Através dos métodos de custeio, os gestores conseguem visualizar de uma forma sistêmica
a utilização dos recursos despendidos para realização da atividade da empresa. De acordo com
Pereira citado por Colauro (2004, p. 35) “compete aos gestores fazer uso eficiente dos recursos
para otimizar os resultados das atividades nas organizações”. Alguns métodos utilizados favorecem
essa visualização, como foi debatido anteriormente, é o caso do Activity Based Costing – (Custeio
ABC) que proporciona as informações dos gastos consumidos por cada área, podendo os gestores
deliberarem a respeito da extinção de atividades que não agregam valor ao produto, consequentemente redução de custos e aumento da eficiência.
Segundo Pompermayer (1999) os métodos de custeio devem ser sistematizados conforme
os objetivos e necessidades gerenciais, como exemplo:
a) sistemas de apuração de custos, através de métodos de acumulação por processos, por ordem de produção ou por unidades de esforço de produção, combinados
aos critérios de custeio por absorção ou variável;
b) sistemas voltados a decisões, estruturados de forma a permitir a realização de
análise de custos fixos, lucro e margem de contribuição, e a análise de custo-volumelucro;
c) sistemas para controle, fundamentados no custo padrão e na contabilidade de
custos por responsabilidade. (POMPERMAYER (1999, p. 24)
Para que o sistema de custeio seja eficiente e forneça informações confiáveis, de relevância
e importância, que auxiliem o gestor na tomada de decisão, é necessário a qualificação do pessoal
que irá alimentar esse sistema. “O sucesso de um sistema de informações depende do pessoal que
o alimenta e o faz funcionar” (MARTINS, 2000, p. 28).
Martins (2000) explica que:
O sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos, processaos e emite, com base neles, relatórios na outra extremidade. Esses relatórios não
podem ser, em hipótese alguma, de qualidade melhor do que a qualidade dos dados
recebidos no início do processamento. Pode é ser pior, se seu manuseio não for absolutamente correto. (MARTINS, 2000, p. 28).
No entanto, por terem também função de controle, é possível que haja alguma rejeição na
implantação do sistema de custeio, “as pessoas tendem a resistir, a serem controladas e a sabotar
os sistemas de controle.” (FLORIANO; LOZECKYI, 2008, p. 3)
8 CONCLUSÃO
As empresas estão inseridas em um cenário dinâmico, em um mercado globalizado e altamente competitivo, repleto de concorrência que leva as empresas a terem menores fatias de mercado. Em meio a tanta oferta de produto e a grande concorrência, hoje não são mais as empresas
que determinam seu preço de venda do produto ou serviço, mais o próprio mercado consumidor.
Diante dessa impossibilidade de praticar preços conforme suas expectativas de rentabilidade, as
empresas enxergam na redução de custo uma forma de garantir a rentabilidade do produto ou
serviço e conquistar uma posição competitiva vantajosa frente aos seus concorrentes.
Para conseguir reduzir seus custos produtivos e aumentar sua lucratividade, e tornar-se
mais competitiva, as empresas lançam mão de várias ferramentas e estratégias, economia de
escala, aumento da produção, corte de atividades que não agregam valor ao produto, análise da
margem de contribuição, entre outras.
No entanto, é necessário que exista um sistema adequado para colher dados relativos aos