UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
CENTRO DE CIÊNCIAS E SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA LOCOMOTOR
APOSTILA DE FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA
LOCOMOTOR I
Prof. VAGNER SÁ
2006.1
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LESÃO
É o dano causado por trauma físico ou químico, sofrido pelos tecidos do corpo. O
sistema musculoesquelético, como qualquer sistema biológico, não é estático. Está em um
estado de equilíbrio constante, que é denominado homeostase.
MECANISMOS DE LESÃO
•
•
•
•
Os tecidos corporais experimentam cargas continuamente durante as atividades
normais sem qualquer lesão óbvia.
A probabilidade de lesão aumenta quando as cargas ultrapassam a gama
fisiológica. Neste caso o tecido experimenta uma sobrecarga.
A lesão pode resultar quando uma única sobrecarga ultrapassa a tolerância máxima
do tecido.
A sobrecarga repetida corresponde ao uso excessivo (overuse). Como por
exemplos, a tendinite e a síndrome do túnel do carpo, que são classificadas como
distúrbios por traumatismos cumulativos ou síndrome de estresse repetitivo.
LESÃO CRÔNICA VERSUS AGUDA
As lesões podem resultar de um único insulto (lesão aguda) ou de cargas repetidas à
longo prazo (lesão crônica). Os insultos crônicos persistentes dos tecidos podem
resultar progressivamente em condições degenerativas que preparam o “palco” para
uma lesão aguda.
MICROTRAUMA VERSUS MACROTRAUMA
A lesão crônica pode começar com danos microscópicos das estruturas dos tecidos
tendinosos e ósseo. Se não forem tratadas, as microlacerações tendinosas prenunciam a
ruptura do tendão, e o osso sofrerá uma fratura por estresse.
LESÃO PRIMÁRIA VERSUS SECUNDÁRIA
Na lesão primária, a lesão é uma conseqüência direta e imediata do traumatismo.
Uma fratura de crânio por traumatismo contuso ou uma ruptura do ligamento colateral
medial do joelho em virtude de um impacto lateral violento são exemplos.
Na lesão secundária a manifestação ocorre algum tempo após o traumatismo inicial.
Uma mulher, com entorse de tornozelo, pode alterar sua marcha e colocar cargas
excessivas sobre articulações e tecidos tanto ipsilaterais quanto contralaterais.
OUTROS FATORES DETERMINANTES PARA OCORRÊNCIA DE LESÃO
•
Estrutura tecidual
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•
•
•
•
Idade
Sexo
Genética
Estado fisiológico e condição física
Nutrição
Estado psicológico: estresse, distração, fadiga, depressão, fatores de
personalidade.
Fadiga física
Ambiente
Equipamento de Proteção Individual – EPI
Lesão prévia e doenças
LESÕES TRAUMÁTICAS
MECANISMOS DE LESÃO
DIRETO A força se aplica no local da lesão. Ex. contusão.
INDIRETO A força se aplica em um local diferente do local da lesão. Ex. entorse.
TIPOS DE LESÕES
ABERTAS A pele está danificada. Possuem comunicação com o meio externo. Ex.
escoriação e ferida.
Escoriação: lesão superficial (atinge somente a epiderme)
Ferida: lesão mais profunda, atingindo epiderme e derme (tecido celular
subcutâneo).
FECHADAS A pele está integra. Não possuem comunicação com o meio externo. Ex.
contusão.
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS ABERTAS
PUNTIFORME: até 1 cm, com bordas regulares e arredondadas.
Ex. alfinete, picada de cobra e insetos.
PERFURANTE: acima de 1 cm, com bordas regulares e arredondadas.
Ex. furador de gelo e vergalhão.
INCISA: mesma profundidade do início ao fim da lesão, com bordas regulares.
Ex. bisturi.
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CORTANTE: bordas um pouco irregulares, mais profunda no início da lesão.
Ex. corte com faca.
CONTUSA: bordas e profundidade irregulares, potencialmente contaminada.
Ex. pedrada.
CORTO-CONTUSA: lesão mista, afeta partes moles.
Ex. machadada.
PÉRFURO-CONTUSA: lesão mista, também afeta partes moles.
Ex. perfuração por arma de fogo (PAF)
FERIDA PENETRANTE: quando uma cavidade é atingida.
Ex. facada ou PAF penetrando a cavidade peritonial ou cavidade medular.
FERIDA TRANSFIXANTE: tem porta de entrada e saída.
Ex. PAF
LESÕES FECHADAS
CONTUSÃO: lesão fechada causada por trauma direto em tecidos moles. Presença de
sinais flogísticos (dor, calor, edema, rubor e impotência funcional). E de acordo com a
energia do trauma, podemos encontrar também equimose ou hematoma.
Equimose: hemorragia de pequenos vasos, tendo como consequência o
aparecimento de uma mácula (mancha) hemorrágica visível na pele.
Hematoma: hemorragia com maior volume de sangue abaixo da pele, com o
aparecimento de um abaulamento na mesma. Às vezes é necessário drenagem, pois
pode se tornar meio de cultura de bactérias.
ENTORSE: lesão aguda do ligamento, causando perda temporária da congruência articular,
causado por trauma indireto.
Grau I não há ruptura, apenas um esgarçamento.
Grau II ruptura parcial.
Grau III ruptura total.
LUXAÇÃO: perda definitiva ou permanente da congruência articular, causado por trauma
indireto. A luxação exige uma manobra de redução para restaurar anatomicamente uma
articulação através de manobras técnicas utilizadas por profissionais habilitados.
Redução incruenta: redução fechada.
Redução cruenta: redução aberta ou cirúrgica.
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LESÕES MÚSCULO-TENDINOSAS
DISTENSÃO: Indica que houve algum grau de ruptura nas fibras musculares, na junção
músculo-tendão, no tendão ou na inserção óssea de uma unidade musculotendinosa.
Alongamento excessivo, excesso de exercício, excesso de uso do tecido mole, podem ser
causas de distensão; tende a ser menos grave que uma entorse. Ocorre devido a trauma leve
ou traumas não usuais repetidos de grau mínimo.
RUPTURA OU LACERAÇÃO ENTRE MÚSCULO E TENDÃO: Se a ruptura ou
laceração é parcial, ocorre dor na região da fissura quando o músculo é alongado ou quando
se contrai contra resistência. Se a ruptura ou laceração é completa, o músculo não traciona
o local lesionado, de modo que alongamento ou contração do músculo não causa dor.
TENOSINOVITE: É uma inflamação da bainha sinovial que cobre um tendão.
TENDINITE: É a inflamação de um tendão; pode ocorrer a formação de cicatriz ou
deposição de cálcio em um tendão.
TENOVAGINITE: É uma inflamação com espessamento da bainha tendínea.
TENDINOSE: É uma degeneração do tendão devido a microtraumas repetitivos.
CONDIÇÕES CLÍNICAS RESULTANTES DE TRAUMA OU PATOLOGIA
DISFUNÇÃO: Perda da função normal de um tecido ou região. A disfunção pode ser
devido ao encurtamento adaptativo dos tecidos moles, adesões e fraqueza muscular, ou
qualquer condição resultante em perda da mobilidade normal.
