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15 A 18 DE NOVEMBRO
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Gênio da raça:
Ariano Suassuna
no XIX Congresso
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C U R I T I B A
Um dos maiores escritores do país estará no XIX Congresso Brasileiro de Magistrados. Paraibano radicado em Recife,
Ariano Suassuna levará o riso para o auditório do Estação Embratel Convention Center com sua aula-espetáculo. A apresentação é baseada no Movimento Armorial, fundado por Suassuna na década de 70, a partir, sobretudo, do Romanceiro
Popular do Nordeste (literatura de cordel). Página 3
( P R )
www . amb . com . br / congresso2006
Divulgação
Aula de Ariano Suassuna no XIX Congresso será um espetáculo!
Só falta você
no XIX Congresso
Está tudo pronto para o XIX Congresso Brasileiro de Magistrados, que será realizado entre os dias 15 e 18 de novembro,
na capital paranaense. A Comissão Organizadora concluiu a
programação científica do evento e divulgou mais de 30 nomes que integram um seleto time de palestrantes. Eles discutirão o Brasil com magistrados de todo os recantos do país,
Campanha
pró-adoção
A AMB quer ser a voz de meninos e
meninas que vivem em abrigos de todo
o país à espera de uma família que os
acolha. Para isso, a entidade fará no dia
16 de novembro, no Teatro Ópera de Arame, em Curitiba (PR), o pré-lançamento
da campanha Pró-Adoção. Na ocasião,
será exibido documentário sobre o tema.
Página 2
em um momento em que o presidente da República para os
próximos quatro anos acabará de ter sido eleito. Os debates
serão permeados pelos resultados da Pesquisa AMB 2006.
A idéia é propor alternativas para o desenvolvimento nacional, sob a perspectiva da magistratura, e também a partir
do pensamento plural de especialistas em diversas áreas. Em
discussões democráticas e suprapartidárias, a magistratura
contribuirá com propostas viáveis para os problemas brasileiros.
Felizmente, mais de 1.300 magistrados querem colocar o Brasil em pauta e se inscreveram no evento que tem tudo para dar
melhores rumos ao Brasil. Você não pode ficar fora dessa!
Curitiba espera
por você
Em um cenário de charme, a magistratura
discutirá e apontará alternativas para impulsionar o desenvolvimento do país. Os magistrados
terão a oportunidade de conhecer um pouco
da cultura do Paraná ao entrarem em contato
com a Curitiba de todas as gentes. O congraçamento se dará em jantares e almoços típicos
e nas descontraídas partidas de futebol e tênis,
previstos na programação social. Página 4
Troféu Judiciário
Mais Forte
O Poder Judiciário está mais forte.
Nove tribunais espalhados por todo o
país aderiram à campanha nacional
da AMB por um Judiciário Mais Forte,
iniciada no ano passado e, ao implementarem importantes ações em prol
do fortalecimento e da transparência,
serão contemplados com troféu durante o XIX Congresso. Página 4
CVBB
Campanha da AMB
quer estimular
adoção de crianças
no Brasil
Teatro Ópera de Arame: local do pré-lançamento da campanha Pró-Adoção
Stanley Costa
Poucos se interessam pela história deles. Poucos a contam.
Por vezes, protagonizam reportagens tristes — veiculadas nos
meios de comunicação —, em que comovem temporariamente a audiência, para serem novamente esquecidos. A crueza
das estatísticas revela a proporção da dor de meninas e meninos que vivem em abrigos. Um desejo comum é acalentado
por essas crianças: eles querem uma família que os acolha. No
Brasil há 80 mil crianças mantidas em abrigos, oito mil delas
prontas para a adoção. O abandono afeta mais os negros. Cerca de 65% dos abrigados são afrodescendentes. Os dados são
do Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPEA).
Preocupada com a situação, a AMB — entidade que não
apenas congrega magistrados, mas que tem legitimidade para
discutir temas de interesse social — decidiu promover uma
campanha Pró-Adoção. O pré-lançamento será no dia 16 de
novembro, às 19h30, no suntuoso Teatro Ópera de Arame,
ícone da cultura de Curitiba. “A AMB precisa ser a voz daqueles
que não têm voz, que não conseguem ser ouvidos pela sociedade, que são ignorados. Como vivemos distantes da realidade
desses meninos e meninas, é mais difícil perceber e até mesmo se preocupar com a situação de quem da vida não recebeu
nem mesmo o carinho e o cuidado dos pais. A sociedade precisa ser conscientizada e chamada a discutir o tema”, adianta
Rodrigo Collaço, presidente da AMB.
