Cinco razões
para votar
Jerónimo de Sousa
1
O voto em Jerónimo de Sousa é o mais
eficaz para defender os interesses
e direitos dos trabalhadores.
A candidatura de Jerónimo de Sousa
não se afirma, nem é, uma candidatura
"independente": ela assume, clara
e inequivocamente, o seu compromisso
com os trabalhadores portugueses,
os seus anseios e aspirações.
2
O voto em Jerónimo de Sousa
é um voto de utilidade garantida,
o mais seguro voto da esquerda.
3
O voto em Jerónimo de Sousa
é o mais eficaz para derrotar
a candidatura da direita.
5
De todas as candidaturas à esquerda de
Cavaco Silva, a de Jerónimo de Sousa é a
única que, numa linha de total coerência,
coloca como objectivo primeiro e
principal derrotar a candidatura da
direita, age em conformidade com esse
objectivo e por ele se baterá com todas as
suas forças.
4
Uma expressiva votação em Jerónimo de
Sousa, é o melhor caminho para derrotar
a política de direita que há trinta anos
flagela a imensa maioria dos portugueses
e portuguesas e para a substituir por uma
política de esquerda com mais justiça
social e mais democracia.
Um voto que dará também expressão
à insatisfação e ao protesto com a política
do actual governo.
O voto em Jerónimo de Sousa
é um voto na verdade.
A candidatura de Jerónimo de Sousa não
se esconde por detrás de subterfúgios ou
demagogias, é uma candidatura para a
qual a verdade constitui uma questão de
princípio. Entre ganhar votos mentindo ao
eleitorado e perder votos dizendo a
verdade, a opção de Jerónimo de Sousa
será sempre a de dizer a verdade.
O voto em Jerónimo de Sousa
é o voto na esperança.
Na esperança que resulta da convicção de
que há um outro rumo e uma outra
política para Portugal; na esperança que
resulta da rejeição das inevitabilidades e
dos fatalismos inventados pelos que só
pensam em perpetuar a exploração e a
injustiça; na esperança que tem na
revolução de Abril uma referência
permanente; na esperança que se constrói
com acção, com trabalho, com luta.
O voto em Jerónimo de Sousa é um acto
de luta que dá mais força à luta pela
defesa dos interesses dos trabalhadores,
do povo e do país e pela construção do
futuro a que os portugueses têm direito.
Votar em Jerónimo de Sousa é afirmar,
com convicção e confiança, que a luta
por um Portugal com futuro continua
e que a esperança é possível!
À medida que as eleições presidenciais vão
ganhando terreno, vamos assistindo a
catadupas de notícias e análises que, objectivamente, procuram desviar a atenção dos
portugueses dos problemas reais com que
estão confrontados.
Um candidato, Cavaco, o tal que nunca se
engana e raramente tem dúvidas, fez render o
peixe até que finalmente deu à costa e
anunciou aquilo que já todos sabiam: é candidato! Os escribas de serviço realçaram o
pormenor do cenário, o número de bandeiras
nacionais, a cor da gravata do professor.
Enquanto se fala disso, não se fala dos dez anos
em que foi primeiro-ministro e, dessa forma,
aparece como um verdadeiro salvador da
pátria, ainda por cima com a vantagem de
poder afirmar que não é político profissional…
Um outro, Soares, com mais tarimba nestas
andanças, pegou no tema e não lhe dá descanso enquanto o professor não se explicar
melhor sobre essa coisa dos políticos profissionais…
Ainda outro, Alegre, que afinal sempre se
candidata, coloca-se acima da lógica e do aparelho dos partidos, arvora-se em único e
exclusivo defensor dos valores de cidadania…
Pode ser que assim os portugueses não se
lembrem que ele é deputado e dirigente do PS
há bons e largos anos e, por isso, o mais
comprometido com o actual estado de coisas
que, agora, vem denunciar…
E um outro, Louçã, que "olhos nos olhos",
não consegue esconder que o seu principal e
talvez único objectivo, será ficar à frente de um
outro candidato… Não diz uma palavra sobre
os perigos que representaria para Portugal a
vitória do candidato da direita e quanto ao
aborto… sempre alinhado com o PS, vai-se
desdobrando em cambalhotas…
Enquanto o País se vai distraindo com estas
questões, pouco ou nada se diz sobre a forma
como a Constituição deste país está a ser
cumprida. E sobre os reais problemas de
Portugal e dos portugueses, nada!
Os comentadores do sistema têm-se
encarregado de avisar que não estamos a
eleger um governo, que o presidente tem
poucas possibilidades de intervir nestas
matérias, etc., etc..
Mas, caramba! O mínimo que se pode exigir
de um candidato à Presidência da República é
que fale claro sobre os reais problemas do país
e sobre o rumo que defende para o futuro de
Portugal!
