V Simpósio de Educação Musical e V Encontro de
Monografias da UFRJ
II Simpósio de Educação Musical da UFG
REALIZAÇÃO:
Centro de Estudos de Musicologia e Educação Musical da UFRJ
Escola de Música e Artes Cênicas da UFG
PROGRAMAÇÃO
Local do Evento: Escola de Música da UFRJ / Rua do Passeio, 98 – Lapa – Rio de Janeiro
4 de dezembro de 2012
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8h 30min: Inscrições (Sala da Congregação)

9h: Abertura Oficial (Sala da Congregação) - Apresentação Musical: Banda
de Concerto da FAETEC - Marechal Hermes. Regentes: Lélio Alves e David Pereira
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9h 30min: Mesa Redonda: Estratégias de Ensino de Música na Educação
Básica – desafios atuais (Sala da Congregação). Palestrantes: Dra. Ana Cristina Tourinho
(UFBA)/A formação do professor para o ensino de instrumento musical na educação básica; Dra.
Fernanda Albernaz (UFG)/Música na Educação Básica: o desafio da formação de professores; Dra.
Inês Rocha (Colégio Pedro II)/Alguns desafios para continuar sendo professor de música na
Educação Básica. Mediadora: Dra. Vanda Freire (UFRJ)
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12h às 12h 30min: Apresentação Musical (Sala da Congregação): Escola de
Música de Manguinhos e Lançamentos de livros

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12h 30min às 13h 30min: Intervalo
13h 30min às 15h 30min: Comunicações de Pesquisas e Encontro de
Monografias. Coordenação: MS. Maria Beatriz Licursi (UFRJ)
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15h 30min às 17h: Mini-Curso: Ensino coletivo de música (Sala da
Congregação). Ministrante: Profa. Dra. Ana Cristina Tourinho (UFBA)
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17h às 17h 30min: Intervalo
17h 30min às 19h: Mini-Curso: Iniciação à Leitura e Escrita Musical –
estratégias direcionadas à Educação Básica. Ministrante: Profa. Dra. Gilka Martins (UFG). /
Mini-Curso: Memorização e Educação Musical: exercícios práticos, a partir de uma
abordagem neurocientífica. Ministrante: Profa. MS. Beatriz Licursi (UFRJ)
5 de dezembro de 2012
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7h 30min às 9h 30min: Mini-Curso: Oficina de Voz (Sala da Congregação).
Ministrante: Profa. Danielle Lima
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9h 30min: Mesa Redonda: Educação Musical - Diferentes espaços,
diferentes abordagens (Sala da Congregação). Palestrantes: Dra. Cássia Virgínia Coelho de
Souza (UEMaringá)/As concepções de música e educação musical na formação de professores;
Dra. Ana Canen (FE/UFRJ)/Educação Musical e Diversidade Cultural: possibilidades multiculturais.
Mediadora: Dra. Thelma Álvares (UFRJ)
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12h às 13h 30min: Intervalo
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13h 30min às 15h: Apresentação de Pôsteres (Ante-sala da Congregação).
Comunicações
de
Pesquisas
e
Encontro
de
Monografias
(Sala
da
Congregação).
Coordenação: Dra. Nilceia Protásio (UFG)
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15h:
Apresentação
Musical:
Coro
Infantil/UFRJ.
Regente:
Maria
José
Chevitarese
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15h 30min às 17h: Mini-Curso: Ensino coletivo de música (Sala da
Congregação). Ministrante: Profa. Dra. Ana Cristina Tourinho (UFBA)


17h às 17h 30 min: Intervalo
17h 30min às 19h: Mini-Curso: Iniciação à Leitura e Escrita Musical –
estratégias direcionadas à Educação Básica. Ministrante: Profa. Dra. Gilka Martins (UFG). /
Mini-Curso: Memorização e Educação Musical: exercícios práticos, a partir de uma
abordagem neurocientífica. Ministrante: Profa. MS. Beatriz Licursi (UFRJ)
6 de dezembro de 2012
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7h 30min às 9h 30min: Mini-Curso: Oficina de Voz (Sala da Congregação).
Ministrante: Profa. Danielle Lima.
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9h 30min: Mesa Redonda: Música e cultura - Ensino de Música em
espaços formais e não-formais (Sala da Congregação). Palestrantes: Dr. José Alberto Salgado
(UFRJ)/Sobre a relevância das conceituações de cultura e de música no trabalho educativo; Dr.
José Nunes Fernandes (UNIRIO)/Beethoven, Funk ou Bumba-meu-boi? Por uma prática
contextualista da educação musical. Mediadora: Dra. Silvia Sobreira (UNI-RIO)


12h às 13h 30min: Intervalo
13h 30min às 15h 30min: Comunicações de Pesquisas e Encontro de
Monografias (Sala da Congregação). Coordenação: Dra. Fernanda Albernaz (UFG)
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15h 30min às 16h 30min: Mini-Curso: Ensino coletivo de música (Sala da
Congregação). Ministrante: Dra. Ana Cristina Tourinho (UFBA)
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16h 30min: Encerramento (Sala da Congregação) – Orquestra de Cordas do
Projeto Villa-Lobos e as crianças. Regente: Sérgio Barboza
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17h 30min às 19h: Mini-Curso: Iniciação à Leitura e Escrita Musical –
estratégias direcionadas à Educação Básica. Ministrante: Profa. Dra. Gilka Martins (UFG). /
Mini-Curso: Memorização e Educação Musical: exercícios práticos, a partir de uma
abordagem neurocientífica. Ministrante: Profa. MS. Beatriz Licursi (UFRJ).
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COORDENAÇÃO GERAL
Dra. Vanda L. Bellard Freire (UFRJ)
Dra. Harlei Elbert (UFRJ)
Dra. Ana Guiomar Rego Souza (UFG)
COMISSÃO CIENTÍFICA
Dra. Harlei Elbert (UFRJ) – PRESIDENTE
Dr. Sérgio Álvares (UFRJ)
Dra. Thelma Álvares (UFRJ)
Dr. José Alberto Salgado (UFRJ)
Dra. Sara Cohen (UFRJ)
Dra. Inês Rocha (Colégio Pedro II)
Dra. Ana Guiomar Rego Souza (UFG)
Dra. Fernanda Albernaz (UFG)
Dra. Nilceia Protásio (UFG)
Dra. Magda de Miranda Clímaco (UFG)
MS. Flávia Cruvinel (UFG)
COMISSÃO ARTÍSTICA
MS. Maria Beatriz Licursi (UFRJ); MS. João Miguel Bellard Freire (CAP/UERJ/Doutorando
UNIRIO)
EQUIPE EXECUTIVA
MS. João Miguel Bellard Freire (CAP/UERJ/Doutorando UNIRIO); MS. Helen Jardim (Colégio
Pedro II/Doutoranda UFRJ); MS. Paulo Roberto Coutinho (Escola de Música de
Manguinhos); Alexandre Pfeiffer (Mestrando/Programa de Pós-Graduação da UFRJ); Beatriz
Yunni (Mestranda/Programa de Pós-Graduação da UFRJ); José Carlos Quintanilha
(Mestrando/Programa
de
Pós-Graduação
da
UFRJ);
André
Macri
Rodrigues
(Licenciando/UFRJ); Emerson da Costa Alves de Jesus (Licenciando/UFRJ); Lucas Lima
(Licenciando/UFRJ); Mateus Nikel (Licenciando/UFRJ); Reinaldo Santos de Souza
(Licenciando/UFRJ); Rayana do Val Zecca (Bacharelanda/UFRJ); Paula Ribas Penello
(Bacharelanda/UFRJ)
Caderno de Resumos – Palestras
A formação do professor para o ensino de instrumento musical na educação básica
Ana Cristina Tourinho/ Universidade Federal da Bahia
Os currículos escolares estão passando por recentes atualizações, que visam também preparar o estudante
para atuação no mercado enquanto professor de música. Muitos bacharéis retornam à graduação para
complementar a sua formação visando também atuar como docente. A implantação da Lei 11.769 faz com
que os concursos da rede pública exijam a Licenciatura mas existe um outro mercado, o das escolas
privadas, que contratam bacharéis para atuar como professores. Vamos refletir acerca do
músico/professor, seja licenciado ou bacharel, que vai atuar como professor de instrumento. Quais os
requisitos necessários? Quais as condições mínimas de trabalho? Como trabalhar com uma classe de
escola regular ensinando a tocar um instrumento? Como as tecnologias atualmente disponíveis podem
ajudar o professor? Este diálogo vai refletir nos requisitos indispensáveis de formação escolar para esta
atuação.
Música na Educação Básica: o desafio da formação de professores
Fernanda Albernaz/ Universidade Federal de Goiás
A música está presente, de forma significativa, nos mais variados contextos do cotidiano da vida humana,
em espaços que se estendem do lócus doméstico aos mais diversos como urbano, rural, comercial,
industrial, político, social, cultural, e educacional. Somente a presença da música nesses locais não
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garante a aquisição do conhecimento sonoro musical pelo ouvinte, pois a relação entre música e contexto
organiza-se de várias formas, particularizando-se em cada local. Dentre as localidades apresentadas,
destaca-se o contexto educacional, pois é nele que ocorre uma das principais formações dos indivíduos.
Tal local reforça a proposição desta exposição, que é a de refletir sobre o desafio da formação de
professores. Assim, pensar no educador e em toda a trama que o acompanha é observar e conjecturar a
totalidade do evento, com o intuito de atingir a base da formação do indivíduo, a escola. Refletir sobre
música no ambiente escolar, prioritariamente, da educação básica é uma necessidade que se faz presente,
haja vista a aplicação da lei que cita a obrigatoriedade do conteúdo de música no currículo escolar. Mais
uma vez, encontra-se um contexto amplo, com vários trajetos a serem percorridos e as múltiplas
situações a serem remetidas. E é neste ambiente escolar complexo que se fez a escolha sobre o objeto de
discussão e proposição: o professor, sua posição frente ao novo, sua inter-relação com o aluno, ou seja,
os desafios que estão reservados para ele. Sobre o professor, pois, é que recai a responsabilidade de
desenvolver no alunado o bom desempenho e a competência para atuar como cidadão. Observa-se que a
revolução digital e tecnológica trouxeram para a cultura escolar novos elementos. Ao educador, que está
em plena atividade de sala de aula, compete a formação continuada, mas para aqueles que estão em
formação nas Universidades, questiona-se o que se espera de sua formação em atendimento às
expectativas apresentadas na contemporaneidade. As ideias expostas pelo pensador Edgar Morin sobre a
formação do professor e as transformações necessárias na educação são o eixo norteador que embasam
as ponderações aqui apresentadas. Questiona-se a formação do professor: Qual é o perfil do professor de
música que tem se exigido para atuar na educação básica? Quais são os princípios ideológicos mais
propícios para a formação de professores? Será que existe um modelo ideal para atender o desafio da
formação? Qual a influência direta que existe entre a formação do professor e o desempenho de seu
aluno? Muitas outras perguntas ressoam no universo acadêmico, mas pouco se tem empenhado em
respondê-las, ou mesmo abrandá-las. No intuito de colaborar com a expertise da música na educação
básica e a competência na formação de professores, articulam-se as inter-relações e as transformações
dos professores, estabelecidas por esse profissional no desempenho de seu papel no contexto escolar.
Alguns desafios para continuar sendo professor de música na Educação Básica
Inês Rocha/Colégio Pedro II
O ensino de música em escolas de Educação Básica oferece alguns desafios que, se ora apresentam-se
com dimensões nunca antes previstas, ora mostram a mesma faceta de antigos problemas. Como lidar
com essa dualidade no cotidiano da vida escolar? A partir de minha vivência como professora de Educação
Musical em Instituições de Educação Básica no Rio de Janeiro, apresento aqui algumas reflexões sobre
práticas pedagógicas musicais. Busco trazer alguns elementos para a troca de ideias e, talvez, provocar
novas reflexões tendo como base quatro eixos que norteiam a ação pedagógica do educador musical na
atualidade: ser professor, ser pesquisador, ser músico e ser produtor musical.
As concepções de música e educação musical na formação de professores
Cássia Virgínia Coelho de Souza/Universidade Estadual de Maringá
A palestra tem o objetivo de ampliar a discussão sobre a formação do educador musical. Para isso relato a
experiência enquanto docente de três cursos de Licenciatura: Educação Musical, da Universidade
Estadual de Maringá, PR (UEM), Música, que faz parte do PARFOR – Plano Nacional de Formação de
Professores – da mesma universidade, e Pedagogia a distância, da Universidade Federal de Mato Grosso,
MT (UFMT), visualizando a problemática das concepções no trabalho de formação. Quando se trata do
ensino de música nas escolas de Educação Básica, de um modo geral, verifica-se a dificuldade de se
manter propostas com atributo formal, com continuidade e consistência, devido a diferentes motivos, mas,
principalmente, pela ausência de professores que consigam compreender as especificidades do ensino de
música na Educação Básica. Aponto inicialmente, algumas situações especificas da área de Arte/Música,
que considero importantes para se entender a sistemática brasileira da formação docente, com foco na
formação específica em música, e, no caso da Pedagogia, como complementação da formação geral. Após,
explico o que é o PARFOR, informando como é o projeto pedagógico do curso e como foi a inserção da
música no curso de Pedagogia a distância da UFMT, para depois fundamentar a linha que orienta minha
prática pedagógica, a prática do professor reflexivo, baseada nas propostas de Philippe Perrenoud, Donald
Schön, Kenneth M. Zeichner. Em seguida, relato alguns acontecimentos e opiniões de alunos das
disciplinas que atuo nos três cursos analisando as concepções de música e educação musical que
permeiam os três lócus de formação. Concluo apontando as diferenças que percebo, até o momento, entre
a realização de uma licenciatura regular em quatro anos e uma segunda licenciatura, em dois anos, assim
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como a experiência com a linguagem musical na formação de professores pedagogos. Tratando-se de uma
reflexão da educação, confio no devir da educação musical, sempre mais consistente, com educadores
musicais com formação musical e pedagógica ampla, que lhes proporcionem a revelação e a ampliação das
competências encaminhando-os para uma atuação segura e duradoura.
