SOLUÇÃO
Publicação Institucional da ESAB Brasil
ESAB Brasil:
uma história
de sucesso
Março 2006
Índice
• Tecnologia ESAB é aliada
da Marcopolo
04
• Sistema de aspiração
Nederman na Kepler Weber
09
• Sistema Aristo revoluciona
mercado de soldagem
11
• Case Pantanáutica 19
• Soldagem mecanizada
Double Joint de dutos
21
• Soldagem de dutos no campo
22
• Histórico ESAB Brasil:
uma história de sucesso
24
• ESAB comemora 50 anos
de Brasil 28
• Consolda:
antecipando tendências
Expediente
Publicação institucional da ESAB Brasil
Rua Zezé Camargos, 117 – Cidade Industrial
Cep. 32210-080 – Contagem – MG
[email protected] - www.esab.com.br
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Editorial
Após o término do ano de 2005, quando a ESAB completou, com muito orgulho, seus 50 anos de atividades no Brasil,
somos levados a olhar para trás para avaliar o caminho percorrido e nos preparar para o futuro que nos aguarda.
Nestes 50 anos, a ESAB Brasil sempre esteve ao lado de
seus clientes, suportando e atendendo às suas necessidades
em todos os ciclos de desenvolvimento do País. Embora
frustrados com o desempenho da economia brasileira nos
últimos anos, fruto de uma política econômica conservadora
e restritiva ao crescimento dos negócios, não podemos deixar de olhar para o futuro com confiança.
A prometida reativação da indústria naval brasileira
parece estar finalmente saindo do campo dos sonhos e se
tornando uma realidade palpável, com o andamento do processo de licitação de 24 grandes navios para a Transpetro
e a promessa de mais 22 em um futuro próximo, além
da possibilidade da construção de mais 36 navios para a
estatal venezuelana de petróleo PDVSA. A construção das
super plataformas P-51 e P-52 continua em ritmo acelerado e
outras plataformas estão em fase de licitação ou de projeto.
No passado, a ESAB sempre foi a maior parceira dos
estaleiros brasileiros no fornecimento de consumíveis e
equipamentos de soldagem, e não poderia estar ausente desta nova fase de renascimento da indústria naval.
Continuamos sendo o principal fornecedor de consumíveis
para as plataformas P-51, P-52 e PRA-1, e grande parte
dos investimentos na renovação do parque de equipamentos dos estaleiros foi feita com equipamentos de solda,
corte e automatização ESAB.
Em maio acontecerá, em São Paulo, mais uma edição da
Feira Internacional da Mecânica, e a ESAB estará presente,
como sempre, com uma grande quantidade de lançamentos
em todas as linhas de produtos. Novos retificadores, conjuntos MIG, equipamentos para corte plasma manual, mesas
de corte CNC, consumíveis para os segmentos naval e de
tubulações, enfim, será um evento digno do momento atual
do país e, por que não, da ESAB.
Nos encontramos lá, e que o futuro seja tão brilhante
como desejam os nossos corações.
Diretor Presidente – Dante de Matos
Diretor de Vendas – Newton de Andrade e Silva
Diretor Industrial – Luís Cláudio Assis de Mattos
Diretor Financeiro – Luís Fernando Velasco
Gerente de Marketing – Antonio Plais
Produção: Prefácio Comunicação – (31) 3372-4027
• Editora – Celuta Utsch - MTr. 4667
• Redação – Adriana do Carmo e Alexandre Asquini
• Projeto gráfico e editoração – Tércio Lemos
• Fotografias – Arquivo da ESAB
• Revisão técnica – Antonio Plais
Tecnologia ESAB é
aliada da Marcopolo
na fabricação de ônibus rodoviários
e urbanos e de microônibus
Unidade Industrial
Ana Rech (RS)
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Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
U
ma empresa genuinamente brasileira, fundada no final da
década de 40, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul,
há muitos anos reúne competências em torno de projetos
inovadores e, com isso, ensina como é possível se manter
na liderança nacional de seu setor e, ao mesmo tempo, avançar com
firmeza sobre um vasto e diversificado mercado internacional.
A empresa é a Marcopolo S/A, voltada para a fabricação de
carroçarias de ônibus rodoviários e urbanos, de microônibus e de
miniônibus, com domínio de mais da metade do mercado brasileiro
nesse segmento. Em novembro de 2005, a empresa comemorou a
fabricação de sua unidade de número 160.000, marca que o presidente e maior acionista, Paulo Bellini, considera um verdadeiro prêmio “pelo pioneirismo e pela vanguarda” demonstrados até agora.
Além de Bellini, compõem a tríade dos principais acionistas
da Marcopolo o vice-presidente, José Antônio Fernandes Martins,
e também Valter Gomes Pinto. Em setembro de 2005, houve
uma reestruturação organizacional para tornar a empresa mais
flexível, ágil e com capacidade de expansão, com vistas a duplicar
o volume de negócios em cinco anos. Com a reorganização, a
companhia foi desmembrada em unidades de negócios, com
gestão independente, e orientadas para o produto e o mercado,
com quatro áreas de atuação: Ônibus, Veículos Comerciais Leves
(VCL), Produtos Plásticos e Peças & Componentes.
O catálogo da Marcopolo mostra que, atualmente, estão
à escolha dos clientes 15 modelos de ônibus rodoviários, nove
de ônibus urbanos, sete microônibus, além de dois modelos de
miniônibus. Há ainda 12 modelos de poltronas para ônibus do
tipo rodoviário, nos padrões executivo, semileito e leito e nove
modelos de poltronas para ônibus urbanos.
Unidades brasileiras
O comando da Marcopolo permance em Caxias do Sul,
onde se localizam duas das quatro fábricas brasileiras. A Unidade
Planalto, situada num bairro homônimo, conta com uma área
coberta de 38 mil metros quadrados para produção de microônibus e veículos comerciais leves e também abriga a diretoria
corporativa. A principal fábrica, contudo, está situada na localidade de Ana Rech; ali, são fabricados ônibus rodoviários e urbanos,
num parque instalado com 60 mil m2 de área coberta, em meio
a uma área total de 305 mil m2.
Também em Caxias do Sul está a sede de uma outra
empresa do grupo, a MVC Componentes Plásticos, direcionada
para o desenvolvimento de soluções rápidas e inovadoras em
plástico, empregando tecnologia de base européia, com processos inteiramente automatizados.
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
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Além de atender às necessidades indicadas por projetos
da própria Marcopolo, a MVC serve às indústrias aeronáutica,
automobilística, de refrigeração e de telefonia e às áreas de
comunicação visual e propaganda, ostentando, por conta
dessa diversificação, certificados com base nas Normas
Embraer e ISO 9002, nos conjuntos de normas alemãs VDA
6 e na francesa Pôle de l´Est. Há outras plantas da MVC também em São José dos Pinhais, no Paraná; Xerém, no município
de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, e na cidade de Catalão, em
Goiás. A MVC opera ainda na cidade mexicana de Monterrey,
sob o nome de Poloplast.
A outra unidade brasileira do grupo, produtora de ônibus,
é a Ciferal Indústria de Ônibus Ltda., instalada em Duque de
Caxias. Essa unidade soma 70 mil m2 de área construída, em
um parque de 193 mil m2 com capacidade para produzir 3.000
unidades por ano. Sua vantagem é estar situada próximo dos
fabricantes de chassis e dos maiores mercados brasileiros de
ônibus urbanos.
Exterior
Uma das empresas brasileiras com maior experiência em
exportação e em operação em outros países, a Marcopolo é
verdadeiramente uma companhia multinacional. O passo inaugural da trajetória que a levou a essa condição ocorreu com
a exportação do primeiro ônibus, em 1961, época em que
aproximadamente 90% da pauta brasileira de exportações se
referiam a produtos primários e em que o parque automobilístico nacional ainda engatinhava.
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Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
Atualmente, a Marcopolo exporta para mais de 80 países,
incluindo França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Portugal,
Holanda, México, Argentina e Arábia Saudita, e possui cinco
plantas no exterior.
Para aproveitar as oportunidades que se abriam com a consolidação da União Européia, ainda nos anos 90, foi implantada
a Marcopolo Indústria de Carroçarias S.A., localizada em Coimbra,
Portugal, com capacidade para produzir 250 unidades por ano.
Em seguida, veio uma unidade mexicana, que, mais tarde
evoluiria para um joint-venture com a Mercedes-Benz: a
Polomex, situada na cidade de Monterrey, com capacidade para
produzir 4.000 ônibus por ano, destinados aos mercados da
América do Norte, América Central e Caribe.
Em Rio Cuarto, cidade da província argentina de Córdoba,
opera a Marcopolo Latinoamérica S.A., unidade com 12 mil
m2 de área construída e capacidade para produzir até 1.250
ônibus urbanos e microônibus por ano, abastecendo o mercado
argentino e de países vizinhos.
Em 2001, quase que simultaneamente, foram inauguradas duas outras plantas no Exterior. Em novembro daquele
ano, entrou em operação a Marcopolo South Africa Pty
Limited, com sede em Johannesburgo, na África do Sul, unidade capacitada a produzir 700 carroçarias por ano, entre
ônibus urbanos e microônibus, destinados principalmente ao
mercado africano. No mês seguinte, foi a vez da Superpolo
S/A, localizada em Bogotá, Colômbia, com capacidade para
produzir, por ano, 2.000 carroçarias para ônibus urbanos,
microônibus e veículos intermunicipais, destinadas ao próprio
mercado colombiano e de países próximos, como Venezuela,
Peru, Equador e Panamá.