Compreende-se que não lhes interesse falar
muito disso. É que quase todos eles têm muitas
e grandes responsabilidades pela situação a
que chegámos!
Consigo, com o seu voto,
isto pode mudar!
Jerónimo de Sousa
aos 14 anos começou
a trabalhar na mec.
cartão de estudante
ou melhor:
trabalhador-estudante.
"Algures em bissau"
em 1969 durante
a guerra colonial
Iniciou e actividade juvenil antifascista como dirigente
da sociedade 1.º de agosto santairiense onde iniciou os seus contactos
com o pcp ao qual viria a aderir em 1974.
JERÓNIMO CARVALHO DE SOUSA nasceu
em Abril de 1947, em Pirescouxe, Santa Iria de
Azóia, no Concelho de Loures.
Oriundo de uma família humilde, teve, como
ele diz, «uma vida normal numa família operária,
com grandes dificuldades económicas, onde se
aplica bem aquela expressão de Soeiro Pereira
Gomes, não tínhamos tempo de ser meninos. A
fábrica era o destino inevitável assim que
fizéssemos 14 anos, idade legal para começar a
trabalhar. Sabíamos que não valia a pena ter o
sonho de ser quadro, intelectual ou de ter uma
profissão liberal. Quando perguntavam o que
queríamos ser, respondíamos que ou seríamos
metalúrgicos na MEC, vidreiros na Covina ou
operários químicos na Solvay (...)»
É assim que se tornou operário metalúrgico
(afinador de máquinas), na MEC. Acumulou o
trabalho com os estudos, até ao 4.º ano do Curso
Industrial. A vida de trabalhador-estudante não
era fácil. «Levantava-me às seis e meia da manhã,
tomava o pequeno-almoço, preparava a lancheira
de um lado e os livros do outro e lá ia eu, a pé, para
a MEC, que ficava a três quilómetros. Na fábrica
estávamos sujeitos a um trabalho muito duro.
Integrou grupos
de cultura e teatro
durante a década de 60.
Em abril de 1976,
com álvaro cunhal,
numa visita à covina.
Depois, saía às seis da tarde, ia a pé até à Póvoa de
Santa Iria, apanhava o comboio para Vila Franca,
ia para as aulas e regressava a casa à uma da
manhã.»
Iniciou a sua actividade juvenil antifascista
como dirigente da Sociedade 1.º de Agosto
Santairiense, integrando diversos grupos de
cultura e de teatro durante a década de 60, onde
iniciou os seus contactos com o PCP e formalizou a
sua adesão, em 1974.
«Esse foi o resultado natural do meio em que
vivia e da própria origem operária – nascido na
cintura industrial de Lisboa e filho de operários –,
enquanto crescíamos, ou logo que chegávamos à
fábrica, havia naturalmente um contacto com o
PCP, que nos levava a uma adesão, o que muitas
vezes nem sequer significava filiação.»
Entre 1969 e 1971 cumpriu o serviço militar no
Regimento de Lanceiros 2 e na Guiné.
Em 1972 foi eleito, pelos trabalhadores da
MEC, delegado para integrar a lista unitária que,
em 1973, reconquistou e devolveu à classe o
Sindicato dos Metalúrgicos de Lisboa (sendo
novamente eleito para a sua direcção central em
1992).
No parlamento e fora dele, Jerónimo de Sousa ...
... deu expressão ao protesto, ...
... à indignação, ao descontentamento, à luta ...
... daqueles que, nas mais diversas situações, viram ...
... os seus direitos ameaçados, as suas aspirações frustradas ...
"A minha candidatura e a sua intervenção
no debate eleitoral inserem-se nesta
imperiosa luta de exigência de uma nova
política nacional, uma política alternativa
e de esquerda que assumindo o legado da
Revolução de Abril aspira à construção em
Portugal de uma democracia
simultaneamente política, económica,
social e cultural."
"A minha candidatura entende que o
Presidente da República, face à actual
situação do país, deve agir para garantir,
como primeiro grande desígnio de uma
política nacional, o crescimento económico
e o desenvolvimento sustentado, virados
para a satisfação das necessidades de
todos, particularmente dos que vivem
apenas dos salários, pensões e reformas."
"Esta candidatura apresenta-se, na difícil
situação nacional que enfrentamos, para
combater a resignação e o fatalismo,
afirmando convictamente que Portugal
não está condenado ao atraso e ao
subdesenvolvimento."
... pelas sucessivas políticas de direita.
"Há um direito à esperança. E há uma
esperança que não fica à espera, antes se
transforma em acção, em trabalho e em
luta. Organizar para lutar, resistir para
crescer, unir para vencer, transformar
Portugal num país mais livre, mais justo e
mais fraterno."