CONTRATURAS: Encurtamento ou retração de pele, fáscia, músculo ou cápsula articular
que restringe a mobilidade ou flexibilidade normal dessas estruturas.
ADESÕES: Aderência anormal de fibras de colágeno nas estruturas vizinhas durante a
imobilização, após trauma, ou como complicação cirúrgica, que restringe a flexibilidade e
elasticidade normal das estruturas envolvidas.
REFLEXO DE PROTEÇÃO MUSCULAR: A contração prolongada em resposta a um
estímulo doloroso. A proteção cessa quando a dor é aliviada.
ESPASMO MUSCULAR INTRÍNSECO: Contração prolongada de um músculo em
resposta a mudanças circulatórias e metabólicas locais que ocorrem quando um músculo
está em estado de contração contínua. O espasmo pode ser também uma resposta no
músculo a infecção viral, frio intenso, períodos prolongados de imobilização, tensão
emocional ou trauma direto ao músculo.
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FRATURAS
Provocadas por lesões traumáticas e patologias que levam a perda da continuidade
óssea.
CLASSIFICAÇÃO
A) Quanto ao mecanismo de lesão:
Traumatismo direto:
•
•
•
Fraturas por impacto: ocorre quando uma força é aplicada em uma pequena
área. A maior parte da energia é absorvida pelo osso, havendo pouca lesão
de partes moles. Ex. chute e golpe com cassetete.
Fraturas por esmagamento: apresentam extensa lesão de partes moles. O
osso fica extensamente fragmentado ou fraturado transversalmente.
Fraturas penetrantes (PAF): as feridas de alta velocidade dos rifles e fuzis,
levam a extensas lesões de partes moles e fragmentos do osso.
Traumatismo indireto:
•
•
•
•
•
Fraturas por angulação: produz uma linha de fratura transversa co
presença ou não de um fragmento triangular no seu lado côncavo.
Fraturas por tração ou tensão: produz uma linha de fratura transversal.
Ex. patela, olécrano, maléolo tibial.
Fraturas rotacionais: produz uma linha de fratura espiral que faz uma
rotação completa no osso.
Fraturas por compressão: a diáfise dura de um osso longo é
impulsionada para dentro da extremidade esponjosa, dando origem a
fratura em forma de T ou V. Ex. extremidade inferior de úmero ou
fêmur.
Fraturas devido a angulação, rotação e compressão axial: produz uma
linha de tração oblíqua.
B) Quanto ao estado do osso
Traumática: o osso estava em condições de normalidade estrutural.
Patológica: o osso estava previamente afetado por uma patologia. Ex. osteoporose,
osteomielite, tumor.
C) Quanto ao contato com o meio externo
Fechada: não há contato.
Aberta: há contato.
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D) Quanto ao número de fragmentos
Simples: 2 fragmentos com 1 traço de fratura
Cominutiva: mais de dois fragmentos
Esquirulosa: vários fragmentos pequenos (esquirola)
E) Quanto à localização
Ossos longos: epífise, diáfise e metáfise
Ossos curtos e irregulares: citar o acidente anatômico envolvido. Ex. fratura do colo
do escafóide.
Fraturas com nomes especiais: ex. fratura de Colles, Bennett, etc.
F) Quanto à direção do traço de fratura
Transversa
Longitudinal
Oblíqua
Espiralada
G) Quanto ao desvio
Lateral
Angular
Rotacional
Acavalgamento
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TRAUMATISMOS DA CINTURA ESCAPULAR
FRATURA OBSTÉTRICA DA CLAVÍCULA
DIAGNÓSTICO:
história (parto complicado - uso de fórceps, vácuo, etc.)
tumefação discreta
crepitação à palpação
radiografia simples em ap
TRATAMENTO MÉDICO:
bandagem de velpeau (ataduras elásticas) durante 1 semana
obs.: verificar se há comprometimento do plexo braquial. realiza-se o teste de moro.
FRATURA DA CLAVÍCULA
LOCAIS MAIS FREQUENTES:
a) segmento distal – próximo ao ligamento coracoacromial – 15 a 20%
b) segmento intermediário – 75 a 80 %
c) segmento proximal – 5%
POSICIONAMENTO DOS FRAGMENTOS NA FRATURA INTERMEDIÁRIA:
a) fragmento distal sofre depressão
b) fragmento proximal sofre elevação
MECANISMO DE LESÃO:
queda com apoio na mão ou queda sobre o ombro
DIAGNÓSTICO:
história
dor local
tumefação
crepitação à palpação
radiografia simples em AP
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TRATAMENTO MÉDICO:
imobilização em 8 (oito) posterior
como segunda opção o velpeau gessado
FATORES QUE LEVAM AO TRATAMENTO CIRÚRGICO:
fragmentos muito afastados
fraturas distais que envolvam ligamentos
COMPLICAÇÕES:
Lesão De Plexo Braquial
Veia Subclávia
Pulmão e Pleura
OMBRO
LUXAÇÃO DE OMBRO
FORMAS DE APRESENTAÇÃO:
•
•
•
traumáticas
atraumáticas
recidivante
CLASSIFICAÇÃO:
•
ANTERIOR: Produz ruptura do labrum (lesão de Bankart) e dos ligamentos
glenoumerais, que compõem a cápsula articular.
•
POSTERIOR: Produz ruptura da cápsula articular posterior.
•
INFERIOR: A cabeça do úmero se alojará na axila em posição extra-articular.
•
SUPERIOR: Para ocorrer este tipo de luxação, é necessário que ocorra também fratura
do acrômio e uma provável lesão do manguito rotador.
•
TRANSTORÁCICA: este tipo de luxação causa complicações sérias, pois a cabeça
umeral encontra-se entre as costelas, provocando lesões no pulmão.
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DIAGNÓSTICO;
•
•
história clínica
posição do braço deslocado:
a) abdução e rotação externa; luxação anterior.
b) abdução e rotação interna; luxação posterior.
c) abdução acima de 100 graus; luxação inferior.
•
•
sinal da dragona
radiografia: ap, lateral da escápula e trans-axilar
LESÕES ASSOCIADAS:
•
•
•
Lesão nervosa
Lesão vascular
fraturas
TRATAMENTO MÉDICO:
•
CONSERVADOR
a) redução e imobilização com velpeau .
No jovem: 3 semanas.
No adulto: 2 semanas.
No idoso: procura-se não imobilizar pelo risco de perda de função.
•
CIRÚRGICO
a) cirurgia de bankart: reinserção do labrum no rebordo da glenóide
b) artroscospia reparadora
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SÍNDROME DO IMPACTO
DEFINIÇÃO
É a compressão mecânica das estruturas subacromiais (tendão do supra espinhoso,
porção longa do bíceps, bursa subacromial e tendão do infra-espinhoso) sobre o arco
subacromial. É caracterizada pôr um processo degenerativo, iniciando com inflamação,
seguido de fibrose e ruptura do manguito rotador.