Educação Musical e Diversidade Cultural: possibilidades multiculturais
Ana Canen/Universidade Federal do Rio de Janeiro
A palestra aborda conceitos de multiculturalismo, discutindo respostas curriculares à diversidade cultural
propostas por este campo. Neste sentido, articula as considerações sobre a perspectiva multicultural à
educação musical, sugerindo possibilidades para a valorização da pluralidade cultural, a partir das idéias
apresentadas.
Sobre a relevância das conceituações de cultura e de música no trabalho educativo
José Alberto Salgado/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Entendendo que tanto os espaços formais como não-formais de educação, de acordo com J. Carlos
Libâneo, envolvem ações intencionais de ensinar e aprender, começaremos esta reflexão analisando
algumas tendências observadas contemporaneamente no discurso e na prática de professores e
licenciandos, ao conceber e estruturar um ensino de música. Percebe-se que, ao tratar de diferentes
músicas como objeto de estudo, quem trabalha com o ensino hoje, ou está em formação para isso, já
tende a incorporar – em graus variáveis – a premissa da diversidade cultural, por sinal mencionada
frequentemente na documentação dos órgãos governamentais de educação e de cultura. Percebe-se
também que, no reconhecimento de que os alunos são sujeitos conhecedores de certas práticas sonoras –
mesmo antes de ingressarem no espaço formal ou não-formal de aprendizagem –, certas idéais-chave
sobre a condição de estudante, a construção de cidadania e as relações dialógicas entre professor e
estudante também são correntes, divulgadas principalmente a partir da obra de Paulo Freire e adaptadas
posteriormente para a educação musical. No entanto, a própria conceituação de “cultura” é tarefa bastante
complexa, muda historicamente, e continua a merecer exame atento para que seu tratamento, no trabalho
do professor, seja amplamente compatível com atividades didáticas de (re)interpretação, apreciação
crítica, criação e gestão da produção sonora – atividades centrais em muitos contextos de prática musical
em sociedade. Para o docente, essa reflexão envolverá uma dialética com outras acepções de cultura,
divergentes, que a concebem como coisa pronta, tesouro nacional, herança universal etc. – e, por esse
ponto-de-vista, como algo a reproduzir, preservar, transmitir etc. Indicaremos, portanto, que o
entendimento que a professora e o professor tenham de “cultura” pode ser visto como um dos
fundamentos teorico-metodológicos no ensino de música, com implicações para o que se faz, tanto em
espaços formais e não-formais de ensino como nos demais espaços de vida social. A argumentação tocará
em certos enfoques do campo da antropologia e da etnomusicologia, com referência a Clifford Geertz e a
Elizabeth Travassos, e certos parâmetros relevantes para o trabalho político-educativo que todo professor
realiza – no sentido de pensarmos em coletivo elementos para uma dinâmica da conceituação de “cultura”,
e consequentemente de “música”, em contextos formais e não-formais de ensino.
Beethoven, Funk ou Bumba-meu-boi? Por uma prática contextualista da educação
musical
José Nunes Fernandes/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
O grupo social determina a prática da aula de música? Qual repertório deve ser usado pela escola na aula
de música? O autor confronta o conteúdo usado na aula de música com as tendências de educação que
defendem o uso do saber contextual ou do saber global, até que ponto a escola deve transmitir tais
saberes e busca distinguir o processo formal do não formal de aprendizagem e ensino da música. Defendese a tendência contextualista e para o aproveitamento de processos não formais de educação musical na
aula de música.
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Resumos dos Mini-Cursos
“Afinação vocal” (40 vagas)
Ministrante: Profa. Danielli Lima
Ementa: Através do curso, serão vistas as definições de afinação e desafinação e
estratégias para a afinação do aluno, baseadas na prática diária e na revisão bibliográfica.
Será também apresentado um breve resumo sobre a anatomia e a fisiologia da produção
vocal, assim como os aspectos neurológicos para o processamento da informação
auditiva, tão importante para o canto.
“Ensino coletivo de música” (30 vagas)
Ministrante: Profa. Dra. Ana Cristina Tourinho
Ementa: Técnicas de ensino coletivo de instrumentos musicais, com ênfase no ensino de
violão. Filosofia de trabalho, sugestões para agrupamento de turmas, seção/nivelamento.
Elaboração de programas, escolha de repertório, sugestões de exercícios. Ensino por cifras
e por partitura. Apresentações públicas e avaliação. Todos devem trazer os seus
instrumentos.
"Iniciação à Leitura e Escrita Musical – estratégias direcionadas à
Educação Básica" (20 vagas)
Ministrante: Profa. Dra. Gilka Martins
Ementa: Elementos da linguagem musical: vivência, improvisação e estruturação.
Sistemas de codificação da linguagem musical: Utilização da linguagem musical
tradicional, bem como de meios não convencionais de organização, grafia e
execução de formas sonoras. Leitura e escrita musical: procedimentos e estratégias
direcionados à Educação Básica.
"Memorização e Educação Musical: exercícios práticos, a partir de uma
abordagem neurocientífica" (20 vagas)
Ministrante: Profa. MS. Beatriz Licursi
Ementa: Apresentação do conhecimento neurocientífico relacionado às faculdades
mentais envolvidas no processamento auditivo e nos mecanismos de memória, visando
aplicação à educação musical. Parte-se do pressuposto de que os níveis de abstração, por
ocasião do processo de percepção auditiva, relacionam-se ao circuito de memória,
propiciando a transferência de conhecimentos do treinamento auditivo à prática real e a
cognição seletiva./Metodologia: Os exercícios de memorização serão realizados a
partir de pequenos motivos, avançando para textos mais extensos, com enfoque na
concentração e atenção, visando aperfeiçoar as habilidades de reprodução oral segura,
imediata e correta. Os exercícios servirão como exemplificação prática da abordagem
teórica apresentada.
Currículos Resumidos dos Participantes
Ana Canen
É PhD em Educação pela University of Glasgow. Tem Mestrado em Educação pelo Departamento de
Educação da PUC-Rio e Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). Atualmente é Professora Associada do Departamento de Fundamentos de
Educação/Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui inúmeras
publicações em periódicos nacionais e internacionais bem como livros publicados/organizados, e
vários trabalhos em anais de eventos. Tem sido Palestrante/Conferencista convidada em diversas
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instituições. Desenvolve pesquisas em Multiculturalismo e Formação de Professores, tendo especial
interesse nas áreas de Educação Comparada, Avaliação da Aprendizagem e Avaliação Institucional.
Maiores detalhes sobre suas pesquisas e produção acadêmica são obtidas abaixo.
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 1. Para acessar este CV:
http://lattes.cnpq.br/7321869768889062
Ana Cristina Tourinho
Professor Adjunto da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia desde 1982. Trabalha com
ensino de violão tutorial, coletivo, presencial e a distância e também com a formação de professores
para esta finalidade. É professora orientadora de mestrado e doutorado na UFBA, onde também foi
chefe de Departamento (2001-2005) e Coordenadora da Pós-Graduação (2009-2012). Atuou como
professora em cursos na UNB, UFRGS, UFPA, EMBAP (Curitiba) e para a Universidade de
Campbellsville (Kentucky) e Hunter College (NY).
Ana Guiomar Rego Souza
Bacharel em Piano e Mestra em Música pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Doutora em
História pela Universidade de Brasília (UnB). Professora Adjunta da UFG, lecionando na Graduação e
no PPG em Música desta Instituição. Ocupa atualmente o cargo de Diretora da Escola de Música e
Artes Cênicas (EMAC) e coordena o curso de “Especialização em Ensino da Música e Processos
Interdisciplinares em Arte”. Lidera o grupo de pesquisa “Arte, Educação, Cultura” do Diretório de
Pesquisa do CNPq, atuando nas linhas de pesquisa "Música, Cultura e Sociedade" e "Musicologia:
Identidades, Representações e Processos Interdisciplinares".
Cássia Virgínia Coelho e Souza
Possui Graduação - Bacharelado em Música - Habilitação em Piano pela Academia de Música Lorenzo
Fernandez, RJ, Mestrado em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutorado em
Música pela Universidade Federal da Bahia. É professora da Universidade Estadual de Maringá, PR, e
docente aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso. É Editora da Associação Brasileira de
Educação Musical - ABEM - no biênio 2011-2013 e professora do Programa de Mestrado em Estudos
de Cultura Contemporânea da UFMT. Tem experiência no campo de formação de professores,
atuando em cursos de música para professores unidocentes e nas Licenciaturas em Música e em
Pedagogia.
Danielle Lima
Fonoaudióloga, formada pela Universidade Veiga de Almeida há 9 anos e cantora, vem
desenvolvendo um trabalho de preparação vocal junto a cantores, atores e locutores do cenário
carioca. Seu último trabalho foi a preparação vocal da peça musical OUTSIDE. Atualmente, fazendo
especialização em voz no CLINVOZ, sob o comando do Dr. Domingos Sávio, prepara a monografia
AFINAÇÃO VOCAL, pesquisando os motivos da desafinação vocal e estratégias para a resolução
deste problema tão comum.
Fernanda Albernaz
Possui Graduação em Licenciatura em Música e Bacharelado em Piano pela Universidade Federal de
Goiás, Mestrado em Arte Publicitária e Produção Simbólica pela Universidade de São Paulo e
Doutorado em Ciências Sociais - Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Atualmente é Professora adjunto da Universidade Federal de Goiás, onde leciona e orienta pesquisa
na graduação e na pós-graduação e coordena na graduação o curso de Música licenciatura. Também
é membro da Comissão Assessora da área de Música do ENADE. Atuou como Membro do Comitê de
Ética em Pesquisa na Universidade Federal de Goiás e como sub-coordenadora do Programa de PósGraduação em Música da UFG. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Educação Musical,
atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Musical, Música, Cultura e Sociedade, Ritual
e Musicoterapia.
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Flavia Maria Cruvinel
Educadora Musical, Pesquisadora, Violonista. Mestre em Música, área de Concentração Educação
Musical e Especialista em Música Brasileira no Século XX, área de concentração Educação Musical,
pela Escola de Música e Artes Cênicas da UFG. Desenvolve pesquisas na área de Educação Musical,
focalizando os seguintes temas: Ensino Coletivo de Instrumento Musical; Educação Musical e
Transformação Social; Educação Musical em Espaços Alternativos; Desenvolvimento Musical
Cognitivo; Uso do Imaginário e Criatividade nas metodologias de ensino musical; Formação de
Professores e Estágio Supervisionado. Em 2005, publicou o livro Educação Musical e Transformação
Social pela editora ICBC de Goiânia-GO. Além de sua atividade como professora e pesquisadora,
atua como gestora e produtora cultural. Atualmente é Coordenadora de Cultura da Pró-Reitoria de
Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás e Diretora de Música e Artes Cênicas do Centro
Cultural UFG.
Gilka Martins
É professora na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás desde 1992.
Tem ministrado disciplinas práticas e teóricas, nos cursos de Graduação em Música, Musicoterapia e
Artes Cênicas e em cursos de Especialização oferecidos pela EMAC/UFG. É graduada em Piano –
Bacharelado- e também em Licenciatura em Educação Artística / Habilitação em Música, ambos pela
UFG. Cursou Especialização em Música do Século XX (Universidade Federal da Paraíba) e é Mestre
em Educação Brasileira, pela Faculdade de Educação da UFG. Pesquisa e dedica-se à Formação do
Professor de Música. Coordenou o Curso de Licenciatura em Educação Artística – Habilitação em
Música (1994-1996) e o Curso de Educação Musical (2005) n UFG. Atualmente cursa o Doutorado
em Educação Brasileira, na Faculdade de Educação da UFG. Presta assessorias a diversas
instituições de ensino de música no estado de Goiás. Atua como regente de coros e preparadora de
grupos vocais, além de desenvolver outras atividades artísticas, como cantora e arranjadora.
Harlei Elbert
Doutora em História (USP), Mestre em Música (UFRJ), Graduada em Piano, Composição, Licenciatura
e Regência (UFRJ), foi Professora Adjunta do Departamento de Composição e atualmente é
Professora Associada do Departamento de Musicologia e Educação Musical da Escola de Música da
UFRJ. Foi Diretora (quadriênio 2003-2007) da referida instituição e Coordenadora do Programa de
Pós-Graduação em Música. Atualmente é Coordenadora do Curso de Musicalização Infantil.