A Marcopolo vende tecnologia para a Iveco, que atua na
China e, dessa forma, se mantém próxima de um mercado que
compreende países muito populosos – além da própria China,
também Tailândia, Malásia e Indonésia. A companhia tem representantes em 21 países para atividades como assistência técnica, venda de carroçarias e de peças; no Brasil, esses serviços
alcançam 15 Estados e o Distrito Federal.
Investimentos recentes
Consideradas todas as suas unidades produtivas, no país e
no exterior, a Marcopolo contabiliza 10.300 empregados, um
número 12% superior ao registrado em 2003. Essa variação
é decorrência direta de investimentos feitos ao longo de 2004,
quando foram aplicados R$ 50 milhões na aquisição e instalação de novos equipamentos.
A unidade gaúcha de Ana Rech recebeu o maior volume
de recursos, em razão da implantação de uma nova linha de
montagem, com o que teve ampliada a sua capacidade de
produção de ônibus rodoviários e urbanos com tecnologia mais
avançada. A Ciferal, unidade fluminense, antes responsável
apenas pela produção de ônibus urbanos, recebeu instalações
que permitem a montagem também de microônibus, além de
recursos para aumentar sua produtividade.
Para a modernização e ampliação da unidade da África do Sul,
foram investidos R$ 6,8 milhões. Já na unidade de Portugal, com
investimentos da ordem de R$1,8 milhão, foi construída uma nova
linha de ferramentais e gabaritos, possibilitando o lançamento de
modelos diferentes dos que a concorrência apresenta para o mercado europeu, com utilização de componentes produzidos no Brasil.
A solda
Uma parte desses investimentos feitos pela Marcopolo, em
anos recentes, compreende a modernização dos equipamentos
das células de soldagem (processo MIG-MAG)nas diferentes
plantas. Isso se justifica, entre outras razões, pela importância que
os procedimentos de soldagem têm para a garantia da qualidade
e da segurança das estruturas das carroçarias de ônibus.
Basicamente, a estrutura de um ônibus é feita em aço, e
a união das partes dessa estrutura, bem como sua junção ao
chassis, é feita por meio de procedimentos de soldagem. “A solda
é essencialmente o ponto crítico de resistência da estrutura”, diz
o engenheiro de processo Felipe Perini.
O volume de máquinas de soldagem é também significativo.
Juntas, as duas unidades de fabricação de ônibus de Caxias do
Sul dispõem de aproximadamente 500 máquinas de solda, operadas por mais de mil soldadores em dois turnos de trabalho. A
fábrica da Ciferal, em Duque de Caxias, conta com outras 200
máquinas, com cerca de 300 soldadores.
A empresa mantém, em Caxias do Sul, um centro de treinamento de soldagem. Todos os soldadores admitidos nas unidades da Marcopolo, mesmo os possuidores de um certificado
de soldagem, são testados no centro de treinamento, que serve
também para formar novos soldadores. Outra finalidade do centro é propiciar treinamento periódico de revisão para soldadores
que não estejam atuando diretamente em funções de soldagem
– uma exigência da certificação ISO.
Parceria com a ESAB
Qualquer um dos modelos de ônibus da Marcopolo necessita de milhares de pontos de solda. O volume do material de
solda aplicado varia, dependendo do tamanho do modelo: os
menores, em torno de 30 quilos, e os maiores, até 45 quilos.
A aplicação da solda no processo de ônibus na Marcopolo é
feita essencialmente em duas etapas. Inicialmente, a estrutura é
processada em células automatizadas, com soldagem feita por
robôs e, em seguida, entram nas linhas de montagem, com o
trabalho de soldadores.
Todos os modelos que a Marcopolo coloca em linha são
criados em Caxias do Sul. O projeto principal nasce dentro da
unidade Ana Rech. Ao ser encaminhado para uma outra planta,
uma equipe dessa unidade se encarrega de adequar o projeto
à linha em que será efetivamente montado. O projeto original já
determina todos os pontos de solda.
Há muitos anos, a ESAB está em todas as empresas do
grupo Marcopolo no Brasil. A solidez dessa parceria tem explicação, segundo o engenheiro Perini: “Uma grande vantagem é
que os equipamentos e produtos da ESAB são fabricados no
Brasil, e podemos contar com uma assistência técnica rápida
em todos os produtos”, diz ele.
Um outro ponto significativo é que o pessoal de soldagem, nas
linhas de produção da Marcopolo, já está bastante familiarizado
com os produtos ESAB. “Sabemos que, seja qual for a planta, se
tivermos que enviar uma equipe de soldadores para uma determinada atividade, essa equipe vai operar as máquinas ESAB sem
nenhum problema”, assegura Perini.
Ele destaca ainda dois outros pontos.
Um deles se refere ao fato de a ESAB
sempre se colocar à disposição para
desenvolver soluções que atendam às
necessidades da Marcopolo; um exemplo é
ESAB Feed 30-4
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
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o fornecimento de alimentadores de maior resistência para a
execução de trabalhos em ambientes severos, com grande presença de fumos metálicos, poeira e outros fatores agressivos.
O outro aspecto importante na parceria diz respeito à necessidade de robustez dos equipamentos nas linhas de montagem,
o que é encontrado nas máquinas fornecidas pela ESAB. “Os
produtos que fabricamos têm grandes dimensões e, às vezes,
ao serem deslocados durante a produção, acabam batendo nos
equipamentos de solda. Assim, se usássemos equipamentos
frágeis, eles se danificariam com mais facilidade”.
A solução LAI 400
Na longa parceria da Marcopolo com a ESAB, uma solução
relativamente recente já faz história. Trata-se da utilização do
sistema LAI 400, implantado em 2004, que permite melhor
organização, mais liberdade de ação e maior qualidade no resultado final da soldagem.
O engenheiro Felipe Perini explica que uma das células de
produção é destinada ao acoplamento da estrutura da carroçaria (chamada de ‘casulo’) ao chassis do veículo. Nessa célula,
é preciso alçar e movimentar a estrutura já montada e colocá-la
sobre o chassis, na posição correta, para que seja feita a junção
desses dois grandes sistemas.
Nesse posto, várias máquinas de solda ficavam obrigatoriamente espalhadas ao redor do chassis que receberia a estrutura. As máquinas ficavam próximas dos soldadores, para facilitar
os ajustes indicados nas especificações dos procedimentos de
soldagem, mas, ao mesmo tempo, limitava a ação dos solda-
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dores e, também, dificultava as manobras necessárias para o
acoplamento da estrutura nos chassis.
Com o sistema de soldagem MIG/MAG e tubular LAI
400 da ESAB é diferente. Esse sistema permite ao soldador proceder remotamente (no próprio cabeçote) a ajustes
durante o processo de soldagem. Assim, é possível manter
as máquinas distantes da área de trabalho, sem que o soldador precise se deslocar. As máquinas ficam numa plataforma elevada, de modo que o posto permanece livre para
a atuação das equipes de soldagem e para as manobras.
De acordo com o consultor técnico da ESAB para as áreas
de máquinas agrícolas e automobilística pesada, Júlio César
Raupp, as máquinas também compensam variações de entrada
de energia. “Flutuações menos 10% até mais 10% são perfeitamente assimiláveis pelos equipamentos”, frisa.
Segundo Felipe Perini, o sistema LAI 400 traz vantagens
para a produção, em termos de tempo e de qualidade. O
ganho de tempo fica por conta da redução da necessidade do
deslocamento do soldador até a máquina para ajustes, com a
conseqüente diminuição da dispersão que essa tarefa acarreta
– sobretudo em conversas no caminho.
Além disso, pelo fato de efetuar a regulagem sem ter que
se deslocar até a máquina, o soldador pode promover todos
os ajustes que se mostrarem necessários, seguindo fielmente
as especificações de procedimentos de soldagem referentes
ao modelo sobre o qual está trabalhando. “E este é um fator
realmente significativo, porque garante uma solda muito mais
confiável”, conclui o engenheiro.
Presença ESAB
Com o sistema de aspiração Nederman,
ESAB elimina contaminação por fumos
de solda e particulados na
KEPLER WEBER INDUSTRIAL
À
s vésperas de completar 80 anos – o que aconteceu
em 12 de maio de 2005 –, a fábrica da Kepler Weber
Industrial S/A, localizada na cidade de Panambi, a 380
quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, teve
a confirmação de que receberia, ainda neste ano, R$ 23 milhões
em novos investimentos, segundo anúncio feito pelo presidente
da empresa, Othon D’Eça Cals de Abreu.
Os recursos estão sendo aplicados na aquisição de novos
equipamentos para a modernização da fábrica, com o objetivo
de aumentar a produtividade e rejuvenescer o conjunto produtivo. A idéia é reforçar a posição da unidade na vanguarda
do segmento de instalações para armazenagem de grãos no
mercado latino-americano.
Um dos investimentos feitos no período refere-se à implantação
de um sistema Nederman para exaustão de fumos de solda e particulados, provenientes da operação de soldagem nas cabines de solda. A
ESAB é responsável pelas operações da Nederman no Brasil.