CAUSAS DO IMPACTO
•
•
•
osteófitos, esporão do acrômio
configuração anatômica irregular do acrômio
lassidão ou retração da cápsula glenoumeral
DIAGNÓSTICO
•
•
•
•
exame físico
radiografia simples
ultra-sonografia
ressonância nuclear magnética
TRATAMENTO MÉDICO
•
CONSERVADOR
a) Medicação com antiinflamatórios
b) Encaminhamento para a fisioterapia e terapia ocupacional
• CIRÚRGICO
a) Artroscopia para eliminação da causa e reparo de estruturas.
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FRATURA DE ÚMERO
FRATURAS PROXIMAIS
Estas fraturas envolvem a diáfise proximal do úmero, o colo anatômico e cirúrgico, a
pequena e grande tuberosidade e a cabeça umeral. É uma das fraturas de maior dificuldade
de tratamento.
MECANISMOS DE LESÃO:
•
•
traumatismo direto sobre o ombro
queda ao solo apoiando-se com a mão ou o cotovelo
IRRIGAÇÃO:
•
A cabeça umeral é irrigada principalmente pela artéria circunflexa umeral anterior e
posterior.
CLASSIFICAÇÃO:
CHARLES NEER Fratura de diáfise, pequena tuberosidade, grande tuberosidade e
cabeça.
QUANTO AO TIPO:
a) Com deslocamento mínimo: São aquelas com deslocamento menor que 1 cm.
Representa 80 % das fraturas proximais.
O tratamento é conservador, com a utilização de tipóia e Velpeau pôr 2 – 3 semanas.
b) Fraturas-luxações em duas partes: Acontecem em 10 % casos e podem ocorrer no colo
cirúrgico, colo anatômico, tubérculo maior e tubérculo menor.
O tratamento dependerá da estrutura acometida, sendo assim podemos destacar que:
•
•
•
Colo cirúrgico e colo anatômico: se forem estáveis realiza-se redução incruenta (tração,
flexão e adução); se forem instáveis realiza-se redução cirúrgica fechada com o uso de
fios metálicos percutâneos, ou aberta utilizando-se pino intramedular.
Tubérculo maior: redução cirúrgica com fixação interna (cerclagem ou amarria usando
fio metálico).
Tubérculo menor: tratadas conservadoramente na maioria dos casos.
c) Fraturas luxações em três partes: São instáveis e de difícil tratamento conservador. A
melhor opção é o tratamento cirúrgico. Em idosos devido ao grau de osteoporose e a
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necessidade de mobilizar precocemente o ombro, preconiza-se artroplastia parcial de
úmero.
d) Fraturas luxações em quatro partes: É a mais grave, onde a cabeça está desvascularizada
pelos deslocamentos simultâneos das tuberosidades e da diáfise. O tratamento cirúrgico
com fixação interna é a primeira tentativa, porém pode-se caminhar para artrodese e
ressecção da cabeça do úmero e mais comumente a artroplastia parcial de úmero, que
tem se mostrado de grande valia nesta fratura.
e) Fraturas especiais: São fraturas impactadas da cabeça do úmero, que geralmente
ocorrem durante uma luxação posterior. O tratamento deverá seguir os seguintes
princípios:
•
•
•
Menos que 20% do envolvimento da cabeça: redução incruenta e imobilização;
Entre 20 e 50 %: tratamento cirúrgico.
Mais que 50 %: prótese de ombro.
QUADRO CLÍNICO:
•
•
•
•
dor, edema e crepitação local
impotência funcional
equimose tardia
rotação interna e abdução
DIAGNÓSTICO:
•
•
•
história clínica
exame radiológico ( ap, perfil e axilar)
tomografia computadorizada
COMPLICAÇÕES:
•
•
•
•
•
•
•
lesão do nervo mediano no trajeto axilar
lesão do plexo braquial
lesão do nervo supra-escapular
lesão do nervo musculocutâneo
necrose avascular da cabeça umeral
pseudo-artrose
infecção
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FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO
TRAUMÁTICAS:
•
•
•
•
•
queda sobre o cotovelo ou mão espalmada
impacto direto
acidentes de trânsito
acidentes de trabalho
paf
PATOLÓGICAS:
•
•
•
osteoporose
neoplasias
metástases
CLASSIFICAÇÃO:
Seguem o modelo normal de identificação de uma fratura. (anatomia do osso, tipo
de desvio, comunicação com o meio ambiente, etc.)
DIAGNÓSTICO:
• história clínica
• deformidade:
a) Se o traço de fratura for acima da inserção do deltóide, o fragmento proximal estará
desviado medialmente;
b) Se o traço de fratura for abaixo da inserção do deltóide, o fragmento proximal estará
desviado lateralmente.
•
•
•
edema e dor
radiografia em ap e perfil do úmero
pesquisar lesões associadas
TRATAMENTO CONSERVADOR:
•
•
•
•
VELPEAU Para uso em fraturas sem desvio e em crianças superativas.
PINÇA DE CONFEITEIRO Para fraturas sem deslocamento do úmero.
GESSO TORACOBRAQUIAL
TALAS PLÁSTICAS Pré fabricadas ou feitas sob medida, constituem um método
moderno de tratamento, tem como princípio a compressão firme das partes moles ao
redo do úmero fraturado, mantendo o alinhamento até a consolidação óssea. Permite a
mobilidade precoce do cotovelo e ombro.
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TRATAMENTO CIRÚRGICO:
•
•
fixadores externos
redução cruenta e fixação interna
obs.: há um consenso quase que geral entre os ortopedistas para tratarem as fraturas de
úmero de maneira conservadora.
COMPLICAÇÕES:
•
•
•
•
•
•
•
lesão do nervo radial
lesão do nervo mediano e ulnar
lesão da artéria braquial
retardo de consolidação
pseudo-artrose
distrofia simpático-reflexa
infecção
FRATURA SUPRACONDILIANA
•
•
é a mais comum da região do cotovelo na criança
mais comum entre os meninos de 3 a 10 anos de idade
MECANISMO DE LESÃO
•
queda para frente com apoio na mão e cotovelo em flexão. o impacto leva a extensão
abrupta.
CLASSIFICAÇÃO DE La Grange e Rigault
•
•
•
•
GRAU I – fratura incompleta, com rotura de apenas uma cortical e sem desvio.
GRAU II – fratura completa sem desvio
GRAU III - fratura completa com dois ou mais desvios, mas persistindo contato entre
os fragmentos, sinal que os fragmentos ainda estão mantidos pelo tríceps e o braquial.
GRAU IV – fratura com grande desvio, na qual os fragmentos, além de dois ou mais
desvios, perderam o contato entre si.
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TRATAMENTO MÉDICO:
• GRAU I e II: Imobilização gessada – braquiopalmar com cotovelo a 90º
pôr três semanas.
• GRAU III: redução da fratura e fixação percutânea com dois fios de
Kirschner e imobilização com tala gessada pôr 30 dias.
• GRAU IV – Se não for exposta ou houver lesão neurovascular, trata-se
como se fosse o grau III ou através de tração transolecraniana durante 15 a
20 dias; se houver comprometimentos neurovasculares a indicação é
cirúrgica.