Inês Rocha
Professora de Educação Musical do Colégio Pedro II desde 1993, lotada na Unidade Centro,
atualmente integra o naipe de soprano do Coro de Câmara da Pro-Arte. É Doutora em Educação
(UERJ) e tem textos publicados no Brasil, Portugal e Espanha nas áreas de Educação Musical,
História da Educação Musical, Musicologia, Educação, História da Educação, especialmente sobre
Liddy Chiaffarelli Mignone, metodologias de Educação Musical, Instituições, manuais escolares de
música, experiências de educação musical no ensino básico e cartas pessoais de músicos e artistas.
Juntamente com Ricardo Szpilman, é editora da Interlúdio: Revista do Departamento de Educação
Musical do Colégio Pedro II. Está associada à diversas entidades acadêmicas como a ABEM, da qual
faz parte da atual diretoria (2012-2013), ANPPOM, FLADEM e a SBHE. Atuou recentemente como
pesquisadora bolsista da Biblioteca Nacional – Divisão de Música e Arquivo Sonoro com a pesquisa:
Cartas em tom maior: redes de sociabilidade na correspondência entre músicos e artistas das
décadas de 1930-1950. O livro Canções de Amigo: redes de sociabilidade na correspondência de
Liddy Chiaffarelli Mignone para Mário de Andrade, publicado em 2012, é fruto de sua tese de
doutorado. [email protected]
José Alberto Salgado e Silva
Professor e pesquisador na Escola de Música-UFRJ, com interesses principais em etnomusicologia e
na formação de músicos e professores de Música. Tem artigos publicados nessas linhas de pesquisa
e trabalhou também como professor convidado em cursos de especialização e de formação
continuada para professores de Música: no Centro de Letras e Artes da UniRio; na Escola de Música
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e Belas Artes do Paraná (EMBAP); e junto à Coordenadoria de Programas Educacionais da Orquestra
Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Na área artística, com o nome Zé Al, publicou 2 livros de
poesia e 2 CDs de composições, incluindo o recente Primeira Casa, em 2010.
José Nunes Fernandes
Possui Curso de Licenciatura Plena Em Educação Artística - Música e de Psicologia. É especialista em
Educação Musical e Mestre em Música, ambos pelo Conservatório Brasileiro de Música - Centro
Universitário (1991 e 1993). É Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) (1998). É professor Associado III da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO), no Instituto Villa-Lobos (Bacharelado e Licenciatura em Música) e no Programa de PósGraduação em Música - Mestrado e Doutorado (professor orientador). É professor do Curso de
Licenciatura em Pedagogia do PAIEF/CEDERJ/UNIRIO. Tem experiência na área de Artes, com
ênfase em Educação Musical principalmente nos seguintes temas: ensino da música (formal, nãoformal e informal), psicologia da música, psicanálise, pesquisa em educação musical e história da
educação musical brasileira. Líder do Grupo de Pesqusia: Linguagem audiovisual, música e educação
(CNPQ). Foi Secretário da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) de 2005 a 2009).
Integrou o Grupo de Investigação formado por pesquisadores do Brasil, Argentina, Chile e Espanha,
sediado na Universitat Jaume I (Castellón - Espanha) através do desenvolvimento do Projeto de
Pesquisa “La banda sonora de la televisión infantil y juvenil en el ámbito latinoamericano. Variables,
impacto e influencia en la reducción del patrimonio sonoro” de 2004 a 2010. Atualmente desenvolve
projeto de pesquisa sobre “alfabetização musical”.
Magda Clímaco
Concluiu os cursos de graduação em Música / Instrumento Piano (1975), graduação em Licenciatura
em Música (1976), Especialização em Novas Bases da Técnica Pianística (1982), Mestrado em
Música (1998) pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Doutorado em História Cultural pela
Universidade de Brasília (UnB)(2008). Atualmente é professora na Graduação e na Pós-Graduação
da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (EMAC/UFG), coordena o eixo
musicológico dessa instituição, é membro do Conselho Deliberativo da Fundação de Apoio à Pesquisa
(FUNAPE). Tem experiência na área de Música, com ênfase em Musicologia e em Música, Cultura e
Sociedade. Como pesquisadora é membro da Comissão de Pesquisa da EMAC, coordena o Núcleo de
Estudos Musicológicos vinculado à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPPG) da UFG,
integra o Grupo de Pesquisa "Arte, Educação, Cultura" vinculado ao CNPq, atuando nas seguintes
linhas: "Musicologia: Identidade, Representações e Processos Interdisciplinares"; "Música Cultura e
Sociedade". No Mestrado em Música dessa instituição ministra as disciplinas "Seminários de
Musicologia" e "Música, Cultura e Sociedade".
Maria Beatriz Licursi
Mestre em música e Especialista em Neurociências – vertente aprendizagem, ambos pela UFRJ,
onde atua como docente na área de Percepção Musical. Recebeu vários prêmios em concursos
nacionais de piano. Atuou como pianista e camerista em salas de concerto do Rio de Janeiro e de
outras cidades brasileiras. Foi professora nas Universidades Estácio de Sá e Gama Filho. Atuou
como pianista, em gravações da TV Globo e da Rede Record e no teatro. Paralelamente, atuou em
programas da Rádio MEC e da TVE e como palestrante convidada em eventos diversos da área de
música. Participou da gravação de discos da série “Futuros Mestres em Música”, por ocasião do
curso de mestrado. Posteriormente, recebeu o patrocínio da UFRJ par a gravação da “LP” intitulado
“Odeon”, com obras exclusivas de Ernesto Nazareth, publicado por essa instituição.
Nilcéia Protásio
Coordenadora do Curso de Música-Licenciatura da UFG e Coordenadora da área de Música do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na UFG. Representante estadual da
ABEM em Goiás. Doutora em Educação, atua na área de educação musical, especialmente em
temáticas referentes à formação de professores, metodologias de ensino e música no contexto
escolar.
9
Sara Cohen
Bacharel em piano (UFRJ) e doutora em música (UNIRIO), é professora de percepção musical no
Departamento de Musicologia e Educação Musical da UFRJ com pesquisa voltada para o ritmo na
música contemporânea. É autora, em parceria com a musicóloga Salomea Gandelman, do livro
Cartilha rítmica para piano de Almeida Prado.
Sílvia Sobreira
É graduada em Regência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ. É Mestre em Música
pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO , especialização que lhe rendeu o
livro Desafinação Vocal, editado pela Musimed, em 2003. É Doutora em Educação pela UFRJ (Área
de Currículo e Linguagem). Atua como professora do curso de Licenciatura em Música da UNIRIO
onde supervisiona os Estágios e ministra as disciplinas Processos de Musicalização e Prática de
Conjunto. Coordena o projeto PIBID da área de Música no qual atua em parceria com duas escolas
municipais
da
cidade
do
Rio
de
Janeiro.
Para
maiores
informações
ver www.silviasobreira.com ou http://lattes.cnpq.br/3874456791837253
Sérgio Álvares
Doutor (Ph.D.) em Educação Musical pela University of Miami (1998). Mestre em Práticas
Interpretativas e Composição em Jazz pela New York University (1995). Diplomado em Práticas
Interpretativas e Arranjo pela Berklee College of Music (1993). Licenciado em Educação Artística
pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1988). Professor Associado da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Instrumentista de Sopro (sax e flauta). Compositor e Arranjador
na linha do Choro e Jazz e Educador Musical com experiência no ensino básico, médio e superior, no
Brasil e nos Estados Unidos.
Thelma Álvares
Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) do curso de Licenciatura em Música e
do programa de pósgraduação em educação musical dedicando-se à linha de pesquisa Música,
Educação e Saúde. Foi coordenadora do curso de especialização em Terapia das Artes da
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) onde coordenou o setor de Musicoterapia do
Laboratório de Educação Física Adaptada (LAEFA) e a clínica de Musicoterapia e Arteterapia do
Centro de Artes. Doutora em educação musical pela University of Miami, mestrado em Terapias
Expressivas pela Lesley College, Formação Nordoff-Robbins pela New York University, Especialização
em Saúde Mental (UFRJ) e musicoterapeuta formada pelo Conservatório Brasileiro de Música (RJ).
Atualmente desenvolve pesquisa na área de Educação Musical na Diversidade com alunos do
Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
Vanda Bellard Freire
Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Pós-Doutorado na área de
Musicologia Histórica, na Universidade Nova de Lisboa. É Mestre em Educação pela Fundação Getúlio
Vargas. É graduada em Piano, Composição e Regência, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,
e em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Presidiu a ABEM, de 1996 a 2001.
Atualmente, é Professora Associada na UFRJ, onde leciona e orienta pesquisas e projetos de
extensão, na Graduação e na Pós-Graduação. Tem diversos trabalhos publicados nas áreas de
Musicologia Histórica e Educação Musical.
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PROGRAMAÇÃO
SESSÃO DE PÔSTERES
DIA / HORA
5 dezembro
13H 30MIN
5 dezembro
13H 30MIN
5 dezembro
13H 30MIN
TÍTULO
A construção da cidadania e o currículo de Educação Musical
AUTOR
Thelma Taets (UFRJ); Maria
Judith da Costa Lins (UFRJ)
Memória auditiva: aspectos científicos, culturais e Beatriz Licursi (UFRJ)
acadêmicos explorados numa oficina de divulgação científica
Método de Canto Popular Brasileiro de Marcos Leite e sua Regina Lucatto (UFRJ)
aplicação ao Canto coral
SESSÕES DE COMUNICAÇÕES
DIA / HORA
4 dezembro
13H 30MIN
4 dezembro
13H 45MIN
4 dezembro
14H
4 dezembro
14H 15MIN
4 dezembro
14H 30MIN
5 dezembro
13H 45MIN
5 dezembro
14H
5 dezembro
14H 15MIN
5 dezembro
14H 30MIN
5 dezembro
14H 45MIN
6 dezembro
13H 30MIN
6 dezembro
13H 45MIN
6 dezembro
14H
6 dezembro
14H 15MIN
6 dezembro
14H 30MIN
6 dezembro
14H 45MIN
TÍTULO
Da África para os Estados Unidos e o mundo: Blues, uma
viagem musical
Educação Musical da mulher no âmbito da instrução pública
(segundo reinado)
As motivações para a busca do ensino formal de música: um
estudo de literatura relacionado à questionário escrito
Livro Didático: suporte ou ferramenta principal no ensino de
música
Concepções sobre música na educação básica: investigação
em artigos de periódicos
Ensinar e aprender música: negociando distâncias entre
argumentos de professores, alunos e instituições de ensino
Musicalização de bebês: um relato de experiência de
Educação Musical na primeira infância
Ensino coletivo de música: o ensino do Choro na educação
básica
Criatividade e desenvolvimento infantil: investigação sobre a
criação musical no contexto do ensino/aprendizagem em
música
Lei 11.769/08 – Percursos, concursos e reflexões. Da vigência
ao ensino musical nas escolas. Propostas e escolhas.
Contribuições de uma abordagem holística para o ensino
coletivo de violão
Processos de composição musical em pequenos grupos: um
estudo sobre as perspectivas das crianças
Formação de professores de música na UFRJ: uma discussão
sobre o conhecimento musical na educação básica
Uma proposta de oficina de música para pessoas com
deficiências visuais
Memória, esquecimento, música e criação em Nietzsche:
elos vivos de experiências, avaliações e reautenticações no
futuro
Ensino coletivo de flauta doce na educação básica: práticas
pedagógicas musicais no Colégio Pedro II
AUTOR
Leonardo Nascimento
Rayana do Val Zecca; Paula
Penello; Vanda Freire
Felipe Pacheco dos Santos
Suzana
Fialho
Rocha;
Fernanda Albernaz
Gustavo Amui; Fernanda
Albernaz
Helen Jardim
Anderson Carmo de Carvalho
Beatriz Stutz
Rebeca Vieira de Queiroz
Almeida
Gesiane Leone Castro
Alexandre Pfeiffer Fernandes
Gabriela Flor Visnaldi e Silva;
Vivian Beineke
Rodrigo Serapião Batalha
José Carlos Quintanilha
Vicente Estevam
Milena Tibúrcio
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Resumos de Comunicações
Da África para os Estados Unidos e o mundo: Blues, uma viagem musical
Autor: Leonardo Nascimento ([email protected])
Monografia de Licenciatura/UFRJ
Orientador: Rodrigo Batalha
Palavras-chave: Blues; Escravidão; Blue-notes; Mississipi.
Esta pesquisa tem a proposta de investigar o Blues, sua história, suas características musicais e
extra-musicais, seus principais artistas e seus meios de aprendizagem, buscando contribuir para o
estudo desse gênero no contexto acadêmico. Nesta pesquisa, a metodologia utilizada incluiu uma
análise bibliográfica de autores como Chase (1957), Muggiati (1995), Oliver (1997), Guinle (1953),
Clapton (2007), Ottaviano (2011), Campos; Miranda (2005), Ulanov (1957), Karnal (2007), além
de uma série de documentários idealizada por Martin Scorsese (The Blues: a musical journey,
2006). Concomitantemente, foi realizada uma pesquisa de campo baseada em entrevistas com
artistas brasileiros do gênero, bem como participações em festivais de música relacionados ao
Blues, no estado do Rio de Janeiro. A monografia está organizada da seguinte forma: o primeiro
capítulo, “O Blues: sua história e histórias”, apresenta a história do gênero musical e suas
características, onde são abordadas questões como escravidão, exploração, sofrimento e esperança.