1977
intervindo num comício em lisboa
no pavilhão dos desportos.
Foi eleito deputado à Assembleia Constituinte
e à Assembleia da República de 1975 até 1993.
Em 2002 foi novamente eleito.
Em Abril de 1974 fez parte da Comissão de
Trabalhadores da MEC, sendo sucessivamente
eleito até 1995.
Em 1975 participou activamente no movimento
das Comissões de Trabalhadores do Distrito de
Lisboa, tendo desempenhado as funções de
Coordenador da Comissão Coordenadora das
Comissões de Trabalhadores da Região de Lisboa
(CIL).
Em 1979 foi eleito para o Comité Central do
«
foi candidato
à presidência da república
em 1996.
No xvii congresso
do pcp foi eleito
secretário-geral.
PCP e, desde 1992, é membro da sua Comissão
Política. É Secretário-geral do PCP desde 2004.
Foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e
à Assembleia da República de 1975 até 1993. Em
2002 foi novamente eleito.
O metalúrgico ganha lugar no parlamento.
Entra às oito horas na MEC e sai ao meio-dia.
Depois de almoço ruma a Lisboa. Em S. Bento, um
funcionário cumprimenta-o: «boa tarde Sr. Dr.».
Jerónimo responde que não é Doutor, o
funcionário, ainda preso à lógica do antigo regime,
emenda:«desculpe Sr. Engenheiro»…
Foi Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do
Quando se luta, nem sempre se ganha.
Quando não se luta, perde-se sempre.
»
Esta frase, tantas vezes pronunciada
por Jerónimo de Sousa, é uma boa síntese
do seu passado, do seu presente
e do que poderemos contar no Futuro!
(Da declaração de candidatura de Jerónimo de Sousa)
PCP e Vice-Presidente da Comissão de Trabalho,
Segurança Social e Família da Assembleia da
República.
Foi candidato à Presidência da República em
1996.
No parlamento e fora dele, Jerónimo de Sousa
deu expressão ao protesto, à indignação, ao
descontentamento, à luta daqueles que nas mais
diversas situações, viram os seus direitos
ameaçados, as suas aspirações frustradas pelas
sucessivas políticas de direita.
Em toda a parte onde se resiste, onde se luta por
uma vida mais digna, pela defesa dos postos de
trabalho, pela valorização do aparelho produtivo
nacional, pela defesa das conquistas alcançadas
com a revolução de Abril, os trabalhadores, os
portugueses em geral, puderam sempre, nos bons e
nos maus momentos, contar com a solidariedade, o
empenho, a palavra de um homem que não se
conforma com o rumo que Portugal tem seguido e
que transmite uma mensagem de combatividade,
de esperança de que há outro caminho, de que,
com determinação e confiança, é possível uma
sociedade mais justa, mais solidária, num Portugal
com futuro!
Muitos têm cada vez menos,
Alguns têm cada vez mais!
O Orçamento de Estado para 2006,
apresentado pelo PS, foi construído para
continuar a transferir para os trabalhadores
e as classes mais desfavorecidas o peso
das dificuldades que o país atravessa.
A crise não é para todos!
Os quatro maiores bancos portugueses
arrecadaram mais 1052 milhões de euros de
lucro só neste último trimestre, a somar aos
lucros dos últimos anos e aos 727 milhões de
euros do primeiro semestre deste ano!
O Estado vai perder 1200 milhões de euros com
as benesses fiscais na zona franca da Madeira e
dois mil milhões com o branqueamento de
capitais e a fuga ao fisco! Se estas verbas fossem
recuperadas, o défice ficaria quase reduzido a
zero!
Esta dá que pensar…
Com este Orçamento e esta política
A realidade tem mostrado que o que é bom para Belmiro
de Azevedo não é nada bom para a generalidade dos portugueses!
COM ESTE ORÇAMENTO:
Agravar-se-ão as dificuldades dos cerca de dois
milhões de portugueses, com rendimentos abaixo
do limiar da pobreza.
A pobreza e a exclusão social, irão alastrar a
novas camadas da população como resultado do
aumento do desemprego e da desvalorização dos
rendimentos mais baixos do trabalho e das
pensões.
O crescimento económico, o emprego e o desenvolvimento serão sacrificados a favor da
obsessão com o défice.
O corte brutal no investimento e na despesa
pública, irá contribuir para a degradação no funcionamento dos serviços públicos essenciais.
Prosseguirá a restrição dos salários na
administração pública e no sector privado, a
perda de direitos e a proliferação do trabalho
precário.
Avançará a antecipação de nova fórmula de
cálculo das pensões, a alteração das regras do
subsídio de desemprego, o aumento dos impostos
aos reformados e mantém a intenção de aumentar
a idade da reforma.