A unidade de Panambi trabalha nos três turnos, fabricando
produtos com maior valor agregado. Detentora da certificação
ISO 9001 pelo Bureau Veritas Quality International, fornece
para o mercado interno e exporta para países da América
Latina, África, Oriente Médio e Ásia. A nova unidade da Kepler
Weber Industrial, localizada em Campo Grande, no Mato
Grosso do Sul, produz sistemas de armazenagem em série.
Projetando e executando cerca de 500 instalações anuais – não
apenas para armazenagem de grãos, mas também sistemas de
armazenamento para indústrias de alimentos, instalações industriais e
distribuição, o lucro da empresa, em 2004, foi de R$ 27,6 milhões.
Desde 1977, o grupo conta com uma unidade na cidade
paulista de Bauru – a Kepler Weber Inox, fornecedora de equipamentos em aço inoxidável para processos industriais. O portfolio
de produtos e serviços do grupo registra ainda o fornecimento
Mário (Kepler Weber), Fábio Schneider (Kepler Weber),
Márcio Hubner(Kepler Weber), Américo Rogério (ESAB/Nederman)
de estruturas metálicas para sistemas de transmissão de energia
elétrica e telecomunicações, bem como sistemas para movimentação e armazenagem de granéis sólidos em estações de
transbordo multimodais, em portos marítimos e fluviais.
Ambiente limpo
Na área de soldagem da fábrica da Kepler Weber, em
Panambi, era muito comum o acúmulo de fumos de solda e
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
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A central Nederman E-PAK 500 é compacta e de baixo nível
de ruído, e sua instalação é significativamente simples. Outra
vantagem está na limpeza de filtro, automática e programável,
o que mantém o filtro limpo e sempre pronto a funcionar sem
necessidade de freqüentes operações de manutenção. “Uma
operação de manutenção mais acurada deve ser feita apenas
a cada três meses, o que permite a ampliação da vida útil do
elemento filtrante”, diz Américo.
O técnico em solda da Kepler Weber, Fábio Schneider, afirma
que a solução trouxe uma melhora significativa para as condições
operacionais dos soldadores, pois estes, além de estarem respirando um ar mais puro, estão também atuando num ambiente
que se insere dentro das normas ambientais ISO 14001.
Como teste, durante três dias, foi feita a medição dos resíduos
recolhidos pelos pontos de aspiração existentes junto às tochas
em três postos de trabalho. “O resultado foi o recolhimento de
um quilo e meio de resíduos, nos três postos, nesses três dias, o
que significa uma média de 166 gramas de resíduos por dia em
cada posto”, comenta o técnico Américo Rogério, acrescentando
que, a partir de janeiro de 2006, será feita uma análise semanal
do desempenho do sistema de aspiração, a cargo da área de
segurança do trabalho da Kepler Weber.
particulados, resultantes das operações de soldagem nas cabines.
O excesso de fumaça dava uma aparência ruim ao setor e influía
até mesmo na iluminação da área.
Na busca de uma solução, a empresa procurou o apoio da
ESAB, por intermédio de sua Divisão Nederman. Foi, então, realizado um estudo preliminar para dimensionar a capacidade necessária
de aspiração do equipamento, para que se pudesse cobrir com
segurança os nove pontos de soldagem existentes na área. Esse
estudo indicou o uso da central de alto vácuo E-PAK 500, produzida pela Nederman da Suécia, e para a qual a operação brasileira da
empresa está capacitada a oferecer completa assistência técnica.
O sistema é constituído de uma rede fixa, composta por um
conduto de vários metros de comprimento, que atravessa todos
os postos, permitindo a tomada da aspiração no ponto exato em
esta é necessária, e com a mesma comodidade que normalmente se tem com as tomadas elétricas ou de ar comprimido.
Além da aspiração dos fumos, por meio de um ponto situado
junto à tocha de soldagem, é possível limpar todo o posto de
trabalho, incluindo as máquinas de soldagem, por meio de um
ponto extra de aspiração. “Nos nove postos de trabalho na Kepler
Weber, há 18 pontos de aspiração”, informa Américo Rogério
Brasil, técnico de aplicação da ESAB-Nederman, acrescentando
que o sistema, em razão de sua potência de aspiração, torna o
processo de limpeza mais fácil, rápido e eficiente.
10
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
Operação mundial
Líder mundial em sistemas para exaustão de poeiras e fumos
em ambientes industriais, a Nederman tem sede na Suécia, onde
mantém parceria com a ESAB, e atua em 62 países, cobrindo,
diretamente ou por meio de representantes, praticamente toda a
Europa e também países do Oriente Médio e do Extremo Oriente,
incluindo a China.
De modo geral, internacionalmente, valendo-se da combinação de diferentes técnicas e de uma ampla gama de produtos, a
Nederman e seus representantes oferecem soluções desenvolvidas
para atender as necessidades específicas de cada cliente – em muitos casos, com a completa responsabilidade por todo o processo
de instalação, do projeto inicial até a conclusão.
No Brasil, a Nederman iniciou suas atividades em agosto de
1996, atuando desde então por meio de revendedores e instaladores autorizados, como uma divisão da ESAB.
Os clientes ESAB podem contar com as soluções de captação de fumos de solda e particulados e sistemas de filtragem
para diversas situações. Os equipamentos são importados
diretamente da Suécia. A Divisão Nederman está localizada na
cidade de São Paulo. com atuação também através da filial de
Porto Alegre, que está capacitada a oferecer suporte técnico e
atendimento, sobretudo aos clientes da região Sul do país.
Sistema
Aristo
revoluciona mercado de soldagem
Conjunto Standard com RoboFeed 30
M
esmo sem ter ainda completado dois anos
novo cartão de memória para controle de produção, com
de lançamento, o Sistema Aristo, desenvol-
interface com PC; software com novos recursos e refino
vido pela ESAB, demonstra que veio para
dos programas de soldagem para melhor performance;
ficar e crescer e já possui novos produtos
nova versão da ferramenta de gerenciamento do siste-
na América Latina. Fato é que entrou em linha, recentemente, a nova fonte de energia AristoMig U 500w,
equipamento multiprocesso inversor MIG/TIG/MMA.
ma ESAT 1.4, entre outros.
A nova fonte é somente um dos produtos de um
sistema que não pára de evoluir e representa, hoje,
A fonte AristoMig U 500w tem como principal van-
referência em soldabilidade, confiabilidade e repetibi-
tagem, em relação ao modelo básico AristoPower 460,
lidade, entre outras características. Acima de tudo, o
o processo TIG, com alta freqüência e refrigeração de
Sistema Aristo tem se destacado por sua performance,
tocha incorporada. Outras novidades do sistema são:
a qual, muitas vezes, tem surpreendido o cliente, com
novas linhas de sinergismo para os diversos materiais -
resultados acima do esperado. E, sem dúvida, a função
inclusive em modo pulsado -, que hoje passam de 230;
SuperPulse TM do sistema é um dos fatores que explicam
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
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Foto durante soldagem robotizada
este sucesso, já tendo sido reconhecido com um dife-
mite transferir o ajuste de um equipamento para outro,
rencial no mercado.
mantendo a padronização, bem como registrar parâme-
Mas o que é o Sistema Aristo? Sobre que bases foi
criado? Que demandas visa atender? O conceito do
Por sua vez, o ESAT possibilita a atualização de
sistema está em sintonia com a realidade de um merca-
software, garantindo que seu equipamento nunca
do que, cada vez mais, procura produtos abrangentes,
fique desatualizado. O Aristo oferece, ainda, a cus-
com soluções inteligentes. A essas duas exigências, o
tomização de linhas de sinergismo. Ou seja, o MA6
Sistema Aristo alia uma ótima performance em solda,
pode ser customizado com linhas de sinergismo que
com linhas de sinergismo para muitos tipos de mate-
atendam ao tipo específico de material soldado pelo
riais, como bitolas de arame e gases, além da função
cliente.
SuperPulse .
TM
12
tros utilizados na solda.
Nesta edição da Solução, você terá informações
O sistema é fácil de operar, possuindo painéis de
detalhadas sobre o Sistema Aristo, verificando como a
controle U8 e MA6, com poucos botões, porém, muitos
tecnologia digital, aliada à experiência ESAB em solda-
recursos. Entre eles, estão recursos de gerenciamento
gem, proporciona surpreendentes resultados, tanto na
do processo, utilizando um cartão de memória que per-
solda quanto em recursos operacionais e gerenciais.
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Evolução
tancial redução do número total de componentes
A história do Sistema Aristo remonta a 1981, com
necessários à produção de uma família de máquinas
o primeiro inversor ESAB: o LHH/LUA. Em 1986, foi
(Aristo/Synergic). Este recurso resulta em menor mão-
lançado o Aristo 315; em 88, o Aristo 500; e em 97, o
de-obra e tempo de produção, assim como, redução do
Aristo 2000. Já em 2001, o sistema evoluiu para o New
capital investido em estoques e melhoria dos resultados
Aristo System e, em 2003, o Aristo Power foi lançado
da empresa.
nos Estados Unidos. Logo em seguida, no ano de 2004,
entrou em linha o Aristo Power Brasil.