DIAGNÓSTICO:
•
•
•
•
história clínica
exame físico
deformidade
radiografia simples em ap e perfil
COMPLICAÇÕES:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
rigidez articular
lesão do músculo braquial - miosite ossificante
descolamento epifisário
lesão artéria braquial
lesão nervo ulnar
lesão nervo radial
lesão nervo mediano
deformidade de cúbito varo
paralisia isquêmica de volkmann
EDEMA ESTASE VENOSA AUMENTO DA PRESSÃO FALÊNCIA DA MUSCULATURA MORTE CELULAR RETRAÇÃO
SECUNDÁRIA (retração isquêmica de Volkmann).
OBS.: ESTE QUADRO INSTALA-SE EM POUCAS HORAS.
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OUTRAS FRATURAS DO COTOVELO
•
•
•
•
•
fratura do côndilo lateral umeral
fratura do colo do rádio
fratura do epicôndilo medial (epitróclea)
fratura do olecrânio
fratura do capítulo
LUXAÇÃO DE COTOVELO
•
mais comum em jovens na terceira década de vida
DIAGNÓSTICO:
•
•
•
deformidade característica
dor
impotência funcional
TRATAMENTO MÉDICO:
•
•
redução sob anestesia focal ou troncular
imobilização pôr 3 semanas
FRATURAS DE ANTEBRAÇO NA CRIANÇA
INCIDÊNCIA:
•
•
•
•
80 % acontecem no terço distal;
15 % acontecem no terço médio;
5 % acontecem no terço proximal
mais de 50 % desses tipos de fraturas são em galho verde, e 15 % acontecem na
cartilagem de crescimento (fise).
CLASSIFICAÇÃO:
•
•
•
•
DEFORMIDADE PLÁSTICA Há uma deformidade em angulação (envergamento)
do osso sem sinal radiológico de lesão de continuidade.
POR COMPRESSÃO
EM GALHO VERDE Fratura incompleta onde uma das corticais do osso continua
íntegra.
FRATURA COMPLETA
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•
•
FRATURA AO NÍVEL DA CARTILAGEM DE CRESCIMENTO PROXIMAIS OU
DISTAIS
FRATURAS ESPECIAIS: De Montegghia e de Galeazzi
FRATURA DE MONTEGGIA
Foi descrita em 1814 pôr Monteggia e que consiste em uma fratura do terço proximal
da ulna com luxação da epífise proximal do rádio.
FRATURA DE GALEAZZI
Foi descrita em 1934 pôr Galeazzi, e consiste na fratura do rádio, acompanhada de
luxação radioulnar distal.
MECANISMO DA LESÃO:
•
Queda sobre a mão espalmada, geralmente com o antebraço pronado.
TRATAMENTO MÉDICO:
•
•
•
•
•
FRATURAS SEM DESLOCAMENTO: Tala gessada, como as fraturas pôr
amassamento, compressão, incompletas sem desvios.
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA: Em crianças abaixo de 4 anos e deformidade de menos
que 20 graus costumam se remodelar. Acima disso devem ser corrigidas com
manipulação sob anestesia geral.
FRATURA EM GALHO VERDE: Deve-se completar a fratura, fraturando a cortical
que estiver íntegra para depois reduzir.
FRATURA DE MONTEGGIA: Realiza-se redução fechada em pacientes com menos
de 13 anos, e apesar da gravidade da fratura os resultados são excelentes. A redução
aberta está indicada se a redução fechada não for bem sucedida.
FRATURA DE GALEAZZI: Geralmente a redução é fechada e o antebraço
imobilizado em supinação máxima.
OUTROS TIPOS DE FRATURAS DO ANTEBRAÇO:
•
•
•
fraturas da extremidade distal do rádio e ulna
fraturas do terço distal do rádio
fraturas da diáfise do rádio e ulna
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FRATURAS DO ANTEBRAÇO NO ADULTO
TIPOS MAIS COMUNS:
•
•
•
FRATURA DE POUTEAU-COLLES É uma fratura do terço distal de rádio e
processo estilóide da ulna, com desvio dorsal do fragmento distal do rádio. A
deformidade que se apresenta é a do dorso de garfo.
FRATURA GOYRAN- SMITH Fratura do terço distal com deslocamento ventral.
FRATURA DE BARTON Fratura luxação do punho dorsal ou ventral.
QUADRO CLÍNICO:
•
•
•
dor intensa na região distal do antebraço
deformidade
alterações neurológicas pôr compressão do nervo mediano
TRATAMENTO MÉDICO:
•
•
•
•
•
•
•
redução e imobilização gessada
osteossíntese com placa e parafuso
osteossíntese com placa intramedular
fixador externo
fixação percutânea com fios de kirschner
redução aberta
artroscopia de punho
COMPLICAÇÕES:
•
•
•
•
•
•
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pseudo-artrose
bloqueio articular de cotovelo e punho
consolidação viciosa
sinostose radio-ulnar
síndrome de volkmann
distrofia simpático-reflexa de sudeck
ruptura do extensor longo do polegar
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TRAUMATISMOS DO PUNHO E MÃO
FRATURA DO ESCAFÓIDE
•
•
•
•
Ocorrem com mais freqüências em adultos jovens
È o osso mais fraturado entre os ossos do punho
Acontece geralmente após queda com o punho em hiperextensão
Apresenta pobreza de sinais clínicos, o que facilmente é confundida como simples
contusão ou entorse
CLASSIFICAÇÃO:
•
•
•
Fraturas do terço proximal (pior prognóstico)
Fraturas do terço médio
Fraturas do terço distal
DIAGNÓSTICO:
•
•
•
•
•
Idade do paciente
Mecanismo de lesão
Dor local a palpação
Aumento de volume ao nível da tabaqueira anatômica
Radiografia em quatro incidências: AP, perfil absoluto, oblíquas com 30º de pronação e
obliquas com 30º de supinação ( as vezes inicialmente é difícil diagnosticar a fratura,
devendo o paciente realizar novos exames após 3 semanas).
TRATAMENTO MÉDICO:
•
•
Gesso axilopalmar com cotovelo a 90º de flexão, antebraço em posição neutra e punho
em discreta extensão pelo período de 45 dias
Nas fraturas instáveis o procedimento será cirúrgico, através de redução e osteossíntese.
COMPLICAÇÕES:
•
•
•
NECROSE AVASCULAR DA PORÇÃO PROXIMAL DO ESCAFÓIDE
CONSOLIDAÇÃO VICIOSA
PSEUDO-ARTROSES
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FRATURAS DOS METACARPIANOS E FALANGES
Fraturas dos metacarpianos:
CLASSIFICAÇÃO:
•
•
•
•
Fraturas da cabeça
Fraturas do colo
Fraturas da diáfise
Fraturas da base
Fraturas do primeiro metacarpiano:
Green classifica em quatro tipos:
I)
II)
III)
IV)
Fratura-luxação de Bennett
Fratura de Rolando
Fratura extra-articular
Fratura com deslizamento epifisário
Fraturas das falanges:
Distal:
•
•
São estáveis e podem ser tratadas com uma tala de alumínio acolchoada por 2 semanas.
