A Relação Terapêutica:
Aplicação à Terapia
Cognitiva
Carla Eloá Ferraz
Beck A., Terapia Cognitiva da Depressão
Importantes Considerações
a. Quais são as melhores formas de ajuda?
(no que eu acredito)
b. Estou realmente ajudando?
(o que eu estou fazendo)
c. O que é melhor para cada paciente?
(tenho certeza do que faço)
POR QUE AS TERAPIAS FUNCIONAM ?
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Técnicas específicas de cada abordagem.
Fatores inespecíficos que são comuns a
todas as terapias.
São necessários, porém não são suficientes para
produzir um efeito terapêutico ideal.
As características do terapeuta que
facilitam a aplicação da TC inclui:
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Cordialidade
Empatia Acurada
Autenticidade
“Se esses atributos são superenfatizados ou
minimizados, eles podem ocasionar ruptura
da colaboração terapêutica.”
Advertência!!!
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

As técnicas cognitivas e comportamentais,
com freqüência parecem enganosamente
simples.
Um terapeuta novato pode focar na técnica a
ponto de ignorar os aspectos humanos da
interação terapeuta – paciente.
Em qualquer abordagem o terapeuta deve ter
precaução com as diferenças de valores
morais e religiosos e com a sua identificação
com os problemas do paciente.
Cordialidade
Uma atitude cordial ou um interesse diligente
pelo paciente pode ajudar o paciente à não
perceber o terapeuta como indiferente ou
distante, ou ver-se como uma carga
indesejável para o terapeuta.
Cordialidade
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Percepção da cordialidade pelo paciente Grau real de cordialidade expressado pelo
terapeuta.
Importância da cautela e vigilância em exibir
a atitude cordial.
Ex: “Eu não mereço tanta atenção”
“Eu estou enganando o terapeuta, ele
parece gostar de mim, mas eu não presto”
“ O terapeuta me ama”
Importante

Prestar atenção aos sinais que sugerem que suas
atitudes estão sendo contra producentes.
Ex: perguntar a percepção do paciente com relação
ao terapeuta.


A cordialidade pode ser expressada pelo tom de voz
e modo de falar.
No início do tratamento o paciente pode precisar de
expressões mais ativas de cordialidade.
Empatia Acurada
“Se refere o quão bem o terapeuta pode entrar
no mundo do paciente, ver e experimentar a
vida da forma que o paciente faz.”
Empatia Acurada
O terapeuta pode partilhar um pouco da
aflição do paciente.

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Essa demonstração ajuda o paciente a
considerar o terapeuta compreensivo.
Facilita a revelação adicional de sentimentos
e cognições.
Empatia Acurada

Perceber as expectativas do paciente ajuda o
terapeuta à ser capaz de extrair comportamentos
improdutivos e ser menos crítico sobre eles.
Ex: Paciente negativista, paciente cético.

O terapeuta empático pode começar a desenvolver
antídotos ou contra-argumentos para estas idéias
negativas.
Importante

O terapeuta deve ter cuidado para não
projetar as suas atitudes ou expectativas
sobre o paciente, e acabar distorcendo o seu
relato.
Ex: morte da mãe do paciente.
Importante
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A faixa etária do paciente.
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A escolaridade.
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Nível socioeconômico
Cuidado com os pré julgamentos...
Empatia e Simpatia
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Simpatia: sentimento de compaixão e
compartilhamento ativo do sofrimento do
paciente.
Empatia: inclui um componente intelectual e
emocional, visa entender a base cognitiva dos
sentimentos do paciente.
A empatia implica em desapegar-se dos
sentimentos do paciente a fim de manter a
objetividade em relação aos seus problemas.
Genuinidade
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
É um ingrediente importante em todos os tipos de
psicoterapia.
O terapeuta genuíno é honesto consigo e com o
paciente.
Ele não pode ser áspero ou perturbador em sua
franqueza.
O paciente pode perceber erroneamente a
franqueza como criticismo, hostilidade ou rejeição.
(depressivo)
Genuinidade

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Não é suficiente ser genuíno e sim saber
comunicar esta genuinidade ao paciente.
Um terapeuta novato pode exagerar na
tentativa de assegurar que o paciente se
recuperará.
A Interação Terapêutica
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Confiança básica
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Rapport
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Colaboração
Confiança

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Confiança Básica Genuína – pacientes demonstram
uma transferência positiva possível de ser
trabalhada favorecendo o progresso.
Pseudoconfiança – os pacientes podem enfatizar a
sua necessidade de dependência; testar os limites
do terapeuta. (histriônicos, obsessivos)
Desconfiança Básica – os pacientes não fazem
nenhum progresso até que esse problema seja
resolvido
Rapport
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É um acordo harmonioso entre as pessoas.
Quando existe o rapport o paciente percebe
o terapeuta como:
alguém que está sintonizado com os seus sentimentos;
 simpático, empático e compreensivo;
 alguém que o aceita com todos os seus “defeitos”
 alguém com quem ele pode comunicar-se sem ter que
detalhar os seus sentimentos.

“Quando o rapport é ideal , o paciente e o terapeuta se
sentem seguros e confortáveis um com o outro.”
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Empatia Acurada