Percebe-se, portanto, que o Sistema Aristo utiliza
uma experiência de mais de 20 anos em geração de
tecnologia e desenvolvimento de equipamentos inversores para solda, tanto no que se refere a controle,
Princípios do novo design
O novo design do Sistema Aristo engloba uma
série de princípios e recursos que fazem deste o mais
moderno equipamento de soldagem do mundo. A seguir,
detalharemos os principais:
Total controle do processo de
soldagem - realimentação
quanto a potência e design. Este indiscutível conhecimento possibilitou à ESAB ser o primeiro fabricante de
máquinas a produzir no Brasil um equipamento de tal
• Controle computadorizado - A fonte, o alimenta-d o r
porte, com tecnologia de ponta e elevado valor agrega-
de arame e o painel de controle possuem microproces-
do. Desta forma, a empresa oferece aos clientes uma
sador. O painel de controle é a central no sistema.
solução global, disponibilizando, aqui, como na Europa
• Sensor de voltagem do arco – Um dos parâmetros
e nos Estados Unidos, o mais moderno equipamento de
requeridos por um controlador de voltagem para controlar
solda do mundo.
o processo é a tensão de arco, sendo que esta trabalha
em uma relação próxima de sinergia com o sensor de
Filosofia do Sistema
corrente. A voltagem é medida no alimentador de arame.
O Sistema Aristo representa a primeira fase de
• Sensor de velocidade de alimentação – O motor do
um programa inovador de modularização, destinado
alimentador possui um sensor de velocidade que gera
à melhoria da eficiência e performance dos produtos
60 pulsos por volta, possibilitando total controle da
globais da ESAB. O design de sua fonte de potência é
velocidade, desde 0,8 m/min até 25m/min.
baseado em uma moderna tecnologia de inversor que
• Sensor de corrente de arco – O Sistema possui um
utiliza número reduzido de componentes.
novo sensor de corrente, com sensibilidade de 0,5%,
A utilização da modularização possibilita uma subs-
que não está suscetível às variações de temperatura.
Wire feed speed
Arc Voltage feed back
MMC
Settings
MIG/MAG
MMA, TIG
Welding
Process
regulator
Current
ref.
+
-
Wire
feeder
Power
circuit
Current
sensor
Current feed back
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13
Comunicação CAN-Bus
– indica se há alguma falta, sendo possível parar a
Este protocolo foi estabelecido há mais de dez
produção e resolver o problema, antes de haver dete-
anos. O CAN – Controller Area Network – foi, ori-
rioração da qualidade dos produtos;
ginalmente, desenvolvido pela Intel e Robert Bosch
• Utilização da comunicação CAN em sistemas de
AG para a indústria automotiva. O sistema possibi-
solda mecanizados.
litou a redução do peso de automóveis, com a diminuição de cabos. Trata-se de uma eletrônica embarcada, a qual possibilita a ampliação de funções
que otimizam conforto e segurança, minimizam os
índices de emissões e garantem mais comodidade
e conveniência aos usuários de automóveis. Para
ampliar ainda mais esses benefícios, foi desenvolvida a rede CAN-Bus de dados, que interliga as
diversas unidades de gerenciamento do veículo,
formando uma verdadeira “intranet” que permite o
compartilhamento de informações digitais.
No Aristo, as três unidades do Sistema – fonte de
energia, alimentador de arame, e painel de controle
– são computadorizadas e estão conectadas através
do CAN. De forma que a utilização do CAN-Bus entre
A tecnologia digital, utilizada no Sistema Aristo,
as partes contribui para aumentar a performance do
difere da analógica, porque está imune a variações de
equipamento, resultando em:
tensão de alimentação ou interferências, o que garan-
• menos problemas de conexões;
te o mesmo ajuste em várias situações. Além disso,
• maior confiabilidade na transmissão de dados
também a utilização do sistema CAN-Bus, aliada à
• melhor funcionalidade – um exemplo é a comunica-
melhora no design mecânico, reduz a vulnerabilidade a
ção com PC para atualização do software de equipa-
interferências elétricas. Já o protocolo CAN-Bus checa
mento e das linhas de sinergismo;
automaticamente as funções e, caso haja problema em
• maior qualidade e diagnósticos próprios de funções
alguma delas, esta é retransmitida.
Control
Panel
Can High
Can Low
14
Proteção contra
interferências elétricas
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
Power
Source
Wire
Feeder
Accessories
Remote control
PC - connection
etc.
ESAT Software Update
software na fonte, no alimentador de arame e no pai-
O programa ESAB Software Administration Tool
nel de controle. O ESAT possui, ainda, várias funções
– ESAT – conecta a máquina a um computador, atra-
de serviço que possibilitam controle, carga ou leitura
vés do adaptador CAN. Isso permite fazer update do
de diferentes funções no equipamento.
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
15
Linhas de sinergismo e
posições de memória
Os parâmetros são alterados, de acordo com a velocidade ajustada pelo operador (AristoPendant U8 > 220).
As linhas de sinergismo são parâmetros desenvolvidos pela
Já as posições de memória destinam-se ao arma-
ESAB destinados especialmente a um tipo de arame, bitola e
zenamento dos parâmetros mais freqüentes utilizados
gás, visando à obtenção de excelentes resultados na soldagem.
pelo operador (AristoPendant U8 = 99).
Voltage [V]
Area for spray arc welding
Area for short arc welding
Wire feed speed [m/min]
Aristo SuperPulse TM
Este é um processo único de soldagem, quando for
soldado na posição vertical ascendente, sem a usual manipu-
essencial o controle do aporte de calor. Se a aplicação
lação da tocha, o que é menos cansativo para o operador;
demanda passes de raiz eficientes, ou soldagem de
• aplicação MIG brasing de chapas de aço.
alumínio em posição que abrange todas as espessuras,
Entre as vantagens do AristoSuperPulseTM, enumeram-se:
ou em materiais inoxidáveis, a melhor solução é o Aristo
• torna mais fácil a soldagem em posição;
SuperPulse TM, um novo processo que substitui o TIG.
• permite a soldagem com baixo aporte de calor;
O Aristo SuperPulseTM é mais um avanço no conceito
16
posição de materiais grossos, sendo que o alumínio pode ser
• oferece penetração uniforme;
pulso/pulso, que tem o foco na soldagem de alumínio e
• oferece ao operador maior controle sobre a velocida-
habilidade de controlar o aporte de calor. Seu pacote com-
de da soldagem;
pleto inclui AristoPower 460, AristoPendant U8, AristoFeed
• tem aparência de solda TIG com a produtividade do processo MIG;
30-4w MO. Possui as seguintes combinações:
• tem excelente adaptação a todos os tipos de mecani-
• pulso/curto-circuito: substitui o processo TIG, soldan-
zação, como, por exemplo, o Miggytrac;
do o passe de raiz e permitindo total controle do aporte
• estende a gama de funcionamento com arames maiores;
de calor para qualquer soldagem de chapa;
• é menos sensível a variações de intervalo de junta;
• spray/pulso: processo muito eficiente na soldagem em
• é menos sensível a transferência desigual de calor.
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
MMC Man/Machine
Communication
Esta é uma nova tecnologia que possibilita maior
facilidade de operação do painel de controle. Através
do MMC, o operador se sente confiante na operação
do equipamento, desde os ajustes básicos até os mais
avançados.
Novo mecanismo de
alimentação e roldanas
O mecanismo do Sistema Aristo foi desenvolvido para
se obter uma perfeita alimentação do arame. Robusto e
com uma utilização prática, possui apenas um braço de
pressão, para manter o mesmo ajuste e guias diferenciadas para diversos materiais. Seus rolos têm diâmetros
idênticos, os quais resultam em igual velocidade periférica
e evitam o desgaste do arame, das roldanas e das peças
do mecanismo de alimentação (Obs.: com roldana lisa em
cima, a diferença de velocidade pode chegar a 3,3%).
Inversor secundário
possibilita a otimização do arco e performance da solda.
O Sistema Aristo possui inversor secundário que garan-
Tem ajuste fino de indutância e maior versatilidade, uma
te controle preciso para arco de solda, com performance
vez que, é sinérgico (MIG/MAG e MMA). Desta forma,
equivalente ao inversor no primário e durabilidade com-
aumenta a satisfação do operador e reduz o consumo de
parável à obtida com Tecnologia SCR (Tiristor). Também
energia elétrica, que é equivalente em todos os modelos.
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
17
Comunicação com robôs e PLC’s
O Sistema Aristo também possui alta tecnologia em
• Os componentes são conectados por cabos de dois
metros a 35 metros, com ou sem refrigeração da tocha.
equipamentos de soldagem para aplicações robotizadas.
Os benefícios da comunicação com robôs, tanto para
Com a introdução do conjunto Sistema Aristo/Robô, a
o integrador ou fabricante de robô quanto para o usuá-
ESAB oferece a clientes e integradores um processo de
rio final, são claros. No caso do integrador ou fabricante
soldagem de fácil instalação e manuseio, destinado a
de robô, podem ser apontados:
novos robôs e retrofit.
• Facilidade de instalação e conexão.