No segundo capítulo, “Grandes nomes do Blues”, enfatizamos os grandes artistas do Blues, muitos
chamados de bluesman, – músicos que tiveram uma vida de escravidão, mas que, conseguiram sua
liberdade através de sua arte. Já no terceiro capítulo, o trabalho se volta para uma abordagem
acerca dos processos envolvidos na aquisição da experiência musical, procurando responder a
pergunta que dá título ao capítulo: “Como se aprende Blues?”. O Blues é fruto da fusão entre as
culturas do negro afro-americano e do branco euro-americano. Muitos desses homens e mulheres
de ascendência africana, após serem escravizados, nunca mais viram sua família, nunca mais
voltaram ao seu lugar de origem. A falta da pátria e da família, aliada com a exploração que
sofriam, fazia parte de sua rotina diária. Seus senhores tiraram seus familiares, modificaram seus
nomes, mataram seus sonhos, mas não conseguiram tirar algo muito importante para eles: sua
música. A terra de origem desse gênero é o Delta do Mississipi, nos Estados Unidos, que surgiu em
meio à exploração, humilhação, trabalho e esperança de toda uma raça. Hoje, o Blues está
enraizado na estrutura de muitos estilos musicais que surgiram a partir de sua influência, tais como
o Jazz e o Rock´n´roll. Dessa maneira, o Blues se faz presente na música de muitos artistas que
beberam desta fonte, como Beatles, Rolling Stones, Ray Charles, John Coltrane, entre outros. Sua
influência se faz sentir até mesmo em alguns compositores de música de concerto, como George
Gershwin.
Referências
CAMPOS, Flávio; MIRANDA, Renan G. A escrita da História. São Paulo: Escala Educacional, 2005, volume único.
CHASE, Gilbert. Do salmo ao jazz: a música dos Estados Unidos. Porto Alegre: Globo, 1957.
CLAPTON, Eric. Eric Clapton: autobiografia. São Paulo: Planeta, 2007.
GUINLE, Jorge. Jazz: panorama. Rio de Janeiro: José Olympio, 1953.
KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos. São Paulo: Contexto, 2007.
MARTIN Scorsese presents the Blues: a musical journey, 2006. Produção: Martin Scorsese. EUA: Focus Filmes,
2006. 7 DVD (806 min).
MUGGIATI, Roberto. Blues: da lama à fama. Rio de Janeiro: Ed.34, 1995.
OLIVER, Paul. Gospel, Blues e Jazz. Porto Alegre: L&PM,1997.
OTTAVIANO, Marcos. Guitarra Blues: do tradicional ao moderno. São Paulo: Melody, 2011.
ULANOV, Barry. A história do jazz. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957.
Educação Musical da mulher no âmbito da instrução pública (Segundo Reinado)
Autor: Rayana do Val Zecca; Paula Ribas Penello; Vanda Bellard Freire
([email protected], [email protected])
Bacharelado/UFRJ
Orientador: Vanda Freire
Palavras-chave: educação musical; educação da mulher; ensino de música formal; ensino de
música não-formal; história da cultura.
O presente trabalho apresenta resultados parciais de pesquisa em andamento. O objetivo principal
é caracterizar e interpretar aspectos da educação musical da mulher, no século XIX, educação
formal e não-formal (TRILLA; GHANEM; ARANTES, 2008), utilizando, para isso, referenciais das
áreas de Educação, Educação Musical e História da Cultura (DEL PRIORE, 2007, entre outros). A
pesquisa focaliza neste momento o Segundo Reinado, detendo-se nos seguintes aspectos: 1)
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conteúdos curriculares de colégios de instrução pública, destinados às meninas e moças (ALMEIDA,
2006; FREIRE et alii, 2012; HAIDAR, 2008); 2) legislação educacional da época (VEIGA, 2007;
SAVIANI, 2006; HAIDAR, 2008, entre outros). As principais fontes de informação, além da
literatura sobre Educação no Brasil, são periódicos e alguns documentos de época. Os resultados
preliminares, obtidos a partir do confronto parcial de informações de periódicos e outros
documentos com a literatura especializada, abrangendo a legislação educacional da época, revelam
a intensa presença de anúncios de aulas particulares de música especificamente dirigidas ao público
feminino (educação não-formal, abrangendo diversos instrumentos). Revelam, também, a presença
do ensino de música, sobretudo piano e canto, em colégios públicos e particulares destinados à
educação feminina, inclusive naqueles destinados à instrução secundária feminina. A maior
valorização da música na educação feminina decorre das ideologias vigentes à época, que situam o
aprendizado de música como “prendas domésticas”, essenciais à formação da mulher como futura
mãe, esposa e cidadã, ainda que com direitos restritos. O aprendizado de música complementava a
apresentação social da mulher. É possível, no atual estágio da pesquisa, perceber as diferenças na
educação dos dois sexos, presentes nos textos legais até as primeiras décadas do século XX. É
possível, ainda, observar também nos textos legais e nos currículo de colégios, segundo anúncios
publicados nos jornais, a pouca atenção dedicada ao ensino de artes (inclusive de música) na
educação formal, do qual não encontramos, até o momento, referência à possibilidade de contribuir
para a construção de conhecimento e para a formação do educando. O avanço da pesquisa
permitirá aprofundar a coleta de dados e a interpretação dos mesmos, ampliando a construção de
conhecimento sobre o tema abordado, sobretudo com a ampliação da análise de documentos
curriculares de colégios oitocentistas, a partir da consulta a arquivos do Rio de Janeiro, como os da
Biblioteca Nacional e do Instituto Histórico e Geográfico.
Referências
ALMEIDA, Jane Soares de. Vestígios para a reinterpretação do Magistério feminino em Portugal e no Brasil a
partir do século XIX. In: SAVIANI, Dermeval; Almeida, Jane Soares de; SOUZA, Rosa Fátima; VALDEMARIN,
Vera Teresa. O Legado Educacional do Século XIX. Campinas: Autores Associados, 2006.
DEL PRIORE, Mary (Org.). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2007.
FREIRE, Vanda Bellard. ZECCA, Rayana do Val; PENELLO, Paula Ribas. Educação Musical da Mulher no Segundo
Reinado. II Simpósio de Musicologia da UFG e IV Encontro de Musicologia Histórica da UFRJ. 2012. Anais...
Pirenópolis / Goiás: Escola de Música e Artes Cênicas, 2012.
HAIDAR, Maria de Lourdes Mariotto. O Ensino Secundário no Brasil Império. São Paulo: EDUSP, 2008.
SAVIANI, Dermeval. O Legado Educacional do “Breve Século XIX” Brasileiro. In: SAVIANI ET alii. O Legado
Educacional do Século XIX. Campinas: Autores Associados, 2006.
TRILLA, Jaume; GHANEM, Elie; ARANTES, Valéria Amorim (Org.). Educação formal e não formal: Pontos e
Contrapontos. São Paulo: Summus, 2008.
VEIGA, Cyntia Greive. História da Educação. Rio de Janeiro: Ática, 2007.
As motivações para a busca do ensino formal de música: um estudo de literatura
relacionado a questionário escrito
Autor: Felipe Pacheco dos Santos ([email protected])
Monografia de Licenciatura/UFRJ
Orientador: José Alberto Salgado
Palavras-Chave: educação musical; motivação; ensino formal.
Este trabalho visa identificar a(s) motivação(ões) que indivíduos têm, para buscar o sistema de
ensino formal de música, quando há possibilidades de se aprender além desta. Ao mesmo tempo,
pretende-se compreender como esse tipo de aprendizagem dialoga com as formas de aprendizagem
informal e não-formal. Para isso, utiliza-se aqui como referencial teórico as modalidades de
educação sugeridas por Libâneo (2010), e pesquisas feitas por outros autores que se utilizaram de
alguma forma destes parâmetros e o trabalho de Silva (2005, 2006), que busca identificar as
perspectivas de estudantes universitários sobre o estudo de música. O interesse nesta investigação
surge quando questiono o valor do ensino formal frente a outras categorias de ensinoaprendizagem. Pensando nesses espaços onde a vivência musical e o ensino-aprendizagem estão
presentes surgem os impasses: O que leva o iniciante no estudo de música ou já músico informal
habilidoso, com condições de aprender a tocar um instrumento e a cantar participando de eventos,
observando artistas na mídia, participando de rodas de música, sendo aprendiz do meio social
cotidiano, a buscar uma instituição formal de ensino de música? Com tal questionamento e
apresentação do estudo, esta contribuição será relevante para que educadores e futuros
educadores (ou ‘facilitadores do acesso à música’), não só musicais, possam refletir sobre o valor
do ensino formal da música e como podemos usar aspectos da vivência informal dentro desse
ensino. Estes questionamentos logo se justificam quando se leva em conta a dicotomia que há entre
o que é feito pelo estudante dentro do espaço escolar e o que é feito no seu dia-a-dia fora da
escola. A partir de um levantamento de bibliografia da área da Educação Musical e outras áreas que
13
dialoguem com esta, além de respostas a questionários entregues a estudantes dos cursos de
graduação da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EM UFRJ) foi identificável
que as principais motivações mostraram-se as seguintes: a ampliação de espaços profissionais de
atuação musical; a “afinidade” pela música (gostar de fazer música, o ‘amor’ pela música, o ‘não
saber vive sem música’) maior que qualquer outro fator; o querer ampliar e aprimorar a prática e
os conhecimentos musicais; a diversidade de experiências musicais aos quais são expostos; a
pressão de familiares para “fazer alguma coisa”; o querer viver de música (mesmo quando sente
um distanciamento em relação ao ensino obtido); e o uso que poderá fazer dos conhecimentos em
práticas que já mantém.
Referências
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para quê? 12ª edição. São Paulo. Cortez. 2010.
SILVA, José Alberto Salgado e Silva. Universidade. In: ____. Construindo a profissão musical: uma
etnografia entre estudantes universitários de música. 2005. 288 f. Tese (Doutorado em Música) – Programa de
Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
______. Uma análise das perspectivas de estudantes sobre o estudo de música na universidade. 2006.
Disponível em: <http://zealprimeiracasa.com.br/ensino/Comunicado_ABEM2006.pdf>. Acesso em: 20 mar.
2012. Comunicado enviado à ABEM.
Livro Didático: suporte ou ferramenta principal no ensino de música
Autor: Suzana de Oliveira Fialho Rocha; Fernanda Albernaz ([email protected])
Mestrado/UFG
Orientador: Fernanda Albernaz
Palavras-chave: livro didático; ferramenta de trabalho; ensino de música.
Os livros didáticos são constante tema de discussão no contexto educacional, desde sua elaboração,
distribuição/venda e utilização por professores e alunos. Dentre muitos materiais didáticos, os que
mais se destacam são os livros didáticos, pois estes requerem a sistematização progressiva dos
conteúdos. Por serem tão relevantes no processo educacional, alguns professores o utilizam como o
principal instrumento de trabalho, deixando de lado outros materiais que podem enriquecer sua
atuação. Com o advento da Lei de nº 11.769/08, as editoras sentiram a necessidade de elaborar
material didático para nortear o educador nas aulas de música, pois notou-se que em muitas
escolas não havia o professor específico de música. Assim, o professor pedagogo teria um material
didático para orientá-lo no ensino dos conteúdos de música. Autores como Souza (2011), Soares
(2002 e 2008), Barreto e Monteiro (2008), Romanatto (2004), Kikuchi (2010), Sehn (2010),
Tourinho (2007) e os Guias oferecidos pelo Ministério da Educação e Cultura (BRASIL, 2010) – MEC
– e pelo Programa Nacional do Livro Didático (BRASIL, 2012) – PNLD – explanam sobre as ações
políticas que envolvem a elaboração e distribuição desses materiais nas escolas de educação básica
e guiam os pressupostos teóricos sobre livro didático nesta pesquisa. Este resumo é resultado
parcial de uma pesquisa de mestrado em andamento e aborda, especificamente, o livro didático de
música para as escolas particulares de educação básica do ensino fundamental – 1ª fase. O
objetivo desta pesquisa é averiguar a ação do professor junto ao livro didático de música no âmbito
das escolas particulares. A pesquisa desenvolvida é baseada nos procedimentos de pesquisa
qualitativa. O instrumento escolhido para a coleta de dados da pesquisa foi a entrevista
semiestruturada. Foram escolhidas duas coleções de livros didáticos de música – Saraiva e Positivo
– para a análise das atividades. Questiona-se como o professor utiliza o livro em suas aulas: se o
faz como um instrumento que guiará os conteúdos de forma processual, aliados a outros materiais
didáticos que podem enriquecer o trabalho docente, ou se o utiliza como a principal e única
ferramenta de trabalho. O resultado parcial da análise das atividades revela que os livros didáticos
têm muito a auxiliar no desenvolvimento processual dos conteúdos de música, estimulando no
alunado o gosto pela arte dos sons. Entretanto, é necessário que o educador alie sua criatividade e
atuação à realidade dos alunos, valorizando o que a criança traz de conhecimento, e utilizando o
livro didático como suporte norteador dos conteúdos, e não a única ferramenta de trabalho.
Referências
BARRETO, Beatriz de Castro; MONTEIRO, Maria Cristina Góes. Professor, Livro Didático e
Contemporaneidade. Rio de Janeiro: PUC, 2008. Disponível em: www.maxwell.lambda.ele.pucrio.br/11983/11983.PDF.