As cirurgias estão indicadas quando associadas a fratura houver lesão de partes moles.
Neste caso utiliza-se a fixação com fio de Kirschner.
Média e proximal:
•
•
•
•
•
Estão revestidas dorsalmente pelo aparelho extensor e ventralmente pelos tendões
flexores, o que favorece a aderência destes no foco de fratura, dificultando seu
deslizamento e limitando a movimentação.
Ás vezes a cirurgia pode agravar a situação.
A mobilização precoce deve ser preconizada o mais rápido possível para este tipo de
lesão.
As fraturas intra-articulares cominutivas são melhores tratadas por tração, modelando
manualmente a fratura, a fim de restaurar o alinhamento geral, iniciando a mobilidade
em 2 a 3 semanas. Pode haver maus resultados, tendendo a artrodese interfalângica.
As fraturas do colo das falanges são mais freqüentes nas crianças, e o tratamento
indicado é o conservador.
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21
LESÕES TENDINOSAS DA MÃO
Tendões flexores:
CAUSAS:
•
•
•
perfuração por objetos cortantes
acidentes de trabalho
lesões degenerativas
DIAGNÓSTICO:
•
•
através da postura digital
testes funcionais
TRATAMENTO:
•
•
tenodese
após 5 dias começa-se a mobilização precoce afim de evitar a aderência entre os
tendões e entre estes e as estruturas vizinhas.
Tendões extensores:
•
•
Dependendo do nível, podem apresentar mais complicações do que as dos flexores.
Do ponto de vista funcional, são menos graves do que as dos flexores.
ZONAS DE LESÕES:
•
ZONA I – É caracterizada pela deformidade do dedo em martelo.
•
ZONA II – Inclui a área sobre a falange média e o quadro clínico e semelhante a zona I.
•
ZONA III – Inclui a área sobre a articulação interfalângica proximal. O quadro clínico é
a lesão em botoeira, onde ocorre a flexão da articulação interfalângica proximal e
hiperextensão da interfalângica distal.
•
ZONA IV – Inclui a área sobre a falange proximal. Este tipo de lesão pode estar
associada a fraturas ou a lesão do periósteo local.
•
ZONA V – É a lesão do aparelho extensor sobre a articulação metacarpofalângica.
Clinicamente a articulação metacarpofalângica encontra-se em flexão, e existe a
incapacidade para extendê-la.
•
ZONA VI – É a área sobre o dorso da mão, e o quadro clínico e semelhante a zona V.
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22
•
ZONA VII – Inclui a área sobre a articulação do punho. A dificuldade de reparação
nesta área é muito grande, pois os tendões flexores passam por canais osteofibrosos que
predispõem à aderência tendinosa.
•
ZONA VIII – É sobre o terço distal do antebraço. Neste local são afetados tanto os
extensores do punho, quanto os extensores dos dedos.
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23
QUADRIL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
FRATURAS DO TERÇO PROXIMAL DO FÊMUR NA CRIANÇA
•
•
•
Mais comum nos meninos. Relação de 3:2
Acontecem em torno de 12 anos de idade
É comum em crianças maltratadas, espancadas, principalmente nos dois primeiros anos
de vida.
CLASSIFICAÇÃO
•
•
•
•
TIPO I: Fratura transepifisária
TIPO II: Fratura transcervical
TIPO III: Fratura cervicotrocantérica (basocervical)
TIPO IV: Fratura transtrocanteriana
DIAGNÓSTICO
•
•
•
•
•
•
história de trauma severo
dor intensa
não consegue ficar de pé ou andar
rotação externa e leve abdução
radiografia em ap, perfil e panorâmica.
tomografia computadorizada
TRATAMENTO MÉDICO
CONSERVADOR
•
Nas fraturas sem deslocamento: aparelho gessado, em abdução, rotação interna pôr 8 a
12 semanas
CIRÚRGICO
•
HAVENDO DESLOCAMENTO: a fratura deve ser fixada com pinos ou parafusos e
fixação in Situ.
COMPLICAÇÕES
•
•
•
•
Doença de Legg-Perthes-Calvé
Pseudo-artrose
Coxa vara
Fechamento precoce da cartilagem de crescimento
Fisiopatologia do Sistema Locomotor I – Prof. Vagner Sá
24
QUADRIL DO ADULTO
OSTEONECROSE DA CABEÇA FEMORAL
É a interrupção do fluxo sangüíneo, que pode ocorrer em qualquer parte da rede
vascular, ou seja, arterial, capilar ou venosa. A interrupção leva a isquemia tissular,
causando necrose óssea. A circulação da cabeça femoral, vem principalmente das artérias
circunflexas lateral e medial.
ETIOLOGIAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Luxação traumática da cabeça femoral
Fraturas do colo do fêmur
Anemia falciforme
Uso de medicamentos cortisona
Alcoolismo
Moléstia de gaucher
Doença dos mergulhadores
Gravidez
Radiação
Moléstia do colágeno
Transplante renal e quimioterapia
Pancreatite crônica e gota
DIAGNÓSTICO
•
•
•
•
•
•
•
•
dor intensa
dificuldade de movimentação
ausência de sinais de calor e rubor
ausência de alterações laboratoriais
radiografia simples normal, podendo levar mais de 5 meses para visualizar alterações.
cintilografia com tecnécio 99 positiva
tomografia: o mesmo caso da radiografia
o melhor exame seria a ressonância nuclear magnética, com resultado positivo após 72
horas do início da patologia.
TRATAMENTO MÉDICO
•
•
Perfurações ou foragens: múltiplas perfurações com brocas finas na cabeça e no colo
do fêmur, para fazer canais a serem revascularizados.
Descompressão da cabeça femoral: fazer grandes e pequenos túneis a partir da região
trocantérica até a cabeça femoral, permitindo descompressão da elevada pressão intraóssea.
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25
•
•
•
•
Osteotomia em varo ou em valgo: mudança da área de apoio da cabeça femoral em
relação ao acetábulo pela osteotomia subtrocanteriana em valgo ou em varo.
Osteotomias rotacionais: com o mesmo objetivo de mudar a área de carga entre a
cabeça femoral e o acetábulo.
Estimulação elétrica: uso de corrente elétrica para induzir a formação de osso.
Artroplastia: uso de próteses totais ou parciais para substituir a área lesionada.
ARTROPLASTIA DE QUADRIL
É a substituição da articulação do quadril, pôr componentes apropriados em
desempenhar a função original da articulação.
DIVISÃO
•
•
•
Próteses totais cimentadas
Próteses totais não cimentadas
Próteses híbridas
MATERIAL
•
O componente femoral é uma haste de metal inerte (cobalto e cromo, aço inoxidável); e
o componente acetabular é feito de polietileno de alta densidade.