Com tecnologia ESAB CAN-Bus, o conjunto inclui a
• U8 com menu de fácil compreensão, que não requer
fonte AristoMIG U 500w ou a AristoPower 460, alimen-
tabela com símbolos. Também não necessita de ferra-
tadores de arame para montagem no robô, interfaces e
mentas adicionais para utilização pelos usuários finais.
o painel de controle AristoPendant U8. A interface com
• Acesso às informações de tensão, corrente e potência,
o controle do robô pode ser feita através de comunica-
possibilitado pela tecnologia CAN-Bus.
ção analógica, digital ou via CAN-Bus. Confira as carac-
Já os benefícios para o usuário final são:
terísticas dos diferentes componentes.
• Alta qualidade de solda.
• AristoPendant U8 - É o cérebro da instalação, permi-
• Alta produtividade.
tindo excelente comunicação homem/máquina. Possui
• Funções especiais, como o SuperPulse TM, para aplica-
15 opções de idiomas, acesso e ajuste dos parâmetros
ções desafiadoras.
de solda, durante a soldagem, controle de qualidade,
• Suporte ESAB, através de especialistas, para que o
lista de erros e controle remoto. Oferece as seguin-
cliente possa obter o melhor do equipamento.
tes configurações de U8: conexão analógica/ digital;
• Tecnologia CAN-Bus, que proporciona análise de
Profibus; Device Net; CAN Open.
falhas e diminui a perda de tempo.
• Fontes de energia para soldagem – São oferecidas as
opções AristoMIG U 500w – que é equipada com refrigeração de tocha – e AristoPower 460.
• Alimentador de arame – O RoboFeed
30 inclui as funções de avanço de arame
manual, teste de gás, sensor de gás, teste
de ar, sensor de tocha (anti-colisão),
EURO Conector.
• Divisor de rede (depende do método de
comunicação) – Conecta o barramento de
comunicação do robô ao Sistema Aristo. Todos
os novos robôs, normalmente, são equipados
com protocolos de comunicação, sejam Profibus,
DeviceNet, CAN Open ou outros. Já para
a comunicação convencional, há a
solução analógica/digital que deve
ser utilizada em retrofits ou
instalações de robôs antigos,
que não possuem protocolos
de comunicação.
18
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
AristoPendant U8
Sistema Aristo se firma
como um dos mais versáteis
equipamentos de solda
A
aquisição de um conjunto sinérgico de solda pelo processo MIG Aristo Power 460 pela empresa Pantanáutica foi
uma amostra das muitas possibilidades do novo sistema
da ESAB, em termos de adaptação às necessidades do
cliente. Mas, mais do que isso, a venda configurou uma situação
exemplar do quão bem-sucedidos podem ser os resultados quando há uma real interação entre cliente e fornecedor, bem como
entre os diversos setores da empresa.
A experiência de sucesso foi narrada pelo gerente regional
de Vendas da ESAB filial Belo Horizonte, Alexandre Cassaro.
Segundo ele, o processo foi iniciado com a equipe comercial,
em julho deste ano. Em uma visita de rotina à fábrica de barcos
de alumínio Pantanáutica, na cidade de Itaú de Minas, Sul de
Minas, o vendedor da ESAB, Gustav Christensson, detectou a
demanda da empresa por um equipamento específico de solda.
A Pantanáutica ainda não figurava no elenco de clientes ESAB.
Nesse primeiro contato, constatou-se que eles trabalhavam com
alumínio em chapas de espessura fina, surgindo, então, a possibilidade de colocar na empresa o Sistema Aristo, que é um sistema
de soldagem bastante sofisticado, desenvolvido pela ESAB.
A partir da constatação da demanda, foram acionadas outras
equipes da ESAB que deveriam se envolver no processo. Atuando
em diversas frentes, a empresa apresentou soluções, fez a instalação e ajustes do equipamento, realizou treinamento. Tudo isso
no prazo de apenas uma semana. O trabalho foi feito em equipe,
envolvendo a área de Engenharia, a área de Produção e a área
Comercial, esta, responsável pelo gerenciamento da interação
das equipes.
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
19
Ao entrosamento entre as equipes, aliou-se o empenho em
suprir as necessidades do cliente, configurando um atendimento
praticamente personalizado. A ESAB enviou para a fábrica, em
Itaú de Minas, uma equipe especializada em testar o Sistema
Aristo. Um vendedor e dois técnicos acompanharam as operações da Pantanáutica e determinaram os parâmetros de soldagem necessários à produção daquela empresa. De posse desse
levantamento, apresentaram a máquina já com as configurações
adequadas. Com um produto totalmente adaptado às suas
necessidades, a Pantanáutica adquiriu o Sistema Aristo.
E o atendimento personalizado da ESAB não terminou com
a venda. Depois disso, iniciou-se uma nova etapa. Antes de o
equipamento ser despachado para Itaú de Minas, dois técnicos
da empresa foram levados à fábrica da ESAB, em Belo Horizonte,
para fazerem um treinamento. Durante três dias, contaram com o
acompanhamento de um profissional da área para terem acesso
a todas as informações sobre a nova máquina. Após esse treinamento, o equipamento foi entregue e, a partir de então, iniciou-se
uma fase de pequenos ajustes do equipamento.
Sistema sinérgico
A satisfação do cliente não se deu apenas à sinergia com o
fornecedor e entre as equipes da ESAB. O próprio Sistema Aristo
tem, entre suas principais características, o fato de ser sinérgico.
Através dessa característica, o equipamento é capaz de ajustar
os parâmetros de soldagem automaticamente, a partir de informações como tipo de arame, bitola e tipo de gás, permitindo a
obtenção de excelentes resultados de soldagem. Além das dezenas de linhas de sinergismo já preestabelecidas no equipamento,
o Sistema Aristo permite a programação de linhas adicionais
específicas para as necessidades da aplicação do cliente.
No caso da Pantanáutica, Cassaro destaca que foram fundamentais, para se estabelecer em os ajustes necessários, as
análises da matéria-prima utilizada pelo cliente, procedidas na
fábrica em Belo Horizonte. O arame de alumínio foi utilizado nas
chapas que o cliente usava. Foram detectadas algumas necessidades de ajuste, inclusive de mudança do arame com o qual
20
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
eles trabalhavam. Foi sugerida uma especificação nova de liga
de arame, à qual o equipamento respondia melhor e que possibilitava resultados mais satisfatórios. Assim, em vez de venda,
prestou-se um serviço de consultoria, em que foram mudados o
equipamento e os consumíveis utilizados pelo cliente. Em outras
palavras, mudança total de processo.
Alexandre Cassaro destaca que, mais uma vez, está comprovado o quanto a tecnologia do Sistema Aristo é versátil e se
adapta rapidamente às necessidades do cliente, não requerendo
testes muito demorados.
Segundo ele, é quase um produto personalizado, com a diferença de que o cliente pode se beneficiar de toda a experiência
da ESAB, embutida na inteligência do equipamento. Pode-se
dizer que é um equipamento customizado para um determinado
segmento de fabricação, e não necessariamente para um cliente.
Se o cliente fosse desenvolver uma máquina específica que se
adaptasse às suas necessidades, o custo seria muito elevado e
inviável.
O Sistema Aristo está sendo utilizado pela Pantanáutica para
a montagem do casco do barco. Trata-se de um serviço da maior
responsabilidade, que precisa de uma solda totalmente confiável,
uma solda mais refinada.
Satisfação do cliente
O sucesso da parceria ESAB-Pantanáutica é traduzido da
melhor forma: na satisfação do cliente. O diretor-presidente da
empresa, Ivan Bretas Pedroso, afirma que está satisfeito não
só com a máquina que adquiriu, como também em relação à
assistência que recebeu da ESAB: “Eles nos fizeram duas visitas
e ainda levaram nosso funcionário para treinamento”, conta.
Ele completa, ainda, que tem conhecimento de causa para
avaliar a qualidade do equipamento, pois realizou testes com
máquinas, do mesmo porte, de três empresas, antes de optar
pelo Sistema Aristo. Sem contar que a utilização do equipamento
já está indo além do previsto inicialmente: “Já estamos soldando
o próprio produto e adaptando o sistema, também, para outras
coisas”, finaliza.
Soldagem Mecanizada
Double Joint de Dutos
Pedro Muniz - Consultor de Solda e Corte - ESAB Filial Salvador
O
processo de soldagem circunferencial mecanizado
Double Joint é uma excelente maneira de aumentar a
produtividade em obras de montagem de dutos. Na
montagem de dutos, normalmente, são realizadas, em
média, 80 soldas circunferenciais no campo por quilômetro, pois o
comprimento médio dos dutos é de 12 metros. Com o processo
de emenda de dutos no “pipeshop”, o número de juntas realizadas
no campo é diminuído pela metade, ou até mesmo para um terço,
a depender do número de dutos emendados (Triple Joint).
Além do aumento de produtividade, o processo também
oferece um menor índice de reparos, principalmente pelo
menor número de soldas em campo e pela substituição de um
processo manual por um processo mecanizado.
A ESAB tem condição de oferecer todos os equipamentos
e consumíveis de soldagem necessários à realização do processo mecanizado de soldagem de dutos.
A figura 1 representa um esquema dos equipamentos
utilizados no processo.
1. Torre Giratória
2. Fonte de Soldagem
3. Virador Motriz
A especificação dos equipamentos e consumíveis de
soldagem depende das dimensões dos dutos, dos requisitos
de soldagem e das propriedades da junta a ser soldada. Esta
avaliação deve ser feita para cada caso, com o auxílio da equipe técnica especializada da ESAB.