Acesso em: 20 abr. 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Guia de Livros Didáticos (PNLD 2010). Séries/Anos Iniciais do Ensino
Fundamental. Brasília: MEC, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Brasília: MEC, 2012.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12391&Itemid=668.
Acesso em: 26 abr. 2012.
KIKUCHI, Fabiana Lumi. A importância das atividades prescritas pelo livro didático e pelo professor
para a formação de leitores. 2010. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Londrina.
ROMANATTO, Mauro Carlos. O livro didático: alcances e limites. In: ENCONTRO
14
PAULISTA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 7., 2004, São Paulo. Anais eletrônicos... São Paulo: USP, 2004.
Disponível em:
<www.sbempaulista.org.br/epem/anais/mesas_redondas/mr19-Mauro.doc>. Acesso em:
20 abr. 2012.
SEHN, Juliana Sueli. Modos de pensar o ensino de música na escola: uma análise de livros didáticos de música
publicados a partir de 1996. In: Congresso Nacional da ABEM, 19., 2010, Goiânia. Anais... Goiânia, 2010.
CDROM.
SOARES, Magda. O livro didático e a escolarização da leitura. TVBrasil, Rio de Janeiro, p. 1-7, 7 out. 2008.
Entrevista
concedida
a
Salto
para
o
Futuro.
Disponível
em:
<http://www.tvbrasil.com.br/SALTO/entrevistas/magda_soares.htm>. Acesso em 10 abr. 2012.
SOUZA, Jair Gomes de. O livro didático em debate: adoção e importância, 2011.
TOURINHO, Irene. O livro didático não morreu. Estará Agonizando? Aproximações teóricas sobre um objeto de
estudo. In: Encontro Nacional da ANPAP, 16., 2007, Florianópolis. Anais... Florianópolis, 2007. Disponível em:
http://www.anpap.org.br/anais/2007/2007/artigos/092.pdf. Acesso em 10 abr. 2012.
Concepções sobre música na educação básica: investigação em artigos de
periódicos
Autor: Gustavo Amui; Fernanda Albernaz ([email protected])
Mestrado/UFG
Orientador: Fernanda Albernaz
Palavras-chave: Educação musical; Educação básica; Artigo científico; Pensamento Complexo.
O presente trabalho apresenta os objetivos, a metodologia e os resultados parciais de uma pesquisa
de mestrado em andamento, desenvolvida na Linha de Pesquisa “Música, Educação e Saúde” do
Programa de Pós-Graduação em Música da UFG. A pesquisa é financiada pelo CNPq (Centro
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e foi iniciada em abril de 2011. Acredita-se
que a área da educação musical vive um momento decisivo para uma sólida implementação da
música na educação básica. Sendo assim, desenvolve-se pesquisa com os objetivos de identificar e
analisar concepções que fundamentam o pensamento vigente em publicações recentes sobre
música na educação básica, o que possibilita a informação e a reflexão sobre conceitos, problemas,
propostas, ideias que contribuem para o entendimento da complexa e necessária relação entre
música e educação básica. A pesquisa é de caráter bibliográfico e abordagem qualitativa. O objeto
de pesquisa são os artigos com enfoque na educação musical no campo da educação básica,
publicados em periódicos científicos. Busca-se em Mikhail Bakhtin (2003) um entendimento de
linguagem que possibilite a identificação dessas concepções de forma relacional com as concepções
de pensadores como René Descartes e Edgar Morin. O caráter dialógico da linguagem e os conceitos
de “enunciado” e “alternância dos sujeitos do discurso” (BAKHTIN, 2003) serão centrais nessa
investigação. Juntamente com as concepções desse autor, apresentam-se os estudos de Sandra
Jatay Pesavento (1995; 2003) sobre o “imaginário”, o “discurso” e a “representação”, como
embasamento para a ligação entre as abordagens e os fenômenos identificados nos artigos com a
realidade da sala de aula. O recorte para análise do objeto compreende: os periódicos dos
Programas de Pós-Graduação em música conceituados pela CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), no período entre 2000 e 2010; o periódico da
ANPPOM (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música), também entre 2000 e
2010; o periódico da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical), entre 2000 e 2010, e sua
revista específica para a educação básica, “Música na Educação Básica”, publicações de 2009 e
2010. O corpus de análise do objeto compõe-se de 51 artigos. Os princípios recursivo, dialógico e
hologramático, do pensamento complexo, apresentados por Edgar Morin (2007; 2008a; 2008b),
são os principais eixos de análise das concepções. O resultado do levantamento bibliográfico revela
um considerável crescimento de artigos com enfoque na educação básica entre os anos de 2000 e
2010 e uma expansão na abertura de novos periódicos. O resultado parcial da análise do objeto
revela um discurso sobre música na educação básica que tende a acompanhar a mudança
paradigmática observada e prevista pelo pensamento complexo. A maioria dos autores apresentam
de maneira crítica algumas formas de organização presentes no contexto escolar, as quais podem
estar ligadas ao pensamento cartesiano. As leis que regem a educação, o modelo polivalente e a
formação de professores são os temas mais abordados pelos autores dentro dos artigos analisados.
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 4º Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 476p.
MORIN, Edgar. A Cabeça Bem-Feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 15ª Ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2008a. 128p.
MORIN, Edgar. O Método 4. 4ª Ed. Porto Alegre: Sulina, 2008b. 319p.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 3ª Ed. Porto Alegre: Sulina, 2007. 120p.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Em Busca de uma Outra História: Imaginando o Imaginário. Revista Brasileira de
História, São Paulo, Volume 15, nº 29, p. 9-27, 1995
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
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Ensinar e aprender música: negociando distâncias entre argumentos de
professores, alunos e instituições de ensino
Autor: Helen Jardim ([email protected])
Doutorado/UFRJ
Orientador: Renato José de Oliveira; Co-orientador: Vanda Freire
Palavras-chave: educação; nova retórica; aulas de música.
A presente tese de doutorado, integrante o programa de pós-graduação em educação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGE/UFRJ), tem como objetivo analisar argumentos
apresentados por professores, alunos e instituições de ensino em relação a duas perguntas
centrais: por que aprender e por que ensinar música? As duas instituições escolhidas para campo
de pesquisa são: o Colégio Pedro II (Unidade São Cristóvão) e a Escola de Música de Manguinhos,
situadas no município do Rio de Janeiro (Brasil). O Colégio Pedro II possui ensino de música de
forma regular em sua grade curricular. A Escola de Música de Manguinhos é um projeto de
extensão e pesquisa da UFRJ, que oferece ensino de música a crianças, jovens e adultos da
comunidade de Manguinhos. Consideramos um desafio promover um diálogo entre as vozes que
fazem parte do processo educativo e acrescentamos que há poucos trabalhos no Brasil que
articulam essas vozes. A motivação para esta pesquisa decorreu da constatação de uma relativa
frequência do desinteresse de alunos e professores durante as aulas de música, tanto em escolas
regulares de ensino, ou em escolas vinculadas a projetos sociais. Percebemos que existe um
conflito entre as expectativas de professores, alunos e instituições em relação às aulas de música.
Sendo assim, haveria alguma possibilidade de conciliação entre as mesmas? O referencial teórico
adotado é composto por autores que abordam a teoria da argumentação, também denominada de
nova retórica (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 2005; MEYER, 2001, LEMGRUBER; OLIVEIRA,
2011); o conceito de cultura, enfatizando a presença da música (SANTOS ET AL., 2011), o conceito
de currículo (MOREIRA, SILVA, 2011); o conceito de multiculturalismo (CANEN, 2007) e
concepções de educação musical segundo uma ótica sócio-cultural (FREIRE, 2011; PENNA, 2010;
QUEIROZ, 2004; SANTOS ET. AL., 2011). A pesquisa é de cunho qualitativo e consiste num estudo
de caso múltiplo. Os dados para a análise retórica dos argumentos serão gerados por questionários
semi-estruturados aplicados a alunos do 9º ano do ensino fundamental do Colégio Pedro II, alunos
do curso juvenil-adulto da Escola de Música de Manguinhos e aos professores de ambas as
instituições. A pesquisa encontra-se na fase de elaboração dos capítulos teóricos e também do
questionário-piloto para posterior aplicação. Cremos que uma abordagem focada no diálogo pode
contribuir especialmente para as áreas de Educação e também Educação Musical, uma vez que
entendemos a escola como um espaço de interlocução e reflexão. Esperamos também que as
conclusões desta pesquisa possam contribuir para um processo educacional mais satisfatório para
professores, alunos e instituições de ensino, gerando subsídios para outras pesquisas da área.
Referências
CANEN, Ana. O Multiculturalismo e seus dilemas: implicações na educação. Comunicação & Política, Rio de
Janeiro, n. 2, v. 25, p. 91-107, 2007.
FREIRE, Vanda Bellard. Música e Sociedade: uma perspectiva histórica e uma reflexão aplicada ao Ensino
Superior de Música. 2. ed. Florianópolis: Associação Brasileira de Educação Musical, 2011.
LEMGRUBER, Márcio; OLIVEIRA, Renato José de (Orgs.). Teoria da argumentação e educação. 1. ed. Juiz
de Fora: Editora UFJF, 2011.
MEYER, Michel. A problematologia como chave para a unidade da retórica. In: MEYER, Michel; CARRILHO,
Manuel Maria; TIMMERMANS, Benoit. História da Retórica. Lisboa: Temas e Debates, 2001.
MOREIRA, Antonio Flavio; SILVA, Tomaz Tadeu (Orgs.). Currículo, Cultura e Sociedade. 12. ed. São Paulo:
Cortez, 2011.
PENNA, Maura. Música (s) e seu Ensino. 2. Ed. Porto Alegre: Sulina, 2010.
PERELMAN, Chaïm; OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da argumentação: a nova retórica. 6. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2005.
QUEIROZ, Luis Ricardo Silva. Educação musical e cultura: singularidade e pluralidade cultural no ensino e
aprendizagem da música. Revista da ABEM. Porto Alegre, n. 10, p. 99-107, 2004.
SANTOS, Regina Marcia Simão (Org.); DIDIER, Adriana Rodrigues; VIEIRA, Eliane Maria; ALFONZO, Neila
Ruiz. Música, Cultura e Educação: os múltiplos espaços de educação musical. Porto Alegre: Sulina, 2011.
Musicalização de bebês: um relato de experiência de Educação Musical na
primeira infância
Autor: Anderson Carmo de Carvalho ([email protected])
UFRJ
Orientador: Rodrigo Serapião Batalha
Palavras-chave: Educação Musical; Cognição Musical; Musicalização para Bebês.
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A “Musicalização de Bebês” já é uma realidade em nosso país há mais de trinta anos. Porém, ela
ainda requer maior reconhecimento pelo meio acadêmico, principalmente pelo fato das pesquisas
sobre o aprendizado musical do bebê serem recentes e ainda processuais (ILARI, 2006; BEYER,
2004 ; PAPALIA, 1998). Adicionalmente, essa musicalização é muitas vezes confundida como
atividade de lazer sem fins educativos, mas cabe ressalvar que a musicalização de bebês não se
resume a isso, já que projetos educacionais com foco no desenvolvimento do ser humano através
da música demonstram resultados expressivos acerca da relação das crianças e seus familiares com
a criatividade, a sociabilidade, a afetividade, o desenvolvimento motor/cognitivo e, sobretudo, a
inteligência musical. Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo colocar em análise a
experiência vivenciada no projeto “Musicalização de Bebês”, realizado no período entre fevereiro de
2007 e dezembro de 2010, no Centro de Estudos e Pesquisas em Psicomotricidade da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (CEEP-UERJ). O projeto, que atualmente foi finalizado, baseou-se em
atender mães e pais com crianças na faixa etária de oito a trinta e seis meses de idade, tendo a
música como instrumento facilitador do processo de desenvolvimento do ser humano e estruturouse sobre o princípio de oferecer à comunidade acadêmica uma nova forma de estimular o processo
de formação do ser humano em suas diversas facetas e, principalmente, em sua expressão musical.
Atualmente, essa forma de trabalho educacional, que se faz cada vez presente em várias regiões do
Brasil, vem promovendo uma influência mútua entre seus participantes, de forma afetiva e
prazerosa, por meio do cantar, brincar e compartilhar experiências, tendo a arte da música como
mediadora da interação entre pais e filhos. A monografia ora desenvolvida, investiga as
experiências vividas e os aprendizados alcançados através de fotos e relatos de participantes de
várias esferas da comunidade acadêmica envolvida. Os dados obtidos corroboram com a ideia de
que projetos educativos comprometidos com desenvolvimento do bebê, quando orientados com
seriedade pedagógica, conhecimento embasado no empirismo acadêmico e norteados pelo
comprometimento da pesquisa, tornar-se-ão grandes aliados para um desenvolvimento humano
saudável, estimulante e prazeroso para primeira infância. As referências fundamentais que
embasam nossa discussão são os autores Beatriz Ilari (2006), Esther Beyer (2001), Diane Papalia
(1998) entre outros.
Referências
ILARI, Beatriz. (2006). (Organizadora). Em busca da mente musical: ensaios sobre os processos cognitivos em
música – da percepção à produção. Curitiba: Editora da UFPR.
BEYER, Esther. (2001) Interagindo com a música desde o berço: um estudo sobre o desenvolvimento musical
em bebês de 0 a 24 meses. Anais do XIII Encontro da ANPPOM. Belo Horizonte
PAPALIA, D. M. & OLDS, S. W. (1998) O Mundo da Criança: Da Infância à Adolescência. São Paulo, Makron
Books.