TIPOS DE PRÓTESES MAIS ENCONTRADAS
•
•
•
•
•
bipolar
Prótese de Charnley
Prótese de Thompson
Prótese de cerâmica
Prótese de Lord
FATORES QUE LEVAM AO INSUCESSO DA PTQ
•
•
•
•
•
•
Má técnica
Desgaste do componente acetabular
Má qualidade do osso
Atividade e idade do paciente
Infecção
Forma e material do implante
PRINCIPAIS INDICAÇÕES
•
•
•
Osteoartrite de quadril
Artrite reumatóide
Necrose asséptica
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•
•
•
•
Espondilite anquilosante
Instabilidade ou deformidade do quadril
Fraturas, principalmente em idosos do colo femoral e acetábulo
Luxações crônicas do quadril
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIA
•
•
•
•
Afrouxamento dos componentes da prótese
Trombose venosa profunda
Complicações pulmonares
Infecções
COMPLICAÇÕES À LONGO PRAZO
•
•
•
•
Afrouxamento dos componentes da prótese
Luxação
Desgaste dos componentes
Osteoporose e ossificação ectópica
FRATURAS DO FÊMUR
CLASSIFICAÇÃO
a) Quanto à estrutura em: impactadas, não deslocadas e deslocadas.
b) Quanto à causa em: traumática, por sobrecarga e patológicas.
LOCALIZAÇÃO DA FRATURA
a)
b)
c)
d)
e)
Fratura capital
Fratura subcapital
Fratura colo femoral
Fratura transtrocanteriana
Fratura subtrocantérica
TRATAMENTO MÉDICO
1) Fratura impactada: este tipo de fratura quase sempre se consolida sem que o paciente
saiba do ocorrido. A queixa pode ser dor na virilha, ou referida no lado medial do
joelho. Os pacientes podem até deambular com claudicação. Através de cirurgia,
utiliza-se 2 ou 3 parafusos esponjosos.
2) Fraturas transtrocantéricas: é um local extracapsular, muito rico em vascularização,
na qual promove uma consolidação rápida do processo de fratura. Pode ser feito
tratamento conservador ou cirúrgico. Os materiais usados são placas anguladas fixas,
placas tubo com parafuso deslizante, hastes intramedulares, próteses parciais.
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27
DIÁFISE DO FÊMUR
•
Podem levar a risco de vida, pelas complicações (lesão vascular e infecção)
DIAGNÓSTICO
•
•
•
•
•
História clínica
Deformidade angular
Mobilidade anormal
Encurtamento do fêmur
Radiografia em AP e perfil
TRATAMENTO CONSERVADOR:
•
•
•
•
•
Tração trans-esquelética, com pino de Steinmann na região proximal da tíbia.
Controles radiológicos são feitos no leito a cada semana.
Deve ser evitada a distração, formando espaço entre os fragmentos, risco de retardo de
consolidação.
A tração é aplicada até o aparecimento do calo ósseo radiológicamente visível, depois o
paciente é tratado com aparelho gessado pelvipodálico.
O tratamento total pode durar de 5 a 6 meses.
TRATAMENTO CIRÚRGICO:
•
•
•
•
•
•
•
Pacientes politraumatizados graves: possibilita a colocação do paciente sentado
precocemente, e atuação da mobilização passiva.
Trauma craniano
Fraturas expostas: são emergências, para diminuir o risco de osteomielite.
Lesões vasculares associadas
Fraturas do colo do fêmur ou luxação do quadril
Lesões ligamentares graves do joelho
Joelho flutuante: fratura do fêmur e tíbia do mesmo lado.
Obs.: Os materiais de osteossínteses mais utilizados são: Haste intramedular (bloqueada e
não bloqueada), placa e parafuso e fixação externa.
LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DO QUADRIL
•
•
•
São lesões ocasionadas pôr alto impacto ou alta energia;
Podem ser acompanhadas pôr lesões de órgãos pélvico-abdominais;
É considerada de emergência, devendo ser reduzida rapidamente.
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28
CLASSIFICAÇÃO:
a) Centrais
b) Anteriores
c) Posteriores
TRATAMENTO CONSERVADOR:
•
•
•
•
Redução fechada com o paciente anestesiado
Após a redução, realiza-se o teste de estabilidade do quadril
Radiografia de controle pós-redução
Repouso no leito em posição neutra com ou sem tração trans-esquelética
TRATAMENTO CIRÚRGICO:
•
•
No caso de luxações irredutíveis ou reduções não concêntricas
Realiza-se controle através de TC e radiografia em AP e perfil
COMPLICAÇÕES:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Choque hipovolêmico
Hematoma retroperitoneal
Lesão do nervo isquiático
Lesão do nervo e vasos femorais (anteriores)
Lesões viscerais
Acidente tromboembólicos
Artrose pós-traumática
Necrose avascular
Miosite ossificante
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29
JOELHO DO ADULTO
LUXAÇÃO DE PATELA
•
•
•
•
•
•
Sempre luxa lateralmente
Pode ser traumática ou recidivante
O mecanismo mais usual é a contração excessiva do quadríceps, estando o joelho em
flexão.
A redução acontece facilmente, e na maioria das vezes, quando o paciente executa a
extensão do joelho.
A luxação traumática leva ao quadro de derrame articular (hemartrose).
O componente a ser fortalecido é o músculo vasto medial.
TRATAMENTO CONSERVADOR
•
•
•
Aparelho gessado com o joelho a 10 º de flexão, pôr 3 até 6 semanas, a fim de
cicatrizar os elementos periarticulares danificados.
Supressão do apoio pelo tempo de imobilização – sem carga.
Exercícios isotônicos e isométricos de quadril e tornozelo
TRATAMENTO CIRÚRGICO
•
•
•
Liberação do vasto lateral: Em casos de luxação ou subluxação permanente.
Medialização do tendão patelar: é o método mais utilizado, e consiste em corrigir o
ângulo Q, mudando a inserção do tendão patelar na TAT.
Plastia do VMO: é utilizada quando há um displasia do VMO.
OBJETIVOS DE TRATAMENTO
•
•
•
•
Eliminar sinais inflamatórios
Reeducar o vasto medial oblíquo – VMO
Alongar os isquiotibiais
Melhorar trofismo, tonicidade e elasticidade do membro afetado
LESÃO MENISCAIS
•
•
•
•
A lesão meniscal leva a alterações na cartilagem do joelho (osteoartrite).
Os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas
O menisco é dividido em três porções: corno anterior, corpo e corno posterior.
As lesões do menisco medial são muito mais comuns do que as do menisco lateral.
Fisiopatologia do Sistema Locomotor I – Prof. Vagner Sá
30
FUNÇÕES:
•
•
•
•
Transmissão e absorção de forças
Estabilização do joelho
Proteção das superfícies ósseas articulares
Lubrificação articular
EXAME CLÍNICO
•
•
•
•
•
•
Geralmente a lesão meniscal acontece pôr trauma rotacional
Presença de dor e derrame articular
Bloqueio articular pela interposição do fragmento lesionado entre os côndilos femorais
(lesão em alça de balde).