“
“Como vivemos distantes da
realidade desses meninos e meninas,
é mais difícil perceber e se preocupar
com a situação de quem da vida não
recebeu nem mesmo o carinho e o
cuidado dos pais.”
Rodrigo Collaço,
presidente da AMB
Criança no abrigo: a longa espera por uma família
Na ocasião, será exibido pela primeira vez o documentário
O que o destino me mandar, dirigido pela jornalista Ângela
Bastos. Ela aborda o tema com a delicadeza que merecem ser
tratados meninos e meninas moradores dos abrigos. Entretanto, a documentarista não deixa de denunciar a dura situação
de quem pode passar a vida sem ter uma família que os acolha. “O que o documentário faz é levar as pessoas para dentro dos abrigos para conhecer a realidade das crianças. Como
esses meninos não fazem rebeliões, não pegam reféns, são
silenciosos, todos ignoram as histórias deles”, diz.
15 A 18 DE NOVEMBRO
Ariano Suassuna encerra parte científica
do XIX Congresso com muito bom humor
O riso ecoará no auditório do Estação Embratel Convention Center na última conferência do XIX Congresso, na noite do dia 17 de novembro. Gênio da raça, Ariano Suassuna
— escritor paraibano, radicado em Pernambuco —, ministrará uma aula. Claro, não se trata de uma aula qualquer.
É um espetáculo, desses de não deixar ninguém indiferente
ao que há de erudito na arte brasileira, apresentada eminentemente ao estilo do Romanceiro Popular do Nordeste
(literatura de cordel).
Estará em cena o autor de textos como Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, grande contador de histórias,
causos e contos populares. Os magistrados assistirão ao refinamento daquele que até tentou ser influenciado pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, para mais adiante se render ao
mote também popular do escritor espanhol Garcia Lorca e os
versos de sua coletânea de poemas, Romanceiro Cigano. “A
Noruega é muito diferente do sertão”, concluiria Suassuna.
Durante o espetáculo de uma hora e meia, é permitido
gargalhar e aplaudir, mas a palavra é de Suassuna. “Normalmente falo muito, motivo pelo qual, para não cansar demais
o público, não abro espaço para debates e perguntas”, avisa
o decifrador da cultura nacional. Ele complementa: “As aulas têm na cultura seu domínio mais apropriado, mas não
exclusivo. Leva em conta o desenvolvimento político social,
econômico e, principalmente, cultural do Brasil”.
A apresentação de Suassuna será feita com base no Movimento Armorial, fundado pelo autor na década de 70. A
intenção é fazer uma arte erudita baseada na cultura popular,
em diversas áreas da música, do teatro, do cinema e da literatura, que é o caso de Suassuna. O movimento se formou
pela reunião de um grupo de artistas que sentiu a necessidade de “lutar contra um processo de descaracterização e de
vulgarização da cultura brasileira”, avisa o escritor.
Divulgação
Kleber Lima/CB
Memória
Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nas disciplinas Estética e Literatura Brasileira,
Teoria do Teatro e História da Cultura Brasileira, as aulas de
Suassuna sempre foram, em si, aulas-espetáculos. Mas em
1970, o riso da Academia deixou de ser exclusividade dos
afortunados alunos da UFPE e, aos poucos, foi ganhando o
Brasil. “Mas as aulas se intensificaram a partir de 1995, quando no governo [Miguel] Arraes me tornei secretário de Cultura
de Pernambuco”. Até hoje foram cerca de duas mil aulas.
A Pedra do Reino, Ariano Suassuna*
- Vá de novo ao “pai-dos-burros”! “Penetral” é “a parte mais
recôndita e interior de um objeto”. Mas, na minha Filosofia, essa
noção é ampliada, porque além de abranger a quadra do deferido e o rodopelo, o penetral abrange também o faraute, através da
subjunção da relápsia! Mas, no momento em que se fala friamente
do penetral, tentando capturá-lo em categorias de uma lógica sem
gavionice negro-tapuia, ele deixa de ser apreendido! Faça apelo aos
C U R I T I B A
( P R )
gaviônicos restos de sangue Negro e Tapuia que você tem, Quaderna, e entenda que o penetral “é o penetral”, que o penetral “é”! O
côisico coisica: os cavalos cavalam, as árvores arvoram, os jumentos jumentam, as pedras pedram, os móveis movelam, as cadeiras
cadeiram, e o faráutico, machendo e feminando, é que consegue
gentere farauticar! É assim que o túdico tudica e que o penetral
penetrala — e esta, Quaderna, é a realidade fundamental!