Figura 2: Virador
4. Virador Livre
5. Cabeça de Soldagem
Figura 3: Torre Giratória
Figura 4: Fonte de Soldagem
Figura 1: Esquema do processo de emenda de dutos
Virador em funcionamento
Soldagem em campo da junta dos dutos
Figura 5: Aparência do Cordão
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
21
Soldagem de Dutos
no Campo
Pedro Muniz - Consultor de Solda e Corte - ESAB Filial Salvador
C
om a previsão de aumento significativo na produção de
petróleo e gás natural nas bacias marítimas brasileiras nos
próximos anos, verifica-se claramente a urgente necessidade
de se investir no transporte dutoviário, não só pelas vantagens técnico-econômicas, mas, sobretudo, pelo aspecto estratégico
de se diversificarem as opções de transporte de hidrocarbonetos
entre as diversas regiões produtoras e consumidoras do país.
Países desenvolvidos, como EUA e Canadá, possuem
cerca de 300 mil Km de dutos, cada um, enquanto o Brasil
possui apenas 30 mil Km. Isso significa que muitos dutos
ainda devem ser construídos.
A Petrobrás deve construir, até 2010, 4.500 Km de gasodutos, 500 Km de dutos submarinos e 2.500 Km de oleodutos
e polidutos. Existem também novos projetos para alcooldutos e
minerodutos. Segundo a Global Construction Review, estão em
construção (ou em planejamento) mais de 120 mil km de gasodutos, oleodutos e polidutos em todo o mundo.
22
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
Os curtos prazos e o grande número de projetos impõem às
construtoras a otimização nos processos de montagem de dutos.
Uma das principais etapas da montagem de dutos é a
soldagem, portanto, uma otimização nos processos de soldagem gera aumento da produtividade. A ESAB, como principal
fornecedor de consumíveis e equipamentos de soldagem no
Brasil, vem desenvolvendo novos produtos e processos para o
mercado de soldagem de dutos.
Um exemplo de melhoria foi o desenvolvimento dos arames
tubulares autoprotegidos nacionais para soldagem de dutos. Foram
desenvolvidos dois produtos: OK TUBROD 78 OA (E 71T8-K6)
e OK TUBROD 98 OA (E 91T8-G) que permitem a soldagem de
dutos até a classe API 5L X80.
Ambos os produtos são opções para melhoria da produtividade da solda no passe quente e nos passes de enchimento e
acabamento nas progressões vertical descendente e ascendente,
em substituição aos eletrodos revestidos celulósicos.
ESAB Feed PIPE
LHI Pipeweld
Para a utilização desses arames, a ESAB também desenvolveu o alimentador de arame ESAB FEED PIPE, com características específicas para
a aplicação de soldagem de dutos. O alimentador é montado com matérias
leves e resistentes à oxidação, como alumínio e plástico, resultando em um
peso de apenas 12kg.
A substituição do processo manual com eletrodos revestidos pelo
processo semi-automático com arames tubulares aumenta a produtividade
devido ao ganho no tempo de arco aberto por soldador durante o turno de
trabalho. A utilização de um arame contínuo diminui o número de aberturas
de arco e aumenta o tamanho dos cordões de solda. Outra vantagem do
arame tubular autoprotegido é a maior eficiência do consumível, 75%, em
relação aos 60% do processo com eletrodo revestido.
Além do ganho na produtividade, a substituição de eletrodos revestidos
celulósicos pelos arames tubulares autoprotegidos acarreta um ganho de
qualidade, principalmente para os dutos de aço baixa liga, devido à menor
quantidade de hidrogênio difusível encontrado no metal de solda quando
soldado com os arames.
A utilização de arames tubulares autoprotegidos é mais recomendável
para dutos de maior diâmetro, ou seja, com maior volume de solda. A nova
tendência está sendo bem aceita pelas construtoras de dutos que vêm formando mão-de-obra especializada na aplicação de arames tubulares.
A ESAB dispõe de uma equipe de técnicos especializados, capazes de
auxiliar seus parceiros na substituição do processo usual com eletrodos
revestidos com arames tubulares autoprotegidos.
Arames Tubulares Autoprotegidos para Soldagem de Dutos
ESAB
AWS
Tipo
Progressão
Vertical
78 OA
98 OA
E 71T8-K6
E91T8-G
Autoprotegido
Descendente
Passe
Raiz
–
Enchimento/
Acabamento
Até API 5L X65
Até API 5L X80
Eletrodos revestidos para Soldagem de Dutos
ESAB
AWS
OK 22.45P
OK 22.46P
OK 22.47P
OK 22.48P
OK 55.00
OK 73.45
OK 75.60
OK 53.45
OK 73.55
OK 73.85
E 6010
E 7010-G
E 8010-G
E 9010-G
E 7018-1
E 8018-G
E 9018-G
E 8018-G
E 9018-G
E 10018-G
Tipo
Progressão
Vertical
Celulósico
Descendente
Ascendente
Básico
Descendente
Passe
Enchimento/
Acabamento
Até API 5L X80 Até API 5L X46
Até API 5L X56
Até API 5L X70
Até API 5L X80
Até API 5L X60
–
Até API 5L X70
Até API 5L X80
Até API 5L X70
Até API 5L X75
Até API 5L X80
Raiz
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
23
ESAB-Brasil:
uma história de sucesso
Juscelino Kubitschek: o ex-presidente e ex-governador de Minas foi um dos responsáveis pela instalação da ESAB no Estado.
E
m setembro de 2005, a ESAB comemorou seus 50
anos de fundação no Brasil. É meio século fabricando e fornecendo tecnologia para os mais diversos
ramos de atuação. Mas essa história teve origem
ainda na década de 40, bem antes da instalação da fábrica.
Nessa época, a Carlo Pareto S.A., uma organização que
até então trabalhava com materiais de solda oxiacetilênica,
percebeu que a solda elétrica seria mais lucrativa e decidiu
procurar um parceiro. Na busca, a família Pareto soube que,
na Suécia, havia uma empresa especializada. Houve, então,
alguns contatos e, em pouco tempo, os eletrodos da ESAB
estavam sendo distribuídos no território brasileiro. Era o
início de uma trajetória de muito sucesso.
No começo, houve uma certa resistência por parte dos
clientes em relação aos produtos da Empresa. As pessoas
já estavam acostumadas com os seus fornecedores e não
queriam trocar por uma marca que ainda desconheciam.
Mas o representante da ESAB insistia; pedia para fazer uma
demonstração, e todos acabavam impressionados com o
efeito do eletrodo ESAB. O produto soldava qualquer material, com total eficiência. E isso para aquela época era, sem
dúvida, uma grande vantagem, já que faltava aço, devido à
Segunda Guerra Mundial, e as siderúrgicas precisavam colocar no forno as mais diversas sucatas. Os bons eletrodos não
conseguiam soldar com esses materiais; mas o laboratório
24
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
da ESAB, na Suécia, elaborou uma fórmula de solidificação
que dava ótimos resultados, mesmo em um aço difícil. E foi
com esse eletrodo, o 48, que a ESAB começou a conquistar
o mercado no Brasil.
Nasce a ESAB-Brasil - No início da década de 50,
as vendas cresciam... Mas o governo brasileiro resolveu
fechar as importações. Diante dessa situação, só havia
duas alternativas: montar uma fábrica no país ou encerrar
as atividades. Como os produtos já faziam sucesso por
aqui, a ESAB Suécia e a Carlo Pareto entenderam que não
podiam perder esse mercado. Resolveram, então, ficar com
a primeira opção, ou seja, encarar o desafio de iniciar a
produção de eletrodos no Brasil. Porém, se hoje abrir um
negócio leva algum tempo, naquela época o processo era
ainda mais demorado. Por isso, a Carlo Pareto, aproveitando
sua última licença de importação, fez mais uma compra da
ESAB Suécia, em 1953, a fim de suprir a demanda do mercado até que a fábrica já estivesse funcionando. Vieram 360
toneladas, correspondentes a quase três anos de consumo!
Finalmente, em 1955, inaugurou-se a linha de produção.
Desde o início, a principal preocupação da ESAB-Brasil
foi manter o elevado padrão de qualidade dos produtos. No
começo, os clientes estranharam a embalagem, mas, em
pouco tempo, perceberam que a única diferença entre a mercadoria importada e a produzida aqui era a caixa. Os eletro-
Vista do prédio onde ainda hoje funciona a
matriz da ESAB, em Contagem (MG)
dos nacionais ofereciam resultados tão bons quanto os que
vinham da Suécia. E isso fez a Empresa crescer. Tanto que,
já no seu primeiro ano, vendeu 250 toneladas, superando
a média dos anos anteriores, que era de 150 toneladas. E,
antes mesmo de entrar na década de 60, estava comprando
novas prensas para dar conta da produção.
Mas evolução ainda maior aconteceu nos anos 70. O
Brasil vivia o “milagre econômico”, um período de intensa
industrialização. Foi a época de expansão da indústria naval
e ainda de grandes obras e construções. A ESAB era a única
empresa do ramo de soldagem equipada e preparada para
acompanhar o ritmo do país. A Empresa também firmou
uma parceria com a White Martins, que na época tinha mais
de 700 pontos de venda, e, com isso, ampliou sua área de
atuação. Diante de todo esse cenário, sua participação no
mercado só poderia aumentar. E aumentou. Passou de 30%
para 65%.