Ensino Coletivo de Música: o ensino do Choro na Educação Básica
Autor: Beatriz Stutz ([email protected])
Mestrado/UFRJ
Orientador: Vanda Freire
Palavras-chave: Choro; Ensino; Educação Básica.
O presente comunicado trata de uma pesquisa de mestrado em andamento, realizada na Escola de
Música da UFRJ, na linha de pesquisa “Música, Saúde e Educação”. Partindo da recente experiência
musical da autora em rodas de choro e considerando o choro um gênero musical de fácil
identificação cultural pelos alunos, pais e professores, com características musicais que estão
presentes em diversas outras manifestações musicais de nossa sociedade, nosso trabalho tem como
objetivo elencar alguns subsídios para utilização do gênero musical choro na educação musical em
escolas da educação básica. O ponto de partida da pesquisa é a análise de três diferentes
experiências de ensino/prática de choro: a roda de choro do Bandolim de Ouro, a Escola de Musica
de Manguinhos e um projeto de extensão da Escola Portátil de Música que oferece oficinas de
música no contra turno em algumas escolas de rede municipal do Rio de Janeiro. Estas situações
foram selecionadas, priorizando a busca por experiências distintas de aprendizagem de choro, em
ambientes diversificados e com indivíduos de diferentes áreas de formação e atuação musical.
Seguindo uma abordagem qualitativa, fundamentada na fenomenologia e na dialética (FREIRE ET
alii, 2010), partindo dos pressupostos presentes na visão dialética da educação com ênfase na
concepção crítico social dos conteúdos e na concepção pós-moderna de educação (GADOTTI, 1995;
POURTOIS, 1999; LIBANEO, 2006; SAVIANI, 2009.), nossa pesquisa inicia-se com uma breve
revisão de literatura sobre educação e sociedade, educação formal, não formal e informal, educação
musical na escola básica, choro na educação musical e ensino coletivo de instrumentos musicais,
por entender que esses tópicos estão diretamente relacionados às questões centrais da pesquisa:
De que forma o choro poderia contribuir para o ensino de música na Educação Básica? Como o
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choro poderia participar, como conteúdo de aulas de música, do processo de construção do
conhecimento musical, nesse nível de ensino? O próximo procedimento metodológico a ser
efetivado é a realização de entrevistas semi- estruturadas, dirigidas a alguns participantes de
diferentes situações de aprendizagem de choro, situações essas que contemplem, com ênfases
distintas, aspectos do ensino formal, não formal e informal. Em seguida, serão realizadas
observações livres dessas situações (sem protocolo pré-definido), que serão registradas em um
caderno de campo, buscando ampliar e/ou complementar as informações colhidas através das
entrevistas. Nossa pesquisa será finalizada com o cruzamento dos dados coletados e as informações
levantadas na revisão de literatura. A conclusão do trabalho prevê a sistematização dos resultados
obtidos e a elaboração de um conjunto de sugestões dirigidas aos professores que atuam na
Educação Básica, visando à utilização do choro como conteúdo musical nas aulas de música.
Referências
FREIRE, Vanda Bellard (Org.). Horizontes da Pesquisa em Música. Rio de Janeiro. 7 Letras,2010.
GADOTTI, Moacir. Concepção Dialética da Educação: Um estudo introdutório. 9ª edição, São Paulo.
Cortez, 1995
LIBANEO, José Carlos. A Democratização da Escola Pública. A Pedagogia Critico Social dos Conteúdos.
21ª edição, São Paulo. Edições Loyola, 2006.
POURTOIS, Jean-Pierre. A Educação pós-moderna. São Paulo. Edições Loyola,1999.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 41ª edição. São Paulo; Cortez/Autores Associados, 2009.
Criatividade e Desenvolvimento Infantil: uma investigação sobre a criação
musical no contexto do ensino/aprendizagem em música
Autor: Rebeca Vieira de Queiroz Almeida ([email protected])
Pós-Graduação em Psicopedagogia/Faculdade Saberes
Palavras chave: criação musical; infância; criatividade.
O problema tratado neste projeto decorre da reflexão de que a criatividade é uma manifestação
fundamental do ser humano – não exclusivamente no campo das artes - apesar de serem as artes,
incluindo-se a música, o lócus reconhecidamente privilegiado para a expressão criativa. Uma análise
das tendências pedagógicas da educação musical (FERNANDES, 2001) revela que esse componente
nem sempre é contemplado como um pilar do processo de ensino e aprendizagem em música. O
objetivo geral deste trabalho foi investigar o papel da criação musical no contexto do ensino e da
aprendizagem em música na educação infantil. Para alcançar o proposto, foram delineados os
seguintes objetivos específicos: 1) revisar as características elementares da infância; 2)
problematizar o papel ocupado pela criação musical em estudos científicos sobre educação musical;
3) colocar em análise a contribuição do fazer criativo na apropriação do fenômeno musical. A
metodologia proposta consistiu fundamentalmente de uma revisão bibliográfica sobre infância e
criação musical. Foi realizado um mapeamento de artigos acadêmicos nas Revistas da ANPPOM
(Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música), entre os anos de 1989-2010, pela
busca dos termos “criação”, “criatividade”, “composição” e “improvisação”, tanto nos títulos quanto
nas palavras-chaves. Por fim, produzimos uma análise de textos selecionados acerca do
ensino/aprendizagem musical que envolvesse infância, criatividade e experiências práticas com
criação musical. A estrutura do trabalho foi organizada em três capítulos: no capítulo 1, “Infância e
criatividade”, discutimos sobre a temática da infância com base em três autores, Piaget (1971),
Vygosky (1990) e Kohan (2007); no capítulo 2, intitulado “Criação e educação musical”, uma
revisão bibliográfica foi produzida com base em autores específicos da educação musical (BEINEKE,
2010; BELLODI e FONTERRADA, 2006; FRANÇA, 2001) e outros; o capítulo 3, “Práticas de Criação
Musical”, dedica-se a uma análise de propostas pedagógico-musicais relacionadas à criação, a partir
de minhas próprias experiências e de práticas selecionadas na revisão bibliográfica. Nas
“Considerações Finais”, chegamos ao entendimento de que a compreensão dos processos cognitivos
pelos quais a criação se dá nos faz reconhecer a importância de se promover atividades onde a
criação musical seja contemplada. Ao pensarmos na música como discurso (SWANWICK, 2003)
encontramos na prática da criação sua forma mais evidente de expressão, pois é na criação musical
que os alunos expõem com mais intensidade o seu discurso a partir da tomada de decisões e
demonstram suas capacidades musicais e habilidades desenvolvidas. Considerando que todo o ser
humano está apto a desenvolver a habilidade de criar e que essa habilidade contribui para o
desenvolvimento humano como todo, concordamos com Swanwick (2003), que aponta que a
criação musical é uma necessidade e não uma possibilidade da educação musical.
Referências
BEINEKE, Viviane. Criatividade e educação musical: trajetórias e perspectivas de pesquisa. Anais do XX
Congresso da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Florianópolis, 2010, p.
486-490.
BELLODI, J. N. I.; FONTERRADA, M. T. O. Composição e educação musical – o despertar da consciência do
universo sonoro que nos rodeia aprendizado por meio da criação, com forma e materiais não-convencionais.
18
Anais do XVI Congresso da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Brasília,
2006, p. 923-926.
FERNANDES, José Nunes (Org.). Índice de autores e assuntos – educação musical. Publicações da ANPPOM
(Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música). 1989-2010. Rio de Janeiro: PPGM / UNIRIO,
2011.
_______________. Caracterização da didática musical. Debates – Cadernos do Programa de Pós-Graduação
em Música do Centro de Letras e Artes da Unirio, Rio de Janeiro, n. 4, p. 49-74, 2001.
FRANÇA, Cecília C. ‘Novidade e profecia’ na educação musical: a validade pedagógica, psicológica e artística das
composições. Anais do XIII Congresso da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em
Música. Belo Horizonte, 2001, p. 106-112.
KOHAN, W. Infância, estrangeiridade e ignorância: ensaios de filosofia e educação. Belo Horizonte:
Autêntica, 2007.
PIAGET, J. A epistemologia genética. Trad. Nathanael C. Caixeira. Petrópolis: Vozes, 1971.
SWANWICK, K. Ensinando música musicalmente. Trad. A. Oliveira e C. Tourinho. São Paulo: Moderna, 2003.
VYGOSTSKY, L.G. La imaginacion y el arte ne la infância: ensayo psicológico. Madrid: Ediciones AKAL S.
A, 1990.
Lei 11.769/08 – Percursos, concursos e reflexões. Da vigência ao ensino musical
nas escolas. Propostas e escolhas.
Autor: Gesiane Leone Castro ([email protected])
UFRJ
Palavras-chave: música; magistério; editais; concursos públicos.
O presente artigo tem por base a análise dos editais de concursos públicos para magistério do
ensino fundamental realizados em diversos municípios brasileiros no ano de implantação da Lei
11.769/08 e tem por objetivo delinear perfis de profissionais requisitados para o magistério de
música através da observação da referida convocação e do conteúdo programático proposto pelas
bancas de avaliação. A Lei 11.769/08 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB94/96) dispondo sobre a obrigatoriedade do ensino de música na educação básica brasileira,
aguardada pelos profissionais licenciados em música, para os quais a princípio, asseguraria o
legítimo direito do exercício da profissão, completou seu primeiro ano de vigência. Assistimos ainda
a muito poucas ofertas de vagas em concursos públicos, destinadas ao professor licenciado em
música, ressalve-se a abrangência de uma lei federal e os três anos para a adequação de
orçamentos dos estados e municipalidades. Quanto ao conteúdo programático das provas, os
editais fazem menção à música de caráter popular e atual da mídia nos conteúdos dos programas
de concursos públicos. Samba, rap, funk, hip hop são temas presentes nas provas e pressupõe um
dos princípios de educação musical segundo Swanwick, que é considerar o discurso musical dos
alunos, em consonância com a educadora Maura Penna: “O fato é que a música da mídia está
presente no cotidiano de praticamente todos os cidadãos brasileiros (...).” (Penna, p. 91,2010). Os
programas sugerem leituras de metodologias voltadas para o fazer musical imediato e criativo que
se adaptem ao mínimo de recursos possível para o desenvolvimento da prática musical na escola.
Mas o que fazer para realizar um ensino musical que rompa as dicotomias “teórico difícil” versus
prática criativa? Música popular versus música erudita? Retornamos a Penna: “O projeto de
musicalização deve apontar, como meta ideal, para a apropriação da música erudita como um bem
simbólico, no sentido de deselitizar o seu acesso.”. (Penna, p. 47, 2010).
A referida autora propõe um ensino de música na escola que amplie o universo musical dos alunos.
Cada vez mais, os editais sugerem a predileção por um profissional com conhecimento abrangente
para lidar com variadas linguagens musicais. Estas questões suscitam por parte dos profissionais
uma vasta capacitação teórica, técnica e prática. Para tal acreditamos ser necessária uma formação
acadêmica abrangente que permita ao licenciando em música um amplo acesso ao aprendizado de
instrumentos, às práticas interpretativas, às disciplinas que lhes possibilite conhecimento das
linguagens musicais dos diferentes contextos históricos e sociais e disciplinas pertinentes à
formação pedagógica, num diálogo de práticas que resultem num profissional apto à ação
educativa, com vias ao reconhecimento e valorização desta formação especializadíssima pelas
instituições educacionais públicas e privadas que ordenam e viabilizam o acesso dos mesmos ao
magistério.
Referências
Brasil. Lei 11.769/08. DOU, Brasília, 19 de agosto de 2008.
Brasil. Lei 8069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Art. 54, inciso V. Presidência da República.
www. planalto.gov.br
Penna, Maura. Música(s) e seu ensino. 2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2010.
Schafer, Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991.
Swanwick, Keith. Ensinando música musicalmente. São Paulo: Moderna, 2003.
19
Contribuições de uma abordagem holística para o ensino coletivo de violão
Autor: Alexandre Pfeiffer Fernandes ([email protected])
Mestrado/UFRJ
Orientador: Sérgio Álvares
Palavras-chave: Ensino Coletivo de Violão; Holístico; Educação Musical; Educação Pós-moderna
A presente pesquisa é parte integrante da dissertação de mestrado que está sendo realizada sob a
orientação do professor doutor Sérgio Álvares, no Programa de Pós-Graduação da Escola de Música
da UFRJ. Esta pesquisa tem como objetivo descrever e analisar as possíveis contribuições de uma
abordagem holística para o ensino coletivo de violão, tendo como objeto de estudo as práticas
pedagógicas do autor deste resumo em aulas coletivas de violão de um colégio particular localizado
no Rio de Janeiro. A partir de um diálogo entre as práticas pedagógicas observadas e determinadas
características da educação pós-moderna descritas por Marques (1999) e Portois e Desmet (1999),
buscamos contemplar nas atividades e estratégias de sala de aula as características individuais de
cada aluno, tanto em seu desenvolvimento, como em seu contexto cultural, a partir de uma
abordagem holística em educação musical.