*Trecho da obra preferida do autor.
Divulgação/UFPR
Curitiba espera
por você
Prédio da UFPR: escolhido símbolo da cidade pelos curitibanos
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Os resultados da Pesquisa AMB 2006 são surpreendentes. O estudo foi enviado aos mais de 30 painelistas do evento e permeará os debates do XIX Congresso, que versarão
sobre temas diretamente relacionados ao desenvolvimento
do país. A pesquisa, coordenada pela cientista política da
Universidade de São Paulo (USP), professora Maria Tereza
Sadek, revela a opinião de juízes de todo o país sobre temas
polêmicos, como manutenção das leis trabalhistas, abrangência e eficácia das leis ambientais, reforma política, reformulação da lei penal, entre outros. Parte considerável da
magistratura respondeu ao questionário. Em torno de 2.600
juízes espalhados por todo o Brasil consideraram importante
opinar sobre o futuro do país. A pesquisa será apresentada na
íntegra no XIX Congresso.
Comissão
organizadora
preparou tudo para
o XIX Congresso
Kátia Vanzini
o XIX Congresso, a palavra de lei é descontração.
Além de reunir os maiores pensadores do país em
quatro dias de encontro, a organização do evento
elaborou uma programação social para prestigiar a
pluralidade, muito bem-vinda, de idéias e estilos dos participantes. De jantares típicos, passando por show de Jorge Ben
Jor, diversas apresentações musicais, até a confraternização
de juízes desportistas nas partidas de futebol e tênis, há atrações para todos os gostos.
O roteiro e o cenário são de puro charme. Em um país
de recortes culturais variados, um dos principais atrativos
da cidade é a atmosfera cosmopolita, que agrega a maneira de viver de diversas etnias. Esses povos tornam a cidade moderna e, ao mesmo tempo, muito aconchegante. Para
contemplar o mosaico curitibano, e exibir a boa culinária do
povo paranaense, a noite de abertura terá ilhas temáticas
da cozinha italiana, alemã, ucraniana, japonesa, espanhola,
árabe e polonesa.
Além disso, a cidade pólo de treinamento brasileiro de
ginástica olímpica mostrará coreografia de ginastas, especialmente preparada para o evento. A delicadeza da música da
Orquestra de Harmônicas, composta exclusivamente de gaitas, fará parte do espetáculo plástico.
Sai resultado da
Pesquisa AMB 2006
Judiciário
está mais forte
Nove tribunais de todo o Brasil serão agraciados com o
Troféu Judiciário Mais Forte, durante o XIX Congresso. Com
empenho e seriedade, essas instituições tornaram a Justiça
brasileira mais forte ao promoverem o fim do nepotismo, implementarem a eleição de metade do órgão especial, conforme previsto no texto constitucional, e respeitarem as regras
de promoção por merecimento de magistrados por meio do
voto nominal, aberto e fundamentado.
Os homenageados na noite de abertura do evento serão
os Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul, do Amapá, do
Distrito Federal, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, de
Santa Catarina e de Roraima, além do Tribunal Regional do
Trabalho do Rio de Janeiro e o Tribunal Regional do Trabalho,
da 4ª Região (RS). O troféu foi idealizado após a deflagração da Campanha por um Judiciário Mais Forte, em 2005
pela AMB, com o intuito de incentivar juízes de todo o país
a discutir com a sociedade propostas para tornar a Judiciário
brasileiro mais forte, democrático e transparente.
Trabalho incansável da comissão garante sucesso do XIX Congresso
Eles não medem esforços para garantir o sucesso do XIX
Congresso. Os integrantes da Comissão Organizadora do
evento — composta pelas juízas do Trabalho Eneida Cornell
(à dir. na foto), do TRT 9ª Região, e Morgana Richa (à esq. na
foto), da 15ª Vara do Trabalho de Curitiba, e pelo presidente
da Amatra IX, o juiz do Trabalho José Mário Kohler (TRT 9ª
Região) — prepararam uma programação científica e social
de alto nível para receber magistrados de todo o país. Eles
pensaram em todos os detalhes para contemplar a diversidade de idéias dos participantes.
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No XIX Congresso