Agravar-se-ão as dificuldades para a maioria dos
portugueses, com o forte aumento de preços nos
bens essenciais e nos transportes, dos impostos
indirectos e das taxas de juro.
Irão continuar as privatizações (Galp, EDP, REN,
gestão da água), com evidentes prejuízos nos
serviços e bens públicos essenciais ao país.
Os candidatos à Presidência da
República deviam ter uma palavra
a dizer sobre estes assuntos,
mas estão calados.
É por isso também que a candidatura
de Jerónimo de Sousa é diferente,
uma candidatura de esquerda nas
palavras e nos actos, que se assume
com total transparência
e, consequentemente, contra a política
de direita dos sucessivos governos
e do actual governo do PS.
É preciso
não esquecer
Quando hoje, passados dez anos, ouvimos
Cavaco Silva falar dos graves problemas do país
como se não tivesse nenhuma responsabilidade
nisso, é necessário avivar a memória: o candidato
Cavaco Silva, que agora se propõe «endireitar» o
país, é exactamente a mesma pessoa que, durante
uma década, de 1985 a 1995, foi primeiro-ministro e que fugiu das suas funções quando o
país se estava a afundar em consequência das suas
políticas de direita.
Para que Cavaco Silva, agora como candidato
presidencial, não possa impunemente, rasurando
a história, branquear as suas responsabilidades e
fazer esquecer o mal que fez ao país e aos
trabalhadores portugueses, aqui se recorda que
durante os seus governos:
O défice das contas públicas, usado agora para
justificar os sacrifícios aos mesmos de sempre,
sofreu significativo aumento.
Acentuou-se a destruição do aparelho produtivo
e diminuiu a produção nacional.
O desemprego atingiu uma taxa de 6,7% em
1994, um dos valores mais elevados de sempre.
Aumentou significativamente o número de
trabalhadores com salários em atraso e com
vínculo precário.
Desencadeou uma nova ofensiva contra os
direitos sociais e os salários dos trabalhadores.
São da sua responsabilidade o aumento da idade
de reforma para as mulheres, a lei dos
despedimentos, a tentativa de limitação do
direito à greve.
Restringiu direitos, liberdades e garantias. O
regresso ao uso da polícia de choque para
reprimir a luta dos trabalhadores, dos estudantes
e da população tornou-se prática corrente.
Impulsionou as privatizações de empresas e
sectores básicos da economia nacional.
A sua governação foi marcada pela arrogância e
pelas manifestações de autoritarismo e de
conflitualidade com outros órgãos de soberania –
Tribunal Constitucional, Presidência da
República, Tribunal de Contas – apelidados de
«forças de bloqueio».
É bom lembrar:
Cavaco Silva já foi derrotado, em 1996,
nas eleições presidenciais.
Agora tenta de novo, na esperança
de que os portugueses tenham menos
fresco na memória o mal que causou
ao país e aos portugueses.
Não deixaremos esquecer!
Atenção!
A candidatura de Cavaco Silva, em torno
da qual se abrigam todos os grandes
grupos económicos e financeiros, tem,
pelo seu conteúdo e dinâmica, perigos
que importa não subestimar. Cavaco Silva,
e os que o apoiam, aspira a um exercício
autoritário do cargo presidencial
ao arrepio dos limites constitucionais.
Disfarçada de uma falsa independência,
a candidatura de Cavaco Silva, apresentada
como providencial e messiânica, tem
subjacente a ideia de autoritarismo e de
pulso forte que, em si, constituem um
perigo para a democracia e as liberdades.
Não se deixe enganar! As sondagens não ganham eleições.
Jerónimo de Sousa está nesta campanha com as
mesmas possibilidades e em igualdade de circunstâncias em relação a qualquer outro candidato,
com o objectivo de lutar pelo máximo de apoios e de
votos que ninguém tem garantido à partida.
Ninguém acredite nas sondagens que correm por
aí. Muitas são feitas por encomenda e com objectivos
muito pouco sérios de promoção de certos candidatos.
Veja o que aconteceu nas eleições autárquicas; em
Lisboa com as duas últimas sondagens publicadas em
cima do dia das eleições a indicarem a existência de
um empate técnico entre PS e PSD, quando a
diferença real foi de quase 16%. Para quê? Para
pressionar o eleitorado e promover o voto útil num
destes partidos; as últimas 18 sondagem realizadas
antes das eleições (em Lisboa, Oeiras, Sintra, Porto e
Faro), na grande maioria, colocaram a CDU sempre
abaixo dos resultados reais, enquanto punham outros
partidos acima dos resultados que vieram a ter.
Atenção!
Nem Cavaco Silva já ganhou como querem fazer crer,
nem os votos que aparecem atribuídos a cada um dos
outros candidatos reflectem a verdade das opções
eleitorais dos portugueses.
Jerónimo Carvalho de Sousa
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