Além do reconhecimento das diferenças, esta
abordagem tem como objetivo evitar a fragmentação exacerbada e uma hiper-especialização,
realizando uma reintegração dos diferentes conhecimentos subjacentes saber musical, a partir de
uma visão integral do ser humano e da reintegração das seguintes áreas sugeridas por Willoughby
(1990): (a) Práticas Interpretativas, (b) Práticas Criativas e (c) Contextualização Histórico-Social do
Repertório. Tal proposta de reintegração tem como base a visão holística de educação descrita por
Cardoso (1995) e Yus (2002), o conceito de transdisciplinaridade descrito por Nicolescu (1994) e
propostas integrativas em educação musical, tais como a Música Orgânica de Oliveira (1986) e a
Musicalidade Abrangente de Willoughby (1990). A partir deste referencial teórico, o autor propõe o
modelo SEER (Sentimento, Entendimento, Experiência e Reconexão) de educação musical, que
busca desenvolver de forma plena e harmoniosa as seguintes dimensões do ser humano: (a)
Sentimentos, no campo da afetividade e emoções em geral; (b) Entendimento, no campo cognição;
(c) Experiência, no campo da psicomotricidade; e (d) Reconexão, que significa a reconexão do
aluno com dimensões como a intuição, a concentração e a respiração. A metodologia da pesquisa
tem como base as considerações de Freire (2007, 2010), Severino (2007) e Moreira (2002), a partir
de uma abordagem qualitativa e de uma epistemologia fenomenológica. Quanto aos procedimentos
técnicos de pesquisa, a presente pesquisa adota alguns procedimentos de observação participante,
já que o pesquisador também atua como professor das turmas a serem observadas. A coleta de
dados, ainda em andamento, está sendo realizada a partir de uma revisão bibliográfica sobre o
assunto, de um diário de campo e de questionários realizados com os alunos das turmas analisadas.
Dentre os resultados parciais, foram observados, através do diário de campo, diversas atitudes e
depoimentos dos alunos, como o prazer de compor uma letra para um blues proposto pelo
professor e o estranhamento entre os diferentes gêneros musicais presentes em sala de aula. A
abordagem holística tem sinalizado contribuições importantes ao lidar com o repertório e com o
desenvolvimento de cada aluno, podendo sinalizar novos caminhos para o momento atual de
implementação da lei nº. 11.769/08, que determina que a música seja conteúdo obrigatório em
toda Educação Básica.
Referências
CARDOSO, Clodoaldo. A canção da inteireza: uma visão holística da educação. São Paulo: Summus, 1995.
FREIRE, Vanda. (org). Horizonte da pesquisa em música. 1 ed. Rio de Janeiro: 7letras, 2010.
____________; CAVAZOTTI, A. Música e Pesquisa: novas abordagens. 1 ed. Belo Horizonte: Editos da Escola
de Música da UFMG, 2007.
MARQUES, Ramiro. O modelo pedagógico pós-moderno. In: Modelos pedagógicos actuais. Lisboa: Plátano,
1999. p.65-77.
MOREIRA, Daniel. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.
NICOLESCU, Basarab. The transdisciplinary evolution of learning. I Congresso Mundial de
Transdisciplinaridade. Portugal: 1994. Disponível em: < www.learndev.org/dl/nicolescu_f.pdf >. Acessado em:
10 de maio de 2012.
OLIVEIRA, Ricardo. Música, saúde e magia: Teoria e prática na Música Orgânica. Rio de Janeiro: Record,
1995.
POURTOIS, J.P.; DESMET, H. A educação pós-moderna. Tradução: Yvone Maria. São Paulo: Edições Loyola,
1999.
SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
WILLOUGHBY, David. Comprehensive musicianship. The Quarterly: Center for Research in Music Teaching and
Learning. Greeley, EUA: v. 1, n. 3, p. 39-44, out. 1990. Disponível em: < www-usr. rider.edu/~vrme/>. Acesso
em: 12 jun. 2012.
YUS, Rafael. Educação integral: uma educação holística para o século XXI. Tradução: Daisy Moraes. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
20
Processos de composição musical em pequenos grupos: um estudo sobre as
perspectivas das crianças
Autor: Gabriela Flor Visnaldi e Silva; Vivian Beineke ([email protected])
UDESC
Palavras-chave: composição musical; escola básica; perspectiva das crianças.
Este texto discute uma pesquisa em andamento, com o objetivo de investigar as perspectivas das
crianças sobre o processo de composição em pequenos grupos, no contexto da escola básica. O
estudo buscou apoio teórico em pesquisas que investigam a composição na educação musical, em
especial naquelas que focalizam o ponto de vista das crianças. Nesse sentido, destacam-se as
pesquisas de Burnard (2000, 2002, 2006), Campbell (1998), Campbell, Connell e Beegle (2007) e
Griffing (2009; 2011), autores que defendem a necessidade de envolver as crianças nas pesquisas
como importantes informantes, e de conhecer o seu ponto de vista sobre aspectos diversos da sua
relação com a música. A concepção de composição musical utilizada neste estudo é abrangente
(SWANWICK, 2003), considerando atividades que abrem espaço para que os participantes
manipulem e organizem expressivamente os materiais sonoros, tomando suas próprias decisões
musicais. Foi realizado um estudo de caso (ALVES-MAZZOTTI, 2006; ANDRÉ, 2005) com uma
turma de dezoito crianças entre oito e dez anos de idade, pertencentes ao 4º ano do ensino
fundamental de uma escola da rede estadual de Florianópolis. Durante três meses, foram realizados
encontros semanais com a turma na própria sala de aula, onde as crianças puderam se organizar
de maneira livre na formação de parcerias e na seleção dos instrumentos musicais disponibilizados
para o desenvolvimento de suas composições. A coleta de dados incluiu registros em
videogravação, entrevistas semiestruturadas e observação participante. As análises focalizam
principalmente os processos de composição musical das crianças; a maneira como elas se
organizavam e negociavam suas ideias nos grupos e quais as suas perspectivas sobre o processo.
Atualmente, os dados encontram-se em processo de análise, e revelam, dentre outros fatores, que
as crianças concebem a composição de maneira abrangente, incluindo improvisações, paródias e
versões de músicas de seus ídolos; consideram de grande importância a mensagem veiculada
através das letras de suas músicas, sendo possível, através delas, expor os seus sentimentos,
pensamentos e habilidades, tornando indispensável a apresentação de suas músicas para outras
pessoas. Outra questão é com relação às parcerias: as crianças preferem compor junto com os
amigos a compor sozinhos, sendo que a escolha das parcerias privilegia laços afetivos, o que vai ao
encontro das pesquisas realizadas por Faulkner (2003) e Rusinek (2007) sobre este assunto. Para
muitas das crianças envolvidas na pesquisa, a movimentação do corpo faz parte da composição,
sendo criadas coreografias junto com a música. Quando perguntadas se gostariam de continuar
compondo suas músicas, todas responderam afirmativamente, considerando importante e
necessária a presença de um professor para ajudá-las na organização e motivação para os
trabalhos e também no aprimoramento das habilidades instrumentais. Acredita-se que as pesquisas
que trazem o ponto de vista das crianças sobre o seu envolvimento com a música e com a
composição musical podem contribuir para o fortalecimento de processos e práticas significativas na
educação musical escolar.
Referências
ALVES-MAZZOTTI, Alda J. Usos e abusos do estudo de caso. In: Cadernos de Pesquisa, v.33, n. 129, p.637651, set./dez., 2006.
ANDRÉ, Marli Eliza D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Liberlivros, 2005.
BURNARD, Pamella. Examining experiential differences between improvisation and composition in children's
music-making. In: British Journal of Music Education, V. 17, N. 3, pp. 227-245, 2000.
______ Investigating children’s meaning-making and the emergence of musical interaction in group
improvisation. In: British Journal of Music Education, v. 2, n. 19, p. 157-172, 2002.
______ The individual and social worlds of children’s musical creativity. In: MCPHERSON, Gary (Ed.). The child
as musician: a handbook of musical development. Oxford: Oxford University Press, p. 353-374, 2006.
CAMPBELL, Patricia. Songs in their heads: music and its meaning in children’s lives. New York: Oxford
University Press, 1998.
CAMPBELL, Patricia; CONNELL, Claire; BEEGLE, Amy. Adolescents’ expressed meanings of music in and out of
school. In: Journal of Research in Music Education, v.55, n.3, p. 220 – 236, 2007.
FAULKNER, Robert. Group Composing: Pupil perceptions from a social psychological study. In: Music Education
Research, v. 5, p. 101-124, 2003.
GRIFFING, Shelley, M. Listening to children’s music perspectives: in and out school’s thoughts. In: Research
Studies of Music Education. n. 31, v. 2, p. 161-177, 2009.
______ Through the eyes of children: Telling insights into music experiences. In: Visions of Research in
Music Education. n. 18, 2011.
RUSINEK, Gabriel. Students perspectives in a collaborative composition project at a Spanish secondary school.
In: Music Education Research, 9: 3, p. 323 - 335, 2007.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Trad. Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo:
Moderna, 2003.
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Formação de professores de música na UFRJ: uma discussão sobre o
conhecimento musical na educação básica
Autor: Rodrigo Serapião Batalha ([email protected])
UFRJ
Palavras-chave: conhecimento musical escola; transposição didática; formação de professores.
O objetivo fundamental deste trabalho consiste em identificar os aspectos constitutivos do
conhecimento musical acadêmico e dos processos de sua transposição didática para o conhecimento
musical escolar, tendo em vista uma leitura crítica e propositiva do estágio curricular
supervisionado enquanto componente da formação docente em música. Assim como nas demais
áreas de conhecimento presentes na organização curricular da educação básica, o ensino da música
requer uma correspondente preparação (a formação de professores), que atualmente é realizada
nos cursos de Licenciatura regidos pela legislação educacional (BRASIL, 1996) e por diretrizes do
Conselho Nacional de Educação. Mas o que vem a ser o conhecimento escolar de música? Essa
questão expõe uma dificuldade recorrente – tanto na comunidade escolar quanto na comunidade
acadêmico-científica – de reconhecer para a música certa consolidação curricular, tal como nas
diversas outras disciplinas (com a ressalva de que as outras áreas escolares não devem ser
tomadas como modelo absoluto). É certo que se produzem saberes musicais no cotidiano das
escolas, contudo, ainda que consideremos a atuação competente de tantos professores de música
do ensino básico e a contribuição cada vez maior de pesquisas produzidas nas universidades, a
questão permanece em aberto. Não se trata do trabalho individual de determinado professor/a,
escola ou sistema de ensino e o problema também não parece estar no conhecimento musical em
si, que se mostra muito bem resolvido em outros contextos como conservatórios, espaços nãoformais e na própria universidade. Para discutir o conhecimento escolar (CHERVEL, 1990;
GOODSON, 1997) no campo música, é pertinente o conceito de transposição didática
(CHEVALLARD, 1991), que se refere às transformações/adaptações de conhecimentos acadêmicos
em objetos de ensino na escola. Para tratarmos dos conhecimentos musicais escolares, escolhemos
percorrer o caminho da formação inicial em música no estágio supervisionado. Nossa discussão se
origina de nossa experiência docente no âmbito da Prática de Ensino da Música e Estágio
Supervisionado, requisito curricular obrigatório que leciono no Curso de Licenciatura em Música da
UFRJ. Temos o entendimento de que os cursos de formação devem participar decisivamente da
viabilização do ensino de música na educação básica, na medida em que os novos professores
começam a ingressar nos sistemas educacionais. Além de conceber os espaços/tempos destinados à
música, enquanto campo autônomo de conhecimento, a formação precisa articular sua relação com
a escola em um sentido mais amplo. Ao pensar nessa necessidade formativa, concordamos com
Fialho (2006), quando afirma que “É no estágio que o acadêmico coloca em prática os saberes
musicais e pedagógicos aprendidos durante sua licenciatura, testando analisando e comprovando as
informações assimiladas teoricamente” (FIALHO, 2006, p. 52). Nossa revisão de literatura
preliminar traz contribuições de estudos no campo da educação musical, especialmente em
trabalhos que abordam ensino de música na escola básica brasileira. Nesse campo, identificamos
alguns trabalhos que abordam temas como legislação educacional e políticas públicas, práticas
docentes e concepções de professores de música, história da educação musical nas escolas e
experiências em estágios supervisionados (FUKS, 1991; SOUZA et al., 2002; LOUREIRO, 2003;
MATEIRO; SOUZA, 2006; PENNA, 2008; ZAGONEL, 2008; ALLUCCI et. al., 2012).
Referências
ALLUCCI, R.; MOLINA, S.; TERAHATA, A. (Coords.) A Música na Escola. São Paulo: Allucci & Associados
Comunicações, 2012.
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 dez. 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: Reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação.
Porto Alegre, v. 2, 1990.
CHEVALLARD, Y. La Transposition Didactique: Du Savoir Savant au Savoir Ensigné. Grenoble: La pensée
Sauvage, 1991.
FIALHO, V. M. A orientação do estágio na formação de professores de música. In: MATEIRO, T.; SOUZA, J.
(orgs.). Práticas de ensinar música: legislação, planejamento, observação, registro, orientação, espaços e
formação. Porto Alegre: Sulina, 2006.
FUKS, R. O discurso do silêncio. Rio de Janeiro: Enelivros, 1991.
GOODSON, I. A construção social do currículo. Lisboa: Educa, 1997.
LOUREIRO, A. O ensino de música na escola fundamental. Campinas: Papirus, 2003.
