Magdalen College, Oxford - 550 anos [1458] - 2008
jusani / lago jusan - kim ki-duk - spring, summer, fall, winter... and spring - 2003
leonardo
sandro botticelli - primavera - 1482
albrecht dürer
bruegel/brueghel - os caçadores na neve - 1565
vermeer - rapariga com brinco de pérola 1665
renoir
Deux soeurs sur la terrasse - 1881
Van Gogh - De sterrennacht- 1889
monet
Le Bassin aux Nymphéas, harmonie verte, 1899
picasso
mãe, filho - 1902
klimt
Bauerngarten mit Kruzifix 1911
chagall. aleko. 1949
maurice sapiro
gold on the water
richter
betty. 1988
Salman Kahn e Steven Zucker discutem Betty
“Quer se trate da beleza da natureza ou da arte,
podemos dizer de um modo geral: belo é aquilo que
apraz no simples juízo (não na sensação sensorial nem
mediante um conceito). Ora, a arte tem sempre uma
determinada intenção de produzir algo. Se este [algo]
fosse porém uma simples sensação (...) que devesse
ser acompanhada de prazer, então este produto
somente agradaria no juízo mediante os sentidos. Se a
intenção estivesse voltada para a produção de um
determinado objecto, então, no caso, de ela ser
alcançada pela arte, o objecto aprazeria somente
através de conceitos. Em ambos os casos porém a
arte não aprazaria no simples juízo, isto é não
enquanto bela arte mas como arte mecânica.
Portanto, embora a conformidade a fins no produto
da arte bela seja intencional, ela contudo não tem que
parecer intencional; isto é, a bela arte tem que
aparecer por natureza, conquanto na verdade
tenhamos consciência dela como arte.”
Kant. Crítica da Faculdade do Juízo. §45
“A alma/ânimo (Gemüt) vai da sensação ao
pensamento atravessando uma disposição
intermédia, na qual a sensibilidade e razão
actuam
em simultâneo e que, por isso
mesmo, abolem mutuamente o seu poder
determinante [...] Esta disposição intermédia
em que o ânimo não é coagido nem física
nem moralmente e onde, contudo, ela
encontra-se activa nesses dois planos,
merece o privilégio de disposição livre - se
chamamos físico [disposição material] o
estado de determinação sensível, e lógico
ou moral [disposição formal] o estado de
determinação racional, logo teremos de dar
a esse estado [...] o nome de estético.
[disposição lúdica]”
Schiller. Cartas sobre a Educação Estética do Ser Humano.
20ªcarta, §4
“A beleza é a Ideia concebida como a unidade imediata do
conceito e da sua realidade, na medida em que esta unidade
se apresenta na sua manifestação real e sensível.”
“Estas aulas são dedicadas à Estética. O seu tópico é o reino
vasto do belo; de uma forma mais precisa, o seu escopo é a
arte ou, melhor, as belas-artes. Para este tópico, a palavra
Estética, tomada literalmente, é a ciência da sensação, do
sentir. (...) Por causa do seu carácter insatisfatório, ou de uma
forma mais precisa por causa da superficialidade desta
palavra, tentativas foram feitas para criar outras, como por
exemplo, “Kalística”. Mas é também inadequada porque a
ciência que se pretende não trata do belo como tal mas apenas
da beleza na arte. (...) Como nome pode ser retido, mas a
expressão correcta para a nossa ciência é a Filosofia da Arte”.
Hegel. Lições sobre Estética. [Werke 13. Frankfurt/aM:
Suhrkamp.1970, pp.157 / 13]
“1. A base de toda a arte é a sensação.
2. Para passar de mera emoção sem sentido à emoção artística, ou susceptível de se tornar
artística, essa sensação tem de ser intelectualizada. Uma sensação intelectualizada segue dois
processos sucessivos: é primeiro a consciência dessa sensação, e esse facto de haver
consciência de uma sensação transforma-a já numa sensação de ordem diferente; é, depois,
uma consciência dessa consciência, isto é: depois de uma sensação ser concebida como tal —
o que dá a emoção artística — essa sensação passa a ser concebida como intelectualizada, o
que dá o poder de ela ser expressa. Temos, pois:
(1) A sensação, puramente tal.
(2) A consciência da sensação, que dá a essa sensação um valor, e, portanto, um cunho
estético.
(3) A consciência dessa consciência da sensação, de onde resulta uma intelectualização de
uma intelectualização, isto é, o poder de expressão.
3. Ora toda a sensação é complexa, isto é, toda a sensação é composta de mais do que o
elemento simples de que parece consistir. É composta dos seguintes elementos: a) a sensação
do objecto sentido; b) a recordação de objectos análogos e outros que inevitável e
espontaneamente se juntam a essa sensação; c) a vaga sensação do estado de alma em que
tal sensação se sente; d) a sensação primitiva da personalidade da pessoa que sente. A mais
simples das sensações inclui, sem que se sinta, estes elementos todos.”
Fernando Pessoa. Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. (Textos estabelecidos e prefaciados por Georg
Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1966.192.
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