Para cada obstáculo, o desenvolvimento - Apesar da
excelente aceitação que os produtos da ESAB tiveram no
mercado, a Empresa também enfrentou dificuldades ao
longo de sua trajetória. Porém, ao se deparar com os problemas, a Companhia sempre teve agilidade para encontrar
soluções. Foi graças a essa postura da ESAB, de procurar
superar os obstáculos rapidamente, que surgiu a Fábrica de
Máquinas.
Em 1974, a produção de eletrodos estava em expansão
no Brasil, mas os equipamentos ainda eram importados da
Suécia. Mais uma vez, o governo brasileiro, com o intuito de
desenvolver a indústria nacional de máquinas, decide dificultar as importações. E mais uma vez, a ESAB resolve que, se
não pode trazer de fora, iria continuar atendendo ao mercado, produzindo internamente, e funda, então, em 1975, na
planta de Contagem, a Fábrica de Máquinas.
No início da década de 80, a ESAB comprou uma empresa paulista, a Armco, que também fabricava equipamentos,
e transferiu a Fábrica de Máquinas para São Paulo. Tempos
depois, fez uma nova parceria com a White Martins, e a linha
de produção de equipamentos foi para o Rio de Janeiro, onde
permaneceu por três anos. Até que, no início dos anos 90,
retornou a Contagem. Nessa época, a Fábrica já estava consolidada, desenvolvendo e produzindo, aqui no Brasil, vários
produtos. Em 1975, tinha uma máquina em linha; hoje, já
são mais de 50.
Líder de mercado em relação a eletrodos e equipamentos,
a ESAB-Brasil não se acomodou. Em 1991, antecipando-se
às tendências, partiu para mais um desafio: iniciou a fabricação de arames tubulares, pois via que esse produto poderia
reduzir os custos do cliente. A princípio, teve que vencer a
resistência do seu consumidor, habituado a usar o eletrodo
revestido. Mas, contando com uma equipe altamente qualificada, a Empresa conseguiu mostrar que, para determinados
processos, o arame seria muito mais eficiente. Aos poucos,
disseminou essa nova tecnologia no país, sem, contudo, deixar
de oferecer o eletrodo que, em muitos casos, continua sendo
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
25
o produto mais indicado. Atualmente, a ESAB tem uma segunda unidade em Contagem, produzindo arames tubulares em
larga escala, com as mais avançadas técnicas.
Novos parceiros - A década de 90, assim com a de 70,
foi marcada por progressos na ESAB. Em 1996, a Empresa
fez uma joint-venture com a Conarco, da Argentina, marca
bastante forte no mercado. Com essa união de forças, também conseguiu ampliar sua área, chegando mais facilmente
ao mercado argentino.
Já em 1998, outro importante passo da ESAB. A Empresa
adquiriu a Eutectic, passando a ter contato com os produtos
voltados para a manutenção. No ano seguinte, comprou
uma nova máquina da Suécia, permitindo à Eutectic iniciar a
fabricação de placas antidesgaste. Sem dúvida, fez um ótimo
negócio, já que esse segmento cresce continuamente, e a
ESAB ainda tem a vantagem de produzir a principal matériaprima utilizada, o arame tubular.
E foi assim, fortalecida, liderando o mercado em vários
segmentos, que a ESAB chegou ao novo milênio. Deparouse com novas transformações, passando a ser administrada
pelo grupo inglês o Charter Plc, e ganhou novo vigor. Nos
últimos cinco anos, cresceu muito e conseguiu aumentar as
exportações em 1000%. Atualmente, fornece seus produtos
diretamente para praticamente todos os países da América
A antiga árvore, preservada até hoje em meio às
diferentes construções erguidas na fábrica nas
décadas que se seguiram à sua instalação
26
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
do Sul, Central e Caribe, além de estar alcançando importantes mercados, como Canadá, Estados Unidos, Emirados
Árabes, Ásia e Europa, através das companhias do Grupo.
Sem dúvida, esta cinqüentenária Empresa tem fôlego para
mais 50 anos!
Aliada do progresso
Os produtos da ESAB ajudaram a construir o país, nos
últimos 50 anos. Por meio de suas filiais, instaladas em
vários Estados (hoje, além da matriz, em Minas, a Empresa
tem unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio
Grande do Sul), a ESAB forneceu materiais e acompanhou
de perto diversas obras importantes para a evolução do
Brasil. Confira algumas:
• Refap, em Canoas (construção na década de 60; ampliação nos anos 80/90; duplicação a partir de 2000).
• Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu (construção na década
de 70).
• Pólo Petroquímico de Triunfo (construção na década de
70; duplicação nos anos 90).
• Repar, em Araucária-PR (construção na década de 70;
ampliação a partir de 2000).
• Ponte Colombo Sales, em Florianópolis (construção nas
décadas de 70/80).
• Ponte Rio-Niterói (construção na década de 70).
• Usinas Angra I e Angra II (décadas de 70/ 80).
• Plataforma de petróleo P48 (construção na década de 90).
• Gasoduto Brasil/ Bolívia, no Sul (construção nas décadas
90/00)
ESAB no país do futebol
Certamente, ao ver a marca da ESAB hoje, as pessoas
se lembram imediatamente de produtos de solda. Mas, na
década de 70, o nome da Empresa também esteve ligado a
uma outra atividade bem brasileira: o futebol. A Companhia
tinha um time, formado por funcionários, que chegou a
disputar torneios importantes. O ESAB Esporte Clube, como
era conhecido, por duas vezes foi campeão da Copa Itatiaia
e até subiu para a Primeira Divisão, jogando contra Cruzeiro
e Atlético.
O time surgiu despretensiosamente. Os empregados jogavam nas horas vagas para se distrair, até
que um dia resolveram pedir a um dos diretores da
Empresa, Sr. Leif Gronstedt, um jogo de uniformes.
Sem saber, acabavam de ganhar um aliado importante,
já que Sr. Leif, apesar de sueco, tinha verdadeira paixão por futebol. Por intermédio dele, a ESAB decidiu,
então, investir na equipe: comprou não apenas os uniformes, mas também começou a arcar com despesas
de transporte para os locais dos jogos, contratou um
treinador e, sempre que possível, admitia para o quadro
de funcionários pessoas que tinham habilidades com a
bola. Com o tempo, a Empresa adquiriu um ônibus para
a equipe e chegou a alugar uma casa que funcionava
como concentração.
As partidas não eram realizadas somente em Minas. O
time jogou também em outros Estados, competindo com
clubes famosos. No Rio de Janeiro, por exemplo, enfrentou o Fluminense. Já no Espírito Santo, encarou o Vitória,
vencendo por 2x0. Nessa época, o técnico da equipe era
Carlos Alberto Silva, que recentemente esteve no Atlético
Mineiro.
Com o tempo, o ESAB Esporte Clube passou a aceitar
jogadores que não trabalhavam na Empresa, como Evaldo e
Natal, que vieram emprestados do Cruzeiro. Alguns funcionários se deram tão bem com a bola que foram jogar em
equipes nos Estados Unidos e no Japão.
Ferramenta de marketing - O ESAB Esporte Clube durou
oito anos, mas, por ironia, teve que acabar porque estava
crescendo demais. O time exigia tempo de dirigentes e
outras pessoas da Empresa e, por isso, concluiu-se que
era melhor encerrar suas atividades. No entanto, é preciso
Antigo trator para soldagem ao arco submerso
Embalagem de eletrodos
ressaltar que, em quase um década de jogadas incríveis, o
ESAB Esporte Clube foi um poderoso meio de divulgação da
marca ESAB.
O time entrou para a Loteria Esportiva e, por meio do
futebol, o nome ESAB passou a ser citado com freqüência
pelos veículos de comunicação, tornando-se bastante conhecido. Ainda hoje, 30 anos depois, mesmo sendo a ESAB uma
referência no ramo de soldagem, há quem ainda associe a
marca ao time. Coisas do país do futebol!...
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
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50
anos
unindo arte
e técnica
Festa reuniu clientes, fornecedores, colaboradores
e parceiros de várias gerações no espaço Serraria
Souza Pinto, em Belo Horizonte (MG)
O
binômio “arte e técnica” pautou a comemoração dos 50
anos da ESAB no Brasil e na América do Sul, marcada
por uma grande festa na Serraria Souza Pinto, no dia
28 de outubro. E esta não foi somente a tônica de um
momento festivo. Muito mais do que isso, representou uma espécie
de filosofia, presente em toda a trajetória da Empresa, como bem
expressou a mestre de cerimônias da noite, Bianca Lage, ao abrir o
evento: “É com orgulho que estamos festejando o emprego da arte
e da técnica, cuja união, ao longo de todo esse tempo, possibilitou
um absoluto sucesso empresarial. Da arte de descobrir o incomum
à técnica de aprimorar constantemente os processos industriais, a
ESAB faz a sua história”, destacou.
A festa comemorou o cinqüentenário da Empresa, mas os
grandes homenageados da noite foram os clientes ESAB, em um
reconhecimento de que, sem eles, este momento não teria sido
possível. E, obviamente, a homenagem se estendeu, também,
aos fornecedores, colaboradores e dirigentes, tanto os atuais
quanto os do passado, que tanto contribuíram para escrever a
história da Empresa.