MATEIRO, T.; SOUZA, J. (orgs.). Práticas de ensinar música: legislação, planejamento, observação, registro,
orientação, espaços e formação. Porto Alegre: Sulina, 2006.
PENNA, M. Música(s) e seu ensino. Porto Alegre: Sulina, 2008.
SOUZA, J. et al. O que faz a música na escola? concepções e vivências do professores do ensino fundamental.
Série Estudos, n. 6, Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Música/Núcleo de Estudos Avançados, 2002.
22
ZAGONEL, B. Arte na educação escolar. Curitiba: IPBEX, 2008.
Uma proposta de oficina de música para pessoas com deficiências visuais
Autor: José Carlos Quintanilha ([email protected])
Mestrado/UFRJ
Orientador: Thelma Álvares
Palavras-chaves: Diversidade; Educação Musical e Inclusão.
Atualmente a educação inclusiva tem sido um assunto muito recorrente nas discussões dos
educadores. Este trabalho é um recorte de nossa pesquisa de mestrado, em andamento, que
envolve procedimentos didáticos de uma oficina de música com alunos com deficiências visuais.
Nossos dados de campo foram coletados no Instituto Benjamin Constant, um centro de referência
na educação, tratamento e reabilitação de pessoas com deficiências visuais. Acreditamos que o
processo de educar deve estar em constante diálogo com a realidade social de nossos alunos. Assim
sendo, uma série de trocas significativas de diferentes realidades acontecem no momento das aulas
desencadeando atividades musicais e reflexões sobre esse fazer musical dialógico às experiências
sociais dos alunos. Para este comunicado, objetivamos: 1) descrever alguns procedimentos das
aulas de música com alunos com deficiências visuais baseados na prática de construção de
instrumentos musicais com materiais recicláveis e sua utilização na prática musical. Tais
procedimentos são fundamentados em autores como Ribeiro (2004), Feliz 2002, entre outros; e 2)
apresentar uma reflexão sobre como as realidades sociais de nossos alunos e suas especificidades
influenciaram o planejamento das aulas. Alguns pressupostos presentes no discurso de Koellreutter
como interesses momentâneos sendo disparadores de conteúdos, a não ordenação de
procedimentos e a livre expressão baseada em reflexões críticas (FONTERRADA, 2008) nortearam
nossas atividades. Nesse contexto lançamos mão de um entendimento de educação valorizando as
complexas relações entre os objetos, legitimando as diferenças e singularidades de nossos alunos e
dialogando com os seus cotidianos, o qual segundo Freire (2011) tal posicionamento se aproxima
de um entendimento pós moderno de educação. Para alcançar nossos objetivos, pretendemos
cruzar os dados coletados que foram gerados por meio de entrevistas com os alunos da oficina,
entrevistas com funcionários da instituição e nosso olhar como pesquisador e professor da turma.
Deste modo pretendemos tecer relações entre os procedimentos didáticos em sala de aula com
nuances do cotidiano de nossos alunos revelados nas entrevistas. Três pontos de vistas são
considerados para a construção do entendimento: primeiro, os alunos que falam sobre suas
experiências, gostos musicais e expectativas; segundo, funcionários que acompanham os alunos na
sua vida escolar e por fim nossa perspectiva como pesquisador. As possibilidades de relações em
um ambiente de sala de aula certamente são inúmeras, portanto não temos a pretensão de esgotalas. Acreditamos que no contexto da diversidade, as singularidades de cada aluno e a reflexão sobre
elas podem ser uma importante contribuição para a construção de conhecimentos sobre práticas
inclusivas. Com a educação musical de volta ao ensino fundamental regular e uma série de
movimentos políticos em favor da Inclusão Social, é importante refletir um pouco mais sobre os
procedimentos didáticos para pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), uma vez
que, no discurso da inclusão a escola deve estar preparada e adaptada para receber essas pessoas.
Referências
FELIZ, Júlio. Instrumentos Sonoros Alternativos: Manual de Construção e Sugestões de Utilização. Campo
Grande: Editora Oeste, 2002.
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2ª Edição.
ISBN 978-85-7139-799-6 São Paulo: Editora UNESP; Rio de Janeiro: Funarte, 2008.
FREIRE, Vanda Berlard. Música e Sociedade: uma perspectiva histórica e uma reflexão aplicada ao Ensino
Superior de Música. 2ª ed. rev. e ampl. ISBN: 978-85-61539-04-7. Florianópolis: ABEM, 2011. (Série Teses 1).
RIBEIRO, Artur Andrés. Uakti um estudo sobre a construção de novos instrumentos musicais acústicos.
ISBN: 85-7654-012-6. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2004.
Memória, esquecimento, música e criação em Nietzsche: elos vivos de
experiências, avaliações e reautenticações no futuro
Autor: Vicente Estevam ([email protected])
Aluno Especial de Doutorado/UNIRIO
Palavras chaves: Ensino Musical; Evasão Escolar; Memória; Esquecimento; Música e Criação de
Valores.
Este artigo apresenta a proposta submetida ao programa de pós-graduação de Doutorado em
Memória Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. De caráter filosófico, transdisciplinar,
ético, político, processual e não reduzida à representação, apresenta uma possibilidade de diálogo
entre a Memória Social, o Esquecimento a Música e a Criação como elos vivos de reavaliações e
reautenticações de experiências no futuro, fundamentado em Nietzsche (NIETZSCHE, 1948, 2001,
23
2003). Nesse sentido, permite pensar a memória diferente da história para que possa interagir com a
música pela criação de valores e com as mudanças do Século XXI. Desta forma, pensada como um
campo social, ponte entre o passado e o presente, desvinculada da modernidade pela ótica do
pensamento pós-moderno, no sentido de promover contribuições para todos os segmentos, inclusive
para a educação musical na superação da evasão escolar em suas próprias reavaliações,
reexperimentações e reautenticações socioculturais como elos vivos de transmutação da criação de
valores e seus novos sentidos e significados no futuro. Propostas estas que visam dar continuidade
as constatações observadas em pesquisa pelo programa de pós-graduação de Mestrado pela UFRJ
entre os anos de 2008/2010 (ESTEVAM, 2010). Dentro desse caráter de investigação, a construção
de conhecimento estará fundamentada basicamente em uma reflexão filosófica que se propõe por
uma metodologia de investigação embasada em três eixos: (a) Eixo 1: Analisar as conexões entre os
pensamentos políticos e culturais de Nietzsche pela postura crítica como proposição de renovação de
autenticidade cultural sobre Música, Memória e Criação na vertente do pensamento e do
conhecimento entre o passado e o Século XXI vigente. (b) Eixo 2: Análise Comparativa das
diferentes concepções e perspectivas do pensamento Nietzschiano com outros autores para o século
XXI, bem como a sua possibilidade de sua continuidade processual no futuro. (c) Eixo 3:
Transposição das análise para uma nova concepção de autenticidade sociocultural para o século XXI.
Inclui-se neste eixo a possibilidade de interação com os sete princípios filosóficos de Vanda Freire
(1992). A pesquisa terá como cronograma três etapas: A primeira etapa contará como o
desenvolvimento interativo dialógico com as disciplinas oferecidas que contribuam para a construção
de conhecimento em questão para a investigação e o primeiro eixo que dialoga com os estágios
críticos em Nietzsche e autores afinados ou não com essa linha de pensamento. A segunda etapa
dar-se-á início ao desenvolvimento da produção gráfica da investigação pela transposição de todo
aporte teórico concebido pelas disciplinas e a proposta do Eixo 2 que, além de transpor, analisará
todas as vertentes em Nietzsche e os possíveis autores alinhavados com essa proposta de
investigação. A terceira etapa editará possíveis contribuições como concepções de renovação e
autenticidade cultural da memória, esquecimento através da musica e da criação de valores como elo
entre o passado e presente, no sentido de legitimar novas experiências e avaliações no futuro.
Referências
ESTEVAM, Vicente. Ensino de música e evasão escolar em conservatório de Minas Gerais: Dois estudos
de caso. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro. UFRJ, 2010.
FREIRE, Vanda Lima Bellard. Musica e Sociedade : uma perspectiva histórica e uma reflexão aplicada ao ensino
superior de música. Tese Doutorado em educação). Universidade Federal do Rio de Janeiro. UFRJ, 1992
NIETZSCHE, Friedrich. A origem da tragédia proveniente do espírito da música. Trad. e notas. Erwin
Theodor. Digitalizada dos originais. Ed. Cuppolo. 1948
_________________. Além do bem e do mal ou Prelúdio de Uma Filosofia do Futuro. Trad. Márcio
Pugliesi da USP. Ed. Hemus, 2001.
_________________.A Segunda Consideração Intempestiva:Da utilidade e desvantagem da história para a
vida. Trad:Marcos Antônio Casanova. Ed.Relume Dumará. Rio de Janeiro, 2003.
Ensino coletivo de flauta doce na educação básica: práticas pedagógicas musicais
no Colégio Pedro II
Autor: Milena Tibúrcio ([email protected])
Colégio Pedro II/Mestrado UFRJ
Orientador: Ermelinda Paz Zanini
Palavras-chaves: Colégio Pedro II; Educação musical; Ensino coletivo; Flauta doce;Heterogeneidade.
Este trabalho apresenta a pesquisa de mestrado defendida no ano de 2012 na Escola de Música da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pesquisa investigou, a partir de um estudo de caso
desenvolvido em 2011, o ensino coletivo de flauta doce soprano nas aulas de Educação Musical, nas
turmas do 2º turno do 6º ano do ensino fundamental, da Unidade Escolar Humaitá II (UEHII) do
Colégio Pedro II (CPII). Seu objetivo foi mapear e propor alternativas pedagógicas para a prática
coletiva de flauta doce em turmas que conjugam alunos de diferentes níveis de experiência musical.
Os dados foram coletados por meio de questionários e análise documental. Foi analisado o Projeto
Político-pedagógico (PPP) do Colégio Pedro II (2002), que determina, entre outras coisas, os
conteúdos programáticos e as competências a serem desenvolvidos para a série. Os questionários
foram aplicados junto aos: alunos do 2º turno do 6º ano da UEHII; professores de Educação Musical
da Unidade Escolar Humaitá I (UEHI); e professores de Educação Musical do 6º ano de todas as
Unidades Escolares do CPII. A pesquisa teve abordagem quantitativa e qualitativa e utilizou, como
referencial teórico, duas novas competências para ensinar, de Philippe Perrenoud (2000): Organizar
e dirigir situações de aprendizagem e Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação. Os
resultados apurados revelaram: que o PPP da Instituição permite leituras variadas, possibilitando
que o ensino coletivo de flauta doce seja o fio condutor do processo de ensino e aprendizagem; que
os alunos do 6º ano, provenientes da UEHI, vivenciaram, em sala de aula, experiências musicais
24
diversificadas; que grande parte dos alunos advindos de outros colégios não sabia tocar flauta
doce; e que a maioria dos alunos dos dois grupos investigados gosta de tocar e realizar outras
atividades com a flauta doce. Os alunos sugeriram, entre outras coisas, a exploração de um
repertório musical variado. Em relação aos professores que atuam no 6º ano, observou-se a
valorização de atividades em grupo e a integração da teoria com a prática, por meio da utilização
da flauta doce no processo de alfabetização e nos diferentes campos de atuação musical
delimitados pela Instituição. A partir da consideração da diversidade existente em sala de aula e
das visões de todos os sujeitos envolvidos na pesquisa – pesquisadores, professores, alunos e
Instituição – propuseram-se formas de atuação que viabilizam o trabalho em grupo com as
diferenças. As implicações práticas sugeridas foram traçadas a partir da reflexão sobre quatro
aspectos: seleção do repertório; material didático e seu uso apropriado; assistência individual em
um contexto coletivo; e integração da prática de flauta doce com outras atividades musicais.
Concluiu-se que é possível desenvolver, no 6º ano do Colégio Pedro II, um trabalho em Educação
Musical a partir do ensino coletivo de flauta doce, que considere e aproveite a heterogeneidade
existente no grupo e possibilite, consequentemente, o desenvolvimento de todos os alunos.
Referências
COLÉGIO PEDRO II. Projeto Político-pedagógico. Brasília: INEP/MEC, 2002.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
______________________________________________________________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Carlos Antônio Levi da Conceição
Reitor
ESCOLA DE MÚSICA
André Cardoso
Diretor
Antônio José Ledo Alves da Cunha
Vice-Reitor
CENTRO DE LETRAS E ARTES
Flora De Paoli Faria
Decana
Marcos Vinício Nogueira
Vice-Diretor
Afonso Barbosa de Oliveira
Diretor Adjunto de Ensino de Graduação
João Vicente Vidal
Diretor Adjunto do Setor Artístico
Cultural
Celso Ramalho
Coordenador do Curso de Licenciatura
Miriam Grosman
Diretora Adjunta dos Cursos de
Extensão
Sérgio Álvares
Chefe do Departamento de Musicologia e Educação
Musical
Marcos Vinício Nogueira
Coordenador do Programa de PósGraduação
Vanda Freire
Harlei Elbert
Coordenadoras do Centro de Estudos de Musicologia e
Educação Musical
Realização:
CEMEM
Centro de Estudos de Musicologia
e Educação Musical / UFRJ
EMAC/UFG
Patrocínio:
PR-3 e CLA
Projeto de restauração e revitalização da Escola de Música
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V Simpósio de Educação Musical e V Encontro de Monografias da