Realizar testes para frouxidão ligamentar
Realizar manobra de Apley compressão
Realizar manobra de McMurray
EXAMES COMPLEMENTARES
•
•
•
Pneumoartrografia
Ressonância nuclear magnética
Radiografia simples
CLASSIFICAÇÃO
•
TRAUMÁTICA Comum no jovens com práticas esportivas, sendo mais freqüente
no sexo masculino. Geralmente vem associado à lesão ligamentar.
•
DEGENERATIVA Característica dos mais velhos, e que não são associadas às
lesões ligamentares. Geralmente a doença degenerativa acomete o joelho como um
todo.
•
CONGÊNITAS Como exemplo clássico temos o menisco discóide.
TRATAMENTO MÉDICO:
CONSERVADOR
•
•
•
•
Nos casos oligossintomáticos, não se preconiza nada.
As fissuras incompletas, as lesões periféricas pequenas, as lesões degenerativas
geralmente são tratadas conservadoramente.
Antiinflamatório não hormonal.
Aparelho gessado afim de diminuir o quadro inflamatório e dor.
Fisiopatologia do Sistema Locomotor I – Prof. Vagner Sá
31
CIRÚRGICO
•
•
•
A meniscectomia parcial já foi comprovada como a melhor técnica de tratamento
cirúrgico.
Com a meniscectomia parcial, a área de contato decresce 10 % e há um aumento do
estresse de contato de 65 %. Já na meniscectomia total, estes valores alteram para 75 %
e 235 %.
A técnica artroscópica é a mais utilizada, porém pode ser necessário a realização de
técnica cirúrgica aberta.
COMPLICAÇÕES:
•
•
•
Infecções
Lesões vasculo-nervosas ( nervo safeno ramo infrapatelar e veia safena)
Trombose venosa profunda
FRATURA DE PATELA
•
•
•
O trauma direto é o mais comum.
É mais freqüente em indivíduos de 20 a 50 anos de idade.
Correspondem a 1% de todas as fraturas do corpo
DIAGNÓSTICO
•
•
•
•
História clínica (geralmente trauma).
Dor, edema e limitação de movimento.
Radiografia simples em AP, perfil com flexão moderada e axial.
RNM, TC e artrografia, quando suspeita-se de fraturas osteocondrais.
TRATAMENTO MÉDICO
CONSERVADOR:
•
•
Nas fraturas que não apresentam desvios significativos (2 a 4 mm), onde o mecanismo
extensor do joelho encontra-se preservado.
Na presença de hemartrose ou hematoma, realiza-se punção seguida de imobilização
gessada ou órtese em extensão do joelho pôr 4 a 6 semanas.
CIRÚRGICO:
•
•
•
•
Nas fraturas com desvios acima de 4 mm
O procedimento utilizado pode ser, osteossíntese através da cerclagem, associados à
parafusos ou fios.
Patelectomia parcial ou total.
É importante a mobilização precoce da patela.
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32
FRATURAS DO PLANALTO TIBIAL
•
•
•
•
•
É considerada de difícil tratamento pela complexidade e diversidade das fraturas.
As fraturas são articulares
O planalto lateral é duas vezes mais afetado do que o planalto medial
O risco de rigidez articular é alto, e a mobilização passiva precoce deve ser logo
instituída.
A causa mais comum são os acidentes automobilísticos.
DIAGNÓSTICO:
•
•
•
•
•
•
•
•
Dor e edema
Incapacidade funcional do joelho
Deformidade e instabilidade articular
Presença de hemartrose com gotículas de gordura, sugestiva de fratura intra-articular
Radiografia em AP e perfil, oblíquas internas e externas
Radiografias em estress para associar a fratura com possíveis lesões ligamentares.
RNM e cintilografia óssea
TC axial com reconstrução digital
TRATAMENTO MÉDICO
CONSERVADOR:
•
•
•
O tratamento será conservador nas fraturas com desvios menores que 4 mm, e quando
não existem instabilidades importantes.
Imobilização com aparelho gessado ou órteses funcionais por 6 semanas. Depois deste
período mobilização precoce, porém sem carga.
Membro inferior sem carga pôr um período de 2 a 3 meses.
CIRÚRGICO:
•
•
•
•
•
•
Osteossíntese com parafusos, convencionais, canulados ou com porca e arruela.
Osteossíntese com placa angulada.
Mobilização precoce pós-cirúrgia
Membro sem carga pôr 8 semanas
Membro com carga parcial leve até a 12ª semana
Tração longitudinal com controle radiográfico periódico
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33
FRATURAS DA PERNA NO ADULTO
•
•
•
A tíbia torna-se bastante vulnerável a traumatismos diretos pela sua posição superficial
na região anterior.
É um dos ossos que mais fratura no corpo.
Há um grande índice de fraturas de diáfise de tíbia expostas ou abertas.
QUADRO CLÍNICO
•
•
•
•
•
•
Dor intensa
O paciente não deambula
Edema
Deformidade
Crepitação
Mobilidade no foco de fratura
TRATAMENTO MÉDICO
•
Imobilização com aparelho gessado: tem indicação as fraturas sem desvios e sem
encurtamentos. O gesso é o cruropodálico, é o tempo médio fica em torno de 6 semanas
para a consolidação.
Fisioterapia: iniciar marcha com suporte parcial de peso para que acelere o processo de
reparo ósseo através do efeito piezoelétrico do osso e acelere a recuperação funcional.
•
•
•
•
Aparelho gessado com pinos transfixantes: pinos de steinmann transfixam a tíbia acima
e abaixo do foco de fratura, sendo englobados em aparelho gessado. É utilizado nas
fraturas instáveis da diáfise da tíbia.
Fixadores externos: largamente utilizado nas fraturas expostas e pacientes que
apresentam escoriações, queimaduras, osteomielite e tumores de tíbia.
Osteossíntese com placa e parafuso: é mais utilizada nas fraturas metafisárias de tíbia.
Osteossíntese com placa intramedular:
COMPLICAÇÕES
•
•
•
•
Consolidação viciosa
Retardo de consolidação
Pseudoartrose
Osteomielite
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34
FRATURAS DO TORNOZELO E DO PÉ
FRATURAS MALEOLARES
DIAGNÓSTICO
•
•
•
Dor localizada
Havendo deslocamento a deformidade é visível ou palpável
Radiografias em AP e perfil
CLASSIFICAÇÃO AO (Associação Internacional para o Estudo da Osteossíntese)
I – Tipo A: Lesão infra-sindesmoidal do maléolo fibular
II – Tipo B: fratura transindesmoidal da fíbula
III – Tipo C: Fratura supra-sindesmoidal da fíbula
TRATAMENTO MÉDICO
•
•
Aparelho gessado: Fraturas do tipo A1 tem indicação precisa. A2 e A3 podem precisar
de fixação com fios de Kirschner ou parafusos.
Redução cirúrgica e fixação interna: fraturas do tipo B e C, pois estas fraturas
acometem a sindesmose, tornando a fratura instável. Pode ser utilizado para a
osteossíntese fios de Kirschner, parafusos de compressão interfragmentar, placa e
parafusos de posição.
FRATURAS DO PILÃO TIBIAL
•
•
•
São causadas pôr forças de impactação longitudinal, cisalhamento, associado a rotação
ou flexão de tornozelo.