E essa história não se fez somente pela técnica, mas pela arte,
ligada à criatividade e à inventividade de se buscarem novas soluções. São características que já estavam expressas na ousadia do
próprio fundador da ESAB, o sueco Oscar Killberg, que, há mais de
um século, com apenas 18 anos, acreditou que era possível tornar
a solda elétrica uma técnica confiável.
A comemoração reuniu, na Serraria Souza Pinto, os maiores
clientes e fornecedores da ESAB no Brasil e na América do
Sul, bem como a diretoria e o corpo gerencial da Empresa
e da Eutectic, membros da direção da ESAB Mundial e da
28
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
Charter Plc, grupo ao qual a ESAB pertence, além de diversas
personalidades e autoridades. Ao todo, cerca de 350 pessoas
participaram do evento.
A festa foi iniciada com um coquetel, quando os convidados
puderam apreciar uma exposição de artistas variados, cujas
obras eram feitas em metal e solda. Em seguida, houve a
apresentação de um grupo circense, em uma referência à arte
popular. Também foram expostas fotos históricas da ESAB, que
retomavam a trajetória da Empresa.
Escrevendo a história
Os pronunciamentos que antecederam o jantar e o baile e
expressaram com fidelidade o que representa o cinqüentenário
da ESAB. O diretor-presidente da ESAB América do Sul, Dante de
Matos, retomou um pouco da história da Empresa, destacando
seu importante papel nas principais obras do país. Entre elas, estão
estradas e refinarias de petróleo, a Ponte Rio-Niterói, a Hidrelétrica
de Itaipu, a Ponte Colombo Sales, em Florianópolis, as Usinas de
Angra I e Angra II, e o Gasoduto Brasil/ Bolívia.
Além da busca pela qualidade, para oferecer o melhor ao
cliente, Dante de Matos destacou a responsabilidade social, a
inovação, o aprimoramento e a capacidade de adaptação como
“ingredientes” da receita de sucesso da ESAB. “Tenho convicção
de que é graças a essa capacidade de se adaptar tão rapidamente
aos novos cenários e também às necessidades específicas de cada
cliente que o crescimento da ESAB-Brasil anda a passos largos.
Nos últimos cinco anos, enquanto o PIB do Brasil aumentou cerca
de 12,5%, as vendas da ESAB cresceram 157%. Em termos de
exportações, os números são ainda mais expressivos: em todo o
David Gawler, diretor-presidente do grupo inglês Charter Plc,, disse que a
ESAB Brasil é fundamental na estratégia de negócios da holding
O diretor-presidente da ESAB Mundial, Jon Templeman: destaque para
os resultados da ESAB Brasil
centros de fabricação em quatro continentes e com pontos de
vendas e distribuição em mais de 80 países. Um negócio mundial
que, no momento, está gerando cerca de US$ 1,3 bilhão em vendas. Contudo, existe uma lição da qual não nos esquecemos, e é
uma lição que vem sendo passada de nossos predecessores para
este negócio – uma lição dos anos iniciais do desenvolvimento da
ESAB – e, de fato, uma lição daqui da América do Sul. Esta lição
é: ‘tenha a coragem de explorar novos mercados. Não apenas
aqui, onde ainda há um significativo potencial para crescimento e
desenvolvimento, mas em mercados onde nós apenas começamos
a desenvolver oportunidades’”, afirmou Jon Templeman.
Por sua vez, David Gawler, diretor-presidente do grupo inglês
Charter Plc, que a ESAB integra, destacou um importante passo,
que foram as recentes aquisições, pela ESAB, de outras participações no negócio, o que faz com que, agora, a Empresa detenha
o controle total de suas operações. Ele também afirmou que a
ESAB se tornou “peça” fundamental nos negócios e estratégias da
holding: “A ESAB tornou-se um importante componente do grupo
Charter, em 1994, quando foi adiquirida de seus proprietários suecos originais. Isto foi parte da nova estratégia da Charter para concentrar suas atividades em negócios de classe mundial, compostos
por atividades de grande abrangência e autenticamente globais. A
ESAB satisfez tais critérios perfeitamente, e seu desenvolvimento
constante e bem-sucedido na América do Sul é evidência clara da
inteligência desta estratégia original”.
Reconhecimento
Donsú André Chô, da Belgo Bekaert Arames, recebeu placa de homenagem das
mãos do presidente da ESAB Brasil, Dante de Matos
país, houve uma elevação das vendas para o exterior de aproximadamente 100%. Na ESAB, o aumento das exportações foi da
ordem de 1000%! Atualmente, exportamos para todos os países
da América do Sul, Central e Caribe, além de estarmos alcançando
importantes mercados, como Canadá, Estados Unidos, Emirados
Árabes e Ásia, através das companhias do Grupo”, relatou.
Importância mundial
A importância da ESAB América do Sul também foi ressaltada
pelo diretor-presidente da ESAB Mundial, Jon Templeman. Ele
lembrou que os resultados da Empresa no Brasil são um marco
na trajetória mundial da ESAB, que, recentemente, completou 100
anos, tendo como um de seus objetivos permanentes a exploração
de novos mercados, como tem ocorrido na Rússia e na China.
“Se você olhar em termos mundiais, descobrirá que a ESAB
é uma verdadeira investidora global em solda e corte – com 26
As parcerias desenvolvidas pela ESAB no Brasil, tão importantes para o sucesso destes 50 anos, foram representadas em
homenagem prestada à Belgo Bekaert Arames, mais antigo fornecedor da Empresa, que recebeu uma placa de agradecimento. O
representante da Belgo, Donsú André Chô, também presenteou a
ESAB com uma placa e, em seu pronunciamento, lembrou que as
duas empresas participaram ativamente da consolidação do parque
industrial brasileiro. “A satisfação da Belgo Bekaert Arames é ainda
maior, quando lembramos que nós também estamos comemorando 50 anos de parceria, pois trabalhamos lado a lado, desde que a
ESAB iniciou a prospecção no mercado de fornecedores de aço e
encontrou na Belgo-Mineira a matéria-prima para os produtos que
planejava colocar no mercado brasileiro”, rememorou.
Por fim, e como não poderia deixar de ser, a ESAB homenageou
seus milhares de colaboradores, que, ao longo de cinco décadas,
deixaram sua marca e contribuição para o sucesso da Empresa.
Os funcionários foram representados por José Carlos Carvalhar,
gerente de Suprimentos e um dos mais antigos empregados, com
38 anos de casa, que recebeu uma placa de reconhecimento.
Ao agradecer a homenagem, Carvalhar destacou que “o sucesso
de uma organização depende de um grupo unido, atuando com
esforço, comprometimento e competência”.
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
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XXXI Consolda:
antecipando tendências
A
ESAB marcou presença na 31ª edição do Consolda
- Congresso Nacional de Soldagem –, realizada no
período de 28 de novembro a 1º de dezembro, em São
Paulo. Participaram do evento profissionais de diversas
empresas ligadas ao ramo de solda, que abordaram vários
temas interessantes e falaram sobre as inovações do mercado.
Ao todo, foram apresentados 48 trabalhos técnicos. Houve,
ainda, palestras tratando sobre questões diversificadas, como
“Soldagem a laser”, “Cold Wire”, “Friction stir Welding”, “Sistema
robotizado para soldagem de dutos”, “Últimos desenvolvimentos de corte e plasma”, entre outras. Aconteceram também
minicursos e uma visita técnica à fábrica da Lincoln Electric,
localizada em Guarulhos.
O Consolda é um evento promovido pela ABS –Associação
Brasileira de Soldagem. Durante os quatro dias de congresso,
um público seleto, formado por profissionais e estudantes da
área de solda, esteve presente nas atividades.
Participação de destaque
A ESAB teve uma atuação bastante relevante no Consolda.
A Empresa convidou o especialista em soldagem Lars Erik
30
Publicação institucional da ESAB Brasil - Março/2006
Stridh, da Suécia, para realizar algumas apresentações, apontando as tendências do mercado.
Um dos temas abordados por Lars foi “Soluções de soldagem para aplicações off-shore”. Por meio de um minicurso, o
especialista mostrou as novas tecnologias empregadas nesse
segmento. Em um segundo momento, o engenheiro José Luís
Rodrigues da Cunha, da Petrobrás, falou sobre as perspectivas do
mercado brasileiro em relação a esse setor. Ele fez uma previsão
de investimentos da Petrobrás para os próximos cinco anos, indicando como serão empregados os recursos financeiros.
O sueco Lars Erik também proferiu duas palestras: uma
sobre “Arames Tubulares para a indústria automotiva”, em que
apresentou as inovações tecnológicas para esse segmento, e
outra sobre “Manutenção de componentes ferroviários”, em
que mostrou as aplicações que vêm sendo utilizadas na Europa,
onde esse setor já é bastante desenvolvido.
Já no último dia do evento, o engenheiro Flávio Santos, da
área de Desenvolvimento de Máquinas da ESAB, ministrou a
palestra “Transferência pulsada- um novo conceito”, explicando
o funcionamento e as vantagens desse método, que explora a
corrente pulsada e vem sendo desenvolvido pela ESAB.
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23 a 27 de maio
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ESAB Brasil: uma história de sucesso