De acordo com a força do impacto, pode romper a sindesmose ou fratura também a
fíbula.
Pode ocorrer lesão na cartilagem da cartilagem articular da tíbia e do talo, levando a
rigidez do tornozelo.
TRATAMENTO MÉDICO
•
•
Nas fraturas sem deslocamento: redução incruenta e imobilização com bota gessada de
quatro a seis semanas.
Nas fraturas com deslocamento: redução cirúrgica e fixação da fratura.
FRATURAS DO TALO
•
•
São bastantes incomuns ( menos de 1 % das fraturas em geral)
A estrutura trabecular é extremamente forte, resistindo a forças de compressão duas
vezes maiores que o calcâneo.
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35
•
É comum encontrar nos desportistas, acidentes automobilísticos e de moto.
CLASSIFICAÇÃO
a)
b)
c)
d)
Fraturas osteocondrais da cúpula (flake-fractures)
Fraturas do corpo
Fraturas do colo
Fraturas da cabeça
FRATURAS DO CALCÂNEO
•
•
•
•
Acontecem pôr queda em pé, por exemplo de degrau, escada, mesa, janela, andaime,
etc.
O calcâneo fratura facilmente pela sua cortical fina e estrutura trabecular não muito
densa em certas porções.
O mecanismo de fratura do calcâneo pode envolver traumatismos da coluna
toracolombar, fazendo com que 10 % dos casos apresentem fratura vertebral.
O exame radiográfico deve ser feito nas incidências oblíqua dorsoplantar do retropé,
perfil e axial do calcâneo.
TRATAMENTO MÉDICO
•
•
Tratamento conservador: Nas fraturas não desviadas ou com desvio mínimo. Pode
instalar um programa de diminuição do edema e formações de flictenas pôr alguns dias,
e logo após utiliza-se a bota gessada com o pé em 5º de flexão plantar, afim de evitar
postura viciosa, dor e atuação de forças deformantes sobre a fratura. Após um período
de 4 a 6 semanas, inicia-se a mobilização ativa do tornozelo e articulação subtalar, bem
como apoio com calçado firme.
Tratamento cirúrgico: Osteossíntese com parafusos, pinos de Steinmann, fios de
Kirschner, grampos, etc.
Obs.: É comum a presença de dor residual intensa que pode durar até 3 anos. Nos casos
mais graves utiliza-se a artrodese subtalar ou tríplice.
FRATURAS DO MÉDIO-TARSO
•
•
•
•
São fraturas raras e resultam de traumatismos diretos como queda de objetosmuito
pesado sobre o pé.
Podem levar a avulsões ligamentares ou subluxações do médio-tarso.
O diagnóstico é feito através de dor localizada, edema e restrição funcional.
A radiografia nem sempre é de fácil visualização, devido a interposição dos ossos do
pé.
Fisiopatologia do Sistema Locomotor I – Prof. Vagner Sá
36
TRATAMENTO MÉDICO
•
•
As fraturas pôr avulsão de pequenos fragmentos e as fraturas com pouca deformidade
devem ser tratadas incruentamente com tala gessada e elevação do pé para regressão do
processo inflamatório. Depois colocar bota gessada deambulatória pôr 4 a 6 semanas.
As fraturas com fragmentos maiores ou deslocados, comprometendo articulações em
pacientes jovens ou esportistas, devem ser reduzidas cirurgicamente e fixadas com fios
de Kirschner ou parafusos para fragmentos pequenos.
FRATURAS-LUXAÇÕES DE LISFRANC
CLASSIFICAÇÃO
TIPO A: incongruência total: todos os metatarsos estão desviados para o mesmo lado.
TIPO B: incongruência parcial: ou o primeiro metatarsiano está deslocado e os demais
permanecem em posição anatômica, ou os outros estão desviados e o primeiro permanece
em sua posição.
TIPO C: divergente: há separação entre o primeiro metatarsiano e os outros; pode ser
parcial, quando só o primeiro ou só os demais se deslocam, ou total, quando o primeiro
desviou mediamente e os outros lateralmente.
TRATAMENTO MÉDICO:
•
•
•
Em lesões fechadas tenta-se sempre a redução incruenta.
A redução pode ser mantida com a fixação com fios de Kirschner, transfixando as
articulações luxadas. Em seguida mobilização com tala gessada, e bota gessada pôr 6
semanas
Nos casos de lesão exposta, fraturas irredutíveis ou redução imperfeita, o tratamento de
escolha é a redução cirúrgica.
FRATURAS DOS METATARSIANOS
•
•
•
São produzidas pôr quedas de objetos pesados no pé ou pôr torções ao nível do antepé.
O primeiro metatarso pôr ser mais groso e de maior mobilidade fratura como menos
freqüência.
As radiografias de frente, perfil e oblíquas permitem confirmar e precisar o diagnóstico.
CLASSIFICAÇÃO
•
•
•
•
•
Fratura de base
Fratura de diáfise
Fratura de colo
Fratura de cabeça
Podem ter traços: transverso, oblíquo, espiral ou cominutiva.
Fisiopatologia do Sistema Locomotor I – Prof. Vagner Sá
37
TRATAMENTO MÉDICO
•
•
Conservador: elevação do pé, retirada de carga durante 3 semanas. Logo depois
deambulação precoce em calçado suficientemente amplo, com sola espessa e semirígida. A imobilização pode ser realizada, inicialmente com tala, e posteriormente com
bota gessada.
Cirúrgico: Nas fraturas instáveis aplica-se redução cruenta e fixação com fios de
Kirschner intramedulares, placas, parafuso interfragmentar
FRATURAS E LUXAÇÕES DOS DEDOS
•
•
Geralmente ocorrem pôr choque da ponta do pé contra obstáculos fixos, ou pela queda
de objetos pesados sobre os dedos.
Radiografia em AP, perfil e oblíqua confirmam o diagnóstico.
CLASSIFICAÇÃO
•
•
•
•
Luxação metatarsofalângiana
Luxação interfalângiana
Fraturas diafisárias de falanges
Fraturas intra-auriculares
TRATAMENTO MÉDICO
•
•
As luxações devem ser reduzidas com urgência. Depois imobilização, interpondo um
pedaço de algodão ou gaze entre o dedo afetado e seu vizinho e atando-os um ao outro
com tiras de esparadrapo ou atadura de crepom. A imobilização é mantida pôr 3
semanas. Este mesmo tipo de imobilização também serve para a maioria das fraturas.
Em casos de fraturas muito instáveis, recomenda-se a redução fechada ou aberta e a
fixação com fios de Kirschner.
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38
BIBLIOGRAFIA:
ADAMS, John. Manual de ortopedia. São Paulo: Artes Médicas, 1994.
HERBERT, Sizinio. Ortopedia e traumatologia : princípios e prática. 3 ed. Porto Alegre
: Artes Médicas , 2004.
HOPPENFELD, S.; MURTHY, V.L. Tratamento e Reabilitação de Fraturas. São Paulo:
Editora Manole, 2001. 606 p.
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